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Aula 4º

Modalidades oral e escrita

Caro(a) aluno(a),
Estamos iniciando a nossa quarta aula e nela
trataremos sobre um tema muito interessante, as
modalidades da língua oral e escrita. Podemos dizer que
as modalidades não são somente um instrumento para
efetivar a nossa comunicação, mas, sim, uma forma de
mostrar socialmente aquilo que estamos pensando. Ou
seja, a fala e a escrita são sistemas comunicativos que
expressam a língua nas mais diferentes práticas sociais.
É inserido nesse contexto que iniciamos a nossa
aula!
Que tal!? Disposto a começar?
Comecemos, então, analisando os objetivos e
verificando as seções que serão desenvolvidas ao longo
desta aula.
Bom trabalho!
Boa aula!

Objetivos de aprendizagem
Ao término desta aula, você será capaz de:

• Compreender a amplitude da linguagem falada em suas mais variadas situações;


• Entender e perceber como e quando acorre a linguagem não verbal em contextos diversos;
• Identificar e compreender a linguagem escrita e suas engrenagens linguísticas.
212 Linguagem e Argumentação 24
classificações. Há vários autores que denominam e dividem a
Seções de estudo linguagem de muitas formas e todos têm suas razões de fazê-lo.
1 - Introdução. Optamos pelo esquema que segue, por crermos que ele
2 - Linguagem falada. resume de maneira bastante clara as diversas linguagens, as
3 - Linguagem não verbal. quais são utilizadas para dividir, em seções, esta quarta aula!
4 - Linguagem escrita.
a) linguagem falada;
b) linguagem não-verbal;
1ȂΖQWURGX©¥R c) linguagem escrita.
Vamos recordar? Vejamos cada uma delas?
Vamos iniciar refletindo sobre a seguinte afirmação: Vamos ver o que o teórico Almeida (2000, p. 29-43), em
seu livro S.O.S. Redação e Expressão nos apresenta:
Português é fácil de aprender porque é uma
língua que se escreve exatamente como se fala.
Pois é. U purtuguêis é muinto fáciu di 2/LQJXDJHPIDODGD
aprender, purqui é uma língua qui a genti
iscrevi ixatamenti cumu si fala. Num é cumu
inglêis qui dá até vontadi di ri quandu a genti Saber Mais
discobri cumu é qui si iscrevi algumas palavras. 9RF¬VSRGHPVDEHUPDLVVREUHDOLQJXDJHPIDODGDDFHVVDQGRRVLWH
Im purtuguêis não. É só prestátenção. U 5(&$172'$/(75$6$UWLJRV'LVSRQ¯YHOHPKWWSUHFDQWRGDVOHWUDV
alemão pur exemplu. Qué coisa mais doida? XROFRPEUDUWLJRV!$FHVVRHPPDLR
Num bate nada cum nada. Até nu espanhol
qui é parecidu, si iscrevi muinto diferenti. Qui A linguagem falada, também conhecida como coloquial,
bom qui a minha língua é u purtuguêis. Quem é a maneira mais comum de nos expressarmos em nosso dia
soubé falá sabi iscrevê. a dia. Ela é, via de regra, informal, logo sem muita correção
O comentário é do humorista Jô Soares, para a gramatical. Assim como afirma Gold (2010, p.13):
revista Veja. Ele brinca com a diferença entre As situações linguísticas são muito complexas. Em um
o português falado e escrito. Na verdade, em panorama sucinto das duas principais variações, temos:
todas as línguas, as pessoas falam de um jeito e • As variações de uso regional, que se verificam na
escrevem de outro. A fala e a escrita são duas entonação, no vocabulário e em algumas estruturações sintáticas,
modalidades diferentes da língua e é com esse caracterizando uma comunidade linguística em determinado
fato que o Jô brincou (UOL, 2014). espaço geográfico. Este tipo é denominado dialeto;
• As variações decorrentes de ajustes em função da
(VWDDȴUPD©¥RTXHDFDEDPRVGHOHUIRUDPGLWDVSHORDSUHVHQWDGRU-¶ situação contextual e do destinatário. Como consequência,
6RDUHV&RPHODVFRQYLGDPRVYRF¬DLQLFLDURVHVWXGRVGDTXDUWDDXOD podemos separar várias modalidades e níveis de língua: escrita,
9DPRVHPIUHQWH falada, do jurídico, dos economistas, dos internautas etc. a estas
variações dá-se o nome de registros.
[...] por trás de cada texto está o sistema da Dessa maneira, é relevante atentar-se que essas variações
linguagem. A esse sistema correspondem no sobre dialetos e registros vão variar e ser usadas conforme a
texto tudo o que é repetido e reproduzido e distinção social, origem do indivíduo, escolaridade dentre
tudo que pode ser repetido e reproduzido, outros fatores. Assim, temos uma brevia construção de uma
tudo o que pode ser dado fora de tal texto imagem que está ligada sobre a utilização dos termos citados.
(o dado). Concomitantemente, porém, cada Observamos um exemplo sobre a variante existente entre a
texto (como enunciado) é algo individual, língua falada e língua escrita, segundo Gold (2010, p.14):
único e singular, e nisso reside todo o seu
sentido (a sua intenção em prol da qual ele foi /¯QJXDIDODGD /¯QJXDHVFULWD
criado). É aquilo que nele tem relação com a Vulgar Vulgar
verdade, com a bondade, com a beleza, com 1¥R H[LVWH SUHRFXSD©¥R FRP D QRUPD 8VDGDSRUSHVVRDVVHPHVFRODULGDGH
a história (BAKHTIN, s/d). JUDPDWLFDO H XVDGD SRU LQGLY¯GXRV Q¥R
OHWUDGRVVHPQHQKXPDDOIDEHWL]D©¥R
2 WUDEDOKR GH %DNKWLQ « FRQVLGHUDGR LQȵXHQWH QD £UHD GH WHRULD &RORTXLDOGHVSUHRFXSDGD Despreocupada
OLWHU£ULDFU¯WLFDOLWHU£ULDVRFLROLQJX¯VWLFDDQ£OLVHGRGLVFXUVRHVHPLµWLFD /¯QJXD XVDGD HP FRQYHUVD©¥R FRUUHQWH Usada por pessoas escolarizadas, mas não
SRGHQGR WHU J¯ULDV RX H[SUHVV·HV H[LJH XPD LPSRUW¤QFLD JUDPDWLFDOYHUEDO
(VWHSHQVDGRUȊQDYHUGDGHXPȴOµVRIRGDOLQJXDJHPHVXDOLQJX¯VWLFD IDPLOLDUHVHXPFXLGDGRJUDPDWLFDOP¯QLPR com tanta rigidez, como a escrita de um
«FRQVLGHUDGDXPDȆWUDQVOLQJX¯VWLFDȇSRUTXHHODXOWUDSDVVDDYLV¥RGH ELOKHWH
O¯QJXDFRPRVLVWHPDΖVVRSRUTXHSDUD%DNKWLQQ¥RVHSRGHHQWHQGHU &RORTXLDOFXOWD )RUPDO
D O¯QJXD LVRODGDPHQWH PDV TXDOTXHU DQ£OLVH OLQJX¯VWLFD GHYH LQFOXLU ([LVWH XPD SUHRFXSD©¥R JUDPDWLFDO ([LJH VHJXLU DV QRUPDV JUDPDWLFDLV
XWLOL]DGDHPSDOHVWUDVDXODVHUHXQL·HV corretamente, sendo usada em
IDWRUHVH[WUDOLQJX¯VWLFRVFRPRFRQWH[WRGHIDODDUHOD©¥RGRIDODQWH
FRUUHVSRQG¬QFLDV HPSUHVDULDO
FRPRRXYLQWHPRPHQWRKLVWµULFRHWFȋ ('Ζ725$&217(;72  DSUHVHQWD©·HVHOLYURV

A citação de Bakhtin deixa clara a importância da )RUPDO /LWHU£ULD


ΖPLWDHPWRGRRSURFHVVRDHVFULWDHSRU Respeita as normas vigentes da escrita,
linguagem na produção de um texto, uma vez que as LVVRVRDDUWLȴFLDO PDV SRGH IXJLU HP DOJXP PRPHQWR R
características individuais de cada autor se fazem presentes HVWLOR H OHYDQGR D IRUPD LQRYDGRUD SRU
na trama textual. Dessa forma, a língua portuguesa é rica e H[HPSORQHRORJLVPR
poderíamos nos equivocar nas mais diversas nomenclaturas e Fonte: Gold, Miriam. Redação empresarial. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010.
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Note que por mais que desejem falar corretamente, vocês Brasileiros abraçam-se, beijam-se e enchem-se de
dificilmente sairão por aí dizendo: “Ama-me, pois assim o carinhos e cafunés o tempo todo. Em boa parte do mundo,
fazendo, amar-te-ei”. A menos que desejem que a cara-metade o nosso famoso “três beijinhos” é considerado um profundo
agonize em risos ou vá namorar pessoas normais; um sussurrado desrespeito. Por representar uma linguagem não verbal e
“Eu te amo”, acompanhado de um olhar interrogativo, resolve que se estabelecem atitudes e costumes da cultura brasileira.
tudo. A palavra falada traz consigo emoções e sentimentos Mesmo os inocentes e sonoros tapas nos braços durante um
de todo tipo. E, para atingir seu intento, o falante utiliza-se de aperto de mão causam estranheza e, talvez, até um revide,
entoação, da cadência e também do volume da voz, conforme dependendo do país em que estivermos. Nosso povo é
assegura Castilho (2004, p.47). caloroso e expressivo e utiliza muito a linguagem mímica.
Assim, mesmo sobre essa premissa percebe que
Sabemos que a língua falada é um recurso a linguagem não verbal mescla os códigos para que o
rítmico e melódico, repleto de entonação, entendimento seja reciproco entre o emissor e receptor da
pausas, gestos etc. Não é possível pensar em mensagem.
outra forma de comunicação quando se pensa
na fala. No desempenho oral, e no texto que Veja a imagem:
dele provém diretamente, existem marcas Figura 4.1 Exemplo 1 - linguagem não verbal.
HVSHFLÀFDVFRPRFRPHQWiULRVPHWDOLQJXtVWLFRV
e marcadores discursivos que não são
encontrados no texto escrito. É evidente,
portanto, constatar a dicotomia entre a língua
escrita como linguagem formal e língua falada
como linguagem informal (BLOG NOSSA
LÍNGUA FALADA, 2014).

Já pararam para pensar em quão rica é nossa oralidade?


Para finalizar o estudo da Seção 1, sugerimos que releia a citação
de Castilho (2004) e reflita sobre a riqueza e a linguagem não
verbal.
Atenção
( HQW¥R" (QWHQGHX DV SULPHLUDV FRQVLGHUD©·HV UHOHYDQWHV VREUH DV FONTE: CULTURA INFANCIA. Boletim. Disponível em: <http://www.
culturainfancia.com.br/boletim/?cat=10>. Acesso em: 3 maio 2014.
PRGDOLGDGHV RUDO H HVFULWD" (P FDVR GH UHVSRVWD DȴUPDWLYD 3DUDE«QV
&RQWXGR K£ PXLWRV RXWURV FRQKHFLPHQWRV D VHUHP DJUHJDGRV VREUH Se alguém te pergunta: o time do melhor amigo perdeu
HVWHWHPD3DUDWDQWRVXJHULPRVTXHFRQVXOWHDVREUDVSHULµGLFRVHVLWHV o jogo? Um simples sorriso irônico expressa mais que
LQGLFDGRVDRȴQDOGHVWDDXOD3URVVHJXLQGRQD6H©¥RYDPRVUHWRPDUH muitas palavras. Tapinhas nas costas são quase sinônimos de
RXFRQVWUXLUQRYRVFRQKHFLPHQWRVVREUHDOLQJXDJHPQ¥RYHUEDO “Parabéns! Trabalhou muito bem” e por aí vai.
A mímica é, sem dúvida, parte integrante da cultura de
um povo, em especial do povo brasileiro, mas não é a única
3/LQJXDJHPQ¥RYHUEDO linguagem não verbal. Nessa categoria ainda temos as várias
formas de expressão por outros meios além da fala.
A fala e a escrita não são os únicos meios de comunicação
existentes em nossa cultura. Assim, não se trata somente de uma
Você Sabia
emissão de mensagem entre pessoas a pessoa, mas importante
ressaltar que os meios de comunicação, como, telefone, rádio, (VW¯PXORVDRVQRVVRVVHQWLGRVWDPE«PID]HPSDUWHGDOLQJXDJHPQ¥R
televisão dentre outros transformam a sociedade como um YHUEDO
todo na modernidade.
A contribuição desses meios técnicos para o exercício da Outro exemplo significativo sobre linguagem não verbal
comunicação é, entretanto, uma pálida imagem do que pode ser pode-se observar no meio empresarial e todo o processo
a comunicação humana, quando dispensa ou supera o apoio de postura, linguagem tanto verbal como não verbal, por
da palavra como recurso competente e, sobre tudo exclusivo. exemplo, podemos observar a imagem abaixo:
(FERRARA, 2000, p.5). Além de, todo código é constituído de
signos que criam sua própria sintaxe e maneira de representar; logo
para identificar seu signo e sintaxe nos leva a compreender o real.

2 WH[WR QmR YHUEDO QmR H[FOXL R VLJQLÀFDGR


nem poderia fazê-lo sob pena de destruir-se
enquanto linguagem. Seu sentido, por força,
sobretudo da fragmentação que o caracteriza,
não surge a priori, mas decorre da sua própria
HVWUXWXUD VLJQLÀFDQWH GR SUySULR PRGR GH
produzir-se no e entre os resíduos sígnicos que
RFRPS}HP(VWHVLJQLÀFDGRQmRHVWiGDGRPDV Fonte: http://blog.contratanet.com.br/comunicacao-nao-verbal-como-ela-
pode produzir-se. (FERRRARA, 2000, p.15). impacta-no-ambiente-de-trabalho/ . Acesso em 05 Agosto 2016.
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O estudo da comunicação não verbal para a comunicação Outros contextos também exemplificam o poder da
entre o ser humano tem grande relevância para o sucesso comunicação não verbal, como no caso de peças de teatro, em
empresarial de toda empresa. Principalmente no que se refere que compreendemos histórias inteiras contadas, nas quais as
a postura que se tem mediante aos clientes, ao estabelecer únicas formas de comunicação são a dança (estímulo à visão) e
uma articulação de confiança. os toques frenéticos de tambores (à audição, como na falada).
As empresas seguindo esse prisma visam que seu Carinhos e apertos de mão são prontamente compreendidos
futuro profissional tenha uma relação interpessoal tanto na (tato) e nada se expressa mais.
comunicação verbal como não verbal, pois se a pessoa não Também o silvo estridente do vigia noturno anuncia: “Ei,
se comunicar de maneira coerente pode passar uma imagem bandidos! Vão embora, por favor. Estou passando”. Músicas
desqualificando-o sobre o que está querendo transmitir. sempre nos dizem muito, e aplausos são reconhecimento
É por isso que a comunicação não verbal é tão importante, agradável de um trabalho bem realizado.
pois nosso corpo fala mais do que imaginamos. As cores, a dança, a música e as artes em geral são também
O cheiro do gás, por exemplo: o produto em si não tem formas de linguagem não verbal.
cheiro, mas o fabricante acrescentou uma substância de aroma Vocês, às vezes, torcendo o nariz, utilizam-se da linguagem
forte para que a empresa se comunique conosco, dizendo: não verbal
“Ei, há vazamentos, tome precauções”! para dizer-me: “a professora está me deixando louco!”
No caso, a linguagem não verbal estabeleceu comunicação Meu sorriso e uma mímica dizem: “Calma!!!”
com o indivíduo relapso utilizando-se do sentido do olfato. A
comunicação não verbal pode dar-se igualmente por meio dos $JRUD TXH WDO SHQVDUPRV PDLV XP SRXFR HVSHFLȴFDPHQWH VREUH D
outros sentidos, tais como os retratados na imagem a seguir: OLQJXDJHPHVFULWD"9DPRVHQW¥RDVH©¥R
Figura 4.2 Exemplo 2 - linguagem não-verbal.
4 - Linguagem escrita
O tema desta seção pode ser traduzido como expressão
de ideias no papel, através das palavras de nossa língua.
9RF¬ SRGH SHQVDU PDV SRU TXH WLYHPRV TXH JDVWDU WDQWDV S£JLQDV
WUDWDQGRGHOLQJXDJHPIDODGDHQ¥RYHUEDOVHRTXHSUHWHQGHPRV«
HVFUHYHU"9DPRVHQWHQGHU"
Evidentemente, a linguagem escrita só veio a existir muito
depois da falada. Ela objetiva reproduzi-la utilizando-se dos
signos (lembra-se do que são?) que compõem nossa língua.
Além disso, a linguagem escrita, quando utilizada com
maestria, é capaz de agregar em, seu sentido, várias das
características da linguagem não verbal.
Preste bastante atenção neste ponto: as palavras expressas
FONTE: REDAÇÃO CAXINAUA. Linguagem verbal e linguagem não verbal. no papel, seja numa redação ou num bilhete deixado para um
Disponível em: <http://redacaocaxinaua.blogspot.com.br/2011/01/linguagem-
verbal-e-linguagem-nao-verbal_27.html>. Acesso em: 3 maio 2014. colega, devem ser entendidas de pronto, pois, na maioria das
vezes, não estaremos presentes para explicar isso ou aquilo
Vejamos outro exemplo: contido na mensagem.
Quando chegamos a um cruzamento e neste há um Afirma Gold (2010, p.36) que a elaboração de um texto
semáforo aceso em vermelho, automaticamente paramos, que exponha de maneira clara e coerente aquilo que queremos
pois sabemos que a cor vermelha (do semáforo) indica pare! dizer pode ser feita por meio de três técnicas básicas:
Figura 4.3 Exemplo 3 - linguagem não-verbal. A fixação do objetivo – importante assegurar que seu
objetivo esteja claro para que tudo seja compreendido em sua
linha de pensamento, como uma boa redação de seu texto.
Exposição de uma ideia-núcleo – para a elaboração de
qualquer texto, ao apresentar uma boa escrita deve-se levar
em conta as principais ideias que devem contar em seu texto.
Não é necessária a variação de muitas ideias, e sim, a clareza
de uma única a ser desenvolvida e esclarecida, para que haja
compreensão.
Escolha vocabular – mesmo obtendo uma apresentação
vocabular mais neutra, para informar o destinatário o leva em
segundo plano a diferenciar e interpretar com mais clareza e
objetividade.
Quando um autor produz um conto, precisa ter certeza
que vai ser entendido, pois não terá chance de redimir-se. Não
poderá dizer: “Não, você não me entendeu. Eu quis dizer
FONTE: Acervo pessoal. que...”. Ele deve ser claro e preciso.
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Atenção
quais, dependendo da forma como são utilizadas, revelam
‹ LPSRUWDQWH VDOLHQWDU TXH WDPE«P SRGHPRV SUHWHQGHU WUDQVPLWLU
muito mais do que conceitos. Conforme se pode perceber
VHQWLPHQWRV H HPR©·HV VXEVWLWXLQGR VXVSLURV DSDL[RQDGRV SRU
acima, a linguagem do poeta é mágica, pois tem o poder de
SDODYUDV FHUWHLUDV RX FRORFDQGR HOHPHQWRV QD IUDVH TXH H[SUHVVHP
transformar a fantasia em realidade em um único texto, frase
QRVVDLQWHQ©¥RTXHWUDQVPLWDPRTXHVHQWLPRV(VFUHYHUQ¥R«DSHQDV
ou palavra. Para tanto, faz necessário trazer a “chave”, a fim de
WUDQVSRUWDUSDODYUDVGRVDUTXLYRVGHQRVVDPHPµULDSDUDDVIROKDVGH
possibilitar a travessia da leitura no espetaculoso mundo das
FHOXORVH 'HYHPRV VDEHU RUJDQL]£ODV GH PDQHLUD LQWHOLJ¯YHO SDUD TXH
palavras, sobretudo aquelas que pertencem ao texto poético.
ID©DPVHQWLGRHVHMDPFRHUHQWHV
A partir dessas reflexões, podemos dizer que não é
adequado escrever como falamos, uma vez que a linguagem
Para ilustrar nossa aprendizagem, vejamos a imagem a falada ou coloquial é distinta da linguagem escrita, que obedece
seguir: a certos padrões. Tais padrões, longe de limites, acrescentam
Figura 4.4 Ilustrando a linguagem escrita. recursos para que nos expressemos com estilo e correção.
Obedecer às normas gramaticais não significa ser frio ou duro.
Saber Mais
3DUD VDEHU PDLV VREUH DV QRUPDV JUDPDWLFDLV DFHVVH R VLWH 82/
&HUWRRXHUUDGR'LVSRQ¯YHOHPKWWSFHUWRRXHUUDGRVLWHVXROFRP
EUPLQLJUDPDWLFDKWP!$FHVVRHPPDLR/£YRF¬HQFRQWUDU£
XPDPLQLJUDP£WLFD

Como gostam de saber de tudo, vocês vão, evidentemente,


abrir seus dicionários e procurar o significado das outras
palavras que, por ventura, ainda não saibam sua significação,
não é mesmo?
FONTE: AS CRÔNICAS DO BLEDOW. Homepage. Disponível em: <http:// Mas pensemos... seria mesmo primordial utilizar palavras
ascronicasdobledow.blogspot.com.br/2011_05_01_archive.html>. Acesso em: 3
maio 2014.
rebuscadas e quase sem uso no dia a dia para transmitir
emoções com eficácia?
E importante que também sejamos capazes de transmitir Vejamos parte do romance “O homem da Capadócia”
a entoação e a cadência que pretendemos, utilizando-nos dos (s/d) , no qual o autor também narra um combate:
recursos de que dispomos: as palavras. E claro, devidamente Amanhece. Chacais e abutres acompanham o grande
organizadas em parágrafos e separadas por sinais de pontuação exército, antecipando a chacina que está por vir. No ar, o
corretos. cheiro inconfundível do prenúncio de morte invade as narinas
Considerando que as palavras são carregadas de dos soldados, indo alojar-se diretamente em suas almas. À
significados, caberá a nós escolhermos aquelas que melhor se frente de seus homens, como sempre, o Severo Kartef segue
adequarem ao texto pretendido, conforme se pode perceber no majestoso em seu cavalo branco.
trecho da poesia de Carlos Drummond de Andrade, intitulada As escamas prateadas de sua armadura brilham sob
“Procura da poesia”, já estudada na primeira aula, lembram?! o sol matutino, formando uma imagem inspiradora para
os soldados. Sentem orgulho de seu rei. Ao seu lado, em
'UXPPRQGFRPRRVPRGHUQLVWDVSURFODPDDOLEHUGDGHGDVSDODYUDV
um contraste marcante, Razniak traja suas negras vestes de
XPDOLEHUWD©¥RGRLGLRPDTXHDXWRUL]DPRGHOD©¥RSR«WLFD¢PDUJHP
combatente keltoi e seu semblante duro transmite respeito e
GDV FRQYHQ©·HV XVXDLV 6HJXH D OLEHUWD©¥R SURSRVWD SRU 0£ULR GH
subserviência a seus guerreiros. Eles o temem, mas também
$QGUDGH FRP D LQVWLWXL©¥R GR YHUVR OLYUH DFHQWXDVH D OLEHUWD©¥R GR
sentem segurança em seguir seu comandante.
ULWPR PRVWUDQGR TXH HVWH Q¥R GHSHQGH GH XP PHWUR ȴ[R LPSXOVR Atendendo a um aceno de Razniak, os soldados
U¯WPLFR  6H GLYLGLUPRV R 0RGHUQLVPR QXPD FRUUHQWH PDLV O¯ULFD H param e aguardam. A dupla segue por mais
VXEMHWLYD H RXWUD PDLV REMHWLYD H FRQFUHWD 'UXPPRQG IDULD SDUWH GD algum tempo, indo parar no alto de um morro,
VHJXQGDDRODGRGRSUµSULR0£ULRGH$QGUDGH 9(67Ζ%8/$1'2:(% de onde podem ver o acampamento inimigo,
  muitos metros abaixo.
[...]
Vejamos novamente este trecho do poema deDrummond: Ao ouvir seus homens se aproximando, Kartef
respira fundo e apruma-se sobre a montaria.
[...] 1LQJXpPGHYHGHVFRQÀDUGHVXDHQIHUPLGDGH
Chega mais perto e contempla as palavras. O severo soberano da Capadócia leva sua
Cada uma HVSDGDDRDOWRDOX]UHÁHWLQGRHPVXDOkPLQD
tem mil faces secretas sob a face neutra como se empunhasse um pedaço do sol.
e te pergunta, sem interesse pela resposta, Razniak retira da sela sua grande maça de
pobre ou terrível, que lhe deres: guerra, seu longo e musculoso braço a segurá-
Trouxeste a chave? la ameaçadoramente. Os olhos negros do
[...] guerreiro brilham e a indiferença em sua face
demonstra décadas de combates. Talvez mais.
Conforme já vimos, esse belo fragmento convida-nos Num grito primal, o rei dispara ladeira
a uma reflexão quanto ao mundo misterioso das palavras, as abaixo em direção aos inimigos. Os soldados
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igualmente soltam a fúria de suas almas, cada é melhor ou pior que a outra: cada uma tem sua aplicação.
qual com seu grito particular: uns vociferam Entretanto, elas são eficientes, apenas, quando bem utilizadas.
blasfêmias; outros tantos apenas emitem urros Para saber mais, Marcushi (2001, p.17) observa:
feito animais. O tropel de cavalos e homens
torna espessa a poeira que segue em seu Marcuschi possui graduação em
encalço. Philosophisches Seminar Departamento de
No acampamento inimigo, o combate é tão )LORVRÀDSHOD3RQWLItFLD8QLYHUVLGDGH&DWyOLFD
breve quanto violento. Os bárbaros tentam do Rio Grande do Sul (1968) , doutorado em
uma reação, mas não são páreo para o Letras pela Universitat Erlangen-Nurnberg
exército da Capadócia. Mesmo assim lutam (Friedrich-Alexander) (1976) e pós-doutorado
com bravura até a morte. Testemunhados pela Universitat Freiburg (Albert- Ludwigs)
pelo ardente sol da manhã, guerreiros a cavalo (1988). Marcuschi tem experiência na área de
decepam membros e cabeças a cada giro de Lingüística , com ênfase em Teoria e Análise
suas espadas e machados. Impiedosos, Razniak Lingüística. Atuando principalmente nos
esmaga crânios infelizes que se colocam no VHJXLQWHV WHPDV )LORVRÀD GD /LQJXDJHP
caminho de sua maça. Elegante em sua fúria Metodologia, Epistemologia, Lógica.
guerreira, Kartef brande sua espada com a Oralidade e escrita são práticas e usos da
habilidade que fez dele o monarca que é. Os língua com características próprias, mas não
soldados da infantaria formam uma mortífera VXÀFLHQWHPQWH RSRVWDV SDUD FDUDFWHUL]DU GRLV
máquina de guerra, protegidos por altos sistemas linguísticos em uma dicotomia.
HVFXGRVHHPSXQKDQGRODQoDVDÀDGDV Ambas permitem a construção de textos coesos
e coerentes, ambas permitem a elaboração de
Como vimos, após essa leitura dos apontamentos feitos raciocínios abstratos e exposições formais e
por Almeida (2000), depende muito do autor a escolha das informais e variações estilísticas, racionais,
palavras, mas o que lemos nos dois textos apresentados serviu dialetais e assim por diante. As limitações e
para reforçar a afirmação de que a fala é uma habilidade e a os alcances de cada uma estão dados pelo
escrita é outra habilidade, e mais: não devemos escrever como potencial do meio básico de sua realização: som
falamos, certo? GHXPODGRHJUDÀDGHRXWURHPERUDHODVQmR
Se são habilidades diferentes pressupomos que fazemos VHOLPLWHPDVRPHJUDÀD>@
uso determinado de cada uma de acordo com as situações as
quais estamos expostos. Para bem utilizarmos a linguagem escrita, ainda mais
Por exemplo: geralmente pronunciamos “leiti”, mas ao quando temos a responsabilidade de estar em um curso
escrevermos essa palavra, o fazemos assim “leite”. Quando superior, devemos ter:
em um diálogo pronunciamos a pergunta: “Ce tá bem?”, a) Conhecimento sobre o assunto;
vejam como articulamos as palavras, ao passo que no texto b) Vocabulário;
escrito devemos assim fazer: “Você está bem?” c) Conhecimento das regras gramaticais.

Saber Mais 4.1 &RQKHFLPHQWRVREUHR$VVXQWR


3DUDYRF¬VDEHUPDLVVREUHRVQ¯YHLVGDOLQJXDJHPDVVLVWDDRY¯GHR
GLVSRQ¯YHO QR VLWH  <28 78%( 1¯YHLV GD OLQJXDJHP 'LVSRQ¯YHO HP Convido-lhes a fazer uma reflexão acerca da produção de
KWWSZZZ\RXWXEHFRPZDWFK"Y 9[1\LGE7$8 IHDWXUH UHODWHG! um texto. Vejamos:
$FHVVRHPPDLR Somente produziremos textos de qualidade se, de fato,
conhecermos a fundo o assunto do qual pretendemos dar
conta. De nada adianta escolher um assunto bonito, como a
1D OLQJXDJHP H DUJXPHQWD©¥R GHYHVH FXLGDU GD TXDOLGDGH
“Teoria das melodias”, se não temos a menor ideia do que se
GH VXD SURGX©¥R DRQGH SRVVDP WUD]HU WH[WRV FODURV FRUUHWRV
trata, não é mesmo?
JUDPDWLFDOPHQWHREMHWLYRVFRQFLVRVGHQWUHRXWURV
Nesse sentido, ao escrever, devemos escolher um tema
ΖPSRUWDQWH DWHQWDUVH TXH D SULRUL]D©¥R D QRUPD FXOWD RX R Q¯YHO
sobre o qual tenhamos considerável conhecimento e, ainda
IRUPDOGHYHPVHUVHJXLGRV
assim, se possível, abastecermo-nos do maior número possível
O nível das comunicações empresariais deve de informações a respeito dele. É melhor escrever de forma
ser o da norma culta, pois é o único nível simples sobre o que conhecemos do que rebuscadamente
que dá total segurança de entendimento com sobre algo que não conhecemos, pois isso nem seria possível,
clareza quando, evidentemente, bem redigido não é mesmo? Ou ainda, se não escolhemos o tema, mas nos
RXIDODGReRQtYHOGDVFRPXQLFDo}HVRÀFLDLV delimitam o tema, temos que buscar informações e transformá-
dos textos jurídicos, dos estudos em geral las em conhecimentos, para, então, podermos dissertar sobre
(NADÓLSKIS, 2003, p.78). tal assunto.
Poderíamos esmiuçar vários termos técnicos, mas bastam
Atenção
dois para que possamos compreender as linguagens que
(VWDPRVHQWHQGLGRV"$RHVFUHYHUHP«IXQGDPHQWDOTXHLQIRUPHP
temos ao nosso dispor: a linguagem coloquial e a linguagem
VHVHPSUHVREUHRDVVXQWR%XVTXHPLQIRUPD©·HVPDWHULDLVHOHLDP
formal ou culta, essa obediente às normas gramaticais.
PXLWR
Lembrem-se sempre: uma linguagem (oral e escrita) não
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Aprendemos a escrever lendo e escrevendo! Já ouviram conhecimento das regras gramaticais.
isso? Vamos lá!
Pois é a mais pura verdade e vamos repetir por muitas A primeira atitude é ser inteligente, como nos alerta
vezes até ficar claro o que essa mensagem quer dizer. Por que Almeida (2000), e ter ciência dos próprios limites. Ora,
devemos ler? Devemos copiar o trabalho dos outros? Não! se houver dúvida quanto à grafia de determinada palavra,
Claro que não! Aliás essa alternativa é perigosa!! pesquisem no dicionário. Há também livros e mais livros
Ler e escrever são habilidades ímpares, mas, ao se unirem, sobre pontuação, construção de parágrafos, acentuação, etc.
conduzem-nos ao sucesso da escrituração! Também a leitura constante é poderosa aliada no domínio da
gramática.
4.29RFDEXO£ULR E, por fim, se a dúvida persistir, não hesite sequer por um
momento: consulte seu professor. Não há desculpa, portanto.
A importância da leitura está na forma de aprendizado da Mandem e-mail, dirijam-se ao Fórum, ao Quadro de avisos, ok?
arte da escrita e, principalmente, enriquece nosso vocabulário.
Uma das grandes dificuldades do estudante ou profissional, /HPEUHVH GH TXH R VHX FXUVR « D GLVW¤QFLD SRUWDQWR WDQWR VREUH
quando se vê no limiar da “batalha” com o papel, é justamente RV H[HPSORV TXH DFDERX GH HVWXGDU QD 6H©¥R  TXDQWR VREUH RV
a ausência de palavras certas para se expressar. Por não FRQWH¼GRVGDVDXODVDQWHULRUHV«IXQGDPHQWDOTXHLQWHUDMDHQRVDMXGH
conseguir traduzir em frases o que pensa, o produtor do texto DFRQVWUXLUXPDHIHWLYDFRPXQLGDGHFRODERUDWLYDGRFRQKHFLPHQWR
simplesmente abandona sua atividade e conforma-se dizendo &RQWDPRVFRPVXDSDUWLFLSD©¥R
para si: “Não tenho jeito para isso” ou “É difícil demais”, ou,
ainda, “não vou dar conta”.
Retomando a aula
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A leitura deve ser agradável e, aos poucos, o leitor vai
aprimorando seu gosto e exigindo literatura mais rica. É um 1 - Introdução.
processo natural e deve ser iniciado com prazer. Na primeira seção iniciamos nossas reflexões sobre
Porém, faz-se necessário que a leitura seja hábito, não há as modalidades da linguagem, as quais foram melhor
como se tornar um bom leitor e produtor de texto se vez o
compreendidas e detalhadas nas seções posteriores.
outra faz a leitura e a escrita! Vejamos alguns hábitos frequentes:
Escovar os dentes; Banhar-se; Ler; Escrever.
2 - Linguagem falada.
Exemplo: Na seção 2 tratamos sobre a llinguagem falada, também
conhecida como coloquial, é a maneira mais comum de nos
(Errada)
Solicitamos o pagamento das mensalidades nas datas aprazadas no expressarmos em nosso dia a dia. Ela é, via de regra, informal,
GLWR FDUQ¬ FRODERUDQGR GHVWDUWH SDUD D PDQXWHQ©¥R SUHF¯SXD GHVWH logo sem muita correção gramatical.
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S  3 - Linguagem não verbal.
Já na seção 3, a linguagem não verbal é toda e qualquer
Assim, podemos observar se essa linguagem tão erudita
deve ser usadas em um grupo empresarial? comunicação em que não se usa palavras para explicar a
mensagem desejada, ou seja, é quando fazemos uso de
(Correta)
imagens, figuras, desenhos, símbolos, dança, tom de voz,
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LQGLFDGDVQRFDUQ¬ *2/'S  postura corporal, pintura, música, mímica, escultura e gestos
como meio de comunicação etc. Para obter uma comunicação
O uso do vocabulário deve ser levado em consideração
para a transmissão da mensagem há quem se pensa em passar o tanto de modo geral, como no meio empresarial.
comunicado. E muitas vezes um vocabulário não é primordial
para a mensagem mediante um recado a ser repassado, como 4 - Linguagem escrita.
observamos no exemplo citado acima. Finalmente, na seção final da Aula 4, vimos que a
linguagem escrita só veio a existir muito depois da falada. Ela
4.3 &RQKHFLPHQWR GDV UHJUDV objetiva reproduzi-la utilizando-se dos signos (lembra-se do
gramaticais
que são?) que compõem nossa língua. Além disso, a linguagem
Apesar do risco de ouvir protestos indignados, eis o mais escrita, quando utilizada com maestria, é capaz de agregar em,
simples dos três quesitos para produzirmos bons textos: o seu sentido, várias das características da linguagem não verbal.
218 Linguagem e Argumentação 30

Vale a pena Minhas DQRWD©·HV

Vale a pena ler

ECO, Umberto; ANGONESE, Antonio (Tradutores).


A busca da língua perfeita. Bauru: EDUSC, 2002.
KOCH, Ingedore G. Villaça; TRAVAGLIA, Luiz
Carlos (Colaborador). A coerência textual. São Paulo:
Contexto, 2001.
ORLANDI, Eni Puccinelli. A linguagem e seu funcionamento:
as formas do discurso. Campinas: Pontes, 1996.

Vale a pena acessar

AS CRÔNICAS DO BLEDOW. Homepage.


Disponível em: <http://ascronicasdobledow.blogspot.
com.br/2011_05_01_archive.html>. Acesso em: 3 maio
2014.
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EDITORA CONTEXTO. Livros sobre Bakhtin.
Disponível em: <www.editoracontexto.com.br/blog/
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ou-errado.sites.uol.com.br/minigramatica.htm>. Acesso
em: 3 maio 2014. Lá você encontrará uma minigramática.
______. Linguagem escrita e oral. Disponível em: <http://
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VESTIBULANDO WEB. Características de Carlos
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