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REGULAÇÃO E SUPERVISÃO DO MERCADO

DE VALORES MOBILIÁRIOS COM VISTA À


PROTECÇÃO DO INVESTIDOR

18/08/2021
Objectivos da sessão

Gerais
• Conhecer os poderes de regulação e de supervisão exercidos pela Comissão do Mercado de
Capitais (CMC) no âmbito do mercado de valores mobiliários e instrumentos derivados (MVM);
• Analisar a importância da regulação e supervisão do MVM na protecção do investidor.

Específicos

• Enquadrar o MVM no âmbito do sistema financeiro angolano;


• Explicar o papel da CMC enquanto autoridade reguladora do MVM;
• Determinar os actos praticados pela CMC no domínio da regulação;
• Explicar os procedimentos e as prerrogativas da CMC em relação às entidades sujeitas à sua
supervisão;
• Distinguir os mecanismos de protecção do investidor.
Agenda

1. Função e Estrutura do Sistema Financeiro Angolano

2. O Papel da CMC enquanto autoridade reguladora do MVM

3. Regulação do MVM

4. Supervisão do MVM

5. Regulação e supervisão como mecanismos de protecção do investidor


1. Função e Estrutura do Sistema Financeiro Angolano
1. Função e Estrutura do Sistema Financeiro Angolano

Função

Constituição da República de Angola

ARTIGO 99.º (Sistema financeiro)

«O sistema financeiro é organizado de forma a


garantir a formação, a captação, a capitalizacão e a
segurança das poupanças, assim como a
mobilizacão e a aplicação dos recursos financeiros
necessários ao desenvolvimento económico e social,
em conformidade com a Constituição e a lei.»
1. Função e Estrutura do Sistema Financeiro Angolano

Estrutura
Conselho de Supervisores
Reguladores do Sistema Financeiro
(CSSF)

Mercado monetário, Mercado de seguros Mercado de valores


cambial e de crédito e fundo de pensões mobiliários e instrumentos
derivados
2. O Papel da CMC enquanto autoridade reguladora do MVM
2. O Papel da CMC enquanto autoridade reguladora do MVM

Regime Jurídico

Estatuto Orgânico da CMC – aprovado pelo Decreto Presidencial


n.º 54/13, de 6 de Junho;

Código dos Valores Mobilários (CódVM) – aprovado pela Lei n.º


22/15, de 31 de Agosto;

Lei n.º 14/21, de 19 de Maio – do Regime Geral das Instituições


Financeiras.
2. O Papel da CMC enquanto autoridade reguladora do MVM

Atribuições

Regulação

Supervisão
(i) Mercados regulamentados; (ii) ofertas públicas relativas a
valores mobiliários; (iii) compensação, liquidação de operações
e sistemas centralizados de valores mobiliáriosos; (iv) serviços e
Fiscalização actividades de investimento; e (v) entidades referidas no artigo
23.º do CódVM;

Promoção
2. O Papel da CMC enquanto autoridade reguladora do MVM

Objectivos da regulação e supervisão do MVM

Proteger os investidores

Assegurar a eficiência, regularidade de funcionamento e


transparência do MVM

Prevenir o risco sistémico


3. Regulação do MVM
3. Regulação do MVM

Aprovar os diplomas regulamentares do MVM;

Propor ao Ministro das Finanças ou às restantes autoridades de supervisão do


sector financeiro a adopção de diplomas legais ou regulamentares necessários
para a protecção dos investidores, a transparência do mercado de valores
mobiliários e instrumentos derivados e a prevenção do risco sistémico;

Participar da criação de normas sobre o sistema financeiro.


3. Regulação do MVM

Princípios Carta de Princípios sobre Regulação

• Legalidade; • Alinhamento com as boas


• Necessidade; práticas internacionais;
• Clareza; • Pluralismo regulatório;
• Publicidade; • Clareza e correcção legística;
• Proporcionalidade; • Avaliação prévia;
• Independência; • Transparência;
• Desenvolvimento do mercado; • Coerência;
• Adaptabilidade; • Avaliação posterior;
• Desburocratização; • Cooperação nacional.
3. Regulação do MVM

Forma dos actos

Regulamentos

Instruções

Recomendações
genéricas

Pareceres genéricos
4. Supervisão do MVM
4. Supervisão do MVM

Entidades sujeitas à supervisão da CMC (I)

As Instituições Financeiras Não Bancárias ligadas ao mercado de capitais e ao investimento


(agentes de intermediação):

Sociedades
Sociedades Sociedades
Sociedades gestoras de
corretoras de distribuidoras Sociedades de
gestoras de organismos de
valores de valores investimento
patrimónios investimento
mobiliários mobiliários
colectivo
4. Supervisão do MVM

Entidades sujeitas à supervisão da CMC (II)

Entidades gestoras de mercados regulamentados, de sistemas de liquidação, de câmara de


compensação ou contraparte central e de sistemas centralizados de valores mobiliários;

Instituições Financeiras Bancárias que exerçam serviços e actividades de investimento em


valores mobiliários;

Consultores para investimento e analistas financeiros autónomos;

Emitentes de valores mobiliários;

Investidores institucionais e titulares de participações qualificadas;


4. Supervisão do MVM

Entidades sujeitas à supervisão da CMC (III)

Auditores externos;

Sociedades de notação de risco;

Organismos de investimento colectivo (OIC) e peritos avaliadores de imóveis de OIC


imobiliários;
Outras pessoas que exerçam, a título principal ou acessório, actividades relacionadas com a
emissão, a distribuição, a negociação, o registo ou o depósito de valores mobiliários e
instrumentos derivados ou, em geral, com a organização e o funcionamento dos mercados
de valores mobiliários e instrumentos derivados;
Entidades subcontratadas pelos sujeitos referidos anteriormente.
4. Supervisão do MVM

Procedimentos de supervisão (I)

Acompanhar a actividade das entidades sujeitas à sua supervisão e o funcionamento do


MVM;

Fiscalizar o cumprimento da lei e da regulamentação;

Aprovar os actos e conceder as autorizações;

Efectuar os registos;
4. Supervisão do MVM

Procedimentos de supervisão (II)

Instruir os processos e punir as infracções que sejam da sua competência;

Dar ordens e formular recomendações concretas;

Difundir informações;

Publicar estudos;

Avaliar e divulgar regularmente, após consulta aos interessados, as práticas de mercado


que podem ou não ser aceites.
4. Supervisão do MVM

Prerrogativas no exercício da supervisão (I)

Exigir quaisquer elementos e informações e examinar livros, registos e documentos, não


podendo as entidades supervisionadas invocar o segredo profissional;

Ouvir quaisquer pessoas, intimando-as para o efeito, quando necessário;

Determinar que as pessoas responsáveis pelos locais onde se proceda à instrução de


qualquer processo ou a outras diligências coloquem à sua disposição as instalações de que
os seus agentes careçam para a execução dessas tarefas, em condições adequadas de
dignidade e eficiência;

Substituir-se às entidades supervisionadas no cumprimento de deveres de informação;


4. Supervisão do MVM

Prerrogativas no exercício da supervisão (II)

Requerer a colaboração de outras pessoas ou entidades, incluindo autoridades policiais,


quando necessário ou conveniente ao exercício das suas funções, designadamente em caso
de resistência a esse exercício ou em razão da especialidade técnica das matérias em causa;

Substituir-se às entidades gestoras de mercados regulamentados, quando estas não


adoptem as medidas necessárias à regularização de situações anómalas que ponham em
causa o regular funcionamento do mercado, da actividade exercida ou os interesses dos
investidores;

Divulgar publicamente o facto de um emitente não estar a observar os seus deveres.


5. Regulação e supervisão como mecanismos de protecção
do investidor
5. Regulação e supervisão como mecanismos de protecção do investidor

Casos de fraudes no sistema financeiro

A principal causa destas


crises é a fragilidade da
regulação e da supervisão – Banco
enforcement.
Madoff Espírito
Crise do Santo
Boi Gordo Subprime (BES)
A Grande
Lehman Depressão
Necessidade de reforço
Esquema Brothers dos mecanismos de
Ponzi protecção dos investidores
5. Regulação e supervisão como mecanismos de protecção do investidor

Mecanismos de protecção do investidor

Prestação de
informação
ao investidor
Intervenção Educação
da CMC financeira

Fundos de Acção
garantia popular

Associação de
Mediação de
defesa dos
conflitos
investidores
www.cmc.gv.ao | institucional@cmc.gv.ao

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