Você está na página 1de 14

Tribunal de Justiça de Pernambuco

Poder Judiciário de Pernambuco

O documento a seguir foi juntado aos autos do processo de número 0002140-06.2023.8.17.3250


em 17/01/2023 11:48:08 por FABIO ROBERTO BARBOSA SILVA
Documento assinado por:

- FABIO ROBERTO BARBOSA SILVA

Consulte este documento em:


https://pje.tjpe.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam
usando o código: 23011711473938100000120863207
ID do documento: 123686223
Ao Excelentíssimo(a) Senhor(a) Doutor(a) Juiz(a) de Direito de uma das Vara Cíveis da
Comarca de Santa Cruz do Capibaribe - Estado de Pernambuco.

Petição inicial.
Pedido de tutela de urgência

MICHELLE MODA ÍNTIMA LTDA, pessoa jurídica de direito privado


constituída sob a forma de sociedade empresária limitada, devidamente inscrita no CNPJ/MF
sob o nº 05.472.573.0001/31, com sede na Rua Dr. Cláudio Abílio Aragão, nº 250, Nova Santa
Cruz, CEP: 55194-315, Santa Cruz do Capibaribe/PE, e-mail:
contasapagar@michellelingerie.com.br, devidamente representada pelo seu Advogado infra-
assinado, com procuração em anexo (doc. 01) e endereço profissional na Rua Arthur Antônio da
Silva, nº 91, sala 503, Emp. Nordeste Corporate, Universitário, Caruaru/PE, CEP: 55.016-445,
fone: (81)99122.3635, onde receberá correspondências de estilo, VEM, à digna presença de
Vossa Excelência, promover a

AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO E NEGÓCIO JURÍDICO


c.c. RESTITUIÇÃO DE QUANTIA PAGA, INDENIZAÇÃO POR DANOS A IMAGEM e
c.c. PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA

contra a OI S/A, pessoa jurídica de direito privado com sede na Rua do Lavradio, nº 71, 2º
andar, Centro, Rio de Janeiro/RJ, CEP: 22.280-004, inscrita no CNPJ/MF sob o nº
76.535.764/0001-43, E-mail desconhecido e contra a GARLIAVA RJ INFRAESTRUTURA E
REDES DE TELECOMUNICAÇÕES S.A., pessoa jurídica de direito privado na Rua do
Lavradio, nº 71, sala 201/801, Centro, Rio de Janeiro/RJ, CEP: 22.230-070, inscrita no
CNPJ/MF sob o nº 37.178.485/0001-18, e-mail desconhecido, pelos fatos e pelo direito
deduzidos em anexo.

1. Preliminares.

1.1 Do pedido de tutela provisória de urgência.

1.1.1 Diante do que será a seguir argumentado e provado, sem dúvidas


que o processo se encontra carreado com os documentos necessários a possibilitar que este r.

Fábio Roberto Barbosa Silva  Rua Arthur Antônio da Silva, nº 91, sala 503, Emp. Nordeste Corporate, Universitário
OAB/PE 19.716 Caruaru/PE – 55.016-445
 81- 99122.3635
 aeb@andradeebarbosa.com.br
1
Juízo possa concluir pela verossimilhança dos fatos e formar seu livre convencimento motivado,
com vistas a deferir a tutela antecipada.

1.1.2 Pois bem, o pedido de baixa da restrição indevida de deve ser


deferido, pois também estão presentes os pressupostos de admissibilidade da liminar exigidos no
artigo 300 do CPC, que são o “fumus boni juris” e o “periculum in mora”.

Art. 300 – A tutela de urgência será concedida quando


houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito
e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do
processo.
(grifos e realces de agora)

1.1.3 A empresa Autora realmente mantém com a 1ª Ré, contrato de


prestação de serviços de telefonia, com a disponibilização de linas fixas e internet para a sua
matriz e lojas. Contudo, em 2021, com o objetivo de reduzir os custou com a migração para
outra operadora, a Autora percebeu que estavam sendo lançados e enviadas contas de telefonia
móvel, não relacionados aos contratos regularmente firmados, tendo, inclusive, algumas faturas
sido pagas por equívoco, pois, como dito, havia e há contratos ativos e realmente firmados com
a 1ª Ré e os pagamentos ocorreram pelo setor de contas a pagar da Autora.

1.1.4 Com a constatação de que haviam sido realizadas habilitações de


linhas não solicitadas e cobranças por serviços não contratados, inclusive, realizados alguns
pagamentos oriundos destas cobranças indevidas, a Autora solicitou da 1ª Ré o contrato
devidamente formalizado em que as supostas linhas de celulares foram solicitadas. Em resposta,
a 1ª Ré alegou que as contatações ocorreram por telefone diretamente com o proprietário, tendo
sido remetidas gravações em que aquela alegou que eram das contratações, gravações estas, em
anexo.

1.1.5 Contudo, ao ouvir as supostas gravações, constata-se que as


respostas não foram realizadas pelo titular da Autora, ou seja, não é a sua voz que consta
nos registros de áudio, inclusive, o sotaque sugere que é de uma pessoa residente na região
sudeste, além de serem idênticas, em todas gravações, as respostas às indagações do
preposto da 1º Ré, sugerindo que são gravações pré-produzidas para simular a
contratação. Logo, fica claro que as gravações foram produzidas mediante fraude para tentar
trazer legalidade a contratações que a Autora, através de seu diretor, não realizou.

1.1.6 A verossimilhança está bem demonstrada, principalmente quando


analisamos as provas, inclusive os áudios que, aliados a negativa da parte Autora de não ter
realizado qualquer negócio jurídico que pudesse dar origem ao débito cobrados pelas
Demandadas, aqui contestados e oriundas as linhas aqui relacionadas, no tocante aos contratos
de serviço de telefonia móvel.

1.1.7 Pois bem, na consulta realizada no sítio da Boa Vista Serviços,


observa-se que houve a inclusão de restrições, cuja origem é dos contratos impugnados e
realizados a pedido da 2ª Demandada, empresa autorizada pela ANATEL a administrar os
contratos da 1ª Ré, que finalizou a sua Recuperação Judicial.

1.1.8 Portanto, o “fumus boni juris” está por demais representado, ante
ao ato ilícito praticado pela Demandada, inicialmente, por cobrar uma dívida inexistente e,

Fábio Roberto Barbosa Silva  Rua Arthur Antônio da Silva, nº 91, sala 503, Emp. Nordeste Corporate, Universitário
OAB/PE 19.716 Caruaru/PE – 55.016-445
 81- 99122.3635
 aeb@andradeebarbosa.com.br
2
principalmente, não contraída pelo Autor e, ainda, levá-lo a registro nos órgãos de proteção ao
crédito, com vistas a coagi-lo a quitar débitos inexistentes, com uso de fraude, o que só agrava a
situação das Demandadas. Tais atos ofenderam o Código Civil em seu artigo 186 e o Código de
Defesa do Consumidor, em seus artigos 6º e 14º.

1.1.9 Já o “periculum in mora”, materializa-se no fato da restrição


lançada indevidamente em nome da empresa Autora, por sua exteriorização, estar prejudicando
a sua boa imagem e o seu relacionamento comercial com as instituições financeiras e
fornecedores.

1.1.10 Acerca do tema em espécie, é do magistério de José Miguel Garcia


Medina as seguintes linhas:

“. . . sob outro ponto de vista, contudo, essa


probabilidade é vista como requisito, no sentido de que a
parte deve demonstrar, no mínimo, que o direito afirmado é
provável (e mais se exigirá, no sentido de se demonstrar
que tal direito muito provavelmente existe, quanto menor
for o grau de periculum.” (MEDINA, José Miguel Garcia.
Novo código de processo civil comentado … – São Paulo: RT,
2015, p. 472) - (itálicos do texto original)

1.1.11 Com esse mesmo enfoque, sustenta Nélson Nery Júnior,


delimitando comparações acerca da “probabilidade de direito” e o “fumus boni iuris”, esse
professa, in verbis:

“4. Requisitos para a concessão da tutela de urgência:


fumus boni iuris: Também é preciso que a parte comprove a
existência da plausibilidade do direito por ela afirmado
(fumus boni iuris). Assim, a tutela de urgência visa
assegurar a eficácia do processo de conhecimento ou do
processo de execução…” (NERY JÚNIOR, Nélson. Comentários
ao código de processo civil. – São Paulo: RT, 2015, p.
857-858) - (destaques do autor)

1.1.10 Portanto, deve Vossa Excelência deferir o pedido de tutela de


urgência para que seja oficiado a SCPC – Boa Vista Serviços e ao SERASA Experian, para que
providenciem a imediata baixa dos apontamentos referentes ao contrato nº F00001083784661
no valor de R$ 121,74 com suposto vencimento em 14/12/2021 e contrato nº F00001086153745
no valor de R$ 139,78 com suposto vencimento em 14/01/2022, ambas lançadas no CNPJ da
matriz da Demandante, de nº 05.472.573.0001/31, tendo como credor a 2ª demandada e que não
venha a incluir novos apontamentos, referentes as linhas indicadas no item 3.3.2, sob pena de
aplicação de uma multa diária prudentemente arbitrada por este Probo Juízo.

1.2 Da legitimidade passiva da 2º Demandada.

1.2.1 Vossa Excelência, nos termos do artigo 17 do NCPC a 2ª


Demandada é parte legítima para ser demandada perante este r. Juízo, pois obteve da ANATEL,
através do Ato nº 2189, em anexo, a transferência das autorizações de uso de radiofrequência em
caráter primário associada ao Serviço Móvel Pessoal detidas por OI MÓVEL S.A., ora 1ª
Demandada.

Fábio Roberto Barbosa Silva  Rua Arthur Antônio da Silva, nº 91, sala 503, Emp. Nordeste Corporate, Universitário
OAB/PE 19.716 Caruaru/PE – 55.016-445
 81- 99122.3635
 aeb@andradeebarbosa.com.br
3
1.2.2 Aliado ao fato narrado e comprovado acima, percebemos que na
consulta ao site Serasa Experian, a inclusão das restrições ocorreu a pedido da 2ª Demandada, o
que sedimenta, de forma inafastável, a sua legitimidade passiva.

1.2.3 Diante do acima exposto, as Rés são partes totalmente legítimas


para figurarem no polo passivo desta demanda, bem como para receber o ônus de um eventual
condenação.

2. Da síntese dos fatos.

2.1 O Demandante utiliza os serviços da 1ª Demandada, possuindo


contrato para prestação de serviços de telefonia, com a utilização de linhas fixas e internet para a
matriz e filiais. Assim, a Demandante tem as seguintes linhas fixas e móveis que foram
regularmente contratadas: (a) No CNPJ final nº 0001-31, há 2(duas) linhas de telefone fixo: (81)
3731-1938/3731-3650 e 2(duas) de telefonia móvel: (81)98791-2454/98791-2455, todas
instaladas na Rua Doutor Cláudio Abílio Aragão, nº 250, Nova Santa Cruz, SCC/PE; (b) no
CNPJ de final nº 0003-01, há apenas 1(um) linha de telefone fixo: (81) 3723-0589, instalada na
Av. Campina Grande, s/n, km 62, lj 17/18, Caruaru/PE; (c) No CNPJ de final nº 0004-84, há
apenas 1(uma) linha de telefone fixo: (81) 3731-4678, instalada na Rua Cabo Otávio Aragão, nº
103, Centro, SCC/PE; e, (d) no CNPJ de final nº 0005-65, há apenas 1(uma) linha de telefone
fixo: (81) 3719-5038 e 1(uma) linha de telefonia móvel: (85) 98948-9046, pois a linha de
telefonia móvel: (81) 98363-1668 foi cancelada em 26/07/2022, todas instaladas na Rua Duque
de Caxias, nº 106, lj A, Nossa Senhora das Dores, Caruaru/PE.

2.2 Contudo, utilizando-se de fraude, a 1ª Demandada ativou várias


outras linhas móveis não contratadas e sem qualquer vinculação com os contratos de prestação
de serviços de telefone anteriormente formalizados, tendo sido remetidos os chips das linhas
pelos correios, contudo, nunca foram ATIVADOS, mesmo assim, as faturas eram mensalmente
disponibilizadas no site da Ré e eram quitadas pela autora, por um equívoco do setor de
pagamentos, pois como haviam contratos ativos e regularmente em uso, aquele setor entendia
que aquelas faturas eram devidas.

2.3 A empresa Autora só percebeu que estava pagando faturas


indevidas, quando o Sr. Luiz Bezerra, sócio-administrador, notando o alto valor dos custos com
telefonia da 1ª Demandada, decidiu pedir para que o setor de pagamentos fizesse um
levantamento das despesas para, se fosse o caso, fazer a portabilidade para outra operadora, para
redução dos custos.

2.4 Contudo, para a surpresa da Demandante, foi constatado que


haviam diversas linhas indevidamente ativadas unilateralmente pela operadora Ré. Após o
levantamento foram identificadas as seguintes linhas de telefonia móvel indevidamente ativadas:
2 (duas) linhas de telefonia móvel de números 81.98361-4388 e 81.98362-6580, referente ao
contrato nº 2015947512, para a matriz de CNPJ nº 05.472.573/0001-31; 2 (duas) linhas de
telefonia móvel de números 81.98877-2188 e 81.98877-2062, referente ao contrato nº
2014347330, também para a matriz de CNPJ nº 05.472.573/0001-31; 3 (três) linhas de telefonia
móvel de números 81.98473-7108, 81.98474-5564 e 81.98474-6908, referente ao contrato nº
2018829161, para a filial de CNPJ nº 05.472.573/0004-84; e, 1 (uma) linha de telefonia móvel
de número 81.98362-6548, referente ao contrato nº 2014548559, também para a filial de
CNPJ nº 05.472.573/0004-84.

Fábio Roberto Barbosa Silva  Rua Arthur Antônio da Silva, nº 91, sala 503, Emp. Nordeste Corporate, Universitário
OAB/PE 19.716 Caruaru/PE – 55.016-445
 81- 99122.3635
 aeb@andradeebarbosa.com.br
4
2.5 O funcionário da Demandante passou a analisar todos os
pagamentos e percebeu que haviam faturas que foram pagas, contudo não havia nenhuma
utilização, levando estas informações ao sócio-administrador que, categoricamente, negou ter
realizado ou autorizado a contratação dos acessos de telefonia móvel indicados acima.

2.6 A Autora passou a contatar a 1ª Demandada para solicitar


informações de como e quando foram contratadas e, claro, solicitar a cópia do contrato ou dos
contratos firmados. Em resposta, a 1ª Demandada alegou que as contratações ocorreram por
confirmação telefônica diretamente ao sócio-administrador, alegando que os registros de áudio
das contratações poderiam ser solicitados, o que de pronto foi requerido pela Autora, já que o Sr.
Luiz Bezerra, sócio-administrador NUNCA solicitou tais linhas.

2.7 Através dos protocolos nsº 202200006646333-BC768141,


202200018952362-TR751183, 202200009372935-TR751202 e 202200069560548-TR751183, a
Autora solicitou a gravações e, após longo período de espera, ao recebê-las, constatou que foram
produzidas mediante fraude, com o fito de dar legalidade as contratações das linhas que
NUNCA foram utilizadas e, principalmente, contratadas pela Autora.

2.8 Após o recebimento e ao reproduzir cada registro de áudio, cujos


arquivos seguem em anexo, é possível perceber que em TODOS os áudios uma terceira pessoa
que se passa pelo titular e sócio-administrador da empresa Autora, interage com a atendente da
1ª Demandada, de nome Maíra, com respostas pré-gravadas e, ainda, com sotaque e tom de voz
diversas da do Sr. Luiz Carlos Bezerra. Todas as respostas às perguntas da atendente da 1ª
Demandada foram com a mesma entonação e totalmente iguais em todas as ligações, inclusive
com sotaque característico de residentes na região sudeste, o que reforça a existência de fraude,
punível até na esfera criminal.

2.9 Perceba, Excelência, que é a mesma atendente da 1ª Ré em todos


os contatos para confirmação das supostas contratações, tendo, inclusive, inserções de áudio
com advertência de multas em caso de rescisão contatual com voz totalmente divergente daquela
atendente que iniciou o suposto contato.

2.10 A Empresa Autora, diante destes fatos bastante graves, aliado ao


fato de não ter realizado qualquer das contratações que alega a 1ª Ré ter sido formalizadas
naquelas gravações, solicitou, administrativamente, o cancelamento das linhas e a devolução das
quantias pagas, o que foi negado.

2.11 Logo, considerando que a parte Autora nunca realizou a


contratação das linhas de serviço móvel indicadas no parágrafo 2.5 deste tópico, sem dúvidas
que as restrições são indevidas e lhes está causando abalos financeiros, pois com a publicação
no sistema de proteção ao crédito, as instituições financeiras estão impondo dificuldades na
concessão de crédito, além do escore da empresa autora sofrer redução e, portanto, impactar em
taxas de juros e no relacionamento bancário e com fornecedores.

2.12 Diante dos fatos acima, à parte Autora não restou alternativa,
senão a de postular a presente ação, com vistas a requerer a exclusão das restrições de crédito,
anular o débito e o negócio que não formalizou, além de requerer indenização pela imprudência,
imperícia e negligência da Demandada, ao lhe causar tamanho dano moral.

Fábio Roberto Barbosa Silva  Rua Arthur Antônio da Silva, nº 91, sala 503, Emp. Nordeste Corporate, Universitário
OAB/PE 19.716 Caruaru/PE – 55.016-445
 81- 99122.3635
 aeb@andradeebarbosa.com.br
5
3. Do mérito.

3.1 Da configuração do ato ilícito – defeito na prestação do serviço – afronta ao


art. 14º e 39, inciso III, ambos do CDC – Responsabilidade objetiva da
Empresa Ré.

3.1.1 No caso em tela, está patente o ato ilícito, pois na simples análise
do dos documentos e dos supostos áudios das contratações em anexo, vê-se que houve a
formalização de um negócio jurídico totalmente fraudulento, pois o titular da Demandante nunca
assinou ou realizou a contratação das linhas móveis indicadas no item 2.4 desta petição, tendo as
supostas gravações sido produzidas, por meio de fraude, para tentar dar legitimidade àquelas
contratações.

3.1.2 Está claro que as Empresas Demandadas cometeram ato ilícito


por meio de dolo ou, no mínimo, por negligência, imperícia e imprudência de seus
funcionários, ao ter forjado a contratação de serviço de telefonia móvel não solicitada pela
Demandante.

3.1.3 Cumpre expor, que as consequências da irresponsabilidade da


Empresas Demandadas estão refletindo de forma pública da Demandante, pois foram lançadas
restrição está impedindo que a Demandante exercesse plenamente a sua atividade comercial,
pois ficou impedida de renovar crédito junto as instituições financeiras ou de contratar novos
financiamentos, causando interrupções, inclusive, no fluxo de compras de matérias primas junto
aos seus fornecedores.

3.1.4 Portanto, no caso dos autos, as Empresas Demandadas cometeram,


flagrantes atos ilícitos, os quais já configuraram o dano moral, nos termos do artigo 14º do
Código de Defesa do Consumidor, em face de sua responsabilidade objetiva.

3.1.5 Por sua vez, a remessa de produto ou serviço sem autorização ou


pedido da Autora também já configura o dano moral, principalmente por tal serviço e produto
terem gerado um débito, indevido, inscrito no serviço de proteção ao crédito. Houve, pois,
patente ofensa ao artigo 39, inciso III do CDC.

3.1.6 Em razão do ato ilícito acima exposto, houve, também, o dano que
repercutiu na imagem da empresa Autora, consubstanciado no abalo de sua imagem perante
fornecedores e instituições financeiras que mantém relacionamento, no momento em que teve o
seu nome incluso indevidamente no Serasa Experian.

3.1.7 Por conseguinte, não restam dúvidas da infração aos artigos 14 e


39, inciso III ambos da Lei Consumerista, aplicando-se ao caso em tela a teoria do risco
objetivo, que é delineada no pré-falado artigo.

3.1.8 As Empresas demandadas agiram mediante fraude com o fito de


gerar novos vínculos contratuais, vínculos estes sem autorização da Autora, remetendo chips
que nunca forma usados ou desbloqueados, o que já afastaria a legalidade da cobrança.

Fábio Roberto Barbosa Silva  Rua Arthur Antônio da Silva, nº 91, sala 503, Emp. Nordeste Corporate, Universitário
OAB/PE 19.716 Caruaru/PE – 55.016-445
 81- 99122.3635
 aeb@andradeebarbosa.com.br
6
3.1.9 Pois bem, os danos morais surgem em decorrência de uma conduta
ilícita por parte do agente responsável pelo dano, que venha a causar dano a imagem de uma
empresa, que é a forma que ela se apresenta e é vista perante seus fornecedores e com qualquer
empresa ou pessoa que com ela tenha relacionamento.

3.1.10 O Código Civil Brasileiro/2002, em seus artigos 186 e 927,


autoriza o requerente a pleitear tal ressarcimento, senão vejamos:
“Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência
ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que
exclusivamente moral, comete ato ilícito.”

“Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar
dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.”

3.1.11 Assim também disciplina Eduardo Arruda Alvim e Flávio Cheim


Jorge: “A possibilidade de reparação do dano moral veio a ser constitucionalmente garantida
com a atual Constituição, em seu art. 5º, incs. V e X”. (in Revista de Direito do Consumidor.
Vol. 19, pág. 122).

3.1.12 Em seu artigo 6º, inciso VI, o Código do Consumidor, assim


também assegura: “a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais,
individuais, coletivos e difusos.”

3.1.13 Com efeito, no presente caso, vislumbram-se os prejuízos de


natureza anímica, experimentados pela empresa autora, sendo exposta a situação que lhe
ocasionou transtornos que extrapolam o mero dissabor e o aborrecimento corriqueiro, causando-
lhe dano moral a sua imagem.

3.1.14 Portanto, o ato ilícito está plenamente comprovado, pois houve a


formalização de contratos ilicitamente e a remessa de chips, sem autorização, com a posterior
inclusão indevida do nome do Demandante no Serasa Experian. Assim, conforme entendimento
consolidado no STJ, "a própria inclusão ou manutenção equivocada configura o dano moral
in re ipsa, ou seja, dano vinculado à própria existência do fato ilícito, cujos resultados são
presumidos" (Ag 1.379.761).

3.1.15 Os arestos abaixo transcritos deixam claro a existência de dano


moral.

“APELAÇÃO CÍVEL – CONSUMIDOR – INSCRIÇÃO INDEVIDA DO NOME


DO CONSUMIDOR NO CADASTRO DE INADIMPLENTES – DANO MORAL
PRESUMIDO – QUANTUM INDENIZATÓRIO – MAJORAÇÃO – 1. A
inscrição indevida do nome do consumidor em cadastro de
inadimplentes é fato que, por si só, enseja reparação por
danos morais, sendo dispensável a prova dos danos
experimentados pelo requerente, que se presumem. 2. O valor
da indenização pelos danos morais deve atender aos
princípios da razoabilidade e proporcionalidade,
considerando a capacidade econômica de seu causador, a
extensão e a gravidade do dano, além do caráter punitivo-
pedagógico da medida. Se esses vetores não tiverem sido
observados pelo Magistrado de primeiro grau, mister a

Fábio Roberto Barbosa Silva  Rua Arthur Antônio da Silva, nº 91, sala 503, Emp. Nordeste Corporate, Universitário
OAB/PE 19.716 Caruaru/PE – 55.016-445
 81- 99122.3635
 aeb@andradeebarbosa.com.br
7
modificação da quantia arbitrada na sentença. Valor
majorado. 3. Recurso parcialmente provido.” (TJDFT – APC
20130110967480/DF – 0025162-71.2013.8.07.0001 – 4ª T.Cív. –
Rel. Arnoldo Camanho de Assis – J. 15.10.2014 – DJe
17.12.2014 – p. 340)

RESPONSABILIDADE CIVIL – INSCRIÇÃO EM ÓRGÃO DE RESTRIÇÃO DE


CRÉDITO – DANO MORAL PRESUMIDO – POSSIBILIDADE –
"Processual civil. Agravo regimental no agravo em recurso
especial. Ação contra instituição bancária.
Responsabilidade civil. Inscrição em órgão de restrição de
crédito. Dano moral presumido. Possibilidade. Aumento da
indenização. Inviabilidade. Razoabilidade na fixação do
quantum. 1. O dano moral, decorrente da inscrição irregular
em órgão restritivo de crédito, configura-se in re ipsa, ou
seja, é presumido e não carece de prova. 2. No caso
concreto, para adequar o caso à jurisprudência desta Corte,
deu-se provimento ao recurso especial a fim de condenar o
réu a indenizar o autor pelo dano moral sofrido em virtude
de indevida inclusão do nome em cadastros de inadimplentes.
3. Agravo regimental desprovido." (STJ – AgRg-Ag-REsp
252.027 – (2012/0232683-9) – Rel. Min. Antonio Carlos
Ferreira – DJe 22.02.2013)

3.1.16 Destarte, demonstrados estão os requisitos da comprovação do


dano moral, imperioso é impor condenação às demandadas, vez que houve conduta ilícita por
dolo ou, no mínimo imperícia, imprudência e negligência dos seus funcionários, o que
expressou no ato ilegal praticado, com clara repercussão na imagem da parte Autora.

3.1.18 Assim, deve Vossa Excelência arbitrar valor pecuniário condizente


com o dano sofrido, levando em conta repercussão negativa de tais restrições na vida econômica
e pessoal do Demandante, sendo imposto condenação não inferior a R$ 10.000,00 (dez mil
reais).

3.2 Da declaração de inexistência de débito e do negócio jurídico.

3.2.1 Pois bem, na melhor doutrina, a vontade é o primeiro elemento


constitutivo do negócio jurídico ou do ato jurídico em sentido estrito, mas para que possa
modelar efeitos há de ser livre, séria, consciente e também consequente, isto é: emitida com
desígnios que o direito reconhece e assegura, fornecendo às relações formadas o elemento da
obrigatoriedade; endereçada a um escopo que o direito repute digno de tutela; ou com "animus
contrahendi obbligationis", apto a produzir determinada alteração no estado de direito
preexistente.

3.2.2 Logo, a declaração de vontade no Código Civil é requisito


essencial ao negócio jurídico, igualmente ao agente capaz; objeto lícito, possível, determinado
ou determinável; e, forma prescrita ou não defesa em lei, conforme consta nos artigos 104,
incisos I a III e o artigo 107 daquele Codex.

Fábio Roberto Barbosa Silva  Rua Arthur Antônio da Silva, nº 91, sala 503, Emp. Nordeste Corporate, Universitário
OAB/PE 19.716 Caruaru/PE – 55.016-445
 81- 99122.3635
 aeb@andradeebarbosa.com.br
8
3.2.3 A vontade psicológica só se converte em jurídica com o concurso
de dois fatores que se engrenam numa unidade atual: a vontade real, dirigida a um fim protegido
pelo direito; e a declaração seu prolongamento perceptível que é a manifestação externa
realizada para aquele resultado juridicamente relevante.

3.2.4 Por sua vez, a exteriorização da vontade efetiva, receptícia ou não-


receptícia, desdobra-se em dois outros elementos: a Vontade negocial, também chamada de
efeito, de conteúdo ou de resultado, e a Vontade de declarar, que é a decisão de executar o ato
mediante o qual a vontade negocial vai chegar ao conhecimento de uma pessoa ou de uma
categoria indeterminada de pessoas.

3.2.5 Segundo Renata Mandelbaum1 “três são as formas de declaração


através das quais pode ser manifestada a vontade para dar formação ao ato jurídico:
manifestação expressa, tácita e a declaração presumida pela lei. Sendo fundamental a presença
do elemento vontade, para a concretização dos atos jurídicos, e em especial dos negócios
jurídicos, a manifestação desta adquire relevância”.

3.2.6 No caso dos autos, muito embora a Demandante tenha acessos de


internet, telefone fixo e móvel com a 1ª Demandada, sem qualquer solicitação escrita ou
eletrônica a 1ª Demandada, após receber solicitação de cópia do contrato das linhas não
solicitadas, aquela forjou quatro gravações todas idêntica, com uso de uma terceira pessoa se
passando pelo titular da Demandante, com respostas gravadas e todas através de contato de uma
preposta chamada Maíra, mas em nenhum momento houve a formalização e uso dos serviços
supostamente prestados. Portanto, não exteriorizou a sua vontade negocial do titular da Autora,
seja ela na forma expressa ou através declaração presumida pela lei, pois nunca realizou o
negócio para adquirir o acesso que deu origem ao débitos aqui discutidos e que, posteriormente,
gerou a restrição de crédito que também se busca cancelar.

3.3.9 Assim, diante do embasamento jurídico acima, requer a


Demandante que Vossa Excelência se digne a declarar nulo ou tornar inexistente o negócio
jurídico que culminou na formalização e contratação de: 2 (duas) linhas de telefonia móvel
de números 81.98361-4388 e 81.98362-6580, referente ao contrato nº 2015947512, para a
matriz de CNPJ nº 05.472.573/0001-31; 2 (duas) linhas de telefonia móvel de números
81.98877-2188 e 81.98877-2062, referente ao contrato nº 2014347330, também para a matriz
de CNPJ nº 05.472.573/0001-31; 3 (três) linhas de telefonia móvel de números 81.98473-7108,
81.98474-5564 e 81.98474-6908, referente ao contrato nº 2018829161, para a filial de CNPJ
nº 05.472.573/0004-84; e, 1 (uma) linha de telefonia móvel de número 81.98362-6548,
referente ao contrato nº 2014548559, também para a filial de CNPJ nº 05.472.573/0004-84.

3.3 Do devido ressarcimento pelos pagamentos indevidos.

3.3.1 Com a ativação indevida de linhas de acesso móvel, passou a


demandadas a cobrar da Demandante os valores mensais por serviços que nunca foram
utilizados, bastando apenas apresentarem as faturas desde a suposta contratação, o que
demonstrará que nunca houve nenhum uso daqueles acessos móveis.

3.3.2 Assim, os custos com os acessos indevidos estão a seguir expostos:


1
Renata Mandelbaum. Contrato de adesão e contrato de consumo. Pág. 25

Fábio Roberto Barbosa Silva  Rua Arthur Antônio da Silva, nº 91, sala 503, Emp. Nordeste Corporate, Universitário
OAB/PE 19.716 Caruaru/PE – 55.016-445
 81- 99122.3635
 aeb@andradeebarbosa.com.br
9
1. 2 (duas) linhas de telefonia móvel de números 81.98361-4388 e 81.98362-6580,
referente ao contrato nº 2015947512, para a matriz de CNPJ nº 05.472.573/0001-31,
está alçado em R$ 74,60 (setenta e quatro reais e sessenta centavos);

2. 2 (duas) linhas de telefonia móvel de números 81.98877-2188 e 81.98877-2062,


referente ao contrato nº 2014347330, também para a matriz de CNPJ nº
05.472.573/0001-31, está alçado em R$ 1.313,80 (um mil trezentos e treze reais e oitenta
centavos);

3. A soma dos valores pagos nas 3 (três) linhas de telefonia móvel de números 81.98473-
7108, 81.98474-5564 e 81.98474-6908, referente ao contrato nº 2018829161, para a
filial de CNPJ nº 05.472.573/0004-84 está alçado em R$ 380,69 (trezentos e oitenta reais
e sessenta e nove centavos);

4. e, a soma dos valores pagos em 1 (uma) linha de telefonia móvel de número 81.98362-
6548, referente ao contrato nº 2014548559, também para a filial de CNPJ nº
05.472.573/0004-84 está alçado em R$ 415,90 (quatrocentos e quinze reais e noventa
centavos).

3.3.3 É importante ressaltar que, os pagamentos ocorreram não porque a


Demandante contratou ou reconhece os serviços, mas pelo fato de, mesmo sendo uma empresa
de pequeno porte, o pagamento se dá através do setor Financeiro e este, ao acessar o site da Ré
para emissão das faturas e pagamento, presumia que todas eram devidas e, assim, realizavam o
pagamento através do gerenciador financeiro bancário.

3.3.4 Como já exposto acima, apenas a partir do pedido de análise para


redução dos custos com telefonia, inclusive com a possibilidade de migração para outra
operadora, foi que a diretoria percebeu a ilegalidade cometida pelas Demandadas, especialmente
quando recebeu as gravações das supostas contratações, todas realizadas pelo mesmo operador e
com uma pessoa que se passa pelo diretor da Autora, com sotaque e voz totalmente distintos.

3.3.5 Assim, impõe-se e desde já requer que as Demandadas sejam


condenadas a restituir os valores indevidamente recebidos desde a habilitação indevida dos
acessos de telefonia móvel acima indicados, totalizando o valor a ser restituído em R$ 2.525,00
(dois mil, quinhentos e vinte e cinco reais), aplicando sobre os valores juros de 1,00 % ao mês e
Correção Monetária pela tabela não-expurgada do ENCOJE a partir de cada pagamento, até o
efetivo ressarcimento.

3.4 Do pedido de inversão do ônus da prova.

3.4.1 Cumpre ressaltar, conforme estabelece o artigo 6º VIII do CDC


c.c. o artigo 333, inciso II do CPC, que o ônus de desconstituir o direito do Autor é incumbência
unicamente da Empresa Demandada.

3.4.2 Também não poderia ser de forma diversa, pois a parte Autora
demonstrou de forma cabal que não solicitou o serviço (acesso a rede móvel), ficando claro, pela
ouvida das gravações das supostas gravações que todas foram produzidas, mediante fraude, com
uso de voz de terceiro que se passou pelo titular da Empresa Autora.

Fábio Roberto Barbosa Silva  Rua Arthur Antônio da Silva, nº 91, sala 503, Emp. Nordeste Corporate, Universitário
OAB/PE 19.716 Caruaru/PE – 55.016-445
 81- 99122.3635
 aeb@andradeebarbosa.com.br
10
3.4.3 Portanto, caso a Empresa Ré venha a tentar se elidir do pagamento
de indenização, resta por verossímeis todas as argumentações aqui provadas, requerendo a
inversão do ônus da prova, para que a Demandada prove as suas alegações, especialmente, com
a apresentação do contrato de prestação de serviço de telefonia móvel assinado pela
Autora e, também, o extratos de todas as linhas que aqui está sendo requerido que sejam
canceladas, sem ônus, de modo a comprovar que NÃO HAVIA QUALQUER CONSUMO,
seja por uso de dados móveis ou chamadas telefônicas.
Código de Defesa do Consumidor.

Art. 6º São direitos básicos do consumidor:

I - “omissis”

II - “omissis”;

III - “omissis”

IV - a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva,


métodos comerciais coercitivos ou desleais, bem como contra
práticas e cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento
de produtos e serviços;

V - “omissis”

VI - “omissis”;

VII – “omissis”;

VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive


com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo
civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a
alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as
regras ordinárias de experiências;

...

Código de Processo Civil

Art. 333 - O ônus da prova incumbe:

I - ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito;

II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo,


modificativo ou extintivo do direito do autor.
Grifos de agora

4. Do pedido.

4.1 Diante do exposto, requer que Vossa Excelência se digne o pedido


de tutela de urgência para que seja oficiado a SCPC – Boa Vista Serviços e ao SERASA
Experian, para que providenciem a imediata baixa dos apontamentos referentes ao contrato nº
F00001083784661 no valor de R$ 121,74 com suposto vencimento em 14/12/2021 e contrato nº

Fábio Roberto Barbosa Silva  Rua Arthur Antônio da Silva, nº 91, sala 503, Emp. Nordeste Corporate, Universitário
OAB/PE 19.716 Caruaru/PE – 55.016-445
 81- 99122.3635
 aeb@andradeebarbosa.com.br
11
F00001086153745 no valor de R$ 139,78 com suposto vencimento em 14/01/2022, ambas
lançadas no CNPJ da matriz da Demandante, de nº 05.472.573.0001/31, tendo como credor a 2ª
demandada, bem como fique impedida de inscrever, no decorrer desta demanda, outros débitos
referentes aos acessos indicados no item 3.3.2, sob pena de aplicação de uma multa diária
prudentemente arbitrada por este Probo Juízo.

4.2 Requer a citação das Empresas Demandadas, por carta com Aviso
de recebimento nos endereços indicados acima, para, querendo, compareça a audiência de
conciliação, quando, caso não havendo acordo, deverá contestar no prazo legal, advertindo-as
dos efeitos da revelia, conforme determina o novo CPC, ou, expeça a citação, para o mesmo fim.

4.3 Contudo, na hipótese de Vossa Excelência entender que, neste


momento processual ou em virtude da pauta de audiências, não seja possível marcar uma
conciliação, de modo a dar mais celeridade, requer que a citação ocorra e, apresentadas as
contestações, conforme matéria abordada, seja então marcada audiência de conciliação através
da CEJUSC, requerendo, ainda, que tal ato ocorra por videoconferência, com uso da plataforma
Webex.

4.4 Requer, por fim, que Vossa Excelência se digne a julgar


procedente todos os pedidos constantes nesta peça, para condenar as demandadas a pagar
indenização pelos danos a imagem causados no valor não inferior a R$ 10.000,00 (dez mil
reais), ou em outro a ser arbitrado por Vossa Excelência, em virtude do ato ilícito praticado,
considerando os argumentos acima despendidos, bem como, declarar nulos os negócios
jurídicos fraudulentos que culminou na formalização do contrato referentes aos seguintes
acessos: 2 (duas) linhas de telefonia móvel de números 81.98361-4388 e 81.98362-6580,
referente ao contrato nº 2015947512, para a matriz de CNPJ nº 05.472.573/0001-31; 2 (duas)
linhas de telefonia móvel de números 81.98877-2188 e 81.98877-2062, referente ao contrato
nº 2014347330, também para a matriz de CNPJ nº 05.472.573/0001-31; 3 (três) linhas de
telefonia móvel de números 81.98473-7108, 81.98474-5564 e 81.98474-6908, referente ao
contrato nº 2018829161, para a filial de CNPJ nº 05.472.573/0004-84; e, 1 (uma) linha de
telefonia móvel de número 81.98362-6548, referente ao contrato nº 2014548559, também para
a filial de CNPJ nº 05.472.573/0004-84 e, via de consequência, cancelar os débitos em aberto e,
determinar a restituição dos valores pagos, no total de R$ 2.184,99 (dois mil, cento e oitenta e
quatro reais e noventa e nove centavos), aplicando sobre os valores juros de 1,00 % ao mês e
Correção Monetária pela tabela não-expurgada do ENCOJE a partir de cada pagamento, até o
efetivo ressarcimento.

4.4 Requer, também, a condenação da Empresa Ré nas custas e


honorários advocatícios no percentual de 20% sobre o valor da condenação.

4.5 Protesta provar todo o alegado acima por todos os meios de prova
em direito admitidos, inclusive depoimento pessoal do preposto da Empresa Demandada, sob a
pena de confissão e juntada posterior de documentos, etc.

4.6 Requer, por fim, o julgamento antecipado da lide, por ser matéria
unicamente de direito, já estando os autos devidamente instruídos com provas do ato ilícito e do
dano moral, contudo, caso Vossa Excelência assim não entenda, pugna desde já pela audiência
de tentativa de conciliação.

Fábio Roberto Barbosa Silva  Rua Arthur Antônio da Silva, nº 91, sala 503, Emp. Nordeste Corporate, Universitário
OAB/PE 19.716 Caruaru/PE – 55.016-445
 81- 99122.3635
 aeb@andradeebarbosa.com.br
12
4.7 Dá-se a causa, para efeitos fiscais, o valor de R$ 12.184,99 (doze
mil, cento e oitenta e quatro reais e noventa e nove centavos).

Termos em que,
Pede e espera deferimento.
Por ser de Justiça!

Caruaru/PE, 10 de outubro de 2022.

(Assinado digitalmente)
Fábio Roberto Barbosa Silva
OAB/PE n. 19.716

Fábio Roberto Barbosa Silva  Rua Arthur Antônio da Silva, nº 91, sala 503, Emp. Nordeste Corporate, Universitário
OAB/PE 19.716 Caruaru/PE – 55.016-445
 81- 99122.3635
 aeb@andradeebarbosa.com.br
13

Você também pode gostar