E-Book Hipnoterapia Método Arkeos

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ÍNDICE

1. Apresentação ............................................................................................... 3
2. Introdução ............................................................................................... 5
3. Base de uma sustentação teórica ............................................................. 13
4. Conceitos modernos ................................................................................... 15
5. Comunicação hipnótica .............................................................................. 23
6. Símbolo ...................................................................................................... 26
7. Hipnose e sua relação com a Psicologia analógica ....................................... 27
8. Introdução ao método Arkeos® .................................................................. 28
9. Conclusão ................................................................................................... 30
10. Referências ................................................................................................ 32

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Hipnoterapia Método Arkeos

1. Apresentação

Gostaria de iniciar me apresentando, meu nome é Leila Mahfud, sou fundadora do


Instituto Arkeos e idealizadora de projetos voltados a treinamentos ligados ao
desenvolvimento de habilidades e capacidades do ser humano. O Instituto Arkeos
nasceu da minha vontade de inovar, por este motivo acabei sendo a precursora dos
cursos de Mesmerismo e Hipnose não verbal no Brasil e Portugal, com o objetivo e
intenção de auxiliar hipnoterapeutas a ultrapassarem as barreiras que normalmente
encontram em processos, protocolos e resultados terapêuticos.

Eu sou formada em Parapsicologia, mas antes disso iniciei meus estudos e práticas
através da World School of Healing Arts, em San Francisco, Califórnia, onde morei por 6
anos, a partir disto eu transitei por diversos tipos de cursos holísticos, incluindo terapias
corporais, coaching e microssemiótica oftálmica, que são estudos avançados de
iridologia. Os diversos outros cursos que vieram depois, ligados a hipnose e
programação neurolinguística, também me auxiliaram a entender que eu estava no
caminho certo. Eu também fui a primeira Trainer oficial de hipnose e comunicação não
verbal no Brasil através de uma parceria que fui buscar na França onde me formei anos
atrás.

Como terapeuta, e também como aprendiz, encontrei mestres que me inspiraram, como
também resistências e barreiras que me impulsionaram a me manter firme em um
propósito que vai além da organização de cursos.

Neste trajeto de aprendizados e experiências, entre os diversos cursos nacionais e


internacionais que eu já participei e depois também como professora, percebi a
necessidade de levar o conhecimento com muito mais cautela e responsabilidade.

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Por este motivo, nas seguintes páginas você irá encontrar algumas informações que são
a base de pesquisas e também narrativas de professores que eu tenho a máxima estima
e que valorizo as referências do meu aprendizado.

O método Arkeos de hipnoterapia, faz parte da releitura de um conteúdo rico que me


inspirou a evoluir nas práticas clínicas, e as explicações que seguem poderão lhe dar uma
ideia da importância sobre a formação intelectual e principalmente moral do terapeuta,
que sempre terá influência na sua atuação terapêutica, como um condutor para
compreensão do processo de vida do seu cliente.

Como parapsicóloga, hipnoterapeuta e analogista, gosto de unir conceitos e ideias com


uma base sólida, mas também aberta as possibilidades extra psíquicas, como também
ao entendimento de fenômenos e mistérios da vida. Com isso, me permiti vivenciar as
novas percepções que todas as minhas experiências com as práticas do magnetismo me
trouxeram, mas sempre me mantendo como buscadora de respostas concretas que
pudessem me proporcionar um propósito maior. Desta forma fui elaborando e
evoluindo nos métodos de trabalho e nas conquistas de resultados que favorecessem
meus clientes de uma forma muito mais reveladora, profunda e transformadora.

Eu não conseguiria colocar em poucas palavras essa jornada, mas afirmo que mesmo
que tenhamos a necessidade de explicações lógicas para tudo na vida, existe algo que
seria impossível de compreender sem nos permitirmos vivenciar certas experiências.

Por este motivo, te convido a abrir suas possibilidades e unir ao seu processo pessoal os
conhecimentos de base filosófica, ciência e espiritualidade integrados em um círculo
seguro que lhe manterá protegido das ilusórias e meras apresentações que certas
técnicas hipnóticas oferecem.

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2. Introdução

A história nos mostra sobre povos muito antigos que já conheciam os estados alterados
de consciência para obter respostas e profecias. A hipnose não seria conhecida como no
nosso mundo moderno, mas podemos perceber os primeiros vestígios da prática
hipnótica em épocas muito remotas.

Os sacerdotes caldeus, através da "imposição de mãos", causavam um estado de sono


profundo em meninas muito jovens, que, em um estado ampliado de consciência, eram
capazes de prever o futuro.

O mesmo se aplicaria aos outros povos, como, os Persas, os Egípcios, os Astecas, os


Maias, os Medos e os Zapotecas. A história sugere também que sob o reinado de
Amenhotep IV, no Egito, as ofertas eram feitas duas vezes por ano votivo ao Deus Aton
na forma de sacrifício de meninas; estas seriam escolhidas pelos padres entre as mais
bonitas e elas próprios aceitariam dar a própria vida, considerando como um grande
privilégio.

Essas jovens eram colocadas em um sono hipnótico profundo, durante o qual adquiriam
habilidades proféticas, para que depois, pelas mãos do sacerdote, seriam sacrificadas a
Deus passando do êxtase perfeito do transe para a morte, sem sentir nenhuma dor ou
medo.

Os judeus também usaram certas técnicas hipnóticas para provocar habilidades


proféticas; até mesmo a Bíblia apresenta o frase "Deus colocou sua mão e ele
profetizou."

Na Índia, lar das disciplinas do Yoga, as técnicas que levariam a um transe já seriam
praticadas desde antes do nascimento de Cristo.

O alquimista alemão, Cornelius Agrippa (1486-1535), em sua obra "A filosofia oculta",
mencionou sobre os “olhos que encantam e subjugam”.

O suíço Paracelso (1493-1541), cujo verdadeiro nome era Teofrasto Bombast,


relacionou a força do ímã, àquela emanada das mãos, às quais ele daria a referência de
"magnetismo" que mais tarde, seria assumido e conceituado por Mesmer.

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Franz-Anton Mesmer (1734-1815), redescobrindo o método de tratamento que já tinha
sido praticado por Paracelso e que era conhecido na Idade média, foi ainda além
afirmando sobre um fluído magnético que o homem possuiria e que seria possível
utilizar para fins terapêuticos.

Durante a vida, Mesmer ora era considerado um gênio ora charlatão. Naquela época
ninguém tinha ideia que a própria medicina oficial depois utilizaria terapêuticas
derivadas diretamente das ideias daquele visionário, como hipnose, sofrologia,
eletromagnetismo, etc.

Precisamos recuar as origens da medicina ocidental para entender a importância de


Mesmer sobre as práticas da hipnose e do magnetismo no mundo moderno. Considerar
que é ultrapassado utilizar hoje em dia os conhecimentos do mesmerismo, seria, no
mínimo, agir da mesma forma que os médicos contemporâneos de Mesmer fizeram
naquela época. Precisamos compreender as razões da hostilidade destes médicos e das
gerações futuras quanto a terapêutica magnética.

Antes do século XVI a medicina encontrava-se estreitamente ligada à superstição e à


religião. As orações, os amuletos, os sacrifícios eram considerados como promotores de
cura. Depois vem o hábito de utilizar os recursos do mundo vegetal e animal, e virtudes
curativas eram também atribuídas a certas substâncias de origem animal ou até
humana.

Com Hipócrates que abre-se uma nova era e a medicina hipocrática esforça-se em
precipitar a crise para que o organismo pudesse libertar-se do mal no momento em que
este não o minava a pessoa ainda por completo.

No século XVI (1493-1551) a revolução médica toma novos rumos, e seria introduzido o
uso generalizado dos medicamentos químicos denunciando as terapêuticas Galianas.
Quando Mesmer tenta alterar a medicina de sua época seria como renegar os
progressos realizados desde Hipócrates, que na época já utilizavam produtos
farmacêuticos cada vez mais numerosos com objetivo de abafar ou evitar a crise, visto
que o magnetismo proporcionaria efeitos benéficos pela precipitação da crise como
convulsões e transpirações.

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Os médicos da época não conseguiam conceber que o destino dos doentes ficariam nas
mãos de quem não possuiria conhecimentos médicos e afirmavam que as práticas de
magnetismo seriam impossíveis de controlar cientificamente. Consideravam como uma
afronta a venerada profissão com exceção de alguns médicos que consideravam o
magnetismo como recurso terapêutico e queriam que somente os médicos pudessem
vigiar seu emprego.

A indústria farmacêutica foi também sempre uma aliada contra uma forma de cura sem
precisar utilizar medicamentos.

Durante suas práticas, Mesmer teve vários êxitos, entre estes ele “curou” uma jovem
que sofria de cegueira psicossomática e o caso causou escândalo porque ela teria se
apaixonado por ele, então os inimigos de Mesmer aproveitaram a oportunidade para
redobrarem os seus ataques. (Como foi ilustrado em filme sobre a vida dele)

Mesmer ficou muito popular em Viena, devido às numerosas e surpreendentes curas


obtidas; esses sucessos provocariam, no entanto, reações hostis tanto por parte da
ciência oficial, como a do clero; e Mesmer seria forçado a sair Viena e, em 1778,
mudando-se para Paris.

Ele continuou por lá seu trabalho e sua notoriedade cresceu. Seus pacientes ficaram
numerosos demais para serem tratados individualmente; então, a partir disto, Mesmer,
adotaria o método de famosa "banheira", contendo água magnetizada e limalhas de
ferro.

Os pacientes se reuniam em torno dele, enquanto o som de um piano espalhava uma


atmosfera sugestiva no ambiente. Mesmer, em mantos suntuosos, vagava pela sala,
tocando o doente com uma varinha, olhando-os nos olhos e impondo as mãos quando
necessário (passes magnéticos). Geralmente, os pacientes caíam em um transe
convulsivo (método catártico adotado posteriormente), seguindo o qual “a cura” viria.

Mesmo em Paris, apesar das inúmeras curas obtidas, Mesmer conheceu a oposição da
medicina oficial. Em 1784 foi criada uma comissão de inquérito, que estabeleceu que as
curas obtidas por Mesmer deviam ser atribuídas apenas para a imaginação dos
pacientes, assim, portanto, o magnetismo animal foi condenado e definido como
desprovido de qualquer eficácia.
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Mesmer depois de vários eventos importunos perde a popularidade, mesmo com vários
êxitos, os inimigos conseguem determinar que os efeitos curativos seriam efeitos de
sugestão, apenas o botânico Antonie-Laurent Jussiu afirmou a necessidade de
prosseguirem com as pesquisas no quadro da medicina por toques.

Mesmer, amargurado por todos esses contrastes, se aposenta um Mespurg, no Lago de


Constança, onde morreu em 1815. Este personagem discutido teve apoiadores e
detratores, despertou consentimentos e críticas; no entanto, ele merece o crédito por
ter sido o primeiro a enfrentar com espírito científico em uma era rica em superstições,
em que ainda eram queimados na fogueira supostas bruxas, pelos fenômenos que até
então se confundiam com práticas mágicas.

Depois de uns 10 anos da morte de Mesmer uma comissão de inquérito, por


unanimidade, exprimiram um parecer favorável sobre as curas do magnetismo, com um
volumoso relatório depositado na Academia de Medicina em 1831, sugerindo mais
pesquisas sobre o magnetismo, mas um dos acadêmicos, Dr. Castel, estimou que seu
conteúdo faria correr o risco de comprometer os “conhecimentos psicológicos”
adquiridos, e insurge-se contra sua publicação.

Mesmer deixou uma semente e a lição mesmeriana foi retida por homens que se
preocupavam com a cura de seus semelhantes. Até um hospital mesmeriano em Berlin
foi aberto e o magnetismo chegou a progredir por algum tempo na França, Inglaterra e
até na Índia.

Depois de Mesmer alguns dos seus discípulos continuaram neste trabalho de pesquisa
e tratamentos, utilizando o magnetismo, como o Marquês de Puységur, que não usou
mais as tinas de Mesmer, mas passou a magnetização direta, e deu ênfase a algo que
Mesmer já havia descoberto: o sonambulismo provocado, como também observou o
fenômeno de clarividência desencadeada pela magnetização.

O naturalista Deleuze (1753-1835), seguiu com a magnetização direta dos passes


magnéticos e confirmou também o sonambulismo magnético.

O Barão de Potet (1786-1881) estudou mais demoradamente o magnetismo e


manifestou capacidades magnéticas muito convincentes aos médicos Parisienses.

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Elliotson explorou depois a anestesia magnética e em seu hospital Mesmérico de
Londres vários doentes se beneficiam das intervenções cirúrgicas indolores.

Mais tarde, o Dr. James Esdaile, em Calcutá, segue também aplicando em vários doentes
a anestesia magnética.

O Suíço Charles-Léonard Lafontaine (1803-1892) contribui para a elaboração das teorias


mesmerianas. Uma de suas múltiplas demonstrações que efetuou em Manchester, está
na origem dos trabalhos do Dr. James Braid.

Os círculos médicos franceses se interessaram seriamente pelo assunto, dentre eles


Broca, Velpeau, Liébault, Bernheim, Charcot.

Vários médicos magnetizadores continuaram utilizando anestesia magnética, como Dr.


Cloquet em 1826, durante 10 anos conseguiu fazer cirurgias com sucesso utilizando
magnetizadores-anestesistas, até que Dr. Dubois, 1837 aproveitou um inquérito para
levar o magnetismo para a lama.

O magnetismo perseguido entraria na clandestinidade até a segunda metade do século


XIX, e os adeptos tiveram que prosseguir as pesquisas solitariamente e contentar-se com
curas às escondidas. O sonambulismo provocado, a hipnose e até os fenômenos de
clarividência magnética proporcionariam experiências devidamente subvencionadas, e
o magnetismo propriamente dito permaneceu banido dos hospitais franceses.

Um dos corajosos facultativos que continuou com os trabalhos foi o Dr. Moilin,
publicando em 1869 o Tratado elementar teórico e prático do magnetismo. Dr. Moilin
descobriu que as curas operadas pelo magnetismo se explicariam pela ação direta que
o fluído magnético exerce sobre as células.

Moilin respondeu aos inimigos do magnetismo sobre as insinuações que a sugestão e


autossugestão estariam na origem dos fenômenos magnéticos, dizendo: “atribuir essas
curas à imaginação é zombar de uma palavra e, na minha opinião, é exatamente como
se dissesse que os doentes se curam porque têm horror à doença, tal como outrora se
diria que a água subia na bomba porque a Natureza tinha horror ao vácuo”.

Ao Dr. Moilin pertence o mérito de ter esclarecido a razão profunda de uma cura obtida
por intermédio do magnetismo. As suas conclusões foram confirmadas pelos

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pesquisadores do século XX sobre as células do organismo humano, da mesma forma
que as células dos animais e das diferentes espécies vegetais extraem das irradiações
magnéticas e compensação para o desaparecimento parcial ou total de sua energia vital
habitual.

Em meados de 1700, a misteriosa figura de Joseph, aparece o Conde de bálsamo de


Cagliostro, mágico, ilusionista, curandeiro e acima de tudo, um hipnotizador altamente
experiente, capaz de produzir estados de sonambulismo profundo com fenômenos de
clarividência, às vezes acompanhados de crises convulsivas.

Cagliostro foi preso em Roma em 1789, sob a acusação de heresia, e condenado pelo
tribunal da Santa Sé. Segundo alguns autores, Cagliostro e Balsamo seriam duas pessoas
muito distintas e aquele que morreu na fortaleza papal de San Leo, em 1795, não teria
sido o conde de Cagliostro, mas Giuseppe Balsamo.

No início de 1800, Abade Faria, uma figura mencionada por Dumas em sua obra "O
Conde de Monte Cristo", argumentou que o magnetismo seria um fenômeno
relacionado à vontade do magnetizador para produzir sugestões.

Em 1831, a Academia Francesa admitiu a indiscutível ação de magnetismo e aconselhou


seu estudo como parte da psique, mas por outro lado, em meados do século, Pio IX, em
uma de suas encíclica, condenou-a como uma forma de superstição.

Em 1846, James Braid, o médico escocês, cunhando os termos "hipnose" e


"hipnotismo", derivados da palavra Grego "hypnos" (sono), argumentou que o sono
artificial não seria o produto de algum tipo de fluido que emanaria das mãos do
magnetizador, mas puramente um fenômeno neurológico, mostrando-se capaz de
alcançar os mesmos resultados quando apontasse um objeto brilhante para uma
pessoa.

Com base nas teorias de Braid, o médico francês Henry Azam destacou a possibilidade
de usar a hipnose como anestesia em intervenções cirúrgicas. Charles Richet, em 1975,
em oposição à opinião de alguns "Estudiosos" que consideravam o estado hipnótico uma
simulação, afirmou que o sono hipnótico é um estado fisiológico normal no qual a
inteligência seria frequentemente aprimorada.

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O neurologista Jean Martin Charcot, do hospital Salptrière, conduziu, na virada dos anos
1878 - 1882, estudos importantes, mas para outro lado não estaria livre de erros
grosseiros sobre a histeria e o sono hipnótico. Ele argumentou que a hipnose seria uma
condição patológica induzível exclusivamente em pessoas histéricas, e que as mulheres
poderiam ser hipnotizadas mais facilmente do que os homens e por isso aconteceriam
os fenômenos hipnóticos nas manifestações histéricas, sendo influenciadas por ímãs e
metais em geral. Ele aceitou a tese “neurológica” de Braid, segundo a qual o estado
hipnótico seria possível induzir recorrendo a meios puramente mecânicos, mas não
negligenciou descobertas importantes subsequentes sobre a influência de expectativas
e sugestionabilidade do sujeito.

Segundo Charcot, a hipnose ocorreria na forma de três possíveis estados distintos e


sucessivos: catalepsia, letargia e sonambulismo induzido. Esta tese mais tarde se
mostraria parcialmente incorreta, mas no entanto, foi a primeira tentativa de dividir o
fenômeno em fases distintas caracterizadas por manifestações de crescentes potência.

Na Universidade de Nancy, com os professores Bernheim e Liébeault, adotariam uma


abordagem inteiramente diferente.

De acordo com a Escola de Nancy, a sugestão verbal poderia apresentar notável eficácia
terapêutica em grande número de casos; no entanto, embora foi reconhecido que as
sugestões são particularmente fortalecidas pelo estado hipnótico do paciente, não
acreditavam que isso seria essencial para fins terapêuticos.

Conclusão que em contraste com as possibilidades verificadas da hipnose como tal,


como a eliminação da dor, não requer que sugestões verbais específicas sejam
cumpridas. Depois, Pierre Janet, aluno de Charcot, usou a hipnose como ferramenta de
pesquisa psicológica em um sentido amplo. Ele considerou o estado hipnótico induzido
artificialmente como um condição de "dissociação", pela qual uma parte da mente
funciona independentemente do resto; portanto, seria possível fazê-lo com o paciente
sob hipnose para lembrar de fatos e circunstâncias, principalmente de natureza
traumática e dolorosa, da qual não tem consciência no estado de vigília.

Sigmund Freud, cuja notoriedade dispensa comentários, estudou tanto na Salptrière,


sob a orientação de Charcot e em colaboração com Janet, ambas em Nancy sob

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Bernheim; inicialmente, fez uso da hipnose para tentar curar a histeria. No entanto, em
consideração do fato de que a suscetibilidade à hipnose variava muito de um indivíduo
para outro e que, em particular, os que sofrem de doenças mentais definitivas não
seriam hipnotizáveis, ele foi parando de utilizar a hipnose e desenvolveu a técnica
alternativa da psicanálise, na qual o terapeuta se limitaria a ouvir e interpretar o que o
paciente expressa.

A partir desta revisão rápida, emergem os diferentes e contrastantes pontos de vista a


partir dos quais foi considerada a hipnose ao longo de vários séculos e da qual uma nova
concepção, técnicas e conceitos mais modernos diferem por múltiplos aspectos.

Um método direto e inovador tem por base uma forma de "comunicação" com a mente
inconsciente. As manifestações complexas psicológicas e neurofisiológicas, que
acompanham as pessoas à recepção de estímulos hipnóticos, são apenas fenômenos
que podem ou não ocorrer, dependendo da finalidade, o operador se propõe a uma
comunicação específica, sem que por isso possa ser negado ou mal interpretado a
essência do fenômeno hipnótico, que reside sobretudo na particular "relação" entre
operador e sujeito.

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3. Base de uma sustentação teórica

“A diferenciação do psíquico em consciente e inconsciente é a premissa básica da


psicanálise e o que ela permite compreender e inscrever na ciência os processos
patológicos da vida psíquica, tão frequentes e importantes.” (Freud, S.1923)

No trabalho sobre intercomunicação entre inconscientes e Ressonância


psicoterapêutica, elaborado e apresentado por Sylvia Wenzinger, no doutorado de
Psicologia, em Buenos Aires, 2019 e publicado pelo livro do Idalino Almeida, segue a
seguinte descritiva:

O inconsciente(Ics.) é uma das três divisões da dinâmica psíquica defendida por Freud,
sendo as outras duas o pré-consciente (PCs) e o consciente (C.s). “Passando agora para
um relato das descobertas positivas da psicanálise, podemos dizer que, em geral, um
ato psíquico passa por duas fases quanto a seu estado, entre as quais se interpõe uma
espécie de teste (censura).

Na primeira fase, o ato psíquico é inconsciente e pertence ao sistema Ics. Se no teste,


for rejeitado pela censura, não terá permissão para passar à segunda fase, diz então que
foi “reprimido”, devendo permanecer inconsciente. Se, porém, passar por esse “teste”,
entrará na segunda fase e, subsequentemente, pertencerá ao segundo sistema, que
chamaremos de sistema Cs. Mas o fato de pertencer a esse sistema ainda não determina
de modo inequívoco sua relação com a consciência. Ainda não é consciente, embora,
certamente, seja capaz de se tornar consciente (para usar a expressão de Breuer) – isto
é, pode agora, sob certas condições, tornar-se um objeto da consciência sem qualquer
resistência especial. Em vista dessa capacidade de se tornar consciente, também
denominamos os sistema Cs.de pré-consciente. Se ocorrer que uma certa censura
também desempenhe um papel em determinar se o pré-consciente se torna consciente,
procederemos a uma discriminação mais acentuada entre os sistemas pcs. e Cs. Por ora,
contentemo-nos em ter em mente que o sistema pcs. Participa das características do
sistema Cs. e que a censura rigoros exerce sua função no ponto de transição do Ics.para
o Pcs. (ou Cs.)” (Freud, S. 1915)

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De acordo com (Maldavsky, D. 2017), “ (...) os pensamentos tem uma meta (as vezes
mais de uma) e consistem em atos psíquicos puramente internos, deslocamento da
energia anímica, pulsional, no caminho até a ação, até a descarga, que vão desde o
inconsciente até a manifestação, quer dizer que começam sendo inconscientes, e não,
como as representações, que derivam do vivenciar e são inscritos como traços
mnêmicos que podem fazer-se conscientes (na consciência secundária),
frequentemente via representações-palavra.” Ainda segundo o autor, “Alcança maior
alívio a proposta de Freud de considerar os processos de pensamento como atos
puramente internos, que começam sendo inconscientes e vão para a busca da
consciência via pré-consciente.”

“Os primitivos diagramas pictóricos de Freud sobre a mente, em A interpretação de


sonhos (edição Standard brasileira, vol.v, págs, 573-577, imago editora, 1972) e em sua
carta a Fliess de 6 de dezembro de 1896 (Freud, 1950ª, carta 52), foram representações
dessa visão da posição. E este esquema aparentemente simples fundamenta todas as
primeiras ideias teóricas de Freud: funcionalmente, uma força reprimida esforçando-se
em abrir caminho até a atividade, mas mantida sob controle por uma força repressora,
e, estruturalmente, um “inconsciente” a que se opõe um ego.” (Freud, S. 1923)

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4. Conceitos modernos

Prof. Stefano Benemeglio, o conhecido psicólogo e hipnólogo, criador do modelo


pragmático de hipnose dinâmica, desde sua primeira intervenção enfatizou como o
componente presente emocional em nossa mente se apresenta como a parte lógica,
mas com um sistema organizado, "inteligente", que tem como objetivo primordial a
busca de emoções para reviver em uma chave comparativa com o passado, de acordo
com o processo de compulsão por repetir eventos de objeto que são fontes de
estimulação emocional.

Comparada à instância racional, caracterizada pelo silogismo, a parte inconsciente tem


por base a analogia, que não segue a consequencialidade, mas tende a propor o passado
no presente. Nessa perspectiva, o cerimonial atua, na perspectiva da compulsão em
repetir, isto representa um meio concreto de reviver condições emocionais também
experimentadas por meio de elementos simbólicos simples.

Na medida em que somos capazes de viver relacionamentos harmonizando-nos dentro


de nós a instância lógica com a emocional, o bem-estar e a harmonia interior são
alcançados.

Através da Psicologia analógica, podemos identificar o sonho, a liberdade e a consciência


como princípios não negociáveis, onde irão dar a base de compreensão da trajetória
para a felicidade ou infelicidade.

Carlos Castaneda, durante o mesmo período, reconhecera e descrevera nos seus livros
a presença do Nagual, elemento simbólico contraposto ao Tonal, pequena ilhota do
conhecimento individual, imerso no imenso oceano desconhecido do não-Eu, populado
por diferentes e disseminadas experiências individuais, cada uma diferente e separada,
segundo um conceito binário de realidades contrapostas.

Na vida de cada um de nós, a relação original mais significativa é precisamente aquela


parental explícita no modelo dual de mãe e mulher, respectivamente para a mãe e o pai
e o menino para o pai.

Para tal eixo paradigmático, nos referimos ao nosso comportamento, ainda hoje, por
meio a satisfação e regeneração das emoções; a este respeito a hipnose dinâmica

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constituiria o meio pelo qual seria possível buscar o evento original e reviver as emoções
do passado, livrando-se do desconforto e dos problemas, do chamado socialmente "mal
das trevas" que é o sintoma que bloqueia o indivíduo.

O prof. Benemeglio, alternando momentos teóricos com exemplos práticos através do


uso de hipnose ativa dinâmica (como uma conversa direta com o inconsciente do
indivíduo) reconstruiu as maneiras pelas quais o conflito parental se desenvolveu com
os efeitos relativos que isso acarretaria, pode assim apresentar as atualizações mais
recentes como resultado de sua pesquisa apaixonada e constante.

Estar em harmonia consigo mesmo não significa estar livre de conflitos, mas viver de
conflitos "relativos" e gerenciá-los com boas emoções que estimulem a motivação e com
isso a ação.

O conflito consigo mesmo é muito problemático, na verdade, nesta condição alguém


sofre e não consegue ser capaz de definir a causa, pois a origem está em si mesmo e,
consequentemente, no genitor.

Infelizmente, a nossa cultura lógica nos leva a dar mais importância aos procedimentos
lógicos de pensamento, criando a ilusão que a nossa vida seja desta forma controlada e
protegida. Nesta caminho ilusório, não nos permitimos compreender a realidade das
nossas exigências emocionais, que ficam submersas e separadas por uma barreira lógica
intransponível, sendo uma frágil construção mental.

Como mencionado por Albert Einstein: “A mente intuitiva é dom sagrado e a mente
racional é um escravo fiel. Nós criamos uma sociedade que honra o escravo e esquece
o dom....".

O desenvolvimento filogenético recente pode explicar as nossas limitadas e falhas


capacidades, especialmente quando comparadas com o lento e mais eficiente processo
de adaptação ambiental pelas mentes mais profundas e antigas (arqueo-encefálicas,
pelo grego antigo arqueos, antigo).

Assim, a nossa existência continua, apesar das tentativas de justificativa lógica, guiada
pelas exigências fora de controle da nossa mente analógica (inconsciente), arbitro e
dona do nosso destino. Nela se acumulam experiencias e memórias, emocionais e

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instintuais, que progressivamente se unem por reconhecimentos analógicos e através
de mecanismos binários e automáticos.

Para a Psicologia analógica, a mente Inconsciente, o nosso Eu menino, possui uma


capacidade de pensamento e de elaboração analógica milhões de vezes mais eficiente
de todos os frágeis silogismos lógicos, e usa-a para satisfação das suas exigências. As
nossas emoções a povoam em eterno conflito com os simbolismos mais antigos e
arquétipos da nossa vida, originários (Pai, Mãe) e duplicados durante a vida (amigos,
parceiros, ideias, coisas) em relação binária e analógica.

A perda da possibilidade de comunicação interativa entre a mente lógica e a analógica,


leva em muitos casos ao surgimento dos “vínculos” de manipulação, verdadeiras
síndromes de chantagem emocional que nos aprisionam em um espaço de liberdade
sempre mais limitado, onde o nosso destino acha uma dimensão sempre mais limitada
e escrava. Sendo assim, dentro desse espaço emocional e psicológico se encontra o
“humus” favorável para o surgimento de sofrimento, distúrbios emocionais e
comportamentais, e das verdadeiras doenças biológicas, pressuposto de uma Morte
psico-biológica anunciada. Como resultado, o Indivíduo presa de si mesmo e da
impossibilidade de compreender o Porquê da sua Vida, se volta para uma atribuição de
culpa aberrante dirigida para si mesmo, para Deus, ou para o Destino.

A conversa com o próprio inconsciente através da conscientização inicial e posterior


celebração das emoções vividas, em um caminho que visa o reequilíbrio análogo
emocional, representa um meio concreto para desbloquear situações sintomáticas ou
para evitar que uma condição desconfortável se transforme em sintoma bloqueando a
motivação também. Na verdade, negociando com o próprio inconsciente a motivação é
apoiada, a pessoa pode, portanto, encontrar novamente, este elemento básico para
alcançar a ação e assumir a responsabilidade pessoal.

Dessa forma, consegue-se a harmonização consigo mesmo, ou seja, consegue-se o bem-


estar interior e, com isso, consegue-se melhorar a comunicação com os outros, obtendo
consentimento e consequentemente qualidade de vida.

Em apoio às suas explicações teóricas, o Pai das Disciplinas Analógicas, professor


Benemeglio, realizando intervenções de comunicação com o inconsciente e em

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particular de reequilíbrio emocional analógico, funcional para a libertação de
desconfortos e de perturbações emocionais e comportamentais através da
descompressão de limites percebidos e selos que delimitam os sujeitos, conseguiu
orientar um método de trabalho terapêutico que leva as práticas de hipnose a outros
níveis.

Através da hipnose dinâmica e do simbolismo comunicacional, possibilitou um salto


qualitativo na chave pragmática da abordagem com o inconsciente e sua linguagem,
com isso o hipnoterapeuta pode ajudar a pessoa a entrar em contato consigo mesma,
trazendo-a à consciência as escolhas na vida, os desejos ligados aos medos ou limites
percebidos como vinculativos.

A HIPNOSE DINÂMICA, elaborada e registrada pelo professor Stefano Benemeglio, é


uma fusão dos dois sistemas de comunicação em um único bloco usado pelo ser
humano. A comunicação verbal é expressa através de um sistema convencional que
ganha forma com a PALAVRA. Todos as pessoas estão cientes desta ferramenta de
comunicação e usam para atender às necessidades comunicativas na vida cotidiana.

Comunicação verbal é indicado com as iniciais C.V. e a comunicação não verbal,


identificada pelas iniciais C.N.V., se realiza através de um sistema particular, com
codificações tanto na fase expressiva quanto na receptiva e frequentemente sem
termos consciência. O sistema expressivo é realizado no uso de gestos, sons vocais ou
instrumentais, mudanças de postura durante um diálogo, e de muitas outras mímicas e
atitudes emocionais.

As primeiras manifestações vocais foram na verdade emissões de sons desprovidos de


significado intrínseco, tendo valor como expressão emocional de vários tipos. A
necessidade primária de comunicar e expressar uma emoção se origina do estado de
tensão presente em determinado momento do indivíduo; todos indivíduos usam
instintivamente esse sistema para baixar tensão e comunicar emoções aos outros.

O comportamento do indivíduo, suas decisões, derivam de necessidade interna de


liberar a tensão. Tensões estáveis sempre surgem da comparação entre o que somos e
o que gostaríamos de ser, entre o que temos e o que gostaríamos Ter.

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Com a evolução do homem, aos sistemas primários de comunicação outros sistemas
cada vez mais elaborados foram adicionados, integrando assim a fase mímica -
emocional com a fase semiológica, na qual o gesto espontâneo e a expressão emocional,
elaboradas pela palavra, adquirem um valor sócio convencional único.

Passamos assim da instintualidade expressiva à codificação lógica reconhecida pelo


grupo étnico que a formou. Isto a evolução, no entanto, permitiu que o sistema de
mímica - emocional ficasse por mais tempo, variando o papel original, que dá a
comunicação uma ferramenta analógica de alívio de estresse.

Hoje todos os indivíduos, na vida cotidiana, expressam em tais forma a tensão


acumulada.

A atenção do interlocutor sobre o que o transmissor expressa com a palavra, possibilitou


sistemas de exaustão analógicos, tensão para ser sempre ativada durante os vários
momentos do relacionamento interpessoal (sistema oculto de alívio do estresse).

Os receptores analógicos não apenas desempenham um papel de recepção, mas


também estimulam a transmissão; que conhece a operação e pode carregar o
interlocutor com tensão usando um sistema mímico - emocional composto por atitudes,
gestos, sons, semelhantes aos expressos instintivamente, por outro lado, para
descarregar a tensão.

A comunicação verbal é dirigida aos receptores lógicos do nosso interlocutor, enquanto


a comunicação não verbal é dirigida aos seus receptores emocionais; ela se constitui em
síntese uma ligação direta com o inconsciente do sujeito, durante um procedimento
hipnótico, e com o do nosso interlocutor durante um diálogo comum.

Não é possível, pela mera palavra, calibrar perfeitamente uma estimulação em relação
à necessidade inconsciente do sujeito, como o operador poderia ser muito penalizado
ou muito recompensador, produzindo uma tensão exagerada ou insuficiente.

Isso pressupõe que o C.V. tem algumas possíveis implicações emocionais, ou seja, tem,
por dedução, implicações analógicas, embora não seja fácil de calibrar. O uso do C.N.V.
permite ao operador calibrar perfeitamente um estimulação micro tensional, de modo

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a tornar uma emoção no sujeito e, portanto, uma fonte de energia, que ele terá então
que "descarregar" com a percepção do pedido fenomenológico hipnótico.

O professor Benemeglio foi precursor na utilização de um sistema de comunicação para


criar micro tensões no interlocutor, e orientá-los para atingir os objetivos prefixados
(fenomenológico / comportamental - método direto / método de hipnose).

Em outras palavras, trata-se de prestar um serviço analógico ao sujeito ou interlocutor,


contra um serviço lógico que ele retornará naturalmente ao operador. A produção de
micro tensão, por meio de atos comunicativos ou estímulos do C.N.V. tem um propósito
muito específico: dar à luz a direção dentro da estrutura mental do sujeito graças à
distonia entre a energia acumulada e a possibilidade de descarga no momento
contingente.

O acúmulo de energia vai impulsionar o sujeito para colocar em prática um


comportamento gratificante para com o operador e descarregar assim o excesso de
energia.

Se o sujeito durante um diálogo identifica a fonte que cria o tensão energética, isto é,
se o operador ajuda o sujeito a reconhecer nele a fonte estimulante e criativa da dita
tensão, ele é forçado a satisfazer os pedidos feitos. Só assim será possível cancelar a
acumulação enérgica acusada dentro de seu ser.

A decisão comportamental não é consciente, mas automática, instintiva e analógica; o


sujeito só sente a necessidade de fazer o que a fonte de estimulação exige. Muitas vezes,
mais da necessidade, podemos falar de desejo sincero, de ato de amor.

Mesmo na fase indutiva da Hipnose Dinâmica um sistema mimica - emocional por C.N.V.
permite ao operador ativar na pessoa os dinamismos hipnóticos, ou seja, as cargas
energéticas que representam a causa desencadeante, dentro do sujeito, do que
definimos:

"ESTADO HIPNÓTICO".

A chave que provoca um processo hipnótico não consiste na expressão verbal: "Agora
você vai cair no sono profundo!", mas no uso do C.N.V. da qual a ferramenta operativa
que permite criar a profundidade na pessoa sobre a necessidade ou, se preferir, o desejo

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de gratificar o operador implementando o que ele pediu (FASE DE PILOTAGEM); isto
para poder descarregar a tensão energia produzida pelo operador durante a fase
indutiva.

Encontramos no C.N.V. a ferramenta que nos permite conduzir o componente micro


tensional do interlocutor até ao atingir a meta estabelecida, que pode ser ordem
fenomenológica ou comportamental.

Neste ponto, é preciso ter em mente um fato, existe uma espécie de zona franca para
cada indivíduo denominado "ÍNDICE DE TOLERÂNCIA", no âmbito do qual é possível
sofrer micro estimulações sem que o ego RACIONAL se preocupe com isso, pois não vem
disso o que perturba substancialmente o equilíbrio.

Claro que a tensão energética sentida pelo sujeito não deve exceder absolutamente o
índice de tolerância, sob pena de curto circuito, que é a interrupção da relação hipnótica
e relacional pelo sujeito, ou pelo menos a ativação de um comportamento neurótico ou
agressivo como a única possibilidade descarga de tensão individual e autônoma.

Resumindo:

A LINGUAGEM DAS EMOÇÕES TORNA-SE COMUNICAÇÃO, COMO RECEPTORES


ANALÓGICOS, O INDIVÍDUO É SENSÍVEL A GESTOS E AO COMPORTAMENTO DA C.N.V.
EXPRESSAS PELO OPERADOR, INFLUENCIANDO MUITO A RELAÇÃO INTERPESSOAL.

Atos analógicos:

As diferentes expressões de descarga de tensão são assim definidas quando o sujeito


implementa instintivamente durante um procedimento hipnótico - dinâmico ou durante
uma indução à vigília.

A operadora de Comunicação Integral, utilizando o canal analógico, envia os estímulos


do C.N.V. (atos comunicativos definidos) e produz micro tensões no sujeito que
determinar um excedente de energia dentro do ser.

Este excedente de energia obriga o sujeito a colocar em prática um comportamento


favorável ao requisito de descarga enérgica.

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O comportamento favorável do sujeito só poderá ser a que for recompensadora para o
operador, pois somente neste caso o operador suspende as estimulações análogas da
C.N.V. e a consequente produção de micro tensões dentro do sujeito.

Atos da comunicação:

As estimulações analógicas expressas são assim definidas pelo operador para criar micro
tensões no sujeito durante a fase indutiva.

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5. Comunicação Hipnótica

Para nós, ocidentais, comunicar significa transmitir uma mensagem (transferência de


dados de uma pessoa, transmissor para uma pessoa, receptora). Para transmitir uma
mensagem a palavra é geralmente usada. Mas a comunicação hipnótica certamente não
se encaixa no conceito de comunicação comum.

A cultura ocidental nos diz para entregar a mensagem tão claramente quanto possível,
se queremos ter a melhor a probabilidade de obter que o nosso interlocutor entenda.

Mas o gatilho, que oferece a capacidade de persuasão, obriga um interlocutor a aceitar


o que estaria sendo proposto, considerados elementos não controláveis.

Podemos perceber que existem pessoas particularmente hábeis em tocar de maneira


certa o seu interlocutor, mesmo sem o conhecimento destes gatilhos, isso acontece
devido ao seu próprio sistema de comunicação. Então, quando falamos de carisma sem
saber o que realmente significa, isso deixa tudo ao acaso na comunicação humana.

Expressar uma mensagem da forma mais clara possível, de acordo com nossa cultura,
significa fazer prestar atenção ao tom da voz, à sintaxe, a gramática e argumentos. A
palavra sempre foi considerada como o único e mais importante veículo de
comunicação; então o político comunica à massa, o religioso a seus fiéis, o pai para filho,
professor para aluno, namorado para namorada, o psicoterapeuta para o paciente e o
paciente para o psicoterapeuta.

Tudo isso leva a necessidade de uma fusão entre: ato de comunicação e conteúdo,
formas de expressão e mensagens, interpretações do mundo lógico racional e
interpretações do mundo analógico irracional.

Nossa cultura ocidental acaba nos afastando da compreensão do que são emoções,
como elas inconscientemente se comunicam, que linguagem específica poderia ser
utilizada e como é possível comunicar com o nosso inconsciente interlocutor, com suas
emoções e com sua alma.

Toda essa “não-cultura” na psicologia comunicacional nos levou a acreditar que o


inconsciente é algo que existe e ao mesmo tempo não existe.

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Essa superficialidade de análise empurrou aqueles que acreditam no inconsciente
pensar que é possível se comunicar com a parte mais profunda de um ser da mesma
maneira em que você fala com o gerente do escritório, com seu amigo; em colocar no
lugar este tipo de comunicação lógica e inevitavelmente sem resposta.

A parte inconsciente, ou não-racional, não consegue compreender a linguagem com que


nos dirigimos a ela, ao mesmo tempo que nossos incômodos e as nossas preocupações
aumentam por esta falta de resposta.

O método de hipnoterapia que assume a comunicação analógica tende a favorecer o


contato direto com a mente inconsciente e tornar conhecida a realidade analógica, isto
é, de forma mais profunda, em sua essência íntima. Neste tipo de procedimento
terapêutico, o operador deve prestar um serviço analógico para o inconsciente do
sujeito submetido ao teste analógico, para que em pouco tempo, a realização de
fenomenologias hipnóticas aconteçam.

Os conceitos de Hipnose e Comunicação estão intimamente relacionados e precisam ser


compreendidos de forma integral para obter consentimento do próprio inconsciente
para atuar de forma eficaz em processos terapêuticos.

Os efeitos da Hipnose Dinâmica (não verbal) são baseados em uma codificação


automática de atos comunicativos sem significado racional e lógico, mas cheio de
significados analógicos; esses atos são implementados apenas para processos
associativos não racionais, estimulando dinamismos psíquicos do inconsciente.

Os processos associativos são essencialmente baseados em fatos que, no nível da


percepção não-racional, há uma dupla pista em que nos movemos: a pista dupla de
BÔNUS E PENALIDADES.

Este aspecto da comunicação humana analógica, “não racional”, nos permite mover
com extrema facilidade e determinação; o que não poderia acontecer se não havíamos
identificado anteriormente essa ambivalência do mensagem comunicativa de tipo
analógico (sim - não, bem - ruim, bom - ruim).

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A técnica permite-nos alcançar uma eficiência na comunicação não-verbal (C.N.V.) tão
alta que permitem-nos entrar em contato real com a mente inconsciente durante um
evento de comunicação ou procedimento hipnótico.

Uma eficiência que nos permite colocar o indivíduo em um estado absolutamente


anômalo, no qual normalmente não encontra; ou seja, em uma condição que na vida de
todos os dias ocorre de forma excepcional e não de forma sistemática.

Este estado particular não é identificado em detalhes de fenomenologias; o estado


hipnótico que não é apenas sono fenomenológico atípico como definido por Braid, é
sobretudo um estado de receptividade máxima; receptividade endereçada ao conteúdo
da comunicação analógica, que permite ao sujeito transformar os atos comunicativos
recebidos em um realidade subjetiva real.

Em resumo, a HIPNOSE DINÂMICA, original e conhecida também como Hipnose não


verbal, é um método que permite a um indivíduo (operador) criar em outro indivíduo
(sujeito) o desejo de colocar as fenomenologias em ação, estimuladas durante o
processo de hipnose. Desta forma, o comportamento gratificante do sujeito para o
operador, surge da sua necessidade análoga de reduzir a tensão produzida pelo
operador.

Esta necessidade torna-se tão forte na pessoa ao ponto de produzir fenômenos como
analgesia, catalepsia dos membros e outras fenomenologias ainda mais espetaculares.
Elas acontecem também na esfera neurofisiológica, bem como a psicológica de sujeito.

O operador se torna um símbolo perante a pessoa, e uma referência para as


necessidades e recalques inconscientes.

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6. Símbolo

Widman dizia: “a palavra símbolo refere-se ao conceito de rejuntar (grego antigo syn-
ballein) enquanto a palavra sintoma refere-se a um cair juntos; o sintoma ao contrário
do símbolo cai e acontece, não se conecta".

Talvez a divisão mais radical entre símbolo e sintoma esteja aqui: o sintoma é
essencialmente uma perda dramática de sentido, enquanto o símbolo aponta todos os
caminhos que têm a coragem de imaginar uma existência dotada de um significado. Na
verdade, do ponto de vista etimológico, a origem da palavra sintoma se encontra no
grego antigo syn (união) e temnein (corte), decodificando a tentativa de unir o que
anteriormente era desenredado, cortado em pedaços de diferentes significados.

O que diferencia o símbolo do sintoma seria precisamente o conceito de tentativa:


enquanto o símbolo implica a efetuada unificação dos significados, o sintoma seria uma
tentativa não significante, incompreendida ao nível lógico, cujo potencial patogênico
deriva precisamente de sua incompreensibilidade. Um conjunto de tentativas mal
sucedidas (sintomas) é a imagem nosológica de uma doença que, assim, é constituída
por um macro grupo de tentativas não significantes, uma Matriz em cujas malhas se
encontram, inteligentemente disfarçadas em, sonhos, frustrações, medos, angústias,
sentimentos, pulsões e emoções que, na sua totalidade e um por um, são
absolutamente inexplicáveis ao nível lógico. Deste ponto de vista, portanto, para a
psicologia analógica, a cura de um sintoma ocorre através da significação ou
transformação do sintoma em símbolo através de um processo de recuperação
comunicativa com a mente inconsciente. Assim, a doença prossegue em direção à cura
quando a Matriz sintomática, habilmente reestruturada, se torna uma Matriz simbólica
assumindo uma forma compreensível e identificável através da exploração hipnótica.

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7. Hipnose e sua relação com a Psicologia analógica

As Disciplinas Analógicas, sendo uma evolução do pensamento do Prof. Stefano


Benemeglio, reconhece a existência de uma possibilidade de comunicação entre Mente
Lógica e Mente Analógica através da inigualável ferramenta da Hipnose Analógica, meio
de estudo das evoluções profundas e binárias do pensamento inconsciente, conduz à
pesquisa de solução dos turbamentos e dos problemas emocionais que ainda
refornecem de força energética as manifestações de sofrimento, as doenças, as
aberrações.

Desse modo, as alterações do estado de consciência obtidas por meio de procedimentos


únicos e ainda desconhecidos entre muitos hipnotizadores, é possível instaurar um
diálogo a duas vozes com a mente inconsciente, própria ou do interlocutor, e guiá-la por
meio da comunicação analógica na direção de uma restauração da interação entre as
duas mentes abrindo assim as portas para a Liberdade. Então o Indivíduo, finalmente
livre, pode andar para o caminho de um novo Destino, perseguindo o próprio Sonho em
total Liberdade e em paz com a própria Consciência e renunciando as manifestações não
interpretáveis da doença e dos sintomas.

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8. Hipnose pelo método Arkeos®

O método Arkeos® oferece um sistema de trabalho terapêutico que tem por base o
desenvolvimento integral do terapeuta, utilizando um conjunto de técnicas de hipnose
verbal e não verbais, para promover resultados eficazes, mais rápidos e duradouros.

Compreende também a investigação e análise de processos inconscientes que possam


estar influenciando problemas e sintomas diversos em uma pessoa, para fazer um
direcionamento terapêutico através de um contato direto com a energia da mente
inconsciente.

Foi elaborado através dos estudos, práticas e experiências de vários anos de trabalho
terapêutico e se desenvolveu através do aprimorado das experiências terapêuticas,
recorrendo a um manancial de técnicas avançadas, dentro de abordagens da
programação neurolinguística, parapsicologia, magnetismo, hipnose verbal e não
verbal, técnicas hipno-cognitivas, hipno-comportamentais e hipno-analíticas.

O método Arkeos® segue também pesquisas e estudos sobre ensinamentos antigos


como o mesmerismo, aos quais podem servir como direcionamento a um caminho de
aprendizado mais integral, para preparar o terapeuta para as diversas possibilidades
dentro de um contexto terapêutico, inclusive situações relacionadas aos fenômenos PSI.

Os preceitos que constituíam os princípios básicos da Arte da Alquimia Hermética,


baseavam-se no domínio das Forças Mentais, e seguindo seus preceitos, toda
informação só é válida quando se tem um cuidado com a formação, porque se alargar o
conhecimento ao indivíduo que não é profundo, que primeiro não se humanizou,
poderá potencializar aspectos negativos do seu caráter.

Preocupando-se em seguir essa linha de pensamento, a método Arkeos se dirige a um


cuidado para que o terapeuta que adquirir todos esses conhecimentos possa
compreender que seu desenvolvimento moral e ético são a base do sucesso. Então, o
aluno deverá entender que o seu caminho irá depender também da sua flexibilidade e
abertura ao seu próprio desenvolvimento interno.

Então, primeiramente, tenha em mente sobre o Tripé evolutivo, onde a ciência, a


filosofia e a espiritualidade precisam caminhar juntas para dar apoio na jornada de

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qualquer buscador. A ciência torna a filosofia pragmática e a prática da espiritualidade
qualificada e consciente, a espiritualidade, por sua vez, inspira e eleva a filosofia e
propõe a ciência um desafio transcendental e a filosofia horizontaliza e democratiza a
espiritualidade. Ou seja, ENSINA A PENSAR! Oferece também a ciência o poder de um
propósito. É um real PROCESSO DE EMPODERAMENTO!

A pessoa que deseja auxiliar outras pessoas, que escolheu e tem como propósito o
serviço terapêutico, deve compreender que o seu processo de desenvolvimento pessoal
irá contribuir de forma direta ou indireta no processo do outro.

Por este motivo, a formação Hipnoterapia Arkeos oferece também a estrutura de


mentoria terapêutica, onde o aluno observa as diversas possibilidades dentro do
direcionamento da mente inconsciente e como agregar isso a um sistema regressivo e
verbal.

A formação hipnoterapeuta Arkeos é única, porque traz conhecimentos que levariam


muito tempo para o aluno compreender a importância do contexto que empregamos a
hipnose não verbal e o sistema de terapia que cria um comprometimento e
engajamento do cliente.

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9. Conclusão

Segundo este texto do Dr. Roberto Baglini, a jornada para a conquista da Liberdade e da
Felicidade implicaria o conhecimento esotérico de si mesmo.

`Os discípulos de Pitágoras admitidos dentro da Escola foram apelados esotéricos,


diferentemente dos externos que eram chamados de Essotéricos (exôtericos em grego).
Em um sentido amplo, tudo o que leva a um conhecimento interno e oculto para torná-
lo consciente e utilizável é esotérico.

A hipnose analógica seria um elo entre o conhecimento esotérico e exotérico que


lembra o mito de Caronte. Na religião grega e na romana, Charon era o barqueiro do
Hades. Como um “psicopompo”, carregava as almas dos mortos de uma margem do rio
Acheron para a outra, mas apenas se seus cadáveres recebessem as honras fúnebres
(ou, em outra versão, se tivessem uma doação para pagar a viagem); aqueles que não
os receberam (ou não tinham ofertas) foram forçados a vagar eternamente e sem paz
nas brumas do rio. Na mitologia etrusca, Charun (ou Charu) foi um “psicopompo” do
submundo chamado Hades. Na ilustração típica, parece fundamentalmente diferente
de Caronte, geralmente representado no leme de um barco, equipado com um remo,
servindo como barqueiro de almas. O demônio da morte dos etruscos é, ao contrário,
uma figura que acompanha os mortos na última jornada (a pé, a cavalo, em uma carroça)
em direção à vida após a morte. Ele se apresenta com barba, nariz de abutre e orelhas
afiadas e usa uma túnica curta e sapatos altos. Às vezes tem cobras ao redor de seus
braços e enormes asas. Ele segura um martelo na mão, seu símbolo religioso, e é
frequentemente acompanhado pela deusa Vanth, a divindade feminina pertencente ao
mundo do submundo e dona do pergaminho do Destino.

A partir dessa breve descrição mitológica, temos dados simbólicos essenciais para
entender o porquê do esoterismo implícito no conceito de hipnose analógica.

A jornada para o submundo é representativa da jornada para o desconhecido e perigoso


“nagual” do inconsciente, uma jornada que requer um Mentor e custa um preço a pagar.
Hoje sabemos que o preço a pagar é a Consciência, isto é, o transporte na margem do
Consciente da informação oculta.

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Aqueles que não estão dispostos a pagar esse preço, portanto, nunca renascerão para
uma nova vida, pois o acesso ao mundo da Morte é impedido. Charun usa cobras em
volta de seus braços, símbolos “afiolátricos” da passagem desde o Céu para a Terra mais
profunda e arquetípica, e um martelo para romper as barreiras que impedem a
comunicação entre o “nagual” e o “tonal” expandindo a superfície da limitada ilha
consciente e racional, privada da liberdade de explorar o sonho. Vanth tece o fio do
Destino humano, e acompanha Charun, uma referência ao fato inegável de que o
Destino de cada um depende da direção que o profundo inexplorado do Ego indica para
a quase cega Consciência.

Assim, nós, pequenas ilhas imersas em um Universo de não-conhecimento, um Universo


de não-matéria, gozamos da ridícula ilusão de que a jornada de Charun seja sem
propósito. ` (texto Roberto Baglini)

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10. Referências:

Hipnose Dinâmica, sistema energético, Stefano Benemeglio

Artigo de Dr Roberto Baglini, MD, PhD, Cardiologista, PNL practitioner, Hipnólogo,


Hipnotista, Analogista.

Almeida, Idalino e Wenzinger, Sylvia janaína – Ressonância Psicoterapêutica

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