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Apresentação
Caracterização
Histórico
A vasta planície entre os rios Macaé e Itabapoana era habitada inicialmente por
índios Goitacás e constituía a Capitania de São Tomé, doada em 1536 por Pero de Góis, a
fim de dar início à colonização da região. Este donatário mandou vir gado e mudas de cana
da capitania de São Vicente, construindo então o primeiro engenho de açúcar da região. A
região Norte Fluminense foi uma importante área produtora de cana de açúcar
baseada na mão de obra escrava, que teve um amplo número de engenhos
rudimentares e de pequeno porte (diferentemente dos engenhos do nordeste do
Brasil) nos séculos XVIII e XIX.
84,7% da população é
alfabetizada.
Baseado nos indicadores de educação, longevidade e renda, o Índice de desenvolvimento
Humano IDH Municipal é 0,704. O município está situado na faixa de desenvolvimento humano alto
(IDHM entre 0,700 e 0,799). A contribuição dos royalties representa pouco menos de 60% da receita
municipal.
As cinco comunidades estão localizadas na zona rural do município de Quissamã/ RJ. A distância
aproximada de cada uma delas do centro da cidade é: Bacurau (15 km), Santa Luzia (16 km),
Machadinha (11 km), Mutum (9 km) e Boa Vista (8 km).
De acordo com o questionário aplicado à liderança comunitária, atualmente residem 197
famílias distribuídas nas cinco comunidades, que totalizam, aproximadamente, 800 pessoas. Os dados
do processo no INCRA relatam 69 famílias. No quilombo de Boa Vista, de acordo com a liderança local,
moram aproximadamente 40 famílias.
Acesso à serviços e Políticas Públicas
Acesso à serviços
Saúde Educação Ensino Ensino Saneamento
Médio Superior Básico
Dentre as políticas públicas acessadas pela comunidade, a liderança comunitária cita a saúde como
política pública disponível, sendo necessário “melhorar”. Também existe o acesso ao transporte “exceto
nos fins de semana”, quando os ônibus não circulam. Quanto aos programas sociais, a liderança relatou
o acesso ao Programa Bolsa Família, Renda Mínima e Assistência ao Idoso. Há ainda o acesso ao
Programa Fome Zero que precisa ser ampliado, uma vez que Machadinha recebe as cestas e as
comunidades vizinhas não.
Problemas Ambientais
• Ausência de saneamento;
• Impactos socioeconômicos e culturais;
• Impactos da poluição e falta de investimento
na saúde;
•Esgoto a céu aberto em Machadinha.
Poluição dos rios é a questão mais importante para os quilombolas (esgoto e lixo).
Falta de saneamento básico causa contaminação da água por esgoto. Não tem acesso à
água tratada.
Queimadas de pastos.
Desmatamento para construção das casas.
Extração ilegal de areia dentro da Reserva de Jurubatiba, situação grave e sem ação dos
órgãos competentes.
Estrada de chão (acesso difícil) e situação precária do Salão Comunitário, localizado no sitio
Boa Vista.
Não há arborização - “você não vê vegetação”.
Desafios e Potencialidades
Em 2011 a equipe do QUIPEA perguntou a comunidade quais eram seus desafios e quais eram
as suas oportunidades:
Tabela 1. Problemas e Potencialidades em 2011
Essas mesmas perguntas foram feitas às Lideranças em 2014: será que algo mudou?
O QUIPEA trouxe para as comunidades de Machadinha, Santa Luzia, Bacurau, Mutum e Boa
Vista os cursos de Culinária Quilombola (27 participantes), Informática (29 participantes), Inglês (29
participantes), Solda (38 participantes) e Informática (27 participantes), respectivamente. Conheça um
pouco do perfil dos alunos que fizeram os cursos!
A grande maioria dos alunos possui, ou estão cursando, o Ensino Fundamental, uma parte
considerável possui o Ensino Médio Completo, poucos possuem o Ensino Médio incompleto e muito
poucos o Ensino Superior Incompleto.
1,09 %
20,7 %
2º ciclo do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano) 26,08%
De acordo com a percepção das lideranças as principais atividades econômicas exercidas nas
comunidades são a agricultura, a pecuária e o comércio. Quanto às atividades econômicas exercidas
pelos alunos, grande parte declarou que não está trabalhando (64%). Quanto às atividades econômicas
exercidas, a prestação de serviços/comércio foi a predominante (22%).
A maioria dos alunos declarou ter acesso à água corrente e água de poço. Uma parte declarou
que suas residências estão ligadas à rede de esgoto (referente à Comunidade Quilombola de
Machadinha) e outra parte semelhante que não estão. Muitos não responderam a essa pergunta. A
maioria dos alunos declarou possuir fossas em suas residências.