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1 Fase Modernismo - 20240324 - 205034 - 0000
1 Fase Modernismo - 20240324 - 205034 - 0000
1ª fase
modernismo
1922 - 1930
Contexto
Fase heróica Geração de 22
A primeira geração da literatura modernista teve seu início marcado pela Semana de Arte
Moderna, aquele evento realizado no teatro Municipal de São Paulo, entre os dias 13 e 18 de
fevereiro de 1922, se lembra?
Então, aproveitando que estava acontecendo o centenário da independência do Brasil, e inspirando-
se no festival de música; pintura; literatura e moda realizado anualmente em uma cidade na França,
Mário de Andrade, Oswaldo de Andrade e outros artistas organizaram uma exposição com
aproximadamente 100 obras plásticas expostas no saguão do teatro, além de apresentações
noturnas de música, dança, discursos e trechos de obras modernistas.
A semana evidenciou o espírito de ruptura e questionamento que já começava a dominar a arte
brasileira desde os primeiros anos do século XX e que seria responsável pelo desenvolvimento do
movimento modernista entre nós. Organizado para "chocar a burguesia", o evento foi recebido com
bastante perplexidade pela plateia, a qual era admiradora da arte realista-naturalista e parnasiana.
Histórico
Fase heróica Geração de 22
A 1ª fase do modernismo, dá continuidade as ideias propagadas pela semana de arte
moderna e se estende até 1930, quando a literatura passa a tomar outra direção. O
período foi marcado pela publicação de várias revistas, manifestes e obras literárias. Ela
chegou rompendo com academicismo que marcou a produção literária do passado, essa
geração tinha um compromisso de construir com a nova literatura, comprometida com
duas direções: por um lado, atualizar-se em relações às propostas trazidas pelas correntes
de vanguarda; por outro mesclar essas novidades com pesquisa em torno da
nacionalidade, que envolvia questões como passado histórico, língua, folclore, culinária,
religião e entre outras coisas.
Manuel Bandeira
Considerado um dos principais poetas da literatura brasileira, professor de literatura, crítico
literário, tradutor, mestre do verso livre e de temas prosaicos, extraído do cotidiano. Marcado
pela tuberculose, sua poesia apresenta reflexões sobre a vida e a morte, sobre a solidão e a
condição humana, a infância e a saudade também fazem parte de seus temas preferidos. Uma
de suas primeiras publicações ainda trazia influências do parnasianismo e do simbolismo,
mas, aos poucos, o poeta foi aderindo às propostas modernistas. Não chegou a participar
diretamente da semana de arte moderna, mas enviou ao evento o poema "Os sapos", que foi
lido por Ronald de Carvalho, provocando apuros da plateia.
Mário de Andrade
Além de poeta, contista, romancista, crítico literário e teórico da literatura, foi também
um estudioso, tendo se destacado como músico, musicólogo, folclorista e etnógrafo.
Dedicou toda a sua vida aos estudos da cultura brasileira. Nos anos 1920, exerceu um
papel de liderança entre os escritores do modernismo, mas preferiu não fazer parte de
grupos e de movimentos lançados nesta época. Em suas obras, sendo prosa e verso,
nota-se que ele parte de uma postura iconoclasta irreverente nos anos iniciais.
Oswald de Andrade
Poeta, romancista e dramaturgo, foi um dos líderes da semana de arte
moderna. Um dos principais mentores, onde teve uma participação
decisiva na implantação do modernismo no Brasil. Também, é o autor dos
movimentos Pau-Brasil e Antropofagia, cujas ideias introduziram um novo
tipo de nacionalismo em nossa literatura, mais crítico e menos xenófobo.
Pertenceu ao partido comunista e militou nos meios operários.
Manifesto Pau-Brasil
O "Manifesto Pau-Brasil", de Oswald Originalidade
de Andrade, surgiu em 1924, com a Caráter primitivista
publicação do livro Pau-Brasil. Abandono do academicismo
Defende uma poesia primitivista, Foco em elementos nacionais
ingênua, calcada no coloquialismo e Busca da identidade nacional
nos fatos brasileiros. De cunho Linguagem coloquial e humorada
nacionalista, o movimento valorizou Revisão crítica do passado histórico
a herança étnica e cultural. Defensora da criação de uma poesia
nacional de exportação
Manifesto Verde e amarelo
Formado por Plínio Salgado, Menotti del Defesa de um nacionalismo exagerado
Picchia, Guilherme de Almeida e
Busca pela valorização dos elementos
Cassiano Ricardo, em oposição ao "Pau-
nacionais sem qualquer influência
Brasil", esse manifesto surge como uma
europeia
resposta ao "nacionalismo afrancesado"
do "Pau-Brasil". Criticando esse
primitivismo que, segundo seus
integrantes, era de inspiração Francesa
e defendendo o nacionalismo radical,
como a idolatria ao Tupi.
Manifesto Anta