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CORREÇÃO DO 2ºTESTE – 11º D – 19 DE dezembro – Professora: Helena Conceição

GRUPO I
1. 20p.

Visão cosmológica ACONTECIMENTOS CIÊNCIA FILOSOFIA

1 Geocentrismo 7 Ch. V. da Gama à 11 M. Experimental 17 Racionalismo


Índia

2 Heliocentrismo 8 D. Da América 12 F. Bacon 18 Empirismo

3 Copérnico 9 Q. de Constantinopla 13 Matemática 19 Ceticismo

4 Kepler 10 I. da Imprensa 14 Newton 20 Idealismo


Guttenberg

5 Galileu 15 Galileu 21 Descartes

6 Terra plana 16 Descartes 22 D. Hume

23 Kant

24 Francis Bacon

2. Os três grandes temas – explicitamente assinalados por Descartes (início da Filosofia Moderna) e por Kant (fim do
período moderno da Filosofia), entre outros – que reúnem o âmbito de interesses do pensamento moderno) e por Kant
(fim do período moderno da Filosofia), entre outros – que reúnem o âmbito de interesses do pensamento moderno e da
tarefa filosófica de todos os tempos são: o «sujeito», o «mundo» e «Deus»; formulando de outra maneira: o «homem»,
a «natureza» e o «Absoluto». São temas que se encontram interligados e é precisamente no estudo dessa ligação que
se descobre aquilo que é específico do modo de pensar moderno em comparação com as linhas fundamentais do
pensamento antigo-medieval.
Chamamos a atenção para o lugar privilegiado dado ao sujeito humano, o qual se constitui como ponto de partida e
fundamento, pois Deus, não esqueçamos, é garantia, mas não fundamento, além de que está condicionado à ideia
de que dele possui o homem. Existe a tendência para a configuração de uma teodiceia, quer dizer, uma justificação
de Deus a partir do homem. A primazia dada ao sujeito apoia-se na confiança otimista na razão que devido à dimensão
predominantemente reflexiva que adota na modernidade termina numa autoafirmação do homem. Deste modo o homem
eleva-se à condição de ser medida de todas as coisas e, em primeiro lugar de si mesmo. O traço distintivo da
subjetividade é a autonomia. Esta reforça a independência do sujeito capacitando-se de que pode submeter a si todas
as coisas.
Os progressos da ciência moderna e os inegáveis êxitos que esta foi conquistando fizeram com que se depositasse
nela uma confiança absoluta que a tornou sagrada, ao ponto de ser considerada a solução para todos os problemas
humanos. O prestígio adquirido pela ciência torna-a modelo de conhecimento rigoroso. Descartes, Bacon esforçam-
se por aproximar o seu método ao método matemático em busca da exactidão e certeza que o mesmo proporciona. A
convicção de Galileu de que a natureza possui uma estrutura inteligível escrita em caracteres matemáticos faz-se sentir
também no racionalismo cartesiano. O impulso que mais tarde Newton dará à Física influenciará sobretudo a Filosofia de
Kant, o qual pensa que só haverá uma metafísica verdadeira quando o seu método coincida com aquele introduzido por
Newton na Física. A preocupação pelo método é outro elemento constitutivo do filosofar moderno
Esta resposta é livre. 20p.

3. 40p.

3.1. D
3.2. D
3.3. A
3.4. D

1
GRUPO II

1.1. No racionalismo cartesiano, bem como em toda a Filosofia da modernidade, o que chama a atenção é o lugar preponderante
dado ao sujeito, destacando-se este como «fundamento” do conhecimento (“Só o eu, o sujeito, pode ser suporte,
fundamento”). Deste modo, existe “um processo de desvalorização de toda a realidade, válida apenas enquanto é termo de
um ato do espírito, enquanto por ele pensada e produzida.” Verifica-se nestes excertos a primazia do sujeito face à realidade.
A consequência traduz-se no facto do pensamento determinar a realidade, isto é, para a consciência pensante o «pensar»
precede o «ser». Diz o texto: “a natureza é alguma coisa enquanto é representada pelo pensamento.” Assim, o ser real ocupa
um lugar secundário face à ideia que o representa. Mais uma confirmação do que acima foi dito – o sujeito, e, não a realidade
é que se transforma em «fundamento». 30p.

DESCRITORES

Sujeito – fundamento do 15 P.
conhecimento e da realidade
Citou corretamente o texto integrando- 10 P.
o oportunamente na estrutura do
texto.
Estruturação do texto: claro e bem 5 P.
organizado

1.2. IMPORTANTE TER EM CONTA O TEXTO - A evidência do cogito foi colhida na evidência da dúvida.
O cogito, primeiro princípio indubitável e fundamento da filosofia é o resultado positivo da dúvida.
O pensamento intui com a máxima evidência a sua própria existência. O cogito não é resultado de um raciocínio, mas uma
intuição intelectual que surge com toda a clareza e evidência.
Na proposição cogito ergo sum o sujeito reconhece a sua existência ao compreender a sua natureza ou essência como res-
cogitans. A afirmação da existência revela-se numa afirmação da essência. Tão importante como saber que sou é saber o que
sou.
O homem é para Descartes um ser que pensa, cujo atributo fundamental, originário e verdadeiramente essencial é o pensar.
Estabelece-se, assim, uma indissolúvel ligação entre pensar e ser, afirmando-se o primado da subjetividade como fundamento de
todo o conhecimento verdadeiro. Denuncia-se na filosofia cartesiana a tendência subjetivista, quer dizer, substitui-se verdade do
ser pela verdade do pensar.
O primeiro princípio não é só a expressão de uma determinada verdade, constitui o critério de verdade em geral, pois nele
se encontra a definição de verdade por meio das características de clareza e distinção.
Só o Eu, pode ser fundamento. 30 p.

DESCRITORES

Cogito – 1º princípio evidente da 6 P.


filosofia cartesiana
Cogito – resultado de uma intuição 6 P.
intelectual clara e evidente
Cogito – fundamento de toda a 6 P.
filosofia e critério de verdade
Cogito – afirmação da existência como 5 P.
res-cogitans
Citou corretamente o texto integrando- 5 P.
o oportunamente na estrutura do
texto.
Estruturação do texto: claro e bem 2 P.
organizado

1.3. Deus, 2ºprincípio evidente da filosofia cartesiana. Descartes considera a existência de Deus condição necessária para
garantir o conhecimento, umas a vez que, o cogito apesar de ser um princípio evidente, não tem autoridade para
garantir toda a verdade. O pensamento é real. Mas as coisas pensadas podem não ser reais, pois a certeza da existência
limita-se ao pensamento. Torna-se necessário garantir a existência do mundo e das coisas materiais (res-extensa). A ideia
clara e distinta da res-extensa não poderia deixar de corresponder a uma existência real. Deste modo, Descartes constata que
ao possuir a ideia de perfeição, um ser imperfeito não poderia ser a causa dessa ideia e, portanto, o ser perfeito terá de existir.

2
Conclui-se que, embora só o cogito possa ser fonte de certeza, pensando ideias com clareza e distinção, só Deus
como ser perfeito dá a garantia de serem verdadeiras. 30p.

DESCRITORES

Deus – 2º princípio evidente da 10 P.


filosofia cartesiana
Deus – garantia de verdade das ideias 6 P.
inatas
Deus – garantia de verdade da 6 P.
existência
Deus – garantia de verdade da res- 6 P.
extensa
Estruturação do texto: claro e bem 2 P.
organizado

1.4. O Argumento ontológico

Esta Prova tem este nome porque considera a Ideia de Deus, não em relação ao homem e à sua imperfeição e finitude, mas em
relação à sua própria natureza ou essência de Deus. Deste modo, na Ideia de Deus está contida a sua existência, pois não se
pode retirar a um ser perfeito uma das suas perfeições que é a existência. A existência pertence-lhe com a mesma necessidade
com que uma propriedade do triângulo pertence ao triângulo.

Tendo em conta o pensamento de São Tomás de Aquino a existência pensada de Deus não nos diz nada sobre a sua existência
real, ou seja, que Deus exista fora do pensamento.

Kant critica este argumento referindo que o conceito de «existência» não é uma «propriedade» de algo. Logo, a existência não
pode acrescentar perfeição a coisa nenhuma. 30 P.

DESCRITORES

Deus – prova referente à própria 2 P.


natureza de Deus e, não, referente ao
homem enquanto ser imperfeito e
finito.
Deus – Na Ideia de Deus está contida 10 P.
a sua existência.
Justificação - A existência é uma 10 P.
perfeição que não pode ser retirada a
Deus.
Crítica fundamentada no pensamento 3 P.
de São Tomás
Crítica fundamentada no pensamento 3 P.
de Kant
Estruturação do texto: claro e bem 2 P.
organizado

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