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Vittoria e Duda- T7 hematopoiese

➔ processo de formação das células sanguíneas


linhagem hematopoiética ➔ esse processo começa a partir de uma célula tronco
pluripotente (capaz de se diferenciar em qualquer
tecido do corpo) - ela vai dar origem às nossas células
- essa célula precisa se dividir e dar origem a
células filhas, parte delas vão dar origem aos
progenitores (linfóide e mielóide) e a outra
parte faz uma auto renovação (ou seja, substitui
a célula mãe que foi dividida), por isso tem o
processo de auto renovação constante na
medula óssea
➔ quando se divide em linfoide e mieloide elas passam a
ser uma célula tronco multipotente (ainda consegue se
diferenciar em muitas células, mas é um poder menor
comparado a pluripotente)
- a diferenciação da linhagem linfóide vão dar
origem aos linfócitos (B e T) e NK
- a diferenciação da linhagem mielóide vão dar
origem aos eosinófilos, basófilos, neutrófilos
macrófagos (leucocitos granulócitos) e as
plaquetas e hemácias
locais de hematopoese:
➔ primeiras semanas do período fetal: “ilhotas
sanguíneas” na parede do saco vitelínico,
desenvolvidas a partir de hemangioblastos (até ±
segundo mês)
➔ até o sexto mês: fígado e baço (local de hematopoese
extracelular)
➔ do sétimo mês até o nascimento: medula óssea e
resquícios no fígado e baço
➔ vida adulta: medula óssea (faz síntese das células
sanguíneas)

➔ ao falar de produção na medula óssea (ambiente


propício para a proliferação, maturação e diferenciação
das células), pois lá contém células acessórias que vão
influenciar no processo de produção das células
sanguíneas, e propício para nutrientes e o2
➔ estroma da medula: local onde tem as células
adequadas e um microambiente vascular
- células estromais: adipócitos, fibroblastos,
➔ o fígado e o baço também podem retornar seu papel células endoteliais e macrófagos
hematopoético quando preciso (em doenças - essas células vão expressar fatores de
hemolíticas e talassemias) crescimento para estimular as células troncos a
➔ na infância (0 a 2 anos) todos os ossos têm a medula produzirem mais células sanguíneas, como
óssea vermelha, ao longo do crescimento ocorre uma estimular moléculas de adesão fazendo com que
substituição da medula óssea vermelha por gordura as células fiquem presas nesse estroma da
(medula óssea amarela) medula


regulação da hematopoiese:
➔ os fatores de crescimento (na maioria são hormônios),
influenciam na proliferação, diferenciação e maturação
das células
➔ também podem ser citocinas
➔ fatores inibitórios: para não ocorrer uma produção
exagerada de célula sanguínea
- esses fatores são produzidos por linfócitos (que
produz as linfocinas), células endoteliais e
células granulocíticas maduras
- produção de interferon gama e TNF alfa que
são citocinas produzidas para frear a
proliferação das células hematopoiéticas trombocitopoese:
- prostaglandinas E e lactoferrinas ➔ formação de plaquetas, trombopoetina ( sintetizada
no fígado) estimula o progenitor mielóide (tudo
↪ proliferação: estimulada por ele)
➔ os fatores de crescimento fazem com que as célula se ➔ megacariócito (tem que ser grande), ele que forma as
divide plaquetas

↪ diferenciação:
➔ após a divisão, as células precisam ficar um pouco mais
específica, dando origem a uma célula específica (ex:
fator de crescimento age e forma o monócito- cada tipo
celular tem seu fator específico)

↪ maturação:
➔ precisa que a célula mature, pois tem formas jovens e
- tudo estimulado pela trombopoetina
precisa transformar até a fase de célula madura (para ir
para corrente sanguínea)
leucopoese:
➔ processos de maturação:
- diminuição celular
- perda de nucléolos
- diminuição das granulações primárias
- perda da basofilia citoplasmática
➔ os fatores estimuladores de colônias (CSF) e as
interleucinas são duas famílias importantes de
citocinas, que estimulam a formação dos leucócitos

↪ leucopoese de granulócitos:

➔ linhagem mielóide: origina tudo (começa e termina na


medula)
➔ linhagem linfóide: apenas tecidos linfóides (começa na
medula e precisa terminar nos tecidos, pois precisam se
maturar fora)

➔ algumas células progenitoras são conhecidas como


unidades formadoras de colônias (UFC):
- UFC-E produz eritrócitos (hemácias)
- UFC-Meg produz megacariócitos (a fonte de
plaquetas)
- UFC-GM produz granulócitos (especificamente
neutrófilos) e monócitos

eritropoese:
➔ estimulada pela eritropoetina (principais produtores
estão nos rins)
➔ caso ocorra insuficiência renal, a liberação de EPO
diminui e a produção de eritrócitos torna-se
inadequada
↪ leucopoese de neutrófilos (granulócitos):

➔ quando vai diferenciando vai diminuindo o citoplasma


(volume do núcleo e da célula) e aumenta a quantidade
de grânulo
➔ infecção bacteriana: aumento de bastonete

↪ leucopoese de monócitos:

interpretação do hemograma
➔ hemograma analisa:
➔ quando vai para os tecidos periféricos e forma o - eritrograma: vê características das hemácias,
macrófago tamanho e etc)
- leucograma: vê os leucócitos, leucócitos são
linfócitos, eosinófilos, basófilos…)
↪ leucopoese de linfócitos: - plaquetograma: (vê as plaquetas)

eritrograma:
➔ contagem de eritrócitos
➔ o número de eritrócitos não é tão classificativo porque
as hemácias podem ser pequenas em grandes
quantidades
➔ maior valor de referência: policitemia ou eritrocitose
➔ menor valor de referência: anemia

↪ determinação do hematócrito : porcentagem de glóbulos


vermelhos
➔ hematócrito é a porcentagem de volume ocupada
pelos glóbulos vermelhos ou hemácias no volume total
de sangue
- é bom sempre olhar com o valor da
hemoglobina, o hematócrito é 3x maior que a
dosagem de hemoglobina
↪ volume corpuscular médio (VCM) leucograma:
➔ tamanho da hemácia ➔ é a parte do hemograma que pesquisa as alterações
➔ média de tamanho: 80 á 96 FL quantitativas e morfológicas da série branca
(leucócitos)

- relativo: em %

➔ confere a ideia do tamanho da célula (eritrócito)


➔ variações quantitativas:
➔ influenciado pelo número de reticulócitos circulantes

↪ hemoglobina corpuscular média (HCM)


➔ expressa a quantidade (em peso) de hemoglobina que
existe dentro de uma hemácia
➔ “é quanto o eritrócito tem de Hb em peso”
➔ HCM = Hemoglobina (g/l)
nº de eritrócitos (x 1012/L)

↪ concentração hemoglobínica corpuscular média (CHCM)


➔ cor da hemácia (quantidade de hemoglobina lá
dentro)
➔ valor de referência: 32 a 36%
- CHCM < 32 pg – hipocromia
- CHCM 32-36 pg - normocromia

↪ RDW (amplitude de distribuição dos eritrócitos)


➔ distribuição dos glóbulos vermelhos em tamanho
➔ ele constrói um gráfico, fala a quantidade de
pequenas, médias e grandes
➔ importante na avaliação das anemias
- consegue classificar o possível problemas da
anemia
- valor de referência: 11 a 15,3% plaquetograma:
- anisocitose: diferença de tamanho das células
➔ é a parte do hemograma que pesquisa as alterações
quantitativas e/ou morfológica das plaquetas
➔ avaliação qualitativa → esfregaço sanguíneo → análise
morfológica;
➔ avaliação quantitativa → método manual e
automatizado – consiste na determinação do número
de plaquetas/mm3
➔ valor de referência: 140.000 – 400.000/mm3
➔ maior valor de referência: trombocitose
➔ menor valor de referência: trombocitopenia
conceitue leucocitose relativa e absoluta ( desvio a esquerda desvio a esquerda:
➔ a evolução da célula tronco até chegar no sangue
escalonado e não escalonado) periférico é feita da esquerda para a direita
- quando ocorre um desvio de neutrófilos à
leucocitose relativa e absoluta: custa de células mais jovens
- quando se tem mais de 10% ou mais de
➔ a neutrofilia absoluta ocorre quando o número total de 700/mm3 de bastões já é considerado desvio à
neutrófilos encontra-se acima das 7700 cel/microL. esquerda
➔ caso o percentual de neutrófilos aumente, mas o
número de leucócitos total continue dentro da faixa de ➔ desvio escalonado:
normalidade, como no caso de um paciente com 7.000 - se a maior quantidade de célula são as
leucócitos/microL mas com 6000 neutrófilos/microL maduras, então o que vai estar em maior
(85% de neutrófilos), dizemos que o paciente tem uma quantidade tem que ser primeiro a célula
neutrofilia relativa (%) madura e logo depois vem o bastonete, o
➔ caso o paciente tenha aumento dos leucócitos, metamielócito (vai seguindo a ordem)
aumento dos neutrófilos e um aumento no percentual - quantidade de bastonetes neutrofílicos >
de neutrófilos, como, por exemplo: 20.000 quantidade de metamielócitos neutrofílicos >
leucócitos/microL com 16.000 neutrófilos/microL quantidade de mielócitos neutrofílicos >
(80%), dizemos que o paciente tem uma neutrofilia quantidade de promielócitos > quantidade de
relativa e absoluta mieloblastos
➔ portanto, neutrofilia relativa (%) é um aumento do - infecção bacteriana
percentual de leucócitos que são compostos por
neutrófilos, e neutrofilia absoluta é um aumento no
número absoluto de neutrófilos no sangue
➔ tanto a neutrofilia relativa quanto a absoluta podem
ocorrer em infecções bacterianas

➔ desvio não escalonado:


- quando tem um desvio que não obedece a
maturação esperada da série neutrofílica
- por exemplo um desvio a esquerda a custo de
blasto (aumento de leucócitos, mas não o
escalonamento que era esperado, pois se
espera que as células maduras aumentem
antes das imaturas)
- disfunção da medula

leucócitos:
➔ valor de referência absoluto: 4000-11000/ mm3
➔ composto principalmente por neutrófilos
- blastos/ promielócitos/ mielócitos/
metamielócitos/ bastões/ segmentados/
neutrófilos
➔ eosinófilos leucemia crônica da linhagem linfóide (llc)
➔ basófilos
➔ monócitos a. fatores de risco e proteção
➔ linfócitos
fatores de risco:
➔ um dos principais fatores de riscos associados com
LLC é a história familiar, que representa a interação
entre exposição ambiental, comportamento individual
e suscetibilidade genética
d. diagnóstico
➔ agentes químicos e radiação ➔ o diagnóstico é estabelecido pela presença de linfócitos
➔ idade (maior que 50 anos) clonais (CD 19+, CD20+, CD23+ e CD5+) no sangue
periférico em número superior a 5.000 células/mm3
fatores de proteção: por um período superior ou igual a quatro semanas
➔ manter hábitos saudáveis de vida contribui para
diminuir os riscos, isso envolve uma alimentação e ➔ depende das características morfológicas das células
sono adequados, exercícios físicos regulares e evitar o no sangue periférico e no esfregaço
tabagismo ➔ pode ser necessário análise de histologia da medula
óssea, gânglios linfáticos e baço
➔ como é uma doença que a leucocitose já está no
b. epidemiologia sangue periférico, muitas vezes se faz o diagnóstico
➔ acomete a idade mais ou menos acima 65 anos sem mielograma e biópsia de medula óssea, o
(idosos) - envelhecimento hemograma já consegue analisar
- 10% dos casos são de pacientes abaixo dos 50 ➔ complementação com estudos citogenéticos e biologia
anos molecular que dão fatores prognósticos
➔ mais comum das doenças linfoproliferativas crônicas ➔ imunofenotipagem: marcadores de células B: CD19 e
➔ corresponde 30% de todas as leucemias CD20 e células T: CD5
➔ acomete mais homens do que mulheres ➔ os linfócitos são CD79b- e FMC7-.
➔ incidência anual de 2-5 casos/a cada 100 mil
habitantes critérios:
➔ leucocitose acima de 5.000/ linfócito B
➔ predomínio de linfócitos pequenos e maduros
c. patogênese ➔ imunofenotipagem de LLC
➔ definição: a leucemia linfocítica crônica tem origem ➔ pode ter infiltração de medula óssea acima de 30%
nas células linfóides madura com esses linfócitos maduros
- crônica: células madura - não é um critério obrigatório
➔ essas células podem infiltrar nos órgãos linfóides ➔ 80% desses pacientes possuem anormalidades
como os gânglios linfáticos e baço, como também pode citogenéticas, pelo FISH:
infiltrar na medula óssea e é encontrada no sangue
periférico
➔ sua etiologia é desconhecida, mas sabe-se que
predisposição genética está envolvido, assim como
exposição a químicos e derivados de petróleo

e. quadro clínico e laboratorial


quadro clínico:
➔ maioria são assintomáticos
➔ diagnóstico em exame de rotina

sintomas:
➔ linfadenopatia generalizada
- pequenos linfonodos, podem ser volumosos
➔ a doença desenvolve-se a partir de um linfócito B
- tem características de linfonodo malígno:
maduro, que sofre mutação e adquire a capacidade de
consistência fibroelástica, móveis e indolores,
inibir a apoptose, ocasionando acúmulo de linfócitos
sem sinais inflamatórios
clonais no sangue periférico.
➔ perda de peso
➔ existe uma entidade denominada linfocitose B
➔ cansaço (por desenvolver algum tipo de anemia)
monoclonal, caracterizada pela presença de células
➔ hepatomegalia
clonais, com fenótipo semelhante àquele encontrado
➔ esplenomegalia (não volumosa)
nas células da LLC, no sangue de pacientes idosos,
➔ infiltração leucêmica nas tonsilas, meninges e pele
porém em menor quantidade e na ausência de
➔ anemia raramente intensa
sintomas.
➔ petéquias e equimoses raras (justamente pela
➔ a linfocitose B monoclonal é considerada precursora
plaquetopenia)
da LLC.
➔ infecções bacterianas frequentes (pneumonia) -
mudança da imunidade
pode evoluir para:
➔ síndrome de richter: evolução da doença para linfoma
difuso de grandes células B

quadro laboratorial:
➔ linfocitose persistente acima de 5.000/l por mais de 3 BINET:
meses ➔ no sistema de estadiamento Binet, a leucemia linfoide
➔ 20% apresentam anemia ou trombocitopenia crônica é classificada pelo número de grupos de tecido
associada linfóide afetados (linfonodos cervicais, linfonodos
➔ pode ter fenômenos autoimunes frequentes inguinais, linfonodos axilares, baço e fígado) e pelo
fato do paciente apresentar (ou não) anemia ou
f. estadiamento trombocitopenia:
➔ levar em conta as características clínicas e
➔ estágio Binet A:
hematológicas:
- menos do que três áreas de tecido linfóide
aumentadas, sem anemia ou trombocitopenia
2 sistemas: RAI e BINET
➔ estágio Binet B:
- três ou mais áreas de tecido linfóide
RAI:
aumentadas, sem anemia ou trombocitopenia.
➔ o sistema Rai está baseado na linfocitose
➔ estágio Binet C:
➔ o paciente deve ter um alto número de linfócitos no
- anemia e/ou trombocitopenia presentes
sangue e na medula óssea que não esteja relacionado a
nenhuma outra causa, como uma infecção
➔ esse sistema divide a leucemia linfoide crônica em
cinco estágios, com base nos resultados de exames de
sangue e exame físico:

➔ estágio Rai 0:
- linfocitose
- os linfonodos, baço ou fígado não estão
aumentados e glóbulos vermelhos e plaquetas
estão normais

➔ estágio Rai I:
- linfocitose mais linfonodos aumentados ➔ bicitopenia- mau prognóstico (hemácias e plaquetas
- o baço e o fígado não estão aumentados e os baixas, porém com linfocitose)
glóbulos vermelhos e plaquetas estão normais g. prognóstico
➔ estágio Rai II: ➔ baixo risco: sobrevida maior que 15 anos
- linfocitose e aumento do baço ➔ alto risco: sobrevida menor que 5 anos
- (e, possivelmente, aumento do fígado), com
ou sem aumento dos linfonodos - glóbulos
vermelhos e plaquetas normais

➔ estágio Rai III:


- linfocitose mais anemia, com ou sem aumento
dos linfonodos, baço ou fígado
- plaquetas normais

➔ estágio Rai IV:


- linfocitose mais trombocitopenia, com ou sem
anemia, aumento dos linfonodos, baço ou
fígado
j. tratamento
➔ nos casos de pacientes assintomáticos, o tratamento
não está indicado, pois não aumenta a sobrevida e
pode até mesmo piorar a sobrevida se for instituído
precocemente
➔ doença é incurável por quimioterapia, na maioria das
vezes faz apenas suporte
➔ cura: transplante de medula óssea alogênico (alta
mortalidade)

como tratar:
➔ estadiamento A, RAI 0 ou baixo risco:
acompanhamento clínico por 3 a 6 meses com
h. prevenção hemograma para definir se a doença é estável ou
➔ manter hábitos saudáveis de vida contribui para progressiva
diminuir os riscos, isso envolve uma alimentação e - se ficou estável nesse período não trata o
sono adequados, exercícios físicos regulares e evitar o paciente, continua apenas acompanhando
tabagismo.
➔ estadiamento intermediário, RAI I ou II, BINET B:
- ⅓ dos pacientes vão ter uma doença estável,
i. rastreamento e metástase apenas acompanha sem tratar
➔ para leucemia não é recomendado fazer rastreio, só - ⅔ progridem para uma doença pior, rápido
caso tenha histórico familiar, síndrome de down. aumento de gânglios no baço e de linfócitos,
➔ hemograma: vai tratar para melhorar a qualidade de vida,
- o hemograma é um dos principais exames pode tratar para diminuir os gânglios, baço
laboratoriais, ele analisa os glóbulos
vermelhos, brancos (células do sistema ➔ estadiamento alto risco, BINET C ou RAI III ou IV
imunológico) e as plaquetas (responsáveis - tratar sempre!!
pela coagulação) do sangue e é essencial para - com quimioterapia com 3 drogas (fludarabina,
o diagnóstico de diversas doenças, ciclofosfamida e rituximabe- 6 ciclos)
relacionadas com o sangue ou não. - pacientes mais frágeis nem sempre
➔ mielograma: conseguem aguentar o esquema de
- o mielograma é obtido a partir de uma quimioterapia, faz um tratamento mais fraco
amostra da medula óssea, sob anestesia, é um
dos únicos exames hematológicos que não é ➔ radioterapia: utilizada para redução de volume de
feito por meio de análise sanguínea. aqui, o linfonodos que não respondem à quimioterapia, ou
objetivo é examinar as características do esplenomegalia em fases mais avançadas da doença.
líquido para o diagnóstico de alterações como
a leucemia ➔ pacientes mais idosos e frágeis (sem condições de
- principais casos aos quais é indicada a coleta realizar a quimio) insere cuidados paliativos
do mielograma são:
- avaliação de anormalidades significativas ➔ a doença pode ter remissão (não tem mais células
observadas no hemograma neoplásicas - cura), pois não tem cura
- avaliação de tumores primários (leucemias e
doenças linfóides crônicas) da medula óssea ➔ indicações do transplante de medula óssea:
- avaliação de remissão em pacientes - LLC com del17p e que necessitam de
leucêmicos sob quimioterapia tratamento
- estadiamento de tumores que podem sofrer - resposta parcial ou resistência a FCR ou
metástase e invadir a medula óssea similar
- avaliação diagnóstica de doenças infecciosas - recidiva < 2 anos após FCR ou combinações
(p. ex., calazar) similares
- avaliação diagnóstica de doenças de depósito - doença recorrente com ou sem del17p
- síndrome de Richter.
➔ as leucemias podem formar metástase e afetar o - o transplante alogênico não mieloablativo
coração e o pulmão, mas é muito raro apresenta vantagens com mortalidade
➔ pode ir para o fígado também associada à terapia menor se comparada com
➔ podem infiltrar o SNC o transplante alogênico
leucemia aguda da linhagem linfóide as alterações características incluem o seguinte:
➔ hiperploidia ( > 50 cromossomos) é mais comum,
a. fatores de risco e proteção embora também ocorram hipoploidia e translocações
➔ múltiplos fatores estão envolvidos na etiologia da equilibradas - ocorrem somente em LLA-B
leucemia aguda, particularmente na leucemia mielóide ➔ na leucemia linfoide aguda de células B, genes
aguda (LMA) associados com o desenvolvimento linfoide em
➔ o contato com agentes químicos, radiação ionizante, estádios precoces (PAX5, IKZF1 e EBF1) estão
pesticidas, quimioterapia (QT) utilizada no tratamento frequentemente mutados
de neoplasias prévias são fatores relacionados com a - com frequência são observadas anormalidades
leucemogênese (deleção, amplificação, mutação ou rearranjo
➔ podem ser citadas também algumas infecções virais cromossômico) afetando genes supressores
(vírus Epstein-Barr [EBV], HIV, HTLV 1), assim como tumorais e de regulação de ciclo celular (TP53,
anormalidades cromossômicas constitucionais, como RB1 e CDKN2A)
a síndrome de Down, que confere risco de ➔ A LLA-T é caracterizada por translocações que
desenvolvimento de leucemia aguda de 20 vezes em desregulam a transcrição por rearranjo do lócus do
relação à população normal receptor de células T e também genes associados à
sinalização e genes supressores tumorais (NOTCH1,
FBXW7, PTEN, RB1
b. epidemiologia
➔ doença maligna mais frequente na infância ➔ é importante notar que mutações únicas não são
- incidência antes dos 15 anos suficientes para causar LLA, em vez disso, mutações
➔ acomete adultos: complementares adicionais – que aumentam
- Brasil: 6,5 casos em cada 1 milhão de pessoa tipicamente a proliferação ou a sobrevivência – são
no ano necessárias para converter um clone pré-leucêmicas
➔ pior prognóstico em adultos em relação às crianças em malignidade manifesta

➔ como exemplo de anormalidades citogenéticas


c. patogênese pode-se citar a translocação t(9;22)-BCR/ ABL1 que
leva à expressão de uma proteína com atividade
➔ definição: é uma proliferação clonal de precursores
tirosina quinase, as translocações que envolvem o
linfóides anormais dentro da medula óssea
gene MLL (11q23) e a translocação t(8;14)–MYC-IGH
➔ a etiologia é desconhecida, alguns estudos mostram
que leva à superexpressão do oncogene c-myc
que fatores genéticos podem estar envolvidos
➔ são neoplasias de pré-linfócitos B ou T imaturos
➔ pode aparecer cromossomo filadélfia na LLA
(linfoblastos)
➔ estes constituem os cânceres mais comuns da infância
➔ a maioria (aproximadamente 85%) é composta por d. diagnóstico
tumores pré-B que se manifestam como leucemias ➔ o diagnóstico é feito pelo hemograma:
agudas da infância com extenso envolvimento da - pode apresentar leucocitose com presença de
medula e do sangue periférico blastos - bem frequente
➔ LLAs pré-T tendem a se apresentar em meninos - pode apresentar leucopenia (não tem blasto
adolescentes como “linfomas” tímicos (50% a 70% dos na circulação, as células leucêmicas estão
casos) somente na medula óssea, e o hemograma
apresenta como pancitopenia ( redução de
➔ o estudo citogenético aliado a novas técnicas de hemácias, plaquetas e leucócitos)- não tem
sequenciamento de DNA têm auxiliado na detecção de como diagnosticar pelo hemograma)
alterações genéticas somáticas e germinativas
➔ a maioria dos subtipos de LLA é caracterizada por ➔ medula óssea:
alterações genéticas que modificam a regulação - avalia a medula com o mielograma: encontra a
transcricional do desenvolvimento linfóide presença de mais de 20% de blastos
➔ rearranjos cromossômicos e aneuploidias parecem ser - faz imunofenotipagem e citogenética que vai
eventos precoces na leucemogênese, enquanto dar o diagnóstico de leucemia
mutações gênicas e alteração no número de cópias do
DNA (CNV) são eventos adquiridos posteriormente ➔ imunofenotipagem: detecta que tipo de célula é (B ou
T), e detecta qual o estágio de maturação as células
➔ aproximadamente 90% dos LLAs apresentam estão
alterações cromossômicas - ex: CDs
➔ muitas das aberrações cromossômicas desregulam a ➔ citogenética: encontra alterações genéticas na célula
expressão ou a função dos fatores de transcrição que alterada (blasto)
controlam o desenvolvimento dos linfócitos B e T - ex: translocação
normais e levam à interrupção da maturação
➔ LLAs pré-B e pré-T exibem diferentes aberrações
genéticas indicando que diferentes mecanismos
moleculares estão subjacentes à sua patogênese
- LLA tipo L3 (Figura 5): blastos de grande
porte, com citoplasma intensamente basofílico
e com vacúolos. Correlaciona-se com fenótipo
B maduro (classificação EGIL), linfoma de
Burkitt (classificação da OMS).
➔ diferenciação citomorfológica entre L1 e L2 não tem
relevância clínica ou prognóstica.

g. prognóstico
pior prognóstico:
➔ idade
- (acima de 60 anos) - quanto mais velho pior
- lactantes (menores de um ano) - prognóstico
pior
➔ leucócitos total acima de 30.000 tem o critério de
prognóstico pior
➔ tempo até remissão completa (paciente faz a
e. quadro clínico e laboratorial quimioterapia e pelo mielograma não é detectado a
imunofenotipagem, ou seja, as células estão resistindo
quadro clínico: a quimio)
➔ vai ser devido a supressão da medula óssea que está - se isso demorar mais de um ciclo, ou mais de
infiltrada pelas células leucêmicas 4 semanas
➔ pode ter anemia, palidez, fraqueza e cansaço ➔ cariótipo: t(9;22)
- anemia normocítica e normocrômica, com ➔ envelhecimento do SNC
reticulocitopenia é a alteração mais frequente
➔ pode ter febre e sudorese noturna, associado ou não
com um quadro infeccioso
➔ hemorragias principalmente na pele e mucosas por
causa da plaquetopenia
➔ artralgia e dor óssea (mais comum em crianças) -
ocorre pela distensão do periósteo devido a infiltração
leucêmica
➔ paciente pode ter confusão mental, cefaléia e um
quadro de compressão dos pares de nervos cranianos
(VI e VII)
- devido a infiltração/ hemorragia do SNC ou
por conta da síndrome de leucostase (tem
muito blasto na circulação) h. rastreamento e metástase
➔ adenomegalias
➔ para leucemia não é recomendado fazer rastreio, só
➔ hepatomegalia
caso tenha histórico familiar, síndrome de down.
➔ esplenomegalia
➔ hemograma:
➔ leucemia testicular
- o hemograma é um dos principais exames
➔ massa mediastinal - associada a proliferação T
laboratoriais, ele analisa os glóbulos
vermelhos, brancos (células do sistema
imunológico) e as plaquetas (responsáveis
f. estadiamento pela coagulação) do sangue e é essencial para
➔ o critério diagnóstico de LLA pela classificação FAB o diagnóstico de diversas doenças,
inclui 30% ou mais de blastos na medula óssea, relacionadas com o sangue ou não.
caracterizados pela ausência de grânulos no ➔ mielograma:
citoplasma das células e menos de 3% desses blastos - o mielograma é obtido a partir de uma
positivos na reação de Pox e/ou SBB 6. amostra da medula óssea, sob anestesia, é um
➔ são reconhecidos três tipos de LLA do ponto de vista dos únicos exames hematológicos que não é
morfológico: feito por meio de análise sanguínea. aqui, o
- LLA tipo L1 (Figura 3): blastos pequenos, objetivo é examinar as características do
homogêneos, alta relação líquido para o diagnóstico de alterações como
núcleo-citoplasmática, citoplasma escasso e a leucemia
nucléolo pouco evidente. - principais casos aos quais é indicada a coleta
- LLA tipo L2 (Figura 4): blastos de tamanho do mielograma são:
variável, relação núcleo-citoplasmática menor, - avaliação de anormalidades significativas
citoplasma basofílico sem grânulos, núcleo observadas no hemograma
com membrana nuclear irregular e cromatina - avaliação de tumores primários (leucemias e
frouxa com nucléolo proeminente. doenças linfóides crônicas) da medula óssea
- avaliação de remissão em pacientes
leucêmicos sob quimioterapia
- estadiamento de tumores que podem sofrer
metástase e invadir a medula óssea
- avaliação diagnóstica de doenças infecciosas
(p. ex., calazar)
- avaliação diagnóstica de doenças de depósito

➔ as leucemias podem formar metástase e afetar o


coração e o pulmão, mas é muito raro
➔ pode ir para o fígado também
➔ podem infiltrar o SNC

remissão (quando a doença está sob controle):


i. tratamento ➔ atinge a maioria dos adultos, mas dura entre 15 e 32
meses
➔ objetivo: eliminar clone leucêmico levando a cura do
➔ após o terceiro ano apenas 30-45% dos adultos
paciente
mantém a remissão
- resultados em adulto é pior que em criança, o
➔ a criança obtém remissão completa de 85 a 90% dos
adulto recai mais vezes
casos
- remissão completa no adulto: 70-20%
- sobrevida a longo prazo: apenas de 25-50%
➔ pacientes recaídos e refratários: prognóstico ruim,
➔ suporte:
transplante de medula óssea alogênico (resultado
➔ trombocitopenia com sangramentos ou plaquetas
melhor que somente a quimio)
abaixo de 20.000 - transfusão de plaquetas
➔ anemia: manter o hematócrito próximo a 30%
➔ prevenção da síndrome de lise tumoral, induzida pela
quimioterapia
leucemia crônica da linhagem mielóide
- utiliza o alopurinol e hidratação a. fatores de risco e proteção
➔ sistema imunológico é comprometido pela doença e
➔ a leucemia mieloide crônica (LMC) não tem fatores
pela quimioterapia, se tiver infecções trata com
etiológicos conhecidos e não tem associação familiar
antibiótico
➔ existe uma associação de aumento do risco de
➔ uso de fatores de crescimento estimuladores de
desenvolver LMC com a exposição à radiação
colônia
ionizante, que depende da dose a qual o indivíduo foi
- diminui a mortalidade na fase de indução da
exposto
quimioterapia

quimioterapia: b. epidemiologia
➔ fase de indução: induz a resposta para acabar com os ➔ corresponde a 14% de todas as leucemias
blastos do clone leucêmico ➔ 1,6 casos a cada 100 mil habitantes por ano no Brasil
- dura em média 1 ou 2 meses, ➔ acomete adulto mais velho
- é feita com 3 ou 4 drogas, como vincristina, ➔ predominância no sexo masculino
antracíclicos (daunorrubicina), asparaginase e
prednisona.
c. patogênese
➔ definição: doença clonal da célula progenitora
hematopoiética, onde tem a presença do cromossomo
filadélfia (Ph)
➔ resulta da translocação balanceada entre os
cromossomos 9 e 22 – t(9;22) – que origina o gene
híbrido BCR - ABL, essa translocação é detectada
como cromossomo Filadélfia (Ph’)
➔ fusão dos genes em gene híbrido (BCR-ABL) que leva
a produção de uma proteína (p210) com alta atividade
tirosina-quinase, é uma atividade que regula a
proliferação celular, regula como as células vão
proliferar
➔ para exercer sua ação, a p210 necessita de um grupo
➔ profilaxia do SNC fosfato, transferido de uma molécula de ATP que é
➔ consolidação dessa resposta e manutenção do paciente acomodado em uma bolsa, o mesilato de imatinibe,
fármaco importante no tratamento da LMC,
acomoda-se nessa bolsa, ocupando o lugar do ATP
➔ a basofilia com maior produção de histamina pode
determinar a presença de prurido corporal

➔ intensidade dos sintomas depende da intensidade da


leucocitose

fases:
➔ crônica:
- pouco sintomática, se sentir sintomas sente:
fadiga, perda de peso, palidez, esplenomegalia
- dura 3 a 5 anos

- figura que esquematiza a translocação 9;22, ➔ acelerada:


originando o cromossomo Ph’ e o gene híbrido - mais sintomática (febre, sudorese noturna,
BCR-ABL. perda ponderal, dor óssea)
- resistência à terapêutica
- é definida pela contagem de promielócitos
d. diagnóstico maior ou igual a 30% no sangue periférico (ou
➔ diagnóstico é feito por exames de rotina por pacientes medula óssea), ou 20% ou mais de blastos no
assintomáticos sangue periférico, ou ainda trombocitopenia
- as alterações observadas no hemograma são (< 100 mil plaquetas/mm3)
típicas e podem ser as primeiras - apresenta sobrevida média de um ano e meio,
manifestações da doença que aumentou para cerca de oito anos em 75%
- a leucocitose eleva-se progressivamente em dos casos, com o advento dos TKIs;
pacientes não tratados
- elementos mais imaturos da séries ➔ crise blástica:
granulocítica (p. ex., promielócitos, mielócitos - fatal
e metamielócitos) estão presentes no sangue - é como se fosse a leucemia mieloide aguda, ela
periférico, caracterizando o desvio à esquerda progride
e geralmente possuem morfologia normal - presença de 30% ou mais de blastos no sangue
- células blásticas podem ser encontradas na periférico ou na medula óssea ou agregados de
periferia ao diagnóstico, e sua quantificação é blastos extramedulares (cloroma)
importante para a classificação da fase da - febre, sudorese noturna, anorexia, perda
doença ponderal, dores ósseas, piora da
➔ é feito pelo cariótipo de medula óssea que evidencia a esplenomegalia, infiltração extramedular na
t(9;22), pelo FISH ou pela detecção da proteína pele, linfonodos, ossos e SNC
BCR-ABL1 realizada por meio de técnicas moleculares - sobrevida de 3 a 6 meses sem tratamento
em sangue periférico adequado
➔ o cromossomo filadélfia é detectado em 90% dos
pacientes com LMC, através do estudo citogenético de quadro laboratorial:
células coletadas da medula óssea ➔ leucocitose: 25.000 - 400.000 ou mais células/mm3,
➔ entretanto, em pacientes em que não é possível com desvio à esquerda, eosinofilia e basofilia
identificar o cromossomo filadélfia através da ➔ granulócitos em todas as fases de maturação (todas as
citogenética, pode-se lançar mão de outros métodos, células presentes)
como a hibridização in situ por fluorescência (FISH) e ➔ predomínio de mielócitos
estudos moleculares, como a PCR, que podem ser ➔ anemia: normocítica e normocrômica
aplicados ao estudo de células coletadas do sangue ➔ plaquetas podem estar normais ou aumentadas
periférico ➔ DHL aumentado
➔ ácido úrico aumentado
e. quadro clínico e laboratorial ➔ tem menos de 10% de blasto no mielograma

quadro clínico:
➔ hiperplasia mielóide f. estadiamento e prognóstico
➔ leucocitose ➔ atualmente, o sistema mais utilizado para classificação
➔ neutrofilia de prognóstico é o escore de Sokal, que leva em
➔ basofilia consideração a idade do paciente, o tamanho do baço,
➔ esplenomegalia número de plaquetas e blastos
➔ os sintomas mais comuns são os decorrentes da ➔ estes fatores são utilizados para classificar os
anemia (fadiga, mal-estar, dispneia) pacientes em grupos de risco (baixo, intermediário ou
➔ esplenomegalia (saciedade precoce, desconforto alto)
abdominal, dor ou massa no quadrante superior ➔ outro sistema, denominado sistema Euro inclui além
esquerdo), e sintomas gerais como perda de peso dos fatores mencionados acima, o número de basófilos
e eosinófilos
- ter grandes quantidades dessas células indica - avaliação de remissão em pacientes
um prognóstico desfavorável leucêmicos sob quimioterapia
- estadiamento de tumores que podem sofrer
metástase e invadir a medula óssea
- avaliação diagnóstica de doenças infecciosas
(p. ex., calazar)
- avaliação diagnóstica de doenças de depósito

➔ as leucemias podem formar metástase e afetar o


coração e o pulmão, mas é muito raro
➔ pode ir para o fígado também
➔ podem infiltrar o SNC

h. tratamento
➔ fazem usos de agentes citostáticos: tratamento
paliativo da LMC
- hidroxiureia e bussulfano
- tem apenas resposta hematológica, mas não
muda nada na sobrevida do paciente, serve
apenas para ganhar tempo
➔ inibidores de tirosina-quinase
- medicações que tratam justamente onde a
LMC causa problema
- medicamento de primeira escolha: mesilato de
imatinibe, ele inibe especificamente a
fosforilação da tirosina quinase produzida
pela BCR-ABL
- induz resposta hematológica rápida e
completa
- fase crônica - 400 mg/ dia via oral
➔ após a introdução dos ITK, foi publicado o escore de - fase acelerada- 600mg/ dia via oral
EUTOS que utilizava apenas duas variáveis: tamanho - fase blástica tem resultados parciais com a
no baço e basófilos (Tabela 1), este é o primeiro escore utilização dele
criado para avaliar as chances de resposta com ➔ caso o imatinibe falhe pode fazer o uso do nilotinibe
imatinibe em primeira linha ou dasatinibe

g. rastreamento e metástase avaliação da resposta ao tratamento:


➔ esses exames devem ser feitos após 3, 6 e 12 meses do
➔ MS não recomenda rastreio para pessoas saudáveis início do tratamento
➔ para leucemia não é recomendado fazer rastreio, só
caso tenha histórico familiar, síndrome de down. ➔ resposta hematológica completa:
➔ hemograma: - baço normal
- o hemograma é um dos principais exames - leucócitos abaixo de 10 mil
laboratoriais, ele analisa os glóbulos - basófilo abaixo de 6%
vermelhos, brancos (células do sistema - ausência de mieloblastos, promielócitos e
imunológico) e as plaquetas (responsáveis mielócitos
pela coagulação) do sangue e é essencial para - plaquetas menor que 450.000
o diagnóstico de diversas doenças, - hemograma normal!
relacionadas com o sangue ou não.
➔ mielograma: ➔ resposta citogenética:
- o mielograma é obtido a partir de uma - variação do cromossomo Ph
amostra da medula óssea, sob anestesia, é um - resposta menor: se tiver 36-95% do
dos únicos exames hematológicos que não é cromossomo Ph
feito por meio de análise sanguínea. aqui, o - resposta maior: 0-35%
objetivo é examinar as características do - resposta completa: ausência do Ph
líquido para o diagnóstico de alterações como
a leucemia ➔ resposta molecular:
- principais casos aos quais é indicada a coleta - avalia o BCR-ABL
do mielograma são: - resposta completa: ausência de BCR-ABL
- avaliação de anormalidades significativas - resposta maior: redução 3 logs (0,1%)
observadas no hemograma
- avaliação de tumores primários (leucemias e
doenças linfóides crônicas) da medula óssea
➔ transplante de célula tronco alogênico: gene RARα (gene do receptor do ácido
- mortalidade alta, entre 15 a 20% dos pacientes transretinoico – 17).
que vão para o transplante - esse novo gene de fusão codifica a síntese da
proteína Pml-Rar, que tem a função de
bloquear a diferenciação celular
leucemia aguda da linhagem mielóide - o tratamento desse tipo de LMA é feito com o
ácido all-trans retinóico (tretinoína – ATRA),
a. fatores de risco e proteção que se liga ao receptor e promove a
➔ múltiplos fatores estão envolvidos na etiologia da diferenciação celular
leucemia aguda, particularmente na leucemia mielóide - a LPA cursa com coagulação intravascular
aguda (LMA) disseminada, devido à liberação de proteínas
➔ o contato com agentes químicos, radiação ionizante, com capacidade de ativação do sistema de
derivados do benzeno, quimioterapia (QT) utilizada no coagulação pelos promielócitos neoplásicos.
tratamento de neoplasias prévias são fatores
relacionados com a leucemogênese
➔ existem fármacos que causam LMA, como os agentes
alquilantes e inibidores da topoisomerase II, utilizados
d. diagnóstico
no tratamento de câncer ➔ o diagnóstico de LMA é a presença maior do que 20%
➔ resultados de alterações genéticas cumulativas de blastos mieloide no sangue periférico ou pelo
- afetando genes que codificam FT importantes mielograma
para hematopoiese normal
- as mutações genéticas que foram associadas à métodos:
maior predisposição para desenvolvimento de ➔ morfologia: examinador dependente
LMA são: CEBPA, RUNX1 e TP53. ➔ citoquímica: mieloperoxidase
➔ encontrar bastão de auer: patognomônico de LMA
➔ podem ser citadas também algumas infecções virais
(vírus Epstein-Barr [EBV], HIV, HTLV 1), assim como
anormalidades cromossômicas constitucionais, como
a síndrome de Down, que confere risco de
desenvolvimento de leucemia aguda de 20 vezes em
relação à população normal

b. epidemiologia
➔ imunofenotipagem: mais sensível
➔ é a leucemia mais comum dos adultos
➔ citogenética
- 90% dos casos de leucemia dos adultos
- idade média de diagnóstico é de 67 anos, e é
maior em homens do que em mulheres
- 15% em crianças abaixo dos 10 anos de idade
e. quadro clínico e laboratorial
➔ sintomas de falência da hematopoiese: anemia
- fadiga
c. patogênese - palidez
➔ definição: são grupos heterogêneos de doenças - fraqueza
clonais, em que ocorrem a proliferação anormal dos ➔ leucopenia (podendo dar infecções)
progenitores hematopoiéticos que se acumulam na ➔ sangramentos (derivado de problemas nas plaquetas -
medula óssea, levando uma diminuição na produção plaquetopenia)
das células que são produzidas normalmente na - petéquias
medula óssea - epistaxe
➔ tem um aumento de blastos na medula e no sangue - hemorragia
periférico ➔ febre pode aparecer pela própria leucemia ou pelo
➔ hemácias, plaquetas e leucócitos perdem seu lugar quadro infeccioso
para essas células anormais que estão sendo
produzidas infiltração de órgãos e tecidos:
➔ podem infiltrar outros tecidos comprometendo outros ➔ hepatomegalia
órgãos ➔ esplenomegalia
➔ dentre os tipos de LMA, a leucemia promielocítica ➔ linfadenopatia
(LPA) merece destaque por ter um mecanismo ➔ hipertrofia de gengivas
fisiopatológico particular
- ela é caracterizada pela translocação do
cromossomo 15 com o 17, o que resulta na
fusão do gene PML (gene da leucemia
promielocítica, no cromossomo 15) com o
➔ dor óssea
➔ sarcomas granulocíticos (tumores extramedulares,
localizados nos ossos, linfonodos, tecido moles e pele)
➔ SNC: podendo dar cefaléia, convulsões e alterações
visuais

quadro laboratorial
➔ contagem hematológica variadas
- 50% dos casos: leucocitose com frequente
presença de mieloblasto e anemia normocítica
e normocrômica
➔ trombocitopenia é um achado comum, podendo cursar
com alterações morfológicas (plaquetas de maior
tamanho, com granulações anormais e formas
bizarras)
➔ a maioria dos pacientes apresenta elevação do ácido
úrico e de lisozima, que pode predispor a nefropatia - essa classificação tem a ver com a citogenética da
➔ aumento do DHL célula
➔ mielograma:
- mais que 20% de mieloblasto OMS:
- diminuição das células (menos hemácias e ➔ destaque para as alterações citogenéticas e
plaquetas sendo produzidas) moleculares
- displasia em alguns casos ➔ 7 categorias
➔ pacientes com sinais e sintomas de comprometimento
do sistema nervoso central devem ser submetidos à
punção lombar para avaliação da presença de
leucemia nesse sítio

f. estadiamento
classificação:

FAB:
➔ morfologia, histoquímica e imunofenotipagem
➔ subdividiu as leucemias em M0 a M7

g. prognóstico
➔ são fatores multifatoriais, levam em conta as
características do paciente e da doença
➔ características do paciente:
- condições de saúde, se aguenta uma quimio
ou um transplante
- mortalidade decorrente do tratamento
➔ características da doença (clone leucêmico)
- alterações que levam a resistência a terapia
- quimioterapia convencional pode ter chance
de não ter remissão (cura) completa ou de ser
curta

mau prognóstico:
➔ idade acima de 60 anos
- quanto mais velho pior a sobrevida global
- tem maiores comorbidades
- tem maior acúmulo de mutações
➔ quanto maior a contagem de leucócitos pior cuidados frente ao impacto das transformações
prognóstico ocorridas e vise proporcionar aos pacientes uma
➔ evolução para uma síndrome mielodisplásica melhor qualidade de vida
➔ uso de terapia citotóxica anterior ➔ durante o tratamento, o paciente necessita ter todo o
- pois já submeteu suas células a radiação apoio possível, isso ajuda para que ele renove forças e
➔ cariótipo tenha um êxito maior durante o processo
- só alteração no cariótipo pode dizer que tem
um mau prognóstico importância da equipe multidisciplinar
- cariótipo ruim: transplante de medula óssea ➔ o câncer é uma doença de ordem multifatorial,
alogênica podendo existir mais de 600 tipos de tumores
diferentes cujos métodos de tratamento são os mais
variados possíveis
h. rastreamento e metástase ➔ sendo assim, só é possível iniciar protocolos de
➔ metástase: raramente, podem surgir os sarcomas performance de tratamento a partir do momento em
mieloides, massas compostas por blastos mieloides em que:
outras localizações distintas da medula óssea, como - a origem da célula é identificada
pele, testículos, linfonodos e tecidos moles. - qual tipo de tumor que representa
- em que estágio está
- história da doença
i. tratamento ➔ por se tratar de uma doença complexa, considera-se a
quimioterapia: importância da oferta de uma assistência que unifique
➔ indução: os cuidados integrais durante esse processo
- induz a remissão
- 1 ou 2 ciclos quimioterápicos chamados de 3 + ➔ a equipe é formada por:
7 - oncologistas;
- usa o agente antracíclico por 3 dias e - cirurgiões;
citarabina por 7 dias - radioterapeutas;
- enfermeiros;
➔ consolidação da remissão: - farmacêuticos;
- 2-4 ciclos de citarabina em altas doses - nutricionistas;
- ou o transplante de medula óssea alogênico se - fisioterapeutas;
o paciente não alcançar a remissão completa, - psicólogos
➔ há vários estudos referindo que o cuidado ao paciente
➔ idosos: têm maiores complicações e efeitos da por meio de uma equipe multidisciplinar favorece o
toxicidade, a consolidação tem que ser feita com doses resultado direcionado do tratamento e reduz a
reduzidas probabilidade de casos em que ocorra metástases,
- TMO para idosos é controverso, pois eles são recidivas ou tumores secundários
mais sensíveis, tem alta taxa de mortalidade
EMD faz o tratamento do câncer ser bem sucedido?
➔ subtipo mais curável: M3 ➔ por se tratar de vários profissionais com diferentes
conhecimentos, o cuidado ao paciente torna-se integral
➔ é importante ainda a instituição de medidas para ao contemplar o sujeito como um todo atendendo as
prevenção da síndrome da lise tumoral, a profilaxia demandas físicas, psicossociais e nutricionais
antibacteriana e antifúngica pode apresentar benefício ➔ proporciona manejo de sintomas, conforto, prevenção
durante a quimioterapia. A profilaxia antiviral está de agravos relacionados ao tratamento, reabilitação e
indicada para pacientes com infecção por herpes reinserção do sujeito às suas atividades de vida diária
simples ou varicela-zóster.
atenção aos pacientes
➔ quando o paciente oncológico inicia o tratamento, a
OMS e a equipe de saúde avalia como essencial os
políticas de apoio e equipe multidisciplinar aspectos relacionados à dor.
equipe multidisciplinar e sua importância no tratamento do ➔ considerando que a dor não é só de ordem física, mas
câncer: advinda também por fatores:
➔ a atuação da equipe multidisciplinar visa executar de - social
forma holística o plano de cuidado do paciente, com o - psicológico
objetivo de assertividade da performance terapêutica, - espiritual
com diminuição de efeitos colaterais e estratégias de ➔ as emoções do paciente afetam muito na adesão
recuperação de estado de saúde positiva do seu tratamento, sendo assim, com um
➔ o cuidado de forma multiprofissional tem como amparo e uma rede de apoio efetiva, os pacientes se
primícia: melhora do estado nutricional, físico e sentem mais seguros
emocional
➔ a necessidade de um suporte da equipe
multidisciplinar de modo que possibilite assistência de
conclusão esplenomegalia, anemia hemolítica, plaquetopenia,
➔ a equipe multidisciplinar é vital para uma boa síndrome de richter - linfoma, mais suscetível a
recuperação com ela, toda a assistência necessária é infecções bacterianas
feita, dando ao paciente todas as soluções possíveis ➔ rai e binet
➔ além disso, a pessoa se sentirá confortável vendo que
uma equipe de vários profissionais com noções LMC:
diferentes estão juntos em prol de sua reabilitação. ➔ idoso
➔ tratamento: terapia alvo (drogas alvos específicas)
➔ sintomas: anemia, hepatomegalia e esplenomegalia
minti ➔ cromossomo filadélfia- sempre cai na prova
➔ tem muito mais a ver com prognóstico do que com ➔ sokal
diagnóstico, ou para diagnósticos de exclusão
➔ alterações em imagens do sistema hematopoiético: ➔ os crônicos aumentam mais os leucócitos
US, a RM e a TC (em especial helicoidal), continuam
sendo as principais técnicas utilizadas para a avaliação diagnóstico:
por imagem do sistema hematopoiético ➔ hemograma e leucograma: suspeita
➔ enquanto, a primeira, ganha maior utilidade para o ➔ exames complementares do mielograma: citoquímica,
baço e para os linfonodos superficiais, as técnicas mais imunofenotipagem, cariótipo
avançadas são particularmente úteis aos linfonodos, ➔ biópsia: confirmação
profundos, mediastinais e timo
➔ vale destacar que, em muitas situações, a
caracterização de seu acometimento em doenças
proliferativas, torna-se fundamental para o correto
estadiamento e, portanto, participam ativamente da
decisão pela abordagem terapêutico
➔ no entanto, a dificuldade em se obter imagens
adequadas pode dificultar seu uso, de forma que, uma
assertiva e criteriosa orientação ao radiologista, pode
colaborar com o aumento da eficácia da técnica

PROVA:
➔ características do US de uma adenomegalia maligna:
- realce periférico de linfonodo com necrose
central
- disseminação extracapsular com infiltração
dos tecidos adjacentes
- massa de linfonodos

⚠️
para a prova:
LLA:
➔ criança
➔ tratamento: quimio (eliminar o clone leucêmico)
➔ sintomas: fadiga, febre, dor óssea, linfadenopatia,
esplenomegalia, hepatomegalia, metástase no SNC,
anemia, plaquetopenia - hemorragia
➔ FAB

LMA: ➔ transplante heterólogo: espécies diferentes


➔ adulto ➔ transplante autólogo: o doador é o próprio
➔ bastonete de auer paciente
➔ tratamento: quimio e transplante ➔ transplante homólogo: outras pessoas
➔ sintomas: fadiga, febre, hemorragias nas mucosas e
gengivas, anemia, plaquetopenia, neutropenia,
nódulos na pele, hepatomegalia e esplenomegalia
➔ FAB

LLC:
➔ envelhecimento
➔ tratamento: quimio e imunoterapia
➔ sintomas: infiltra fígado e baço, normalmente
assintomático - quando sente sintomas: fadiga, perda
de peso, anorexia, linfadenopatia, hepato e

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