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CPTL - CÂMPUS DE TRÊS LAGOAS

[0783] HISTÓRIA – LICENCIATURA

Professor: Leandro
Email: almeida_mariana@ufms.br
Universitário: Mariana de Almeida

Livro: Liverani, Mario “O antigo Oriente como problema histórico”

IN: Liverani, Mario. Antigo Oriente: História, Sociedade e Economia.

Os 1. A imagem mítica
recortes
2. As tendências historiográficas
3. Unidade e variedade, núcleo e periferia
4. O problema cronológico
1.A As culturas pré-clássicas: Antigo Oriente, reconstruídas por base em
imagem documentação arqueológica e textual, provenientes de pouco mais de um
mítica: século de escavações p.27

A visão que precede à ciência mítica, oriunda de uma certa "memória"


europeia do quadro histórico do Antigo Oriente, permeada de preconceitos
e ideologias pouco históricas e documentadas p.27

Basicamente: uma tradição judaico-cristã, uma tradição clássica e um


mito de origens pp.27-29

Tradição Tradição judaico-cristã: pelo canal do Antigo Testamento como uma


memória do Oriente Antigo, permeado de intenções ideológicas de seus
compiladores/redatores p.27

Diferentes tradições e datações presentes no AT, ignorância em relação a


outras literaturas a se descobrir p.27

Uma Arqueologia inicial que buscava comprovar "verdades" do AT,


inclusive alguns dos primeiros arqueólogos tinham origem judaica ou eram
pastores protestantes e em menor número católicos p.28

Tradição Clássica: autores clássicos, em especial Heródoto (séc. V a.C.);


uma polaridade entre os gregos e outros povos não-gregos; mito do
despotismo oriental, imobilismo tecnológico e cultural, sabedoria oculta e
mágica p.28

Antropologia da contraposição x Antropologia da diversidade e da


historicidade p.28

Mitos Mito das origens: o Antigo Oriente como o "berço" da civilização, um eixo
basilar da História Europeia que sai do Oriente ao Ocidente p.29

Este eixo elimina muitas possibilidades p.29

Desconsidera um Oriente Antigo com origens plurais que seguiram


historicamente caminhos diferentes, coexistiram ou não e muito mais que
levar à Europa, foram importantes para além disso p.30

2.As A historiografia moderna já abandonou as motivações míticas p.30


tendencia
s O caminho é o de uma história Global do Oriente Antigo que considere as
historiogr inter-relações, as conexões e os diferentes segmentos de conhecimento
áficas histórico (social, econômico, cultural) p.30

Há um paradoxo entre ausência e presença no âmbito da documentação:


se por um lado há ausência de uma historiografia, nos moldes greco-
romanos, por outro o material arqueológico e outros tipos de escrita
fornecem informações importantes pp.30-31

Documentação de caráter administrativo, literário, por exemplo;

A ausência, portanto, de um traço historiográfico antigo, o estado


ainda fluido da edição documental, o progresso dos conhecimentos
filológicos e dos métodos de escavação delineiam a história do
Antigo Oriente Próximo como uma matéria recente, livre de
condicionamentos tradicionais e aberta a novos campos de
conhecimento" p.31

Obsolescência de conhecimento, competências na formação.


arqueólogos e filólogos (ao historiador, o que lhe cabe?) p.31

Um campo de conhecimento em constante construção...

3.Unidad Delimitação no tempo e espaço do Antigo Oriente Próximo: problema


e e prático e histórico p.33
variedad
e, núcleo Limite inicial: vinculado a fontes escritas e arqueológicas p.33
e Outro limite: a história pré-clássica em relação ao surgimento das fontes
periferia greco-romanas p.33

O início da escrita não é um fato isolado p.33

Porém, surge juntamente com a formação da cidade, do Estado, de uma


estratificação socioeconômica (revolução urbana, conforme Gordon
Childe) p.33
O porém: há pluralidade e interconexão entre as culturas ali postas p.34

Da mesma forma, em outros contextos, muita coisa acontece: China,


México, Peru, por exemplo p.34

A área do Oriente Próximo pré-clássico: não possui um interior compacto e


claramente delimitado p.34

A oeste (Mediterrâneo), a nordeste (Mar Negro), ao norte (Cáucaso,


estepes centro-asiáticas), ao sul (deserto arábico) p.34

No tempo, é uma área marcada por interações culturais, políticas e


comercias bastante grande p.34

Há, portanto, variantes internas e externas;

Nas internas: cidade e campo, nômades e sedentários em pouco espaço,


a coexistência de modos de vida, ideologias e instrumentos materiais
distintos p.35

No plano prático, "fronteiras documentárias": se fala de cidades, aldeias,


atividades agrícolas, palácios e arte; mas há que considerar que mais de
90% da população não dominava a escrita, logo a documentação escrita
coloca um limite ou imposição de ideias p.35

Uma das tarefas da historiografia moderna: reequilibrar as imagens que


temos do Oriente Antigo (entender, relativizar) p.35

4.O Basicamente: dos tipos de datação p.36


problema
cronológi Arqueológica, caracterizada por números redondos certamente
co aproximativos (Bronze Tardio III A, de 1365 a 1300)

Histórica: com cifras definidas, mas que mudam em cada livro (Hamurabi:
1792-1750, 1848-1806, 1728-1696)

Trata-se de dois procedimentos de datação, em princípios


complementares entre si, mas, mas realidade, um prevalece para os
períodos pré e proto-históricos e o outro para as fases históricas p.36

Em ambos os casos anterioridade ou posterioridade contemporaneidade,


p.36

Cronologia Arqueológica: estratigrafia e a "matriz de Harris - as camadas


no sítio, suas autenticidades ou relações e escalonamento cronológico
p.36

Veja-se exemplo da página 37, mas vou simplificar.


Cronologia Relativa e Absoluta em Arqueologia da primeira, que pode
partir de uma estratigrafia, com o confronto com outras documentações
(textuais) ou métodos de análise físico-química (termoluminescência, C14,
dendrocronologia) pode surgir a datação absoluta p.38
* C14: com base no isótopo de carbono, sua vida útil e presença no
material orgânico p.38

Dendrocronologia: espessura e quantidade dos anéis no crescimento


anual de árvores p.38

Podem ser utilizadas complementarmente p.39

Cronologia Cultural: derivada de informações textuais que se


complementam - prosopografia, personagens individuaisp.41
Em Compreender estes diversos problemas;
síntese
Ampliar o olhar sobre o Oriente Próximo antigo;

Observar que olhares imprimem tendências sobre uma dada historiografia;

Atentar aos 4 recortes que o autor propões;

O Oriente Próximo antigo como um ponto de confluências de um mundo


antigo "globalizado";

* Atenção especial: cronologias, fontes, métodos, historiografia - PARA


UMA VISÃO CRÍTICA SOBRE O QUE ENSINAR!

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