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CONHECENDO A CRIANÇA INTERIOR

1. NO VENTRE
Mãe gestante:
I- Dinâmica Simpática
O sistema nervoso simpático desempenha um papel importante durante a gestação,
especialmente em situações de estresse ou necessidade de adaptação fisiológica.
Embora o sistema parassimpático geralmente predomina durante o estado de repouso
e relaxamento, o sistema simpático é ativado em situações de resposta ao estresse e
situações de luta ou fuga. Durante a gravidez, o sistema simpático pode estar
envolvido nas seguintes funções:
Regulação cardiovascular: O sistema simpático pode aumentar a frequência
cardíaca e a pressão arterial da mãe em resposta a situações de estresse ou
necessidades fisiológicas específicas.
Regulação da glicose: Em momentos de necessidade, como durante o exercício ou
em resposta a quedas na glicose sanguínea, o sistema simpático pode estimular a
liberação de glicose armazenada no fígado para fornecer energia.
Resposta ao estresse: Durante a gravidez, o sistema simpático pode ser ativado em
situações de estresse, como situações emocionais intensas ou situações de
emergência.
Regulação respiratória: O sistema simpático pode influenciar a respiração,
aumentando a frequência e a profundidade da respiração quando necessário.
Controle da atividade uterina: O sistema simpático também pode influenciar a
atividade uterina, embora geralmente em menor grau do que o sistema
parassimpático. Em situações de luta ou fuga, a atividade uterina pode diminuir
temporariamente, permitindo que a mãe responda às necessidades imediatas.
É importante notar que o sistema simpático e o sistema parassimpático são
componentes do sistema nervoso autônomo, que trabalham juntos para manter o
equilíbrio e a homeostase do corpo. Ambos são ativados quando necessário para
atender às demandas do organismo e responder a estímulos do ambiente. Durante a
gravidez, a regulação desses sistemas é crucial para garantir o bem-estar da mãe e
do feto. A resposta do sistema nervoso autônomo pode variar dependendo das
circunstâncias específicas e das necessidades do corpo materno e fetal.

II- Dinâmica parassimpática


Durante a gravidez, o sistema parassimpático ajuda a regular várias funções corporais
e responde às mudanças fisiológicas que ocorrem durante esse período. Aqui estão
algumas das maneiras pelas quais o sistema nervoso parassimpático está envolvido
na gestação:
Regulação cardiovascular: Durante a gravidez, o sistema parassimpático
desempenha um papel na regulação da frequência cardíaca e da pressão arterial da
mãe, ajudando a manter um estado de relaxamento e equilíbrio.

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Digestão: O sistema parassimpático é responsável pela promoção da digestão e da
absorção de nutrientes dos alimentos, o que é importante para fornecer os nutrientes
necessários para o desenvolvimento fetal.
Resposta ao estresse: Durante a gestação, o sistema parassimpático ajuda a
contrabalançar a resposta ao estresse do sistema simpático, o que é importante para
o bem-estar da mãe e do feto. O sistema parassimpático ajuda a manter um estado
de calma e relaxamento.
Regulação respiratória: O sistema parassimpático também desempenha um papel
na regulação da respiração, garantindo que a mãe receba oxigênio suficiente para
suprir as necessidades do feto.
Resposta ao parto: O sistema parassimpático está envolvido na regulação da
atividade uterina durante o trabalho de parto e no processo de parto em si. Ele ajuda
a controlar a frequência cardíaca da mãe e a regulação da força das contrações
uterinas.
Controle de respostas emocionais: O sistema parassimpático também está
envolvido na regulação das respostas emocionais da mãe durante a gravidez,
contribuindo para seu estado emocional geral.
É importante notar que o sistema parassimpático trabalha em conjunto com o sistema
simpático para manter o equilíbrio do corpo durante a gestação. Esses sistemas
autônomos funcionam harmoniosamente para garantir o bem-estar da mãe e do feto
e para responder às mudanças fisiológicas que ocorrem durante esse período.
Durante a gravidez, é essencial que a mãe tenha cuidados médicos regulares para
garantir um acompanhamento adequado e o monitoramento das funções corporais
para manter a saúde materna e fetal.

DINÂMICA CEREBRAL
As emoções e o comportamento social são regulados por um sistema complexo de
regiões cerebrais que incluem o sistema límbico e o córtex pré-frontal.
I- Sistema Límbico: O sistema límbico é um conjunto de estruturas cerebrais
envolvidas na regulação das emoções, comportamentos relacionados às
necessidades básicas e na formação de memórias. Algumas das principais estruturas
do sistema límbico incluem a amígdala, o hipocampo e o hipotálamo. A amígdala
desempenha um papel central no processamento das emoções, especialmente no
que diz respeito ao medo e à ansiedade. O hipocampo está envolvido na formação e
recuperação de memórias emocionais. O hipotálamo regula funções corporais
importantes, como resposta ao estresse, regulação hormonal e estados emocionais.
Aqui estão alguns aspectos do sistema límbico na criança:
Desenvolvimento precoce: Muitas das estruturas do sistema límbico têm suas bases
no desenvolvimento embrionário e fetal, e a organização inicial dessas estruturas
começa a se formar antes do nascimento. No entanto, o desenvolvimento do sistema
límbico continua após o nascimento e durante a infância.
Regulação emocional: Em crianças, o desenvolvimento desse sistema está ligado à
capacidade de entender, expressar e regular emoções. Isso é essencial para o
desenvolvimento social e emocional da criança.

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Aprendizado emocional: As crianças aprendem a associar experiências emocionais
com diferentes situações e eventos ao longo do tempo. Isso é crucial para o
desenvolvimento de habilidades sociais e comportamentais.
Memória: O hipocampo, uma das estruturas do sistema límbico, desempenha um
papel fundamental na formação e na recuperação de memórias. O desenvolvimento
do hipocampo é importante para a aquisição de memórias de longo prazo, que
desempenham um papel na aprendizagem e no desenvolvimento cognitivo das
crianças.
Resposta ao estresse: As crianças desenvolvem a capacidade de regular suas
respostas ao estresse à medida que o sistema límbico amadurece. Isso influencia a
forma como lidam com situações estressantes e desafiadoras.
É importante entender que o desenvolvimento do sistema límbico em crianças é um
processo contínuo e dinâmico que se estende ao longo da infância e da adolescência.
O ambiente, as experiências e as interações sociais desempenham um papel
fundamental na formação e no desenvolvimento saudável do sistema límbico em
crianças. O apoio emocional, o ambiente familiar e as experiências positivas podem
ter um impacto positivo no desenvolvimento emocional e cognitivo das crianças.

II- Córtex Pré-Frontal: É responsável por funções executivas, como tomada de


decisões, planejamento, regulação de comportamento, julgamento, empatia e
comportamento social. O córtex pré-frontal permite que as pessoas processem
informações emocionais e sociais, compreendam as intenções dos outros e ajam de
acordo com normas sociais.
A interação entre o sistema límbico e o córtex pré-frontal é fundamental para a
regulação das emoções e do comportamento social. O córtex pré-frontal modula e
regula as respostas emocionais geradas pelo sistema límbico, ajudando a tomar
decisões e a controlar comportamentos sociais adequados em resposta a estímulos
emocionais.
Portanto, as emoções e o comportamento social resultam de uma interação complexa
entre o sistema límbico e o córtex pré-frontal, juntamente com outras áreas do cérebro.
Essa interação é essencial para o funcionamento emocional e social adequado em
seres humanos.

2- NASCIMENTO
As questões emocionais da mãe durante a gestação podem afetar o bem-estar
emocional do bebê, tanto durante a gravidez quanto após o nascimento. O estado
emocional da mãe pode ter impactos diretos e indiretos no desenvolvimento
emocional do bebê. Aqui estão algumas maneiras pelas quais as questões emocionais
da mãe podem afetar o bebê:
Exposição a hormônios do estresse: Se a mãe estiver sob estresse crônico durante
a gravidez, ela pode liberar hormônios do estresse, como o cortisol, que podem
atravessar a placenta e afetar o feto. Isso pode levar a uma exposição pré-natal a
níveis elevados de cortisol, o que pode influenciar o desenvolvimento do sistema
nervoso do bebê e seu padrão de resposta ao estresse.

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Vínculo mãe-bebê: O vínculo emocional entre a mãe e o bebê pode ser afetado pelas
emoções maternas. Mães que estão deprimidas, ansiosas ou sob estresse crônico
podem ter dificuldade em estabelecer um vínculo seguro com o bebê, o que é
fundamental para o desenvolvimento emocional saudável da criança.
Transmissão de emoções: Durante a gravidez, o bebê pode ser sensível às emoções
da mãe devido à comunicação bioquímica e hormonal entre o feto e a mãe. Portanto,
emoções intensas ou estresse materno podem ser sentidos pelo bebê.
Comportamento após o nascimento: Mães que enfrentaram questões emocionais
durante a gravidez podem continuar a experimentar essas questões após o
nascimento do bebê. O estado emocional da mãe pode afetar a qualidade dos
cuidados que ela fornece ao bebê e seu próprio bem-estar emocional.
Padrões de sono e alimentação: Mães que estão emocionalmente perturbadas
podem enfrentar dificuldades para estabelecer padrões de sono e alimentação
regulares para o bebê, o que pode afetar o desenvolvimento físico e emocional da
criança.

3- FASE PSICOSSEXUAL
As fases psicossexuais do desenvolvimento infantil são uma parte da teoria
psicanalítica proposta por Sigmund Freud. Freud acreditava que o desenvolvimento
humano passava por uma série de estágios psicossexuais, cada um caracterizado por
um foco de prazer em uma zona erógena específica do corpo.
Aqui estão as principais fases psicossexuais do desenvolvimento infantil, de acordo
com a teoria de Freud:

I-FASE ORAL (0-18 meses): Durante a fase oral, o foco de prazer está na boca, e a
principal atividade é a sucção. Os bebês obtêm satisfação da amamentação, chupetas
e da exploração oral do ambiente. Conflitos não resolvidos nesta fase podem levar a
hábitos orais obsessivos ou problemas relacionados à dependência na vida adulta.
Características da fase oral no desenvolvimento infantil:
Sucção: Bebês têm um reflexo natural de sucção desde o nascimento, que lhes
permite mamar no peito ou na mamadeira. A sucção é uma fonte importante de prazer
e satisfação na fase oral.
Exploração oral: À medida que os bebês crescem, eles também começam a explorar
o mundo ao seu redor colocando objetos na boca. Isso é uma forma de aprender sobre
o ambiente e experimentar diferentes texturas.
Ansiedade de separação: Durante a fase oral, os bebês podem desenvolver uma
forte ligação com a figura de apego (geralmente a mãe) e podem manifestar ansiedade
de separação quando afastados dessa figura.
Alimentação: A alimentação desempenha um papel fundamental na fase oral. A
maneira como os bebês são alimentados e a qualidade dessa experiência podem
influenciar seu desenvolvimento emocional e seu relacionamento com a alimentação
no futuro.

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Conflitos ou experiências negativas durante a fase oral podem levar a fixações ou
distúrbios psicológicos na vida adulta.

II-FASE ANAL (18 meses-3 anos): Essa fase ocorre aproximadamente entre os 18
meses e 3 anos de idade e está relacionada ao desenvolvimento da personalidade e
à formação da identidade infantil. Na fase anal, o foco principal está na região anal, e
o processo de treinamento para o controle dos esfíncteres intestinais torna-se central.
Essa fase é dividida em duas subfases:
I-Fase anal expulsiva (18 meses a 2 anos): Durante essa subfase, a ênfase está no
controle dos esfíncteres para a evacuação. O sucesso ou fracasso nesse controle
pode influenciar a criança no desenvolvimento do senso de autonomia e controle.

II-Fase anal retentiva (2 a 3 anos): Nesta subfase, o controle se concentra em reter


as fezes. A criança está aprendendo a lidar com a expectativa dos pais em relação ao
controle dos esfíncteres. A importância da fase anal, de acordo com a teoria
psicanalítica, está relacionada ao desenvolvimento da personalidade e à formação do
caráter.

Aqui estão alguns aspectos destacados:

Desenvolvimento do Controle e Autonomia: O sucesso ou fracasso na resolução


dos desafios da fase anal pode influenciar a forma como a criança desenvolve um
senso de controle sobre seu corpo e um senso de autonomia. Crianças que enfrentam
a fase anal com sucesso podem desenvolver um senso de autonomia, enquanto
aqueles que enfrentam dificuldades podem experimentar sentimentos de inadequação
ou vergonha.

Formação do Caráter Anal: Freud sugeriu que o modo como a criança lida com as
demandas da fase anal pode influenciar o desenvolvimento do que ele chamou de
"caráter anal". Isso se refere a traços de personalidade como ordem, organização e
controle.

Aprendizado sobre Limites e Normas: Durante o treinamento do controle dos


esfíncteres, a criança também está aprendendo sobre limites e normas sociais. A
resposta dos pais a esses comportamentos pode influenciar a criança na
internalização de normas sociais e no entendimento de limites.

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III-FASE FÁLICA (3-6 anos):. Essa fase ocorre aproximadamente entre os 3 e 6 anos
de idade e é caracterizada por um foco especial nas áreas genitais

. Aqui estão alguns aspectos destacados da importância da fase fálica:

Complexo de Édipo: Freud sugeriu que as crianças desenvolvem sentimentos


amorosos em relação ao genitor do sexo oposto e rivalidade com o genitor do mesmo
sexo. Esse complexo é uma parte crucial do desenvolvimento psicossexual e tem
implicações na formação da personalidade da criança. A resolução bem-sucedida do
Complexo de Édipo é vista como essencial para o desenvolvimento saudável.

Identificação de Gênero: Durante esse período, as crianças começam a identificar-


se com o genitor do mesmo sexo, buscando modelos e identidades de gênero.

Consciência da Diferença Sexual: Durante essa fase, as crianças começam a


perceber e se tornam conscientes das diferenças anatômicas entre os sexos. Isso
pode levar a questionamentos, curiosidade e busca de informações sobre a
sexualidade.

Desenvolvimento da Moralidade e Superego: Freud sugeriu que a resolução do


Complexo de Édipo é crucial para o desenvolvimento da moralidade e do superego
(instância psíquica que representa os padrões morais internalizados). A internalização
de normas e valores sociais é vista como uma parte importante do processo.
(desenvolvimento do senso de culpa)

Início do Controle dos Impulsos: A fase fálica também marca o início do


desenvolvimento do controle dos impulsos. As crianças começam a compreender a
necessidade de lidar com seus impulsos e desejos de maneira socialmente aceitável.

É importante reconhecer que a teoria psicanalítica de Freud é uma perspectiva


específica dentro da psicologia, e muitos psicólogos contemporâneos questionam ou
modificam alguns de seus conceitos. No entanto, a fase fálica ainda é discutida por
alguns como um período importante para o desenvolvimento emocional e
psicossexual da criança. Como em todas as teorias, é necessário considerar uma
variedade de abordagens e pesquisas para uma compreensão mais completa do
desenvolvimento infantil.

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IV- FASE DE LATÊNCIA (6 anos à puberdade): . Essa fase ocorre aproximadamente
entre os 6 anos de idade até a puberdade, é um período de relativa estabilidade e
supressão dos impulsos sexuais. Aqui estão alguns aspectos destacados da
importância da fase de latência:

Supressão dos Impulsos Sexuais: Durante a fase de latência, Freud argumentou


que os impulsos sexuais que foram proeminentes na fase fálica são suprimidos. A
energia psíquica é direcionada para atividades sociais, educacionais e de amizade.

Essa supressão é vista como uma adaptação necessária para a criança se integrar
mais plenamente na sociedade e nas expectativas culturais.

Desenvolvimento de Habilidades Sociais: A criança concentra-se em desenvolver


habilidades sociais, cognitivas e educacionais. A escola e as amizades tornam-se
mais importantes nesse período. O aprendizado acadêmico e a interação com colegas
são considerados cruciais para o desenvolvimento da criança nessa fase.

Formação de Amizades: A fase de latência é associada ao desenvolvimento de


relações de amizade. A criança começa a interagir mais com os pares, aprendendo
sobre cooperação, negociação e construção de relacionamentos fora do ambiente
familiar.

Identificação com Modelos Sociais: A criança busca identificar-se com modelos


sociais e adultos significativos fora do contexto familiar. Essa identificação é parte do
processo de formação da identidade e valores.

Desenvolvimento Cognitivo e Acadêmico: A fase de latência é marcada por um


foco crescente no desenvolvimento cognitivo e acadêmico. A criança está envolvida
em atividades de aprendizado mais formal, explorando seu potencial intelectual.

Construção do Superego: A formação do superego (instância psíquica que


representa os padrões morais internalizados) continua durante a fase de latência. As
normas culturais e sociais são internalizadas pela criança nesse período.

Estabilidade Emocional Relativa: Em comparação com as fases anteriores, a fase


de latência é vista como um período de relativa estabilidade emocional, com menos
conflitos psicossexuais manifestos em comparação com fases anteriores.

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V- FASE GENITAL (puberdade em diante): Essa fase ocorre aproximadamente
durante a adolescência, a partir da puberdade, e representa a culminação do
desenvolvimento psicossexual infantil. Durante essa fase, o foco principal é a busca
de satisfação sexual madura e a formação de relacionamentos íntimos. Aqui estão
alguns aspectos destacados da importância da fase genital no desenvolvimento
infantil:

Maturação Sexual: A fase genital está associada ao início da maturação sexual.


Durante a puberdade, ocorrem mudanças físicas e hormonais significativas que
preparam o indivíduo para a reprodução.

Ênfase nos Relacionamentos Íntimos: Nesta fase o foco principal é a busca por
relacionamentos íntimos e emocionalmente maduros. Os impulsos sexuais agora são
direcionados para relações sexuais e românticas com outros indivíduos.

Desenvolvimento da Identidade Sexual: A fase genital é crucial para o


desenvolvimento da identidade sexual. Durante esse período, os indivíduos exploram
sua própria identidade sexual e desenvolvem uma compreensão mais profunda de
suas preferências e orientações sexuais.

Construção de Relacionamentos Saudáveis: O desenvolvimento emocional e


social nesta fase envolve a capacidade de formar relacionamentos saudáveis e
íntimos. A habilidade de estabelecer conexões emocionais profundas e satisfatórias é
considerada um indicador de maturidade emocional.

Integração dos Aspectos Psicossexuais: A fase genital representa a integração


bem-sucedida dos estágios psicossexuais anteriores (oral, anal, fálico e latência). A
pessoa deve ter resolvido conflitos e desafios em estágios anteriores para alcançar
um desenvolvimento saudável nesta fase.

Desenvolvimento do Superego:Durante a fase genital, o superego (instância


psíquica que representa os padrões morais internalizados) continua a se desenvolver.
A internalização de normas sociais e éticas é uma parte crucial do processo.

Preparação para a Vida Adulta: A fase genital é vista como um período de


preparação para a vida adulta, no qual os indivíduos começam a enfrentar as
responsabilidades e desafios associados à idade adulta.

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4- FASES PSICOSSOCIAL DA CRIANÇA

As fases psicossociais do desenvolvimento infantil foram propostas pelo psicólogo


Erik Erikson, que elaborou uma teoria do desenvolvimento humano baseada nas
diferentes crises psicossociais que as pessoas enfrentam ao longo de suas vidas.
Erikson identificou oito estágios de desenvolvimento que abrangem desde a infância
até a idade adulta. Aqui estão as fases relacionadas ao desenvolvimento infantil:

Confiança versus Desconfiança (0-1 ano): Durante o primeiro ano de vida, os bebês
desenvolvem um senso de confiança básica em relação ao mundo e às pessoas ao
seu redor. Isso ocorre quando suas necessidades físicas e emocionais são atendidas
de forma consistente e amorosa.

Autonomia versus Vergonha e Dúvida (1-3 anos): Nesta fase, as crianças começam
a explorar seu ambiente e desenvolvem um senso de independência. Se forem
encorajadas em suas tentativas de autonomia, desenvolverão um senso saudável de
si mesmas. Caso contrário, podem experimentar vergonha e dúvida sobre suas
habilidades.

Iniciativa versus Culpa (3-6 anos): Durante a pré-escola, as crianças começam a


fazer escolhas e iniciar atividades por conta própria. Se forem encorajadas,
desenvolverão um senso de iniciativa. Caso contrário, podem sentir culpa por sua
independência.

Indústria versus Inferioridade (6-12 anos): Nesta fase, as crianças entram na escola
e começam a se envolver em atividades acadêmicas e sociais. Desenvolver um senso
de competência e habilidade nesse período é fundamental. Se as crianças sentirem
que estão falhando ou não conseguem acompanhar, podem desenvolver sentimentos
de inferioridade.

Identidade versus Confusão de Papéis (12-18 anos): Durante a adolescência, os


jovens exploram questões de identidade pessoal, incluindo sua identidade sexual e
suas aspirações futuras. Enfrentar com sucesso essas questões leva ao
desenvolvimento de uma identidade clara, enquanto a confusão de papéis resulta da
falta de resolução.

É importante ressaltar que as fases do desenvolvimento não são estritamente


deterministas. Muitos fatores, como o ambiente, a cultura e as experiências pessoais,
influenciam como as pessoas passam por essas fases. Além disso, o desenvolvimento

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humano é um processo contínuo que não se limita a essas fases, mas elas ajudam a
compreender as questões psicossociais que as pessoas enfrentam em diferentes
estágios de suas vidas.

5- PROCESSO DE MIELINIZAÇÃO

A mielinização é um processo importante no desenvolvimento do sistema nervoso, no


qual as fibras nervosas são revestidas com uma substância lipídica chamada mielina.
Esse revestimento de mielina age como um isolante elétrico e acelera a condução dos
impulsos nervosos ao longo das fibras nervosas. A mielinização é um processo
contínuo que ocorre em várias etapas do desenvolvimento, começando durante a
gestação e continuando ao longo da infância e adolescência.

Aqui está uma visão geral do processo de mielinização:

Desenvolvimento fetal: A mielinização começa durante o desenvolvimento fetal. As


células gliais, especialmente os oligodendrócitos no sistema nervoso central (SNC) e
as células de Schwann no sistema nervoso periférico (SNP), começam a produzir
mielina em torno das fibras nervosas.

Primeiros anos de vida: O processo de mielinização continua a um ritmo acelerado.


As fibras nervosas responsáveis por funções motoras e sensoriais básicas, como
movimento, tato e visão, são mielinizadas precocemente. Esse processo é
fundamental para o desenvolvimento motor e sensorial das crianças.

Infância e adolescência: A mielinização continua ao longo da infância e da


adolescência, afetando áreas do cérebro relacionadas a funções cognitivas
superiores, como memória, aprendizado, tomada de decisão e controle emocional.
Isso contribui para o desenvolvimento das habilidades cognitivas e motoras à medida
que a criança cresce.

Conclusão da mielinização: O processo de mielinização geralmente atinge um ponto


máximo durante a adolescência, mas algumas áreas do cérebro podem continuar a
mielinizar até a idade adulta.

Em resumo, a mielinização é um processo contínuo e dinâmico que ocorre ao longo


do desenvolvimento humano, afetando a função do sistema nervoso e contribuindo
para o desenvolvimento de habilidades motoras e cognitivas.

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6- TEORIA DOS TRAÇOS DE CARÁTER
Conceito: O caráter representa as características psicofísica de uma pessoa que é a
sua individualidade bem como constitui uma espécie de armadura que protege os
indivíduos dos ataques e estímulos do mundo exterior – ambiente social – e o interno
– inconsciente o que consiste em um enrijecimento , onde o indivíduo embora
aparenta liberdade de escolha, mas responde mecanicamente aos estímulos, o que
condiciona a sua forma de sentir , perceber, atuar e valorizar, pois vai depender do
seu grau de enrijecimento do ego.
O caráter (traço) se forma como um mecanismo de defesa do ego, protegendo o
indivíduo frente às pulsões sexuais e a libido (energia psico- inconsciente) é a defesa
infantil frente a ansiedade e dos desejos provenientes do ID e do medo da punição
por parte dos pais bem como outros fatores.
A criança com medo de punição dos pais reprime a energia psíquica em excesso
formando a armadura do caráter e ao mesmo tempo produz uma couraça muscular
que pode tornar o indivíduo rígido e resistente a energia libidinal.
Essa energia reprimida chamada de couraça do caráter, é somatizada nos músculos
do corpo gerando nó. Esses nós corporais além de endurecer os músculos, aprisiona
as emoções originando o trauma neurótico.
No entanto os traços de caráter surgem por eventos traumáticos que podem existir ao
longo das diferentes fases de evolução psicossexual da criança

Toda DOR gerar um MEDO

Que gera um TRAUMA,

Que gera um RECURSO

Que gera um TRAÇO DE CARATER

A identificação desses traços de caráter se dá pela análise corporal e essa análise é


realizada através da avaliação de partes do corpo, como:

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Formato da cabeça - olho – boca – tronco – quadril – pernas- Por meio desta avaliação
é possível identificar perfis predominantes em cada pessoa, que gera dores e recursos
de acordo com o momento da infância, esses traços são formados durante o processo
de mielinização à medida que ela desce pela cervical.

Que são:

1-Traço de caráter ESQUIZÓIDE

Formado na gestação ou parto

Dor – rejeição

Recurso – criatividade, imaginação e raciocínio.

Forma do corpo – retangular

Características – corpo alongado e fino, cabeça maior e alongada, testa ressaltada,


olhos grandes e ressaltados, boca fina e apagada, tronco fino e, no entanto, os traços
de caráter surgem por problemas ou eventos traumáticos que podem existir ao longo
das diferentes fases de evolução psicossexual da criança.

esticados, ombros projetados para dentro, pernas finas, joelhos tendem a travar pra
trás.

Comportamento – As características do traço de caráter esquizóide incluem:

Isolamento Social: preferem a solidão e têm dificuldade em estabelecer e manter


relacionamentos interpessoais.

Afeto Restrito: Experienciam uma expressão emocional limitada, tanto em termos de


demonstrar emoções quanto em responder emocionalmente às interações sociais.

Atividades Solitárias: Tendem a preferir atividades solitárias e podem ter pouco


interesse em interações sociais.

Frieza Afetiva: Podem parecer indiferentes ou distantes emocionalmente,


demonstrando pouco calor emocional.

Pouco Prazer em Atividades Sociais: Embora possam participar de atividades


sociais por necessidade ou obrigação, geralmente não encontram prazer significativo
nessas interações.

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Pensamento e Comunicação Peculiares: Podem ter padrões de pensamento e
comunicação considerados peculiares ou excêntricos.

2-Traço de caráter ORAL

Formado na amamentação (1 ano)

Dor – abandono

Recurso – comunicação, conexão e acolhimento

Forma do corpo – redondo

Características –cabeça arredondada e ovais, maçãs do rosto fofinhas, corpo


cheinho, da vontade de abraçar, pele de bebê, quadril arredondado com volumes,
pernas gordinhas sem músculos.

Comportamento – altamente emotivas, precisam sentir para entender, tem


dificuldade de utilizarem a lógica, extremamente carismático, comunicativas, não
conseguem esconder o que sentem, tem tendência a serem invasivas, não
respeitando o espaço alheio, reclamam de tudo, esperam que todos façam tudo por
elas.

3-Traço de caráter PSICOPATA

Formado na interação social (02 a 03 anos)

Dor – manipulação

Recurso – Negociação, articulação e persuasão.

Forma do corpo – triângulo invertido

Características – cabeça oval invertida, corpo maior em cima e mais fino na cintura
lembrando um triângulo invertido assim como o quadril, parte da coxa maior e pernas
mais finas.

Comportamento – são racionais, enxergam o mundo através da lógica , são


estrategistas e bons negociadores, são desconfiados, acreditam que se fizerem algo
precisam ganhar, e se ganhar algo precisam retribuir, valorizam mais o que as
pessoas fazem do que elas são. Tendem a manipulação, tem senso de justiça.
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4-Traço de caráter MASOQUISTA

Formado na desfralde (3 a 4 anos)

Dor – Humilhação

Recurso – Fortes, resistentes a dor, detalhista, planejadores

Forma do corpo – Quadrado

Características – cabeça e corpo com formato quadrado, com estrutura forte,


gordinho, mas com pouco músculo, quadril quadrado com aspecto de travado,
endurecido, pernas fortes, mas sem músculos, batata da perna bem grande.

Comportamento – são pessoas emocionais , porém diferentes dos orais, não


expressam o que sentem, mas escuta e compreendem os sentimentos dos outros,
são caladas, reservadas, não gostam de expor sentimento e nem pensamentos,
tendem a carregar problema dos outros, são explosivos, nervosos e inseguros.

5-Traço de caráter RÍGIDO

Formado na fase da sexualidade (3,5 a 5 anos)

Dor – traição, exclusão ou substituição

Recurso – proatividade, execução, agilidade e competitividade

Forma do corpo – dois triângulos invertidos

Características – cabeça e corpo harmonioso, bem simétricas e bem divididas, corpo


tipo violão com curvas bem desenhadas, musculatura evidente, corpo atraente.

Comportamento – são pessoas multitarefas (bombril) não conseguem ficar paradas,


fazem várias coisas ao mesmo tempo, são aceleradas, gostam de aparecer, mas não
suporta críticas, têm tendência a começar e não terminar, é perfeccionista, vive na
superficialidade. Sempre triangulando entre outras opções, seja no trabalho ou
relacionamentos.

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7- TEORIA DA PERSONALIDADE

A teoria da personalidade de Sigmund Freud inclui três componentes principais: o id,


o ego e o superego. Esses componentes também são aplicados ao desenvolvimento
da personalidade em crianças, embora em estágios iniciais de desenvolvimento, o ego
e o superego ainda não estejam completamente formados. Aqui está como esses
componentes se aplicam ao desenvolvimento infantil:

Id: O id é a parte mais primitiva e instintiva da personalidade. Representa os desejos


e impulsos básicos da criança, incluindo a busca de gratificação imediata. No início
da vida, os bebês são essencialmente dominados pelo id. Eles buscam conforto,
alimento e satisfação de suas necessidades básicas sem considerar as normas
sociais ou as consequências. O id é o componente que opera no nascimento e nos
primeiros meses de vida.

Ego: O ego começa a se desenvolver nos primeiros meses de vida e é responsável


por mediar entre as demandas do id e a realidade externa. O ego busca equilibrar os
impulsos do id com a realidade, levando em consideração fatores como normas
sociais e as necessidades dos outros. À medida que a criança cresce, o ego se torna
mais proeminente e desenvolve habilidades de resolução de problemas,
autorregulação e controle de impulsos.

Superego: O superego é a última parte da personalidade a se desenvolver e é


influenciada pela socialização e pelas normas culturais. Representa o senso de
moralidade e a internalização das normas e valores da sociedade. À medida que a
criança cresce e é exposta a influências culturais e familiares, o superego começa a
se formar. Ele é responsável por impor padrões éticos e morais e criar um senso de
certo e errado na criança.

É importante notar que o desenvolvimento desses componentes da personalidade é


um processo gradual que ocorre ao longo da infância e da adolescência. No início da
vida, o id é predominante, e o ego e o superego se desenvolvem à medida que a
criança amadurece e é exposta a influências sociais e culturais.

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8- TEORIA DAS PERSONALIDADE SHELDON

A teoria dos biotipos de William Sheldon foi uma tentativa de associar características
físicas a traços de personalidade específicos. Sheldon desenvolveu essa teoria na
década de 1940, e ela se baseava na crença de que o corpo humano poderia ser
classificado em três tipos principais: endomorfo, mesomorfo e ectomorfo. Cada um
desses biotipos foi associado a características específicas e traços de personalidade
distintos.

Endomorfo: - Dentro – personalidade supersensível.

Corpo arredondado, com maior tendência a acumular gordura.

Sheldon associou os endomorfos à sociabilidade, tolerância e complacência.

Mesomorfo: Meio – personalidade ideal, equilibrada

Corpo atlético, com uma boa proporção de massa muscular e gordura.

os mesomorfos tem mais assertividade, autoconfiança, dominância e competitividade.

Ectomorfo: Fora – personalidade desconectada da realidade – fria

Corpo magro, com ombros estreitos e aparência mais frágil.

os ectomorfos são mais propensos à introversão, sensibilidade e inibição social.

Sheldon acreditava que essas associações eram resultantes da influência das três
camadas germinativas embrionárias (endoderma, mesoderma e ectoderma) no
desenvolvimento do corpo humano.

9- TEORIA DOS TEMPERAMENTOS

A teoria dos temperamentos é uma abordagem que busca compreender e classificar


os traços de personalidade e os padrões comportamentais das pessoas. Diversas
teorias sobre temperamentos foram desenvolvidas ao longo da história da psicologia.
Uma das mais conhecidas é a teoria dos quatro temperamentos, que remonta à Grécia
Antiga e é atribuída a Hipócrates e Galeno. Nessa teoria, os temperamentos são
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associados aos quatro elementos da natureza: fogo, água, ar e terra. Cada
temperamento reflete uma combinação específica de características de
personalidade. Os quatro temperamentos clássicos são:

I-COLÉRICO: Pessoas coléricas são associadas ao elemento fogo. Elas tendem a ser
extrovertidas, enérgicas, ambiciosas e assertivas. São frequentemente líderes
naturais, mas também podem ser impacientes e propensas à irritação. Nas crianças,
um temperamento colérico pode se manifestar de várias maneiras. Aqui estão
algumas características típicas de uma criança com temperamento colérico:

Extroversão: Crianças com um temperamento colérico tendem a ser naturalmente


extrovertidas e gostam de interagir com outras pessoas. Elas são sociáveis e se
sentem à vontade em situações sociais.

Assertividade: São frequentemente assertivas e não têm medo de expressar suas


opiniões e desejos. Elas tendem a ser líderes naturais e podem tomar a iniciativa em
grupos.

Energia: Crianças coléricas são cheias de energia e entusiasmo. Elas gostam de estar
em movimento, brincar ativamente e participar de atividades físicas.

Ambição: São ambiciosas e orientadas para objetivos. Elas podem definir metas para
si mesmas e trabalhar duro para alcançá-las.

Impaciência: Podem ser impacientes e ter dificuldade em esperar. Querem resultados


imediatos e podem ficar frustradas se as coisas não acontecerem rapidamente.

Tendência a liderar: Crianças com esse temperamento frequentemente assumem


papéis de liderança em brincadeiras ou atividades em grupo. Elas gostam de estar no
controle.

Intensidade emocional: Podem expressar emoções de forma intensa, tanto alegria


quanto raiva. Às vezes, têm dificuldade em moderar suas reações emocionais.

Competitividade: Tendem a ser competitivas e gostam de desafios. Elas podem se


esforçar para superar os outros em jogos e atividades.

É importante lembrar que o temperamento é apenas uma parte da personalidade de


uma criança e pode variar amplamente. Cada criança é única, e outros fatores, como

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ambiente familiar, educação e experiências, também desempenham um papel
importante no desenvolvimento de sua personalidade.

II- FLEUMÁTICO: Pessoas fleumáticas são associadas ao elemento água. Elas são
tipicamente calmas, estáveis, pacientes e adaptáveis. Tendem a evitar conflitos e são
mais reservados em relação às suas emoções.

Nas crianças, um temperamento fleumático pode se manifestar de várias maneiras.


Aqui estão algumas características típicas de uma criança com temperamento
fleumático:

Calma: Crianças com um temperamento fleumático tendem a ser naturalmente


calmas e equilibradas. Elas não costumam se deixar levar por emoções intensas.

Estabilidade: São geralmente estáveis emocionalmente e não costumam ter


oscilações de humor acentuadas. Isso pode torná-las consistentes em seu
comportamento.

Paciência: Crianças fleumáticas são conhecidas por sua paciência. Elas podem
esperar tranquilamente por algo que desejam, como brincar com um brinquedo ou
participar de uma atividade.

Adaptabilidade: São flexíveis e podem se adaptar facilmente a mudanças e novas


situações. Isso as torna menos propensas a resistir a mudanças.

Resistência ao estresse: Tendem a lidar bem com o estresse e as pressões. Elas


não ficam facilmente perturbadas por situações difíceis.

Comunicação tranquila: Geralmente, têm um estilo de comunicação tranquilo e não


costumam se envolver em conflitos ou discussões acaloradas.

Habilidades de resolução de problemas: São capazes de abordar problemas de


forma racional e prática. Elas podem ser boas em encontrar soluções de maneira
lógica.

Necessidade de estímulo moderado: Embora sejam calmas, ainda precisam de


estímulo e interação social. No entanto, não são tão extrovertidas quanto crianças
com temperamentos sanguíneos.

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III- MELANCÓLICO: Pessoas melancólicas são associadas ao elemento terra. Elas
são introspectivas, sensíveis, perfeccionistas e têm uma tendência a se preocupar
muito. São propensas a altos e baixos emocionais.

Nas crianças, um temperamento melancólico pode se manifestar de várias maneiras.


Aqui estão algumas características típicas de uma criança com temperamento
melancólico:

Introspecção: Crianças com um temperamento melancólico tendem a ser reflexivas


e voltadas para dentro. Elas podem passar tempo pensando e processando suas
emoções e experiências.

Sensibilidade: São frequentemente sensíveis às emoções, tanto as suas próprias


quanto as dos outros. Podem ser empáticas e preocupadas com o bem-estar dos
outros.

Perfeccionismo: Tendem a buscar a perfeição em suas atividades e podem ficar


frustradas se não atingirem os padrões elevados que estabelecem para si mesmas.

Preocupação: Podem ser propensas a se preocupar, mesmo com coisas pequenas.


Isso pode levá-las a sentir ansiedade ou nervosismo com frequência.

Reserva emocional: Crianças melancólicas podem ser reservadas em relação às


suas emoções, o que pode tornar mais difícil expressar seus sentimentos ou
compartilhá-los com os outros.

Criatividade: Podem ser criativas e expressar suas emoções e pensamentos por


meio de atividades artísticas, como desenho, escrita ou música.

Hipersensibilidade a críticas: Crianças com esse temperamento podem ser


particularmente sensíveis a críticas e reagir negativamente a elas.

Tendência a se isolar: Em situações de estresse, crianças melancólicas podem ter


uma tendência a se isolar, buscando tempo sozinhas para processar suas emoções.

IV- SANGUÍNEO: Pessoas sanguíneas são associadas ao elemento ar. Elas são
sociáveis, otimistas, extrovertidas e geralmente têm uma disposição positiva. Tendem
a se adaptar facilmente a diferentes situações.

O temperamento sanguíneo, segundo a teoria dos quatro temperamentos, é


associado a características como extroversão, sociabilidade, otimismo e disposição
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positiva. Nas crianças, um temperamento sanguíneo pode se manifestar de várias
maneiras. Aqui estão algumas características típicas de uma criança com
temperamento sanguíneo:
Sociabilidade: Crianças com um temperamento sanguíneo tendem a ser
naturalmente sociáveis e gostam de interagir com outras pessoas. Elas podem fazer
amizades facilmente e desfrutar de atividades em grupo.
Otimismo: São geralmente otimistas e têm uma visão positiva da vida. Isso pode torná-
las resistentes a situações de estresse e adversidade.
Enérgicas: Crianças sanguíneas costumam ser cheias de energia e entusiasmo. Elas
gostam de estar em movimento, brincar ativamente e participar de atividades
esportivas.
Adaptação: Tendem a se adaptar facilmente a novas situações e ambientes.
Mudanças não costumam afetá-las negativamente, e elas podem se ajustar bem a
diferentes circunstâncias.
Fala e expressão: São frequentemente comunicativas e expressam suas opiniões e
sentimentos de forma aberta. Podem ser falantes e gostar de se envolver em
conversas.
Curiosidade: São geralmente curiosas e interessadas em explorar o mundo ao seu
redor. Isso pode levá-las a fazer muitas perguntas e querer aprender constantemente.
Frustração: Podem ter dificuldade em lidar com a frustração e podem ficar chateadas
ou impacientes quando as coisas não acontecem do jeito que desejam.
Necessidade de estimulação: Geralmente precisam de estímulos e atividades para
se manterem envolvidas e satisfeitas. O tédio pode ser um desafio para crianças com
esse temperamento.

Precisamos lembrar que essa criança interior não é cem por cento ferida, pois a
essência de uma criança é multifacetada e complexa, envolvendo uma combinação
única de fatores biológicos, psicológicos, emocionais e sociais. Cada criança é um
indivíduo único, e sua essência é moldada por uma interação dinâmica de diversos
elementos. Aqui estão alguns aspectos fundamentais que são importantes para a
essência de uma criança:

Curiosidade e Exploração: As crianças têm uma curiosidade inata sobre o mundo


ao seu redor. Eles exploram, questionam e aprendem constantemente,
desenvolvendo suas capacidades cognitivas e habilidades de resolução de
problemas.

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Inocência e Pureza: A inocência e pureza de uma criança referem-se a aspectos da
infância que estão frequentemente associados à falta de malícia, experiência negativa
e à preservação de uma visão simples e descomplicada do mundo

Falta de Malícia: As crianças geralmente abordam o mundo com uma falta de malícia.
Eles não têm interesse em motivos ocultos ou complexos em suas ações. Suas
interações muitas vezes refletem uma abordagem direta e sincera.

Visão Positiva do Mundo: A inocência infantil está muitas vezes ligada a uma visão
positiva e otimista do mundo. Como:

Ausência de Ceticismo Excessivo: Em comparação com os adultos, as crianças


geralmente carecem do ceticismo e da desconfiança que podem se desenvolver com
a experiência. Eles tendem a acreditar nas informações fornecidas a eles e nas boas
intenções dos outros.

Expressão Emocional Genuína: A pureza emocional das crianças é evidente em


suas expressões emocionais diretas e sinceras. Elas demonstram alegria, tristeza,
medo e entusiasmo de maneira autêntica e sem inibições.

Aceitação Incondicional: As crianças muitas vezes aceitam os outros de maneira


incondicional.

Curiosidade e Admiração: A curiosidade é natural das crianças e sua capacidade


de se maravilhar com as coisas simples da vida.

Simplicidade nas Relações: As crianças muitas vezes constroem relacionamentos


com base na simplicidade e na particularidade. Suas amizades são frequentemente
formadas com base no compartilhamento de interesses e na conexão emocional
genuína.

Foco no Presente: As crianças tendem a viver no momento presente, sem a carga


de preocupações excessivas com o passado ou ansiedades em relação ao futuro.
Essa capacidade de viver o momento contribui para a sensação de pureza e
simplicidade.

Expressão Emocional: As crianças frequentemente expressam emoções de maneira


direta e intensa. Suas alegrias, tristezas, medos e entusiasmos são vívidos de maneira
sincera.

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Imaginação e Criatividade: A imaginação desempenha um papel central na essência
de uma criança. Elas são capazes de criar

Capacidade de Aprender e Adaptação: A essência de uma criança é marcada por


uma capacidade incrível de aprendizado e adaptação. Tem a capacidade de adaptar-
se em diferentes ambientes sociais.

No livro de Stefanie Stahl, são utilizados os conceitos de “Criança-sol” e “Criança-


sombra”, criados pela psicóloga Julia Tomuschat. Esses dois termos representam as
subdivisões da parte da nossa personalidade, que representa o nosso inconsciente e
a nossa criança interior.
Enquanto a criança-sombra abarca todas as crenças negativas e os sentimentos
opressivos, como tristeza, medo, desamparo e raiva, representando a parte da
autoestima que foi ferida e se encontra fragilizada, a criança-sol reúne as influências
e os sentimentos positivos, como espontaneidade, curiosidade, entrega, vitalidade e
alegria.

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QUEM É A CRIANÇA FERIDA?

De acordo como toda a dinâmica de desenvolvimento e do temperamento dessa


criança ela poderá se tornar uma criança ferida.

Consciente x Inconsciente

A distinção entre o consciente e o inconsciente também se aplica ao desenvolvimento


infantil, embora o entendimento e a aplicação desses conceitos sejam diferentes em
crianças, especialmente em idades mais jovens. Aqui está como esses conceitos se
relacionam com o desenvolvimento infantil:

Consciente na Criança: O consciente em uma criança refere-se à parte de sua mente


que está atualmente ativa e da qual ela está ciente. As crianças em idade pré-escolar
têm uma compreensão limitada do que é consciente. Suas percepções e
pensamentos são frequentemente mais imediatos e ligados à realidade presente.

À medida que a criança cresce e se desenvolve cognitivamente, sua capacidade de


processamento consciente e de reflexão sobre suas ações e pensamentos aumenta.

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Elas desenvolvem habilidades de autorreflexão e começam a entender melhor a si
mesmas e suas experiências.

Inconsciente na Criança: O inconsciente em uma criança refere-se a pensamentos,


sentimentos, memórias e desejos que não estão atualmente na consciência da
criança. Na teoria psicanalítica de Sigmund Freud, acredita-se que o inconsciente de
uma criança seja influenciado por desejos e emoções não resolvidos, mas isso é mais
aplicável a crianças mais velhas ou adolescentes.

É importante notar que a compreensão da mente da criança está em constante


desenvolvimento. A consciência e a compreensão de uma criança sobre si mesma e
sobre o mundo ao seu redor evoluem à medida que ela cresce.

Essa parte inconsciente da mente, que carrega os padrões experimentados na


infância, pode se manifestar na vida adulta, influenciando nossas emoções e nossos
relacionamentos familiares e afetivos. E normalmente, estão relacionadas as cinco
dores que podem continuar nos machucando na fase adulta, que, são:
O medo do abandono, o medo da rejeição, a humilhação, a falta de confiança e a injustiça.
E essas dores acabam gerando feridas.

A criança que não superou ou ressignificou essas dores, teve suas emoções
interrompidas.

As emoções interrompidas, no contexto da visão sistêmica familiar, referem-se a


emoções não expressas ou não processadas que podem ter um impacto significativo
nas dinâmicas familiares. Elas podem ser geradas por uma variedade de fatores e
situações. Aqui estão algumas maneiras pelas quais as emoções interrompidas
podem surgir em uma perspectiva sistêmica familiar:

Segredos familiares: Em algumas famílias, segredos são mantidos e não discutidos.


Isso pode incluir segredos sobre eventos passados, traumas, problemas de saúde
mental, abuso ou quaisquer outros assuntos que a família considera ser tabu. A
supressão dessas informações pode gerar emoções interrompidas, como raiva, culpa,
vergonha e ressentimento.

Comunicação deficiente: Quando a comunicação entre os membros da família é


inadequada ou ineficaz, as emoções podem ficar interrompidas. Por exemplo, se um

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membro da família não se sente ouvido, valorizado ou compreendido, isso pode levar
à supressão de suas emoções.

Trauma não processado: Traumas familiares não resolvidos, como divórcio, perda
de um ente querido, abuso ou eventos traumáticos, podem levar a emoções
interrompidas. A família pode evitar falar sobre o trauma ou pode não ter as
ferramentas para lidar com as emoções relacionadas a ele.

Papéis familiares rígidos: Em algumas famílias, os membros são designados a


papéis rígidos que não permitem a expressão de certas emoções. Por exemplo, um
filho pode ser designado para ser "o forte" da família e, portanto, pode não sentir que
tem permissão para expressar tristeza ou vulnerabilidade.

Expectativas não realistas: Expectativas familiares não realistas em relação ao


comportamento e desempenho de um membro da família podem criar emoções
interrompidas. O medo de decepcionar a família ou não atender às expectativas pode
levar à supressão de emoções.

Conflitos não resolvidos: Conflitos familiares não resolvidos podem resultar em


emoções interrompidas. Quando os conflitos não são abordados de maneira eficaz,
as emoções associadas a esses conflitos podem gerar crenças.

Normas culturais e sociais: Normas culturais ou sociais podem influenciar a


expressão de emoções em uma família. Por exemplo, em algumas culturas, a
expressão aberta de raiva pode ser desencorajada, o que pode levar à supressão
dessas emoções.

As emoções interrompidas, também conhecidas como emoções reprimidas ou não


processadas, podem desempenhar um papel importante na criação de prisões
emocionais.

Essas prisões emocionais podem resultar em problemas de saúde mental e bem-


estar. Alguns exemplos de emoções interrompidas que frequentemente levam a
prisões emocionais incluem:

Raiva reprimida: Quando as pessoas não expressam sua raiva de maneira saudável
e a reprimem, essa emoção pode se acumular e levar a sentimentos de ressentimento,
hostilidade e até explosões emocionais incontroláveis.

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Tristeza não processada: A tristeza é uma emoção natural, mas quando não é
devidamente reconhecida e expressa, pode resultar em depressão, melancolia e
sentimentos de vazio.

Medo não enfrentado: O medo é uma emoção protetora, mas quando não é
confrontado e processado adequadamente, pode levar a ansiedade, fobias e ataques
de pânico.

Culpa não resolvida: Sentimentos de culpa não resolvidos podem resultar em


autocondenação, autocrítica excessiva e autossabotagem.

Vergonha não abordada: A vergonha é uma emoção intensa que, quando não
tratada, pode levar a sentimentos de inadequação, isolamento social e baixa
autoestima.

Mágoa não perdoada: Carregar ressentimentos e mágoas de experiências passadas


pode criar prisões emocionais que impedem o crescimento e a cura emocional.

Amor não expresso: A incapacidade de expressar amor e afeto genuíno pode levar
a relacionamentos insatisfatórios e sentimentos de solidão.

Essas emoções interrompidas podem se tornar prisões emocionais quando são


suprimidas, negadas ou ignoradas repetidamente. Elas podem se manifestar como
padrões de comportamento disfuncionais, problemas de relacionamento, ansiedade,
depressão e outros desafios emocionais.

As prisões emocionais como:


- Insegurança
– Variedade
- Reconhecimento
- Zona de conforto
- Crenças limitantes
- Falta de habilidades
- Afeto doentio
- Medo
- Influência familiar

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CULPA

PRISÃO PUNIÇÃO (auto)

AUTOSSABOTAGEM

A autossabotagem refere-se a comportamentos conscientes ou inconscientes que


prejudicam o próprio progresso, sucesso ou bem-estar. Os sintomas de
autossabotagem podem variar entre indivíduos e podem afetar várias áreas da vida,
como relacionamentos, carreira, saúde física e mental. Aqui estão alguns dos
principais sintomas associados à autossabotagem:

Procrastinação Crônica: Adiar tarefas importantes de forma consistente, mesmo


quando há conhecimento da importância e consequências.

Autocrítica Excessiva: Autojulgamento negativo constante, focalizando falhas e


erros em vez de considerar as conquistas e sucessos.

Autorrefutação: Desacreditar ou subestimar suas próprias habilidades, muitas vezes


antes mesmo de tentar algo novo.

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Medo do Fracasso: Evitar desafios ou situações novas devido ao medo intenso de
não ter sucesso ou de ser considerado de qualidade pelos outros.

Padrões Relacionais Destrutivos: Escolher repetidas relações ou situações que são


específicas, muitas vezes devido a uma crença subconsciente de que não merece
algo melhor. Escolhendo repetidamente relacionamentos que sejam abusivos, tóxicos
ou não saudáveis.

Autossabotagem Financeira: Tomar decisões financeiras que prejudicam a


estabilidade econômica, como gastar impulsivamente ou evitar oportunidades de
investimento.

Automedicação com Substâncias: Usar substâncias, como álcool ou drogas, como


uma forma de lidar com emoções difíceis ou evitar lidar com desafios.

Isolamento Social: Evitar interações sociais ou se isola, muitas vezes como uma
forma de evitar possíveis rejeições ou confrontos.

Recusa em Pedir Ajuda: Sentir-se relutante ou incapaz de buscar apoio ou ajuda,


mesmo quando necessário.

Submissão às Normas Sociais Nocivas: Conforme-se com padrões sociais


compatíveis, mesmo que vá contra os próprios valores e necessidades.

Autoindulgência Excessiva: Recorrer a comportamentos autodestrutivos, como


comer compulsivamente, como uma forma de lidar com o estresse ou emoções
negativas.

Evitar Desafios Pessoais: Evitar desafios que poderiam levar ao crescimento


pessoal, optando pela zona de conforto.

Falta de compromisso: Começar projetos ou metas com motivação, mas perde o


interesse ou comprometimento para superar obstáculos.

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COMO ACOLHER A CRIANÇA FERIDA

Curar a criança interior ferida é um processo importante para promover a saúde emocional e
o bem-estar. A criança interior ferida representa as partes de nós mesmos que foram
magoadas, traumatizadas ou negligenciadas durante a infância e que ainda carregam
cicatrizes emocionais. Aqui estão algumas etapas que podem ajudar no processo de cura da
criança interior ferida:

Reconhecimento e conscientização: O primeiro passo é reconhecer a existência da criança


interior ferida e tomar consciência das emoções e experiências não resolvidas da infância.
Isso envolve identificar as feridas emocionais, traumas ou eventos que causaram essas
feridas.

Aceitação: Aceite a criança interior ferida como parte de você. Isso significa não julgar ou
culpar a si mesmo por ter essas feridas, mas em vez disso, mostrar compaixão e empatia por
essa parte de você.

Autorreflexão e autoconhecimento: Faça um esforço para entender como as feridas da


infância afetam suas escolhas, comportamentos e relacionamentos na vida adulta. O
autoconhecimento é fundamental para a cura.

Terapia: A terapia é uma ferramenta valiosa para a cura da criança interior ferida. Um
terapeuta qualificado pode ajudar a explorar as feridas emocionais, desenvolver estratégias
para lidar com elas e fornecer um espaço seguro para expressar sentimentos reprimidos.

Prática do autocuidado: Cuide de si mesmo como faria com uma criança. Isso inclui praticar
a autocompaixão, estabelecer limites saudáveis, alimentar-se bem, fazer exercícios, dormir o
suficiente e praticar técnicas de relaxamento.

Expressão emocional: Permita-se sentir e expressar as emoções reprimidas. Isso pode


incluir chorar, escrever em um diário, criar arte ou usar outras formas criativas de expressão
emocional.

Revisão de crenças limitantes: Muitas vezes, as feridas da infância estão associadas a


crenças negativas sobre si mesmo. Identificar e desafiar essas crenças é fundamental para a
cura.

Perdão: Trabalhar no perdão, tanto para os outros quanto para si mesmo, é uma etapa
importante no processo de cura da criança interior ferida. O perdão não significa esquecer,
mas sim liberar o poder que o passado tem sobre você.

Construção de relacionamentos saudáveis: Aprender a estabelecer relacionamentos


saudáveis com outras pessoas é essencial. Isso envolve definir limites, comunicar

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necessidades e expectativas de forma eficaz e escolher parceiros que respeitem e valorizem
você.

Aprender a nutrir sua criança interior: Finalmente, aprenda a nutrir e cuidar da sua criança
interior. Seja o pai ou a mãe amoroso(a) que você precisava na infância, oferecendo amor,
apoio e validação para si mesmo.

A cura da criança interior ferida é um processo contínuo e individual. Pode levar tempo e
esforço, mas é um passo importante em direção à cura emocional e ao desenvolvimento
pessoal de uma vida mais satisfatória e de relacionamentos mais saudáveis.

COMO SE CONECTAR COM NOSSA CRIANÇA INTERIOR?


Agora que já sabemos a importância de entender mais sobre quem fomos na infância
para, assim, termos a capacidade de entender nossas emoções e acolher nossa
criança interior. Em algumas situações, as emoções e reações infantilizadas podem
se manifestar em adultos. Isso pode ocorrer devido a vários motivos, como estresse,
falta de habilidades de enfrentamento, traumas não resolvidos ou dificuldades
emocionais.

Como reconhecer atitudes infantis: Aqui estão alguns exemplos de emoções e


reações que podem ser consideradas infantilizadas:

Choramingo ou Birra: Expressar frustração ou descontentamento de maneira


semelhante a uma criança, como chorar ou fazer birra diante de situações
desafiadoras.

Necessidade Excessiva de Aprovação: Buscar validação constante dos outros,


como uma criança que procura a aprovação dos pais.

Evitar Confrontos Diretos: Evitar conflitos de maneira direta, se calando ou se


omitindo.

Dependência Excessiva: Reter responsabilidades ou depender de outros para


decisões e resolução de problemas, como uma criança depende dos pais.

Comportamento de Vitimização: Adotar um papel de vítima, se sente injustiçada


pela vida e pelas pessoas.

Desistência Rápida: Desistir fácil, nunca finaliza nada.

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Expressão Emocional Descontrolada: Ter emoções intensas e descontroladas,
semelhantes a acessos de raiva.

Necessidade de Orientação Constante: Exigir orientação constante de outras


pessoas, em vez de assumir a iniciativa e tomar decisões independentes.

Falta de Autocontrole: Demonstração de falta de autocontrole em situações


estressantes, resultando em reações impulsivas semelhantes às de uma criança.

Expectativas Irrealistas: Manter expectativas irrealistas em relação aos outros,


esperando que atendam a todas as suas necessidades sem considerar

Falta de Comunicação Efetiva: Expressar emoções de maneira imatura, como


recorrer ao silêncio prolongado, em vez de comunicar de forma clara e assertiva.

Busca por Conforto Externo: Procurar constantemente conforto externo, seja por
meio de elogios, presentes ou atenção, para compensar a falta de autoestima.

Precisamos retornar ao nosso mundo interno para ou manteremos nossa criança


ferida lá, sozinha num quarto escuro, abandonada, chorando e sentindo a dor que
estamos, arduamente, tentando evitar.

Reencontrá-la, acolher a sua dor, oferecendo-lhe o amor que ela necessita é nossa
função prioritária e mais ninguém pode suprir isso. Quando reencontramos nossa
criança, quando nos aproximamos e passamos a estabelecer uma relação sincera
com ela, percebemos o tamanho do potencial de cura e ressignificação das
experiências traumáticas. Nossa criança já carrega esse potencial em si, mas precisa
deste reencontro verdadeiro e regado de amor incondicional para acessá-lo e torná-
lo disponível a nós.

Reencontrá-la, pedir-lhe perdão por não a ter visto antes, fazê-la sentir segura,
mostrar o quanto você cresceu, conquistou e que agora você é responsável por ela,
fará com que você tenha o controle sobre as suas emoções.

Lembre-se:

“Não há despertar de consciência sem dor. As pessoas farão de tudo, chegando aos limites
do absurdo para evitar enfrentar sua própria alma. Ninguém se torna iluminado por imaginar
figuras de luz, mas sim por tornar consciente a escuridão”. (Carl G. Jung)

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CARTA A NOSSA CRIANÇA INTERIOR

Querida criança, eu sou seu (sua) adulto(a).

Sinto muito por todas as lembranças acumuladas que você vivenciou como tristeza,
mágoa, dor, medo, raiva e abandono.

Sinto muito por deixar você sozinha durante todo esse tempo e por ser negligente.

A partir de agora, eu, como adulto(a), vou cuidar de você e te dar o amor, o carinho e
a segurança que você necessita.

Eu te dou um bom lugar no meu coração!

Obrigado(a) por fazer parte de mim! Eu te amo!

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BIBLIOGRAFIA

https://chat.openai.com
https://www.ocorpoexplica.com.br/

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