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ATRIBUTOS DOS LÍDERES ORGANIZACIONAIS

1.1 Atributos de um líder

Líderes, são pessoas que possuem a sensibilidade de enxergar não só o seu


objetivo profissional, mas também, a organização e desenvolvimento de toda a
equipe.
Um bom líder, sele ele, proprietário de um negócio, um coordenador, ou um
funcionário, deve primeiro reconhecer o valor de seus colegas de trabalho e
manter a harmonia de sua equipe.
Existem diversas maneiras de liderar, o verdadeiro líder é quem é reconhecido
e valorizado por aqueles que ele instruiu.
Há vários tipos de liderança, uma pessoa pode ter atributos para tal função,
mas é durante as oportunidades que surgem no mundo organizacional que
podemos identificar quem possui maior desenvoltura para agir de maneira
correta e criar soluções para as rotinas corporativas.
Para ser um bom líder é preciso ter alguns sinais comportamentais, são eles:
 Compromissado: Como líder, inspire seus colegas de trabalho a se
comprometer com os projetos, um verdadeiro líder sempre demonstra
interesse e emprenho, portanto, seja exemplo.
 Comunicador: Seja claro com suas ideias e o que espera, esteja
disponível para ouvir, dê retorno em andamento de projetos, feedbacks.
 Empatia: Um líder reconhece os limites e problemas de cada um e sabe
como superar todos eles de forma individual, através do seu valor
pessoal ele é capaz de estimular que os outros se superem e cresçam
em conjunto.
 Honestidade: Em uma organização, é extremamente necessário que se
mantenha a ética, os valores da empresa devem ser seguidos para que
todos possam agir com honestidade e dentro dos mesmos princípios.
 Delegar: Permita que a equipe cresça também em suas individualidades,
reconheça os pontos fortes de cada um e os deixe exercer uma
atividade com liberdade, assim, você passa credibilidade, otimiza o
tempo e consegue a confiança de todos.
 Inspirador: É importante que a equipe compreenda que um negócio não
é somente da empresa, mas de todos envolvidos, eles devem “abraçar”
o projeto e dar o melhor de si sem se sentirem pressionados.
 Criatividade: Um bom líder deve estar sempre atento as oportunidades e
aos desenvolvimentos de ideias e projetos, o motivo é que quando surgir
um imprevisto ou um momento oportuno, ele deve agir rapidamente,
com soluções criativas.
 Senso de Humor: A rotina diária é cansativa e estressante, muitas vezes
o trajeto é desgastante, e um ambiente de trabalho carregado, com um
líder mal humorado não faz bem a ninguém, além de desmotivar toda a
equipe e tira-los o foco e a vontade de realizar as tarefas solicitadas.
Portanto, saiba manter o bom humor, não leve para a empresa
problemas pessoais, que assim, todos se sentirão mais realizados com a
função exercida.
 Positividade: Confie nas ideias que você tiver, mostre entusiasmo e se
envolva totalmente, desta forma, todos se sentirão inspirados com seu
otimismo, esta é uma maneira de fazer com que acreditem em seu
potencial, e principalmente, ninguém se importará em fazer um pouco
mais pelo que acreditarem ser um bem comum.
Existem vários tipos de líderes, mas é muito importante que esta função
seja exercida por quem consiga estabelecer uma boa energia entre todos
os envolvidos em um projeto, pois uma empresa é constituída de várias
ações e pensamentos e cada triunfo não é individual, é de toda
organização.
1.2 – Atributos de Liderança, sugerido por Klemp Jr
O conceito de competência de liderança nas organizações, na visão do
psicólogo e consultor George Klemp Jr, é que as características de um líder
são através de um conjunto coeso de comportamentos, valores, filosofia de
vida, princípios éticos, visão do mundo, posturas e posicionamentos que
tornam cada ser humano único e original, somando seus frutos de
experiências, vivências, sensações, percepções e sentimentos, elementos
estes que constituem a sua essência.
Para Klemp Jr, um bom gestor precisa manter os colaboradores motivados,
contribuindo para um ambiente empresarial saudável, e ao mesmo tempo
garantindo que os objetivos organizacionais sejam alcançados.
Klemp Jr, diferencia dois tipos de competências: práticas e atributos.
Competências Práticas: o que as pessoas fazem, exercendo suas funções,
para obter resultados, como por exemplo, um líder pode orientar a visão e o
direcionamento, colocar o foco no cliente, e tomar decisões. As práticas são
o que as pessoas fazem com os atributos que elas detêm e que são
observados em seu comportamento no trabalho.
Atributos: São os ingredientes básicos para o desempenho, é a capacidade
que a pessoa tem para realizar determinada tarefa, como: Técnicas,
estudos, conhecimento e habilidades para desenvolver um projeto. Um
líder, pode demonstrar capacidade de pensamento estratégico, iniciativa e
grande energia, como atributos pessoais para desempenhar seu papel.
Podemos citar cinco atributos essenciais para um líder:
 QI: Seu nível de inteligência, raciocínio. Todas as outras competências
dependem desse atributo.
 Inteligência Emocional: O controle que o líder tem em situações
adversas.
 Conhecimento: Um líder deve estar apto a entender e comandar todos
os setores de sua organização, visando sempre a excelência.
 Desenvolvimento de Pessoas: Um líder deve saber como tratar seus
colaboradores, motivar sua equipe de trabalho, mas deve se
desenvolver também, mantendo-se atualizado sempre.
 Ego: Ser confiante e decidido, porém admitir o erro quando o cometem.
1.3 – Princípios como Atributos de Liderança de Stephen Covey
Stephen R. Covey, é um escritor americano que mostra, uma nova forma de
refletir sobre nosso desenvolvimento pessoal e interpessoal, nos
apresentando aos sete hábitos das pessoas altamente eficazes.
Os sete hábitos são baseados em princípios duradouros e agem ativamente
para que sejamos sempre pessoas fortes e equilibradas em relação as
nossas equipes. Ou seja, os hábitos interferem diretamente em nosso
caráter, moldando a maneira como pensamos, nos portamos e servimos
como exemplo para o próximo.
A competência, o caráter e a confiabilidade, segundo Covey, são
consequências diretas dos sete hábitos das pessoas altamente eficazes.
Os sete hábitos são eles:
 Proatividade: Ser proativo e reconhecer que essa qualidade vai muito
além da iniciativa para agir ou tomar decisões, quando se fala em
proatividade, Covey nos fala que devemos entender a responsabilidade
que temos sobre nossa liberdade de escolher e basear nossas decisões
em nossos valores.
A proatividade está ligada ao paradigma da autodeterminação, que nos
mostra o poder que as nossas escolhas tem.
 Identificação de um objetivo principal: Nós precisamos ter em mente um
objetivo principal que guie nossas ações no dia a dia. É o que rege as
nossas escolhas e nos proporciona o foco necessário para seguir na
direção certa.
 Definição de prioridade: Quando definimos o que é o mais importante
para nós, somos guiados pelos princípios que mais valorizamos e
aprendemos a lidar com as situações adversas de uma forma mais
amena, isso nos faz manter o foco e continuar seguindo em direção ao
nosso objetivo principal.
 Pensamentos Altruístas: É importante pensar de forma altruísta,
cultivando o respeito e buscando o beneficio mútuo em todas as nossas
relações.
 Busca pela compreensão: O hábito de ficar em silêncio para ouvir
efetivamente o outro, abre portas para novos aprendizados e
informações que podem ser preciosas para nosso próprio crescimento.
 Criação de sinergia: É a união de forças e estruturação de um grupo que
se complementa, diluindo as fraquezas individuais.
 Renovação: É o impulso de viver plenamente todos os outros seis
hábitos, é o ponto de partida para um novo ciclo que nos instiga a
pensar em nossas escolhas, objetivos, prioridades e relações
interpessoais.
Os sete hábitos são, portanto, um processo constante de crescimento e
aperfeiçoamento, que deve ser parte do nosso dia a dia, seja em nossa vida
pessoal ou no âmbito profissional.
1.4 – A Liderança orientado para resultados de Dave Ulrich: a abordagem
ser, saber e fazer.
Dave Ulrich, um dos maiores especialistas em liderança e gestão de
pessoas do mundo, para empreendedores que desejam transformar seus
negócios.
Ulrich afirma que, na última década, desenvolver melhores líderes consistia
em identificar e aprimorar os atributos da liderança. Entretanto, a grande
maioria das organizações visa fins lucrativos ou algum tipo de resultado,
assim, ele propõe que a liderança seja orientada para resultados, não
subestimando as teorias já elaboradas. O estudo da utilização desses
atributos faz-se necessário segundo ele, a liderança eficaz exige atributos
aliados a resultados.
É importante salientar que os resultados estão voltados para os quatro
principais stakeholders, a saber: empregados, organização, clientes e
investidores.
Para avaliar tais resultados, para Ulrich, são necessários quatro critérios: os
resultados almejados são equilibrados, são estratégicos, são duradouros e
são altruístas, ou seja, contemplam os quatros grupos principais de
stakeholders.
Ressalta-se o desenvolvimento da nitidez estratégica, através do foco do
negócio e da proposição de valor, que servem de base para o equilíbrio dos
resultados almejados, não esquecendo que a organização é feita de
pessoas, então a sinergia é parte do processo para obtenção de resultados.
No que se refere ao conjunto de atributos, Ulrich, propõe classifica-los em
três grupos que formam a abordagem SER-SABER-FAZER, sendo que os
modelos de atributos de um líder de sucesso se agrupam em quatro
categorias amplas, que são: definição da trajetória, mobilização do
comprometimento pessoal, desenvolvimento das capacidades
organizacionais e demonstração do caráter pessoal, de forma que os
líderes conectem o que são, o que sabem, e o que fazem com resultados.
Para que se alcance o equilíbrio entre os dois fatores, atributos e
resultados, o autor propõe um círculo, que se chama círculo virtuoso dos
atributos e resultados, desencadeado quando os líderes compreendem o
que precisam saber e fazer para serem bem sucedidos.
Quando trata dos resultados para empregados, Ulrich, destaca a
importância do capital humano, já que o capital intelectual muitas vezes é
maior que os ativos tangíveis e pode ser um problema ou uma oportunidade
para a empresa, sendo um, dos poucos ativos capaz de aumentar de valor.
A abordagem da liderança para resultados atribui valor ao conhecimento, à
educação, à experiência e a criatividade da força de trabalho, mas
reconhece que ainda não se pode mensurar essas qualidades e
contribuições de forma exata.
Para mensurar a capacidade dos empregados é possível fazer em termos
individuais ou grupais, de forma quantitativa, usando números, ou
qualitativa, com base em decisões. Qualquer que seja a abordagem, os
líderes devem ser, ao mesmo tempo, rigorosos, efetuando avaliações
empíricas, e inquisitivos, por meio de sondagens e perguntas relevantes.
Ao destacar os resultados para a organização, enfoca que o desafio da
liderança quanto à consecução dos resultados organizacionais se situa na
garantia de que o todo é maior que a soma das partes. Ressalta-se que as
realizações durem mais que a atuação e a energia de um membro isolado,
e as metas organizacionais sejam mais importantes que o desempenho
individual, cultura empresarial compartilhada, capacidade de atuar sem
fronteiras organizacionais, aprendizado e disseminação do conhecimento.
Para aumentar o valor para os acionistas, podem ser elaboradas estratégias
para reduzir custos, aumentar as receitas e aumentar o valor patrimonial da
gerência.
Segundo Ulrich, o produto da liderança eficaz é simples, ela deve converter
aspirações em ações. Aspirações surgem de várias formas: estratégicas,
metas, missões, visões, previsões e planos. No entanto, a função do líder
não é apenas aspirar, mas também agir, convertendo uma declaração de
intenção em uma série de condutas, os líderes precisarão apresentar
resultados.
Dave Ulrich, também desenvolveu algumas técnicas para revolucionar uma
empresa, sendo elas:
 Foco na identidade da empresa: Todas as empresas têm uma cultura,
segundo Ulrich. E isso vai além de visões e valores pessoais. As
empresas devem pensar na sua reputação, nas razões que as fazem ser
conhecidas pelos clientes e na elaboração de marcas e identidades
visuais. "Não importa tanto se você sorri para seu cliente. O que
realmente vale é o sorriso do consumidor" afirma Ulrich.
 Usem um “detector de vírus”: A maioria das companhias sofrem com
"vírus", fatores que impedem o crescimento e a harmonia.
Alguns deles, de acordo com Ulrich, são falta de transparência nas
informações, valorização exacerbada da hierarquia, uso inapropriado de
recursos corporativos, perfeccionismo a qualquer custo, centralização de
processos e manutenção de aparências que não condizem com a realidade.
"Especialistas em relacionamento falam que é preciso assumir, falar e discutir
os problemas. Deve haver o mesmo posicionamento nas empresas.”

 Elimine a burocracia: Para transformar a empresa, chefe e funcionários


devem ter tempo para pensar criativamente e propor mudanças. Para
criar este tempo, um bom caminho é eliminar processos burocráticos.
A sugestão é que os gestores eliminem relatórios, aprovações, reuniões e
protocolos excessivos. "Essa descentralização pode ser difícil para o gestor,
mas dará a ele tempo hábil para fazer outras coisas", diz.
 Seja realista
Para Ulrich, é muito difícil mudar completamente a sua empresa e seu
perfil de liderança em pouco tempo. Por isso, seja realista. "Seus valores
e sua personalidade levaram muitos anos para serem moldados. E
essas características estão na sua empresa também. É possível mudar,
mas uma coisa de cada vez", diz Ulrich.
Saiba exatamente o que você deseja reinventar na empresa. Você pode querer
mudar produtos, processos, a abordagem e o relacionamento com clientes, por
corte de custos ou novas estratégias de marketing, por exemplo.

 Engaje sua equipe: As mudanças não acontecem sem a ajuda dos


funcionários. As ordens do chefe só surtirão efeito se a equipe acreditar.
Ulrich afirma que o empreendedor deve mostrar os benefícios que as
mudanças trarão ao time. "Se possível, dê um incentivo financeiro aos
empregados. Pode ser difícil, mas o impacto será positivo."
 Novo e velho em harmonia: As empresas que inovam enfrentam
paradoxos. Vendem tanto produtos tradicionais como novidades.
Ulrich citou a Whirpool, que detém as marcas Consul e Brastemp no Brasil,
como um exemplo desse cenário. A empresa hoje vende geladeiras, mas está
produzindo máquinas que fazem qualquer bebida com cápsulas.

Para o americano, as organizações devem "surfar neste paradoxo", fazer com


que o "velho" e o "novo" convivam em harmonia e consigam ser lucrativos em
todas as frentes.

1.5 – Inteligência Emocional como atributo de liderança de Daniel Goleman

Ao falar de inteligência emocional, o autor de referência que devemos falar


é Daniel Goleman. Seu livro, “Inteligência Emocional”, foi uma revolução ao
fornecer evidências científicas sobre a influência que as emoções têm em
nossas vidas.
Goleman argumenta que as competências emocionais se enquadram em duas
categorias: intrapessoal e interpessoal. A primeira refere-se à relação que
estabelecemos com nós mesmos e a segunda às relações que temos com os
outros. Tudo começa consigo mesmo. É difícil acreditar que alguém que se
dá mal consigo mesmo pode ter bons relacionamentos com os outros.
Daniel Goleman é um renomado psicólogo e palestrante.

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