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Sumário
Introdução .................................................................................................................................. 4
1. O que é Direito Processual Penal? ...................................................................................... 5
2. Qual é a relação existente entre o Direito Penal Substantivo e Direito Penal Adjectivo? . 5
3. Qual é a função do direito penal? ....................................................................................... 5
4. Quais sãos os três sectores ou disciplinas distintas que compõem o Direito Penal? .......... 5
5. Qual é a relação existente entre Direito Penal Substantivo e o Direito Processual Penal ou
Adjectivo? .................................................................................................................................. 6
6. O que distingue o Direito Processual Penal de outras disciplinas jurídicas? ..................... 6
7. Qual é o âmbito do Direito Processual Penal? ................................................................... 7
8. Qual é o fim do Processo Penal? ........................................................................................ 7
9. Qual é a natureza jurídica do Direito Processual Penal? .................................................... 7
10. Quais são os princípios que enformam o Direito Processual Penal? .............................. 8
11. Em que consiste o principio da oficialidade? ................................................................. 8
12. Em que consiste o princípio da acusação? ...................................................................... 8
13. Em que consiste o principio da oficialidade? ................................................................. 9
14. Em que consiste o princípio de acusação? .................................................................... 10
15. Em que consiste o princípio da investigação? .............................................................. 10
16. Em que consiste o princípio da contraditoriedade e audiência? ................................... 10
17. Em que consiste o princípio da suficiência e das questões prejudiciais? ..................... 10
18. Em que consiste o princípio da concentração? ............................................................. 11
19. Em que consiste o principio da livre apreciação das provas? ....................................... 11
20. Em que consiste o principio da publicidade? ................................................................ 11
21. Quais são os principais sujeitos do processo penal? ..................................................... 11
22. Quais são os modelos ou sistemas vigentes do processo penal? .................................. 12
23. Em que consiste o Processo inquisitório? ..................................................................... 12
24. Em que consiste o processo acusatório? ....................................................................... 12
25. Qual é o modelo que o processo penal moçambicano melhor se identifica? ................ 12
26. Apresente as formas do processo penal moçambicano e os critérios para a sua a
determinação. ........................................................................................................................... 13
27. Debruce sobre o processo especial. .............................................................................. 13
28. Fale do processo comum. .............................................................................................. 13
29. Quais são os elementos que devem constar do auto? ................................................... 14
30. Qual é o destino dos autos? ........................................................................................... 14
Boa leitura,
Amílcar Magenge, estudante de 4º Ano.
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1. O que é Direito Processual Penal?
Formalmente, o direito de processo penal é o conjunto das normas jurídicas que orientam e
disciplinam o processo penal.
4. Quais sãos os três sectores ou disciplinas distintas que compõem o Direito Penal?
O Direito Penal, que também pode ser chamado de direito criminal, que considerado no seu
sentido mais amplo (total), constitui um ordenamento jurídico complexo, que se reparte por
três sectores ou disciplinas distintas mas mutuamente complementares a saber: o direito penal
substantivo ou material (esse direito material, diz respeito ao conjunto de regras gerais
abstractas, hipotéticas e dotadas de coercibilidade, que regem as relações numa dada
comunidade); a segunda disciplina é o direito processual penal ou formal ou adjectivo
(lembrando, que se fala em direito adjectivo para significar o direito processual, isto é, o ramo
do direito que disciplina a forma de resolução de litígios surgidos em consequência do não
acatamento às regras que regulam as relações entre os sujeitos de direito, dito de outro modo,
o direito processual penal fixa as condições e os termos do movimento processual destinados
a averiguar se um certo agente praticou um certo facto e qual é a reacção que lhe deve
corresponder; e a terceira disciplina é o direito de execução das penas ou direito
penitenciário.
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5. Qual é a relação existente entre Direito Penal Substantivo e o Direito Processual
Penal ou Adjectivo?
Mais do que qualquer outro ramo da ciência jurídica, as relações entre o direito substantivo e
o direito adjectivo formam uma unidade tal que, em regra, o direito substantivo não se pode
realizar plenamente sem o concurso do direito adjectivo. Na verdade, e de modo diverso do
que sucede, por exemplo, com o direito civil, que na maioria dos casos se realiza e aplica
espontaneamente, por livre vontade dos interessados, o direito penal não é de aplicação
voluntária, só se efectiva por via de uma actividade processual. Por isso, o corpo do art. 1 do
CPP dispõe que “Nenhuma pena ou medida de segurança pode ser aplicada sem haver um
processo em que se prove a existência da infracção e a responsabilidade criminal do acusado,
em conformidade com as regras definidas no presente Código”.
Há assim, uma relação de instrumentalidade necessária entre o direito processual penal e o
direito penal que os distingue da conexão também existente entre os demais ramos de direito e
os respectivos processos.
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7. Qual é o âmbito do Direito Processual Penal?
Sendo que o âmbito também significa o objecto da disciplina jurídica, isto é, aquilo a que ela
se propõe regular, as suas finalidades, podemos dizer que, a função essencial do Direito
Processual Penal cumpre-se como vimos, na decisão jurisdicional de saber se foi praticado um
crime e, em caso afirmativo, quais as consequências jurídicas que daí derivam.
Por isso, certos autores entendem que o seu âmbito de aplicação se esgota com o trânsito em
julgado da sentença, já não abrangendo a fase de execução da pena, que terá índole puramente
administrativa. Outros, pelo contrário, sustentam que o direito de execução das penas se
integra, no direito processual penal, pese embora a circunstância de a administração
penitenciária estar reservada a uma esfera de actuação própria, que pode dizer-se livre da
jurisdição.
Também não se esquecer do âmbito de aplicação espacial (princípio da territorialidade), que
comporta certas excepções, conforme 23.º e seguintes do C.P.P. Quer dizer actos processuais
de um estado terceiro não são obrigatórios na ordem interna moçambicana, ressalvando o
auxílio jurídico interestadual em matéria penal (artigo 271.º do C.P.P). Portanto, o direito
processual penal moçambicano aplica-se a todos indivíduos que tenham praticado infracção
criminal dentro do território nacional, independentemente de ser estrangeiro.
Âmbito de aplicação temporal (ver artigo 12.º do CC e 9º do CPP)
Ter em atenção ao direito transitório (artigos 3.º, 4.º, 5.º e 6.º da Lei que aprova o C.P.P). E
recorrer a lei que não limite ou agrave o direito de defesa.
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10. Quais são os princípios que enformam o Direito Processual Penal?
Em termos de sistematização vamos agrupar os princípios em categorias para fácil
compreensão:
Princípios relativos a promoção ou iniciativa processual (incluímos neles os que nos
dizem algo em relação ao que se deve fazer quando se quiser iniciar uma acção penal –
princípios da oficialidade, legalidade e de acusação);
Princípios relativos a prossecução ou decurso processual (principio da investigação, da
contrariedade e audiência, da suficiência e da concentração);
Princípios relativos Prova: princípios da investigação, da livre apreciação da prova e “in
dúbio pró reo”;
Princípios relativos Forma: princípios da publicidade, da oralidade e da imediação.
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- O Juiz de instrução aceita a acusação ou não ou ainda abre audiência preliminar ou debate
preliminar. Por fim, pronuncia ou não pronuncia (19.º; 332.º a 356.º do novo C.P.P).
- O juiz de julgamento julga, aprecia a conduta do arguido (artigos 357.º a 450.º do novo
C.P.P).
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A lei deixa nestes casos o direito de denúncia ao particular (artigo 287.º do C.P.P). Se ele quiser
queixar-se, então prossegue tudo como se fosse um crime público, como se a comunidade se
sentisse violada. O Estado assume todo o processo, desde a instrução até ao julgamento.
A queixa, a constituição de assistente, e a dedução de acusação por particular, são momentos
distintos.
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18. Em que consiste o princípio da concentração?
O princípio da concentração significa que os actos processuais devem ser praticados numa só
audiência se possível, ou em audiências próximas no tempo, para que as impressões colhidas
pelo juiz não desapareçam da sua memória.
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● O arguido e seu defensor;
● O ofendido e os assistentes;
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26. Apresente as formas do processo penal moçambicano e os critérios para a sua a
determinação.
No ordenamento jurídico moçambicano temos o processo comum e o processo especial. Temos
dois critérios para a fixação das formas de processo penal: quantitativo (tem que ver com a
moldura penal abstracta aplicável ao crime) e qualitativo (a qualidade do ilícito e não a pena
aplicável: contravenções ou transgressões).
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a descoberta da verdade material) nos crimes puníveis de 3 dias a 5 anos, com decisão
fundamentada do M.oP.o.
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facilitar a administração da justiça e passa a beneficiar de um conjunto de direitos específicos
que limitam os poderes das autoridades. Ou seja, um suspeito é constituído arguido para ser
parte no processo e para que, por via dessa posição processual, lhe sejam aplicáveis direitos e
deveres específicos.
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37. Em que consiste o objecto da prova?
Objecto da prova (artigo 155.º do C.P.P) são "os factos que devem ser provados; em
princípio são todos os factos juridicamente relevantes no processo".
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tomando posição sobre a situação do arguido (liberdade provisória ou
não), artigos 330.º e 331.º, ambos do C.P.P.
ii. Se entende que, o tipo legal de crime dispensa da pena, com anuência
do assistente se existir, decide pelo arquivamento. Ver também o artigo
327.º do CPP.
iii. Se entende não haver prova bastante do crime e seus agentes ou se
conclui pela inexistência de crime, abstém-se de acusar e ordena que os
autos fiquem a aguardar a melhor prova ou se arquivem, ordenando a
notificação do denunciante. Artigo 324.º do C.P.P.
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de facto e elementos de direito suficientes para justificar a submissão do arguido ao julgamento,
artigo 344.º do C.P.P.
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Princípio da oralidade
Associada a imediação temos a oralidade. Maior contacto entre o julgador e as provas. Avaliar
a credibilidade visual. Um contacto com a pessoa é diferente de relato escrito. Artigos 106.º;
386.º; 390.º a 399.º; 400.º; 401.º; 408.º do C.P.P.
Princípio da identidade do juiz
Deste princípio resulta a necessidade de os juízes que participam na audiência serem os mesmos
do princípio ao fim e também serem eles que decidem dos factos considerados e não provados.
Artigos 16.º; 407.º, n.º 1 al b); 409.º, n.º 2 do C.P.P.
Princípio da publicidade.
Implica que à audiência possa assistir qualquer cidadão e que sejam admissíveis relatos
públicos da mesma. É meio de eliminar quaisquer desconfianças sobre a independência e
imparcialidade com que é administrada a justiça penal. Artigos 65, n.º 2 da CRM; 96.º; 97.º;
98.º; 365.º e 407.º do CPP.
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