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[28/03/2024]
• A inclusão escolar de estudantes com deficiência no
sistema educacional brasileiro é garantida
constitucionalmente desde 1988.
• No início dos anos 90, os fundamentos para a
implementação de um sistema educacional inclusivo
são difundidos progressivamente.
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Essa garantia também está evidenciada nas
legislações, programas e documentos orientadores que
foram publicados, seguidamente, antes e depois da
Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva
da Educação Inclusiva (BRASIL, 2008).
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A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva
da Educação Inclusiva de 2008 é compreendida como parte
de um momento histórico que aproxima as iniciativas e as
diretrizes brasileiras de proposições internacionais que
anunciam uma ressignificação do conceito de deficiência –
afirmação da perspectiva social -, assim como indicam um
novo desenho institucional para a garantia do direito à
educação (BAPTISTA, 2019).
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No entanto, no início dos anos 90, as reformas
educacionais exigidas à implementação dessas políticas
estão ancoradas em teorias econômicas que, de um lado,
permitem a inclusão de estudantes oriundos de grupos
populacionais minorizados à escola, de outro, imprime a
esse processo o princípio do mercado com base no
sistema capitalista neoliberal, minando, progressivamente,
uma educação pública, estatal, laica, inclusiva e de
excelência para todos.
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Para o estudantes PAEE, as reformas permitem que as
políticas públicas em disputa favoreçam a participação de
instituições privadas de caráter filantrópico, ao considerar,
especialmente, o atendimento educacional especializado
para esse público como serviço e não como condição
necessária à sua aprendizagem na escola e, portanto,
integrado ao seu processo de escolarização.
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Essa situação de participação histórica dessas instituições
na oferta do atendimento educacional especializado para
esses estudantes, mesmo que no contraturno, conforme
ainda consta na legislação brasileira, exige repasse de
recursos públicos do Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB) para tal
fim.
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Esse repasse fortalece o modelo médico-posicológico da
deficiência, que considera a deficiência como um problema
biológico e individual, por sua vez, direcionando práticas
de reabilitação e clínico-terapeuticas para o atendimento
desse público no âmbito da escola.
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Essa situação impede a compreensão por parte da
família, dos profissionais da educação, dos gestores e da
população em geral de um modelo biopsissocial de
deficiência e de uma educação para eles que tenha como
propósito à formação humana.
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Formação humana que leve em consideração nesse
processo de inclusão escolar a integralidade da pessoa, a
complexidade do funcionamento do psiquismo humano,
heterogeneidade dos processos de aprendizagem, a
especifidade do conhecimento sobre a deficiência para
estabelecer caminhos educacionais e a orientação
prospectiva para a educação desses estudantes (DAINEZ,
2017).
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Pensar a formação humana concretizada por meio de um
pedagogia que promova a emancipação humana e supere a
unilateralidade dessa formação desde a educação infantil.
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Pensar a educação para os estudantes sob condição de
deficiência, e que necessitam de um “[...] conjunto de
atividades, recursos de acessibilidade e pedagógicos
organizados institucional e continuamente [...]” (BRASIL, 2011)
de forma complementar ou suplementar, a fim de garantir o
acesso ao currículo básico e a apropriação dos conhecimentos
historicamente produzidos pela humanidade, tem estado em
um campo de disputa entre diferentes setores e grupos da
sociedade brasileira.
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Circunscritos nas políticas públicas, os processos de
inclusão escolar de estudantes com defeciência necessita
ser pensado para além do acesso e da permanência.
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Ele precisa está voltado para a sua aprendizagem
por meio de um bom ensino, que promova o
humano em cada um desses estudantes
(PADILHA, 2022), o qual na perspectiva da
abordagem histórico-cultural, é aquele que aciona
o desenvolvimento do indivíduo que é sempre um
desenvolvimento social e histórico.
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Articula-se aos processos de escolarização de
estudantes com deficiência, o tema da formação de
professores. Essa formação tem sido considerada
como imprescindível para o avanço rumo à
consolidação de um ensino público de qualidade
(GARCIA, 2013).
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Pensar a inclusão escolar de estudantes com deficiência
com base nas políticas públicas inclusivas, considerando a
formação de professores e o ensino voltado a eles em
diferentes níveis e modalidades de ensino, especialmente
nos anos iniciais do ensino fundamental, não dispensa
compreender os movimentos das políticas públicas
também para esses níveis e modalidades.
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Pedagogia Histórico-Crítica e Ensino Fundamental - Anos
Iniciais: Escola, Currículo e Didática
Curso de Extensão
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Além dessa disputa de políticas que já estávamos
vivenciando no cenário atual da educação especial
no Brasil, fomos surpreendidos com o agravamento
dessa crise política pela pandemia do covid-19, que
nos trouxe questões gravíssimas. (NOTA..., 2020),
observadas nas produções científicas sobre o tema.
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Com a implementação e os avanços da atual Política
Nacional de Educação Especial na Perspectiva da
Educação Inclusiva (2008), pudemos acompanhar: a
expansão das matrículas de alunos público-alvo da
educação especial; a ampliação da formação e do
envolvimento de profissionais da educação básica, por
conta do acesso desse alunado nas escolas comuns;
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o comprometimento de outros profissionais de áreas afins
na garantia do direito à educação desse público, pela via da
compreensão de seus processos de escolarização; o
aumento significativo de produção teórica na área de
educação especial, incluindo grupos que antes não tinham
visibilidade; a afirmação de um caráter pedagógico do
atendimento educacional especializado, pela via da
complementação e suplementação do currículo comum, em
detrimento de uma perspectiva assistencialista e médico-
psicológica, entre outros (PRIETO, 2018).
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Em virtude desses avanços e conquistas e diante de uma
mudança radical de governo – que imprimiu no Brasil uma
política de extrema-direita com consequências nefastas à
classe trabalhadora e aos grupos populacionais mais
vulneráveis –, muitas instituições, associações, fóruns,
entidades e movimentos sociais se posicionaram
contrários…
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…Inicialmente, à minuta apresentada pelo Ministério da
Educação de atualização da política atual, intitulada Política
Nacional de Educação Especial “Equitativa, Inclusiva e ao
Longo da Vida” (BRASIL, 2018, no prelo) e depois ao
Decreto N.º 10.502/2020, que institui a referida política do
governo de extrema-direita revogada no início do terceiro
mandato do governo Lula.
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Os motivos dessa oposição se dão porque as
proposições dessa nova política: a) apresenta frágeis
justificativas para a atualização da política em vigor; b)
recorre, para se fundamentar, a documentos que
permitem ter a organização da educação especial em
serviços de apoio e em serviços especializados; c)
revigora a possibilidade do ensino substitutivo e da
segregação desse alunado; d) desconsidera a
Constituição de 1988 e a convenção da ONU de 2006
sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência,
portanto, é inconstitucional;
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e) camufla as suas intenções apresentando,
inicialmente, uma direção que vai na perspectiva da
inclusão, mas que, no final, conduz ao retorno desse
público aos serviços mais restritivos; f) favorece a
permanência ‒ inclusive, o fortalecimento – de
instituições especializadas no atendimento de pessoas
que já estão em idade mais avançada, desconsiderando
os seus direitos e favorecendo o descaso do poder
público para com esse grupo; g) confere uma
excessiva responsabilidade às famílias, deslocando
para elas os deveres que, em grande medida, cabem ao
Estado;
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h) reapresenta serviços substitutivos, como a
classe especial e a escola especial, afastando-nos
do propósito de incluir esse alunado na escola
comum; i) retorna ao discurso de fracasso escolar
associado ao aluno com deficiência; j) expande o
público-alvo da educação especial, trazendo a
categoria mental, para a qual não temos estudos
acumulados na área, além de favorecer a produção
social da deficiência;
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k) acaba com a transversalidade da educação
especial, quando a considera modalidade de
educação escolar integrada aos sistemas de ensino e
não transversal a todos os níveis e modalidades
ensino; l) amplia o repasse de verbas públicas para
as instituições privadas, demonstrando descaso do
poder público com a garantia do direito à educação
desse público e levando ao retrocesso na meta de
incluir esse alunado no ensino comum, sem
restrições, entre outros (PRIETO, 2018).
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Todos os pontos elencados estão associados a
uma política neoliberal, que reduz a ação do
Estado na proteção dos direitos humanos e
sociais, presentes na Constituição Brasileira de
1988.
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BAPTISTA, C. R. Política pública, Educação Especial e
escolarização no Brasil. In: SEÇÃO TEMÁTICA:
EDUCAÇÃO ESPECIAL, Rev. Educação e Pesquisa,
V. 45, 2019. Disponível em: <
https://www.scielo.br/j/ep/a/8FLTQYvVChDcF77kwPHtS
ww/abstract/?lang=pt>. Acesso em: 05. jun. 2023.
BRASIL. Constituição da República Federativa do
Brasil. Presidência da República. 5 de outubro de 1988,
Brasília, DF. 1988. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitu
icaocompilado.htm. Acesso em 05 jun. 2023.
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DAINEZ, Débora. Desenvolvimento e deficiência na
perspectiva histórico-cultural: Contribuições para educação
especial e inclusiva. In: Revista de Psicología 2017, 26(2), 1-
10. Disponível em:
<https://scielo.conicyt.cl/pdf/revpsicol/v26n2/0719-0581-
revpsicol-26-02-00151.pdf> . Acesso em: 19 mar 2023
GARCIA, Rosalba Maria Cardoso. Política de educação
especial na perspectiva inclusiva e a formação docente no
Brasil. In: Revista Brasileira de Educação v. 18 n. 52 jan.-
mar. 2013. Disponível em: <
http://www.scielo.br/pdf/rbedu/v18n52/07.pdf>. Acesso em: 05
de jun. 2023.
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NOTA EM DEFESA DA VIDA DURANTE A PANDEMIA DE
COVID-19 NO BRASIL. FEDERAÇÃO BRASILEIRA DAS
ASSOCIAÇÕES DE SÍNDROME DE DOWN. 03 abr. 2020.
Disponível em:
<http://federacaodown.org.br/index.php/2020/04/03/nota-em-
defesa-da-vida-durante-a-pandemia-de-covid-19-no-brasil/>.
Acesso em 11 mai. 2020.
PADILHA, Anna Maria Lunardi. Escritos Pedagógicos: a
teoria histórico-cultural, a pedagogia histórico-crítica e a
educação para todos. 1. ed. – Rio de Janeiro: E-papers, 2022.
>. Acesso em: 05 jun. 2023.
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PRIETO, R. G. Educação Especial sob nova direção. 5,
POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO ESPECIAL NA
PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA. Documento
elaborado pelo grupo de trabalho nomeado pela Portaria nº
555/2007, prorrogada pela Portaria nº 948/2007. Brasília: jan.
2008. Disponível em:
<http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/politicaeducespecial.pdf
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CONGRESSO BRASILEIRO DE PSICOLOGIA - Mesa
Redonda: 10 anos da Política de Educação Especial na
Perspectiva da Educação Inclusiva. V Congresso Brasileiro de
Psicologia. Youtube, Canal Conselho Federal de Psicologia.
18 de nov. 2018. 1h39min41s. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=rgUONOG9_Zk>. Acesso
em 05 maio mai. 2020.
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Pedagogia Histórico-Crítica e Ensino Fundamental - Anos
Iniciais: Escola, Currículo e Didática
Curso de Extensão
A EDUCAÇÃO COMO DIREITO HUMANO: PRIMEIRO PASSO
PARA INCLUSÃO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA
Desde a Declaração sobre Educação para Todos (1990) e a
Declaração de Salamanca (1994), tivemos muitos avanços no
movimento de inclusão social, especialmente das pessoas com
deficiência. A inclusão educacional e social como direito
humano!
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Ao considerarmos a Educação como um direito fundamental
de todas as pessoas aproximamos a proposta da educação
inclusiva (princípio) ao conceito de direitos humanos - sob a
perspectiva da existência de pertença ao mundo;
A garantia do direito transcende questões meramente
burocráticas e está condicionada a um Estado de direito que
deve favorecer o acesso ao bem comum;
Suporte profissionais;
Componentes Serviços especializados;
básicos
Recursos didáticos;
No trabalho de L.S. Vigotski podemos encontrar três legados que
orientam o trabalho educativo, especialmente a Educação Especial.
Imagem 1: Aparece a imagem de um feto e do lado esquerdo várias imagens com as fases de desenvolvimento do feto.
Imagem 2: Ilustração de ondas espirais coloridas.
Imagem 3: Um homem com cabelo curto, castanho escuro, vestido blusa social branca de mangas compridas, calça social
cinza e ocúlos, está sentado ao lado de um bebê com síndrome de Down, que tem cabelo castanho escuro, usa blusa de
mangas compridas listrada, bermuda branca e tênis cinza. O homem mostra um objeto para o bebê. Eles estão em uma
sala com brinquedos no chão.
• a história do ser humano implica um novo
nascimento, o cultural, uma vez que só o
nascimento biológico não dá conta da
emergência dessas funções definidoras do
humano.
• Relações com o mundo, não ocorrem de modo
direto, mas através da mediação da cultura.
o problema da relação do biológico e do social [cultural]
na atividade vital humana e no psiquismo não é um
problema imaginário, mas vital, e o médico, como o
pedagogo, deve conhecer a solução teórica geral deste
problema, para cometer o menor número possível de
erros nos casos particulares, concretos, com o qual se
encontra (ILIENKOV).
Pois, [...] “o desenvolvimento constitui um processo
dialeticamente complexo, que se caracteriza por uma
periodicidade múltipla, por uma desenvolvimento
desproporcional nas distintas funções, por metamorfoses
qualitativas de uma ou de outra, por um entrecruzamento
dos processos de evolução e involução, pela relação
entrelaçada entre os fatores internos e externos e pelo
intrincado processo de superação das dificuldades e da
adaptação” (VIGOTSKI, 2019 p. 151)
Assim, segundo Vigotski (2019), o comprometimento orgânico
imposto por lacunas e incompletudes físico-sensoriais e/ou
intelectuais, não é barreira intransponível, uma vez que as
vias de desenvolvimento não são unilineares, sequer lineares,
mas apresentam múltiplas condições histórico-culturais, já que o
defeito ou comprometimento de um órgão ou função
biológica não é a causa da formação de determinadas
características da personalidade no indivíduo, pois onde o
desenvolvimento orgânico resulta impossível, existem infinitas
possibilidades para o desenvolvimento cultural (p. 153).
[...] há um processo (orgânico e psicológico) de
criação e recriação da personalidade, sobre a base
da reorganização de todas as funções de
adaptação [...] que são geradas pelo defeito, e a
abertura de novos caminhos de rodeio para
desenvolvimento (VIGOTSKI, 2019, p. 16).
As estratégias de compensação [ou desenvolvimento
cultural], segundo o autor, constituem-se uma força motriz
para o desenvolvimento psicológico através das situações
de tensão social causadas pelos diferentes obstáculos e
redireciona a relação do indivíduo com deficiência com o
mundo.
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PAPEL POLÍTICO E SOCIAL DA ESCOLA
Finalidade
socialização
conhecimento
Produção cultural
conteúdo
Formação e desenvolvimento da função simbólica do signo e seus
significados
(Sistema psicológico mais complexo)
Conteúdos da cultura
Meios da cultura
(signos)
Se defeito orgânico por si só (cegueira, surdez) [...] é um fato
biológico. [...] o educador deve trabalhar não só com os
fatos por si mesmos, mas com suas consequências sociais.
[...] a educação da pessoa com deficiência não é mais do que
educação social. Exatamente da mesma maneira, também os
processos de compensação que são representados nesta,
sob a influência do defeito, são dirigidos, fundamentalmente,
não pela linha de eliminação do defeito (o que é impossível),
mas pela linha de reorganização psicológica, de
substituição, de nivelamento do defeito, pela conquista da
validação social ou por sua aproximação. (2019, p.161-2)
[...] É preciso criar os instrumentos culturais
especiais, adaptados à estrutura psicológica do sujeito,
levá-lo a dominar as formas culturais gerais com a ajuda de
procedimentos pedagógicos especiais porque a condição
mais importante e decisiva do desenvolvimento cultural da
[pessoa] com deficiência é, precisamente, a habilidade de
empregar os instrumentos psicológicos, que nas outras
não é utilizada, por isso seu desenvolvimento cultural pode
ter lugar por outra via. (VIGOTSKI, 2019, p. 22)
Plano de ensino individualizado
depende das necessidades individuais
e de sua conexão ao trabalho geral da
turma. Nele se projeta um esboço de
como as necessidades devem ser
atendidas. É uma preparação que exige
a colaboração de muitas pessoas.
As ações pedagógicas
constituem-se por
múltiplas determinações
no espaço escolar onde se
destacam a
intencionalidade, o
planejamento e as
concepções de
desenvolvimento e de
aprendizagem.
Imagem: 6 crianças estão sentadas no chão em
uma sala com uma mulher, que também está
sentada no chão. Na sala tem duas mesas cobertas
com toalhas, prateleiras e diversos brinquedos
feitos com matériais reciclaveis, como: um
semáforo, caixas e um palhaço com abertura na
boca.
pensar nos recursos didáticos-pedagógicos
(estratégias/métodos, instrumentos/recursos
e intervenções) e em formas de avaliação
que provoquem mudança no marco do
desenvolvimento.
Vigotski (2019) sinaliza que a via
para o avanço de uma proposta
pedagógica para as pessoas
com deficiência estaria nos
pressupostos da educação
social;
organização do trabalho
pedagógico que compreenda as
Imagem: Uma menina está sentada peculiaridades de cada sujeito,
em uma mesa colorindo. Ela segura
um giz de cera amarelo com os pés,
oportunizando a todos, de forma
pois não possuí os membros superiores.
Ela é branca, com os cabelos castanhos
coletiva, o direito ao
escuros curtos usa vestido rosa e está acompanhada conhecimento por meio da
cultura.
de duas mulheres, uma negra, que está usando blusa
azul e uma branca, com blusa branca, ambas estão
sentadas em cadeiras ao redor da mesa.
A AVALIAÇÃO E O DIAGNÓSTICO DO PROCESSO
EDUCATIVO COMO UM ATO DE CONHECER
RECONSTRUÇÃO HISTÓRICA DA
APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO –
CRIANÇA conhecer o que se tem formado, como
tem se desenvolvido, como aproveita a
ajuda.
DIAGNÓSTICO EXPLICATIVO
Retroalimentação externa
a educação especial deve estar subordinada à educação social,
“deve fundir organicamente com ela” (p. 81), porém, isso não quer
dizer que o ensino das pessoas com deficiência não deve dispor de
recursos e técnicas específicas. O ensino da língua de sinais e do
braile, por exemplo, são extremamente necessários para a educação
de crianças surdas e cegas “e somente o conhecimento científico da
técnica pode formar um autêntico pedagogo nesse terreno”
(VIGOTSKI, 2019, p. 81).
A organização do trabalho pedagógico no contexto da
educação especial implica: