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Sucessão

Etimologicamente, do latim sucessio, que deriva do verbo


succedere (tomar o lugar de... vir depois ... vir em seguida).

A sucessão (de pessoas) é, então,


a substituição ou o subingresso de uma pessoa em determinada
posição que outra ocupava, posição que se mantém a mesma apesar
da modificação subjectiva operada.

Sucessão= Aquisição Originária (1318.º ss. ; 1287.º ss.)


“ Derivada Constitutiva (1439.º)
“ “ Restitutiva [1476.º/1/e)) ;
1569.º/1/d)]
Nota: Translativa (ou transmissão) adquire-se e transmite-se, por transferência,
um direito já constituído e preexistente na titularidade de outra pessoa, direito que
mantém a sua identidade apesar da mudança de sujeito.

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Normas de carácter sucessório:

- Livro V do Código Civil;


- 1700.º ss. ;
- 70.º, 71.º, 73.º, 74.º, 76.º, 77.º, 79.º/1, 101.º-105.º, 109.º,
115.º, 197.º, 412.º, 496.º, 976.º/2, 1059.º/1, 1807.º, 1818.º,
1822.º-1825.º, 1873.º;
- 85.º , 112.º, 121.º RAU.
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Assim, para que se aplique o regime jurídico das sucessões
mortis causa, é necessário que:

1.º Ocorra o fenómeno da morte susceptível de repercussões


jurídicas nas relações jurídicas a regular;

2.º Que a morte seja a causa (ou a concausa) para que no âmbito do
legislador ou do autor da sucessão, se opere post-mortem uma
devolução de bens ou uma mudança na titularidade de direitos e
deveres sobre tais bens (isto porque há situações diferenciadas, por
exemplo, venda com reserva da propriedade vitalícia).

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“De Cuius” ou “De Cujus”


Fórmula elíptica de – “Is de cuius sucessione agitur”
(Aquele de cuja herança se trata).
Espécies de Sucessão Mortis Causa:

Critério Sucessão Legal Sucessão Legítima(2131.ºss.)


Das Fontes Cf. 2027.º
da Vocação Sucessão Legitimária(2156.ºss.)
Sucessória

Cf. 2026.º

Sucessão Sucessão Contratual (2028.º)


Voluntária

Sucessão Testamentária (2179.º)

Critério Sucessão Universal Herdeiros Legitimários


do Objecto (ou em forma de Herança) 2157.º
da Sucessão
Herdeiros Contratuais
Cf. 2030.º 1700.º

Herdeiros testamentários
2179.º/1

Herdeiros Legítimos
2133.º/1

Sucessão Singular Legatários Contratuais


(ou em forma de legado) 1700.º/1/a) e b)

Legatários testamentários
Os mais comuns
2179.º + 2249.ºss.

Legado Legal
Excepcional – 2103.º-A
Importância da Distinção :
Herdeiro Vs. Legatário

1) Responsabilidade pelos encargos da


herança. *
Artigos: 2068.º + 2071.º + 2277.º.

2) Em matéria de partilha da herança.


Artigos: 1327.º/1/a)/2 + 1340.º/2/b) +
1371.º/1 + 1388.º + 1389.º CPC.

3) Em matéria da aponibilidade de termo.


Artigos: 278.º + 2243.º/1/2.

4) Em matéria de direito de acrescer.


Artigos: 2137.º/2 + 2157.º + 2301.º +
2302.º + 2304.º.

5) Direito de preferência na venda do


objecto sucessório a terceiros.
Artigos: 2130.º [ 416.º-418.º +
1409.ºss.].

6) Outros efeitos:
- Quanto à sonegação de bens [2096.º].
- Quanto aos direitos de personalidade de pessoa
falecida e sua protecção [71.º/2].
- Quanto à ordem da redução das liberalidades
[2171.º].

* Caso Especial : O Usufrutuário.


Apesar do 2030.º/4, há que atentar no 2072.º.
Formas de Habilitação Como Sucessor :

1) Habilitação Notarial.
Artigos 80.º ss. Código do Notariado

2) Habilitação Judicial

- Processo comum de declaração


(de simples apreciação).

- Em processo de inventário.
Artigos 1331.º + 1332.º + 1343.º CPC

- Incidente processual de habilitação de sucessores


Artigos 371.º ss. CPC
[com suspensão da instância principal, cf. 276.º/1/a)]

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Artigo 2024.º !!! Também inclui pessoas colectivas ?

Sucessão Legitimária – 2157.º a contrario


“ Legítima - 2033.º/1 + 2133.º/1/e)
“ Testamentária
e
Contratual - 2033.º/2/b) + 1700.º/1/b)

Quanto à sucessão das Pessoas Colectivas ?

Cf. Artigos 182.º + 192.º + 166.º


130.º ss. + 141.º + 142.º CSC
1122.º CPC

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Tipologia dos Sistemas Sucessórios e Conexões
Fundamentais do Direito das Sucessões:

Sistema Individual/Capitalista – Propriedade

“ Familiar – Família

“ Socialista - Estado
Momentos do Fenómeno Sucessório :

Momentos - Abertura da Sucessão


Essenciais - Vocação sucessória / Chamamento
- Aquisição sucessória

Momentos - Petição da Herança


- Alienação da Herança
Eventuais - Administração da Herança
- Liquidação da Herança
- Partilha

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Abertura da sucessão –

Cf. Arts. 2031.º ss., a morte é pressuposto da sucessão !!!

Mas, que morte ? O que é, para este efeito, morte ?

A morte (física) é um facto jurídico (todo o acto ou


acontecimento natural juridicamente relevante) involuntário , na medida
em que resulta de causas de ordem natural ou em que a sua
eventual voluntariedade não tem relevância jurídica (pelo menos, no
que toca aos efeitos próprios da morte em matéria sucessória).

[Nota: acto homicida voluntário, cf. Art. 2034.º/b)]

A morte é um facto:

Constitutivo, Modificativo e Extintivo de relações jurídicas !!!


A Abertura da Sucessão :

Noção - É o início jurídico do processo complexo tendente


à devolução sucessória das relações jurídicas
transmissíveis do de cuius.

Causas - A morte do autor da sucessão


Determinantes
- A existência efectiva de relações jurídicas
transmissíveis sucessivamente (com a
existência de um mínimo).

Cf. 2031.º, o momento da abertura da sucessão é o da morte !!!

Importância da fixação do momento ?

Dele dependem consequências jurídicas importantes:

1.º A vocação sucessória/chamamento, tem lugar no momento


da abertura da sucessão. [2032.º/1]

2.º Todos os pressupostos da vocação são aferidos nesse


momento (prevalência da designação sucessória; existência ou
personalidade jurídica do chamado; capacidade sucessória).

3.º A verificação da retroactividade, na aceitação da herança.


[2050.º/1 + 2249.º]

4.º Igual verificação nos casos de repúdio. [2062.º + 2249.º]

5.º Retroactividade da partilha. [2119.º]

6.º Quanto à proibição dos pactos sucessórios (ou seja, após


a abertura já é possível alienar repudiar, etc.). [2124.º ss. +
2249.º ss.]

7.º Quanto ao valor dos bens para cálculo da legítima. [2162.º]

8.º Quanto ao valor dos bens doados, para efeitos de colação.


[2109.º/1]
Quanto ao lugar da abertura da sucessão ?

Será relevante ?

Critério – Cf. 2031.º/2.º parte, no lugar do último domicílio


do de cuius.

Portanto = Lugar da morte

Importância da sua fixação :

1.º Competência territorial dos Tribunais nos processos de


inventário e habilitação judicial. [77.º/1 CPC]

2.º Competência para o processo cominatório de aceitação


ou repúdio da herança. [2049.º + 1467.º CPC]

3.º Lugar da entrega do legado de coisa genérica ou


dinheiro. [2270.º]

4.º Liquidação (se aplicável) do IMSISD [Art. 58.º] ou do


Imposto de Selo, ou seja, na Repartição de Finanças do
Concelho ou Bairro Fiscal do domicílio do de cuius.
A Vocação Sucessória :

Noção – É o chamamento de herdeiros ou legatários (feito pela


Lei ou pelo de cuius) à titularidade das relações jurídicas
transmissíveis do falecido, no momento da morte.
=
Designação
Sucessória – É a indicação de um sucessível feita antes da
morte do de cuius, pela própria Lei ou por um
negócio jurídico praticado de harmonia com ela
(testamento; doações mortis causa).
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Hierarquia 1.º Herdeiros Legitimários (2157.º +2133.º).


Das
Designações 2.º “ ou Legatários contratuais.
Sucessórias (1701.º + 1705.º/3 + 1759.º/3 +
2311.º + 2313.º).

3.º “ “ “ testamentários.

4.º “ Legítimos (2132.º + 2133.º).


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Terá o designado, em vida do autor da sucessão, um


direito subjectivo aos bens (sobre os bens hereditários) ?
Ou terá uma expectativa jurídica de os vir a receber ?
Ou terá uma expectativa não jurídica (de facto), uma
simples esperança, de que os bens um dia serão seus ?
Depende:

1.º Na Sucessão Testamentária e Legitima...

2.º Na Sucessão Legitimária...

3.º Na Sucessão Contratual...


Conteúdo da Vocação Sucessória:

1.º Direito de Aceitar ou Repudiar a Herança (ou Legado).


Artigos 2050.º ss. + 2062.º ss. + 2249.º
Cf. Doutrina da aquisição mediante a aceitação = “ipso iure”.

2.º Poderes de Administração.


Artigos 2047.º/1 + 2056.º

3.º Poder de Requerer (como interessado na herança) a


Nomeação de Curador à Herança Jacente.
Artigos 2048.º/1 e 2 + 89.º ss. + 94.º

4.º Direito à Informação e à Apresentação de Coisas ou


Documentos.
Artigos 573.º ss. + 1476.º ss. CPC

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Objecto da Devolução Sucessória :
Quais os direitos hereditáveis e quais os inereditáveis ?
Princípio geral, Cf. Artigo 2025.º
Assim, existem 3 fontes de inereditabilidade (ou
intransmissibilidade sucessória), a saber :

1.ª Inereditabilidade Natural


A que resulta da extinção de direitos em razão da sua própria natureza,
por morte do respectivo titular (visam-se os direitos pessoais).

2.ª Inereditabilidade Legal


A que resulta directamente de uma imposição legal.

3.ª Inereditabilidade Negocial


A que resulta da vontade do autor da sucessão, a quem é permitido
dispor que determinados direitos de que era titular venham a extinguir-
se à sua morte. O que pressupõe, antes de mais, a renunciabilidade dos
direitos.
O âmbito da sucessão não se basta com as relações
jurídicas do De Cuius:

1.º Direitos Constituídos ex novo


Exemplos:
- Instituição testamentária de usufruto (2030.º/4; 2072.º e 2258.º);
- Legado de alimentos ou legado de pensão (2073.º);
- Constituição de novos direitos de crédito sobre o herdeiro (2251.º/2);
- Direitos dos sucessores aos bens previstos no artigo 2069.º.

2.º Situações que Lei liga à sucessão mas que não constituíam relações
jurídicas do falecido.
Exemplo: Despesas com o funeral, etc. (2068.º)

3.º Regimes especiais para certos casos de aquisição por morte.


Exemplos:
- Aquisição do valor do seguro de vida do de cuius pelo beneficiário;
- Transmissão por morte do direito ao arrendamento (85.º, 112.º e 121.º do
RAU e 23.º do RAR).

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Ainda no tema “Objecto da Devolução sucessória”, o problema
específico da Hereditabilidade do Direito de indemnização !!!

Artigos: 483.º + 562.º + 566.º.

1.º Por Danos Diferentes da Morte ?

a) Por danos patrimoniais, Cf. 2024.º

b) Por danos não patrimoniais, Cf. 496.º/1 e 3 + 566.º

2.º Por Lesão de que Proveio a Morte ?

a) Danos patrimoniais, ou não patrimoniais, sofridos directamente


por certos terceiros que não o lesado, Cf. 495.º

b) Danos patrimoniais, ou não patrimoniais, sofridos pelo lesado.

Danos patrimoniais, Cf. regime geral.

As dúvidas colocam-se quanto aos Danos Não Patrimoniais !!!


Dúvidas, porquê ?

Porque há quem considere que indemnizáveis são apenas os danos


não patrimoniais sofridos entre o momento da agressão e o da morte
(Ex: dores, sofrimento, medo da morte, etc.)

Ora, neste caso:


-O “dano da perda da vida em si mesmo” não seria indemnizável !!!
-Em caso de morte instantânea, não haveria lugar a indemnização
por danos não patrimoniais.

No entanto, é predominante a doutrina (Pereira Coelho; Galvão


Telles; Vaz Serra; Leite de Campos) e a jurisprudência que considera
indemnizável o “dano não patrimonial da perda da vida”.

Admitida a possibilidade, quem serão os titulares


activos desse direito de indemnização ?

1.ª Posição – Tais direitos caberiam primeiro ao De Cuius e, depois,


transmitir-se-iam sucessoriamente aos herdeiros legais
(2133.º, 2157.º) ou testamentários (2179.º).

2.ª Posição – Tais direitos, após terem cabido ao De Cuius,


transmitir-se-iam sucessoriamente apenas às pessoas
mencionadas no Art. 496.º/2.

3.ª Posição – Tais direitos são adquiridos, directa e originariamente,


pelas pessoas indicadas no art. 496.º/2, não havendo,
portanto, transmissão sucessória.
“iure proprio = iure hereditatis”

A opção por uma é importante ?

- Resposta pelos encargos da herança;


- Diferente titularidade do direito.

Critério ? - Artigo 496.º/2 (que tipo de danos se querem


indemnizar ?)

- História, Letra e Espírito da Norma.


Pressupostos da Vocação Sucessória :

Cf. 2032.º

1.º Titularidade da Designação Sucessória Prevalecente;

2.º Existência do Chamado (existência = personalidade)

- Anterior - Nascituros - Concebidos

- Não concebidos (concepturos)

Artigos: 1798.º (350.º/1) + 1800.º + 1855.º

- Posterior - A questão da ausência !!!


O ausente é chamado ? Sim, com curadoria
provisória e definitiva.
Artigos: 94.º + 120.º ss.
E na morte presumida ?
Não, cf. Artigos 114.º e 115.º

3.º Capacidade Sucessória


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Portanto, Destinatário da Vocação é :

O titular da designação sucessória prevalecente no momento da morte do De Cuius ,


contanto que, nesse momento, exista e tenha capacidade sucessória.
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Especial atenção à Capacidade Sucessória !!!

Noção- É a idoneidade para ser chamado a suceder como herdeiro ou


como legatário.

Princípio
Geral – O mesmo que vigora na matéria da capacidade jurídica, ou seja,
a capacidade é a regra; a incapacidade a excepção.

Momento de Referência
(para fixação da capacidade) – O da abertura da sucessão. A capacidade
deve existir nesse momento e só nele.
Com 1.º - Nascituros ainda não concebidos;
Excepções - Pessoas colectivas ainda não reconhecidas.

2.º - Instituição de Herdeiro ou Legatário com condição suspensiva.

3.º - Na situação de Indignidade, cf. 2034.º/d).


As Incapacidades Sucessórias podem resultar :

1.º Das particulares relações existentes entre o De Cuius e certas


pessoas.
Artigos 2192.º a 2195.º, 2197.º e 2198.º

2.º Da colisão com interesses legalmente protegidos de terceiras


pessoas.
Artigo 2196.º

3.º Das situações de casamento, legalmente desfavorecidas.


Artigo 1650.º/2

4.º Por Indignidade (resultante de comportamento face ao De Cuius, e de acordo


com a vontade presumida deste).

Cf. Artigo 2034.º, o comportamento indigno pode resultar:

- De atentado contra a vida do autor da sucessão ou seus familiares;

- “ “ “ “ honra “ “ “ “ “ “ “ ;

- “ “ “ a liberdade de testar;

- “ “ “ o próprio testamento.
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E a Declaração de Indignidade ?
Será exigida uma acção judicial,
tendente à declaração de indignidade ? .

A Doutrina divide-se:

Pereira Coelho – Defende que as incapacidades não operam


automaticamente, sendo sempre necessária a acção
judicial que declare a indignidade.

Oliveira Ascensão – Defende que a indignidade, como incapacidade,


produz efeitos independentemente de declaração
judicial.

A jurisprudência (STJ) – Decidiu que a acção só será necessária


quando o indigno se encontrar na posse dos
bens.

Cf. Posição de Capelo de Sousa !!!


Modos de Vocação Sucessória :

1) Originária Vs. Subsequente

Vocação 2) Pura Vs. Condicional ou a Termo

3) Simples Vs. Modal

4) Directa Vs. Indirecta

1)
Vocação Originária- Aquela que se verifica no próprio momento da abertura da
sucessão. Cf. Artigo 2032.º/2

Vocação Subsequente- A que se opera em momento posterior ao da abertura


da sucessão. Ex.: 2028.º + 2062.º
2)
Vocação Pura- Surge quando os sucessíveis são chamados a sucederem sem que
os efeitos dessa vocação estejam dependentes de qualquer facto
futuro e certo (termo) ou futuro e incerto (condição), suspensivo
ou resolutivo.
3)
Vocação Simples- Quando o sucessível é chamado sem que o autor da sucessão
lhe possa impor ou lhe imponha quaisquer encargos ou
cláusulas acessórias modais, apenas estando sujeito aos
deveres legais e gerais.
4)
Vocação Directa- Quando a vocação é feita a favor do sucessível originalmente
prioritário.

Vocação Indirecta- Quando a vocação é feita a favor de um sucessível que é


chamado em vez do primitivo designado prioritário, por este
não ter podido, ou não ter querido, aceitar a sucessão.
Exemplos de Referência: - Direito de Representação;
- Substituição Directa ou Vulgar;
- Direito de Acrescer.
O Direito de Acrescer :

Noção- O direito do sucessível, chamado simultaneamente


com outros, de adquirir o objecto sucessório que
outro (ou outros) dos sucessíveis não pôde ou não
quis aceitar.

Para além de algumas particularidades em cada espécie de


sucessão, para que o direito de acrescer se verifique, é necessário
ter em conta:

Pressupostos 1.º Substituição Directa


Negativos 2.º Vontade do autor da sucessão contrária
ao acrescer
(ou seja, a não 3.º Direito de Representação
verificação de 4.º Transmissão do direito de aceitação ou
circunstâncias repúdio
que farão funcionar 5.º Pessoalidade no legado
outros institutos
sucessórios)

Notas:
• Na sucessão legitimária, os dois primeiros não são possíveis !!!
• Na sucessão legítima e testamentária, são-no !!!

Pressupostos 1.º A existência de uma quota vaga por


Positivos falta de herdeiros legais, testamentários
ou contratuais ou de legatários da mesma
(ou seja, a necessária natureza (testamentários ou contratuais)
verificação de algumas
circunstâncias) 2.º A existência de pluralidade de co-herdeiros
ou de co-legatários

Notas:
• Na sucessão testamentária (cf. 2301.º + 2302.º), o direito de acrescer
funciona seja, ou não, conjunta, a instituição.
Entre o exercício do direito de aceitação ou repúdio e o momento da
declaração da herança vaga para o Estado pode decorrer um largo
período de tempo. Surge, assim, a figura da: Herança Jacente.

Nestas situações, a Lei


consagra um conjunto
de medidas que visam: a) A administração dos bens destinada à sua
conservação (2047.º + 2048.º);

b) Uma rápida cessação da situação de


jacência, através de um mecanismo
processual (o processo cominatório de
aceitação ou repúdio – 2049.º).

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A Aceitação e/ou Repúdio da Herança

Caracteres gerais da aceitação e do repúdio:

- Actos jurídicos unilaterais não receptícios;

- Individuais (2051.º);

- Livres (salvo a presunção do 2049.º/2);

- Puros e simples (2054.º/1; 2064.º/1);

- Indivisíveis (2054.º/2; 2064.º/2 + 2249.º. Com excepção: 2055.º


para herança e 2250.º para legados);

- Só têm lugar após a abertura da sucessão (2028.º; 2032.º);

- Irrevogáveis (2061.º; 2066.º);

- Retroagem ao momento da abertura da sucessão (2050.º/2;2062.º)


Regime Particular da Aceitação

● Espécies de Aceitação (2052.º; 2071.º; 2102.º/2):

1) Pura e simples;

2) A beneficio de Inventário (2053.º).

● Modo de Aceitação (2056.º):

1) Expressa;

2) Tácita.

● Efeitos da Aceitação (2050.º):

1) Aquisição da herança;

2) Domínio e posse.

Regime Particular do Repúdio

● Formas do repúdio (2063.º; 2126.º):

1) Herança com coisas imóveis;

2) Herança apenas com coisas móveis.

● Regimes especiais de repúdio:

1) Sucessível casado (1683.º/2; 1687.º);

2) Menores/nascituros; Interditos; Inabilitados.

● Efeitos do repúdio (2062.º):

1) O sucessível é considerado como não chamado (2032.º/2);

2) Retroactividade dos efeitos do repúdio.

● Sub-rogação pelos credores do repudiante (606.ºss.; 2067.º;


1469.º CPC)

● Aceitação pelo Estado – Desnecessidade de aceitação e


impossibilidade de repúdio.
A Petição da Herança

● Acção de petição (2075.º) ≠ Aceitação

● - Legitimidade activa (2078.º);

- Legitimidade passiva (2075.º; 2076.º; 2077.º).

● Forma e prazo da acção de petição

● Reivindicação da coisa legada (2279.º)

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A Administração da Herança

● Início e termo do cabeçalato

● Estrutura da
administração: 1) Cabeça de casal (2080.º e ss.)

2) Exercício conjunto dos herdeiros (2091.º)

3) Testamenteiro [eventual (2320.º e ss.)]

● Poderes e deveres
dos órgãos de administração: 1) Do cabeça de casal

2) Dos herdeiros

3) Do Testamenteiro

● Sonegação de bens (2096.º)


A Alienação da Herança (2124.º e ss.)

O herdeiro pode transmitir a outrem o seu direito à herança ou ao


quinhão hereditário, onerosa ou gratuitamente.

● Contudo, há que observar algumas regras especiais:

- Quanto ao período em que é admissível;

- Quanto aos modos de alienação.

● Especificidades:

- O objecto da alienação (2125.º);

- A forma da alienação (2126.º);

- Os efeitos da alienação;

- Direito de preferência (2130.º).

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Encargos da Herança e sua Liquidação


● Encargos ordinários da herança (2068.º e 2070.º) ≠ Especiais

● Responsabilidade pelos encargos da herança

● Direitos e obrigações do herdeiro em relação à herança (2074.º)

● Modos de
liquidação da herança:

1) Herança indivisa deferida a vários herdeiros;

2) “ “ “ a um único herdeiro;

3) “ partilhada.

● Quando a herança se mostra deficitária?

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