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NUTRIÇÃO INFANTIL

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Sumário

Introdução ...............................................................................................................................................3
Nutrição ...................................................................................................................................................3
O que é nutrição? ..................................................................................................................................3
O profissional de nutrição ..................................................................................................................10
A nutrição e a saúde infantil...............................................................................................................13
A importância da nutrição para saúde .............................................................................................14
O que é nutrição infantil? ...................................................................................................................18
Educação alimentar para crianças ...................................................................................................31
Atividades físicas para crianças ........................................................................................................56
Alimentação do pré-escolar ...............................................................................................................62
Alimentação do escolar ......................................................................................................................70
Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE ...................................................................76
Distúrbios alimentares ........................................................................................................................80
A obesidade infantil .............................................................................................................................80
Desnutrição infantil ..............................................................................................................................91
Distúrbios alimentares ........................................................................................................................98
Anorexia infantil e bulimia na infância ............................................................................................101

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Introdução

Olá, A nutrição é a ciência que investiga e controla a relação homem/alimento


para preservar a saúde humana. O nutricionista planeja, administra e coordena
programas de alimentação e nutrição.
Abordaremos a nutrição, porém com uma ênfase em nutrição infantil. Teremos
um panorama geral sobre a nutrição, sobre o profissional de nutrição, a relação
nutrição e a saúde infantil, e também a importância da nutrição para saúde.
Veremos questões como a alimentação na escola, os cuidados na alimentação
do pré-escolar, a alimentação do escolar e a promoção da alimentação saudável na
escola. Abordaremos também o Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE.
Conheceremos sua função e sua importância para a alimentação das crianças na
escola.
Mostraremos os tipos de distúrbios alimentares que atingem as crianças como:
a obesidade infantil, a desnutrição infantil, os distúrbios do apetite, a anorexia e a
bulimia na infância.

Nutrição

Teremos um panorama geral sobre a nutrição, o profissional de nutrição, a


relação nutrição e a saúde infantil, e também a importância da nutrição para saúde.
Veremos também a pirâmide nutricional, seus grupos e a quantidade de cada
grupo que devemos ingerir por dia.

O que é nutrição?

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Conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS), podemos conceituar o


termo nutrição da seguinte forma: “Nutrição é a ingestão de alimentos, tendo em conta
as necessidades alimentares do corpo. Uma boa nutrição, uma dieta adequada e
equilibrada, combinada com atividade física regular é a “pedra fundamental” de uma
boa saúde. A má nutrição pode levar a redução da imunidade, aumentando da
suscetibilidade a doenças, prejudicando o desenvolvimento físico e mental, e redução
da produtividade.” (http://www.who.int/topics/nutrition/em/)
De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde, nutrição é a ciência que
estuda a composição dos alimentos e as necessidades nutricionais do indivíduo, em
diferentes estados de saúde e doença. Alimentar-se é o ato voluntário de fornecer
alimentos ao organismo. A nutrição se inicia depois que os alimentos entram no
organismo e são transformados em nutrientes.
A nutrição é de suma importância para a sobrevivência dos seres humanos, é
o estudo das relações entre os alimentos ingeridos e as doenças, ou o bem-estar.
Podendo ser feita por via oral, ou seja, pela maneira natural do processo de
alimentação, ou por um modo especial, como a nutrição clínica.
Assim, a nutrição clínica é responsável por contribuir com a prevenção ou
atuação no combate às doenças que podem se instalar nos seres humanos. Com uma

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alimentação saudável e balanceada é possível criar condições para que tais doenças
sejam melhores combatidas. Na nutrição clínica são tratadas as diversas doenças que
acometem o ser humano, através da alimentação. Ela atua também prevenindo o
aparecimento de doenças, por meio de uma alimentação saudável e de forma
terapêutica no controle de doenças crônicas.
Existem inúmeros tipos de doenças que melhoram após o acompanhamento
nutricional, dentre elas:

▪ Obesidade;
▪ Doença celíaca;
▪ Desnutrição;
▪ Diabetes mellitus;
▪ Dislipidemias (hipercolesterolêmica e hipertrigliceridemia);
▪ Fenilcetonúria;
▪ Cirrose hepática;
▪ Gota;
▪ Insuficiência renal (aguda e crônica);

▪ Hipertensão arterial;
▪ Cardiopatias e constipação intestinal.

A nutrição clínica divide-se em algumas áreas, tais como: nutrição materno-


infantil, nutrição enteral, nutrição parenteral e nutrição em geriatria. Vejamos:

Nutrição materno-infantil: é o processo de acompanhamento do pré-natal e


do aleitamento materno. Onde se tem um planejamento dietético para a gestante,
visando o processo de crescimento e desenvolvimento da criança.

Nutrição enteral: é uma forma de alimentação especial, desenvolvida por meio


de uma dieta líquida que é administrada, na maioria dos casos, por sonda, geralmente

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inserida no estômago ou intestino, em pacientes que não conseguem se alimentar


sozinhos, ou que necessitem de uma alimentação mais específica, como no caso de
pacientes desnutridos. Coloca-se alimento diretamente em uma área do tubo digestivo
(geralmente o estômago ou o jejuno), através de sondas podendo ser via oral ou nasal,
juntamente com outro orifício gastrointestinal usado no processo digestivo.

Nutrição parenteral: é utilizada para a complementação ou substituição


completa da alimentação oral ou enteral, é mais utilizada em recém-nascidos
prematuros, cujo sistema digestivo não é capaz de digerir o leite de modo suficiente à
sua necessidade, em pacientes submetidos a cirurgias gastrintestinais de grande
porte e em pacientes com a síndrome do intestino curto.

Nutrição em geriatria: É desenvolvida para ocasionar, aos poucos, melhoras


na saúde dos idosos. São analisadas as carências nutricionais e a partir daí se cria
um plano nutricional.
Existem também, outros tipos de nutrição como: a nutrição esportiva e a
nutrição humana:

Nutrição esportiva: é direcionada às pessoas que exercem qualquer tipo de


atividade física como profissão, e é uma junção de conhecimentos de várias áreas,
como: nutrição, fisiologia, bioquímica do esporte e atividade física. A nutrição esportiva
tem como principais objetivos promover a saúde do atleta, melhorar o desempenho e
otimizar a recuperação pós-exercício.

Nutrição humana: estuda os nutrientes, as substâncias alimentícias e a forma


como o corpo as assimila. Esses nutrientes são definidos em cinco categorias:
proteínas, carboidratos ou glicídios, gorduras ou lipídios, vitaminas e sais minerais.

Uma boa nutrição deriva de uma dieta equilibrada e regulada, é necessário que
se proporcione às células do corpo não só a quantidade como também a variedade
adequada de nutrientes importantes para o seu bom funcionamento.

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Pirâmide alimentar

A pirâmide funciona da seguinte forma: a base larga indica os alimentos mais


importantes e que devem ser os mais consumidos. Na medida em que se afina a
pirâmide, vão também diminuindo a necessidade de se consumir estes alimentos, até
chegar à ponta, onde mostra os alimentos que devem ser ingeridos em poucas
quantidades.
Todos os alimentos da pirâmide alimentar devem ser ingeridos, porém em
quantidades diferentes. Vários tipos de alimentos, como açúcar, gorduras e sal estão
presentes em vários grupos da pirâmide, pois já provêm naturalmente dos alimentos.
Veja como os alimentos são subdivididos dentro da pirâmide:

Fonte: UnB - Universidade de Brasília

Grupos de alimentos:

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Grupo 1 – na base da pirâmide concentram-se os alimentos ricos em


carboidratos. Esses alimentos oferecem a energia necessária para a manutenção de
nossa saúde. Entre os principais alimentos dessa categoria, podemos destacar os
pães, cereais e tubérculos, como: batata, mandioca, entre outros. Nesta base estão
os alimentos energéticos, ricos em carboidratos, que são responsáveis pelo
fornecimento da maior parte das energias de que precisamos. A indicação de
consumo desses alimentos é de oito porções diárias.

Grupo 2 – neste grupo encontram-se os alimentos conhecidos como


reguladores, ou seja, procuram oferecer nutrientes que permitam o bom
funcionamento do intestino. Pertencem a esse grupo alimentos, como: hortaliças,
legumes e verduras. Os alimentos do segundo degrau da pirâmide são os alimentos
reguladores, ricos em vitaminas, sais minerais, fibras e água. A indicação de consumo
desses alimentos é de três porções diárias.

Grupo 3 – O grupo 3, ao lado do grupo 2, também é caracterizados por


alimentos reguladores. A diferença é que neste grupo destacam-se as frutas. As frutas
e os sucos de frutas naturais, também são alimentos reguladores, ricos em vitaminas,
sais minerais, fibras e água. A indicação de consumo desses alimentos é de três
porções diárias.

Grupo 4 – um degrau acima, destacamos o grupo 4, responsável por congregar


os alimentos construtores, ricos em proteínas, cálcio, ferro e zinco, além de contar
também com açúcar e gorduras. Os alimentos construtores são caracterizados por
contribuir com a formação e renovação dos tecidos do corpo. Entre os principais
alimentos, podemos destacar o leite e seus derivados, como queijos e bebidas lácteas.
A indicação de consumo desses alimentos é de três porções diárias.

Grupo 5 – no mesmo degrau do grupo 4 encontramos o grupo 5, também


responsável pela formação e renovação dos tecidos do corpo. A diferença para o

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grupo 4 é que aqui, a alimentação é baseada na carne, seja ela vermelha, branca ou
até mesmo o peixe. Alimentos construtores ricos em proteínas e cálcio, também
possuem gorduras e colesterol, além de ferro e zinco. Entre esses alimentos também
estão os ovos. A indicação de consumo desses alimentos é de duas porções diárias.
Grupo 6 – ao lado dos grupos 4 e 5, este grupo encerra o degrau dos alimentos
construtores. A diferença para os demais grupos desta categoria é que os alimentos
presentes neste grupo oferecem o acúmulo de colesterol bom, conhecido como HDL.
Oferecem também proteínas que não são encontradas nos demais grupos como a
isoflavona, encontrada na soja e que ajuda a combater diversas doenças. Entre os
principais alimentos deste grupo, podemos destacar o feijão, a soja, a ervilha, entre
outros. No grupo 6 aparecem os alimentos ricos em proteínas e fibras, além do cálcio,
do ferro, do zinco e das vitaminas. A indicação de consumo desses alimentos é de
uma porção diária.

Grupo 7 – neste último degrau, conhecido como a ponta da pirâmide e, por


isso, recomendado em menor volume, estão os alimentos energéticos ricos em
calorias e colesterol. Apesar de perigosos quando consumidos em excesso, eles são
importantes, uma vez que são responsáveis pelo transporte de alguns nutrientes,
como as vitaminas A, D, E e K. Entre os principais alimentos, podemos destacar os
óleos de fritura, margarinas e demais alimentos ricos em gordura. A indicação de
consumo desses alimentos é de duas porções diárias.

Grupo 8 – dividindo a ponta da pirâmide com o grupo 7, encontramos o grupo


8, rico em calorias e pobre em nutrientes. Este grupo é caracterizado pelos alimentos
que pouco agregam para uma alimentação saudável e, por isso, devem ser
consumidos com moderação. Entre esses alimentos, destacamos as tortas, os
chocolates, os salgadinhos industrializados, entre outros. São alimentos energéticos
de onde provêm muitas calorias e poucos nutrientes. Devem ser consumidos com
moderação. A indicação de consumo desses alimentos é de duas porções diárias.

Abaixo veremos uma tabela exemplificada com a relação de alimentos e

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porções:

Grupos

O profissional de nutrição

O nutricionista é um profissional da área da saúde,


graduado em nutrição, que atua em toda a área de
alimentação e nutrição. Para exercer sua profissão o
nutricionista deve estar regularmente inscrito no Conselho
Regional de Nutricionistas (CRN).
Ao se formar, o nutricionista deve realizar o juramento
de profissão onde expressa todo sua intenção de
desempenhar seu trabalho com ética e zelo. Apenas como curiosidade, apresentamos
este juramento que está previsto pela Resolução Conselho Federal de Medicina FN
nº 382/2006:
"Prometo que, ao exercer a profissão de nutricionista, o farei com dignidade e
eficiência, valendo-me da ciência da nutrição, em benefício d saúde da pessoa, sem
discriminação de qualquer natureza. Prometo, ainda, que serei fiel aos princípios da
moral e da ética. Ao cumprir este juramento com dedicação, desejo ser merecedor

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dos louros que a profissão proporciona."

A lei nº 8.234/1991 regulamentou a profissão de nutricionistas, e definiu as


atividades da profissão:

1 – Direção, coordenação e supervisão de cursos de graduação em nutrição;


2 – Planejamento, organização, direção, supervisão e avaliação de serviços
de alimentação e nutrição;
3 – Planejamento, coordenação, supervisão e avaliação de estudos
dietéticos;
4 – Ensino das matérias profissionais dos cursos de graduação em nutrição;
5 – Ensino das disciplinas de nutrição e alimentação nos cursos de
graduação da área de saúde, e outras afins;
6 – Auditoria, consultoria e assessoria em nutrição e dietética;
7 – Assistência e educação nutricional à coletividade ou a indivíduos, sadios
ou enfermos, em instituições públicas e privadas, e em consultórios de nutrição e
dietética;
8 – Assistência dietoterápica hospitalar, ambulatorial, e em nível de
consultórios de nutrição e dietética, prescrevendo, planejando, analisando,
supervisionando e avaliando dietas para enfermos.

▪ O profissional formado poderá atuar em diversas áreas, entre as quais


estão:

▪ Nutrição clínica: em equipe de saúde e equipe multiprofissional;


▪ Nutrição em saúde pública: em programas de segurança alimentar e
nutricional sustentável;
▪ Higiene e inspeção de alimentos: com análises bromatológicas e
microbiológicas em alimentos;
▪ Indústria alimentar: com processos tecnológicos para produção,
conservação e embalagem de novos produtos alimentares;

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▪ Esporte: na avaliação nutricional e orientação dietoterápica para atletas e


praticantes de atividade física.

E interessante destacar também o curso de graduação em nutrição. Este é um


curso com duração média de quatro anos e com disciplinas comuns aos da área
médica, como fisiologia, anatomia e bioquímica.
No entanto, o aluno também atua na prática, conhecendo noções de educação,
higiene alimentar e avaliação nutricional. Aprende também a atuar em cozinhas com
destaque para técnicas de preparo e conservação dos alimentos, além de investigar
suas transformações antes de serem disponibilizados para o consumo. Importante
destacar também que o estágio é obrigatório, assim como o trabalho de conclusão de
curso.
O mercado de trabalho para o profissional de nutrição é muito vasto, como
podemos ver acima, o profissional pode trabalhar em diversas áreas. Todas estes
campos de atuação profissional são promissores.
Atuar no mercado de trabalho nos dias de hoje, exige uma visão geral da
profissão, no qual a prática profissional requer contínua aquisição de conhecimento e
desenvolvimento de habilidades estruturadas em uma relação multiprofissional, em
que todos estão direcionados para atingir uma meta específica.
Segundo Antônio Augusto Garcia, coordenador do CFN (Conselho Federal de
Nutricionistas) a área de Nutrição: “abriu o seu cardápio e passou a ser importante
não só em restaurantes, hotéis e escolas, mas também em indústrias, em hospitais,
clínicas, academias e grandes redes de supermercados”. Afirma também que o setor
público tem sido um dos maiores empregadores, depois que o Governo Federal
passou a incorporar nutricionistas em seus programas sociais como, por exemplo, o
programa de alimentação escolar, o núcleo de apoio à saúde da família e o programa
de alimentação do trabalhador.
O salário do profissional de nutrição varia dependendo da área de atuação,
porém, de acordo com a Federação Nacional dos Nutricionistas, o salário inicial gira
em média de R$ 1.503,27 e pode chegar a R$4.650,00.

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A nutrição e a saúde infantil

A infância é a fase inicial na qual ocorre a


formação e o crescimento. A alimentação nesta
etapa é essencial para um crescimento e
desenvolvimento adequados.
A nutrição, como já dissemos, é muito
importante para todos os seres humanos. Por isso,
é de suma importância que desde pequeno se tenha
uma alimentação saudável. Sendo assim, a
educação do paladar da criança é muito importante,
é aconselhado que se comece oferecendo
alimentos naturais, como frutas ou sucos, de
preferência orgânicos. Seria interessante não adoçar
os sucos de frutas, pois seu sabor verdadeiro é sem dúvida, m ais saudável.
A alimentação infantil começa de fato no nascimento da criança, quando a mãe
começa a amamentação. O aleitamento materno é a melhor e mais completa
alimentação para o bebê nos primeiros seis meses de vida.
Com o desenvolvimento da criança, torna-se necessário cuidar da inserção de
frutas e legumes que nem sempre são aceitos de forma tranquila. Por isso, é
importante que os pais façam isso de forma contínua, para que a criança entenda que
tais alimentos são importantes para o seu dia a dia. Devem usar a criatividade para
oferecer os alimentos de diferentes maneiras até que a criança os aceite de forma
mais tranquila. A inserção de frutas e legumes no cardápio deve ser diversificada,
equilibrada, incluindo preparações criativas e de boa aceitação. Se a criança rejeitar
o alimento, a sugestão é insistir através de outra forma de preparação, como cremes,
sopas ou suflês.
É muito importante que, nesta fase, se respeite os horários das refeições. A
refeição também deve ser feita em um ambiente tranquilo, ventilado e, sobretudo,

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limpo. Esta refeição deve demorar o tempo que for necessário, pois uma refeição feita
de forma rápida, com barulho e na frente da televisão contribui para a alimentação
demasiada, de maneira pouco prazerosa e sem degustar devidamente os alimentos.
A nutrição é muito importante durante toda a vida do ser humano, mas durante
a infância é ainda mais importante, pois é nesta fase que tudo se inicia. Uma boa
alimentação começada na infância garante uma vida saudável e prevenirá futuras
doenças.
Em muitos casos, por falta de tempo ou mesmo de empenho dos pais em fazer
com que a criança se alimente adequadamente, as guloseimas passam a ganhar
espaço ao longo do dia. Não teria problemas se tais alimentos fossem oferecidos
como prêmio pela criança ter se alimentado corretamente, porém, observamos que a
falta de limite para com os filhos faz com que comam tais guloseimas em momentos
inadequados, prejudicando assim, a alimentação. Os pais devem ter em mente que
são os responsáveis por zelar pela saúde de seus filhos, e isto inclui obrigá-los a
manter uma alimentação saudável.
Guloseimas, salgadinhos, bolachas e doces são ainda considerados o carro-
chefe da alimentação infantil. As quantidades exageradas de calorias somadas a
poucos nutrientes e substâncias químicas prejudiciais geram uma combinação
extremamente nociva. Na realidade, estes não precisam ser completamente abolidos,
desde que sejam respeitados os limites das crianças. A criança pode, por exemplo,
comer um chocolate como sobremesa, mas no dia seguinte deve sempre comer uma
fruta. É fundamental conversar com a criança e chegar a um "acordo".

A importância da nutrição para saúde

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A nutrição, como já vimos, é muito


importante. Este equilíbrio dos alimentos
consumidos, bem como as questões relacionadas
à saúde já eram conhecidas desde a época de
Hipócrates, por volta de 480 a.C.
Porém, somente no início do século XX,
depois de diversas pesquisas na área da nutrição,
ficou comprovada a importância de uma
alimentação equilibrada para o crescimento e
desenvolvimento de bebês e crianças.
No Japão, durante a 2° Guerra Mundial, a escassez de alimentos resultou na
redução de peso entre os japoneses jovens de todas as idades, em comparação com
este mesmo grupo antes da guerra. Com o desenvolvimento do país após 1950, os
jovens começaram a crescer mais do que anteriormente.
Estudos com trabalhadores industriais americanos mostram que indivíduos
com má alimentação, apresentavam um estado nutricional inadequado. Este quadro
resulta em mais fadiga, menos eficiência e maior taxa de absenteísmo por doenças.
Por todo século, muitos estudos demonstraram a importância de uma dieta
adequada à saúde. Com o desenvolvimento científico dos últimos anos, fica claro o
elo existente entre nutrição e saúde.
Assim é fácil compreender que um volume insuficiente e desequilibrado de
alimentos ricos em nutrientes, leva o indivíduo a déficits nutricionais que com o tempo
deverão provocar uma série de dificuldades, como: o aparecimento de doenças
oportunistas, diminuição na capacidade laboral e sérios problemas de concentração.
Esta abundância de alimentos não implica em uma melhor saúde. Pois a
alimentação excessiva e incorreta pode levar a obesidade, entre outros males. O
desequilíbrio nutricional pode aumentar riscos de doenças crônicas não
transmissíveis, como: doenças cardíacas, hipertensão arterial, diabetes mellitus, entre
outras.
Atualmente a comunidade científica coloca a grande relevância da nutrição na

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qualidade de vida, outros fatores também são importantes, como: higiene, programas
de saúde institucional, atividade física, poder aquisitivo, grau de escolaridade,
ecologia, disponibilidade de alimentos etc.
Nesse contexto, a situação econômica exerce influência na escolha dos
alimentos, nos hábitos alimentares, na capacidade de fazer reservas de alimentos etc.
A classe social pode formar hábitos alimentares, visto que os indivíduos selecionam
os alimentos envolvidos com m aior pr estígio. Exemplos: preferir manteiga à
margarina, ou o bife à carne moída.
O poder aquisitivo pode ser um fator limitante na compra, entretanto, não indica
que o indivíduo com melhores condições econômicas fará uma seleção adequada dos
alimentos. O estilo de vida pode afetar a nutrição e entre os fatores que exercem
influência sobre a alimentação temos:

▪ Condições socioeconômicas;
▪ Educação;
▪ Localização geográfica (grau de urbanização);
▪ Preferências alimentares;
▪ Identidade étnico-cultural;
▪ Situação no ato de alimentar-se (acompanhado ou isolado);
▪ Relações psicológicas;
▪ Sociabilidade.

Os hábitos alimentares e os padrões alimentares das diferentes populações do


globo refletem normalmente um processo histórico de adaptação às realidades
geográficas, socioeconômicas e culturais de cada povo.
Os fatores geográficos e ecológicos determinam os tipos de alimentos que
podem ser cultivados regionalmente. A disponibilidade regional de determinados tipos
de alimentos é um fator importante de condicionamento e de desenvolvimento dos
hábitos alimentares.
O desenvolvimento tecnológico e o intercâmbio entre os povos e as nações
permitiram diminuir as diferenças outrora existentes vários países e regiões. A

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tecnologia e a ciência dos alimentos é um fator de pressão muito forte, no sentido de


modificar os hábitos e padrões alimentares em todo o mundo. A introdução contínua
de novos produtos alimentícios com características de gosto, aroma, textura e
aparência atraente ao consumidor, exercem uma influência muito decisiva no sentido
de modificar os hábitos alimentares.
Essa influência é marcante nas populações urbanas e de mais elevado nível
de renda. Ao lado dos fatores tecnológicos e econômicos cresce também a
importância do fator educacional, particularmente a educação nutricional que conduz
a uma compreensão da importância da alimentação, do estado nutricional sobre a
saúde, do bem-estar geral do indivíduo e da população.
A educação alimentar melhora as condições nutricionais por:

▪ Contribuir com a escolha adequada dos alimentos pelos indivíduos, tendo


como consequência uma melhoria na saúde e no bem-estar;
▪ Permitir aos indivíduos avaliar as informações recebidas, uma vez que há
uma ampla relação de assuntos sobre nutrição veiculados pela mídia;
▪ Promover melhor uso das fontes econômicas;
▪ Reforçar o conhecimento sobre nutrição;
▪ Evitar o desperdício;
▪ Mostrar que a educação nutricional deve ser parte integrante do processo
de formação do indivíduo desde o pré-escolar até os idosos. Estes ensinamentos são
importantes para qualquer faixa etária.

Abordaremos as vantagens e as desvantagens dos alimentos preferidos pelas


crianças, erros mais comuns na alimentação infantil, mitos e verdades sobre a
alimentação infantil.

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O que é nutrição infantil?

A nutrição infantil em nada difere da nutrição de uma


pessoa adulta. Ambos devem compor uma alimentação rica em
proteínas, vitaminas e minerais para proporcionar um
crescimento saudável. Vale lembrar que tanto as crianças
quanto os adultos precisam ter cuidados com as calorias para
que se evite o risco de provocar a obesidade. Por isso,
atividades físicas são tão importantes. A nutrição infantil inicia-se a partir da passagem
de uma alimentação exclusivamente láctea a uma dieta mista.
Seria nada mais do que a integração do leite (materno ou artificial) e de outros
alimentos necessários ao crescimento do bebê.
Assim, depois dos seis meses de vida onde o leite materno é suficiente para
suprir todas as necessidades nutritivas do bebê, torna-se necessário inserir uma nova
alimentação com frutas, legumes, verduras e a própria carne.
O bebê nesta fase já consegue distinguir os sabores do doce, do amargo, do
salgado e do ácido, ainda que os bebês tenham uma predileção inata pelo sabor doce,
e isso se deve ao fato de que nos primeiros meses de vida, o recém-nascido se
alimenta exclusivamente de um único alimento, o leite.
No entanto, como já dissemos, o leite deixa de suprir todas as necessidades
nutricionais de um bebê porque seu crescimento e desenvolvimento passam a exigir
um volume maior de calorias, além das proteínas e do ferro.
Nesta fase, os bebês já apresentam um sistema de digestão mais
desenvolvido, o que lhes permite alimentar-se de alimentos que até então, poderiam
tornar-se indigestos ou mesmo com risco de provocar reações alérgicas. Durante esta
mesma fase os bebês, depois de exercitarem seus músculos da boca durante as
mamadas, conseguem controlá-los de maneira mais adequada, podendo ingerir
alimentos com uma consistência mais firme, como as papinhas.
De qualquer forma, trata-se de novas experiências sensoriais para o bebê, que
devem ser testadas aos poucos, procurando identificar quais as frutas preferidas, os

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sabores que mais o agradam e as técnicas mais eficientes para que ele não recuse a
alimentação.
O melhor caminho é a criação de hábitos saudáveis nas crianças, isso fará com
que futuramente elas não venham sofrer com distúrbios alimentares como a
obesidade, por exemplo, e até doenças como a hipertensão e o diabetes. A fim de que
a alimentação venha a ser o alicerce do bem-estar das crianças, é preciso conhecer
os elementos nutritivos que cada alimento contém.
Vale lembrar que nenhum tipo de alimento sozinho é capaz de satisfazer todas
as necessidades de nosso organismo – incluso o leite materno – pois após alguns
meses já não é suficiente porque o bebê necessitará de mais nutrientes. Então para
que se possa criar uma dieta equilibrada para um bebê, é necessário que se balanceie
as refeições com cinco tipos de elementos essenciais para que se possa manter um
bom equilíbrio físico do organismo. Os elementos são:

▪ As proteínas e os aminoácidos;
▪ Os carboidratos;
▪ As gorduras;
▪ As vitaminas;
▪ E os sais minerais.

As proteínas e os aminoácidos: Os aminoácidos formam a estrutura das


proteínas, que por sua vez são responsáveis pela construção e renovação de órgãos
e tecidos, em suma, são essenciais para o corpo humano. Se usarmos o exemplo de
um castelo, poderíamos chamar as proteínas de tijolos, pois ajudam na construção e
reforma. Além disso, as proteínas são os principais componentes dos músculos, dos
órgãos internos e da pele, servem também para a produção de enzimas e de certos
hormônios, e nos processos de coagulação do sangue.
Estão presentes principalmente em carnes, peixes, pães, ovos e laticínios que
contêm a quantidade necessária de todos os tipos de aminoácidos, e por isso se diz
que esses tipos de alimentos contêm proteínas nobres ou de alto valor nutricional.
Alguns tipos de legumes, como: feijão, ervilhas, lentinhas, também apresentam em

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menor volume um teor de aminoácidos.


Os carboidratos são os responsáveis por gerar a energia que o organismo
precisa. Os alimentos que contêm alto teor de carboidratos são principalmente:
cereais, batata, legumes, frutas, leite, açúcar e mel.
Além de fornecer energia para o funcionamento do organismo, os carboidratos
são imprescindíveis também para o sistema nervoso e para produzir energia para a
atividade física.
As gorduras são outros tipos de fontes de energia para o organismo. É de
suma importância, pois a gordura interage na formação das membranas celulares, do
sistema nervoso central do cérebro e da retina mantendo a sua integridade, e também
são responsáveis pelo transporte de algumas vitaminas.

Vale lembrar que existem dois tipos de gorduras:

Gordura saturada: A gordura saturada, responsável pelo colesterol ruim (LDL)


é proveniente de animais e encontra-se em estado sólido em temperatura ambiente.
Pode ser encontrada, principalmente, na capa de gordura de carnes vermelhas e na
pele das aves. Também pode ser observada em alimentos derivados do leite, como:
a manteiga, os iogurtes, entre outros.

Gordura insaturada: Por outro lado, a gordura insaturada, responsável pelo


colesterol bom (HDL), contribui para equilibrar as funções do corpo, uma vez que é
responsável por reduzir o colesterol ruim, o triglicérides e equilibrar a pressão arterial.
Pode ser encontrado em vegetais e em temperatura ambiente, encontra-se em estado
líquido. Pode ser encontrada em alimentos, como: o azeite de oliva, amêndoa,
castanhas, abacate, entre outros.
Estes dois tipos de gordura em excesso podem causar no bebê aumento de
peso e podem até mesmo ocasionar a obesidade infantil e adulta, também causando
vários tipos de danos à saúde.
As vitaminas têm como principal função, regular e coordenar as atividades das

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células, operando assim nas bases dos processos fundamentais do organismo.


Nosso organismo não consegue fabricar as vitaminas, por isso é necessário
que elas sejam introduzidas por meio de alimentos.
São classificas em dois grandes grupos:

▪ A, D, E, K que são as vitaminas solúveis em gordura;


▪ Complexo B, ácido fólico, C, PP que são as solúveis em água.

– A vitamina A é responsável por evitar problemas nos olhos, como a


cegueira noturna, por manter uma pele saudável evitando que fique seca e rugosa, e
principalmente, por estimular o crescimento durante a infância. Ela pode ser
encontrada em alimentos, como: leite, manteiga, queijos, fígado, ovos e cenouras.
– A vitamina B1 é responsável pela proteção dos tecidos nervosos
podendo, em caso de ausência no organismo, provocar fadiga, nervosismo e
inapetência. Ela pode ser encontrada em alimentos, como: levedo de cerveja,
legumes, frutas, cereais, carnes, farinha integral e batatas.
– A vitamina B2, também é responsável pela proteção dos tecidos e ainda
contribui para a defesa da visão. Quando ausente no organismo, pode provocar lesões
na pele e nas mucosas, além é claro de problemas na visão como a conjuntivite. Pode
ser encontrada em alimentos, como: o leite, os peixes, as carnes, os cereais, os ovos
e o fígado.
– A vitamina B5 é indispensável para a manutenção das células dos
órgãos e tecidos. No caso de ausência no organismo, podem surgir problemas
gastrointestinais, cansaço e dor de cabeça. Ela pode ser encontrada em alimentos,
como: gema do ovo, fígado, verduras de folha verde, levedo de cerveja e legumes.
– A vitamina B6 é imprescindível à vida celular, pois auxilia na proteção
da superfície da pele e dos tecidos nervosos. A sua carência no organismo pode
causar náusea, vômito, câimbras, anemia e distúrbios nervosos. Ela é encontrada em
alimentos, como: cereais integrais, ovos, legumes, peixe, batatas e carnes.
– A vitamina B12 ajuda na formação dos glóbulos vermelhos e no
funcionamento do sistema nervoso. A sua ausência no organismo provoca anemia e

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distúrbios. Ela é encontrada em alimentos, como: fígado, peixe, carnes, ovos, leite e
queijos.
– A vitamina C é importante na proteção da membrana celular e na
absorção do ferro, na defesa imunológica e nos resfriados. A falta dessa vitamina no
organismo pode provocar irritação, cansaço, insônia, escorbuto e maior risco de
doenças infecciosas. Ela é encontrada principalmente em verduras de folhas verdes,
frutas cítricas, morangos, melão, tomate, couve, espinafre etc.A vitamina D favorece
a fixação do cálcio e do fósforo nos ossos, ajuda na formação dos dentes, dos ossos
e no crescimento. A falta dessa vitamina pode vir a causar raquitismo e fragilidade dos
ossos. Ela é encontrada em alimentos, como: leite, manteiga, queijos, gema do ovo e
peixe.
– A vitamina E é necessária na proteção das células, é antioxidante e
conserva os tecidos do corpo. Os estudos sobre a carência desta vitamina ainda estão
em andamento. Ela é encontrada nos óleos vegetais.
– A vitamina PP – ou niacina – é importante para o crescimento e a
manutenção do organismo. Sua falta no organismo pode causar depressão, fraqueza
e falta de vontade. Ela é encontrada em alimentos, como: carne, peixe, cereais, fígado
e legumes.
– O ácido fólico ajuda na formação dos glóbulos vermelhos. A falta dessa
vitamina pode causar anemia, baixo número de glóbulos vermelhos e distúrbios
nervosos. Esta vitamina encontra-se em alimentos, como: fígado, verduras de folha
verde, ovos e batatas.
– Os sais minerais diferentes das vitaminas e dos carboidratos, são
substâncias que participam diretamente na construção dos ossos e dos dentes (cálcio,
fósforo e flúor) e da formação dos glóbulos vermelhos (ferro). Também são
responsáveis pelo equilíbrio do sódio, do potássio e do cloro, esse equilíbrio também
é conhecido como hidrossalino, equilibra também certos ciclos metabólicos (magnésio
e cromo).

Como são eliminados todos os dias pelo organismo, através da urina, fezes e
suor, os sais minerais necessitam de uma reposição constante, por meio dos

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alimentos. Os sais minerais são: cálcio, fósforo, potássio, cloro, sódio, magnésio,
ferro, flúor, zinco e iodo. Veremos abaixo, cada um desses sais minerais:

Cálcio: é o responsável pela formação dos ossos, dos dentes e da coagulação


do sangue. A falta de cálcio no organismo pode causar raquitismo e osteoporose. O
cálcio é encontrado em alimentos, como: leite, queijos, verduras verdes, legumes
secos.
Fósforo: é o responsável pela formação dos ossos e dos dentes. A falta de
fósforo no organismo pode causar fraqueza dos ossos. O fósforo é encontrado em
alimentos, como: leite, queijos, carnes e aves.

Potássio: é importante para o equilíbrio das células e do sistema hídrico do


organismo. Quando o organismo tem ausência de potássio pode sofrer fraqueza
muscular. O potássio é encontrado em alimentos, como: carne, leite e várias frutas.

Cloro: é importante para o equilíbrio das células e formação do suco gástrico.


A falta de cloro pode ocasionar câimbras musculares e falta de apetite. O cloro é
encontrado no sal de cozinha.

Sódio: é importante para o equilíbrio das células e do sistema hídrico do


organismo. Assim como o cloro, a ausência de sódio no organismo pode causar
câimbras musculares e falta de apetite. O sódio também é encontrado no sal de
cozinha.

Magnésio: ativa as enzimas responsáveis pela síntese das proteínas. A falta


de magnésio no organismo pode causar problemas de crescimento e distúrbios de
comportamento. O magnésio é encontrado em verduras de folhas verdes e em
legumes.

Ferro: Compõe os glóbulos vermelhos e é responsável por muitas funções do


organismo. Sua ausência no organismo pode causar anemia, fraqueza e menor

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resistência às infecções. O ferro é encontrado em alimentos, como: carne, legumes,


verduras de folhas verdes e ovos.

Flúor: favorece no desenvolvimento dos dentes e os protege contra as cáries.


Com a falta de flúor, os dentes perdem resistência contra as cáries. O flúor é
encontrado no peixe.

Zinco: intervém em muitas funções químicas do organismo. A falta de zinco no


organismo pode causar problemas de crescimento, falta de apetite e problemas na
cicatrização de feridas. O zinco é encontrado na maioria dos alimentos, como: na
banana, no brócolis, nos cereais, na carne, nos mariscos, no chocolate etc.

Iodo: auxilia na constituição dos hormônios da tireoide. A falta de iodo pode


ocasionar aumento da tireoide. O iodo é encontrado nos peixes de mar, vegetais e
algas.
Abaixo veremos recomendações nutricionais diárias para crianças de ambos
os sexos, de 1 a 8 anos.

Macronutrientes 1 a 3 anos 4 a 8 anos


Proteína e
aminoácidos(g) 13g {5g – 20g} 19g {10g – 30g}
Carboidrato (g) 130g {45g – 65g} 130g {45g – 65g}
Gorduras Totais (g) 130g {45g – 65g} {25g – 35g}
N-6, Ácido Gordurosos 7g {5g – 10g} 10g {5g – 10g}
Polinsaturados (g)
N-3, Ácido Gordurosos 0.7g {0.6g – 1.2g} 0.9g {0.6g – 1.2g}
Polinsaturados (g)
Fibras Totais 19g 25g
Vitaminas 1 a 3 anos 4 a 8 anos
Vitamina A (µg) 300µg – (600µg) 400µg – (900µg)

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Vitamina C (mg) 15mg – (400mg) 25mg – (650mg)


Vitamina D (µg) 5µg – (50µg) 5µg – (50µg)
Vitamina E (mg) 6mg – (200mg) 7mg – (300mg)
Vitamina K (µg) 30µg 55µg
Tiamina ou Vit. B1 (mg) 0,5mg 0,6mg
Riboflavina ou Vit. B2 (mg) 0,5mg 0,6mg
Niacina ou Vit. PP (mg) 6mg – (10mg) 8mg – (15mg)
Vitamina B6 (mg) 0,5mg – (30mg) 0,6mg – (40mg)
Folate ou Ácido Fólico (µg) 150µg – (300µg) 200µg – (400µg)
Vitamina B12 (µg) 0,9µg 1,2µg
Ácido Pantotênico (mg) 2mg 3mg
Biotina ou Vit. H (µg) 8µg 12µg
Colina (mg) 200mg – (1000mg) 250mg – (1000mg)
Sais minerais 1 a 3 anos 4 a 8 anos
Cálcio (mg) 500mg – (2500mg) 800 mg – (2500mg)
Cromo (µg) 11µg 15µg
Cobre (µg) 340µ g – (1000µg) 440µg – (3000µg)
Flúor (mg) 0,7mg – (1,3mg) 1mg – (2,2mg)
Iodo (µg) 90µg – (200µg) 90µg – (300µg)
Ferro (mg) 7mg – (40mg) 10mg – (40mg)
Magnésio (mg)* 80mg – (65mg) 130mg – (110mg)
Manganês (mg) 1,2mg – (2mg) 1,5mg – (3mg)
Molibdênio (µg) 17µg – (300µg) 22µg – (600µg)
Fósforo (mg) 460mg – (3000mg) 500mg - (3000mg)
Selênio (µ g) 20µg - (90µg) 30µg - (150µ g)
Zinco (mg) 3mg - (7mg) 5mg - (12mg)

Outros ingredientes 1 a 3 anos 4 a 8 anos


Água (L/Dia)¹ 900ml = 4 copos de água 1.2 l = 5 copos de água
(1.3 L/dia) (1.4 L/dia)

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Potássio (g) 3.0g 3.8g


Sódio (g) 1.0g - (1.5g) 1.2g - (1.9g)
Cloreto de Sódio (Sal) (g) 1.5g - (2.3g) 1.9g - (2.9g)
Fonte: UnB - Universidade de Brasília

RDA
Recomendação Ingestão Diária. São os números em letras normais, sem
símbolos e parênteses.
AI
Ingestão Adequada desse nutriente. São os números em negrito.
EAR
Valor Estimado para a ingestão desse nutriente. São os números seguidos
de asterisco *.
AMDR
Alcance de Distribuição de Macronutrientes Aceitável. Para os
Macronutrientes: carbohidrato, Proteína, Gordura Total, Gorduras
Polinsaturadas. Sãos os números entre chaves {}. Veja os limites da
AMDR, abaixo da tabela.

Observações:

▪ Os valores de RDA e AI, ambos podem ser usadas como metas de


ingestão.

▪ O valor máximo recomendado para o magnésio, se refere ao agente


farmacológico, ou seja, o usado como medicamento ou suplemento alimentar e não
inclui a consumação para alimentos ou água.

▪ Água = O valor total para água, entre parênteses, inclui a água


presente nos alimentos ingeridos, que pode chegar a 29% para crianças de 1 a 8 anos.

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Veja abaixo o limite de nutrientes por dia:

Proteína Baseado no mínimo necessário por g/kg/dia. Onde: g = de proteína, kg = por peso
indivíduo, dia = por dia. O limite superior, baseado em complementar o AMDR
para carboidrato e gordura, para os vários grupos de idade. O limite inferior do
AMDR é fixo
a aproximar do RDA para proteína.
Carboidrato O limite mínimo para manter peso do corpo.
Gordura Total O limite superior do AMDR está baseado em diminuir o risco de doença crônica
e ingestão adequada provendo de outros nutrientes. O limite inferior está baseado
em preocupações relacionadas ao aumento em concentrações de triacilglicerol
de protoplasma e concentrações de colesterol HDL reduzidas, observadas com
dietas de muito baixo teor de gordura (e assim carboidrato alto).

n-6N-6, Ácidos O limite superior é baseado a falta de evidência de segurança ao longo prazo.
Gordurosos Possível aumento dos radicais livres e placas de ateroscleróticas.
Polinsaturados
(Ácido Linoleico)
N-3, Ácidos Gordurosos O limite superior é baseado em manter o equilíbrio apropriado com n-6 ácidos
Polinsaturados (Ácido gordurosos e na falta de evidência que demonstra segurança ao longo prazo.
Linoleico- Possível aumento dos radicais livres e placas de ateroscleróticas.
alfa)

Fonte: http://www.weblaranja.com/nutricao/recom_nutri_infantil.htm

Depois dos seis primeiros meses de vida, onde se é recomendado apenas a


alimentação através do leite materno, os bebês já estão aptos a conhecerem uma
nova etapa da sua alimentação, com alimentos de textura mais encorpada, como as
papinhas de frutas. Importante ressaltar ainda que a recomendação médica determina
que o aleitamento materno deve ser mantido até que os bebês alcancem a idade de
aproximadamente dois anos.

Como dissemos, é comum que o primeiro alimento mais sólido oferecido aos

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bebês, seja a fruta, de preferência amassada com o garfo para que a criança possa
sentir o alimento e ainda alguns pedacinhos, contribuindo assim, para o aprendizado
e desenvolvimento de sua mastigação.
Neste período ainda, após a criança se adaptar com as frutas, os pais podem
começar a oferecer alimentos um pouco mais sólidos como papinhas salgadas com
pedacinhos de legumes, queijos, bolachas mais molinhas e ainda alimentos pouco
industrializados, mas que sejam consumidos pela família. Importante ressaltar
também, que a partir de um ano de vida, a sopinha deve, gradativamente, dar lugar
aos alimentos mais duros como o arroz e o caldinho de feijão, por exemplo. Deve-se
ter em mente que, entre os 18 e 24 meses de vida, a criança já se alimente de comidas
em pedaços.
As papinhas industrializadas ainda são o foco de grande polêmica, uma vez
que a questão permanece sempre no ar: “Estas papinhas, substituem o alimento feito
em casa e de forma natural?”. Claro que não. Dê sempre atenção para a produção do
alimento do bebê e evite fazer em grandes volumes para congelar. Ninguém gosta de
comer a mesma coisa todo dia, e os bebês também não gostam. As comidas
congeladas e as papinhas industrializadas devem ser utilizadas para uma
eventualidade, como viagens.

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As vantagens e desvantagens dos alimentos preferidos pelas crianças

Sabe-se que muitas vezes é uma tarefa difícil fazer com os pequenos se
alimentem corretamente, eles preferem de longe os biscoitos recheados, os
salgadinhos, os refrigerantes, os chocolates, as balas entre outros itens que são
extremamente calóricos, e na maioria das vezes, pobre em nutrientes, vitaminas e
minerais; neste artigo iremos conhecer as vantagens e desvantagens dos alimentos
preferidos pelas crianças. O fato que mais preocupa os pais é que a infância, uma
fase de constante crescimento e desenvolvimento, logo a alimentação é fator
decisivo na vida da criança, além disso, é justamente neste período que os hábitos
alimentares são formados.
Outro fator a ser observado, nesta extrema preferência por determinados
alimentos, é que muitas vezes as crianças tendem a substituir refeições por
esseslanches, ou então se alimentam pouco no almoço e jantar, pois já estão
saciados; em consequência disso, os pais obrigam que a criança faça as refeições
importantes e a criança acaba por não associar a alimentação com um momento
prazeroso.

As vantagens e desvantagens dos alimentos preferidos pelas crianças

Os biscoitos recheados, que muitas crianças adoram, possuem elevadas


calorias, são ricos em gorduras saturadas e sódio. O teor elevado de sódio, não só
nos biscoitos recheados, como também em salgadinhos e em alimentos
industrializados contribuem muito para a hipertensão arterial, problema este que é
cada vez mais comum em crianças. Em contrapartida, visando reduzir o problema,
pode-se observar tanto em biscoitos quanto em salgadinhos que a maioria deles
apresentam adicionados a sua constituição vitaminas e minerais, no entanto, as
vitaminas e minerais também podem ser encontradas em frutas e verduras de uma
forma saudável e natural.

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As frituras como os pastéis e as batatas fritas, que atraem muito o paladar das
crianças, são perigosas fontes de gordura saturada e até mesmo de gordura trans.
Quando presente no organismo, esses alimentos contribuem para que os níveis do
bom colesterol sejam reduzidos, desta forma o colesterol ruim permanece em
evidência no sangue contribuindo para a aterosclerose. Estudos científicos
demonstram que o processo de formação de placas nas artérias tem início na infância,
e é claro que a alimentação da criança é decisiva neste processo.
Quantidades elevadas de açúcar também são um perigo quando estão
presentes na dieta da criança. Por isso as balas, os refrigerantes e os sucos
industrializados devem ser evitados o máximo possível; principalmente os
refrigerantes que são extremamente calóricos, além de serem os substitutos favoritos
dos sucos naturais; uma dieta rica em açúcar também colabora para o surgimento de
cáries dentárias. Os sucos industrializados podem ser uma boa alternativa em casos
raros de emergência, já que a maioria deles apresenta vitaminas e minerais
adicionados.
Mediante todas estas vantagens e desvantagens dos alimentos preferidos
pelas crianças, observa-se que as desvantagens são bem maiores quando
comparadas as vantagens destes alimentos, que em sua grande maioria,
apresentam elevado teor calórico, de sódio, de gorduras saturadas e açúcares. No
entanto, excluir totalmente esses alimentos da dieta dos pequenos pode trazer ainda
mais estima por eles, é importante conscientizá-los, principalmente na medida em
que as crianças vão crescendo, do mal que o excesso destes alimentos pode causar
e dos benefícios dos alimentos saudáveis na vida e crescimento deles.

Fonte: http://www.nutricao-infantil.com/as-vantagens-e-desvantagens-dos-
alimentos-preferidos-pelas-criancas/

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Educação alimentar para crianças

Antes de qualquer coisa, é importante que


se saiba que a educação alimentar deve partir
dos pais e se iniciar ainda na gravidez, uma vez
que a mãe precisa adotar uma boa alimentação
para manter uma gravidez saudável e o pai tem
papel fundamental nesta etapa, devendo ser
companheiro e contribuindo de forma ativa para
que a mulher se alimente adequadamente.
Depois do parto, a mãe deve estar
disposta a amamentar seu filho. Para que o leite
“desça”, a mama deve ser estimulada pelo bebê,
através da sucção. Infelizmente, existem casos em
que pode ocorrer alguma dor ou rachaduras na mama, mas a mãe precisa saber que
seu leite é essencial para o desenvolvimento de seu filho e por isso, deve superar
todos esses entraves. Neste primeiro momento, ela não deve se preocupar em fixar
horários para as mamadas. Se o bebê chorar e procurar o peito, ofereça-o a ele.
Como já dissemos, a mãe deve sempre insistir no aleitamento materno natural,
seja dela ou de um banco de leite, no entanto, há casos em que isso não é possível
acontecer. Nestes casos são sugeridas uma alimentação artificial que deverá cumprir
papel equivalente ao do leite natural, porém, sem a troca de anticorpos entre mãe e
bebê.
Deve-se utilizar uma fórmula infantil que satisfaça as necessidades do bebê em
cada uma de suas fases. Assim, até o sexto mês de vida, o bebê deverá receber um
tipo de produto e, a partir do sexto mês, depois de seus órgãos todos formados e em
desenvolvimento, passa-se a receber um produto diferente.
Vale lembrar que existem produtos específicos com fórmulas modificadas para
crianças com intolerância à lactose, ou seja, para crianças que não podem se
alimentar de leite sob pena de reações alérgicas. Quanto aos nutrientes presentes
nestas fórmulas, podemos destacar:

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▪ Gordura: neste caso, há uma mod ificação na composição das gorduras,


com uma sensível diminuição do volume de gordura animal saturada (pode aumentar
o colesterol ruim) e um aumento nas gorduras poli-insaturadas (aumento do colesterol
bom), retiradas de óleos vegetais. No mesmo sentido, aumentam o volume de ácidos
graxos essenciais (linoleico e alfa-linolênico).

▪ Carboidratos: estas fórmulas não precisam contar com adição de açúcar


ou farinha, uma vez que adotam a associação de lactose com polímeros de glicose
(malto-dextrinas).

▪ Proteínas: manipulam de forma adequada a quantidade de proteínas,


realizando intervenções como a desnaturação proteica, ou seja, quebra da caseína
em cadeias menores, formando proteínas solúveis e favorecendo a digestão e
absorção.

▪ Minerais: da mesma forma, os minerais são modificados de forma a


aproximá- los do teor de minerais presentes no leite materno. A relação cálcio/fósforo
é adequada, favorecendo a mineralização óssea.

▪ Oligoelementos: são vitaminas e micronutrientes que devem atender as


necessidades de desenvolvimento das crianças.

Algumas pessoas, por desconhecimento, acreditam que leite é leite, portanto,


oferecer leite materno ou de vaca para um bebê, vai trazer o mesmo resultado para o
seu desenvolvimento. Isso é um grande erro, uma vez que o leite de vaca, seja ele
como for, não possui todas as características necessárias para proporcionar o
desenvolvimento de crianças menores de um ano. Dentre as suas inadequações,
podemos destacar:

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▪ Gorduras: o leite de vaca é muito pobre em ácido linoleico. Podemos


considerar que seja dez vezes inferior ao ácido linoleico presente nas fórmulas.

▪ Carboidratos: a sua quantidade é insuficiente, sendo necessário o


acréscimo de outros açúcares, frequentemente mais danosos à saúde como a
sacarose, com elevado poder criogênico.

▪ Proteínas: o leite de vaca fornece altas taxas de proteína, o que pode


causar dano ao sistema renal, além de comprometer a digestão do bebê.

▪ Minerais e eletrólitos: fornece altas taxas de sódio, contribuindo para a


elevação da carga renal de solutos, deletéria principalmente aos recém-nascidos de
baixo peso.
▪ Vitaminas: baixos níveis de vitaminas D, E e C.

▪ Oligoelementos: são fornecidas quantidades insuficientes, com baixa


biodisponibilidade de todos os oligoelementos, salientando-se o ferro e o zinco.

A educação e a reeducação alimentar, e o apreender a comer devem ser


trabalhados desde o útero da mãe, com as gestantes, através da programação
metabólica do bebê que vai repercutir na vida adulta dele. Esta educação alimentar
deve focar a promoção da alimentação saudável e diversificada.
Vale salientar que toda a família deve estar engajada nesta fomentação para a
alimentação saudável, para que possamos nos utilizar de técnicas para ajudar na
inserção de verduras no hábito alimentar de uma criança.
Segundo estudos experimentais, quando se há o consumo de vegetais e de
legumes a possibilidade de aceitação é maior, ou seja, quando a família oferece o
alimento mais vezes a probabilidade de aceitação aumenta. Este hábito alimentar é
muito importante.
É muito importante que se evite que a criança “belisque” a comida fora de hora,
pois caso estas beliscadas ocorram, na hora da refeição a criança vai ter menos fome,

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e não vai se interessar pelos legumes e verduras. Há outra coisa que devemos levar
em conta e são três quesitos básicos:

▪ Sabor;

▪ Cor;

▪ Forma do alimento.

Estes quesitos são muito importantes, pois a comida deve ser atrativa, bonita
e saborosa, a criança deve ser atraída pela comida para que instigue-a a prová-la.
Fazer com que a comida se torne interessante para a criança pode dar trabalho, porém
vale a pena tentar receitas divertidas como estas abaixo:

O Ministério da Saúde/OPAS e a Sociedade Brasileira de Pediatria


estabeleceram, para crianças menores de dois anos, dez passos para a alimentação
saudável, são elas:

Passo 1 – Dar somente leite materno até os seis meses, sem oferecer água, chás
ou quaisquer outros alimentos;

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Passo 2 – A partir dos seis meses, introduzir de forma lenta e gradual outros
alimentos, mantendo o leite materno até os dois anos de idade ou mais;

Passo 3 – Após os seis meses, dar alimentos complementares (cereais,


tubérculos, carnes, leguminosas, frutas, legumes etc), três vezes ao dia, se a criança
receber leite materno, e cinco vezes ao dia se estiver desmamada;

Passo 4 – A alimentação complementar deverá ser oferecida sem rigidez de


horários, respeitando-se sempre a vontade da criança;

Passo 5 – A alimentação complementar deve ser espessa desde o início e


oferecida com colher; começar com consistência pastosa (papas/purês) e,
gradativamente, aumentar a consistência até chegar à alimentação da família;

Passo 6 – Oferecer à criança diferentes alimentos ao dia. Uma alimentação variada


é, também, uma alimentação colorida;

Passo 7 – Estimular o consumo diário de frutas, verduras e legumes nas refeições;

Passo 8 – Evitar açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salgadinhos


e outras guloseimas nos primeiros anos de vida. Usar sal com moderação;

Passo 9 – Cuidar da higiene no preparo e manuseio dos alimentos; garantir o seu


armazenamento e conservação adequadamente;

Passo 10 – Estimular a criança doente e convalescente a se alimentar, oferecendo


sua alimentação habitual e seus alimentos preferidos, respeitando a sua aceitação.
Fonte: http://pediatraonline.com.br/eden_vivianecolla/Artigo/13140

A conscientização de toda família é importante, sobretudo, a conscientização

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da criança. Quando a criança começa aprender a selecionar os alimentos de sua


preferência, também levará em consideração o que os pais selecionam ao se
alimentar. Nesse momento, começa a se estabelecer um novo padrão alimentar que
muitas vezes não será o mais saudável.Deve-se sempre esclarecer e mostrar os
riscos de uma alimentação errada, que pode desenvolver a obesidade, o diabetes, a
pressão alta e outras doenças. Envolver a criança na preparação das refeições pode
ajudar, pois assim eles podem se interessar pela comida. Atualmente adultos e
crianças inseriram em sua rotina alimentos de fácil preparo e ingestão.
Sendo assim, os alimentos industrializados são os primeiros a serem
escolhidos: biscoitos, waffer, biscoitos recheados, pães refinados, doçuras, sucos de
pacote ou tetrapak, refrigerantes etc.
Os filhos são os reflexos de seus pais. É muito comum, por exemplo, notar
frutas apodrecendo nas fruteiras, por preguiça dos pais em cortá-las ou descascá-las
para serem comidas. Isso é o ápice do sedentarismo e as crianças conseguem captar
e interpretar esta cena. Por isso, torna-se tão difícil fazer com que as crianças se
alimentem adequadamente. Em suas cabeças, se perguntam por que devem se
alimentar daquela forma se seus pais não o fazem?
Assim, é imprescindível que a mudança alimentar das crianças comece com os
pais. Não existe reeducação alimentar infantil sem a intervenção dos familiares. Há
necessidade na hora da compra, nos supermercados, dos pais ensinarem os filhos a
fazerem escolhas saudáveis.
É importante que a criança entenda que as guloseimas devem ficar para os
momentos apropriados. Mesmo depois das refeições, troque os doces por frutas.
Depois da fruta e do suco, a criança poderá comer um doce.

Para isso veremos abaixo a composição de um cardápio e sugestões para cada


faixa etária.

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FAIXA ETARIA
Até 6 meses
6° mês
6° ao 7° mês
7° ao 8°mês
9° aos 11° mês
12 ° mês

TIPO DE ALIMENTO

Leite materno Introdução de frutas


Introdução da 1° papa salgada Introdução da 2° papa salgada
Gradativamente passa para a comida da família Comida da família
Fonte: Manual de Orientação da Alimentação do Lactente do Departamento de
Nutrologia da Sociedade Brasileira de Pediatria.

Como já falamos anteriormente, até os seis meses de vida, o bebê não precisa
de qualquer outro alimento que não seja o leite materno. O leite é suficiente e rico em
vários nutrientes para suprir as necessidades de desenvolvimento da criança nesta
fase.
De qualquer forma, não há qualquer problema em oferecer chás e sucos, estes
de preferência com frutas cítricas como a laranja-lima.
Para que a criança não corra o risco de enjoar com o sabor da laranja-lima, os
pais podem misturá-los com outros alimentos como a cenoura, tomate ou beterraba.
Da mesma forma, para não atrapalhar as mamadas, o suco ou chá deve ser oferecido
em momentos posteriores à mamada, ou seja, se mamou às 8hs da manhã, ofereça
o suco as 9hs e assim por diante, e lembre-se, sempre em pequenos volumes como
20 ou 30 ml.
O cardápio ideal para bebes de seis meses deve ser assim:

Cardápio Recomendado

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Café da manhã:

▪ Leite materno complementado ou não com um leite infantil;


▪ Ou uma mamadeira de 180ml de leite infantil;
▪ Ou cerca de 20 ou 30 mililitros de suco.

Almoço:

▪ Creme de legumes simples mais purê de fruta cozida.

Tarde:

▪ Leite materno complementado ou não com um leite infantil;

▪ ou um mamadeira de 180 ml de leite infantil mais, opcionalmente,


purê de fruta cozida;

Jantar:

▪ Papa de cereais sem glúten.

Depois do sexto mês de vida, os bebês já estão aptos a receberem um novo


grupo de alimentos. É o momento de conhecerem as papinhas salgadas compostas
por grupos alimentares como cereal ou tubérculo, alimentos de origem animal ricos
em proteínas, leguminosas e hortaliças. Lembre-se o que falamos anteriormente, evite
preparar grandes volumes de alimentos para congelar. Além de perder nutrientes
durante o processo, seu bebê não vai gostar de repetir a mesma comida durante
vários dias. O ideal é oferecer todo dia uma comida fresquinha, caso não seja possível,
faça um esforço para preparar o alimento a cada dois dias no máximo. A papa salgada
teve conter como componentes da mistura:

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Cereal ou tubérculo:

▪ Arroz;
▪ Milho;
▪ Macarrão;
▪ Batata;
▪ Mandioca;
▪ Inhame;
▪ Cará.

Leguminosas:

▪ Feijão;
▪ Soja;
▪ Ervilha;
▪ Lentilhas;
▪ Grão de bico.
Proteína animal:

▪ Carne de boi;
▪ Vísceras;
▪ Frangos;
▪ Ovos;
▪ Peixes.

Hortaliças:

▪ Legumes – cenoura, beterraba, abóbora, chuchu, vagem, berinjela,


pimentão etc.

▪ Vegetais – agrião, alface, taioba, espinafre, serralha, beldroega,

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acelga, almeirão etc.

Cardápio Recomendado

Café da manhã:

▪ Leite materno complementado ou não com um leite infantil, ou um


biberão de 210 ml de leite infantil.

Almoço

▪ Creme de legumes com carne triturada ou creme de legumes simples,


arroz bem cozido com carne triturada (de 2 a 3 colheres de chá*), ou 130g purê de
fruta cozida.

Tarde

▪ Papa de cereais com glúten.

Jantar

▪ 130g de vegetais (sopas, purês) ou 150 ml de leite. Pode ser,


opcionalmente, 130g de purê de fruta cozida.

Entre o sétimo e o oitavo mês se introduz, paulatinamente, temperos como


cebola, cebolinha, salsinha e uma pitada de sal.

Cardápio Recomendado

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Café da manhã

▪ Leite materno complementado ou não com um leite infantil;

▪ Ou uma mamadeira de 210 ml de leite infantil;

Almoço

▪ Creme de legumes com carne ou peixe triturados;

▪ Ou creme de legumes simples com arroz;

▪ Ou massa;

▪ Ou pedaços de batata bem cozidos com carne;

▪ Ou peixes esmagados (3 a 4 colheres de chá*);

▪ 130g purê de fruta cozida;

Tarde

▪ Papa de cereais com glúten.

Jantar

▪ Sopa de legumes mais arroz ou massa. Pode optar também , por

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pedaços de batata bem cozidos com carne ou peixe esmagados (3 a 4 colheres de


chá*);

▪ 130g purê de fruta cozida;

▪ *1 colher de chá de carne ou peixe esmagado = aproximadamente


5g;

Entre o nono e o décimo primeiro mês, inicia-se a inserir aos poucos a comida
da família;

Cardápio Recomendado

Café da manhã

▪ 250 ml de leite de crescimento especial para crianças, enriquecido


em vitaminas e minerais, mais 40g pão com creme vegetal.

Almoço

▪ Sopa de legumes mais arroz ou massa. Podendo optar por pedaços


de batata bem cozidos com carne ou peixe;

▪ Um ovo em pedacinhos, mais (2 a 2+1/2 colheres de chá*) pedaços


de legumes cozidos;

▪ 130g fruta em pedaços ou um a sobremesa láctea;

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Tarde

▪ 250 ml de leite de crescimento especial para crianças, enriquecido


com vitaminas e minerais, mais duas tostas para bebe;

▪ Ou papa de cereais para bebe;Mais fruta em pedaços;

Jantar

▪ Sopa de vegetais com massinhas, ou arroz mais produto lácteo para


bebe;
▪ Ou arroz, ou massa, ou pedaços de batata bem cozidos com carne.
Podendo optar por peixe ou um ovo em pedacinhos, mais (2 a 2+1/2 colheres de chá*)
pedaços de legumes cozidos;
▪ 130g de fruta cozida;

Quando o bebê atinge um ano de vida, já está preparado para conhecer outros
alimentos. Nesta fase é importante oferecer alimentos mais sólidos, para que vá
desenvolvendo sua mastigação.

Cardápio Recomendado

Café da manhã:

▪ Uma mamadeira/caneca de 250 ml de leite de crescimento especial


para crianças, enriquecido com vitaminas e minerais, mais 40g pão com creme
vegetal.

Almoço

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▪ Sopa de legumes, mais arroz ou massa. Pode-se optar por pedaços


de batata bem cozidos com carne ou peixe;
▪ Peixe ou um ovo em pedacinhos, mais (2 a 3 colheres de chá*)
pedaços de legumes cozidos;
▪ 130g fruta em pedaços ou uma sobremesa láctea.

Tarde

▪ 250 ml de leite de crescimento especial para crianças, enriquecido


com vitaminas e minerais, mais duas tostas para bebê;
▪ Ou papa de cereais para bebê;
▪ Mais fruta em pedaços.

Jantar

▪ Sopa de vegetais com massinhas ou arroz, mais um produto lácteo


para bebê;
▪ Ou arroz, ou massa, ou pedaços de batata bem cozidos com carne.
Podendo optar peixe ou um ovo em pedacinhos, mais (2 a 3 colheres de chá*) de
legumes cozidos;
▪ 130g de fruta em pedaços ou cozida;

Abaixo veremos, três exemplos de p apas salgadas:

1ª – Papa de cará, quiabo e frango:

2 colheres (sopa) de peito de frango, sem pele, picadinho; 1 colher (sobremesa)


de óleo de soja;
1 colher (chá) de cebola ralada; 1 cará médio (150g);
1 colher de sopa de quiabo picadinho;

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1 colher de sopa de feijão cozido (grão e caldo); 1 colher (café) rasa de sal;
2 copos de água.

Para o preparo da papa salgada, deve-se em uma panela aquecer o óleo e


refogar a cebola junto com o frango. Acrescentar o cará, o quiabo, o sal e a água.
Deixar cozinhar até que os ingredientes estejam macios e quase sem água. Adicionar
no prato o feijão cozido e os demais alimentos. Amassar com o garfo e oferecer à
criança.

Nutrientes:

Proteínas 16,9g – (18,90%) Carboidratos 48,0g – (53,40%) Lipídeos 11,0g –


(27,70%) Cálcio 60,21mg
Ferro 2,05mg Zinco 1,84mg Retinol 30,90mcg Tocoferol 5,85mg Tiamina
0,24mg Riboflavina 0,16mg Niacina 3,50mg
Ácido pantatênico 1,08mg Piridoxina 0,61mg
Folato 47,90mcg Cianocobalamina 0,1 mcg Ácido ascórbico 23,40mg

2ª – Papa de aipim, abobrinha e carne moída:

3 colheres (sopa) de carne de vaca magra moída;


1 colher (sobremesa) de óleo de soja;

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1 colher (chá) de cebola ralada;


2 pedaços médios de aipim (140g);
1 abobrinha pequena;
1 folha de couve picadinha;
1 colher (café) rasa de sal;
2 copos de água.

Numa panela aquecer o óleo e refogar a cebola, junto com a carne moída.
Acrescentar a mandioca pré-cozida, a abobrinha picadinha, a couve, o sal e a água.
Deixar cozinhar até que os ingredientes estejam macios e quase sem água. Amassar
com o garfo e oferecer à criança.

Nutrientes:

Proteínas 21,23g – (25,00%) Carboidratos 43,00g – (50,70%) Lipídeos 9,15g –


(24,30%)
Cálcio 162,62mg Ferro 3,70mg Zinco 5,06mg Retinol 160,20mcg Tocoferol
5,52mg Tiamina 0,42mg Riboflavina 0,31mg Niacina 4,84mg
Ácido pantotênico 0,53mg Piridoxina 0,57mg

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Folato 54,1mcg Cianocobalamina 1,71mcg Ácido ascórbico 79,61mg

3ª – Papa de jerimum, macaxira e carne

2 colheres de sopa de carne de boi moída


1 colher de sopa de feijão (grão e caldo)
2 colheres de chá de óleo de soja
1 colher de chá de cebola 1/2 pedaço de alho
1 colher de chá de pimentão verde
1 fatia grande de abóbora/moranga
1 colher de café de sal
1 1/2 copo de água

Nutrientes:

Proteínas 20,66g – (26,60%) Carboidratos 36,48g – (47,10%) Lipídeos 9,05g –


(26,30%) Cálcio 126,19mg
Ferro 3,89mg Zinco 5,07mg Tocoferol 6,93mg Retinol 109,78mcg Tiamina

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0,32mg Riboflavina 0,32mg Niacina 4,25mg


Ácido pantotênico 0,68mg Piridoxina 0,53mg
Folato 41,51mcg Cianocobalamina 1,71mcg Ácido ascórbico 56,05mg

No segundo ano de vida a amamentação deverá continuar avaliando o risco


nutricional da criança pelas condições socioeconômicas e as condições psicológicas
da dupla mãe-filho.
Nesta fase, a criança já começa a se alimentar como os pais, por isso, é preciso
estar atento a alguns detalhes, como o excesso de sal no preparo dos alimentos. Caso
os pais gostem de uma refeição um pouco mais salgada, é o momento de se
reeducarem para uma refeição mais leve. Da mesma forma, os pais devem estar
atentos às chamadas “misturas” como carnes brancas e vermelhas, optando sempre
por uma carne um pouco mais assada, principalmente as carnes de porco.
Importante ainda continuar insistindo nas frutas e legumes, geralmente, as
resistências impostas pelas crianças surgem como reflexo da resistência dos pais.
Lembre-se que para a criança, aquilo é só um alimento como qualquer outro, e se
observar o pai falando que não gosta, deverá agir da mesma maneira.
Também nesta fase, a criança começa a ficar curiosa quanto a outros alimentos
que até então eram consumidos apenas pelos adultos e crianças mais velhas, como
os salgadinhos e os refrigerantes. Não negue, mas também não incentive o hábito.
Explique que aquilo é para ser comido apenas em algumas ocasiões.
Caso a criança tenha o hábito de tomar uma mamadeira de leite, de manhã
quando acorda e a noite antes de dormir, é interessante manter este hábito, pois os
médicos recomendam uma ingestão média de 500ml de leite, e de outros derivados
como iogurtes e queijo, para reforçar a oferta de cálcio. Isso não significa que nesta
idade, não participe das refeições do café da manhã com os pais.
Neste período, as crianças passam a ter predileção por um ou outro alimento.
Assim, faça-a participar das decisões sobre o que será feito de refeição, tornando-a
parte integrante das decisões tomadas. E a deixe comer sozinha, isso é importante
como treinamento para coordenação e destreza motora. Não importa a bagunça e a
sujeira que provavelmente ficarão pela mesa e pelo chão, o mais importante é que a

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criança consiga atingir o objetivo de levar a comida à boca.


Nesta fase da vida, a criança tende a iniciar as recusas alimentares, ou seja,
começa a fugir dos horários de refeição, seja porque não quer parar de brincar ou
mesmo por questões físicas, uma vez que ao reduzir a velocidade de crescimento em
relação ao seu primeiro ano de vida, também reduz as necessidades nutricionais e o
apetite. Porém, é preciso estimulá-lo sempre, seja com a comida preferida ou mesmo
com algumas brincadeiras durante a refeição. O importante é que se alimente
corretamente.
Lembre-se também que nesta fase, a criança deve receber, diariamente, três
refeições principais e dois lanches, em quantidade adequada. Assim, atente-se aos
alimentos bem cozidos, que sejam fáceis de mastigar e deglutir, em porções ajustadas
com o grau de satisfação da criança.

Os seis erros mais comuns na alimentação infantil

1 – Tirar as crianças da cozinha. É importante que você estimule o interesse das


crianças pela culinária, e quer melhor forma do que deixá-los te ajudar a preparar uma
receita? É claro que você não vai cozinhar com a mesma rapidez se tiver que ficar de
olho neles o tempo todo, tomando cuidado com facas, água fervente etc. Mas prepare-
se para, uma vez ou outra, receber visita. Pesquisadores da Columbia University
descobriram que crianças que cozinham seus próprios alimentos estão mais propensas
a provar produtos saudáveis, como legumes e grãos integrais.

2 – Fazer pressão para a criança comer. Se você insistir, brigar ou chantagear,


seu filho vai ter ainda mais repulsa ao alimento estranho, pode acreditar. É normal
criança ter medo do novo, e cabe aos pais terem compreensão. Vá acostumando a
criança desde pequena a experimentar comidas de todas as cores e aparências.

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3 – Esconder e proibir guloseimas. Pode parecer o caminho mais fácil, mas não
é. Esconder bolos, chocolates e biscoitos no alto do armário pode ter o efeito contrário
ao esperado, pois a proibição é capaz de aumentar o desejo da criança pela guloseima.
Segundo Luciana Kotaka, psicóloga especializada em obesidade e transtornos
alimentares, se um produto tem que ser evitado, o ideal é não tê-lo dentro de casa.
Quando tiver, explique para seu filho que o exagero faz mal, e que depois da refeição
a sobremesa estará liberada (ou no lanchinho da tarde).

4 – Não estimular hábitos de vida saudáveis. “Os hábitos alimentares dos pais
são muito importantes para a educação dos filhos. Se em casa todos gostam de pratos
saudáveis, dificilmente a criança vai fugir à regra. Além disso, ter horário para as
refeições, fazê-las em família e à mesa, auxiliam bastante. É preciso estimulá-los
naturalmente a experimentar. Sem pressão ou ordens”, afirma a psicóloga.

5 – Servir de qualquer jeito. Se seu filho já não tem muito interesse pelo verde,
de nada vai adiantar colocar um monte de folhas de alface no prato dele, certo? Faça
a comida ficar atraente, misture folhas e legumes coloridos, como beterraba, tomate e
cenoura.
Outra dica é acrescentar alguma coisa que eles gostem bastante: sirva a salada
com queijo, palmito, torradinhas etc.

6 – Ceder às birras e vontades dos filhos. Seja insistente, mas sem insistir. Deu
pra entender? Tudo bem, a gente dá uma dica. A Dra. Luciana ensina a regra dos 15:
sirva o mesmo alimento em 15 ocasiões diferentes, preparados de maneira diferente e
com acompanhamentos diferentes. Assim, o alimento vai deixar de ser estranho. Faça
de tudo para tornar o prato mais interessante, conte histórias, monte um desenho no
prato, brinque com a imaginação deles.

Fonte: Fonte: http://www.colunaregional.com.br/site/?p=noticias_ver&id=416

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Alimentação infantil: mitos e verdades

Jantar muito tarde provoca sono agitado nas crianças? A chance de isso
acontecer é grande, principalmente se a refeição for rica em gordura, que leva mais
tempo para ser digerida, e se a criança for para a cama logo depois de comer. Durante
o sono, o organismo funciona mais lentamente e isso inclui a digestão. O estômago,
então, fica mais pesado e chega a incomodar. "Já uma refeição com baixo teor de
gordura leva pelo menos duas horas para ser digerida", afirma Ary Lopes Cardoso, do
Instituto da Criança do Hospital das Clínicas, em São Paulo. "Após esse período a
criança pode se deitar tranquilamente", completa o médico.

É melhor o bebê comer frutas com ou sem casca? "O mais indicado é consumi-
las com casca, quando possível, porque ela é uma ótima fonte de fibras", garante Fábio
Ancona Lopes, especialista em alimentação infantil da Unifesp. Mas enfatiza: as frutas
devem ser muito bem lavadas em água corrente e com a ajuda de uma escovinha, para
que fiquem livres de resíduos de agrotóxicos, substâncias extremamente prejudiciais.

É verdade que alimentos crus e duros ajudam a desenvolver a musculatura


infantil? "Sim, eles estimulam a mastigação, fortalecendo os músculos da boca e
facilitando a fala", diz Renata Cocco, pediatra da Unifesp. Quando introduzir a sopa na
dieta do bebê, em vez de bater os ingredientes no liquidificador, experimente passá-los
na peneira. Depois que seu filho estiver mais crescido, amasse os alimentos com um
garfo para que possam ser mastigados. E, assim que alguns dentes tiverem nascido,
ofereça alimentos crus, como a cenoura e a maçã, em pequenos pedaços — esta última
dica, aliás, vale para a alimentação do resto da infância e da adolescência.

O leite de soja pode substituir o de vaca? "Sim, se o problema for intolerância


à lactose", explica Renata Cocco. "Se não, o de vaca é melhor, porque tem mais cálcio."
É bom saber, ainda, que um grupo de proteínas do leite de vaca, as caseínas, pode
provocar reações como urticária. Por isso, em caso de dúvida, consulte o pediatra. Só

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ele pode recomendar o tipo de leite mais adequado para a alimentação do seu filho.

Alimentos com corantes causam alergia? A resposta é não para a grande


maioria dos baixinhos. Além dos corantes, os espessantes e os conservantes
encontrados nos produtos industrializados, também são mal-afamados. "Mas testes
comprovam que apenas 5% dessas substâncias estão relacionadas a crises alérgicas",
revela a pediatra Renata Cocco. "Já os alérgicos ao ácido acetilsalicílico, componente
da aspirina, precisam tomar cuidado, porque tendem a apresentar reações a aditivos
alimentares."
Leite fermentado ajuda a combater a diarreia? "Sim, os lactobacilos presentes
no leite fermentado competem com as bactérias nocivas no organismo, modificando e
colonizando a flora intestinal com germes benéficos", informa o nutrólogo Mauro
Fisberg, de São Paulo. Assim, a inclusão deste tipo de bebida na alimentação infantil
pode abreviar a duração da diarreia. Se o problema persistir, procure o pediatra.

Quantas vezes por semana doces e refrigerantes podem entrar no cardápio


do meu filho? Depende. "Se a criança estiver acima do peso, ofereça duas porções de
desses itens por semana", recomenda a nutricionista Priscila Maximino, da Nutrociência,
de São Paulo. Mas se ela não vive em pé de guerra com a balança, três porções
semanais estão de bom tamanho. "Esses alimentos devem ser oferecidos com muito
mais parcimônia em caso de colesterol ou triglicérides altos, ou mesmo hipertensão",
completa.
Refrigerante diet e guloseimas adoçadas artificialmente devem ser evitados
pelas crianças? "Não há nenhum componente nesses produtos que seja
comprovadamente nocivo à saúde", afirma a pediatra Renata Cocco. Nenhum estudo
concluiu, por exemplo, que aspartame faça mal ao organismo dos pequenos. "Mas, por
serem artificiais, recomendamos que esses alimentos sejam consumidos só quando
realmente há necessidade", explica a pediatra.

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Posso colocar todos os dias um bolinho desses comprados prontos na


lancheira do meu bebê? Se não tiver recheio nem cobertura, vá em frente. "Eles são
ótimas fontes de carboidratos", afirma a nutricionista Priscila Maximino, da
Nutrociência, de São Paulo. Mas, se pertencer à categoria dos recheados, a coisa
muda de figura. Para obter a consistência cremosa, os recheios são produzidos
com gordura hidrogenada, verdadeiro veneno. Em altas quantidades, leva à
obesidade e ao aumento do colesterol (sim, criança também pode acumular essa
substância nas artérias). Para variar, experimente substituir os bolos por bolachas
salgadas ou um sanduíche.

Os macarrões instantâneos são liberados para as crianças? "A massa em si não faz
mal nenhum, pois é uma excelente fonte de carboidratos", afirma a pediatra Roseli Sarni,
da Unifesp. O problema está no condimento que dá sabor e faz com que o prato seja um
dos preferidos da garotada. "Além de ser um tempero artificial, ele contém grande
quantidade de sódio, que leva ao aumento da pressão e à retenção de água." Em outras
palavras, poder pode, mas só de vez em quando.

Crianças de qualquer idade podem comer frutos do mar? "De jeito nenhum. Por uma
questão de segurança, espere que complete dois anos", orienta Priscila Maximino. Os
principais riscos são as intoxicações alimentares e as alergias. É bem verdade que
cozinhar ou assar esse tipo de alimento diminui o perigo, mas como seguro morreu de
velho, é melhor esperar um pouco para incluir os itens na alimentação infantil.

Café faz mal para os baixinhos? A bebida não é das mais indicadas, porque a cafeína
pode deixar a criança agitada. "Porém, uma xícara pequena de café puro por dia não faz
mal a ninguém", afirma o pediatra Ary Lopes, para alívio das mães que não abrem mão
do pretinho misturado com o leite. Se você já ouviu dizer que ele prejudica a absorção
de cálcio, saiba que não há razão para se preocupar. "A quantidade de cafeína presente
em um copo de café com leite é tão pequena que não interfere na retenção do mineral
pelo organismo", esclarece o nutrólogo e pediatra Mauro Fisberg, da Universidade São

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Marcos, em São Paulo.

Meu filho adora peixe cru. Tudo bem? Acima de dois anos, tudo bem. "Para não
arriscar, só vá a restaurantes impecáveis no que se refere à higiene", recomenda Ary
Lopes. Caso a preferência recaia sobre o salmão — que andou na berlinda como agente
da difilobotríase (doença que provoca dor abdominal, náuseas e vômitos) —, cheque se
foi previamente congelado a 21 graus e se o estabelecimento tem o certificado sanitário,
que garante a procedência e a qualidade do pescado.

Gemada é capaz de dar pique? Ela foi a queridinha das mães zelosas até alguns anos
atrás. Não é mais, até porque nem mesmo os especialistas a recomendam. "O ovo cru
pode estar contaminado com salmonela", adverte a nutricionista infantil Suzy Graff, de
São Paulo. "A bactéria pode provocar diarreia, vômito ou até levar à morte." Infelizmente,
ovos de diversas marcas podem estar contaminados por causa de higiene e refrigeração
deficientes. Como é quase impossível saber quais têm condições de
consumo, o mais seguro é fritá-los ou, melhor ainda, cozinhá-los.

Suco de beterraba acaba com anemia? Não. Uma xícara de beterraba ralada possui,
pasme, apenas 0,8 miligrama de ferro. "A criança anêmica tem que consumir todo santo
dia 5 miligramas do mineral para cada quilo de peso, durante três meses", explica o
pediatra Ary Lopes Cardoso. Já um bife pequeno de fígado tem, em média, 8,5
miligramas desse nutriente.
A carne vermelha é essencial para a criança crescer saudável? "Sim, ela é uma
importante fonte de proteínas, gordura, ferro e zinco", confirma a médica Roseli Sarni.
Contra anemia, ela é imbatível. Está lotada do chamado ferro-heme, ou ferro orgânico,
que é muito mais bem aproveitado pelo corpo do que o mineral presente nos vegetais.
Segundo a especialista, a anemia afeta mais de 40% das crianças em idade pré-escolar
no Brasil. Por isso a carne vermelha deve ser consumida ao menos três vezes por
semana, de preferência acompanhado de uma fonte de vitamina C, como a laranja, para
aumentar a absorção do ferro. O frango e o peixe são bons substitutos, mas fique

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sabendo, não contêm a mesma concentração do tal ferro-heme.

O que a mãe deve observar no rótulo - o índice de gordura ou o de sódio? Os dois.


Não há uma dosagem máxima recomendada por produto — e, se houvesse, ela seria
diferente conforme a idade. Mesmo assim é bom ficar de olho nesses ingredientes. A
gordura, lembre-se sempre, não pode fornecer mais do que 30% das calorias diárias
consumidas pela criança. Não precisa ficar fazendo conta a toda hora: basta usar o bom
senso e, se oferecer algo com teor de gordura nas alturas ao seu filho, cuidar para que
o restante do cardápio daquele dia seja mais leve. Para o sódio, vale o mesmo raciocínio,
lembrando que até 12% da meninada entre 6 a 18 anos é hipertensa — e aí o excesso
de sal, você já sabe. Vale conversar com o pediatra sobre o assunto, afastar essa
hipótese e pedir uma orientação sobre o consumo diário de sal adequado para o seu
filho.

Vale a pena incluir aqueles pós multivitaminados na alimentação dos meus filhos?
"Esses pós devem ser ingeridos como complementos da alimentação, só se a criança
apresentar déficit de nutrientes ou estiver abaixo do peso.", diz Mauro Fisberg. Eles são
indicados principalmente quando é necessário aumentar o aporte de calorias, vitaminas
ou sais minerais no organismo. O ideal é que esse tipo de suplemento seja utilizado sob
a orientação de um nutricionista, já que é muito calórico.

As informações estampadas nas embalagens se referem às necessidades


nutricionais de crianças ou de adultos? "Em geral elas se referem às necessidades
dos adultos, exceto quando os produtos são dirigidos ao público infantil", esclarece Fábio
Ancona Lopes. "O importante é saber que cada idade requer tipos e quantidades
específicos de nutrientes", completa. E as recomendações mais indicadas para cada
faixa só o especialista pode fazer. Moral da história: vale olhar o rótulo? Até vale, mas
apenas para ter uma leve referência quando o consumidor é uma criança.

Fonte: http://bebe.abril.com.br/materia/alimentacao-infantil-mitos-e-verdades

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Atividades físicas para crianças

A atividade física é um
comportamento que, somando-se com a
alimentação sadia, a genética e o meio
ambiente favorável, faz com que a criança
atinja seu potencial de crescimento e de
desenvolvimento normal, desenvolvendo
assim, um bom nível de saúde.
Com liberdade e descontração,
tendo uma orientação espaço-temporal e
capacidade para um convívio social mais adequado, com alongamentos e jogos
entre
brincadeiras, faz com que uma criança tenha mais equilíbrio, coordenação motora e
sem dúvida nenhuma, mais qualidade de vida. Ela pode praticar esportes, porém,
nunca deve ser tratada ou estimulada a competir na primeira fase de sua vida,
mesmo porque ela não compreenderia este fato e não deve ser tratada como um
atleta.Uma criança que pratica atividades físicas, consequentemente, tem uma
qualidade de vida superior a de uma criança que não praticante. Pois, com isso a
criança controla seu peso, melhora sua capacidade cardiorrespiratória, física, e
possibilita também que a criança durma melhor, melhorando seu humor e fazendo
com que ela se sinta mais feliz, e assim, faz com que isso traga benéficos imediatos
e em longo prazo.
Todos estes fatores estão interligados com esta prática de atividade física
regular para as crianças. Entre eles temos a idade, o estado nutricional, o nível
socioeconômico, o apoio e a escolaridade dos pais, entre outros. Crianças em idade
escolar e pré-escolar são mais ativas do que adolescentes e adultos, pois quanto
mais jovem a criança é, mais ativa ela é.
Quanto às crianças obesas e as desnutridas, sabe-se que elas têm maior

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predisposição à inatividade física. As crianças de famílias com nível socioeconômico


mais elevado são mais favorecidas com atividades físicas relacionadas com o lazer,
do que as desfavorecidas financeiramente, visto que têm mais condições para
frequentarem clubes, academias, parques, resorts, condomínios com espaços para
as crianças brincarem etc. Além disso, nessas famílias com nível socioeconômico
mais elevado, as crianças são incentivadas e colocadas por seus pais desde
pequenos a praticarem atividades físicas de qualquer tipo.
A Organização mundial de Saúde (OMS) tem se preocupado com a prevenção
da obesidade, por achar que ela já é uma epidemia mundial. No Brasil, segundo
dados estatísticos do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), nos
últimos 30 anos, aumentou em 35% a proporção de crianças e adolescentes acima
do peso; isso acontece não só pela herança genética, mas pela vida mais sedentária,
pela ausência de estímulos dos pais a pratica de atividades físicas e a uma rotina
alimentar.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) nos últimos anos vem estimulando
a participação dos profissionais de saúde e familiares, pois a atividade física começa
em casa – ou pela comunidade por meio de colégio, das associações, das
prefeituras, das igrejas, para que programas de estímulo à atividade física sejam
desenvolvidos.
A OMS apresenta algumas sugestões:

▪ Reduzir o número de horas gasto com TV, videogame e


computador;
▪ Estimular a participação dos estudantes em competições esportivas;
▪ Reforçar as aulas de educação física nas escolas;
▪ Exemplaridade dos pais.

O cenário, muitas vezes, fica preocupante e a prevenção por parte da família


e dos professores é o melhor caminho, sendo recomendada a combinação de
cardápios equilibrados, incentivos às atividades físicas diárias e diminuição do

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sedentarismo, respeitando, acima de tudo, os limites de cada criança.


De acordo com João Guilherme Bezerra Alves, editor chefe da Revista
Brasileira de Saúde Materno Infantil, nos diz que: “O crescente processo de
urbanização, a especulação imobiliária, o excesso de veículos motorizados nas vias
públicas, o extraordinário crescimento da violência, têm determinado intensas
restrições à atividade física na infância”.João Guilherme aponta também que uma
criança hoje gasta em média 600 kcal diárias a menos do que há 50 anos atrás. As
atividades passaram a ser dentro de quatro paredes; uma criança assiste hoje, em
média, a 27 horas de TV por semana – isso corresponde a sua principal atividade só
sendo ultrapassada pelas horas de sono. Essas mudanças, de imediato, já se
refletem na elevação dos índices de obesidade na infância em todo o mundo, afora
outros riscos.
As consequências da diminuição e falta de atividade física para a saúde tanto
da criança, quanto do adulto são graves e conhecidas. Dentre elas o aumento de
risco de aterosclerose e suas consequências, como angina, infarto do miocárdio,
doença vascular cerebral, aumento da obesidade, aumento da hipertensão arterial,
aumento do diabetes, aumento da osteoporose, aumento das dislipidemias, aumento
da doença pulmonar obstrutiva crônica, aumento da asma, aumento da depressão,
aumento da ansiedade, além de aumento do risco de afecções osteomusculares e
de alguns tipos de câncer, como câncer de colo e câncer de útero.
Segundo o American College of Sports Medicine (ACMS) e o Center for
Disease Control (CDC), todas as crianças, a partir dos dois anos, devem desenvolver
30 minutos de atividade física de moderada a intensa atividade, por pelo menos cinco
dias na semana ou, de preferência, todos os dias da semana. Caso não se encaixe
dentro deste conceito, são considerados sedentários.
A American College of Sports Medicine em um estudo aponta três grandes
vantagens da atividade física em crianças:

1. As crianças são mais saudáveis: têm menos excesso de peso,


apresentam um melhor desempenho cardiovascular, menos recorrência de IVAS
(infecções das vias aéreas superiores) e um número menor de crises de asma, além

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de apresentarem uma maior densidade óssea;

2. Esses efeitos são transferidos à vida adulta. As doenças crônicas da


vida adulta têm as suas raízes na infância. O processo de aterogênese que é o
surgimento da placa de ateroma na parede interna do vaso sanguíneo, geralmente
decorrente de uma má alimentação que provoca o aumento do LDL-Colesterol, se
inicia no início da vida;

3. Manutenção do hábito na vida adulta. Crianças e adolescentes que


se mantêm fisicamente ativos apresentam uma probabilidade menor de se tornarem
adultos sedentários.

O estudo da American College of Sports diz que para obter resultados, as


atividades físicas não precisam vir necessariamente de exercícios físicos rigorosos,
bastando ser moderados, contanto que praticados de maneira regular.
O estudo também diz que o melhor exercício não é aquele que você se cansa
ou se esforça mais e sim aquele que se pode fazer regularmente. E que também
esta atividade física para crianças não pode ser punitiva e nem necessariamente
competitiva, mas sempre prazerosa. Pois um dos intuitos principais é que o hábito
da atividade física perdure por toda a vida, pois os estudos também apontam
inúmeras vantagens para o idoso, principalmente na manutenção de sua aptidão
física. Dessa forma, o exercício físico regular pode prolongar a vida, torná-la mais
saudável e alegre.
Não é nada fácil elaborar um programa de atividades físicas para crianças. A
motivação assume papel fundamental nessa prática. A criança não é um adulto em
miniatura, portanto torna-se quase impossível conseguir resultados através de
exercícios em esteiras, bicicletas ergométricas ou aparelhos similares.
A escolha da atividade adequada é feita com base na idade da criança e de
alguns outros fatores que veremos a seguir:

Preferência pessoal: Para que uma atividade tenha resultados satisfatórios,

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é preciso que ela seja praticada regularmente e isso só será conseguido se houver
prazer em realizá-la. Desta forma, é preciso conhecer o perfil da criança e descobrir
o que ela gosta de fazer para indicar atividades que atendam seus interesses.

Aptidão necessária: Não adianta apenas ter prazer em realizar uma


atividade, se não houver aptidão para fazê-la. Neste sentido é preciso escolher
atividades que a criança possa desenvolver com certa habilidade, pois caso contrário
perderá o interesse rapidamente.

Risco associado à atividade: É preciso estar atento também aos riscos que
a atividade escolhida possa oferecer à criança. Assim, o ideal é evitar atividades que
possam estar associadas a algum tipo de lesão.

As principais atividades físicas desenvolvidas para as crianças de 02 a 12


anos são:
▪ Tênis;
▪ Natação;
▪ Balé;
▪ Futebol;
▪ Vôlei;
▪ Basquete;
▪ Música (violão, guitarra, canto etc.).

Abaixo veremos os benefícios de cada atividade física:

▪ Futebol: além de fisicamente desenvolver massa muscular, sistema


cardiovascular e coordenação motora, permite que a criança troque experiências
através da socialização e trabalhos em equipe.

▪ Tênis: esporte fundamental para o desenvolvimento da concentração e


flexibilidade muscular. Também atende às necessidades de desenvolvimento da

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agilidade, coordenação motora e velocidade.

▪ Basquete: assim como o futebol, contribui para o desenvolvimento da


massa muscular, sistema cardiovascular, coordenação motora e trabalho em equipe.

▪ Natação: esporte fundamental para crianças que sofrem de problemas


respiratórios, uma vez que desenvolve além da capacidade cardiovascular, todo o
sistema respiratório. Permite também desenvolver uma maior consciência da
estrutura muscular.

▪ Balé: estimula a coordenação, a lateralidade e desperta a criatividade.

▪ Vôlei: como em todo esporte coletivo, além de fisicamente desenvolver


massa muscular, sistema cardiovascular e coordenação motora, permite que a
criança troque experiências através da socialização e trabalhos em equipe.

▪ Música: apesar de não ser um esporte propriamente dito, vamos


considerá-la como uma atividade importante para o desenvolvimento da fala e para
a diminuição da timidez.

Especialistas recomendam as seguintes atividades divididas por idades:

• A partir de um ano de idade: natação e atividades de recreação;


• A partir de cinco anos de idade: balé e atividades de recreação;
• A partir de oito anos de idade: basquetebol, voleibol, futebol, tênis,
caminhada, alongamentos, artes marciais e atividades de recreação;
• A partir de dez anos de idade: todas as anteriores além de corrida leve
e circuitos;
• A partir de 12 anos de idade: todas as anteriores e exercícios com
pesos como musculação (leve).

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Nada do que apresentamos de atividades, devem ser realizadas de maneira


deliberada. É de fundamental importância que os pais levem seus filhos ao pediatra
para que este realize avaliações físicas que garantam a saúde das crianças durante
as atividades.

Fonte: http://www.clinicaimec.com.br

Alimentação do pré-escolar

Na fase pré-escolar, a criança apresenta ritmo de crescimento regular e

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inferior ao do lactente. A velocidade de crescimento estrutural e o ganho de peso são


menores do que nos dois primeiros anos de vida, com consequente decréscimo nas
necessidades nutricionais e no apetite.

Muitas pessoas ao desconhecer esta informação, acabam atribuindo a


doenças e não a fatores fisiológicos. Isto pode acarretar diagnósticos errôneos de
anorexia e o uso inadequado de
medicamentos estimulantes de apetite.

Nesta fase da vida, a criança


não adota um padrão de alimentação,
podendo oscilar com muita frequência
entre a fome descomunal e a absoluta
falta de apetite. Neste sentido, é
importante que os pais não se
desesperem achando que seus filhos
estão próximos de doenças
relacionadas à alimentação.
Os pais devem ter consciência que esse processo é natural, evitando ações
severas de punição caso a criança não se alimente corretamente. Ações como essa,
podem sim, levar a um quadro de distúrbio alimentar trazendo grandes prejuízos
tanto para a criança quanto para seus pais.
As crianças, nesta fase de formação alimentar, tendem a não aceitar novos
alimentos rapidamente. Essa resistência para novos alimentos é chamada de
neofobia, a criança se nega a experimentar qualquer tipo de alimento que
desconheça e que não faça parte do seu seleto grupo de alimentos favoritos. Para
que esse comportamento seja modificado é necessário que a criança prove este
novo alimento em torno de 8 a 10 vezes, mesmo que seja em quantidade mínima.
Somente dessa forma, a criança conhecerá o seu sabor e estabelecerá seu padrão
de aceitação.
Para que a criança aceite o alimento, ela deve se sentir à vontade durante a

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refeição. Muitas situações podem influenciar sua disposição e seu apetite, desde o
ambiente, a idade, o seu estado físico, ou seja, se ela está cansada ou excitada
demais, ou até mesmo o clima pode influenciar, como por exemplo, dias muito
quentes que, geralmente, causam falta de apetite.

É uma fase um tanto complicada, pois as crianças já conhecem alguns


alimentos preferidos e geralmente possuem argumentos para não aceitar os novos
que lhe são oferecidos. Assim, para não criar ainda mais dificuldade, procure
oferecer alimentos dos quais ela goste, acompanhado de novos alimentos que
poderia experimentar e proponha a ela realizar esta experiência.
Para tornar esse processo menos traumático, procure começar com novos
alimentos que estejam na m seja, que a criança tenha comentado ou que tenha
aparecido em algum programa de televisão, entre outros. Isso pode facilitar bastante
a interação da criança com o alimento.
Crie um ambiente agradável com seus talheres e utensílios preferidos, e não
a force a comer. Deixe que ela tome a iniciativa em experimentar, e não a force a
comer mais rápido. Cada indivíduo tem seu próprio tempo de deglutição. Com o
tempo, esse processo se tornará muito mais fácil.
É muito importante que as escolhas das crianças neste período sejam
respeitadas, o que se pode fazer quando há uma insistente recusa, é a substituição
por outro tipo de alimento que possua os mesmo nutrientes ou caso o alimento seja
fundamental, deve-se variar o preparo para tornar o alimento mais saboroso aos
olhos da criança.
Como dissemos, coagir a criança a se alimentar, pode trazer transtornos
ainda mais graves que a simples falta de apetite. Da mesma forma, os pais não
devem incentivar a criança com chantagens ou recompensas, uma vez que isso
tornará a criança tirana e só se alimentará mediante agrados e mimos.
Agir de maneira saudável, explicando para a criança que ela deve se
alimentar corretamente, se evita os possíveis conflitos que possam surgir na relação
entre pais e filhos e seus consequentes desdobramentos. Estudaremos algumas
importantes orientações gerais para que se crie na criança um comportamento

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saudável:
As crianças devem ter rotina, ou seja, tanto nas refeições quanto nos lanches
que devem ser servidos em horários pré-fixados, garantindo que a criança volte a
sentir fome, antes da próxima refeição. Geralmente, especialistas orientam a realizar
intervalos de três horas entre uma refeição e outra;
Não permita que a criança se alimente fora de horário. Como certeza, quando
tiver que se alimentar no horário pré-fixado, não vai querer por estar sem apetite;

Nesta fase pré-escolar, orienta-se a oferecer de 5 a 6 refeições ao longo do


dia, podendo adotar

• Café da manhã (8h);


• Lanche matinal (10h);
• Almoço (12h);
• Lanche vespertino (15h);
• Jantar (19h);
• Lanche noturno (opcional).

É fundamental que se estabeleça um tempo limite, porém suficiente, para


cada refeição;
Caso a criança, dentro deste período pré-estabelecido, não termine a refeição
ou apresente algum tipo de recusa aos alimentos, a refeição deverá ser encerrada e
oferecido algum alimento apenas na próxima;
A porção de cada alimento dentro do prato deve estar colocada
proporcionalmente com a aceitação da criança. Pois se torna frequente a mãe
colocar no prato a comida numa quantidade superior daquela que a criança vai
ingerir, o ideal é que se coloque proporcionalmente e pergunte se ela quer mais;
É significativo que a sobremesa seja apresentada à criança como parte da
refeição, e não como algum tipo de agrado para que compense o consumo de
determinados alimentos;
Deve-se controlar o consumo de líquidos – suco, água e, principalmente, o

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refrigerante – na hora da refeição, isso pode fazer com que o estômago se dilate,
produzindo estímulo de saciedade precocemente;
O ideal é que o líquido só seja oferecido após o termino das refeições, sendo
água ou sucos naturais. Os refrigerantes não precisam necessariamente ser
proibidos, porem deve ser ingerido ocasionalmente;
É importante que proíba salgadinhos, balas e doces, pois isso poderá fazer
com que a vontade ou interesse da criança aumente. O ideal é que estes alimentos
sejam consumidos ocasionalmente e em horários apropriados para que não
atrapalhem o apetite da próxima refeição;
O ambiente em volta da mesa deve ser agradável e a criança deve se sentar
junto com os outros membros da família. Esse ambiente favorece a aceitação dos
alimentos, pois não basta a exposição do alimento, mas também o condicionamento
social, pois a família é o modelo para o desenvolvimento de preferências e hábitos
alimentares. A criança deve estar inserida nesse ambiente desde o primeiro ano de
vida para que observe as pessoas e seus hábitos alimentares;
O ambiente deve ser tranquilo e agradável, sem televisão ligada ou quaisquer
outras distrações como brincadeiras e jogos. O ambiente tranquilo facilitará a
confiança e o prazer da criança em se alimentar;
Fazer com que a criança se envolva em alguma etapa da preparação do
alimento. É importante a criança estar presente na escolha do alimento, ou no
supermercado ou na feira, por exemplo;
A monotonia alimentar pode ocasionar falta de apetite;
A falta de outros tipos de alimentos ou um novo de preparo pode tirar o
apetite, e o interesse da criança pelo alimento;
Uma alimentação equilibrada deve ser representada por uma refeição
composta por folhas, legumes, carnes e complementos como arroz com feijão ou
uma massa;
Evitar que a criança ingira alimentos com excesso de gordura, sal e açúcar;
Procure comprar produtos com baixo índice de gordura do tipo “trans” e
saturadas. Ofereça vegetais ricos em gorduras monossaturadas e poli-insaturadas,
principalmente na forma de ômega 3;

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Oferecer alimentos ricos em ferro, cálcio, vitamina A e D e zinco, pois são


essenciais nesta fase da vida.
Na alimentação em fase pré-escolar, deve-se respeitar as leis da alimentação
desenvolvidas em 1937, por Pedro Escudero, e que ainda hoje são consideradas
como a base de uma alimentação saudável para qualquer indivíduo. Conheça as leis
a seguir:

1. Lei da quantidade – Esta lei determina que a ingestão de alimentos


deve ser suficiente para atender às exigências do organismo e mantê-lo em
equilíbrio. Assim, é preciso ter bom senso para que não haja excessos e nem
tampouco falta na quantidade de alimentos. Tanto um quanto o outro podem causar
problemas de saúde.

2. Lei da qualidade – Não basta apenas se alimentar com uma


quantidade adequada de alimentos, é preciso que tal alimentação tenha qualidade,
ou seja, rica em nutrientes necessários para oferecer ao organismo toda energia
necessária para manter-se em equilíbrio. Assim, é preciso estar atento à variedade
e qualidade da composição alimentar, dando destaque sempre para carnes, vegetais
e folhas. Quanto mais colorida a sua refeição, mais rica será em nutrientes.

3. Lei da harmonia – Além da qualidade e quantidade adequadas, é


preciso que se estabeleça uma harmonia entre os nutrientes, ou seja, devem guardar
uma relação de proporção entre si. O corpo absorve os nutrientes em conjunto e não
de forma isolada, por isso é tão importante estarem em harmonia.

4. Lei da adequação – Por fim, é preciso que as três leis anteriores se


adequem às condições do indivíduo, ou seja, durante toda nossa vida, passamos por
diversas situações antes que fazem com que nosso organismo tenha necessidades
nutricionais diferentes, como por exemplo, estado fisiológico como uma gestação,

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alteração patológicas como no caso de doenças ou mesmo pelo ciclo de vida pelos
quais passamos como a infância, a adolescência, a fase adulta e a idosa.

Estudaremos abaixo as tabelas com as necessidades nutricionais das


crianças na fase pré-escolar:

Distribuição aceitável de macronutrientes

Fonte: Institute of Medicine – Dietary Reference Intake


Ácidos graxos w-6 (linoléico): 5-10% do valor calórico total;

Ácidos graxos w-3 (linolênico): 0,6 a 1,2% do valor calórico total (até 10%
desse valor pode ser consumido como EPA e DHA);

Açúcar de adição: até 25% da energia total; Valor energético total 1300 kcal.

Percentual de gordura ingerida recomendação para crianças acima de


dois anos

Legenda:

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VET: Valor Energético Total n-3: ômega 3.


PUFA: Ácidos graxos poliinsaturados n-6: ômega 6.

Distribuição de gordura na dieta da criança acima de dois anos.

Gorduras Trans: isômero “trans” dos ácidos graxos poliinsaturados que


sofreram hidrogenação, por exemplo, de origem vegetal – ácido elaídico (C18:1 9t)
e de animal – trans-acênico (C18:1 11t).

PUFA – ácido graxo poli-insaturado: n-6 (ômega 6) e n-3 (ômega 3).


MUFA – ácido graxo monoinsaturado.

Outra grande preocupação na fase pré-escolar é a ingestão de substâncias


como o cálcio e os mineiras. As próximas tabelas ilustram a quantidade de alimentos
necessários para se atingir a necessidade de cálcio em pré-escolares.
Quantidade de alimentos necessários para ser atingida a necessidade
de cálcio – crianças de 1 a 3 anos

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Fonte: Uauy R & Castillo C

Quantidade de alimentos necessários para ser atingida a necessidade


de cálcio – crianças de 4 a 8 anos

Fonte: Uauy R & Castillo C

Alimentação do escolar

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Nesta etapa da vida, que ocorre geralmente entre os 6 a 10 anos de idade, a


criança encontra-se em pleno desenvolvimento físico, através do crescimento
constante e consequente ganho de peso. Este novo universo para a criança é
fundamental no desenvolvimento de novos hábitos tanto sociais quanto alimentares,
tendo a escola ao lado dos pais um papel fundamental neste processo.
Desta forma, é importante que a escola esteja atenta a essas novas
descobertas para que crianças que até então tinham uma alimentação regrada, não
passem a se alimentar de forma inadequada através da grande oferta de alimentos,
principalmente frituras, que costumam estar disponíveis em suas “cantinas”. A escola
precisa ter percepção para cobrar de seus parceiros que oferecem as alimentações
nos “recreios”, que tal alimentação seja saudável.
Infelizmente, o avanço dos conhecimentos e das tecnologias provocaram uma
diminuição nas atividades físicas das crianças. Isso somado aos alimentos
industrializados e ricos em gorduras, provocou aumento nos casos de obesidade
infantil e “fome oculta”, ou seja, carência não explícita de micronutrientes, que
levaram às deficiências nutricionais específicas pouco evidentes, mas
absolutamente prejudiciais à saúde.
Vale ressaltar ainda, estimativa da Organização Mundial de Saúde, realizada
em 1997, observou que a obesidade atingia 203 milhões de adultos e 21,9 milhões
de crianças no mundo. No ano anterior a esta estimativa, em 1996, o Brasil já havia

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realizado uma pesquisa entitulada “Pesquisa Nacional sobre Demografia e Saúde”,


que revelou que 4,9% das crianças brasileiras têm sobrepeso e a “Pesquisa Nacional
de Orçamentos Familiares 2002/2003” evidenciou que há 10,5 milhões de adultos
obesos.
Essas observações e a necessidade de minorar as consequências do
processo de transição nutricional exigem dos profissionais de saúde, em geral, e dos
pediatras, em particular, atenção redobrada na orientação da alimentação mais
adequada para cada faixa etária. Além de recomendações para a alimentação no
domicílio, tornam-se necessárias orientações sobre a merenda escolar e incremento
de atividade física.
Desde 1993, as recomendações alimentares foram mudadas, pois a oferta
de nutrientes deve ser suficiente para prover as perdas metabólicas diárias e para
permitir o crescimento adequado.
O cardápio deverá ajustar-se à alimentação da família, conforme a
disponibilidade de alimentos e preferências regionais. As famílias devem ser
orientadas sobre as práticas para uma alimentação saudável.

As refeições devem incluir, no mínimo, o desjejum, o almoço e o jantar. A


merenda escolar deverá adequar-se aos hábitos regionais, devendo ser evitado o
uso de alimentos isentos de valor nutricional.

A seguir serão apresentados, resumidamente, os caminhos gerais para a


alimentação do escolar:

1. Alimentação equilibrada, observando as leis da alimentação,


procurando ingerir nutrientes adequados, tanto em quantidade quanto em qualidade,
direcionados para o crescimento e desenvolvimento desta faixa etária;

2. Oferecer às crianças uma alimentação variada, observando todos os


grupos alimentares, de forma a estimulá-la a experimentar alimentos até então

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desconhecidos para ela, é claro. Evitando que consuma, em exagero, alimentos


pobres como: refrigerantes, doces e outras guloseimas;

3. Estimular a criança a consumir frutas, legumes e verduras;

4. Estar atento e evitar oferecer para as crianças alimentos ricos em


gorduras saturada e trans que podem, com o tempo, trazer graves doenças na vida
adulta;

5. Da mesma forma, evitar o excesso de sal na preparação das refeições;

6. É preciso estar atento também aos alimentos ricos em cálcio, uma vez
que nesta etapa do crescimento é preciso reforçar a formação da massa óssea;

7. Por fim, observar se a criança está com ganho excessivo de peso.


Neste caso, será importante adequar a de alimentos ao gasto energético da criança,
ou incentivá-la a praticar mais atividades físicas.
Alimentação saudável na escola

Alimentação saudável é um dos componentes que integram a concepção de


Escola Promotora de Saúde. Neste sentido, os Programas de Alimentação Escolar,
que estudaremos mais à frente, devem não apenas garantir a toda comunidade
escolar, o acesso ao alimento com qualidade e quantidade adequadas, mas também
incentivar o consumo de alimentos saudáveis.
Como já dissemos e vale sempre ressaltar, alimentação saudável não é
encher a criança de comida e mantê-la de barriga cheia. Muito pelo contrário, tanto
a falta quanto o excesso podem ser prejudiciais à saúde. Oferecer uma alimentação
saudável à criança, é provê-la de nutrientes adequados tanto em quantidade quanto
em qualidade, das quais possam suprir suas necessidades de crescimento e
desenvolvimento, proporcionando uma saúde rica, longe de doenças oportunistas
relacionadas à alimentação.

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As doenças crônicas não transmissíveis como a obesidade, o diabetes e as


doenças cardiovasculares são responsáveis por altas taxas de morbimortalidade no
mundo todo. Esta situação reflete as mudanças ocorridas no estilo de vida das
pessoas, especialmente nos hábitos alimentares e nos níveis de atividade física.
Os escolares ao adotarem hábitos alimentares adequados e estilo de vida
saudável, terão melhor qualidade de vida na fase adulta. A escola é um importante
local para a promoção de alimentação saudável, pois grande percentual da
população pode ser atingido a custo baixo, já que existe uma estrutura organizada.
O tempo de permanência dos alunos na escola é grande e aí fazem uma ou duas
refeições ao dia, durante cinco dias da semana. Além disso, há o fato do escolar ser
um potencial agente de mudança na família e na comunidade onde está inserido.
Como parte importante para estimular a alimentação saudável nos jovens e
crianças, é preciso que as escolas intervenham de forma construtiva, envolvendo
seu corpo docente e demais funcionários. Desta forma, uma maneira interessante
de participar ativamente desse isso é ter em sua grade curricular, matérias que
forneçam informações sobre saúde e alimentação saudável, podem oferecer
também aulas práticas de preparação de alimentos junto aos mais jovens, dia da
fruta onde cada aluno leva uma fruta e troca experiências com seus colegas, enfim,
usar de criatividade para que estes jovens se interessem por adquirir uma
alimentação mais saudável.
Os programas de educação nutricional precisam ser adequados às diferentes
faixas etárias e culturas. Há necessidade da incorporação de conteúdos sobre saúde
e nutrição, nos cursos de formação de professores de todos os níveis de ensino e da
participação dos profissionais de saúde em programas educativos sobre nutrição nas
escolas.
A Organização Mundial da Saúde lançou em 2002, a “Estratégia Mundial
sobre Alimentação Saudável, Atividade Física e Saúde”, com enfoque preventivo e
voltado para grupos populacionais de todo o mundo. Esta estratégia visa à promoção
da alimentação saudável e aumento da atividade física, com o objetivo de prevenir
as doenças crônicas não transmissíveis e promover a saúde da população. O
governo brasileiro apoia este programa e destacou dois eixos de atuação para serem

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inseridos na proposta nacional:

1. Incentivo ao consumo de legumes, verduras e frutas como abordagem


importante na promoção da alimentação saudável, considerando as evidências
científicas que revelam que os riscos de ocorrência de doenças crônicas não
transmissíveis decrescem em função do consumo adequado e regular deste grupo
de alimentos;
2. Reforço do papel da escola, considerada como espaço de promoção
de hábitos saudáveis, na promoção da alimentação saudável;
3. Definição de ações reguladoras não só para o marketing e publicidade
de alimentos infantis, como também para a comercialização de alimentos nas
escolas.

Alguns estados e m s brasileiros vêm caminhando para regular a venda de


alimentos nas cantinas. Em Santa Catarina, por exemplo, que em dezembro de 2001
implantou uma lei que proíbe a venda de guloseimas e refrigerantes, nas cantinas
de escolas públicas e particulares do ciclo básico e as obriga a disponibilizar pelo
menos dois tipos de frutas da estação.

Na cidade do Rio de Janeiro, a partir de um decreto de abril de 2002, também


ficou proibida a venda de guloseimas nas cantinas e no entorno das escolas da rede
municipal de ensino. Em São Paulo, há também regras desde 2005, que propõem
normas para regularização de cantinas escolares, inclusive com listas de alimentos
permitidos e proibidos para comercialização.
Mas tantas ações dos governos não terão efeito se não houver medidas
educativas concomitantes. Pois ainda não existe no Brasil um programa oficial de
educação nutricional para escolas públicas.
A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) sensível às questões acima
abordadas, constituiu um grupo de trabalho integrado por membros dos
departamentos de nutrologia, endocrinologia, saúde escolar, cuidados primários e
adolescência para a elaboração de um projeto conjunto, com o objetivo de promover

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hábitos alimentares adequados e estilo de vida saudável na comunidade escolar,


com a participação dos pediatras.

Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE

O Governo federal desenvolveu um programa de transferência de recursos


financeiros para os Estados e municípios, voltados para a aquisição de gêneros
alimentícios destinados à merenda escolar, chamado: Programa Nacional de
Alimentação Escolar – PNAE, também conhecido popularmente por Merenda
Escolar.
Apesar de ter nascido em 1940, foi apenas no final da década de 1980, mais
precisamente na promulgação da nova Constituição Federal em 1988, onde garantia
o direito fundamental a alimentação escolar para alunos do ensino fundamental, foi
que esse programa enfim decolou.
Seu funcionamento é muito simples. O Fundo Nacional de Desenvolvimento
da Educação – FNDE é o órgão responsável por transferir os recursos, divididos em
dez parcelas mensais para as prefeituras, secretarias de educação, creches e
escolas federais para que sejam usados única e exclusivamente para a constituição
da merenda escolar, que por sua vez, servirá de alimento apenas para as crianças
matriculadas na educação infantil, em creches e pré-escolas, e no ensino
fundamental das escolas públicas ou mantidas por entidades beneficentes de
assistência social.
Os valores repassados pelo FNDE são calculados da seguinte forma:

O número de alunos atendidos é fornecido pelo censo escolar do ano anterior.


O custo per capita é um valor determinado pelo governo, com base em
pesquisas, que deverá custear individualmente a merenda escolar. Esse valor hoje
se baseia em R$ R$ 0,15, para alunos da pré-escola e do ensino fundamental, de

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R$ 0,18, para alunos de creches, e de R$ 0,34, para alunos das escolas de educação
indígena.
O número de dias de atendimento divide-se da seguinte forma: 250 dias para
creches e 200 dias para os demais níveis de ensino. O bom funcionamento do
Programa depende da atuação de vários responsáveis. Cada um tem de fazer a sua
parte:
O governo federal verba da merenda;
As entidades executoras que podem ser prefeituras, secretarias da educação
dos estados, ou do Distrito Federal e escolas federais recebem o dinheiro, compram
os produtos da merenda e prestam contas ao Conselho de Alimentação Escolar –
CAE;
As escolas fornecem as merendas aos alunos;
Os alunos e os pais dos alunos devem informar a CAE se houver algum tipo
de problema, tanto no fornecimento quanto na qualidade da merenda;
O CAE também é responsável por acompanhar a aplicação dos recursos e do
fornecimento de merenda aos alunos, bem como analisar a prestação de contas das
entidades executoras;
Em caso de irregularidades, o CAE deve informar:

– À prefeitura;
– Ao FNDE;
– À Câmera Municipal ou Assembleia Legislativa;
– Ao Ministério Público;
– Ao Tribunal de Contas da União.

É importante ressaltar ainda, o que são essas entidades executoras. Quando


os recursos são destinados para os alunos de escolas da rede municipal, as
entidades executoras são as prefeituras. Quando os recursos são destinados para
os alunos da rede estadual de ensino, as entidades executoras são as secretarias
de educação dos estados participantes do programa. Para participar do programa é
importante observar algumas exigências:

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• Os recursos só podem ser utilizados para aquisição de alimentos;


• É preciso que se constitua um Conselho de Alimentação Escolar
(CAE), que deverá agir como órgão deliberativo, fiscalizador e de
assessoramento;
• O solicitante deve ter ciência de que deverá prestar contas dos
recursos recebidos;
• Deve-se observar todas as normas e regras do Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação – FNDE.

Depois de receber os recursos, é possível executar a compra dos alimentos


de forma centraliza ou descentralizada, como veremos a seguir:

No modelo centralizador, a prefeitura fica responsável pela compra dos


alimentos de todas as escolas que receberão o incentivo, e também por sua
distribuição;
Já no modelo descentralizador ou escolarizado, a prefeitura repassa as
verbas recebidas para cada uma das escolas participantes do programa, sendo que
estas se responsabilizam pela compra dos alimentos e respectiva prestação de
contas;
Há também casos de modelos mistos onde alimentos não perecíveis são
comprados diretamente pelas prefeituras, enquanto os alimentos perecíveis, por
terem um prazo menor de validade, são comprados pelas entidades participantes do
programa.
O Conselho de Alimentação Escolar – CAE é composto por sete conselheiros
que representam setores da sociedade envolvidos no programa. O conselho é
formado por:

▪ Dois representantes de professores;


▪ Um representante do Poder Executivo;
▪ Um representante do Poder Legislativo;

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▪ Um representante da sociedade civil.

Esses conselheiros são nomeados pelo prefeito, mas é muito importante que
as pessoas sejam escolhidas e indicadas pelo grupo que representam. O prefeito
não pode rejeitar as indicações de cada grupo.
A eleição para a escolha dos representantes não é obrigatória. Mas, quando
o conselheiro é eleito pelo grupo, fica mais fácil atuar com independência.
O papel desse Conselho é acompanhar o programa e emitir pareceres que
deverão apontar falhas se estas existirem, e possíveis irregularidades que surjam no
transcorrer das atividades.
Da mesma forma, o conselho deve estar atento se o programa tem cumprido
o seu papel. Assim, devem estar atentos a quatro observações:

O dinheiro foi aplicado apenas em alimentos para a merenda?;


Os preços pagos pelos alimentos estão de acordo com os preços do
mercado?;
Os produtos comprados foram mesmo usados para oferecer merenda aos
alunos?;
Os alimentos oferecidos são saudáveis e de boa qualidade?
Se as respostas para estas quatro perguntas forem positivas, o programa está
regular e sendo bem executado.

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Distúrbios alimentares

A obesidade infantil

De maneira didática, podemos conceituar a


obesidade como sendo uma doença causada pelo acúmulo
excessivo de gordura corporal e, em razão disso, acaba por
trazer grandes problemas de saúde aos indivíduos.

Ainda que seja tradada com uma condição clínica


individual, ela é vista como um sério e crescente problema de saúde pública. O
excesso de peso predispõe o organismo a uma série de doenças:
• Doenças cardiovasculares;
• Hipertensão arterial;
▪ Doenças cérebro-vasculares;
▪ Diabetes mellitus tipo 2;
▪ Coledocolitíase;
▪ Câncer;
▪ Osteoartrite.

Pode vir a causar também distúrbios como:

• Distúrbios lipídicos;
▪ Hipercolesterolemia;
▪ Diminuição de HDL ("colesterol bom");
▪ Aumento da insulina;
• Intolerância à glicose;
• Distúrbios menstruais/infertilidade;
• Apneia do sono.

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De acordo com um estudo realizado entre 2008 e 2009, pelo Instituto


Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, no Brasil, a obesidade atinge:

▪ 12,4% dos homens com mais de 20 anos;


▪ 16,9% das mulheres com mais de 20 anos;
▪ 4,0% dos homens entre 10 e 19 anos;
▪ 5,9% das mulheres entre 10 e 19 anos;
▪ 16,6% dos meninos entre 5 a 9 anos;
▪ 11,8% das meninas entre 5 a 9 anos.

Classificação da obesidade infantil:

Podemos classificar a obesidade infantil como: endógena ou primária, e


exógena ou nutricional. Vejamos:

Endógena ou primária – Está relacionada principalmente, com problemas de


ordem hormonal, como: alteração de metabolismo tireoidiano, gonadal,
hipotálamohipofisário; tumores como o craniofaringeoma e as síndromes genéticas.
É manifestada na infância, pois é causada pelo aumento das células adiposas no
organismo e, isso implica na dificuldade da perda de peso e também gera uma
tendência geral.

Exógena ou nutricional – Trata-se de um problema multicausal que pode


ocorrer em qualquer fase da vida e, é causada pelo desequilíbrio entre a ingestão e
o gasto calórico. Portanto, a idade do início do quadro é um ponto muito importante
no entendimento do desenvolvimento da obesidade na infância. Quando surgem
nesta fase da vida, as chances de complicações futuras são muito maiores, como
aumento do colesterol, triglicerídeos e redução da fração HDL colesterol (“colesterol
bom”), aumentando com isso, o risco de doenças relacionadas ao coração.

Os pediatras não recomendam exames frequentes em crianças e

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adolescentes, a não ser que haja situações de risco, porém, cabe aos pais evitar que
as crianças levem uma vida sedentária. Trata- círculo vicioso, uma vez que o
sedentarismo leva à obesidade, e a obesidade facilita o sedentarismo. Desta forma,
os pais precisam estar atentos para estimular seus filhos a praticarem esportes,
brincarem ao ar livre e outras atividades que estimulem o exercício físico.
Com o aumento da tecnologia e a insegurança das ruas é muito comum
observarmos crianças que passam o dia em frente à televisão, no computador e
principalmente nos videogames, o que contribui sensivelmente para uma diminuição
dos gastos calóricos diários. Apenas como exemplo, apurou-se que a taxa de
obesidade em crianças que assistem televisão em média de uma hora diária é de
10%, enquanto o hábito de persistir por mais de três horas, eleva essa taxa para
aproximadamente 27%.
Crianças e adolescentes que já se encontram em situação de obesidade,
devem ser incentivados a praticarem atividades físicas, porém, é preciso adotar
alguns cuidados para que não se sintam expostos. O primeiro passo é realizar uma
avaliação clínica que deverá orientar sobre os cuidados na prática de atividades.
Geralmente, a criança obesa não se sente muito confortável em praticar
esportes e tão pouco frequentar academias, por isso, os pais devem estar dispostos
a participarem ativamente dos eventos, contribuindo assim, para a melhora da saúde
de seus filhos. Portanto, os pais podem abusar da criatividade para criar atividades
lúdicas que atraiam as crianças, e que as façam participar ativamente das
brincadeiras. É não é só isso, devem aproveitar todas as oportunidades para
praticarem exercícios, por exemplo, mora em apartamento, suba as escadas e
abandone o elevador, ou quando estiver passeando no shopping, não ande de
escada rolante, também vá de escada normal. Tudo isso, junto com uma alimentação
equilibrada, contribui para uma melhora na saúde dos jovens.
De nada adianta, porém, todo um trabalho de atividade física se os pais não
conseguirem adequar a alimentação dessas crianças. Por exemplo, nada adianta
subir e descer escadas no shopping, se a refeição for um lanche “daquela” rede de
fast food. É preciso que os pais participem ativamente e colaborem para que a
criança readquira hábitos saudáveis, não só fora de casa, mas principalmente em

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casa. Por exemplo, os pais devem evitar comer assistindo ao jornal ou a novela.
Além das atividades físicas e de uma alimentação equilibrada, é preciso
descobrir as causas da obesidade. Como já vimos, ela pode ter origem endógena ou
exógena. Quando se tratar de origem endógena, é preciso diagnosticar a doença
que deu causa à obesidade e tratá-la com prioridade e quando a origem for exógena,
ou seja, um desequilíbrio entre a ingestão de alimentos e o gasto calórico, será
preciso adotar as regras ditas anteriormente e reequilibrar a alimentação,
acompanhada de atividades físicas. Como dicas para uma alimentação saudável e
equilibrada, sugerimos:

▪ O aleitamento materno deve ser estimulado pelo menos até os seis


meses de vida, sendo introduzido, aos poucos, alimentos mais sólidos;
▪ Estabelecer rotinas com horários para refeições principais e lanches
intermediários. Os intervalos devem ser de no mínimo uma hora e meia, e no máximo
três horas;
▪ Oferecer porções adequadas ao tamanho da fome da criança, evitando
coagir a criança a “limpar” o prato;
▪ Oferecer sobremesas saudáveis como uma fruta ou gelatina;
▪ Evitar que a criança sacie sua sede com refrigerantes ou sucos. O ideal
é estimular o consumo de água;
▪ Evitar comprar muitas guloseimas que façam a criança sair dos
horários de rotina;
▪ Evitar o uso de açúcar e adoçantes. O mel é um bom produto para
substituição;
▪ Ainda que estejam cansados depois de um dia de trabalho, é
importante estimular as atividades físicas das crianças;
É importante que no caso de uma eventual necessidade de dieta de baixa
caloria, como por exemplo, um trabalho de reeducação alimentar com base em uma
dieta hipocalórica balanceada, a família esteja preparada emocionalmente para
suportar essa fase que para a criança pode ser extremamente complexa e
estressante. Em razão disso, pode ser importante o acompanhamento de um

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profissional da área de psicologia, que ajudará tanto a criança quanto a família a


superarem esse período.

Apenas para ressaltar, a dieta hipocalórica balanceada é uma dieta na qual a


criança receberá um volume de calorias relacionado com seu gasto em atividades
físicas. Serão de 5 a 6 refeições diárias, compostas de carboidratos (50 a 60%),
gorduras (25 a 30%) e proteínas (15 a 20%). É importante lembrar ainda que devem
ser evitadas dietas muito restritas que podem colocar em risco a saúde da criança,
e muito menos dietas baseadas em um único alimento ou líquidos apenas.

Como calcular a gordura corporal

O índice de massa corporal – IMC é o método mais usado e simples para se


determinar se a pessoa está ou não obesa, medindo sua gordura corporal. O IMC é
calculado dividindo o peso do indivíduo em quilos, pelo quadrado de sua altura em
metros. A equação do IMC é:

KG representa o peso do indivíduo em quilogramas e M é sua altura em


metros.
Para a análise clínica, os médicos levaram em consideração vários fatores
como:

Raça;
Etnicidade;
Massa muscular
Idade;
Sexo.

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Estes fatores, citados acima, podem influenciar a interpretação do índice. As


atuais definições estabelecem a seguinte convenção de valores, acordada em 1997,
e publicada em 2000. Veremos abaixo a tabela com a interpretação dos dados
obtidos pelo IMC:

Fonte: www.clinicaimec.com.br

É importante deixar claro que esses valores não devem ser considerados
como exatos, uma vez que indivíduos muito musculosos podem ter seu IMC
superestimado e indivíduos que tiverem perda acentuada de massa corporal, como

idosos, podem ter seu IMC subestimado.

Além da curva de crescimento, muito utilizada por pediatras para avaliar o


comportamento de crescimento e ganho de peso de crianças, é possível também
utilizar a regra do IMC. Porém, é preciso adotar certos cuidados para definir
sobrepeso e obesidade, uma vez que existem muitos critérios diferentes para realizar

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as comparações nos estudos de prevalência.

Os profissionais têm adotado o critério sugerido pelo Center for Disease


Control (CDC), que como base nas tabelas de IMC para crianças e jovens de 2 a 19
anos de idade, sugerem os seguintes termos:

• Risco de peso – para aqueles com IMC para idade e sexo em


percentuais maiores que 85;
• Sobrepeso – para aqueles com IMC para idade e sexo em percentuais
maiores que 95.

Além da regra do IMC, é possível verificar a gordura corporal a partir da


análise de medida das pregas cutâneas, principalmente na região do cotovelo. Além
disso é possível realizar testes de bioimpedância, tomografia computadorizada,
ultrassom ou ressonância magnética. Porém, esses são casos que se procura
analisar com mais detalhes a estrutura corporal do indivíduo.

A obesidade apresenta ainda algumas características que são importantes


para a repercussão de seus riscos, dependendo do segmento corporal no qual há
predominância da deposição gordurosa, sendo classificada em:
• Obesidade difusa ou generalizada;
• Obesidade androide ou troncular (ou centrípeta), na qual o paciente
apresenta uma forma corporal tendendo a maçã. Está associada com maior
deposição de gordura visceral e se relaciona intensamente com alto risco de
doenças metabólicas e cardiovasculares (síndrome plurimetabólica);
• Obesidade ginecoide, na qual a deposição de gordura predomina ao
nível do quadril, fazendo com que o paciente apresente uma forma corporal
semelhante a uma pera. Está associada a um risco maior de artrose e varizes.
• Essa classificação, por definir alguns riscos, é muito importante e por
esse motivo fez com que se criasse um índice denominado Relação cintura-quadril,

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que é obtido pela divisão da circunferência da cintura abdominal pela circunferência


do quadril do paciente.
Fonte: http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?303

Neste sentido adotou-se os seguintes valores de riscos metabólicos:


• Quando a relação cintura-quadril seja maior do que 0,9 no homem;
• Quando a relação cintura-quadril seja maior do que 0,8 na mulher.

Classificação da obesidade de acordo com suas causas:

1. Obesidade por distúrbio nutricional:

Dietas ricas em gorduras;

Dietas de lancheiras.

2. Obesidade por inatividade física:

Sedentarismo;

Incapacidade obrigatória;

3. Obesidade secundária a alterações endócrinas:

Síndromes hipotalâmicas;

Síndrome de Cushing;

Hipotireoidismo;

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Ovários policísticos;

Pseudohipaparatireoidismo;

Hipogonadismo;

Déficit de hormônio de crescimento;

Aumento de insulina e tumores pancreáticos produtores de insulina;

4. Obesidades secundárias:

Sedentarismo;

Drogas: psicotrópicos, corticoides, antidepressivos tricíclicos, lítio,


fenotiazinas, ciproheptadina, medroxiprogesterona;

Cirurgia hipotalâmica.

5. Obesidades de Causa Genética: Autossômica recessiva;


• Ligada ao cromossomo X;
• Cromossômicas (Prader-Willi);

Síndrome de Lawrence-Moon-Biedl.

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Devido ao crescimento da obesidade infantil


no mundo, apontada pela Organização Mundial da
Saúde (OMS), atualmente o
Ministério Público realiza uma campanha
contra a obesidade infantil.
Dados da Pesquisa de Orçamentos
Familiares 2008-2009, do IBGE, indicam que, em
20 anos, os casos de obesidade mais do que
quadruplicaram entre crianças de 5 a 9 anos,
chegando a 16,6% (meninos) e 11,8% (meninas).

A nutricionista Inês Rugani, professora da Uerj e sanitarista do Instituto de


Nutrição Annes Dias. Ela diz que, "a obesidade vem aumentando faz tempo entre os
adultos, mas não era observada na infância dessa forma. Tratamos a obesidade
infantil como uma epidemia pelo ritmo vertiginoso de aumento que está tendo no
mundo, e o Brasil está acompanhando esse fenômeno", diz Rugani, apontando que,
em contrapartida, o processo de desnutrição está em processo de superação no
país.
Em uma recente pesquisa a The Obesity Society Task Force aponta que hoje
no mundo, o Brasil ocupa o terceiro lugar no ranking de países com maior número
de crianças com obesidade infantil, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e do
México.
Veja:

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Como falado anteriormente, o índice de crescimento da obesidade infantil no


Brasil é o mais alto do mundo. E se continuar assim, o Brasil em 10 anos liderará o
ranking de países com mais crianças obesas do mundo.
A The Obesity Society Task Force aponta também a existência de um
chamado obesity circle (círculo da obesidade, em português). Este círculo reafirma
que uma criança obesa se tornará um adulto obeso. Veremos o círculo abaixo:

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Este mesmo estudo mostra que no Brasil existe um tipo de fenômeno, pois
enquanto nas regiões sul e sudeste há um grande índice de obesidade infantil, nas
regiões norte e nordeste existem um grande índice de desnutrição infantil.

Desnutrição infantil

“Desnutrição é uma doença carencial


evolutiva, crônica, exclusivamente vinculada à
idade da latência, que sob o denominador comum
da fome, afeta especificamente a nutrição e cujo
substrato metabólico reside na alteração da função
fundamental da célula: o crescimento”.
(MARCONDES, 1976: 12)
É uma doença devastadora e uma das
principais razões para a alta mortalidade infantil em
países mais carentes. Infelizmente, ainda não foi

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possível apurar números conclusivos sobre a incidência e prevalência dessa doença,


no entanto, é fácil concluir que as famílias de baixa renda, principalmente aquelas
situadas na região norte e nordeste do país passam ou já passaram por situações
de desnutrição.
Isso fica nítido ao analisarmos os números do Estudo Nacional de Defesas
Familiares (ENDEF), que aponta que no Brasil, há cerca de 20 anos atrás, quase 8
milhões de crianças, menores de cinco anos, eram portadoras de algum grau de
desnutrição. A The Obesity Society Task nos mostra que o nordeste brasileiro, com
1/3 da população do país reunia a maior parte desses casos:

A desnutrição é o resultado de vários fatores tanto sociais, quanto


econômicos e patológicos. Veremos abaixo, alguns destes fatores:

Dieta – desnutrição causada por uma alimentação inadequada;

Infecção – infecções costumam agir como fatores desencadeantes da


desnutrição;

Fatores psicológicos – menos comum, mas podem contribuir para a


desnutrição, como a anorexia causada por alguma privação;

Situação socioeconômica – talvez seja o motivo principal para a desnutrição

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em muitos países pobres. A situação socioeconômica desencadeia a baixa


educação dos países, habitações precárias, falta de alimentos adequados, entre
outros;

Insuficiente produção de alimentos – a baixa produção de alimentos leva a


um aumento de preços, culminando com a impossibilidade de comprá-los;

Padrões culturais – está intimamente ligada às atitudes, às crenças, aos


tabus e aos preconceitos em relação a alguns alimentos, levando a família e,
principalmente as crianças, a não se alimentarem adequadamente;

Nutrição materna – mães que não se alimentam adequadamente geram


bebês com grandes necessidades nutricionais;

Desmame precoce – como já dissemos, o leite materno é rico em nutrientes


e sozinho pode até necessidades básicas do bebê até os seis meses. Até os dois
anos, ainda deve ser oferecido à criança junto com uma alimentação sólida. Porém,
quando esse desmame ocorre precocemente e a criança passa a ser alimentada
como um adulto, pode não receber os nutrientes necessários para se manter
saudável.

Para classificar a desnutrição é preciso relacioná-la a sinais circunstanciais, e


a uma classificação por peso/idade e peso/altura, uma vez que uma criança
desnutrida tende a ser muito mais magra do que baixa. Assim, segundo a
classificação de Coste, a classificação da desnutrição pode ser apresentada da
seguinte forma:

Desnutrição de 1º grau – déficit de peso superior a 10%;

Desnutrição de 2º grau – déficit de peso superior a 25%;

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Desnutrição de 3º grau – déficit de peso superior a 40%.

Esta classificação pressupõe o conhecimento de padrões normais de


crescimento físico, mas não leva em consideração a altura da criança. Os limites de
10,25 e 40% são empíricos, mas não há outro modo nesse tipo de classificação. Em
biologia, segundo o autor citado logo acima, os critérios usados para a classificação
desse problema, apresentam os pesos limites para o enquadramento dos pacientes
nos três graus de desnutrição.
A sintomatologia clínica da desnutrição é extremamente variada, pois sendo
esta doença sistêmica e inespecífica, afeta em graus variáveis cada uma das células
do organismo. A análise de um grande número de crianças desnutridas possibilitou
a separação dos sinais e sintomas da desnutrição em três categorias, segundo
Coste:

• Sintomas universais;
• Sintomas circunstanciais;
• Sintomas agregados.

Os sintomas universais são aqueles presentes em qualquer situação,


independente do grau ou aspectos clínicos. Costumam ser relacionados às
disfunções e atrofia levando à interrupção do crescimento e desenvolvimento.
Os sintomas circunstanciais são aqueles que, como o próprio nome diz,
aparecem em algumas circunstâncias, tornando-se manifestações dos sintomas
universais. Os sintomas mais comuns podem ser representados por quedas de
cabelos, edemas, baixa temperatura do corpo, insuficiência cardíaca, entre outras.
A presença desses sintomas é de fácil observação, contribuindo muito para um
diagnóstico rápido da doença.
Os sintomas agregados não estão relacionados com a desnutrição em si,
mas com os problemas que ela pode trazer à criança. Em muitos casos, estão tão
intimamente ligados que pode ser tornar difícil separar o que são os sintomas de
desnutrição, dos sintomas de doenças oportunistas.

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Entre as principais consequências da desnutrição infantil, podemos destacar:

• Debilidade física causada por perda muscular;


• Perda acentuada de peso;
• Diminuição ou interrupção do crescimento;
• Problemas psicológicos como tristeza e apatia;
• Mudanças visuais como perda da cor dos cabelos e descamação da
pele;
• Anemia, causada por alterações no sangue;
• Má formação óssea;
• Problemas no sistema nervoso, causado principalmente pela
diminuição no número de neurônios;
• Problemas no sistema respiratório, imunológico, renal, cardíaco,
hepático e demais órgãos do corpo.

A situação se torna mais delicada quando esses problemas se apresentam


em crianças de 0 a 5 anos de idade, uma vez que, em razão de ainda estarem em
pleno desenvolvimento, a desnutrição pode ser ainda mais devastadora.

Quanto ao tratamento, é preciso que se tenha em mente que os objetivos


principais são:
• Recuperar o estado nutricional;
• Normalizar as alterações orgânicas ocasionadas pela desnutrição;
• Promover o crescimento (no caso das crianças) e o ganho de peso.

É importante destacar que não existem tratamentos específicos, pois,


costumam variar de acordo com o grau de desnutrição, porém, há regras gerais que,
em qualquer situação, irão contribuir para a recuperação do indivíduo desnutrido.
Dentre elas, podemos destacar:

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Disponibilizar para o desnutrido uma dieta específica para seu caso,


orientada por especialista e acompanhada por um trabalho de reeducação alimentar;
Transmitir ao desnutrido orientação de cuidados com a higiene alimentar e
pessoal;

Fazer com que a família e sociedade, neste caso, especialmente


representada por professores, participem de forma ativa nesse processo de
recuperação, incentivando e orientando os jovens sobre a importância de uma
alimentação saudável e equilibrada, dando suporte emocional a fim de se evitar a
regressão do problema.
Nesta etapa da recuperação, será importante aproveitar ao máximo cada
alimento oferecido ao paciente. Assim, sugerimos a seguir mais algumas dicas de
como evitar o desperdício de nutrientes, principalmente de frutas e verduras:

• Procure consumir os alimentos ainda frescos, pois o tempo de


armazenamento contribui para a perda de nutrientes;
• Usar mixers ou liquidificadores também facilita a perda de vitaminas,
portanto, evite o uso;
• Procure cozinhar as verduras no vapor. Isso ajuda na retenção de
nutrientes;
• Da mesma forma, não deixe que os alimentos permaneçam em
cozimento por muito tempo;
• Você pode aproveitar a água dos cozimentos, que também está rica
em nutrientes, para preparar outros pratos;
• Evite adicionar substâncias artificiais aos alimentos, como por exemplo,
o bicarbonato que ajuda a ressaltar a cor dos vegetais. Isso contribui
para a dispersão de vitaminas;
• Cozinhe sempre os alimentos em fogo brando;
• Conserve os alimentos na geladeira em temperaturas entre 20 e 27 °C.

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É interessante destacar também o material elaborado pelo Ministério da


Saúde, chamado de “Os dez mandamentos da alimentação saudável”, que devem
ser observados para garantir a manutenção de uma alimentação saudável. Não se
trata de uma dieta restrita para desnutridos, apenas recomendações para o público
em geral. São elas:

1 – Comer frutas e verduras, esses alimentos são ricos em vitaminas,


minerais e fibras;

2 – Para cada duas colheres de arroz, comer uma de feijão. Esses dois
alimentos se complementam principalmente no que diz respeito às proteínas (a
proteína que falta em um, tem no outro e vice-versa). O hábito bem brasileiro de
comer o arroz com feijão tem sido bastante recomendado;

3 – Evitar gorduras e frituras. Comer muitos alimentos ricos em gorduras


pode provocar o aparecimento de doenças como a obesidade, as doenças
cardiovasculares, a hipertensão e o diabetes, entre outras;

4 – Usar uma lata de óleo para cada duas pessoas da casa, por mês.
Essa medida serve para a pessoa ter uma ideia, da quantidade de óleo que deve ser
usada no preparo dos alimentos;

5 – Realizar três refeições principais e um lanche por dia. Isso evita


longos períodos de jejum. O ideal é comer mais vezes por dia, mas em menores
quantidades (aumentar a frequência e diminuir o volume). Quem fica muitas horas
sem se alimentar acaba sentindo muita fome e comendo exageradamente, o mesmo
acontece com quem não tem hora certa para comer ou “pula uma das refeições”;

6 – Comer com calma e não na frente da TV. Quando comemos com


pressa, não saboreamos o alimento e demoramos mais tempo para ficar satisfeitos.
Por isso, comemos mais. É como se o organismo não tivesse tempo suficiente para

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“perceber” a quantidade de alimento ingerida. Comer e assistir à televisão ao mesmo


tempo faz com que a pessoa se distraia e não controle a quantidade de alimentos
que está consumindo. Além disso, as propagandas de produtos alimentícios
despertam ainda mais o apetite e, por consequência, a gula;

7 – Evitar doces e alimentos calóricos. Devemos prestar atenção não só


na quantidade, mas também na qualidade dos alimentos, pois existem aqueles que
são pobres em nutrientes e ricos em calorias. São chamados de “calorias vazias”. O
consumo exagerado desses alimentos, que em geral são os doces e alimentos
gordurosos facilitam o surgimento de doenças como a obesidade, o diabetes e as
doenças do coração, entre outras;

8 – Comer de tudo, mas caprichar nas verduras, nos legumes, nas frutas
e nos cereais. Não é preciso “cortar” nenhum alimento da dieta. Basta estar atento
às quantidades e dar preferência aos alimentos ricos em nutrientes ao invés de
calorias. É importante ainda não esquecer os “sagrados” oito copos de água por dia;

9 – Atividade física com duração e frequência. O ideal é fazer um pouco


de atividade física todos os dias;

10 – Você não precisa ficar várias horas fazendo exercícios e suando sem
parar. “Pegar pesado” é para atletas. A criança, assim como as pessoas em geral,
deve procurar uma atividade que lhe agrade, podendo convidar um amigo para
participar. O professor de educação física é a pessoa certa para dar orientações
sobre o assunto. O que não pode é ficar parado!

Distúrbios alimentares

As crianças, mesmo aquelas recém-nascidas, podem sofrer de distúrbios


alimentares. Vamos apresentar a seguir, alguns distúrbios que achamos
importantes, terem conhecimento:

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Transtorno de alimentação na primeira infância

Trata-se de uma falha no processo de alimentação, para especialistas, de


difícil explicação, que provoca uma dificuldade no ganho de peso ou mesmo em
casos mais graves, uma perda de peso significativa.
Como já dito antes, os especialistas não conseguiram encontrar qualquer
relação com problemas gastrointestinais, simplesmente, caracteriza-se como uma
perturbação alimentar.
Para que esse tipo de transtorno se caracterize na primeira infância, é preciso
que se apresente antes dos seis anos de idade. Quanto aos sintomas, os bebês
geralmente apresentam durante as refeições, grande irritação e os pais relatam
grande dificuldade em acalmá-los. Nos momentos em que não estão sentados à
mesa, costumam aparentar apatia e retração, provavelmente causada por fraqueza
devido à falta de alimentação. E não são raros os casos de atrasos no
desenvolvimento.
É preciso estar atento, pois este tipo de transtorno está presente em
situações onde os pais não conseguem interagir de forma adequada com seus filhos,
ou seja, durante as refeições. Crianças que sofrem coação dos pais para se
alimentarem corretamente estão propensas a adquirirem este tipo de transtorno. Da
mesma forma, tal transtorno pode surgir em situações traumáticas como nas
separações, seja por decisão dos pais ou pela perda repentina de um deles.
Ainda por razões psicológicas, este transtorno pode surgir em virtude da forma
inadequada de desmame realizada pela mãe. O processo de mudança na
alimentação deve ser gradual, chegando num determinado momento que os pais
deverão introduzir uma alimentação mais sólida, mas ainda mantendo a
amamentação. Isso facilita a adaptação e evita que a criança fique extremamente
irritada.

Vômitos
Os vômitos, caracterizados por jatos de alimentos expelidos pela boca, são
causados por contrações ais, podendo ter muitas razões, dentre as quais podemos

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destacar:

▪ Excesso de alimentos, ou seja, as crianças em razão da falta de


controle de sua saciedade podem se alimentar mais do que necessitam. No caso de
bebês em fase de amamentação, podemos atribuir uma parcela da responsabilidade
às mães, uma vez que também sentem insegurança no volume de leite oferecido
aos bebês e acabam por ultrapassar o limite, causando o vômito;

▪ Neste sentido também, os bebês que não conseguem realizar uma


pega adequada da mama, acabam por engolir o ar junto com o leite e isso pode
causar vômitos;

▪ Os vômitos podem ser causados também em crianças maiores por


questões psicológicas. Profissionais da área entendem que as crianças com
dificuldades emocionais, podem usar o vômito como uma ferramenta para chamar a
atenção dos pais.

Ruminação ou regurgitação

Trata-se da devolução da alimentação


ingerida para a boca, provocando a sua
remastigação e nova ingestão. É um problema
que surge principalmente entre os 3 a 6 meses
de vida e pode se tornar sério se não for tratado.
Mas que fique claro, essa devolução à
boca ocorre de forma espasmódica, ou seja, a criança não faz força para que o
alimento seja devolvido, também não costuma causar náuseas e nem repugnância.
Para identificar este tipo de problema, característico dos bebês, é preciso
adotar uma posição na qual tencionam e arqueiam as costas com a cabeça estirada
para trás, projetando a mandíbula para frente com movimentos de sucção da língua.
Ressaltamos que isto poderá ocorrer a qualquer momento do dia, não

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necessariamente após as refeições. O melhor caminho para retomar uma vida


normal, além de oferecer toda a atenção e o máximo de distrações à criança, é
também estabelecer um vínculo mais próximo entre mãe e filho.

Constipação

Trata-se de um problema de retenção fecal, ou seja, a criança para de


evacuar, podendo transformar uma simples causa, em um transtorno crônico e de
difícil reversão.
Como a maioria dos outros problemas, este também pode ter origem
psicológica.

Anorexia infantil e bulimia na infância

A anorexia infantil é um transtorno alimentar causado pela recusa de


alimentos que, geralmente, pode se estender até os 12 anos de idade. Pode ter
origens tanto físicas quanto psicológicas.
Fisicamente pode estar ligada ao crescimento dos dentes, alguma doença e
consequentemente a ingestão de remédios, problemas de má-digestão, entre outros.
Já com relação às causas psicológicas, a anorexia pode surgir quando a criança
passa por uma fase de ansiedade, depressão, irritação, medo de provar alimentos
diferentes ou mesmo por influência da sociedade que exige que a pessoa seja magra
como modelo de sucesso.
Na maioria dos casos, este transtorno é passageiro, bastando que os pais
ofereçam toda atenção e paciência necessária durante as refeições. Porém, se este
quadro permanecer por um longo tempo, os pais devem procurar ajuda de
profissionais como o psicólogo.
A atenção da família é essencial para que este quadro desapareça. Os pais
devem procurar realizar as refeições em família, sempre incentivando a criança a
experimentar novos alimentos e explicando a importância de se alimentar
corretamente. Como já dissemos várias vezes ao longo do curso, os pais não podem

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praticar “terrorismo” durante as refeições. Obrigar a criança a comer, coagindo-a,


ameaçando-a ou simplesmente tentando suborná-la não é o melhor caminho para
acabar com esse quadro.
Durante esta fase da vida, esse transtorno pode ser facilmente solucionado.
Especialistas entendem que, com o devido acompanhamento pediátrico, permitindo
que a criança se alimente sem pressão, da forma como quiser e quando quiser, a
sensação de pressão e tortura exercida pelos pais para uma alimentação saudável
desaparece em até 15 dias, constituindo assim, uma relação mais saudável entre
pais e filhos durante as refeições.
Refeições monótonas e pouco palatáveis, facilmente recusadas por adultos,
serão também rejeitadas pelas crianças sem que isso signifique inapetência delas.
Neste sentido, as papas salgadas e as sopas liquidificadas que não permitem nem
a mastigação e a percepção dos sabores individualizados dos alimentos, contribuem
para a recusa alimentar e reforçam a necessidade da elaboração mais cuidadosa
nas refeições das crianças.
Os pais devem ter em mente que a saúde de seus filhos é mais importante
que qualquer outra atividade, por isso, devem priorizar principalmente o cuidado com
as refeições. Não importa o que aconteça, as crianças não podem se alimentar de
comidas pré-prontas ou enlatadas. Em apenas uma hora é possível preparar uma
refeição saudável, rica em legumes e outros vegetais. Portanto, os pais não podem
usar o argumento de que trabalham e não possuem tempo para preparar as
refeições.

Bulimia infantil

A bulimia também está presente nos transtornos de alimentação durante a


infância, uma vez que está intimamente associada à anorexia. Trata-se de um
processo de alimentação, muitas vezes em excesso, seguida de vômitos forçados.
Na infância, a bulimia é menos intensa e causa menos danos.
Pode causar sérios danos à saúde das crianças, dentre os quais, podemos
destacar:

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▪ Destruição do esmalte dentário;


▪ Lesões no céu da boca e na garganta, marcas dos dentes nas mãos
causadas pelas tentativas de forçar os vômitos;
▪ O excesso de vômitos pode produzir grandes distúrbios metabólicos,
mas o tratamento costuma ter ótimos resultados, principalmente se não houver
alternância com fases de anorexia.

Por ser um transtorno de ordem psicológica, os principais tratamentos


ocorrem por meio de seções de Psicoterapia Cognitivo-Comportamental (TCC) e
medicação. De preferência que esses tratamentos ocorram de maneira conjunta,
oferecendo melhores resultados.

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REFERÊNCIAS

MOTTA, Adilson, Cartilha para Conselheiros do Programa Nacional de Alimentação


Escolar - PNAE. 3ª. Edição. Brasilia: 2005.
Sociedade Brasileira De Pediatria, Manual De Orientação Departamento De
Nutrologia, 1ª. Edição. São Paulo 2006
Portal Saúde Informações, NUTRIÇÃO HUMANA. Disponível em:<
http://www.saudeinformacoes.com.br/materias_ver_materia.asp?id=190 >. Acesso
em 20 de fevereiro de 2012.
Portal Conselho Federal de Nutricionistas, Nutricionistas:. Disponível em:<
http://www.cfn.org.br/novosite/conteudo.aspx?IDMenu=94>. Acesso em 20 de
fevereiro de 2012.
CASTRO, Luiza Carla Vidigal, Como está o mercado de trabalho para o nutricionista?
Disponível em: <http://www.univicosa.com.br/noticia/771/como-esta-o-mercado-
detrabalho-para-o-nutricionista >. Acesso em 20 de fevereiro de 2012.
COUTINHO,Flavia Augusto, Disponível em:< Educação Alimentar para Crianças.
Disponívelem:<http://www.nutricaoemfoco.com.br/ptbr/site.php?secao=corpoement
e& pub=1622>. Acesso em 20 de fevereiro de 2012.
MEDEIROS,Simone,Educação Alimentar em Crianças . Disponível em <
http://www.deliciadereceita.com.br/nutricao/artigo-11.html > Acesso em 20 de
fevereiro de 2012.
Portal Nestlé Baby, Nutrição Para Seu Bebê. Disponível em <
Www.nestlebaby.com/pt/baby_nutrition/nestle_development_nutrition_plan/ndnp_st
age 4.htm > Acesso em 20 de fevereiro de 2012
Portal MedicinaNET, A Importância da Alimentação Saudável na Infância e na
Adolescência Disponível em <
http://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/3149/a_importancia_da_aliment
aca o_saudavel_na_infancia_e_na_adolescencia.htm >Acesso em 20 de fevereiro
de 2012 Portal Da Transparência, Merenda Escolar, Disponível em
http://www.portaltransparencia.gov.br/aprendaMais/documentos/curso_PNAE.pdf
>. Acesso em 20 de fevereiro de 2012

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