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UC Análise e
Intervenção em
Psicologia Social
Profa. Talissa Muller
Aula 6.2
UC Análise e
Intervenção em
Psicologia Social
26/03/2024
Sofrimento ético-político
Fluxo de aula
• Aquecimento - O contexto da elaboração do conceito de
Sofrimento Ético-Político

• Intervalo;

• Aula expositiva-dialogada – Artimanhas da Exclusão


(Exclusão/Inclusão e Sofrimento Ético-Político)
Aquecendo para o
debate:
Sofrimento
Ético-Político
Socióloga. Mestra e Doutora em Psicologia Social
pela PUC-SP. Vice Coordenadora e Docente na
Pós-Graduação em Psicologia Social da PUC-SP.
Bader Sawaia Coordenadora do Núcleo de Pesquisa da
Dialética Exclusão/Inclusão Social. Membro
fundadora do GT “A Psicologia Sócio-Histórica e
o Contexto Brasileiro de Desigualdade Social” na
Associação Nacional de Pesquisa e
Pós-graduação em Psicologia (Anpepp).
Coordenadora do Grupo de Trabalho Estudos
Psicossociais sobre Afeto e Política no Conselho
Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (CNPq). É Assessora Ad Hoc do
CNPq e da Fundação de Amparo à Pesquisa do
Estado de São Paulo (FAPESP).

Lattes:http://lattes.cnpq.br/0549152788983892
LIVE: SOFRIMENTO
ÉTICO-POLÍTICO
Tese: Sawaia
O tema de
pesquisa
central
Núcleo de Pesquisa Dialética Exclusão/Inclusão Social

NEXIN – PUC SP
N https://www5.pucsp.br/nexin/

E
X
I
N
Intervalo

20 minutos
AS
ARTIMANHAS
DA EXCLUSÃO
Epistemologia
Psicologia Social Crítica
Afetividade
Dimensão da Emocionalidade

Vigostky Espinosa Heller Poder da


vergonha
Sofrimento ético-político é:
“[...] são as afecções que marcam a
atividade de um corpo, que diminuem
a potência de ação e nos mantêm na
servidão em todas as esfera da vida”
(Sawaya, 2011, p.42)
“O SOFRIMENTO
É UMA QUESTÃO
SOCIAL, NÃO
VEM DO
SOCIAL, É.”
10
Sofrimento ético-político é:
“[...]a vivência particular das questões
sociais dominantes em cada época
histórica ... Sofrimento que surge da
situação de ser tratado como inferior,
subalterno, sem valor, apêndice inútil
da sociedade” (Sawaya, 1999, p.56)
AS ARTIMANHAS

Inclusão
Perversa

Inclusão Exclusão

Perspectiva
dialética
O sofrimento ético-político é
uma categoria compreendida
Radar Ético-Político
como a dor mediada pelas
injustiças sociais, especialmente
caracterizada pelo sentimento
de desvalor, de subalternidade
e de humilhação.
Ex: dependência química (rico X pobre)
“Conhecer o sofrimento ético-político é
analisar as formas sutis de espoliação humana
por trás da aparência da integração social, e,
portanto, entender a exclusão e a inclusão
como as duas faces modernas de velhos e
dramáticos problemas – a desigualdade social,
a injustiça e a exploração.”
(Sawaia, 2014, pg. 96)
13
“Na gênese desse
sofrimento está a
consciência do
sentimento de
desvalor, da
deslegitimidade
social e do desejo
de ‘ser gente’,
conforme
expressão dos
próprios
entrevistados.”

14
A saída é sempre social – A
intervenção precisa sustentar a
união do bem comum (útil
comum) – ou sustenta-se a
exclusão-inclusão.
A solução é comum (nidade) sem
a inclusão perversa.
Apontamentos importantes
“[...]o poder que tem um corpo de ser
• O lugar do corpo; afetado, na forma de emoções e
sentimentos, e o seu poder de agir, de
“[...] dor é própria da vida humana.
pensar e desejar” (Sawaya, 2009, p.367)
• Sofrimento X Dor; Inevitável [...] O sofrimento é a dor
“Seumediada pelas
contraponto injustiças
é a felicidade sociais.”
pública, que é
(Sawaya, 2014, p.92)
• Felicidade pública diferente do prazer e da alegria.[...]
apenas pelos que sentem a vitória da conquista
experienciada

da cidadania" (Sawaya, 2014, p.95)


“A compaixão é sofrimento que nos faz voltar à
• Empoderamento neoliberal (?); ação social, pode adquirir um caráter público e
unificar os homens em torno de um projeto
social. A piedade é a paixão pela compaixão, é
• Piedade X Compaixão; sentimento que encontra em si mesmo o seu
próprio prazer"(Sawaya, 2014, p.95)

• Indigencência real que provoca o sofrimento


ético-político;
• Não ter comum (encontro – reconhecimento);
CONSCIÊNCIA EMOÇÃO

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DOC: ESPINOSA – O
apóstolo da razão
Benedictus de Spinoza (Amsterdã, 24 de novembro de 1632 —
Haia, 21 de fevereiro de 1677), forma latinizada de Baruch de
Spinoza , depois de ser excomungado pelo Judaísmo, adotou
o nome de Bento de Espinosa (português europeu) ou
Benedito Espinosa (português brasileiro), e se auto intitulava
"O Homem sem Superstições". Foi um dos grandes
racionalistas do século XVII dentro da chamada Filosofia
Moderna, juntamente com René Descartes e Gottfried Leibniz.
Nasceu nos Países Baixos em uma família judaica portuguesa
e é considerado o fundador do criticismo bíblico moderno e
também representante do Panteísmo .

https://www.youtube.com/watch?v=pVpEcMqDbUc&ab_channel=TVEscola1

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CONATUS
● A “força vital” ou “esforço” pelo qual cada indivíduo busca
preservar e perpetuar a própria existência. Através do Conatus,
o sujeito faz o necessário para manter sua vida;
● CONATUS SIGNIFICA A POTÊNCIA QUE CADA SER
POSSUI PARA AGIR NO MUNDO;
● Autoconsciência – Racionalidade para compreender e
melhorar os aspectos da vida, mas sem livre-arbítrio;
● Liberdade – Ser o mais próximo de Deus (natureza);

CONATUS É SINGULAR-COLETIVO: INTERSUBJETIVO.


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SUBJETIVIDADE
P
O
LIVRES
INTERSUBJETIVIDADE T
Ação X Ê
vivência do Reação N
comum C
SERVOS
I
A
ENCONTROS
AFETIVIDADE
Tonalidade e cor emocional que impregna a existência
do ser humano e se apresenta como:

a) sentimento: reações moderadas de prazer e


desprazer que não se referem a objetos específicos;

a) emoção: fenômeno afetivo intenso, breve e centrado


em fenômenos que interrompem o fluxo normal da
conduta;
PAIXÕES

Produção de
afetividade
na
Afetos alegres Afetos tristes
subjetividade Produzem potência de vida Produzem potência de
padecimento
(encontros)
Sawaia a partir dessas
articulações propõe pensarmos
uma prática em Psicologia Social
de potência de ação e de
desenvolvimento de Conatus. Nos
provoca a ver além do que é dito,
além do psiquismo, além do
social, mas na produção do
psicossocial realmente.
Sofrimento ético-político:
“[...] se trata de um sofrimento vinculado às
relações com a sociedade, nas quais,
mediante as afecções, o corpo vivencia um
abaixamento de potência proveniente da
passividade, da servidão ou heteronomia
frente a situações de exclusão engendrada
pela desigualdade social.”
(Bertini, 2014, p.63)
E NA PRÁTICA:
O que fica quando vamos?
Produzimos encontros alegres?
Escutamos além do que, por vezes, é possível dizer?
O que fazemos na sociedade em relação à inclusão perversa?
Produzimos potência de ação entrelaçada nas nossas intervenções?
Comprendemos as particularidades dos desejos?
Promovemos felicidade além do padrão sucesso?
Nossas críticas encerram nas reflexões ou vamos para ação?
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Mais dicas de leitura
Referências
Bertini, F. M. A. Sofrimento ético-político: uma análise do estado da arte.
Psicologia & Sociedade, 26(n. spe. 2), 60-69, 2014. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/psoc/a/RX4JKfPnj63wjXRhCpjryRx/?format=pdf&lang=pt

SAWAIA, B. O sofrimento ético-político como categoria de


análise dialética exclusão/inclusão. In: SAWAIA, B.B. As artimanhas da
exclusão – análise psicossocial e ética da desigualdade social. Petrópolis:
Vozes, 2014. p. 88-107. Disponível em:
https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/160243/epub

SAWAIA, B. B. Psicologia e desigualdade social: uma reflexão sobre liberdade


e transformação social. Psicologia & Sociedade; 21 (3): 364-372, 2009.
Disponível em: https://www.scielo.br/j/psoc/a/SNXmnP85p4XsKmsrWgbgtpr/?lang=pt.

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