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regulação da hematopoiese:
➔ os fatores de crescimento (na maioria são hormônios),
influenciam na proliferação, diferenciação e maturação
das células
➔ também podem ser citocinas
➔ fatores inibitórios: para não ocorrer uma produção
exagerada de célula sanguínea
- esses fatores são produzidos por linfócitos (que
produz as linfocinas), células endoteliais e
células granulocíticas maduras
- produção de interferon gama e TNF alfa que
são citocinas produzidas para frear a
proliferação das células hematopoiéticas trombocitopoese:
- prostaglandinas E e lactoferrinas ➔ formação de plaquetas, trombopoetina ( sintetizada
no fígado) estimula o progenitor mielóide (tudo
↪ proliferação: estimulada por ele)
➔ os fatores de crescimento fazem com que as célula se ➔ megacariócito (tem que ser grande), ele que forma as
divide plaquetas
↪ diferenciação:
➔ após a divisão, as células precisam ficar um pouco mais
específica, dando origem a uma célula específica (ex:
fator de crescimento age e forma o monócito- cada tipo
celular tem seu fator específico)
↪ maturação:
➔ precisa que a célula mature, pois tem formas jovens e
- tudo estimulado pela trombopoetina
precisa transformar até a fase de célula madura (para ir
para corrente sanguínea)
leucopoese:
➔ processos de maturação:
- diminuição celular
- perda de nucléolos
- diminuição das granulações primárias
- perda da basofilia citoplasmática
➔ os fatores estimuladores de colônias (CSF) e as
interleucinas são duas famílias importantes de
citocinas, que estimulam a formação dos leucócitos
↪ leucopoese de granulócitos:
eritropoese:
➔ estimulada pela eritropoetina (principais produtores
estão nos rins)
➔ caso ocorra insuficiência renal, a liberação de EPO
diminui e a produção de eritrócitos torna-se
inadequada
↪ leucopoese de neutrófilos (granulócitos):
↪ leucopoese de monócitos:
interpretação do hemograma
➔ hemograma analisa:
➔ quando vai para os tecidos periféricos e forma o - eritrograma: vê características das hemácias,
macrófago tamanho e etc)
- leucograma: vê os leucócitos, leucócitos são
linfócitos, eosinófilos, basófilos…)
↪ leucopoese de linfócitos: - plaquetograma: (vê as plaquetas)
eritrograma:
➔ contagem de eritrócitos
➔ o número de eritrócitos não é tão classificativo porque
as hemácias podem ser pequenas em grandes
quantidades
➔ maior valor de referência: policitemia ou eritrocitose
➔ menor valor de referência: anemia
- relativo: em %
leucócitos:
➔ valor de referência absoluto: 4000-11000/ mm3
➔ composto principalmente por neutrófilos
- blastos/ promielócitos/ mielócitos/
metamielócitos/ bastões/ segmentados/
neutrófilos
➔ eosinófilos leucemia crônica da linhagem linfóide (llc)
➔ basófilos
➔ monócitos a. fatores de risco e proteção
➔ linfócitos
fatores de risco:
➔ um dos principais fatores de riscos associados com
LLC é a história familiar, que representa a interação
entre exposição ambiental, comportamento individual
e suscetibilidade genética
d. diagnóstico
➔ agentes químicos e radiação ➔ o diagnóstico é estabelecido pela presença de linfócitos
➔ idade (maior que 50 anos) clonais (CD 19+, CD20+, CD23+ e CD5+) no sangue
periférico em número superior a 5.000 células/mm3
fatores de proteção: por um período superior ou igual a quatro semanas
➔ manter hábitos saudáveis de vida contribui para
diminuir os riscos, isso envolve uma alimentação e ➔ depende das características morfológicas das células
sono adequados, exercícios físicos regulares e evitar o no sangue periférico e no esfregaço
tabagismo ➔ pode ser necessário análise de histologia da medula
óssea, gânglios linfáticos e baço
➔ como é uma doença que a leucocitose já está no
b. epidemiologia sangue periférico, muitas vezes se faz o diagnóstico
➔ acomete a idade mais ou menos acima 65 anos sem mielograma e biópsia de medula óssea, o
(idosos) - envelhecimento hemograma já consegue analisar
- 10% dos casos são de pacientes abaixo dos 50 ➔ complementação com estudos citogenéticos e biologia
anos molecular que dão fatores prognósticos
➔ mais comum das doenças linfoproliferativas crônicas ➔ imunofenotipagem: marcadores de células B: CD19 e
➔ corresponde 30% de todas as leucemias CD20 e células T: CD5
➔ acomete mais homens do que mulheres ➔ os linfócitos são CD79b- e FMC7-.
➔ incidência anual de 2-5 casos/a cada 100 mil
habitantes critérios:
➔ leucocitose acima de 5.000/ linfócito B
➔ predomínio de linfócitos pequenos e maduros
c. patogênese ➔ imunofenotipagem de LLC
➔ definição: a leucemia linfocítica crônica tem origem ➔ pode ter infiltração de medula óssea acima de 30%
nas células linfóides madura com esses linfócitos maduros
- crônica: células madura - não é um critério obrigatório
➔ essas células podem infiltrar nos órgãos linfóides ➔ 80% desses pacientes possuem anormalidades
como os gânglios linfáticos e baço, como também pode citogenéticas, pelo FISH:
infiltrar na medula óssea e é encontrada no sangue
periférico
➔ sua etiologia é desconhecida, mas sabe-se que
predisposição genética está envolvido, assim como
exposição a químicos e derivados de petróleo
sintomas:
➔ linfadenopatia generalizada
- pequenos linfonodos, podem ser volumosos
➔ a doença desenvolve-se a partir de um linfócito B
- tem características de linfonodo malígno:
maduro, que sofre mutação e adquire a capacidade de
consistência fibroelástica, móveis e indolores,
inibir a apoptose, ocasionando acúmulo de linfócitos
sem sinais inflamatórios
clonais no sangue periférico.
➔ perda de peso
➔ existe uma entidade denominada linfocitose B
➔ cansaço (por desenvolver algum tipo de anemia)
monoclonal, caracterizada pela presença de células
➔ hepatomegalia
clonais, com fenótipo semelhante àquele encontrado
➔ esplenomegalia (não volumosa)
nas células da LLC, no sangue de pacientes idosos,
➔ infiltração leucêmica nas tonsilas, meninges e pele
porém em menor quantidade e na ausência de
➔ anemia raramente intensa
sintomas.
➔ petéquias e equimoses raras (justamente pela
➔ a linfocitose B monoclonal é considerada precursora
plaquetopenia)
da LLC.
➔ infecções bacterianas frequentes (pneumonia) -
mudança da imunidade
pode evoluir para:
➔ síndrome de richter: evolução da doença para linfoma
difuso de grandes células B
quadro laboratorial:
➔ linfocitose persistente acima de 5.000/l por mais de 3 BINET:
meses ➔ no sistema de estadiamento Binet, a leucemia linfoide
➔ 20% apresentam anemia ou trombocitopenia crônica é classificada pelo número de grupos de tecido
associada linfóide afetados (linfonodos cervicais, linfonodos
➔ pode ter fenômenos autoimunes frequentes inguinais, linfonodos axilares, baço e fígado) e pelo
fato do paciente apresentar (ou não) anemia ou
f. estadiamento trombocitopenia:
➔ levar em conta as características clínicas e
➔ estágio Binet A:
hematológicas:
- menos do que três áreas de tecido linfóide
aumentadas, sem anemia ou trombocitopenia
2 sistemas: RAI e BINET
➔ estágio Binet B:
- três ou mais áreas de tecido linfóide
RAI:
aumentadas, sem anemia ou trombocitopenia.
➔ o sistema Rai está baseado na linfocitose
➔ estágio Binet C:
➔ o paciente deve ter um alto número de linfócitos no
- anemia e/ou trombocitopenia presentes
sangue e na medula óssea que não esteja relacionado a
nenhuma outra causa, como uma infecção
➔ esse sistema divide a leucemia linfoide crônica em
cinco estágios, com base nos resultados de exames de
sangue e exame físico:
➔ estágio Rai 0:
- linfocitose
- os linfonodos, baço ou fígado não estão
aumentados e glóbulos vermelhos e plaquetas
estão normais
➔ estágio Rai I:
- linfocitose mais linfonodos aumentados ➔ bicitopenia- mau prognóstico (hemácias e plaquetas
- o baço e o fígado não estão aumentados e os baixas, porém com linfocitose)
glóbulos vermelhos e plaquetas estão normais g. prognóstico
➔ estágio Rai II: ➔ baixo risco: sobrevida maior que 15 anos
- linfocitose e aumento do baço ➔ alto risco: sobrevida menor que 5 anos
- (e, possivelmente, aumento do fígado), com
ou sem aumento dos linfonodos - glóbulos
vermelhos e plaquetas normais
como tratar:
➔ estadiamento A, RAI 0 ou baixo risco:
acompanhamento clínico por 3 a 6 meses com
h. prevenção hemograma para definir se a doença é estável ou
➔ manter hábitos saudáveis de vida contribui para progressiva
diminuir os riscos, isso envolve uma alimentação e - se ficou estável nesse período não trata o
sono adequados, exercícios físicos regulares e evitar o paciente, continua apenas acompanhando
tabagismo.
➔ estadiamento intermediário, RAI I ou II, BINET B:
- ⅓ dos pacientes vão ter uma doença estável,
i. rastreamento e metástase apenas acompanha sem tratar
➔ para leucemia não é recomendado fazer rastreio, só - ⅔ progridem para uma doença pior, rápido
caso tenha histórico familiar, síndrome de down. aumento de gânglios no baço e de linfócitos,
➔ hemograma: vai tratar para melhorar a qualidade de vida,
- o hemograma é um dos principais exames pode tratar para diminuir os gânglios, baço
laboratoriais, ele analisa os glóbulos
vermelhos, brancos (células do sistema ➔ estadiamento alto risco, BINET C ou RAI III ou IV
imunológico) e as plaquetas (responsáveis - tratar sempre!!
pela coagulação) do sangue e é essencial para - com quimioterapia com 3 drogas (fludarabina,
o diagnóstico de diversas doenças, ciclofosfamida e rituximabe- 6 ciclos)
relacionadas com o sangue ou não. - pacientes mais frágeis nem sempre
➔ mielograma: conseguem aguentar o esquema de
- o mielograma é obtido a partir de uma quimioterapia, faz um tratamento mais fraco
amostra da medula óssea, sob anestesia, é um
dos únicos exames hematológicos que não é ➔ radioterapia: utilizada para redução de volume de
feito por meio de análise sanguínea. aqui, o linfonodos que não respondem à quimioterapia, ou
objetivo é examinar as características do esplenomegalia em fases mais avançadas da doença.
líquido para o diagnóstico de alterações como
a leucemia ➔ pacientes mais idosos e frágeis (sem condições de
- principais casos aos quais é indicada a coleta realizar a quimio) insere cuidados paliativos
do mielograma são:
- avaliação de anormalidades significativas ➔ a doença pode ter remissão (não tem mais células
observadas no hemograma neoplásicas - cura), pois não tem cura
- avaliação de tumores primários (leucemias e
doenças linfóides crônicas) da medula óssea ➔ indicações do transplante de medula óssea:
- avaliação de remissão em pacientes - LLC com del17p e que necessitam de
leucêmicos sob quimioterapia tratamento
- estadiamento de tumores que podem sofrer - resposta parcial ou resistência a FCR ou
metástase e invadir a medula óssea similar
- avaliação diagnóstica de doenças infecciosas - recidiva < 2 anos após FCR ou combinações
(p. ex., calazar) similares
- avaliação diagnóstica de doenças de depósito - doença recorrente com ou sem del17p
- síndrome de Richter.
➔ as leucemias podem formar metástase e afetar o - o transplante alogênico não mieloablativo
coração e o pulmão, mas é muito raro apresenta vantagens com mortalidade
➔ pode ir para o fígado também associada à terapia menor se comparada com
➔ podem infiltrar o SNC o transplante alogênico
leucemia aguda da linhagem linfóide as alterações características incluem o seguinte:
➔ hiperploidia ( > 50 cromossomos) é mais comum,
a. fatores de risco e proteção embora também ocorram hipoploidia e translocações
➔ múltiplos fatores estão envolvidos na etiologia da equilibradas - ocorrem somente em LLA-B
leucemia aguda, particularmente na leucemia mielóide ➔ na leucemia linfoide aguda de células B, genes
aguda (LMA) associados com o desenvolvimento linfoide em
➔ o contato com agentes químicos, radiação ionizante, estádios precoces (PAX5, IKZF1 e EBF1) estão
pesticidas, quimioterapia (QT) utilizada no tratamento frequentemente mutados
de neoplasias prévias são fatores relacionados com a - com frequência são observadas anormalidades
leucemogênese (deleção, amplificação, mutação ou rearranjo
➔ podem ser citadas também algumas infecções virais cromossômico) afetando genes supressores
(vírus Epstein-Barr [EBV], HIV, HTLV 1), assim como tumorais e de regulação de ciclo celular (TP53,
anormalidades cromossômicas constitucionais, como RB1 e CDKN2A)
a síndrome de Down, que confere risco de ➔ A LLA-T é caracterizada por translocações que
desenvolvimento de leucemia aguda de 20 vezes em desregulam a transcrição por rearranjo do lócus do
relação à população normal receptor de células T e também genes associados à
sinalização e genes supressores tumorais (NOTCH1,
FBXW7, PTEN, RB1
b. epidemiologia
➔ doença maligna mais frequente na infância ➔ é importante notar que mutações únicas não são
- incidência antes dos 15 anos suficientes para causar LLA, em vez disso, mutações
➔ acomete adultos: complementares adicionais – que aumentam
- Brasil: 6,5 casos em cada 1 milhão de pessoa tipicamente a proliferação ou a sobrevivência – são
no ano necessárias para converter um clone pré-leucêmicas
➔ pior prognóstico em adultos em relação às crianças em malignidade manifesta
g. prognóstico
pior prognóstico:
➔ idade
- (acima de 60 anos) - quanto mais velho pior
- lactantes (menores de um ano) - prognóstico
pior
➔ leucócitos total acima de 30.000 tem o critério de
prognóstico pior
➔ tempo até remissão completa (paciente faz a
e. quadro clínico e laboratorial quimioterapia e pelo mielograma não é detectado a
imunofenotipagem, ou seja, as células estão resistindo
quadro clínico: a quimio)
➔ vai ser devido a supressão da medula óssea que está - se isso demorar mais de um ciclo, ou mais de
infiltrada pelas células leucêmicas 4 semanas
➔ pode ter anemia, palidez, fraqueza e cansaço ➔ cariótipo: t(9;22)
- anemia normocítica e normocrômica, com ➔ envelhecimento do SNC
reticulocitopenia é a alteração mais frequente
➔ pode ter febre e sudorese noturna, associado ou não
com um quadro infeccioso
➔ hemorragias principalmente na pele e mucosas por
causa da plaquetopenia
➔ artralgia e dor óssea (mais comum em crianças) -
ocorre pela distensão do periósteo devido a infiltração
leucêmica
➔ paciente pode ter confusão mental, cefaléia e um
quadro de compressão dos pares de nervos cranianos
(VI e VII)
- devido a infiltração/ hemorragia do SNC ou
por conta da síndrome de leucostase (tem
muito blasto na circulação) h. rastreamento e metástase
➔ adenomegalias
➔ para leucemia não é recomendado fazer rastreio, só
➔ hepatomegalia
caso tenha histórico familiar, síndrome de down.
➔ esplenomegalia
➔ hemograma:
➔ leucemia testicular
- o hemograma é um dos principais exames
➔ massa mediastinal - associada a proliferação T
laboratoriais, ele analisa os glóbulos
vermelhos, brancos (células do sistema
imunológico) e as plaquetas (responsáveis
f. estadiamento pela coagulação) do sangue e é essencial para
➔ o critério diagnóstico de LLA pela classificação FAB o diagnóstico de diversas doenças,
inclui 30% ou mais de blastos na medula óssea, relacionadas com o sangue ou não.
caracterizados pela ausência de grânulos no ➔ mielograma:
citoplasma das células e menos de 3% desses blastos - o mielograma é obtido a partir de uma
positivos na reação de Pox e/ou SBB 6. amostra da medula óssea, sob anestesia, é um
➔ são reconhecidos três tipos de LLA do ponto de vista dos únicos exames hematológicos que não é
morfológico: feito por meio de análise sanguínea. aqui, o
- LLA tipo L1 (Figura 3): blastos pequenos, objetivo é examinar as características do
homogêneos, alta relação líquido para o diagnóstico de alterações como
núcleo-citoplasmática, citoplasma escasso e a leucemia
nucléolo pouco evidente. - principais casos aos quais é indicada a coleta
- LLA tipo L2 (Figura 4): blastos de tamanho do mielograma são:
variável, relação núcleo-citoplasmática menor, - avaliação de anormalidades significativas
citoplasma basofílico sem grânulos, núcleo observadas no hemograma
com membrana nuclear irregular e cromatina - avaliação de tumores primários (leucemias e
frouxa com nucléolo proeminente. doenças linfóides crônicas) da medula óssea
- avaliação de remissão em pacientes
leucêmicos sob quimioterapia
- estadiamento de tumores que podem sofrer
metástase e invadir a medula óssea
- avaliação diagnóstica de doenças infecciosas
(p. ex., calazar)
- avaliação diagnóstica de doenças de depósito
quimioterapia: b. epidemiologia
➔ fase de indução: induz a resposta para acabar com os ➔ corresponde a 14% de todas as leucemias
blastos do clone leucêmico ➔ 1,6 casos a cada 100 mil habitantes por ano no Brasil
- dura em média 1 ou 2 meses, ➔ acomete adulto mais velho
- é feita com 3 ou 4 drogas, como vincristina, ➔ predominância no sexo masculino
antracíclicos (daunorrubicina), asparaginase e
prednisona.
c. patogênese
➔ definição: doença clonal da célula progenitora
hematopoiética, onde tem a presença do cromossomo
filadélfia (Ph)
➔ resulta da translocação balanceada entre os
cromossomos 9 e 22 – t(9;22) – que origina o gene
híbrido BCR - ABL, essa translocação é detectada
como cromossomo Filadélfia (Ph’)
➔ fusão dos genes em gene híbrido (BCR-ABL) que leva
a produção de uma proteína (p210) com alta atividade
tirosina-quinase, é uma atividade que regula a
proliferação celular, regula como as células vão
proliferar
➔ para exercer sua ação, a p210 necessita de um grupo
➔ profilaxia do SNC fosfato, transferido de uma molécula de ATP que é
➔ consolidação dessa resposta e manutenção do paciente acomodado em uma bolsa, o mesilato de imatinibe,
fármaco importante no tratamento da LMC,
acomoda-se nessa bolsa, ocupando o lugar do ATP
➔ a basofilia com maior produção de histamina pode
determinar a presença de prurido corporal
fases:
➔ crônica:
- pouco sintomática, se sentir sintomas sente:
fadiga, perda de peso, palidez, esplenomegalia
- dura 3 a 5 anos
quadro clínico:
➔ hiperplasia mielóide f. estadiamento e prognóstico
➔ leucocitose ➔ atualmente, o sistema mais utilizado para classificação
➔ neutrofilia de prognóstico é o escore de Sokal, que leva em
➔ basofilia consideração a idade do paciente, o tamanho do baço,
➔ esplenomegalia número de plaquetas e blastos
➔ os sintomas mais comuns são os decorrentes da ➔ estes fatores são utilizados para classificar os
anemia (fadiga, mal-estar, dispneia) pacientes em grupos de risco (baixo, intermediário ou
➔ esplenomegalia (saciedade precoce, desconforto alto)
abdominal, dor ou massa no quadrante superior ➔ outro sistema, denominado sistema Euro inclui além
esquerdo), e sintomas gerais como perda de peso dos fatores mencionados acima, o número de basófilos
e eosinófilos
- ter grandes quantidades dessas células indica - avaliação de remissão em pacientes
um prognóstico desfavorável leucêmicos sob quimioterapia
- estadiamento de tumores que podem sofrer
metástase e invadir a medula óssea
- avaliação diagnóstica de doenças infecciosas
(p. ex., calazar)
- avaliação diagnóstica de doenças de depósito
h. tratamento
➔ fazem usos de agentes citostáticos: tratamento
paliativo da LMC
- hidroxiureia e bussulfano
- tem apenas resposta hematológica, mas não
muda nada na sobrevida do paciente, serve
apenas para ganhar tempo
➔ inibidores de tirosina-quinase
- medicações que tratam justamente onde a
LMC causa problema
- medicamento de primeira escolha: mesilato de
imatinibe, ele inibe especificamente a
fosforilação da tirosina quinase produzida
pela BCR-ABL
- induz resposta hematológica rápida e
completa
- fase crônica - 400 mg/ dia via oral
➔ após a introdução dos ITK, foi publicado o escore de - fase acelerada- 600mg/ dia via oral
EUTOS que utilizava apenas duas variáveis: tamanho - fase blástica tem resultados parciais com a
no baço e basófilos (Tabela 1), este é o primeiro escore utilização dele
criado para avaliar as chances de resposta com ➔ caso o imatinibe falhe pode fazer o uso do nilotinibe
imatinibe em primeira linha ou dasatinibe
b. epidemiologia
➔ imunofenotipagem: mais sensível
➔ é a leucemia mais comum dos adultos
➔ citogenética
- 90% dos casos de leucemia dos adultos
- idade média de diagnóstico é de 67 anos, e é
maior em homens do que em mulheres
- 15% em crianças abaixo dos 10 anos de idade
e. quadro clínico e laboratorial
➔ sintomas de falência da hematopoiese: anemia
- fadiga
c. patogênese - palidez
➔ definição: são grupos heterogêneos de doenças - fraqueza
clonais, em que ocorrem a proliferação anormal dos ➔ leucopenia (podendo dar infecções)
progenitores hematopoiéticos que se acumulam na ➔ sangramentos (derivado de problemas nas plaquetas -
medula óssea, levando uma diminuição na produção plaquetopenia)
das células que são produzidas normalmente na - petéquias
medula óssea - epistaxe
➔ tem um aumento de blastos na medula e no sangue - hemorragia
periférico ➔ febre pode aparecer pela própria leucemia ou pelo
➔ hemácias, plaquetas e leucócitos perdem seu lugar quadro infeccioso
para essas células anormais que estão sendo
produzidas infiltração de órgãos e tecidos:
➔ podem infiltrar outros tecidos comprometendo outros ➔ hepatomegalia
órgãos ➔ esplenomegalia
➔ dentre os tipos de LMA, a leucemia promielocítica ➔ linfadenopatia
(LPA) merece destaque por ter um mecanismo ➔ hipertrofia de gengivas
fisiopatológico particular
- ela é caracterizada pela translocação do
cromossomo 15 com o 17, o que resulta na
fusão do gene PML (gene da leucemia
promielocítica, no cromossomo 15) com o
➔ dor óssea
➔ sarcomas granulocíticos (tumores extramedulares,
localizados nos ossos, linfonodos, tecido moles e pele)
➔ SNC: podendo dar cefaléia, convulsões e alterações
visuais
quadro laboratorial
➔ contagem hematológica variadas
- 50% dos casos: leucocitose com frequente
presença de mieloblasto e anemia normocítica
e normocrômica
➔ trombocitopenia é um achado comum, podendo cursar
com alterações morfológicas (plaquetas de maior
tamanho, com granulações anormais e formas
bizarras)
➔ a maioria dos pacientes apresenta elevação do ácido
úrico e de lisozima, que pode predispor a nefropatia - essa classificação tem a ver com a citogenética da
➔ aumento do DHL célula
➔ mielograma:
- mais que 20% de mieloblasto OMS:
- diminuição das células (menos hemácias e ➔ destaque para as alterações citogenéticas e
plaquetas sendo produzidas) moleculares
- displasia em alguns casos ➔ 7 categorias
➔ pacientes com sinais e sintomas de comprometimento
do sistema nervoso central devem ser submetidos à
punção lombar para avaliação da presença de
leucemia nesse sítio
f. estadiamento
classificação:
FAB:
➔ morfologia, histoquímica e imunofenotipagem
➔ subdividiu as leucemias em M0 a M7
g. prognóstico
➔ são fatores multifatoriais, levam em conta as
características do paciente e da doença
➔ características do paciente:
- condições de saúde, se aguenta uma quimio
ou um transplante
- mortalidade decorrente do tratamento
➔ características da doença (clone leucêmico)
- alterações que levam a resistência a terapia
- quimioterapia convencional pode ter chance
de não ter remissão (cura) completa ou de ser
curta
mau prognóstico:
➔ idade acima de 60 anos
- quanto mais velho pior a sobrevida global
- tem maiores comorbidades
- tem maior acúmulo de mutações
➔ quanto maior a contagem de leucócitos pior cuidados frente ao impacto das transformações
prognóstico ocorridas e vise proporcionar aos pacientes uma
➔ evolução para uma síndrome mielodisplásica melhor qualidade de vida
➔ uso de terapia citotóxica anterior ➔ durante o tratamento, o paciente necessita ter todo o
- pois já submeteu suas células a radiação apoio possível, isso ajuda para que ele renove forças e
➔ cariótipo tenha um êxito maior durante o processo
- só alteração no cariótipo pode dizer que tem
um mau prognóstico importância da equipe multidisciplinar
- cariótipo ruim: transplante de medula óssea ➔ o câncer é uma doença de ordem multifatorial,
alogênica podendo existir mais de 600 tipos de tumores
diferentes cujos métodos de tratamento são os mais
variados possíveis
h. rastreamento e metástase ➔ sendo assim, só é possível iniciar protocolos de
➔ metástase: raramente, podem surgir os sarcomas performance de tratamento a partir do momento em
mieloides, massas compostas por blastos mieloides em que:
outras localizações distintas da medula óssea, como - a origem da célula é identificada
pele, testículos, linfonodos e tecidos moles. - qual tipo de tumor que representa
- em que estágio está
- história da doença
i. tratamento ➔ por se tratar de uma doença complexa, considera-se a
quimioterapia: importância da oferta de uma assistência que unifique
➔ indução: os cuidados integrais durante esse processo
- induz a remissão
- 1 ou 2 ciclos quimioterápicos chamados de 3 + ➔ a equipe é formada por:
7 - oncologistas;
- usa o agente antracíclico por 3 dias e - cirurgiões;
citarabina por 7 dias - radioterapeutas;
- enfermeiros;
➔ consolidação da remissão: - farmacêuticos;
- 2-4 ciclos de citarabina em altas doses - nutricionistas;
- ou o transplante de medula óssea alogênico se - fisioterapeutas;
o paciente não alcançar a remissão completa, - psicólogos
➔ há vários estudos referindo que o cuidado ao paciente
➔ idosos: têm maiores complicações e efeitos da por meio de uma equipe multidisciplinar favorece o
toxicidade, a consolidação tem que ser feita com doses resultado direcionado do tratamento e reduz a
reduzidas probabilidade de casos em que ocorra metástases,
- TMO para idosos é controverso, pois eles são recidivas ou tumores secundários
mais sensíveis, tem alta taxa de mortalidade
EMD faz o tratamento do câncer ser bem sucedido?
➔ subtipo mais curável: M3 ➔ por se tratar de vários profissionais com diferentes
conhecimentos, o cuidado ao paciente torna-se integral
➔ é importante ainda a instituição de medidas para ao contemplar o sujeito como um todo atendendo as
prevenção da síndrome da lise tumoral, a profilaxia demandas físicas, psicossociais e nutricionais
antibacteriana e antifúngica pode apresentar benefício ➔ proporciona manejo de sintomas, conforto, prevenção
durante a quimioterapia. A profilaxia antiviral está de agravos relacionados ao tratamento, reabilitação e
indicada para pacientes com infecção por herpes reinserção do sujeito às suas atividades de vida diária
simples ou varicela-zóster.
atenção aos pacientes
➔ quando o paciente oncológico inicia o tratamento, a
OMS e a equipe de saúde avalia como essencial os
políticas de apoio e equipe multidisciplinar aspectos relacionados à dor.
equipe multidisciplinar e sua importância no tratamento do ➔ considerando que a dor não é só de ordem física, mas
câncer: advinda também por fatores:
➔ a atuação da equipe multidisciplinar visa executar de - social
forma holística o plano de cuidado do paciente, com o - psicológico
objetivo de assertividade da performance terapêutica, - espiritual
com diminuição de efeitos colaterais e estratégias de ➔ as emoções do paciente afetam muito na adesão
recuperação de estado de saúde positiva do seu tratamento, sendo assim, com um
➔ o cuidado de forma multiprofissional tem como amparo e uma rede de apoio efetiva, os pacientes se
primícia: melhora do estado nutricional, físico e sentem mais seguros
emocional
➔ a necessidade de um suporte da equipe
multidisciplinar de modo que possibilite assistência de
conclusão esplenomegalia, anemia hemolítica, plaquetopenia,
➔ a equipe multidisciplinar é vital para uma boa síndrome de richter - linfoma, mais suscetível a
recuperação com ela, toda a assistência necessária é infecções bacterianas
feita, dando ao paciente todas as soluções possíveis ➔ rai e binet
➔ além disso, a pessoa se sentirá confortável vendo que
uma equipe de vários profissionais com noções LMC:
diferentes estão juntos em prol de sua reabilitação. ➔ idoso
➔ tratamento: terapia alvo (drogas alvos específicas)
➔ sintomas: anemia, hepatomegalia e esplenomegalia
minti ➔ cromossomo filadélfia- sempre cai na prova
➔ tem muito mais a ver com prognóstico do que com ➔ sokal
diagnóstico, ou para diagnósticos de exclusão
➔ alterações em imagens do sistema hematopoiético: ➔ os crônicos aumentam mais os leucócitos
US, a RM e a TC (em especial helicoidal), continuam
sendo as principais técnicas utilizadas para a avaliação diagnóstico:
por imagem do sistema hematopoiético ➔ hemograma e leucograma: suspeita
➔ enquanto, a primeira, ganha maior utilidade para o ➔ exames complementares do mielograma: citoquímica,
baço e para os linfonodos superficiais, as técnicas mais imunofenotipagem, cariótipo
avançadas são particularmente úteis aos linfonodos, ➔ biópsia: confirmação
profundos, mediastinais e timo
➔ vale destacar que, em muitas situações, a
caracterização de seu acometimento em doenças
proliferativas, torna-se fundamental para o correto
estadiamento e, portanto, participam ativamente da
decisão pela abordagem terapêutico
➔ no entanto, a dificuldade em se obter imagens
adequadas pode dificultar seu uso, de forma que, uma
assertiva e criteriosa orientação ao radiologista, pode
colaborar com o aumento da eficácia da técnica
PROVA:
➔ características do US de uma adenomegalia maligna:
- realce periférico de linfonodo com necrose
central
- disseminação extracapsular com infiltração
dos tecidos adjacentes
- massa de linfonodos
⚠️
para a prova:
LLA:
➔ criança
➔ tratamento: quimio (eliminar o clone leucêmico)
➔ sintomas: fadiga, febre, dor óssea, linfadenopatia,
esplenomegalia, hepatomegalia, metástase no SNC,
anemia, plaquetopenia - hemorragia
➔ FAB
LLC:
➔ envelhecimento
➔ tratamento: quimio e imunoterapia
➔ sintomas: infiltra fígado e baço, normalmente
assintomático - quando sente sintomas: fadiga, perda
de peso, anorexia, linfadenopatia, hepato e