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Alcídia Pedro Almoço

Angelina Arnaldo Joaquim


Antonieta Theofilo da Silva Pereira
Albertina Arlindo Dos Santos
Argentina Manuel Agostinho
Dalva Zarco Mangaua
Irane da Conceição Olírio
Florinda José Mazia
Lázaro Armindo Lázaro
Liliene Samo Francisco Gilberto
Massamba Pedro Rocha
Vicente Tiago Qualquer Chachoca
4º Ano EaD
Trabalho em Grupo

Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia com Habilitação em Ensino de Química

PREMEIRA (1ª) LEI DA TERMODINÂMICA

Universidade Púnguè
Extensão de Tete
2023
Alcídia Pedro Almoço
Angelina Arnaldo Joaquim
Antonieta Theofilo da Silva Pereira
Albertina Arlindo Dos Santos
Argentina Manuel Agostinho
Dalva Zarco Mangaua
Irane da Conceição Olírio
Florinda José Mazia
Lázaro Armindo Lázaro
Liliene Samo Francisco Gilberto
Massamba Pedro Rocha
Vicente Tiago Qualquer Chachoca
4º Ano EaD
Trabalho em Grupo
Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia com Habilitação em Ensino de Química

PREMEIRA (1ª) LEI DA TERMODINÂMICA

Trabalho de carácter científica apresentado ao


Departamento de Ciências Biológicas,
delegação de Tete, com o fim avaliativo na
cadeira de Química Fisica I, para obtenção do
grau académico de Licenciatura em Ensino de
Biologia.
Docente: PhD. Ademar Máquina

Universidade Púnguè
Extensão de Tete
2023
Índice
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 3

1.1. OBJECTIVOS .................................................................................................................. 3

1.1.1. OBJECTIVO GERAL ............................................................................................... 3

1.1.2. OBJECTIVOS ESPECIFICOS .................................................................................. 3

1.2. METODOLOGIA ............................................................................................................ 3

2. TERMODINAMICA QUIMICA ........................................................................................... 4

2.1. PREMEIRA (1ª) LEI DA TERMODINÂMICA ............................................................. 4

2.1. 1. CALOR (Q), TRABALHO (W) E VARIAÇÕES DE ENERGIA INTERNA (ΔU) 4

2.1.2. CALOR ...................................................................................................................... 5

2.1.3. TRABALHO .............................................................................................................. 6

2.1.4. VARIAÇÃO DA ENERGIA INTERNA .................................................................. 6

2.2. ENTALPIA (H) E CAPACIDADE CALORÍFICA (C); ................................................. 7

2.3. TRABALHO REALIZADO POR UM GÁS ................................................................... 8

2.4. ENTALPIA E VARIAÇÃO DE ENTALPIA .................................................................. 9

2.5. LEI DE HESS................................................................................................................. 10

2.6. ENTALPIA- PADRÃO DE COMBUSTÃO ................................................................. 11

2.7. ENTALPIA- PADRÃO DE FORMAÇÃO ................................................................... 12

3. CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 13

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 14


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1. INTRODUÇÃO
A Termodinâmica Química é um ramo da química que estuda a relação entre a energia e as
transformações químicas. Um dos conceitos centrais da termodinâmica é o calor, que é uma
forma de energia transferida entre sistemas a diferentes temperaturas. A unidade para
expressar o calor é o joule (J) no Sistema Internacional de Unidades (SI).
A Lei de Hess afirma que a variação de entalpia de uma reação química é independente tdo
caminho seguido pela reação, desde que as mesmas substâncias estejam envolvidas no início e
no final do processo. Isso permite calcular a variação de entalpia de uma reação química
usando as entalpias padrão de formação e combustão das substâncias envolvidas. A entalpia
padrão de combustão é a entalpia envolvida na combustão completa de uma substância em
condições-padrão. Aspectos estequiométricos da termodinâmica são importantes para o
cálculo das quantidades de reagentes e produtos envolvidos em uma reação química, bem
como para o cálculo da entalpiaenvolvida. O conhecimento desses conceitos é fundamental
para entender processos químicos em escala moleculares e para a elaboração de projetos e
processos industriais eficientes e sustentáveis.

1.1. OBJECTIVOS

1.1.1. OBJECTIVO GERAL


 Entender a termodinâmica química, calor, entalpia, leis de Hess bem como as unidades
usadas para expressá-los.

1.1.2. OBJECTIVOS ESPECIFICOS


 Definir o calor e as unidades para expressá-lo.

 Descrever as entalpias-padrão de combustão e formação

 Explicar o conceito de entalpia e variação de entalpia e as leis de Hess e sua aplicação


para o cálculo de variações de entalpia.

1.2. METODOLOGIA
Para a realização do presente trabalho, recorreu-se ao método de revisão de literatura, consulta
de livros, a internet, onde baixou-se artigos relevantes ao tema, para melhor aperfeiçoamento
da matéria, e detalhes mais explícitos, que ajudam na melhor compreensão, em seguida o uso
do computador para a sua execução.
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2. TERMODINAMICA QUIMICA

Termodinâmica Química é uma área Físico-Química que estuda as transferências de energia


entre sistemas termodinâmicos. Ela é fundamental para entender e prever a ocorrência de
reações químicas e fenômenos termodinâmicos em sistemas químicos. Ela é dividida em três
leis fundamentais que regem o comportamento dos sistemas termodinâmicos.
A Primeira Lei da Termodinâmica é a lei da conservação da energia, que estabelece que a
energia total em um sistema termodinâmico é constante, ou seja, a energia não pode ser criada
nem destruída, apenas transformada de uma forma para outra.
A Segunda Lei da Termodinâmica estabelece a direção das transferências de energia e o
aumento da entropia em um sistema termodinâmico. Ela afirma que a entropia de um sistema
isolado sempre aumenta ou permanece constante e que os processos naturais ocorrem na
direção em que a entropia total do sistema e dos arredores aumenta
A Terceira Lei da Termodinâmica estabelece que é impossívelatingir a temperatura de zero
absolutos através de um número finito de processos termodinâmicos

2.1. PREMEIRA (1ª) LEI DA TERMODINÂMICA

2.1. 1. CALOR (Q), TRABALHO (W) E VARIAÇÕES DE ENERGIA INTERNA (ΔU)


A Primeira Lei da Termodinâmica decorre do princípio de conservação da energia. De
acordo com essa lei, a energia não é destruída ou criada, mas transformada. De acordo com
essa lei, a variação da energia interna de um sistema termodinâmico equivale à diferença entre
quantidade de calor absorvido pelo sistema e o trabalho por ele realizado e a energia total de
um sistema sempre se mantém constante, já que ela não é perdida, mas sim, transformada.
No âmbito da Termodinâmica, utilizam-se noções mais específicas e menos genéricas que
aquelas usadas no princípio da conservação da energia. Na Primeira Lei da Termodinâmica,
usamos conceitos como energia interna, calor e trabalho, que são pertinentes ao âmbito
das máquinas térmicas (aplicações tecnológicas de fundamental importância para a
Termodinâmica).

As máquinas a vapor funcionam de acordo com a Primeira Lei da Termodinâmica.


Imagine uma máquina movida a vapor, quando o fluido de trabalho dessa máquina (o vapor
d'água) recebe calor de uma fonte externa, duas conversões de energia são possíveis: o vapor
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pode ter a sua temperatura acrescida em alguns graus ou, ainda, pode expandir-se e mover os
pistões dessa máquina, realizando, assim, certa quantidade de trabalho.
“A variação da energia interna de um sistema termodinâmico corresponde à diferença
entre a quantidade de calor por ele absorvida e a quantidade de trabalho que esse sistema
realiza.”
A fórmula usada para descrever matematicamente a Primeira Lei da Termodinâmica é
mostrada a seguir:
ΔU – variação de energia interna (cal ou J);

Q – calor (cal ou J); e

T – Trabalho (cal ou J)

Para usarmos essa fórmula, precisamos nos atentar para algumas regras de sinais:

 ΔU – será positivo, se a temperatura do sistema aumentar;


 ΔU – será negativo, se a temperatura do sistema diminuir;
 Q – será positivo, se o sistema absorver calor do meio externo;
 Q – será negativo, se o sistema ceder calor ao meio externo;
 τ – será positivo, se o sistema se expandir, realizando trabalho sobre o meio externo;
 τ – será negativo, se o sistema se contrair, recebendo trabalho do meio externo.

2.1.2. CALOR
Seguindo para o próximo termo, Q, que se refere à quantidade de calor transferida para o
sistema, costumamos utilizar a equação fundamental da calorimetria, mostrada a seguir:

Q -calor (cal ou J)

m – massa (g ou kg)

c – calor específico (cal/gºC ou J/kg.K)

ΔT – variação de temperatura (celsius ou kelvin)


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2.1.3. TRABALHO
A última das grandezas relacionadas à Primeira Lei da Termodinâmica é o trabalho (τ), que
tem uma fórmula analítica apenas para as transformações que ocorrem sob pressão constante,
também conhecidas como transformações isobáricas, observe:

P – pressão (Pa ou atm)

ΔV – variação de volume (m³ ou l)

Quando a pressão exercida sobre o sistema não for constante, o trabalho poderá ser calculado
pela área do gráfico de pressão em função do volume (P x V).

2.1.4. VARIAÇÃO DA ENERGIA INTERNA


O termo ΔU refere-se à mudança de energia atribuída à energia cinética das partículas
constituintes do sistema, no caso de um gás ideal, pode-se dizer que ΔU equivale a:

n – número de mols (mol)

R – constante universal dos gases ideais (0,082 atm.l/mol.K ou 8,31 J/mol.K)

T – temperatura absoluta (kelvin)

Analisando as fórmulas, pode-se perceber que, caso não ocorra uma mudança de temperatura
no sistema, sua energia interna também permanecerá inalterada. Além disso, é importante
dizer que para as máquinas térmicas, que operam em ciclos, a variação da energia interna,
ao final de cada ciclo, deve ser nula, pois nesse ponto, o motor volta a operar com a
temperatura inicial.

Um dos conceitos fundamentais da Termodinâmica Química é a entalpia, que é a quantidade


de energia térmica que um sistema termodinâmico contém. A entalpia é medida emunidades
de energia, como joules (J) ou calorias (cal), e pode ser expressa emtermos de variação de
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entalpia (∆H), que é a diferença entre as entalpias dos reagentes e produtos em uma reação
química.
Outro conceito importante é a entropia, que mede o grau de desordem em um sistema
termodinâmico. A entropia é medida em unidades de energia/temperatura, como joules por
Kelvin (J/K), e pode ser expressa em termos de variação de entropia (∆S), que é a diferença
entre as entropias dos reagentes e produtos em uma reação química.

2.2. ENTALPIA (H) E CAPACIDADE CALORÍFICA (C);


O calor e o trabalho são formas similares de modificar a energia de um sistema. A partir
da Termodinâmica, é possível explicar por que as reações ocorrem e também predizer o calor
liberado e o trabalho que podem executar.

O trabalho é a propriedade mais fundamental da termodinâmica, e é definido como


o movimento contra uma força oposta. Trabalho é realizado, por exemplo, quando um peso
é levantado contra a força da gravidade. Realiza-se trabalho, também, por meio da reação
química em uma bateria, que empurra uma corrente elétrica em um circuito.

O trabalho (τ) necessário para mover um objeto até uma determinada distância (d) contra uma

força ( ) constante atuando no corpo, é calculado multiplicando-se a força pela distância:

Quando a força estiver atuando sobre o corpo com certa inclinação, como mostra a figura
abaixo, o cálculo do trabalho fica:

No SI (sistema internacional), a unidade de trabalho é a mesma de energia, ou seja, o Joule


(J), sendo que 1 J equivale a 1 kg.m².s-2.

(unidade de τ) = (unidade de F) x (unidade de d)

J = N.m
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Quando mais de uma força atua sobre um corpo, cada uma delas realiza trabalho. Assim, o
trabalho total será a soma dos trabalhos de cada uma das forças, conforme a equação abaixo:

τtotal = τF1 + τF2 + τF3 + τF4 +...

Considerando que a resultante dessas forças seja FR, o trabalho total será igual ao trabalho da
força resultante: τtotal = τFr

2.3. TRABALHO REALIZADO POR UM GÁS


Considere um cilindro com um êmbolo embutido (região acinzentada) contendo um gás ideal
em seu interior (região esverdeada), conforme mostra a figura abaixo.

representa a força exercida pelo gás sobre o êmbolo. A é a área da seção reta do cilindro.
Pela figura vemos que, quando o gás sofre uma expansão isobárica (pressão constante), o
êmbolo se desloca uma distância d.

Como e d apresentam o mesmo sentido, o trabalho pode ser dado por:

τG = FG . d

Sabendo, ainda, que a força do gás equivale ao produto da pressão do gás pela área da seção
reta do cilindro, podemos escrever:

FG = pG . A

Assim, o trabalho realizado por um gás que sofre expansão isobárica é dado por:

τG = pG . A . d
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τG = pG . ΔV

Onde ΔV = Vfinal – Vinicial, é o volume do gás que sofre expansão.

Se o gás sofrer compressão isobárica, e d apresentarão sentidos opostos, ΔV < 0, e,


portanto, τG < 0.

Por ser um processo isobárico, a pressão permanece constante, e o gráfico da pressão em


função do volume é uma reta paralela ao eixo das abscissas, conforme vemos no gráfico
abaixo. O trabalho será, portanto, numericamente igual à área sob a curva.

2.4. ENTALPIA E VARIAÇÃO DE ENTALPIA


A entalpia é uma grandeza termodinâmica que representa a quantidade de energia que um
sistema termodinâmico contém, incluindo tanto a energia interna quanto a energia potencial.
É representada pela letra H e é medida em unidades de energia, como joules ou calorias. A
entalpia é uma função de estado, o que significa que seu valor final depende apenas dos
estados inicial e final do sistema, não do caminho percorrido entre eles.
A variação de entalpia, ΔH, é a diferença entre a entalpia final e a entalpia inicial de um
sistema durante uma reação química ou um processo físico. ΔH pode ser positiva
(endotérmica), negativa (exotérmica) ou nula (adiabática). Uma reação exotérmica libera
energia, então ΔH é negativa. Já uma reação endotérmica requer energia, portanto ΔH é
positiva. Uma reação adiabática ocorre sem transferência de calor, então ΔH é nula.
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A variação de entalpia pode ser calculada a partir das entalpias dos reagentes e produto
senvolvidos nareação, usando aequação:
ΔH = H_produtos - H_reagentes
A entalpia pode ser medida experimentalmente usando calorimetria, que envolve medir a
quantidade de calor liberada ou absorvida durante uma reação química ou um processo físico.
Isso é feito usando um calorímetro, que é um dispositivo que isola o sistema do ambiente e
mede a transferência de calor.

2.5. LEI DE HESS


A lei de Hess é um princípio fundamental da termodinâmica que afirma que a variação de
entalpia de uma reação química é independente do caminho percorrido entre os reagentes e
produtos. Em outras palavras, a variação de entalpia é a mesma, quer a reação seja realiza da
em uma única etapa ou em várias etapas intermediárias.
A lei de Hess pode ser expressa matematicamente como:

ΔH = ΣnΔHn
Onde ΔH é a variação de entalpia da reação global, e ΣnΔHn é a soma das variações de
entalpia das etapas intermediárias necessárias para transformar os reagentes nos produtos.
A lei de Hess é frequentemente usada para calcular a variação de entalpia de uma reação que
não pode ser medida diretamente, mas pode ser dividida em etapas intermediárias que podem
ser medidas experimentalmente.
A Lei de Hess, também conhecida como Lei da Soma dos Calores de Reação, afirma que a
variação de entalpia de uma reação química é independente do caminho pelo qual a reação
ocorre, desde que os estados iniciais e final sejam os mesmos. Em outras palavras, a variação
de entalpia de uma reação química é igual à soma das variações de entalpia das reações
intermediárias que ocorrem entre os estados iniciais e final.
Por exemplo, considere a reação de combustão do metano:

CH4 (g) + 2O2 (g) -> CO2 (g) + 2H2O (l) ΔH = -890,4 kJ/mol

Podemos usar a Lei de Hess para calcular a variação de entalpia dessa reação usando reações
intermediárias. Por exemplo, podemos considerar a decomposição do metano em carbono e
hidrogênio:
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CH4(g) -> C(s) + 2H2(g) ΔH1 = 74,8 kJ/mol


Em seguida, podemos considerar a combustão do carbono para formar dióxido de carbono:
C(s) + O2(g) -> CO2(g) ΔH2 = -393,5 kJ/mol

E, finalmente, podemos considerar a combustão do hidrogênio para formarágua:


2H2(g) + O2(g) -> 2H2O(l) ΔH3 = -483,6 kJ/mol
Ao somarmos as variações de entalpia das três reações intermediárias, obtemos a variação de
entalpia da reação global:
ΔH = ΔH1 + ΔH2 + ΔH3 = 74,8 kJ/mol - 393,5 kJ/mol - 483,6 kJ/mol = -890,4 kJ/mol
Como esperado, o resultado coincide com o valor experimental da variação de entalpia da
reação de combustão do metano.

Outro exemplo de aplicação da Lei de Hess é o cálculo da entalpia de formação de um


composto a partir de seus elementos constituintes. Por exemplo, podemos calcular a entalpia
de formação do dióxido de nitrogênio (NO2) a partir da seguinte equação termoquímica:
2NO(g) + O2(g) -> 2NO2(g) ΔH = -114,1 kJ/mol

Podemos usar a Lei de Hess para decompor a reação de formação do NO2 em reações
intermediárias envolvendo a formação de NO e O2:
1/2N2(g) + O2(g) -> NO(g) ΔH1 = 90,3 kJ/mol O2(g) -> 2O(g) ΔH2 = 495,0 kJ/mol 2O(g)
+ N2(g) -> 2NO(g) ΔH3 = 180,6 kJ/mol

Ao somarmos as variações de entalpia das três reações intermediárias com os coeficientes


apropriados, obtemos aentalpia de formação do NO2:
2NO(g) + O2(g) -> 2NO2(g) ΔH = ΔH1 + 2ΔH2 + ΔH3 = -114,1 kJ/mol

2.6. ENTALPIA- PADRÃO DE COMBUSTÃO


A entalpia-padrão de combustão é a variação de entalpia que ocorre quando uma substância é
completamente queimada em presença de oxigênio, a umapressão de 1 atm e temperatura de
referência de 25 °C. Essa grandeza é geralmente expressa em kJ/mol e representa a
quantidade de energia liberada (ou absorvida, no caso de uma reação endotérmica) quando
uma molécula da substância é completamente oxidada.
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Por exemplo, a entalpia-padrão de combustão do etanol (C2H5OH) é de -1366,8 kJ/mol, o


que significa que, ao queimarumamolécula de etanolcompletamenteempresença de oxigênio, a
energialiberada é de -1366,8 kJ.
Aentalpia-padrão de combustão é uma grandeza importante em muitas aplicações, como na
determinação do poder calorífico de combustíveis e no cálculo da energia liberada em reações
de combustão. A entalpia-padrão de combustão pode ser determinada experimentalmente
através de um calorímetro de bomba, que mede a quantidade de calor liberada po ruma reação
de combustão.
Algumas entalpias-padrão de combustão para diferentes compostos:
 Metano (CH4): -890,4 kJ/mol
 Propano (C3H8): -2220,1 kJ/mol
 Etanol (C2H5OH): -1366,8 kJ/mol
 Gasolina: emtorno de -35000 kJ/kg

2.7. ENTALPIA- PADRÃO DE FORMAÇÃO


A entalpia-padrão de formação é a variação de entalpia que ocorre quando uma substância é
formada a partir de seus elementos constituintes, em suas condições-padrão (1 atm e 25°C).
Essa grandeza é geralmente expressaem kJ/mol e representa a quantidade de energialiberada
(ou absorvida, no caso de uma reação endotérmica) quando uma molécula da substância é
formada.
Por exemplo, aentalpia-padrão de formação do metano (CH4) é de -74,81 kJ/mol, o que
significa que a energia liberada quando uma molécula de metano é formada a partir dos seus
elementos constituintes (carbono e hidrogênio) é de -74,81 kJ.
A entalpia-padrão de formação é uma grandeza importante em muitas aplicações, como no
cálculo da entalpia-padrão de reações químicas e na determinação da energia liberada ou
absorvida em processos químicos.
Algumas entalpias-padrão de formação para diferentes compostos: Metano (CH4): -74,81
kJ/mol
Dióxido de carbono (CO2): -393,51 kJ/mol Água (H2O): -285,83 kJ/mol
Amônia (NH3): -46,11 kJ/mol
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3. CONCLUSÃO
A termodinâmica química é uma área fundamental da química que estuda a energia e as
transformações termodinâmicas que ocorrem nas reações químicas. Através dos conceitos de
calor, entalpia e variação de entalpia, é possível compreender a direção e o equilíbrio das
reações químicas, bem como prever e controlar muitos processos químicos.
O calor é a forma de energia transferida de um corpo para outro em virtude de uma diferença
de temperatura, e é expresso em unidades como Joules (J) ou calorias (cal). A entalpia é a
quantidade de energia que um sistema contém, em relação à energia necessária para produzir
o sistema a partir de seus componentes individuais, e é expressa em unidades como Joules por
mol (J/mol). Já a variação de entalpia é a diferença entre as entalpias dos reagentes e dos
produtos, e é também expressa emunidades de energia por mol (J/mol).
A lei de Hess é uma lei empírica que estabelece que a variação de entalpia de uma reação
química depende apenas dos estados iniciais e final da reação, independentemente dos
caminhos intermediários percorridos. Essa lei é útil para o cálculo de variações de entalpia em
reações que não podem ser medidas diretamente.
Aentalpia-padrão de combustão é a quantidade de calor liberada na combustão completa de
um mol de uma substância, napresença de oxigênio, a umapressão e temperatura padrão. Já a
entalpia-padrão de formação é a quantidade de calo rliberada ou absorvida na formação de um
mol de uma substância, a partir de seus elementos constituintes, na mesma pressão e
temperatura padrão.
Os aspectos estequiométricos da termoquímica permitem determinar as quantidades de
reagentes e produtos envolvidos em uma reação química, bem como as variações de entalpia
associadas a essas reações. A partir dessas informações, é possível calcular as quantidades de
energia liberadas ou absorvidas em uma reação química, permitindo a compreensão e a
previsão de muitos processos químicos.
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4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 Atkins, P.; Jones, L. Princípios de Química: Questionando a Vida Moderna e o
MeioAmbiente, 5a edição, Porto Alegre: Bookman, 2012.
 Chang, R. Química: Conceitos e Aplicações, 5a edição, Porto Alegre: McGraw-Hill,
2005.
 Skoog, D. A.; West, D. M.; Holler, F. J.; Crouch, S. R. Fundamentos de Química
Analítica, 9a edição, Porto Alegre: Bookman, 2014.
 Smith, J. M., Van Ness, H. C., & Abbott, M. M. (2005). Introdução à
Termodinâmica da EngenhariaQuímica (7ª ed.). McGraw-Hill Education.
 Callen, H. B. (1985). Termodinâmica e Introdução à Termostática (2ª ed.). John
Wiley & Sons.
 Cengel, Y. A., & Boles, M. A. (2014). Termodinâmica: Uma Abordagem de
Engenharia (8ª ed.). McGraw-Hill Education.
 Atkins, P. W., & de Paula, J. (2006). QuímicaFísica. Oxford: Oxford University
Press;
 Atkins, P. W., & de Paula, J. (2002). QuímicaFísica de Atkins. Oxford: Oxford
University Press;
 Ana M. Alfonso-Goldfarb, Da Alquimia à Química (São Paulo: Nova Stella, 1987).
 Juergen H. Maar, História da Química, vol.1 (Florianópolis: Conceito Editorial,
2008).
 Gaston Bachelard, A Epistemologia. (Lisboa: Edições 70, 2006).
 Letícia do Prado, “As Atividades Experimentais de Química do Currículo do Estado
de São Paulo: Abordagens e Objetivos,” in: Anais do VI Congresso Brasileiro de
Educação (Bauru: FC/Departamento de Psicologia, 2017

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