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Preparatório de Língua Portuguesa

EXERCÍCIOS SOBRE TIPOS TEXTUAIS

1) Identifique a tipologia textual do trecho apresentado abaixo?


Dona Julieta chamou os filhos mais novos para uma conversa séria. Era uma manhã de domingo, o dia
estava claro e ensolarado. Pediu a eles que compreendessem a situação do pai, que não tinha no momento
condição de colocá-los em uma escola melhor.
a) dissertação subjetiva b) descrição c) narração com alguns traços descritivos d) dissertação objetiva com
alguns traços descritivos e) narração com alguns traços dissertativos
2) Marque a alternativa que não apresenta características narrativas:
a) O sol desfilava com sua beleza colorida ao final da tarde. Tino gostava de mostrar aos amigos.
b) Rodrigo e Juliana estavam na sala, quando ocorreu a explosão.
c) Ela tem olhos castanhos, cabelos pretos e encaracolado. Parece sua mãe.
d) Zito, deixa, não chores. O bilhete está aqui, o nosso bilhete está aqui. Ela não lhe apanhou.
Aquele era outro.

3) Marque a afirmação correta em relação ao texto abaixo:


“Senti tocar-me no ombro; era Lobo Neves. Encaramo-nos alguns instantes, mudos, inconsoláveis.
Indaguei de Virgília, depois ficamos a conversar uma meia hora. No fim desse tempo, vieram trazer-lhe
uma carta; ele leu-a, empalideceu muito e fechou-a com a mão trêmula.” (Machado de Assis, in
Memórias Póstumas de Brás Cubas)
a) É um texto expositivo com alguns elementos descritivos. b) Não se trata de texto narrativo, pois não há
personagens. c) É um texto argumentativo, com alguns elementos narrativos. d) Trata-se de uma narração,
sem nenhum traço argumentativo.
4 – Leia o texto “A Rã e o Boi”
Uma rã estava no prado olhando um boi e sentiu tal inveja do tamanho dele que começou a inflar para
ficar maior. Então, outra rã chegou e perguntou se o boi era o maior dos dois.
A primeira respondeu que não – e se esforçou para inflar mais.
Depois, repetiu a pergunta:
– Quem é maior agora?
A outra rã respondeu:
– O boi.
A rã ficou furiosa e tentou ficar maior inflando mais e mais, até que arrebentou.

O texto acima pertence à tipologia narrativa, pois possui uma estrutura básica: apresentação,
desenvolvimento, clímax e desfecho. Desse modo, uma marca fundamental do texto narrativo é
a) o argumento.
b) o enredo.
c) a tese.
d) a conclusão.

5 - Leia um trecho do romance de Eça de Queiroz e marque a resposta correcta.


“Ficara sentada à mesa a ler o Diário de Notícias, no seu roupão de manhã de fazenda preta, bordado a
sutache, com largos botões de madrepérola; o cabelo louro um pouco desmanchado, com um tom seco do
calor do travesseiro, enrolava-se, torcido no alto da cabeça pequenina, de perfil bonito; a sua pele tinha
a brancura tenra e láctea das louras; com o cotovelo encostado à mesa acariciava a orelha, e, no
movimento lento e suave dos seus dedos, dois anéis de rubis miudinhos davam cintilações escarlates.” (O
Primo Basílio, Eça de Queiroz)
Poderiamos afirmar que o trecho acima é predominantemente narrativo?
a) Sim
b) Não

6 - Leia o texto abaixo e resolva a questão:


O texto dissertativo/argumentativo ou simplesmente argumentativo caracteriza-se pela exposição de
vários argumentos lógicos que sustentam a opinião ou o ponto de vista do autor sobre um determinado
assunto ou fenómeno. Este texto tem como função ou objectivo principal persuadir, convencer o receptor.
Visa, assim, interferir ou transformar o ponto de vista do leitor acerca de um determinado assunto ou
acerca de um conjunto de fenómenos sociais, culturais, etc..
Identifique a tipologia textual:
a) Texto narrativo.
b) Texto expositivo.
c) Texto argumentativo
7 – Identifique o texto abaixo reproduzido, justificando a sua resposta:
“Em dezembro de 2019 foi registrado, no escritório da Organização Mundial da Saúde (OMS), na China,
o primeiro caso oficial de pneumonia, ainda com causa desconhecida, em Wuhan, província de Hubei,
despertando particular interesse das autoridades sanitárias. Ao final de janeiro de 2020, foi decretado
estado de emergência em saúde pública por se tratar de uma calamidade com interesse internacional. Em
fevereiro de 2020, a síndrome respiratória aguda grave (SRAG), que crescia em progressão exponencial,
foi nomeada pela OMS como COVID-19, sendo em 11 de março de 2020 caracterizada pela mesma
organização como pandemia. Até esse momento, a COVID-19 estava presente em cerca de 100 países,
com mais de 100 mil casos confirmados da doença, sendo necessárias medidas específicas de
identificação, prevenção e controle para o seu enfrentamento.”

8 – De acordo com as definições dos três tipos de textos estudados, preencha os parênteses com os
números correspondentes;
1. Texto narrativo 2. Texto argumentativo 3. Texto Expositivo
( ) Ato próprio de textos em que há a apresentação de ideias sobre determinado assunto, assim como
explicações, avaliações e reflexões. Faz-se uso de linguagem clara, objetiva e impessoal.
( ) Ato próprio de textos em que se conta um fato, fictício ou não, acontecido num determinado espaço e
tempo, envolvendo personagens e ações. A temporalidade é fator importante nesse tipo de texto.
( ) Ato próprio de textos em que há posicionamentos e exposição de ideias, cuja preocupação é a defesa
de um ponto de vista. Sua estrutura básica é: apresentação de ideia principal, argumentos e conclusão.
9 - Sobre os tipos textuais, é correto afirmar, exceto:
a) Os tipos textuais são caracterizados por propriedades linguísticas, como vocabulário, relações lógicas,
tempos verbais, construções frasais, etc.
b) Entre os tipos textuais temos: narração, argumentação, descrição, injunção e exposição.
c) Possuem um conjunto ilimitado de características, que são determinadas de acordo com o estilo do
autor, conteúdo, composição e função.
d) Os tipos de textos apresentam características intrínsecas e invariáveis, ou seja, não sofrem a influência
do contexto de nossas atividades comunicativas. De maneira predeterminada, apresentam vocabulário,
relações lógicas, tempos verbais e construções frasais que acolhem os diversos gêneros.

10 - Analise os fragmentos a seguir e assinale a alternativa que indique as tipologias textuais às


quais eles pertencem:
Texto I
A noção de desenvolvimento a partir da segunda metade do século XX apoiava-se numa visão positivista,
guiada pela confiança no progresso ilimitado através da industrialização, acreditava-se que o bem-estar
social seria consequência directa do crescimento económico. Nessa época assistiu-se a um forte
desenvolvimento económico, caracterizado pelas inovações tecnológicas, sobretudo nos sectores
industrial e energético. Este crescimento apesar de ter trazido benefícios, também deu lugar ao
agravamento dos problemas ambientais. O problema é que, a partir de um determinado momento, mesmo
que o PIB aumente, não se verifica o mesmo na qualidade ambiental e ao bem-estar humano. Dada a
incapacidade de resposta aos problemas sociais e ambientais que se agravavam, a partir da década de 70
este modelo de desenvolvimento começa a ser questionado. É no quadro desta “crise global e social do
ambiente” que surge a necessidade de adopção de um modelo de desenvolvimento para o futuro, que nos
afaste do insustentável paradigma do crescimento ilimitado, num processo que Viriato Soromenho
Marques designa por “procura global da sustentabilidade.” É a partir desta constatação, que emerge a
ideia do desenvolvimento sustentável, procurando conciliar o desenvolvimento económico com a
preservação ambiental e, ainda o fim da pobreza. (Marcelina Iracelma Messo Dombaxe - Os Problemas
Energéticos em Angola: Energias Renováveis, a Opção Inadiável).
Texto 2
A arte de pensar é a manifestação mais sublime da inteligência. Todos pensamos, mas nem todos
desenvolvemos qualitativamente a arte de pensar. Por isso, frequentemente não expandimos as funções
mais importantes da inteligência, tais como: aprender a se interiorizar, a destilar sabedoria diante das
dores, a trabalhar as perdas e frustrações com dignidade, a agregar idéias, a pensar com liberdade e
consciência crítica, a romper as ditaduras intelectuais, a gerenciar com maturidade os pensamentos e
emoções nos focos de tensão, a expandir a arte da contemplação do belo, a se doar sem a contrapartida do
retorno, a se colocar no lugar do outro e considerar suas dores e necessidades psicossociais.
Muitos homens, ao longo da história, brilharam em suas inteligências e desenvolveram algumas áreas
importantes do pensamento. Sócrates foi um questionador do mundo. Platão foi um investigador das
relações sociopolíticas. Hipócrates foi o pai da medicina. Confúcio foi um filósofo da brandura.
Há muitos outros homens que brilharam na inteligência, tais como: Tomás de Aquino, Agostinho, Hume,
Bacon, Spinoza, Kant, Descartes, Galileu, Voltaire, Rosseau, Shakespeare, Hegel, Marx, Newton, Max
Well, Gandhi, Freud, Habermas, Heidegger, Curt Lewin, Einstein, Viktor Frankl etc.
A temporalidade da vida humana é muito curta. Em poucos anos encerramos o espetáculo da existência.
Infelizmente, poucos investem em sabedoria nesse breve espetáculo, por isso não se interiorizam, não se
repensam. Se compararmos a lista dos homens que brilharam em suas inteligências e investiram em
sabedoria ao contingente de nossa espécie, ela se torna muito pequena.
Independente de qualquer julgamento que possamos fazer desses homens, o facto é que eles expandiram o
mundo das idéias no campo científico, cultural, filosófico e espiritual. Alguns não se preocuparam com a
notoriedade social, preferiram o anonimato, não se importaram em divulgar suas idéias e escrever seus
nomes nos anais da história. Porém, suas idéias não puderam ser sepultadas. Elas germinaram como
sementes na mente dos homens e enriqueceram a história da humanidade. Estudar a inteligência deles
pode nos ajudar muito a expandir nossas próprias inteligências. (Trecho do livro “O Mestre dos mestres”,
de Augusto Jorge Cury)
Texto 3
A beleza de Gertrudes fascinava todo mundo e a própria Gertrudes. Os espelhos pasmavam
diante de seu rosto, recusando-se a refletir as pessoas da casa e muito menos as visitas. Não
ousavam abranger o corpo inteiro de Gertrudes. Era impossível, de tão belo, e o espelho do
banheiro, que se atreveu a isto, partiu-se em mil estilhaços.
A moça já não podia sair à rua, pois os veículos paravam à revelia dos condutores, e estes, por
sua vez, perdiam toda capacidade de ação. Houve um engarrafamento monstro, que durou
uma semana, embora Gertrudes houvesse voltado logo para casa.
O Senado aprovou lei de emergência, proibindo Gertrudes de chegar à janela. A moça vivia
confinada num salão em que só penetrava sua mãe, pois o mordomo se suicidara com uma
foto de Gertrudes sobre o peito.
Gertrudes não podia fazer nada. Nascera assim, este era o seu destino fatal: a extrema beleza.
E era feliz, sabendo-se incomparável. Por falta de ar puro, acabou sem condições de vida, e
um dia cerrou os olhos para sempre. Sua beleza saiu do corpo e ficou pairando, imortal. O
corpo já então enfezado de Gertrudes foi recolhido ao jazigo, e a beleza de Gertrudes
continuou cintilando no salão fechado a sete chaves. (Carlos Drummond de Andrade [1902 —
1987]).

a) expositivo - narrativo – argumentativo.


b) argumentativo – narrativo – Expositivo .
c) expositivo – argumentativo - narrativo

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