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CENTRO UNIVERSITÁRIO BRAZ CUBAS

Anita
Carla Rocha
Graicy Kelly Cardoso
Samantha
Thais

Taquifemia

MOGI DAS CRUZES – SP


2023

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SUMÁRIO

Taquifemia...................................................................................................... 3

Etiologia...........................................................................................................5

Manifestações Clínicas................................................................................... 6

Terapia........................................................................................................... 7

Diagnóstico.................................................................................................... 8

Referências................................................................................................... 9

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TAQUIFEMIA
Podemos entender a taquifemia como um distúrbio da comunicação,
que está articulada com a fluência e a linguagem. Esses distúrbios podem se
confundir com a gagueira na medida em que a velocidade de fala aumenta o
número de hesitações/disfluências na fala, ocasionando a falsa impressão
de gagueira. (MERLO, 2020)
Quando falamos em taquifemia, percebemos muitas disfluencias
comuns na fala, e na gagueira excesso de disfluências gagas ambas tem
tratamento e o profissional responsável, o fonoaudiólogo.
A Definição da Taquifemia consiste no distúrbio da fluência manifestada
pela fala acelerada, a velocidade da fala pode estar acompanhada de um ou
mais sintomas como excesso de disfluência comum, sendo que grande parte
não é típica da gagueira, apresenta muitas hesitações disfluência comum na
fala, dificuldade na sintática e semântica. Normalmente o indivíduo não tem
consciência de suas disfluências.
“Apesar de não serem sintomas obrigatórios, costumam estar
presentes na taquifemia:
- História familial para distúrbio de fluência ou de linguagem
- Distúrbio fonológico (troca de letras na fala e/ou na escrita)
- Dificuldades de acesso lexical (dificuldade para encontrar as
palavras)
- Dificuldades sintáticas
- Dificuldades com macroestruturas textuais (discurso confuso)
- Dificuldades de leitura e escrita
- Retardo no desenvolvimento de linguagem
- Retardo no desenvolvimento motor
- Desatenção, hiperatividade e/ou impulsividade.”
(MERLO, 2020).

Quando entendemos esse distúrbio da fluência, a taquifemia, podemos


perceber que nem sempre o paciente chega para terapia somente com essa
queixa, para tal, o fonoaudiólogo tem que ter um olhar amplo, em analisar,
queixas, história pregressa, relações familiares, entre outros fatores
importantes, para entender a etiologia dessa disfluência, que muitas vezes
pode estar associada a outros fatores.
“O quadro clínico da taquifemia pode ocorrer isoladamente ou
também associado a outros distúrbios como: gagueira, distúrbio de
linguagem, transtorno de déficit de atenção com hiperatividade
(TDAH), distúrbio de aprendizagem, síndrome de Asperger,
síndrome de Down, síndrome de Tourette, alteração do
processamento auditivo (central) e apraxia” (Oliveira, 2014. P.1110).

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Para uma avaliação e intervenção efetiva é preciso entender as relações
em que o indivíduo está inserido, e principalmente como o paciente se vê
nessas relações, se ele percebe a sua disfluência e até que ponto isso pode o
incomodar, para a partir disso haver efetividade nos tratamentos, pois em
alguns casos pode afetar a autoestima do paciente em suas relações. Grande
parte dos adultos relatou prejuízos na sua vida pessoal em decorrência da
dificuldade de comunicação apresentada, na qual a maioria afirmou ter
sofrido bullying, preocupação em relação à reação dos ouvintes e prejuízos na
qualidade de vida. (SANTANA, B. A.; 2014)
Quando o paciente não se vê com essa disfluência, é preciso, que o
fonoaudiólogo apresente vídeos, áudios do seu paciente, para que ele veja a
sua fala. É preciso que o profissional pontue em todos os momentos as
características de sua fala e pontos a melhorarem, para que assim haja
melhora do quadro clínico no decorrer dos anos, e que o paciente tenha
consciência da dificuldade e crie habilidade de automonitoramento. (SANTANA,
B. A.; 2014)

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Etiologia

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Manifestações Clínicas

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Terapia
O tratamento fonoaudiológico para a taquifemia tem como objetivo
principal desacelerar a fala desses indivíduos, fazendo com que eles tenham
uma melhora em sua fluência e consequentemente consigam transmitir
mensagens que serão compreendidas por todos. Além disso, a qualidade de
vida e autoestima desses pacientes também serão recuperados.
Para uma terapia efetiva é necessário ser observado as
particularidades de cada paciente, onde os métodos aplicados dependerão
do grau da disfluência que o taquifêmico possui e alguns objetivos são
esperados após os tratamentos e para Sandra Merlo () eles são a percepção
da própria fala, aperfeiçoamento da articulação dos sons e vocabulário,
acesso lexical, melhora das habilidades textual-discursivas.
Entre os tratamentos possíveis para essa condição podemos citar

Diagnóstico
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A Taquifemia pode ser confundida com outros distúrbios, por exemplo a
Taquilalia, por este motivo o diagnóstico de Taquifemia é complexo e envolve
várias etapas e possui dois sintomas diferenciais para essa diferenciação, que
seria a pouca consciência do distúrbio e o aumento de hesitações e
disfluências.
O processo de diagnostico desse distúrbio deve seguir suas etapas
corretamente pelo profissional que está realizando, seguindo a ordem indicada:
Realização da História Clínica, que deve constar os principais tópicos, entre
eles a queixa principal do paciente, história medica, história família de
distúrbios de fala, tratamentos prévios, entre outros tópicos essenciais, após a
história clínica o profissional deve realizar a avaliação Fonoaudiológica, que
deve englobar a linguagem oral e escrita, tarefas de fala espontânea e a leitura.
A aplicação do Inventário Preditivo de Taquifemia é indicado utilizar para a
facilitar a análise de dados, auxiliando na confirmação de diagnostico, sendo o
escore total entre 80 e 120 uma possível taquifemia associada a gagueira e
escore acima de 120 uma possível taquifemia pura. Outros instrumentos
podem ser utilizados durante esse processo de análise do diagnostico, por
exemplo o de severidade da taquifemia e o protocolo de avaliação da fluência.
Após os processos deve ser realizado pelo profissional responsável a análise
de todos os dados e a elaboração do relatório completo do paciente constando
os procedimentos realizados durante o processo diagnostico, as medidas
quantitativas, entre outros dados coletados durante as etapas. É de extrema
importância que o profissional Fonoaudiólogo que esteja realizando este tipo de
diagnostico possua o máximo conhecimento do distúrbio possível, sabendo
realizando os processos e a analise correta do caso do paciente, sabendo
diferenciar dos demais distúrbios, assim, fechando um diagnóstico correto e
facilitando as intervenções e a elaboração de um planejamento terapêutico
adequado.

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REFERÊNCIAS

MARCHESAN.I. Q: DA SILVA, H.J; TOMÉ, M.C. Tratado das Especialidades


em Fonoaudiologia. Capítulo 81, p.1110, Rio de Janeiro, 2014.

MERLO, Sandra. Instituto Brasileiro de Fluência (IBF). Taquifemia – Fala


Rápida. 23/03/2020 <https://gagueira.org.br/taquifemia/taquifemia-fala-
rapida> Acessado em 27 de setembro 2023.

SANTANA, B. A.; OLIVEIRA, C. M. C. DE . Achados relevantes da história


clínica de taquifêmicos. Revista CEFAC, v. 16, n. 6, p. 1860–1870, nov. 2014.

MARCHESAN.I. Q: DA SILVA, H.J; TOMÉ, M.C. Tratado das Especialidades


em Fonoaudiologia. Capítulo 81, p.660, Rio de Janeiro, 2014.

OLIVEIRA, Cristiane Moço et al. Perfil da fluência de indivíduos com


taquifemia. SCIELO, 2010. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/pfono/a/4kffbDk7Dd6jQQYMFHrdvpp/#. Acesso em: 19
out. 2023.

TAQUIFEMIA «Sandra Merlo – Fonoaudiologia da Fluência. Disponível em:


<https://sandramerlo.com.br/fluencia/taquifemia/>. Acesso em: 11 nov. 2023.

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