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Exames Laboratoriais

para Disfunções
Estéticas

DRA. NATHALIE ROBERTA CRBM 42935


SEU PACIENTE ALÉM DA ESTÉTICA...
Sobre eu...
Biomédica Esteta formada e habilitada em Patologia Clinica e
Biomedicina Estética pelo Instituto Cultus.

Expert em Harmonização Facial e Corporal com certificação pelo


MEC.

Palestrante e Mentora de profissionais

Criadora e Idealizadora das Fichas de Anamnese de alta


performance e relevância clinica com validação jurídica, além de
outros produtos digitais que contribuem para o desenvolvimento
de +10k Clinicas pelo Brasil afora.
SUMÁRIO
01
] 02
Estética é Saúde! Comece com o diagnóstico correto

03 04
Use os exames laboratoriais para
personalizar tratamentos
Como interpretar os resultados
estéticos dos exames laboratoriais
SUMÁRIO
05
] 06
Quais exames solicitar? Hemograma: um exame nada básico!

07 08
Marcadores inflamatórios e resistência
Coagulação
a insulina

09
05 Indicadores Hepáticos
SUMÁRIO
10
] 11
Indicadores renais Hormônios

12 13
Micronutrientes Lipidograma

14 15
Vitaminas Referências
01
ESTÉTICA É SAÚDE
A Organização Mundial da Saúde (OMS) conceitua
saúde como um “estado de completo bem-estar
físico, mental e social, e não apenas a ausência de
doença”.

Os exames laboratoriais desempenham um papel


crucial na prática da estética, fornecendo
informações essenciais sobre a saúde e bem-estar
dos pacientes.

A saúde estética, quando exercida de forma


responsável, é uma ferramenta de transformação
de vidas.
02
COMECE COM O DIAGNÓSTICO
CORRETO
Há um interesse crescente dos profissionais da saúde estética em compreender melhor
a interpretação dos exames laboratoriais, a fim de otimizar seus tratamentos e
proporcionar resultados mais efetivos aos seus pacientes.

Os resultados de exames laboratoriais são essenciais para o diagnóstico e podem


influenciar muito os resultados dos tratamentos estéticos. Portanto, escolher
adequadamente os testes que auxiliarão no processo de diagnóstico pode ser um
grande diferencial entre profissionais que oferecem procedimentos aleatórios e os que
se dedicam a conhecer profundamente o estado fisiológico de seus pacientes e
oferecer a eles procedimentos personalizados.

Além do mais, desequilíbrios fisiológicos, sejam nutricionais, hormonais ou


processos inflamatórios, são fatores que podem afetar ou, até mesmo,
inviabilizar os resultados de procedimentos estéticos.

Durante a prática clínica nos deparamos com diferentes respostas individuais para um
mesmo procedimento e muitas vezes ficamos sem argumentos para explicar ao
paciente as razões que o fizeram não ter o resultado que esperava. A verdade é que
essa resposta individual depende do estado de saúde atual do paciente, por isso, é
muito importante que profissional faça uma anamnese completa que reflita os hábitos
e estilo de vida do paciente, bem como, a solicitação de exames laboratoriais para
verificar a existência de doenças prévias, desequilíbrios nutricionais e hormonais antes
de iniciar um tratamento estético.
Não fazer isso é como tentar acertar um alvo às cegas. A chance de o paciente não
responder bem ou ter um resultado mínimo são grandes, principalmente para os
procedimentos relacionados a emagrecimento, alopecia, hipertrofia, acne, celulite,
melasma e rejuvenescimento, uma vez que estes quadros são fortemente influenciados
pelo estado fisiológico. Não fazer isso é como tentar acertar um alvo às cegas. A chance
de o paciente não responder bem ou ter um resultado mínimo são grandes,
principalmente para os procedimentos relacionados a emagrecimento, alopecia,
hipertrofia, acne, celulite, melasma e rejuvenescimento, uma vez que estes quadros são
fortemente influenciados pelo estado fisiológico.

Estudos mostram que no Brasil, mais de 45% da população adulta apresenta pelo
menos uma doença crônica não transmissível (doenças do aparelho circulatório,
diabetes, câncer e doença respiratória crônica) e isso também é percebido no paciente
de estética que comumente apresenta alguma doença crônica, tem um estilo de vida
inadequado (tabagismo, alimentação não saudável, consumo abusivo de álcool, baixa
prática de atividade física) e deficiências nutricionais. Todos esses fatores afetam
fortemente a resposta aos tratamentos estéticos.

Mesmo diante deste cenário, o hábito de rastrear o estado fisiológico dos pacientes
estéticos ainda é uma prática pouco realizada pelos profissionais. A maioria sente
dificuldade em definir quais exames solicitar ou não tem segurança para interpretar os
resultados das análises.

CHEGOU A HORA DE MUDAR ISSO, VAMOS LÁ?


Importância dos exames Laboratoriais na Estética

Os exames laboratoriais são fundamentais para avaliar as


condições fisiológicas e identificar possíveis contraindicações
aos tratamentos estéticos. Eles complementam a avaliação
clínica e ajudam a garantir a segurança e eficácia dos
procedimentos estéticos.

Além disso, os resultados dos exames laboratoriais


possibilitam a personalização dos tratamentos, levando em
consideração as condições específicas de cada cliente.

A solicitação de exames tem impacto direto na melhora dos


seus resultados na sua prárica clínica.
Importância dos exames Laboratoriais na Estética

1 PREVENÇÃO
Auxiliam na identificação precoce de possíveis condições de saúde que possam
impactar a realização de procedimentos estéticos.

2 PERSONALIZAÇÃO
Permitem a adaptação dos tratamentos de acordo com as necessidades individuais
de cada cliente, considerando seu perfil fisiológico.

3 SEGURANÇA
Contribuem para minimizar riscos e complicações durante os procedimentos
estéticos, assegurando a saúde do cliente.
03
USE OS EXAMES LABORATORIAIS PARA
PERSONALIZAR TRATAMENTOS
ESTÉTICOS
Os resultados dos exames laboratoriais podem ser usados para personalizar
os tratamentos estéticos para atender às necessidades individuais de cada
paciente. A personalização do tratamento pode aumentar a eficácia do
tratamento e reduzir o risco de efeitos colaterais indesejados.

Por exemplo, se os resultados dos exames laboratoriais mostrarem que um


paciente tem um desequilíbrio hormonal, como baixos níveis de testosterona,
o tratamento pode incluir terapia de reposição hormonal (tratamento médico)
para equilibrar os níveis hormonais, modulação hormonal através de
nutracêuticos e/ou Intradermoterapia.

Dessa forma, o problema de base é tratado e a disfunção estética, que é


apenas um sintoma desse problema, pode, enfim ser melhorada. Se os
exames laboratoriais mostrarem que um paciente tem níveis elevados de
marcadores inflamatórios, o tratamento pode incluir medidas para reduzir a
inflamação, como sugestão de mudanças na dieta, suplementação com
Nutracêuticos, Intradermoterapia com ativos antioxidantes.
04
COMO INTERPRETAR OS RESULTADOS
DOS EXAMES LABORATORIAIS
Compreender e interpretar os resultados dos exames laboratoriais é
essencial para proporcionar um tratamento personalizado e eficaz aos

clientes estéticos. Os profissionais devem estar aptos a analisar os


valores de referência e interpretar possíveis variações, levando em
consideração as especificidades de cada paciente.

Valores de Referência Variações Significativas


Entender os valores de referência é Identificar variações que possam

fundamental para determinar se os indicar desequilíbrios fisiológicos e

resultados estão dentro dos padrões orientar o desenvolvimento de planos

saudáveis. terapêuticos específicos.


Será que valor de referência é o
valor adequado para todos?
Os resultados dos exames laboratoriais geralmente são
expressos como valores numéricos que seguem uma faixa
de referência específica. Os valores de referência são
influenciados por diversos fatores, como etnia, idade,
gênero, dieta, peso, uso de cigarro, medicamentos, ritmos
diurnos e sazonais, estado reprodutivo, modo de coleta da
amostra, bem como a metodologia utilizada.

Por isso esses valores, que podem mudar ligeiramente de


um laboratório para outro, são uma média do que é
encontrado na população geral.

Por exemplo, os níveis de testosterona em um homem


saudável geralmente se situam entre 300 e 1000 ng/dL. Se
os níveis de testosterona de um paciente são inferiores a
300 ng/dL, isso pode indicar um desequilíbrio hormonal que
pode contribuir para problemas estéticos, como perda de
cabelo neste paciente.
Além de comparar os resultados com as faixas
de referência, também é importante considerar o
contexto clínico. Por exemplo, um nível de
testosterona ligeiramente abaixo da faixa de
referência pode não ser significativo em um
paciente idoso, mas pode ser um problema para
um paciente mais jovem.

Vale ressaltar que os valores de referência de


cada exame correspondem a uma média dos
valores encontrados na população geral, estar
fora desse valor (acima ou abaixo) não
necessariamente é resultado de um problema de
saúde. É importante levar em conta o que é
considerado ideal em cada situação.
É importante lembrar que os exames
laboratoriais são apenas uma parte da avaliação
de um paciente com problemas estéticos. Os
resultados dos exames devem ser interpretados
em conjunto com a anamnese, o exame físico e
outros dados clínicos para estabelecer um
diagnóstico preciso e desenvolver um plano de
tratamento eficaz.

A análise dos resultados dos exames pode


fornecer informações valiosas para o
desenvolvimento de um plano de tratamento
personalizado, abordando as necessidades
específicas de cada paciente e garantindo
melhores resultados.
05
QUAIS EXAMES SOLICITAR?
Não é porque agora você sabe que os exames laboratoriais
são importantes para a sua prática clínica que você vai sair
pedindo todo tipo de exame para todos os seus pacientes.
As informações obtidas na anamnese e o objetivo do
tratamento serão os norteadores principais da sua
solicitação de exames.

Neste E-Book listarei os exames mais importantes para as


principais disfunções estéticas (com base na literatura),
valores de referência usuais e como devemos interpretar
esses valores na prática clínica. A seleção de exames foi
feita para tornar a solicitação mais objetiva para que você
não fique em dúvida em acabe solicitando 200 exames sem
necessidade e aumentando o custo do tratamento de seus
pacientes.

O BÁSICO FUNCIONA!
PERFIL INFLAMATÓRIO
Hemograma
Fibrinogênio
PCR u.s
Cobre
Relação Neut/linf
Ferritina
VHS
Homocisteina
Ácido úrico Hemograma
Fibrinogênio
PCR u.s
Cobre
Relação Neut/linf
Ferritina
VHS
Homocisteina
Ácido úrico
RISCO CARDIOVASCULAR

Hemograma
Colesterol total
Colesterol HDL
Colesterol LDL
Triglicerídeo
CT/HDL
TG/HDL
LDL/HDL
Lipoproteina
Homocisteína
PERFIL NUTRICIONAL

Hemograma
Homocisteína
Vitamina D3
PTH intacto
Vitamina B12
Vitamina C
Mineralograma ou
Zinco
Cobre
Manganês
Selênio
Magnésio
Ácido fólico
PERFIL GLICÊMICO/ RESISTÊNCIA A INSULINA

Glicemia
Insulina
Ácido úrico
GGT
Relação Triglicerídeo/HDL
Hemoglobina glicada
Ferritina
Curva glicêmica
Insulina pós prandial
DHEA
Cortisol
PERFIL HORMONAL
TSH;
T4 livre;
T3 livre;
T3 reverso;
Testosterona total e livre;
SHBG;
Estrógeno;
Progesterona;
Estrona;
DHT;
IGF 1;
Somatomedina C;
Prolactina;
FSH;
LH;
IGFBP3;
Vitamina D3
PERFIL RENAL

Ureia;
Creatinina;
Na;
K;
Urina 1;
PERFIL HEPÁTICO

TGO;
TGP;
Bilirrubina total e
frações;
Anti HBsag;
Anti Hcv;
Proteínas totais e frações;
GGT;
PERFIL AUTOIMUNE

Anti tipo FAN;


Fator reumatoide;
T3 livre
T3 reverso
T4
PERFIL PANCREÁTICO

Amilase;
Lipase.
EXAMES ESSENCIAIS X DISFUNCÕES ESTÉTICAS
ACNE MELASMA ALOPÉCIA

● Perfil Hormonal
● Perfil Inflamatório ● Perfil Inflamatório ● Perfil Inflamatório
● Hemograma ● Perfil Hormonal ● Perfil Nutricional
● Testosterona ● Hemograma ● Perfil Hormonal
● DHT ● Cortisol ● Hemograma
● DHEA ● Perfil inflamatório ● Cortisol
● Homocisteina ● Vitamina B3 ● Vitamina B3
● Mineralograma ● Homocisteina B12 ● Homocisteina B12
EXAMES ESSENCIAIS X DISFUNCÕES ESTÉTICAS
GORDURA FLACIDEZ/
CELULITE MICROASOS
LOCALIZADA ENVELHECIMENTO
● Perfil
● Hemograma
Inflamatório ● Perfil Inflamatório
● Perfil Nutricional
● Perfil Cardíaco ● Perfil Cardíaco
● Peril Glicêmico
● Perfil Glicêmico/ ● Perfil Glicêmico/
(glicação pele)
Resistencia a Resistencia a
● Cortisol
Insulina Insulina ● Hemograma
● Sódio
● Hemograma ● SHBG ● Hemoglobina
● Magnésio
● Cortisol ● Testosterona Glicada
● Zinco
● SHBG ● Estrona ● Glicemia
● Cobre
● Testosterona ● Estradiol
● Ferro
● Estrona ● T3 livre/ Reverso
● Vitamina D
● Estradiol ● Aldosterona
● Vitamina B12
● T3 livre/ Reverso ● Hemograma
● Aldosterona
Nos próximos slides
vamos detalhar a
UTILIDADE ESTÉTICA
para os principais
exames...
06
HEMOGRAMA: UM EXAME NADA
BÁSICO!
O que é o hemograma
O hemograma é um relatório quantitativo e
morfológico das células do sangue, incluindo as
células vermelhas (hemácias), brancas (leucócitos) e
as plaquetas. É um dos exames mais comuns para
avaliar a saúde geral de uma pessoa e detectar
possíveis alterações ou doenças, como anemia,
infecções, inflamações, leucemias, entre outras.

O hemograma pode ser considerado um exame


básico, mas não deve ser menosprezado. Ele tem a
capacidade incrível de mostrar um retrato da saúde e
estado metabólico de seus pacientes.
O que é avaliado no hemograma?

SÉRIE VERMELHA
A série vermelha, ou eritrograma, é a parte do
hemograma que avalia as células vermelhas do sangue,
chamadas de hemácias, eritrócitos ou glóbulos
vermelhos. A série vermelha é útil para a avaliação e
classificação de anemias (de acordo com alterações na
forma, tamanho, cor e estrutura das hemácias). Na
série vermelha, o hemograma descreve várias
informações importantes, incluindo:
CONTAGEM DE HEMÁCIAS: é a quantidade de células
vermelhas por volume de sangue. Uma contagem alta pode
aumentar o risco de ataque cardíaco ou derrame, enquanto
uma contagem baixa pode significar que o corpo não está
recebendo o oxigênio de que precisa.

HEMOGLOBINA: é a quantidade de hemoglobina presente


nas hemácias. A hemoglobina é a proteína responsável por
transportar oxigênio para os tecidos do corpo. A
hemoglobina elevada pode ser um indicador de doença
pulmonar, enquanto um resultado baixo indica anemia.

HEMATÓCRITO: é a porcentagem de volume ocupado


pelas hemácias no volume total do sangue. O hematócrito
elevado pode aumentar o risco de ataque cardíaco ou
derrame.
VOLUME CORPUSCULAR MÉDIO (VCM): é uma medida do
tamanho médio das hemácias. O VCM é útil para classificar a
anemia em microcítica, normocítica ou macrocítica. O VCM é
elevado quando as hemácias são maiores que o normal, por
exemplo, na anemia causada por deficiência de vitamina B12.
Quando o VCM está diminuído, as hemácias são menores do
que o normal, como observado na anemia por deficiência de
ferro.

HEMOGLOBINA CORPUSCULAR MÉDIA (HCM): é a


quantidade média de hemoglobina presente em cada hemácia.
O HCM é útil para classificar a anemia em hipocrômica ou
normocrômica. Hemácias grandes tendem a ter um HCM mais
alto, enquanto hemácias pequenas teriam um valor menor.
Quando observamos uma hemácia ao microscópio, se o
paciente apresenta HCM diminuído a hemácia vai estar mais
“desbotada” caracterizando uma anemia hipocrômica.
CONCENTRAÇÃO DE HEMOGLOBINA
CORPUSCULAR MÉDIA (CHCM): é a concentração
média de hemoglobina em cada hemácia. O CHCM é útil
para classificar a anemia em hipocrômica ou
normocrômica. A diminuição do CHCM é observada na
anemia por deficiência de ferro e na talassemia.

RDW: Em algumas anemias, como a anemia por


deficiência de vitamina B12, a quantidade de variação no
tamanho dos eritrócitos causa um aumento no RDW.

Juntas, essas informações sobre a série vermelha do


hemograma ajudam a detectar doenças relacionadas à
produção ou destruição das hemácias, bem como,
avaliar e classificar quadros de anemia.
Valores de referência e almejados
na série vermelha
ANEMIAS
A anemia é caracterizada pela diminuição da hemoglobina, o que acarreta a redução do
fornecimento de oxigênio para os tecidos periféricos do corpo. Lembrando que o nível de
hemoglobina varia em relação a: idade, sexo e outras circunstâncias. A anemia não é um
diagnóstico final, deve ser sempre estudada até que a causa subjacente seja
encontrada.

As anemias podem ser:

Agudas quando provocadas por:


Sangramento
Hemólise
Doença aguda da medula óssea (p. ex., leucemias)

Crônicas quando são causadas por:


Deficiências: ferro (mais comum), ácido fólico, vitamina B12, nutricional.

Condições congênitas (hemoglobinopatias, esferocitose hereditária)


Neoplasia, sobretudo neoplasias malignas metastáticas ou hematológicas
Doença renal
Distúrbios inflamatórios crônicos

Outras condições.
Classificação das anemias
Anemias macrocíticas (VCM > 101 fℓ)
Principais causas:
• Deficiência de folato e vitamina B12
• Cirrose hepática
• Síndrome mielodisplásica
• Terapia com azidotimidina
• Síndrome de Down

Anemias microcíticas (VCM < 82 fℓ)


Normalmente o paciente também apresenta hipocromia (HCM diminuído). A
principal causa de anemia microcítica é a deficiência de ferro, mas isso não
descarta a possibilidade de talassemias e anemia provocada por doenças
crônicas.

Anemias normocíticas (VCM normal)


Essas anemias geralmente são secundárias a uma doença não
hematológica subjacente. São as chamadas anemias de doenças crônicas.
Classificação das anemias a partir dos
achados do hemograma
MORFOLOGIA HEMÁCIAS

Macrocítica Microcítica
MORFOLOGIA HEMÁCIAS

Normocrômica Hipocrômica
Utilidade na Estética
A anemia é um estado fisiológico que pode contribuir com o
surgimento ou agravamento de algumas disfunções
estéticas.

Pacientes anêmicos terão maior dificuldade de oxigenação


nos tecidos e isso pode ser observado na pele que parece
pálida, desbotada e sem viço.

Tratamentos que estimulem renovação tecidual podem não


ter bons resultados em pacientes anêmicos.
A anemia por deficiência de ferro é uma das principais razões por trás das alopecias não-
cicatriciais.

A queilite (inflamação que acomete os lábios, causando dor e incômodo no local ou alterações
estéticas) pode ser provocada por anemia por deficiência de vitamina B12 ou ferro.

ALGUNS MEDICAMENTOS QUE PODEM PROVOCAR ALTERAÇÃO NA SÉRIE VERMELHA:

Drogas antineoplásicas
Cloranfenicol
Fenilbutazona

Podem provocar hemólise:


Penicilina
Metildopa
SÉRIE BRANCA
A série branca no hemograma é analisada no leucograma. Seus dados
são úteis na avaliação de quadros infecciosos ou inflamatórios agudos
ou crônicos. A contagem global e diferencial de leucócitos e avaliação
de sua morfologia ajuda na diferenciação entre infecções virais e
bacterianas, parasitoses, inflamações e neoplasias hematológicas.

Os glóbulos brancos ou leucócitos são células cuja função principal é


defender o organismo de agentes infecciosos. Eles são divididos em
polimorfonucleares e mononucleares, cujos tipos principais são:

POLIMORFONUCLEARES
Neutrófilos
Eosinófilos
Monócitos

MONONUCLEARES
Linfócitos
Linfócitos
Nesta parte do hemograma são descritos alguns parâmetros:

CONTAGEM DE LEUCÓCITOS TOTAIS: os leucócitos são


responsáveis pelo combate a infecções. Uma contagem alta
pode indicar infecção recente e até estresse, enquanto uma
contagem baixa pode resultar de deficiências vitamínicas,
doenças hepáticas e doenças imunológicas.

BLASTOS, MIELÓCITOS E METAMIELÓCITOS: são


leucócitos jovens e imaturos que não deveriam ser encontradas
no sangue periférico. É um achado frequente em leucemias
agudas. Podem ser indicativo de infecção ou inflamação aguda
ou neoplasias.

BASTÕES: são os neutrófilos jovens e que podem estar


aumentados no sangue quando há infecções agudas.
SEGMENTADOS: são os neutrófilos maduros. Eles podem
aumentar em resposta a infecção bacteriana, doença
inflamatória, medicação com esteroides ou, mais
raramente, leucemia. Níveis reduzidos de neutrófilos podem
ser o resultado de infecção grave ou outras condições.
Funções: quimiotaxia tecidual, fagocitose de bactérias e
destruição de bactérias.

EOSINÓFILOS: atuam na defesa contra estágios larvários


de infecções parasitárias e como moduladores das reações
de hipersensibilidade. Funções: quimiotaxia para exudatos,
resposta alérgica, defesa contra parasitas, remoção de
fibrina formada durante inflamação.

BASÓFILOS: assim como os eosinófilos, aumentam com


alergias. Compartilham semelhanças morfológicas e
funcionais com os mastócitos e liberam os mediadores para
a circulação. Função: liberação de histamina (aumento da
vasodilatação local).
LINFÓCITOS: pode aumentar com infecção
bacteriana ou viral, leucemia, linfoma, radioterapia ou
doença aguda. A diminuição dos níveis de linfócitos
é comum na vida adulta, mas também pode indicar
uso de esteroides, estresse, lúpus e infecção por
HIV. Funções: ação citotóxica (linfócito T-CD8), ação
auxiliar (linfócito TCD4), ação destruidora (linfócito
NK), produção de anticorpos específicos e células de
memória (linfócito B ativado). Linfócitos reativos (ou
ativos): são linfócitos que aparecem em situações de
infecções virais agudas. Geralmente são linfócitos T
ativados.
MONÓCITOS: combatem infecções e ajudam outras
células a remover tecidos mortos ou danificados, destruir
células cancerosas e regular a imunidade contra
substâncias estranhas. Pode aumentar em resposta a
infecções e distúrbios inflamatórios. Funções: fagocitose no
sangue, liberação de citocinas, interleucinas e fatores de
crescimento celular, migração para os tecidos originando os
macrófagos.

SE LIGA NAS TERMINAÇÕES!

OSE/FILIA: indica aumento do número da célula específica


(ex.: neutrofilia = aumento do número de neutrófilos;
leucocitose: aumento do número de leucócitos totais).

PENIA: indica a diminuição do número de células (ex.:


leucopenia: diminuição do número de leucócitos).
Alterações dos leucócitos e possíveis causas:
Neutrofilia (aumento dos neutrófilos):
Infecções bacterianas
Inflamação crônica
Leucemia
Traumatismos

Neutropenia (diminuição dos neutrófilos):


Infecções virais
Anemia aplásica
Deficiência de vitamina B12 ou de ácido fólico
Tratamentos oncológicos
Alguns medicamentos
Alterações dos leucócitos e possíveis causas:
Linfocitose (aumento dos linfócitos):
Infecções virais
Leucemias Mononucleose infecciosa
Hepatite

Linfopenia (diminuição de linfócitos):


Infecção avançada pelo HIV
Imunodeficiências
Radioterapia
Sepse

Monocitose (aumento dos monócitos):


Infecções por vírus e bactérias
Tuberculose
Inflamação crônica
Alterações dos leucócitos e possíveis causas:
Basofilia (aumento dos basófilos):
Processos alérgicos
Inflamação crônica

Basopenia (diminuição dos basófilos):


Anafilaxia
Estresse

Eosinofilia (aumento dos eosinófilos):


Processos alérgicos
Asma
Parasitoses

Eosinopenia (diminuição dos eosinófilos):


Febre tifoide
Infecções bacterianas agudas
Lupus eritematoso disseminado
Valores de Referência na série branca
O que observar na série branca?
Valores aumentados
Valores reduzidos
Aparecimento de células imaturas

Fique de olho no aumento de leucócitos totais


(leucocitose), aumento significativo de neutrófilos
(neutrofilia), aumento de linfócitos (linfócitose), pois
podem indicar que o paciente está com quadro de
infecção ou inflamação aguda.

Diminuição significativa de leucócitos totais


(leucopenia) também merece atenção e pode indicar
baixa imunidade.
Utilidade na Estética
A relação neutrófilo/linfócito é um marcador inflamatório que
precisa ser levado em conta. É um parâmetro simples para avaliar
facilmente o estado inflamatório de um indivíduo.

São considerados valores normais na relação neutrófilo/linfócito a


faixa entre 0,78 e 3,53.
Neste exemplo, o valor de neutrófilos foi 64% e
linfócitos 27%, logo a relação neutrófilos/linfócitos é
2,4 (64/27=2,37).

Está dentro do padrão de normalidade indicando


que não há aumento de inflamação..
Alguns medicamentos que podem provocar
alteração na série branca:

Podem provocar leucopenia: Podem provocar neutrofilia:


Dipirona
Fenilbutazona Corticoides
Anti-inflamatórios Lítium
não hormonais
Cloranfenicol
Sulfas
Clorpromazina
Cefalosporina
Anticonvulsivantes
Plaquetas
Contagem de plaquetas: as plaquetas participam da hemostasia
primária com a formação de agregados no local da lesão. Uma
contagem alta pode indicar um risco de trombose, enquanto uma
contagem baixa pode levar a hematomas e sangramentos.

O número de plaquetas pode estar aumentado em: Doenças


mieloproliferativas (Policitemia Vera, leucemia mieloide crônica,
mielofibrose com metaplasia mielóide). Doenças inflamatórias (febre
reumática,artrite reumática, colite ulcerativa,e outras).

Neoplasias (carcinomas, doença de Hodgkin e outros linfomas).


Valores de Referência e Almejados nas plaquetas

PLAQUETOPENIA (DIMINUIÇÃO DE PLAQUETAS):

Quanto menor a quantidade de plaquetas, maior o risco de


sangramento. Quadros de trombocitopenia com <20.000/ul de
plaquetas: paciente deve ser encaminhada ao hematologista com
urgência, pois há risco elevado de hemorragia.
07
COAGULAÇÃO
Coagulação
A coagulação é o processo fisiológico que leva à formação da rede
de filamentos de fibrina.

Os testes de coagulação incluem o teste do tempo de protrombina


(PT) e a razão normalizada internacional (INR), que medem a
capacidade do corpo de coagular o sangue e o tempo necessário
para a coagulação do sangue. O INR é a relação entre o tempo de
protrombina do paciente e um valor padrão do tempo de
protrombina.

Tempo de protrombina (TP): avalia a atividade de coagulação das


vias extrínseca e comum da coagulação.

Valor de referência:
TP: 9,6 a 12,4 segundos (varia de um laboratório para outro)
INR: 1,0
Coagulação
Valores aumentados são encontrados em distúrbios da coagulação
envolvendo as vias extrínseca e comum, em pacientes que fazem
uso de anticoagulantes e em casos de comprometimento da função
hepática.

Tempo de tromboplastina parcial (TTP): avalia a atividade da


coagulação das vias intrínseca e comum da coagulação.
Valores de referência: 22,3 a 34,0 segundos

Valores elevados (TTP > 36 segundos) podem ser observados em:


• Deficiências isoladas de fatores da coagulação
• Uso de anticoagulantes
• Altos títulos de anticoagulante lúpico
• Doença de von Willebrand
Coagulação
Elevação combinada de TP e TTP pode ser observada nas
seguintes circunstâncias: uso de anticoagulantes orais, coagulação
intravascular disseminada (CID), doença hepática, deficiência de
vitamina K, transfusões maciças, normalidades dos fatores da
coagulação (disfibrinogenemias, defeitos dos fatores C, X e II).

UTILIDADE NA ESTÉTICA

Avaliar adequadamente a coagulação dos pacientes de estética é


importantíssimo. Mesmo os procedimentos minimamente invasivos
podem cursar com intercorrências graves (hematomas extensos e
sangramento intenso) se a coagulação estiver comprometida.
08
MARCADORES INFLAMATÓRIOS E
RESISTÊNCIA A INSULINA
Marcadores inflamatórios e resistência a insulina

Os marcadores inflamatórios são substâncias


produzidas pelo sistema imunológico como
resposta a uma inflamação no organismo.

Quando se trata de tratamentos estéticos, a


presença desses marcadores alterados pode
ter um impacto significativo nos resultados
obtidos, e sua avaliação pode ser uma
ferramenta importante para monitorar a eficácia
do tratamento.

.
Marcadores inflamatórios e resistência a insulina
• Glicose/ Hemoglobina Glicada
O exame de glicemia em jejum serve para medir o nível da glicose na
circulação sanguínea do paciente. É necessário estar de 8 a 12 horas de
jejum, sem consumir nenhum tipo de alimento ou bebidas, apenas água é
permitido. O exame é utilizado para investigar possíveis casos de diabetes
e para controle da doença.

Em novas recomendações médicas, no lugar da glicemia de jejum, usa=se a


hemoglobina glicada (HbA1c), que não é necessário o jejum. Além disso, a
HbA1c, pode dar ao médico uma visão mais profunda sobre como a
glicemia se comporta.

O estado de normalidade da glicemia em jejum é de 70 mg/dl a 100


mg/ld. Uma pessoa é classificada como pré-diabética ao medir a sua
glicemia em jejum e atingir entre 100 e 125 mg/dl. Já aqueles que
atingem a partir de 126 mg/dl são considerados diabéticos.
• Glicose/ Hemoglobina Glicada
UTILIDADE NA ESTÉTICA

GLICAÇÃO: Esse é o resultado de uma reação no corpo chamada glicação,


que é o processo em que uma molécula de açúcar se liga a uma proteína
deixando-a instável.

O açúcar em excesso, em todas as suas formas (seja natural ou processado)


promove não apenas inflamação, mas também danos à pele.

Colágeno e elastina são proteínas importantes para a firmeza e sustentação da


pele. Quando essas proteínas se ligam ao açúcar ficam descoloridas, fracas e
endurecidas. Em razão disso, podemos ver rugas, flacidez da pele e perda de
brilho.

A glicação é um processo natural no corpo humano, já que quase tudo que


comemos se converte em glicose. No entanto, a ingestão de açúcar
concentrado acelera o processo e tem um efeito glicante mais poderoso. Por
isso evite a adição de açúcar em todas as suas formas.
Marcadores inflamatórios e resistência a insulina
• PCR Ultrasenssível
A PCR é um reagente de fase aguda, produzido pelos
hepatócitos induzido a liberação de interleucinas 1 e 6
como parte da resposta inflamatória inespecífica do corpo à
infecção ou lesão. O aumento da PCR reflete a ativação da
inflamação sistêmica e os seus níveis sanguíneos
aumentam rapidamente de seus valores basais normais
para 50 mg/dL. Por isso é utilizada como marcador de fase
aguda de processos infecciosos ou inflamatórios.

O teste de PCR também pode ser usado para ajudar a


avaliar um indivíduo quanto ao risco de doença
cardiovascular. Estudos relataram uma associação direta
entre níveis elevados de PCR e tabagismo.
• PCR Ultrasenssível

Estudos indicam que os níveis basais de PCR


sofrem influência da raça e do sexo. Os
indivíduos negros apresentam níveis mais
elevados do que os indivíduos brancos, e as
mulheres apresentam níveis mais elevados do
que os homens.

Valor de referência como marcador


inflamatório: < 0,1 mg/dL
Marcadores inflamatórios e resistência a insulina
• Homocisteína
É um aminoácido não essencial, cuja única fonte conhecida
advém do metabolismo da metionina, aminoácido de origem
alimentar. Altos níveis de homocisteína podem significar que você
tem uma deficiência de vitamina. Sem tratamento, a homocisteína
elevada aumenta os riscos de demência, doenças cardíacas e
derrame.

Valores de referência:
Homem: 4 a 12,0 umol/L
Mulher: 4 a 10 umol/L

Os níveis de homocisteína sérica podem estar aumentados em


resposta a tabagismo e deficiência de folato e vitaminaB12.
Marcadores inflamatórios e resistência a insulina
• Insulina
A insulina é um hormônio produzido pelas células beta do
pâncreas que tem como principal função regular os níveis de
glicose no sangue. Quando a glicose sanguínea está alta, a
insulina é secretada e age em diversos tecidos, principalmente
no fígado, músculos e tecido adiposo, promovendo a absorção e
armazenamento de glicose.

A insulina também atua no metabolismo de proteínas e lipídeos,


promovendo a síntese e o armazenamento desses nutrientes. A
resistência à insulina pode levar ao diabetes e outras disfunções
metabólicas. A resistência à insulina ocorre quando as células do
corpo não respondem quando a insulina é produzida pelo
pâncreas, o que leva a um aumento nos níveis de açúcar no
sangue.
Marcadores inflamatórios e resistência a insulina
• Insulina
UTILIDADE NA ESTETICA

Na estética, o desequilíbrio na produção e ação da insulina


pode influenciar no acúmulo de gordura, principalmente na
região abdominal, além de favorecer o desenvolvimento de
inflamação crônica.

Valor de referência: 2,6 a 24,9 uUI/mL

Valores aumentados indicam resistência à insulina.


Marcadores inflamatórios e resistência a insulina
• Ferritina
A ferritina é a proteína de armazenamento celular do ferro, em que 1 ng
de ferritina por mL indica uma reserva de ferro total de 10mg, por isso é
um marcador de deficiência de ferro. À medida que a deficiência de
ferro se desenvolve, a diminuição da ferritina sérica aparece muito
antes da anemia. O hipotireoidismo e o escorbuto também são
condições que podem estar associadas a diminuição da ferritina.

É considerada também um reagente de fase aguda com aumento em


quadros de inflamação, pois juntamente com a transferrina e seu
receptor, coordena a defesa celular contra o estresse oxidativo e a
inflamação.

Valor de referência:
Homens: 23 a 336 ng/mL
Mulheres: 11 a 306 ng/mL
Situações em que a Ferritina pode estar alterada:
Marcadores inflamatórios e resistência a insulina
• Utilidade na Estética
Além de nos mostrar a ocorrência ou não de um
quadro inflamatório e anemia por deficiência de
ferro, alguns estudos mostram uma forte relação
entre a diminuição dos níveis de ferritina e as
alopecias não cicatriciais.
09
INDICADORES HEPÁTICOS
Indicadores Hepáticos

O importante papel do fígado

O fígado é um órgão importante para o metabolismo do


corpo humano, desempenhando funções como a síntese e
armazenamento de glicogênio, produção de bile,
metabolismo de gorduras, síntese de proteínas plasmáticas,
metabolismo de hormônios, desintoxicação de substâncias e
eliminação de resíduos. O fígado também está envolvido na
regulação do açúcar no sangue e na produção de colesterol
e triglicerídeos.

Além disso, o fígado é responsável pela metabolização de


medicamentos e toxinas, ajudando a remover substâncias
prejudiciais do corpo.
Indicadores Hepáticos

O importante papel do fígado

O fígado também participa da produção de várias proteínas


necessárias para o funcionamento adequado do corpo.

Alguns exemplos incluem:


Albumina - a proteína mais abundante no sangue, que
desempenha um papel importante no transporte de hormônios,
enzimas e outras substâncias pelo corpo.

Proteínas da coagulação - incluindo fatores de coagulação como


a fibrinogênio, protrombina, fator VII, fator VIII, fator IX, fator X,
proteína C e proteína S, que desempenham um papel importante
na regulação do processo de coagulação do sangue.
Indicadores Hepáticos
EDEMAS? FIQUE DE OLHO NA FUNÇÃO HEPÁTICA!
O fígado tem um papel importante na regulação do equilíbrio de líquidos do
corpo. Quando o fígado não está funcionando adequadamente, ocorre uma
diminuição na produção de proteínas plasmáticas, como a albumina, que
ajuda a manter o líquido dentro dos vasos sanguíneos. Como resultado, o
líquido pode vazar para os tecidos circundantes, causando inchaço ou
edema.

O edema hepático é um tipo de edema que ocorre quando a pressão dentro


dos vasos sanguíneos do fígado aumenta, levando à acumulação de
líquido no abdômen e nos membros inferiores. Além disso, o fígado
também está envolvido no metabolismo de hormônios que regulam o
balanço de fluidos, como o hormônio antidiurético (ADH). Distúrbios
hepáticos que afetam a produção ou o metabolismo desses hormônios
podem levar a um desequilíbrio de fluidos e edema em todo o corpo.
Indicadores Hepáticos
Procedimento para gordura localizada ou emagrecimento?
O fígado precisa estar Ok!

O fígado desempenha várias funções importantes no


metabolismo das gorduras.

O fígado tem um papel fundamental no metabolismo das


gorduras e, portanto, no processo de emagrecimento. Quando o
fígado está com um funcionamento adequado, ele é capaz de
processar e metabolizar as gorduras de forma mais eficiente,
convertendo-as em energia e eliminando os resíduos
Indicadores Hepáticos
Procedimento para gordura localizada ou emagrecimento?
O fígado precisa estar Ok!

Por outro lado, se o fígado não está funcionando


corretamente, isso pode levar a um acúmulo de
gordura no corpo, principalmente no fígado e no
tecido adiposo. Isso pode resultar em uma série de
problemas de saúde, como resistência à insulina,
diabetes tipo 2, doenças cardíacas, entre outras.
Indicadores Hepáticos
A função hepática no metabolismo das
gorduras
O fígado produz a bile, que é armazenada na vesícula biliar e
liberada no intestino delgado para ajudar na digestão e absorção
de gorduras e vitaminas lipossolúveis.

Além disso, o fígado é responsável pela síntese de lipoproteínas,


que transportam o colesterol e outras gorduras no sangue. O
fígado também armazena e libera triglicerídeos em resposta a
sinais hormonais do corpo, que é uma forma de gordura que é
usada para gerar energia.
Indicadores Hepáticos
A função hepática no metabolismo das
gorduras
Outra função importante do fígado é a oxidação das
gorduras, que ocorre no interior das mitocôndrias das
células hepáticas. Nesse processo, as gorduras são
convertidas em energia para ser utilizada pelo corpo.

Quando o fígado não está funcionando adequadamente,


como em doenças hepáticas, a regulação do metabolismo
das gorduras pode ser prejudicada, o que pode levar ao
acúmulo de gordura no fígado e outras partes do corpo,
bem como a níveis elevados de colesterol e triglicerídeos
no sangue.
Indicadores Hepáticos
A função hepática no metabolismo das
gorduras
Portanto, é importante cuidar da saúde do fígado como
parte de um processo de emagrecimento saudável,
incluindo hábitos alimentares saudáveis, prática de
atividades físicas regulares, controle do consumo de álcool
e medicamentos.

Para deixar mais claro a importância do fígado no


metabolismo da gordura, veja como acontece o
metabolismo de gordura no fígado em duas situações
distintas:
Indicadores Hepáticos
A função hepática no metabolismo das
gorduras
Metabolismo de gordura no fígado em situação de ingestão calórica
adequada:

• A gordura consumida na dieta é absorvida pelo intestino delgado


e transportada para o fígado através da veia porta hepática.

• No fígado, a gordura é convertida em moléculas menores


chamadas ácidos graxos e glicerol.

• Os ácidos graxos são utilizados como fonte de energia pelo


corpo ou armazenados no tecido adiposo.
Indicadores Hepáticos
A função hepática no metabolismo das
gorduras
• O fígado também produz uma pequena quantidade de gordura para suprir
as necessidades do corpo.

• Quando o corpo precisa de energia, os ácidos graxos armazenados no


tecido adiposo são mobilizados e transportados para o fígado.

• No fígado, os ácidos graxos são oxidados para produzir energia ou


convertidos em corpos cetônicos para serem utilizados como fonte
alternativa de energia.

• O excesso de ácidos graxos que não é utilizado para produzir energia é


armazenado no tecido adiposo.
Indicadores Hepáticos
A função hepática no metabolismo das
gorduras
Metabolismo de gordura no fígado em situação de excesso de ingestão calórica:

Quando há excesso de gordura na dieta, o fígado é sobrecarregado e não consegue


converter toda a gordura em ácidos graxos.

O excesso de gordura é então armazenado no fígado na forma de triglicerídeos, o que


pode levar ao acúmulo de gordura no fígado e, consequentemente, à esteatose hepática.

A esteatose hepática pode levar a complicações como inflamação do fígado e cirrose, se


não tratada adequadamente.

O excesso de triglicerídeos no fígado também pode ser transportado para o tecido


adiposo, onde é armazenado e pode levar ao ganho de peso. .
Exames para avaliar a função hepática
• Bilirrrubinas

Para avaliar se a função hepática está adequada é indicada a dosagem das


bilirrubinas.

O exame de bilirrubina é comumente usado para avaliar a função hepática,


pois é um produto do metabolismo da hemoglobina (grupo Heme), e o fígado
é responsável pelo processamento e eliminação da bilirrubina do corpo.

A bilirrubina total é a soma da bilirrubina direta e indireta, e a bilirrubina direta


é a porção solúvel em água da bilirrubina que foi processada pelo fígado e
excretada na bile. A bilirrubina indireta é a porção não solúvel em água que é
liberada pela quebra das células vermelhas do sangue e processada pelo
fígado para torná-la solúvel em água e, portanto, excretável.
Exames para avaliar a função hepática
• Bilirrrubinas
O aumento dos níveis de bilirrubina total pode ser um sinal de disfunção
hepática, indicando que o fígado não está processando adequadamente a
bilirrubina e excretando-a na bile. Se a bilirrubina direta estiver elevada, isso
pode indicar uma obstrução no ducto biliar, enquanto o aumento da bilirrubina
indireta pode indicar uma doença hemolítica ou disfunção hepática.

Valores de referência:

Bilirrubina Total 0,3 a 1,2 mg/dL


Bilirrubina Direta <0,2 mg/dL
Bilirrubina Indireta 0,3 a 0,8 mg/dL
Exames para avaliar se há lesão hepática

• Transaminases – AST (TGP) e ALT (TGO)


Para avaliar se o fígado está lesionado é indicada a dosagem de: As
aminotransferases AST (TGP) e ALT (TGO) são encontradas no citoplasma
dos hepatócitos.

ALT é encontrada em altas concentrações apenas no citoplasma do fígado, o


que torna o seu aumento mais específico de lesão hepática, enquanto a AST
pode ser elevada em outras condições, como danos cardíacos ou
musculares.

As enzimas AST (aspartato aminotransferase) e ALT (alanina


aminotransferase) são encontradas em altas concentrações no fígado e estão
envolvidas no metabolismo hepático. O aumento dos níveis dessas enzimas
no sangue pode indicar lesão hepática. Alguns exemplos de situações em
que há aumento de AST e ALT incluem:
Exames para avaliar se há lesão hepática

• Transaminases – AST (TGP) e ALT (TGO)


Hepatite viral: a inflamação do fígado causada por infecção viral pode
aumentar os níveis de AST e ALT no sangue.

Cirrose: a fibrose e a cicatrização do tecido hepático causadas pela cirrose


podem levar a um aumento das enzimas hepáticas no sangue.

Uso de medicamentos: alguns medicamentos podem causar danos ao fígado


e aumentar os níveis de AST e ALT no sangue.

Consumo excessivo de álcool: o consumo excessivo de álcool pode danificar


as células do fígado e aumentar os níveis de AST e ALT no sangue.

Esteatose hepática: o acúmulo de gordura no fígado pode levar a um


aumento das enzimas hepáticas no sangue.
Exames para avaliar se há lesão hepática

• GGT (gama glutamiltransferase)


É uma enzima que vai estar aumentada em caso de colestase (obstrução das
vias biliares) e também em casos de hepatite alcóolica (neste caso, também
observamos o aumento de ALT e AST).

• Fosfatase alcalina
É uma enzima que pode aumentar em casos de infecções virais e
danos hepáticos, especificamente quando há uma obstrução das
vias biliares impedindo o transporte da bílis do fígado para o
intestino, ocasionando seu acúmulo.
Valores de referência dos indicadores hepáticos
Utilidade na Estética
Ter certeza de que o fígado está funcional é
importantíssimo principalmente o objetivo é tratar
gordura localizada e perda de peso.

Esses tratamento só terão sucesso se o paciente


fizer a sua parte e se exercite e também se o fígado
estiver funcionando adequadamente para
metabolizar a gordura mobilizada pelos tratamentos.
10
INDICADORES RENAIS
Indicadores renais
Seus rins filtram os resíduos do corpo e regulam os
sais no sangue. Eles também produzem hormônios e
vitaminas que direcionam as atividades celulares em
muitos órgãos e ajudam a controlar a pressão
sanguínea.

Quando os rins não estão funcionando


adequadamente, os resíduos e fluidos podem atingir
níveis perigosos, criando uma situação de risco de
vida.

Para avaliar a função renal podemos solicitar:


Indicadores renais
• Sódio
Ajuda a regular o equilíbrio de água e eletrólitos do corpo e é
importante para o funcionamento dos nervos e músculos. Elevações
no sódio sérico pode indicar disfunção renal.

• Potássio
Pequenas alterações no potássio sérico têm consequências
significativas. Uma concentração anormal pode alterar a função dos
nervos e músculos, por exemplo, o músculo cardíaco pode perder
sua capacidade de contração.
Indicadores renais
• Ureia
Uma alta concentração desse produto residual pode indicar
desidratação ou que os rins não estão funcionando corretamente.

• Creatinina
é um produto residual gerado a partir do metabolismo muscular e um
marcador preciso da função renal.
Indicadores renais
Valores de referência dos indicadores renais
Indicadores renais
Utilidade na Estética
Os são responsáveis por filtrar e eliminar as toxinas do corpo, e
quando a função renal está comprometida, as toxinas podem se
acumular no corpo e causar problemas de saúde, como inflamação
crônica, acne, eczema, entre outros.

Além disso, eles são responsáveis pela regulação do equilíbrio


hidroeletrolítico do corpo, portanto, uma função renal deficiente
pode levar a uma pele desidratada e sem brilho.

Os rins também estão envolvidos na produção de vitamina D ativa


que é indispensável para a homeostase do organismo.
11
HORMÔNIOS
HORMÔNIOS
O que são hormônios?
Hormônios são substâncias químicas que a célula libera em pequenas
quantidades e que possuem a capacidade de exercer uma ação biológica
específica em uma célula alvo. Eles são produzidos pelas glândulas
endócrinas.

Ao longo do dia, os níveis plasmáticos hormonais variam, apresentando


picos e baixas que variam de acordo com cada hormônio. Essa regulação
de liberação hormonal envolve vários mecanismos que incluem fatores
hormonais, neurais, nutricionais e ambientais.

A liberação regular dos hormônios é crucial para manter uma função


endócrina normal e exercer efeitos fisiológicos no órgão alvo. No entanto,
desequilíbrios hormonais são cada vez mais frequentes, principalmente
por razões nutricionais e de estilo de vida inadequado.
HORMÔNIOS
A tireoide

A tireoide é uma pequena glândula localizada na parte frontal


inferior do pescoço. Os hormônios produzidos pela glândula
tireoide possuem funções essenciais na manutenção do
equilíbrio do corpo e no controle do gasto energético. Eles
exercem seus efeitos em diversos órgãos do corpo, estimulando
o metabolismo, geração de energia, humor e a atividade celular
para manter as funções em bom funcionamento.

Os dois hormônios principais da tireoide são o hormônio tiroxina


(T4) e a triiodotironina (T3) esses hormônios derivam do
aminoácido tirosina e são produzidos em resposta ao estímulo
do hormônio TSH produzido na adeno-hipófise.
HORMÔNIOS
A tireoide
Cerca de 10% das mulheres acima de 40 anos e em torno de 20% das que têm
acima de 60 anos manifestam algum problema na tireoide. Porém é importante
estar atento pois todas as pessoas, independente de sexo e idade, estão
sujeitas a alterações desta glândula.

Alterações na tireoide são comuns em mulheres acima de 40 anos, afetando


cerca de 10% delas, e em mulheres acima de 60 anos, afetando em torno de
20%. Muitas mulheres que procuram ginecologistas para iniciar reposição de
estrogênios estão, na verdade, com disfunções na tireoide.

A dosagem do TSH é a primeira abordagem na investigação de problemas na


tireoide, quando alterado o passo seguinte é avaliar os níveis de T4 livre.

Quando ocorre uma disfunção, a tireoide pode estar liberando hormônios em


excesso ou deixando de produzir, ocasionando duas situações distintas:
HORMÔNIOS
Hipotireoidismo:
A tireoide está hipoativa, ela produz muito pouco hormônio tireoidiano, o que
leva ao hipotireoidismo. A taxa metabólica do corpo diminui e ele gasta
energia mais lentamente.

Geralmente o valor de TSH está aumentado e o valor de T4 livre está


diminuído

Hipertireoidismo:
A tireoide está hiperativa, ela libera muito hormônio tireoidiano. A taxa
metabólica basal do corpo sobe e gasta energia mais rapidamente do que
deveria.

Geralmente o valor de TSH está diminuído e o valor de T4 livre está


aumentado.
HORMÔNIOS - Hipotireoidismo:
A tireoide está hipoativa, ela produz muito pouco hormônio tireoidiano, o que
leva ao hipotireoidismo. A taxa metabólica do corpo diminui e ele gasta
energia mais lentamente.

Geralmente o valor de TSH está aumentado e o valor de T4 livre está


diminuído

Alguns sintomas do hipotireoidismo:

• Depressão • Cansaço excessivo


• Desaceleração dos batimentos • Dores musculares
cardíacos • Sonolência excessiva
• Intestino preso • Pele seca Queda de cabelo
• Menstruação irregular • Ganho de peso
• Diminuição da memória • Aumento do colesterol no sangue
HORMÔNIOS - Hipertireoidismo:
A tireoide está hiperativa, ela libera muito hormônio tireoidiano. A taxa
metabólica basal do corpo sobe e gasta energia mais rapidamente do que
deveria.

Geralmente o valor de TSH está diminuído e o valor de T4 livre está


aumentado.

Alguns sintomas de hipertireoidismo:

• Dificuldade de dormir
• Aceleração dos batimentos cardíacos
• Intestino solto
• Agitação
• Muita energia, apesar de muito cansaço
• Queda de cabelos
• Calor e suor exagerado
• Menstruação irregular
HORMÔNIOS

A Exames para avaliar a função da tireoide

• TSH, T4 e T3
O hormônio tireotrófico (TSH) é produzido pela hipófise e tem como
principal função estimular a tireoide a produzir hormônios tireoidianos,
especialmente o hormônio tiroxina (T4). O T4, por sua vez, é produzido
pela tireoide e, após ser liberado na corrente sanguínea, é convertido
em triiodotironina (T3), que é a forma ativa do hormônio tireoidiano. O
TSH e os hormônios tireoidianos T4 e T3 estão intimamente
relacionados em um sistema de feedback negativo.

Quando os níveis de T4 e T3 estão baixos, a hipófise secreta mais TSH


para estimular a tireoide a produzir mais hormônios tireoidianos. Por
outro lado, quando os níveis de T4 e T3 estão elevados, a hipófise
reduz a secreção de TSH para evitar uma produção excessiva de
hormônios tireoidianos.
HORMÔNIOS

A Exames para avaliar a função da tireoide

• TSH, T4 e T3
O TSH, o T4 e o T3 são importantes para regular o metabolismo do
corpo, incluindo o controle do crescimento e desenvolvimento, a
temperatura corporal, o peso, o batimento cardíaco, o sistema nervoso,
o sistema muscular e o sistema esquelético.

Desequilíbrios nesse sistema hormonal podem levar a distúrbios da


tireoide, como hipotireoidismo e hipertireoidismo, que podem apresentar
sintomas diversos e afetar a saúde de forma significativa.
HORMÔNIOS

• A Exames para avaliar a função da tireoide

Valores de referência dos hormônios tireoidianos

TSH (mUI/L) 0,45 a 4,5


T4 livre (ng/dL) 0,70 a 1,80
T3 livre (ng/dL) 0,23 a 0,42
T3 total (ng/dL) 70 a 200
T3 reverso (pg/ml) 90 a 350
HORMÔNIOS

Utilidade na Estética
Os hormônios tireoidianos (TSH, T4 e T3) estão relacionados com a
regulação do metabolismo do corpo, incluindo o metabolismo de
gorduras. Quando a tireoide não está funcionando corretamente e há
deficiência desses hormônios, pode ocorrer um acúmulo de gordura
corporal, especialmente na região abdominal. Isso pode levar ao
sobrepeso e aumento da celulite.

A deficiência desses hormônios pode reduzir a produção de colágeno


na pele, levando a uma diminuição da elasticidade e da firmeza. Isso
pode levar a uma aparência mais flácida e envelhecida da pele.

Por outro lado, excesso de hormônios tireoidianos pode levar a um


metabolismo mais acelerado, o que pode levar a uma perda
excessiva de peso e massa muscular.
HORMÔNIOS
Hormônios Sexuais

• Testosterona
Ambos os sexos produzem testosterona e sofrem uma diminuição
desse hormônio a medida em que envelhecem. A testosterona é
produzida nos testículos dos homens e nos ovários das mulheres e é
responsável por regular a massa muscular, fertilidade, libido e bem-
estar.

Menos de 2% da testosterona no sangue está no estado livre e pode


estar relacionado à obesidade abdominal, ossos não saudáveis,
doenças cardíacas e depressão.

Nas mulheres, altos níveis de testosterona livre podem indicar baixos


níveis de estrogênio ou ser uma causa de crescimento excessivo de
pelos ou síndrome do ovário policístico.
HORMÔNIOS
Hormônios Sexuais

Alguns sintomas de testosterona baixa em HOMENS:


• Diminuição do desejo sexual.
• Problemas com a função erétil
• Aumento da gordura abdominal
• Perda de massa muscular
• Fadiga crônica
• Excesso de peso
• Sintomas de depressão

Alguns sintomas de testosterona baixa em MULHERES:


• Problemas de fertilidade
• Desejo sexual reduzido
• Secura da vagina
• Ossos enfraquecidos
HORMÔNIOS
Hormônios Sexuais

Alguns sintomas de testosterona alta em MULHERES:


• Pele oleosa e acne
• Manchas escuras na pele
• Aumento do clitóris
• Excesso de pelos no rosto ou no corpo
• Queda de cabelo
• Menstruação irregular ou ausente
HORMÔNIOS
Testosterona

A testosterona e sua relação com a síndrome dos ovários policísticos (SOP)


A síndrome dos ovários policísticos é uma condição em que há
excesso de hormônios androgênicos, como a testosterona, e
ausência de ovulação. Os sintomas da SOP incluem ciclos
menstruais irregulares ou ausentes, acne, aumento de peso,
crescimento excessivo de pelos no rosto e no corpo e infertilidade. A
SOP pode ser diagnosticada por meio de exames de sangue
(testosterona livre) e ultrassom pélvico.

O tratamento depende dos sintomas e pode incluir medicamentos


para regular o ciclo menstrual, controlar o hormônio masculino e
estimular a ovulação para ajudar na fertilidade. A SOP está
associada a um risco aumentado de diabetes, doenças cardíacas e
câncer de endométrio.
HORMÔNIOS
Testosterona

Valores de referências de testosterona em mulheres:


Testosterona total:

18 a 30 anos: 11 a 59 ng/dL
31 a 40 anos: 11 a 56 ng/dL
41 a 51 anos: 9 a 55 ng/dL
Pós-menopausa: 6 a 25 ng/dL

Testosterona livre:

18 a 30 anos: 0,8 a 7,4 ng/dL


31 a 40 anos: 1,3 a 9,2 ng/dL
41 a 51 anos: 1,1 a 5,8 ng/dL
Pós-menopausa: 0,6 a 3,8 ng/dL
HORMÔNIOS
Testosterona

Valores de referências de testosterona em Homens:


Testosterona total:

18 a 39 anos: 400 a 1.080 ng/mL


40 a 59 anos: 350 a 890 ng/mL
≥ 60 anos: 350 a 720 ng/mL

Testosterona livre:

≥ 18 anos: 47 a 244 pg/mL


HORMÔNIOS
Testosterona

Utilidade na Estética
Aumento de testosterona em mulheres pode ter
relação com: ganho de peso, alopecia, acne,
aumento da oleosidade da pele. Em homens, a
testosterona diminuída pode ocasionar queda
de cabelo, aumento de peso e dificuldade para
ganhar massa magra e perder peso.
HORMÔNIOS
Hormônios Sexuais

•Estrógenos
Os estrógenos ou estrogênios (estradiol, estriol e estrona)
são os responsáveis pelo desenvolvimento das
características femininas. O estrógeno biologicamente mais
ativo é o estradiol, produzido principalmente pelos ovários
nas mulheres em fase reprodutiva. Suas maiores
concentrações são no período folicular até a ovulação.

O estradiol desempenha várias funções no corpo feminino,


incluindo manter a saúde da pele e do cabelo, estimular a
ovulação, proteger contra a osteoporose e doenças
cardiovasculares, aumentar a taxa anabólica corporal e
melhorar a sexualidade e a capacidade de concentração.
HORMÔNIOS
Hormônios Sexuais

Valores de referências do estrógeno estradiol:


Fase folicular: 12,5 a 166 pg/mL
Fase ovulatória: 85 a 498 pg/mL
Fase lútea L: 43,8 a 54,6 pg/mL
Pós-menopausa: até 54,7 pg/mL

Utilidade na Estética
Valores diminuídos de estrogênios podem comprometer tratamentos
de perda de peso e gordura localizada. Na menopausa os níveis de
estradiol e estrona estão bastante diminuídos e isso se reflete no
aumento da degradação de colágeno na pele, desidratação da pele,
afinamento e fragilidade capilar. O estradiol também tem importante
papel na manutenção e ganho de massa magra.
HORMÔNIOS
Hormônios Sexuais

•Hormônio luteinizante (LH)


O hormônio LH é produzido pela hipófise e tem diferentes funções
em homens e mulheres. Nas mulheres, ele estimula a produção de
progesterona e a ovulação, enquanto nos homens influencia na
produção de espermatozoides. Esse exame é frequentemente
solicitado junto com outros, como FSH e GnRH, para avaliar a saúde
da mulher.

Valores elevados de LH com FSH normal ou baixo podem indicar


condições como obesidade, hipertireoidismo, doença hepática e
Síndrome dos Ovários Policísticos. Na menopausa, os níveis de LH
aumentam mais tardiamente que os de FSH.
HORMÔNIOS
Hormônios Sexuais

Valores de referências do LH:


Meio da fase folicular: 2,12 a 10,89 mUI/mL
Pico do meio do ciclo: 19,18 a 103,03 mUI/mL
Meio da fase lútea: 1,20 a 12,86 mUI/mL
Pós-menopausa: 10,87 a 58,64 mUI/mL

Utilidade na Estética
O LH aumentado pode ser indicativo de menopausa precoce ou
Síndrome dos Ovários Policísticos, ambas as situações são
importantes para pacientes da estética. A menopausa precoce vai
acarretar rápida perda de colágeno e envelhecimento da pele, já a
SOP pode afetar a pele (aumenta a oleosidade e acne), leva a
dificuldade para perder peso e queda de cabelo.
HORMÔNIOS
Hormônios Sexuais

• Hormônio folículo estimulante (FSH)


É produzido na hipófise e tem um papel fundamental na regulação do
ciclo menstrual e da fertilidade feminina. Ele age estimulando o
crescimento dos folículos ovarianos que contêm os óvulos.

Quando os níveis de FSH estão elevados, pode indicar um


desequilíbrio hormonal que afeta a saúde e a estética da mulher.
Altos níveis de FSH podem estar associados à menopausa precoce,
diminuição da produção de estrogênio, envelhecimento precoce da
pele e perda de elasticidade (tem influência na produção de colágeno
e elastina), comprometendo a firmeza da pele e a redução da celulite.

Dessa forma, o acompanhamento dos níveis de FSH é importante


para avaliar a saúde reprodutiva e hormonal das mulheres, e pode
ser um indicativo para o desenvolvimento de tratamentos estéticos
personalizados e direcionados para cada paciente.
HORMÔNIOS
Hormônios Sexuais

Valores de referências do FSH:


Meio da fase folicular: 3,85 a 8,78 mUI/mL
Pico do meio do ciclo: 4,54 a 22,51 mUI/mL
Meio da fase lútea: 1,79 a 5,12 mUI/mL
Pós-menopausa: 16,74 a 113,59 mUI/mL

Utilidade na Estética
O FSH aumentado é indicativo de menopausa, situação em
que o profissional da estética deve atuar para aumentar a
resposta da pele aos tratamentos.
12
MICRONUTRIENTES
MICRONUTRIENTES
Micronutrientes são nutrientes necessários em quantidades pequenas,
mas essenciais para a saúde do organismo. Eles incluem vitaminas e
minerais. Esses nutrientes são importantes para diversas funções do
corpo, incluindo o metabolismo, a produção de energia, a regulação
hormonal, a função imunológica, entre outras.

Esses nutrientes são importantes para diversas funções corporais,


incluindo a manutenção da saúde da pele, cabelo e unhas.

Por exemplo, a vitamina A é essencial para manter a saúde da pele e


ajudar a prevenir o envelhecimento precoce, enquanto a vitamina C é
importante para a produção de colágeno, uma proteína que ajuda a
manter a elasticidade e firmeza da pele. O zinco é outro micronutriente
importante para a saúde da pele, cabelo e unhas, pois ajuda a promover
a cicatrização, prevenir a acne e fortalecer as unhas.
MICRONUTRIENTES
Além disso, os micronutrientes também desempenham um papel
importante na regulação do metabolismo, que é importante para manter
um peso saudável e prevenir a obesidade.

Portanto, a ingestão adequada de micronutrientes é fundamental para a


manutenção da saúde e da beleza do corpo, tanto por dentro quanto por
fora.

É importante manter uma dieta equilibrada e variada, rica em frutas,


verduras, legumes, cereais integrais e alimentos de origem animal para
garantir a ingestão adequada desses nutrientes.

Em alguns casos, pode ser necessário o uso de suplementos para tratar


deficiências.

Veja a seguir os principais minerais e vitaminas para avaliar em


pacientes de estética.
Minerais
• Cobre

Cobre também possui propriedades antioxidantes que ajudam a


proteger a pele contra os danos dos radicais livres (compõe as
enzimas citocromo oxidase e superóxido dismutase), que podem
causar o envelhecimento precoce.

Ele também é necessário para a produção de melanina como um


cofator essencial para a atividade da tirosinase, ou seja, ele ajuda a
ativar essa enzima para a produção da melanina.

A deficiência de cobre pode causar problemas de pele, como


manchas, rugas e flacidez, além de cabelos quebradiços e unhas
fracas.

Valor de referência:
Mulheres: 80 a 155 μg/dL
Homens: 70 a 140 μg/dL
Minerais
• Cálcio
É o mineral mais abundante do organismo. O cálcio é um
mineral essencial para diversas funções do organismo,
incluindo a saúde óssea, muscular, nervosa e
cardiovascular. Na estética, o cálcio desempenha um papel
importante na manutenção da saúde dos cabelos, unhas e
pele.

No cabelo, o cálcio é um dos minerais que ajudam a manter


a integridade e força dos fios. Uma deficiência desse mineral
pode levar a cabelos fracos, quebradiços e sem brilho. Além
disso, o cálcio também ajuda a regular a produção de sebo
no couro cabeludo, o que pode ajudar a prevenir a caspa e a
queda de cabelo.
Minerais
• Cálcio

Já na pele, o cálcio é importante para manter a hidratação e a


integridade da barreira cutânea, evitando a perda de água e evitando
a desidratação. Além disso, o cálcio ajuda a regular a diferenciação e
diferenciação celular na pele, o que pode ter um efeito positivo na
saúde e aparência da pele.

Por isso, é importante avaliar os níveis de cálcio em exames


bioquímicos de pacientes de estética, a fim de detectar possíveis
deficiências e garantir a manutenção da saúde e beleza dos cabelos,
unhas e pele. Sua deficiência é mais comum em mulheres na
menopausa.

Valor de referência:
Normal: 8,7 a 10,7 mg/dL
Valores críticos < 6,6 ou > 12,9 mg/dL
Minerais
• Manganés
O manganês é um mineral importante para a estética, pois
desempenha várias funções no organismo que estão relacionadas à
beleza e saúde da pele, cabelos e unhas. Uma das principais
funções do manganês na estética é sua participação na síntese do
colágeno, uma proteína que dá força e firmeza à pele, evitando o
aparecimento de rugas e linhas de expressão.

Além disso, o manganês também é importante na formação da


queratina, proteína que compõe os cabelos e as unhas, conferindo-
lhes força e resistência.

Outra função importante do manganês na estética é sua ação como


antioxidante, protegendo as células do organismo contra os danos
causados pelos radicais livres, que deram origem ao envelhecimento
precoce da pele e outros tecidos.
Minerais
• Manganés
Por fim, o manganês também é importante para a saúde do
sistema nervoso, esperançoso para o bom funcionamento
dos neurônios e a transmissão adequada dos impulsos
nervosos, o que pode ser influenciado na estética, já que a
aparência de pele e cabelos pode ser apoiada por questões
emocional e de estresse.

Por isso, a avaliação do manganês nos exames bioquímicos


pode ser relevante para pacientes que buscam melhorar a
saúde e a beleza da pele, cabelos e unhas, especialmente
aqueles que apresentam deficiência nutricional ou
problemas relacionados ao estresse oxidativo.

Valor de referência: até 1,6 µg/L


Minerais
• Selênio
O selênio é um mineral essencial que desempenha uma
série de funções importantes no organismo, incluindo a
proteção contra o dano celular e o envelhecimento precoce.
Na estética, o selênio é importante por suas propriedades
antioxidantes, que ajudam a combater os radicais livres e
previnem a degeneração celular.

Além disso, o selênio desempenha um papel importante na


saúde da pele e dos cabelos, pois está envolvido na
produção de enzimas que ajudam a neutralizar os danos
oxidativos e manter a integridade estrutural das células.
Estudos sugerem que a deficiência de selênio pode levar a
uma pele mais seca e rugosa, além de danificar os cabelos
e unhas.
Minerais
• Selênio
O selênio também está envolvido na regulação da função da
tireoide, que desempenha um papel fundamental na
manutenção do metabolismo e da temperatura corporal. A
deficiência de selênio pode afetar a função tireoidiana, levando
a sintomas como fadiga, ganho de peso e pele seca.

Por fim, o selênio pode ajudar a reduzir a inflamação, que é um


fator importante no desenvolvimento de muitas condições
estéticas, incluindo acne, rosácea e psoríase. Acredita-se que o
selênio pode ajudar a reduzir a inflamação ao neutralizar os
radicais livres e reduzir a produção de citocinas pró
inflamatórias no corpo.

Valor de referência:
58 a 234 ng/mL
Minerais
• Magnésio
O magnésio é principalmente um íon intracelular associado à absorção GI
e excreção renal. É um mineral importante para o bom funcionamento do
organismo e também tem uma relação direta com a saúde e a estética.
Ele atua como cofator em mais de 300 reações bioquímicas do nosso
corpo, incluindo a produção de energia, síntese de proteínas e a
manutenção da saúde óssea.

O magnésio é fundamental para a regulação do equilíbrio hídrico das


células, o que ajuda a manter a hidratação da pele e prevenir o
ressecamento e a descamação. Além disso, ele atua na produção de
colágeno e elastina, proteínas responsáveis por dar elasticidade, firmeza
e sustentação à pele.

Valor de referência:
Normal: 1,6 a 2,4 mg/dL
Valores críticos: < 1,0 e > 4,9 mg/dL
Minerais
• Magnésio
Outro benefício do magnésio para a estética é a sua capacidade de
melhorar a circulação sanguínea e, consequentemente, a entrega de
nutrientes e oxigênio às células da pele. Isso ajuda a prevenir o
envelhecimento precoce e a manter uma pele saudável e radiante.

Além disso, o magnésio também pode ajudar a controlar a acne, já que ele
atua na regulação da produção de sebo pelas glândulas sebáceas. Ele
também pode ajudar a combater a inflamação, que é uma das principais
causas da acne.

Por fim, o magnésio também é importante para a saúde dos cabelos, já


que ele atua na produção de queratina, proteína responsável por dar força,
brilho e resistência aos fios. A deficiência de magnésio pode levar a
cabelos fracos, quebradiços e sem brilho.

Valor de referência:
Normal: 1,6 a 2,4 mg/dL
Valores críticos: < 1,0 e > 4,9 mg/dL
Minerais
• Zinco
O zinco é um mineral importante para a manutenção da saúde da pele,
cabelos e unhas. Ele está envolvido em processos de imunidade e
crescimento celular, síntese de colágeno, proteção contra radicais livres e
modulação do sistema imunológico. Na pele, o zinco é essencial para a
renovação celular e cicatrização de feridas.

Ele também ajuda a controlar a oleosidade e a inflamação, sendo benéfica


para pessoas com acne ou rosácea. Além disso, o zinco pode melhorar a
barreira protetora da pele e prevenir a desidratação.

Nos cabelos, o zinco atua na síntese da queratina, uma proteína


importante para a estrutura capilar. Ele também ajuda a regular a produção
de sebo, prevenindo a caspa e a queda de cabelo. Já nas unhas, o zinco
contribui para a formação e manutenção da estrutura queratinosa das
unhas. Sua deficiência pode levar a unhas resistentes, quebradiças e com
sulcos.

Valor de referência: 70 - 120 μg/dL


Minerais
• Ferro
O ferro é um mineral essencial para o organismo, sendo um dos componentes
fundamentais da hemoglobina, proteína responsável por transportar o oxigênio dos
pulmões para os tecidos do corpo. Além disso, o ferro também é necessário para a
produção de energia, metabolismo celular, formação de colágeno e síntese de
neurotransmissores.

Na estética, a deficiência de ferro pode causar problemas como pele pálida e sem brilho,
unhas quebradiças, cabelos fracos e com queda excessiva. Isso ocorre porque o ferro é
necessário para a produção de queratina, proteína que compõe a pele, unhas e cabelos.
Além disso, a falta de oxigênio nos tecidos causada pela deficiência de ferro pode afetar
a aparência da pele e das unhas.

Por outro lado, o excesso de ferro também pode ser prejudicial para a estética, uma vez
que pode aumentar a produção de radicais livres e contribuir para o envelhecimento
precoce da pele. Por isso, é importante manter um equilíbrio adequado de ferro no
organismo para garantir uma boa saúde e aparência estética.

Valor de referência:
Mulheres: 28 a 170 μg/dL
Homens: 45 a 182 μg/dL
13
VITAMINAS
VITAMINAS

As vitaminas são essenciais para o funcionamento adequado do


organismo, desempenhando uma variedade de funções importantes.
Elas são necessárias em pequenas quantidades e, na maioria das vezes,
não são produzidas pelo corpo, sendo obtidas através da alimentação.
As vitaminas influenciam a estética de diversas maneiras, já que muitas
delas têm funções importantes na saúde da pele, cabelos e unhas. Por
exemplo, a vitamina C é essencial para a produção de colágeno.

A vitamina A também é importante para a saúde da pele, ajudando a


reduzir a aparência de rugas e manchas. A vitamina E é um antioxidante
que protege as células da pele dos danos causados pelos radicais livres.
VITAMINAS

Além disso, as vitaminas são importantes para o metabolismo, ajudando


a converter os nutrientes em energia utilizável pelo corpo. Quando há
deficiência de vitaminas, pode haver efeitos negativos na saúde e
aparência da pele, cabelos e unhas, como pele seca, cabelos e unhas
quebradiços. Portanto, uma ingestão adequada de vitaminas é essencial
para manter a saúde e a beleza do corpo, incluindo a estética.

É importante consumir uma dieta variada e equilibrada, rica em alimentos


que forneçam vitaminas, e também considerar a suplementação de
vitaminas quando necessário e sob orientação profissional.

Separei duas vitaminas que considero mais importante avaliar nos


pacientes de estética.
VITAMINAS
Ácido Fólico
O ácido fólico, também conhecido como vitamina B9, é essencial para a
saúde da pele e dos cabelos. Ele desempenha um papel importante na
imunidade celular e na produção de novas células, o que é crucial para
manter uma pele saudável e com aparência jovem.

Além disso, o ácido fólico ajuda na produção de glóbulos vermelhos, que


transportam oxigênio para as células da pele e dos cabelos, garantindo a
sua vitalidade e crescimento saudável.

A deficiência de ácido fólico pode causar problemas de pele, como acne


e dermatite, bem como queda de cabelo e unhas resistentes. Por isso, é
importante manter uma dieta equilibrada e rica em alimentos fontes de
ácido fólico, como folhas verdes escuras, frutas cítricas, feijões e grãos
integrais. Em alguns casos, pode ser recomendada a suplementação de
ácido fólico para manter a saúde da pele e dos cabelos.

Valor de referência: Sérico: > 6,5 ng/mL Eritrocitário: 280 a 903 ng/mL
VITAMINAS
Vitamina B12
A vitamina B12, também conhecida como cobalamina, é uma vitamina
solúvel em água que desempenha diversas funções importantes no
organismo. Atua como cofator na síntese de DNA e RNA, que são
essenciais para a renovação celular e para o crescimento e manutenção
dos tecidos do corpo. Ela também está envolvida na síntese de
proteínas, incluindo a queratina, que é uma proteína estrutural importante
para a saúde da pele, cabelos e unhas.

A deficiência de vitamina B12 pode causar diversos problemas estéticos,


incluindo o enfraquecimento dos cabelos e das unhas, ressecamento da
pele, manchas na pele e até mesmo acne. Além disso, a deficiência de
vitamina B12 pode levar a problemas de saúde mais graves, como
anemia megaloblástica e danos neurológicos.

Valor de referência:
180 a 914 pg/mL180 a 914 pg/mL
VITAMINAS
Vitamina D
Uma das principais funções da vitamina D é a regulação do metabolismo
do cálcio e do fósforo, dois minerais importantes para a formação e
manutenção dos ossos. Sem a vitamina D, o corpo não é capaz de
absorver adequadamente o cálcio, o que pode levar a problemas como
osteoporose e fraturas ósseas.

Além disso, a vitamina D também é importante para o sistema


imunológico, ajudando a prevenir doenças infecciosas. Estudos têm
mostrado que níveis adequados de vitamina D podem reduzir o risco de
doenças como gripes, resfriados, infecções respiratórias e até mesmo
câncer.
A vitamina D também está relacionada à saúde do coração e à
prevenção de doenças cardiovasculares. Níveis baixos de vitamina D
têm sido associados a um maior risco de hipertensão, diabetes tipo 2,
doenças cardíacas e acidente vascular cerebral. Ela também é
importante para o funcionamento do cérebro, influenciando a cognição, o
humor e a prevenção de doenças neurodegenerativas como o Alzheimer.
VITAMINAS
Vitamina D
Alguns estudos mostram que pessoas com obesidade tendem a ter níveis
mais baixos de vitamina D em comparação com pessoas com peso
normal. Acredita-se que isso possa ocorrer porque a vitamina D é solúvel
em gordura e pode ficar armazenada no tecido adiposo, reduzindo a sua
disponibilidade para outras funções no organismo. Além disso, a
deficiência de vitamina D pode afetar o metabolismo da glicose e a
sensibilidade à insulina, o que pode contribuir para o desenvolvimento da
obesidade e doenças relacionadas. No entanto, é importante lembrar que
a relação entre a deficiência de vitamina D e o excesso de peso ainda é
objeto de estudos e mais pesquisas são necessárias para entender
completamente essa associação.

A deficiência de vitamina D é cada vez mais comum e muitas vezes há a


necessidade de fazer a suplementação.
VITAMINAS
Vitamina D
Valores de referências da Vitamina D:
Deficiência: até 20 ng/mL
Insuficiência: de 21 a 29 ng/mL
Suficiência: de 30 a 100 ng/mL

Utilidade na Estética
A falta de vitamina D pode contribuir para a perda de cabelo, uma vez que
os folículos capilares são altamente sensíveis às deficiências nutricionais.
Além disso, a vitamina D também está envolvida na regulação da
produção de queratina, uma proteína importante para a saúde do cabelo.
Na pele, a vitamina D ajuda a controlar a produção de sebo, a oleosidade
da pele, além de estar envolvida no processo de cicatrização e redução
de inflamações.

A falta de vitamina D pode levar à pele seca, eczema, psoríase e acne.


14
LIPIDOGRAMA
Lipidograma

O exame de lipidograma determina a quantidade de Colesterol Total,


Colesterol HDL (conhecido como "colesterol bom"), Colesterol LDL
conhecido como "colesterol ruim") e Triglicerídeos.

O Colesterol Total é que a soma de todos os valores de colesterol que


podem ser medidos no sangue (HDL, o LDL e o VLDL).

O colesterol HDL ou lipoproteína de alta densidade tem como função


remover o colesterol das artérias e o levá-lo de volta para o fígado,
impedindo seu acúmulo.

Por isso, o ideal é mantê-lo mais elevado. O colesterol LDL ou lipoproteína


de baixa densidade atua carregando as partículas de colesterol do fígado
e de outros locais para as artérias. Ou seja, se está aumentado na
circulação, acaba se acumulando nos vasos e pode, com o tempo, entupi-
los ou formar trombos. .
Lipidograma

Os triglicerídeos são as principais gorduras do nosso organismo.


Eles estão presentes em vários alimentos, especialmente nos
alimentos ricos em carboidratos, mas a maior parte que circula
no sangue costuma ser produzida pelo nosso próprio organismo,
através do fígado.

A avaliação de lipídeos em pacientes de estética é importante


porque eles são componentes essenciais da membrana celular e
ajudam a manter a integridade da barreira cutânea, protegendo a
pele contra a perda excessiva de água e substâncias
indesejadas. Estudos também mostraram que níveis elevados de
colesterol e triglicerídeos podem estar associados a um aumento
da incidência de acne e psoríase.
Lipidograma

Dessa forma, uma avaliação de lipídeos em


pacientes de estética pode ajudar a identificar
possíveis alterações metabólicas e/ou nutricionais
que podem estar afetando a saúde da pele e
levando ao risco de desenvolvimento de doenças
cardiovasculares.

Com essa informação, profissionais de estética


podem indicar mudanças na alimentação e estilo de
vida, bem como encaminhar o paciente para um
médico para avaliação e tratamento adequado. .
Lipidograma
Valores de referências do lipidrograma para adultos com mais de 20 anos:

*Este valor de Colesterol LDL é adotado para indivíduos que apresentam


baixo risco cardiovascular
Lipidograma

Outros valores de referência para o colesterol LDL são:

<100 mg/dl - em pessoas com risco cardiovascular intermediário


<70 mg/dl - em pessoas com risco cardiovascular alto
<50 mg/dl - em pessoas com risco cardiovascular muito alto

A determinação do risco cardiovascular envolve a avaliação de


vários parâmetros. Em consultório, você pode usar parâmetros
como: o peso, idade, estilo de vida, circunferência de cintura,
existência de doenças crônicas, etc para verificar qual valor de
LDL seria mais adequado para seu paciente.

Em caso de alterações nos valores de lipidograma, encaminhar o


paciente para um médico especialista.
Utilidade na Estética
O LDL pode contribuir para o envelhecimento da pele através da
transmissão do colesterol presente nas membranas celulares, levando a
uma diminuição da elasticidade da pele e ao aparecimento de rugas. Além
disso, níveis elevados de LDL podem aumentar a inflamação na pele, o que
também contribui para o envelhecimento precoce. Por outro lado, o HDL
pode ajudar a prevenir o envelhecimento da pele, já que a sua função
antioxidante ajuda a reduzir a oxidação do colesterol nas membranas
celulares e a diminuir a inflamação na pele. Dessa forma, é importante
manter um equilíbrio saudável entre os níveis de LDL e HDL no organismo,
a fim de evitar o envelhecimento precoce da pele.

Quando os níveis de triglicerídeos estão elevados, significa que o organismo


está armazenando mais gordura do que é necessário, o que pode levar ao
ganho de peso e dificultar a perda de peso. Portanto, é um dado muito
relevante para pacientes em tratamento de gordura localizada e
emagrecimento.
15. Referências
Malta DC, Andrade SSCA, Oliveira TP, Moura L, Prado RR, Souza MFM. Probabilidade de
morte prematura por doenças crônicas não transmissíveis, Brasil e regiões, projeções para
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do Amaral COF, do Nascimento FM, Pereira FD, Parizi AGS, Straioto FG, do Amaral MSP.
Bases para Interpretação de Exames Laboratoriais na Prática Odontológica. Journal of
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WALLACH, Jacques Burton. Interpretação de exames laboratoriais . 10º ed Rio De Janeiro:


Editora Guanabara Koogan S.A., 2018.

ROSENFELD, Luiz Gastão et al. Valores de referência para exames laboratoriais de


hemograma da população adulta brasileira: Pesquisa Nacional de Saúde. Revista Brasileira
de Epidemiologia, v. 22, p. art. e190003 [13], 2019

Molina, Patricia E. Fisiologia endócrina. 4. ed. Porto Alegre: AMGH, 2014.


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