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Consolidando o Plano de
Negócio e checando
AULA
os processos
Heloisa Guimarães Peixoto Nogueira
Kátia de Almeida
Meta da aula
Aprimorar os conhecimentos anteriores através
de exercícios práticos, enfatizando a atividade de
planejamento e controle.
objetivos
INTRODUÇÃO Esta é nossa última aula. Agora é hora de você testar suas habilidades e
avaliar se está suficientemente preparado para pensar em criar seu próprio
negócio. Mesmo para aqueles que não se sintam mobilizados nesta direção,
é oportuno perceber se dominam as ferramentas e desenvolveram a contento
o seu espírito de organização e planejamento.
A aula está centrada em três questões principais, a seguir propostas, porém
revisitaremos, em conjunto, todos os principais momentos da viagem que
fizemos ao longo desta disciplina. Traremos muitos exercícios para você
praticar, na medida em que os assuntos forem retomados.
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Em paralelo aos insights sobre possíveis oportunidades a desbra-
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var, necessitamos empregar as ferramentas do planejamento, para que
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possamos organizar racionalmente as informações. Para facilitar, apre-
sentamos a seguir as etapas que compõem o processo de planejamento;
a saber: Coleta de Dados, Planejamento e Elaboração do Plano.
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Atividade 1
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Trazemos, a seguir, trechos de reportagens de jornais nacionais sobre algumas 1
Néri, chefe do Centro de Políticas Sociais da FGV, garante que o brasileiro trabalhou
mais, ganhou melhor, educou-se, comprou computadores e celulares e poupou mais.
(...) Segundo a pesquisa, o índice do consumidor aumentou 14,98%, entre 2003 e
2008, contra 28,62% do índice do produtor. O primeiro mede o acesso das famílias a
bens de consumo (TV, geladeira, DVD), serviços públicos (lixo, esgoto), condições de
moradia (financiamento, número de cômodos e banheiros) e tipo de família.
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(...) Isto representa sete vezes mais potenciais empresários do que na geração
precedente – e pode significar o surgimento de milhões de novas empresas no
Reino Unido.
3- Ainda sob o mesmo título, eis outra reportagem com o título "Internet agora muda
a forma de lojas físicas":
Da mesma forma que a chegada das prateleiras que permitiam self-services mu-
dou a disposição física das lojas nos cem últimos anos, as compras online o farão
no novo século. Já vimos o comércio via Internet se tornar concorrente sério das
lojas físicas. Agora ele fará com que mudem de forma.
No Walmart, por exemplo, mais de 40% dos pedidos pelo site da cadeia de varejo
nos EUA são enviados a uma loja local da rede para retirada, porque os clientes
preferem evitar os custos e a incerteza de horários das entregas domiciliares.
Resposta Comentada
Em qualquer das três situações propostas, a resposta deverá levar em conta a
coleta e a análise de informações a nível local, regional, nacional e, muitas vezes,
internacional, seja para avaliar, com maior riqueza de dados, se a oportunidade
é exequível, seja para convencer possíveis participantes sobre a viabilidade da
proposta. É aí que entra o planejamento. Qualquer que seja a boa ideia, além
de recursos, você precisará do apoio de parceiros para seguir em frente. Afinal,
muitas vezes para convencer a si, é preciso antes convencer os outros. Desta
forma, para comunicar o seu propósito a outrem, é preciso elaborar um plano
de navegação, para mostrar as boas chances do investimento e servir de rota
para onde você deseja seguir.
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Atividade 2
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AULA
Considerando as etapas do processo de planejamento anteriormente descritas, 2
Resposta Comentada
Imagino que você fez um check-list das informações coletadas, organizado
conforme a primeira etapa do planejamento. A elaboração do check-list deve
ser cuidadosa, contendo informações significativas, que possam ajudar você a
pensar no negócio como um todo, articulando uma ideia à outra. A qualidade
dos dados trazidos influenciará os demais encaminhamentos. Por exemplo, se
você traz informações do IBGE de 2005, apesar de verdadeiras, não darão a
você condições para configurar o cenário atual dos negócios naquela região. É
preciso atualizá-las. É preciso assegurar, também, que a fonte de onde saiu a
informação é verdadeira, é crível, ou seja, é digna de crédito. A 2ª fase exige que
você decida qual(is) metodologia(s) de planejamento será a mais indicada: se
empregará o modelo SWOT, a matriz de Porter, ou outro modelo estratégico etc.
A 3ª fase envolve a explicitação daquilo que, no ambiente empresarial, é ameaça
ou oportunidade. É um ótimo momento para você poder vislumbrar cenários
possíveis e alternativos a curto, médio e longo prazos para o negócio proposto.
A 4ª fase realiza as projeções propostas no item anterior, definindo cuidados (5ª
fase) sobre o futuro. Finalmente, a 6ª fase preocupa-se com o levantamento
das leis e restrições possíveis que possam atrapalhar e/ou estimular a ideia
do negócio.
Mãos à obra
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Atividade 3
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Case Fábrica de Chocolate 3
José Schneider era um entre dez irmãos que trabalhavam numa pequena área de
terra no interior do Rio Grande do Sul, cultivando alguns poucos hectares de terra e
transformando milho em farinha, em um pequeno moinho colonial. Os resultados do
empreendimento mal davam para o sustento da família, o que levou José a procu-
rar novas oportunidades. Após muita busca e conversa com amigos e vizinhos, José
descobriu uma pequena estrutura de processamento artesanal de chocolate à venda,
localizada em Gramado. Eram quatro panelas, um forno elétrico, uma mesa, uma gela-
deira e 1.000 quilos de massa de chocolate, alojados no porão de uma casa. José não
hesitou. Adquiriu a pequena fábrica e a pôs em funcionamento num porão alugado.
Após muito trabalho e sem noções anteriores do processo produtivo e das condições de
comercialização, a empresa de José cresceu e conseguiu atingir o processamento de 300
toneladas por ano. Adquiria a matéria-prima (massa de chocolate e outros insumos) dos
grandes fornecedores do mercado, mas todos eles reclamavam exclusividade e impunham-
lhe condições de fornecimento. José revivia um antigo desconforto: o de estar refém de
um sistema. Precisava conquistar sua independência dos grandes fornecedores.
Foi quando encontrou em São Paulo um engenheiro que dominava a tecnologia para
projetar e construir a máquina que estava buscando. Este engenheiro trabalhava para uma
indústria de chocolate que se encontrava fora de operação. Nela ele havia desenvolvido a
tecnologia e o processo que o permitiam projetar e fabricar uma máquina com as especifica-
ções técnicas necessárias para a produção de um chocolate de excelente qualidade. Fornecia
para o pequeno varejo, durante o ano todo, mas em quantidade pouco expressiva.
Era preciso marcar presença nas gôndolas dos supermercados e no paladar do consumi-
dor. Era preciso formular uma estratégia de marketing mais eficaz, mas que demandaria
tempo e recursos financeiros, entretanto a capacidade instalada de produção exigia ven-
das imediatas. A participação da empresa na EXPOAGAS 2008 – Exposição da Associação
Gaúcha de Supermercadistas – constituiu-se numa valiosa fonte de conhecimentos sobre
estratégias mercadológicas, além de um grande impulso na divulgação de sua empresa.
Foi quando percebeu que precisava reposicionar sua marca no mercado. "Mas qual deve-
ria ser o seu novo posicionamento?", perguntou-se José. Por sua experiência, sabia que
as pessoas desejavam saborear o chocolate de Gramado, o qual lhes proporcionava a
sensação do clima serrano, de um chocolate puro, caseiro, feito com atenção e esmero.
E o seu chocolate continha todos os atributos desejados pelo consumidor, embora o seu
posicionamento no mercado não despertasse as sensações correspondentes. Como pode-
ria um produto desconhecido, aparentemente indiferenciado e com preço semelhante
ao das marcas tradicionais, disputar espaço com as grandes marcas? Esta era a pergunta
crucial e, sem respondê-la, seria impossível antever qualquer estratégia de marketing
bem-sucedida. "Tradição de Gramado" é a marca que veio para dar nome ao puro
chocolate da serra gaúcha.
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Hoje, se perguntado sobre os motivos que o fazem investir tanta energia, esforço e
determinação no seu trabalho, também responde sem hesitar: "Porque acredito que
o importante é ser feliz. E chocolate me lembra felicidade!".
Fonte: www.espm.br/centraldecases
Case adaptado de: Fábrica de Chocolate, produzido por Fernando Dewes e Gabriel Schlatter, da ESPM-
RS. Dezembro de 2009.
Questões para discussão:
1. Que fatores de motivação e características de personalidade estão no perfil deste
empreendedor? Qual o grau de importância da participação de cada um destes fatores
e características no sucesso do empreendimento?
2. Você deixaria um negócio familiar, ainda que pouco rentável, para se arriscar em
um meio sobre o qual nada soubesse? Quais foram os riscos envolvidos na mudança
de atividade e o que poderia levar a um desfecho desfavorável?
3. Um dos grandes desafios de José foi a entrada no mercado varejista. A resistência das
grandes redes a novos fornecedores, com marcas ainda pouco conhecidas, sempre foi
muito forte. Como vencer este desafio? Que estratégias você vislumbra para a entrada
de uma marca nova em redes supermercadistas que exigem giro contínuo do produto
e margens de lucro compensadoras?
Resposta Comentada
1. Persistência é uma das características marcantes deste empreendedor, aliada
a um sentido otimista da vida. Acredita e confirma com as ações que resultam
de seus esforços, que pode produzir resultados surpreendentes. A principal
motivação parece ser a de buscar uma melhoria contínua para seu negócio.
Outra característica que chama a atenção é a capacidade de lidar com situações
críticas com serenidade, sabendo tirar proveito das oportunidades. Enfim, é uma
personalidade positiva, persistente, paciente, ousada e madura para lidar com
situações difíceis.
2. A resposta inicial a esta questão localiza a predominância maior ou menor
de agressividade de um perfil empreendedor. Qualquer das posições pode ser
justificada. De outra parte, os riscos envolvidos com a decisão de mudar o ramo
do negócio foram imensos, já que não havia know-how anterior que embasasse
o conhecimento sobre o processo produtivo e mesmo sobre o mercado. O correto
deveria ter feito investigações anteriores para que o empreendedor pudesse se
situar no ramo e avaliar os riscos que o negócio sugeria. Os riscos incorridos foram
desde a possibilidade de insucesso na feitura do produto final até o acesso ao
mercado, ou seja, sua distribuição.
3. Nosso empreendedor é muito "safo": aprende rápido e descobre a impor-
tância da qualidade do produto e da necessidade imperiosa de diferenciação
e posicionamento. Através da participação em feiras, descobre a importância
da divulgação da marca e soma este entendimento ao reposicionamento da
marca de seu produto.
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A estrutura de um Plano de Negócio
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Na Aula 8, apresentamos a estrutura detalhada de um Plano
AULA
de Negócio, o qual serviu de inspiração para responder às situações
propostas na atividade anterior. Após a elaboração do Plano, é preciso
fazer o Sumário Executivo, documento que sintetiza de forma didática
e completa o plano do empreendimento. É feito ao final, porque precisa
dar conta, de maneira consistente, integrada e sintética, de todos os
elementos contidos no Plano. São duas páginas de texto que deverão
estar tão bem elaboradas de maneira a convencer o possível investidor,
os colaboradores e demais potenciais interessados no projeto a prosse-
guir sua leitura.
Por sua abrangência e visão geral, o Sumário deve ser colocado
na primeira seção do Plano de Negócio e deve responder às seguintes
perguntas essenciais:
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7. Tenha muito cuidado na escolha das pessoas a quem você
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entregará o plano do empreendimento completo. O Sumário
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Executivo pode ser disponibilizado livremente, mencionando
as informações necessárias para atrair a atenção do público-
alvo, mas deve ser econômico na descrição dos elementos-
chave que descrevem o "como" chegar lá.
Fonte: Mariano e Salim (2009).
Atividade 4
Leia atentamente o exemplo de Sumário Executivo apresentado a seguir. Todos os 4
Resposta Comentada
Você deve ter notado que não fica claro quem são os proponentes do empreendi-
mento. Não há qualquer informação sobre suas qualificações, se algum de seus
componentes detém know-how no assunto, experiência anterior. Não se sabe
sequer quantos são. A taxa de retorno indicada não é fruto de análise para que
o potencial investidor possa avaliar sua exequibilidade.
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Atividade 5
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Leia o texto a seguir: 5
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1. faça um checklist das mudanças ocorridas no mercado moveleiro, durante todo este
período;
2. relacione estas mudanças ao mercado organizacional e ao mercado consumidor;
3. monte um esquema, apontando quais são os atores empresariais do caso e como eles
influenciam (quando for o caso) e são influenciados pelas ações de marketing;
4. identifique as necessidades e os desejos do mercado consumidor;
5. identifique e analise, na Monidani, quais atividades e processos ela conduz de forma
exemplar e quais outros ela não consegue;
6. após esta análise, traga soluções para a empresa operar em todos os mercados orga-
nizacionais e de consumo. Faça um esquema desta nova proposta.
Resposta Comentada
1.Check list:
1. O mercado moveleiro migrou para outras regiões: Sul, Nordeste e
Centro-Oeste (mercado organizacional).
2. O Rio de Janeiro passou a se destacar no cenário nacional da capital de
serviços. Com isto, tornou-se o maior mercado de serviços e eventos do
Brasil, atraindo assim empresas ofertantes de serviços para esta região.
3. A concorrência aumentou, devido à chegada de uma empresa norte-
americana, especializada em cadeiras e uso de ferro e plástico.
4. As vendas dos móveis residenciais ficaram centralizadas nas lojas
(mercado organizacional).
5. Foi necessária a implantação de distribuidores (mercado organizacional).
6. Aumento da consciência ecológica; a procura de um contato maior com
a natureza; preocupação com a reciclagem; certificado de que a madeira
usada não seja de desflorestamento (mercado consumidor).
7. Os consumidores residenciais manifestaram o interesse pela possibili-
dade de eles mesmos produzirem seu espaço, inovarem suas casas
(mercado consumidor).
8. Surgiram novas faculdades, a partir de 2000.
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2 e 3. Atores do mercado organizacional
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Os fornecedores repassam a madeira para a Monidani por telefone ou por
meio de distribuidores, colocados estrategicamente nos lugares onde as ven-
das são maiores. Apesar das indústrias consumirem quantidades maiores de
madeira, é uma clientela reduzida, o que dá a possibilidade de os distribuidores
atenderem aos pedidos na própria indústria. A Monidani pode participar de
feiras especializadas para publicar seus serviços, o que evita disponibilizar mais
distribuidores do que possui, pode publicar através da internet.
4. Desejos e necessidades do mercado consumidor.
Desejo: Os consumidores residenciais manifestaram o interesse pela possibili-
dade de eles mesmos produzirem seu espaço, inovarem suas casas.
Necessidade: Aumento da consciência ecológica; a procura de um contato maior
com a natureza; preocupação com a reciclagem; certificado de que a madeira
usada não seja de desflorestamento.
5. Sobre atividades e processos da Monidani
A Monidani tem bastante experiência no mercado de móveis e possui custos baixos por
possuir pouca variedade de produtos, assim é muito boa em licitações. Mas ela não
possui característica inovadora e não possui experiência, nem estrutura para atender a
lojas de móveis, está voltada para um segmento que está em crescimento por causa
dos interesses do setor de serviços e de pessoas de montarem seus espaços.
6. Novo esquema de atuação da Monidani
A Monidani deve continuar atendendo seus clientes antigos, mas procurar novos
clientes. Com isto, será necessária a contratação de mão de obra especializada,
começar a inovar os produtos e serviços através de parcerias com as novas faculdades
de marcenaria e arquitetura. Necessitará de um número maior de distribuidores para
atender os lojistas ou até mesmo criar suas próprias lojas e seus depósitos, mas terão
de atender clientes que comprem em quantidade menor. Para atender os clientes
que compram uma maior quantidade de produtos, é preciso abrir escritórios nas
localidades das indústrias. Pode atender também às universidades para agregar mais
experiências com novos produtos, do tipo: ferros, plásticos, espumas e, consequen-
temente, aumentará o seu número de fornecedores e conseguirá competir com
a empresa norte-americana. A melhor solução é a Monidani fortificar
suas posições nos locais de competição.
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checando os processos
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nacional e internacional, com vistas a compreender a inserção dos proble-
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mas organizacionais em nossos dias. Tangenciamos também o universo
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das questões políticas, tecnológicas e econômicas no esforço de captar a
dinâmica paradoxal dos processos econômicos e suas consequências, no
âmbito das organizações e da sociedade. Tais insumos nos permitiram
entender um pouco mais sobre as contradições e paradoxos que o conceito
de globalização abriga e como tal situação afeta as trocas e o comporta-
mento dos mercados internacionais e locais. A seguir, procuramos mapear
as mudanças dos cenários dos negócios no Brasil, nos últimos anos, e os
efeitos das mudanças tecnológicas nos níveis organizacionais e nas demais
dimensões sociais. Em outro enfoque, exploramos alguns dos efeitos das
mudanças globais nas empresas em sua estrutura, nos modelos de gestão
e na forma de gerir o conhecimento acumulado.
Na perspectiva do empreendimento a construir, procuramos
trazer bases teóricas para compreender a empresa como um organismo
vivo; ter noção dos ciclos de vida que as empresas passam e de como o
processo sucessório deve ser cuidado, desde o início de suas atividades.
Abordamos também a questão de como as práticas cultivadas pelas
empresas traduzem modelos culturais e revelam muito da história do
Brasil, através de seus traços culturais e de como é preciso reconhecê-los,
para não cair em suas armadilhas.
Ancorado nessas bases macrossociais, o empreendedor pode então
se debruçar sobre seu sonho de negócio e empreender os passos para
torná-lo realidade, desde o reconhecimento e a avaliação econômico-
financeira da oportunidade de negócio até a construção e implantação
das ferramentas de gestão, traduzidas no modelo de negócio, na estrutura
organizacional, na forma do trabalho, no posicionamento do produto
e na estratégia de segmentação. A construção da empresa na prática
envolverá todo o esforço de planejamento, organização e controle das
ações empreendidas, mediadas pela cultura da organização, na pessoa
de seu empreendedor.
Esperamos que a viagem tenha sido proveitosa, porém sabemos
que, mais do que palavras, é preciso o choque da realidade para aprender
a lidar com as mais diferentes situações.
Se você pretende construir um empreendimento de sucesso, desen-
volva suas capacidades e competências e mantenha-se atualizado. Uma
empresa viva é o resultado de um empreendedor atuante.
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Atividade Final
A Atividade Final apresenta uma situação problemática. Trata-se de uma decisão sobre 6
uma situação que envolve a compra ou o aluguel de automóveis. Mesmo não sendo
similar à proposta que você eventualmente tenha em mente, possibilita exercitar a capacidade
de raciocínio necessária para tomar o rumo mais adequado, do ponto de vista financeiro.
Leia o texto a seguir e responda: é melhor comprar ou alugar?
Usualmente, sua empresa fornece automóvel para seus 50 representantes, os quais se respon-
sabilizam pelo consumo de combustível. As locadoras podem alugar veículos populares simples
por um pacote mensal, incluindo seguro total que custa, em média $ 1.800,00 por mês, para
cada veículo locado. Você poderia comprar estes veículos por $ 12.000,00, financiados com
uma taxa de juros de 3% ao mês, sem entrada e por um prazo de três anos pelo sistema Price
– sistema Price é aquele em que as prestações são todas iguais. Os custos com seguro são da
ordem de $ 1.000,00, por ano, e podem ser financiados em 12 meses, com uma taxa de 3%
ao mês – o seguro deve ser renovado, anualmente, nas mesmas condições. O emplacamento
custa $ 800,00 anuais, devidos no início de cada ano.
Lembrar que, se você comprar automóveis novos, a garantia dura 1 ano. Após este período,
você deve reservar $ 100,00, por mês, para manutenção. Se o veículo for alugado, você não
precisa prever esta despesa. Considere que automóveis populares com três anos de uso podem
ser vendidos por 70% do seu valor de novo. Afinal, dadas estas premissas, você deve comprar
ou alugar os veículos? Use a taxa de desconto de 3% ao mês.
Gastos totais com compra de veículos:
Prestação Price do veículo: $ 549,65;
Prestação do seguro: $ 100,46;
Emplacamento: $ 800,00 nos meses 1, 13, 25, você não precisa pagar a do mês 37, porque
pretende vender o carro a cada três anos.
Revenda: 70% de $ 12.000,00 = 8.400,00
Fluxos de Caixa
t1 t2... t12 t13... t25... t36
1.800,00 1.800,00 1.800,00 1.800,00 1.800,00 1.800,00
Resposta Comentada
É melhor comprar. Comprar custa, a valores de hoje, menos que alugar. Aliás, como
é lógico, de outra forma, as locadoras não teriam lucro e não seriam viáveis. Obvia-
mente, se estamos falando de prazos de tempo menores, podemos chegar a um
determinado prazo abaixo do qual é melhor alugar.
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RESUMO
AULA
Nesta aula, buscamos consolidar os conhecimentos adquiridos ao longo da
disciplina, enfatizando a atividade de planejamento e controle através dos
processos de captação e organização da informação. Procuramos reforçar
alguns dos passos necessários à realização do Plano de Negócio, tais como
o monitoramento das negociações com o mercado através das ações de
planejamento e da manutenção de uma estrutura de dados azeitada e
disponível para o processo de decisão.
Já que todas as fases do Plano de Negócio foram apresentadas ao longo das
aulas, procurou-se, nesta aula, propor alguns exercícios que testassem seu
conhecimento e acuidade para resolver as situações propostas, envolvidas
com o despertar de uma oportunidade de negócio; a organização do
pensamento quanto aos dados de mercado a serem compilados; a análise
crítica de um Sumário Executivo e a resolução de um estudo de caso.
Finalizando, apresentou-se um exercício financeiro com vistas a colocar
você numa situação de avaliação sobre qual a melhor solução para uma
empresa: alugar ou comprar veículos.
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