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e
Transtorno de Personalidade
Evitativa
habilidades sociais pobres x desempenho social prejudicado por fatores cognitivos
sentimentos de constrangimento e vergonha como emoções dominantes (p/ além da ansiedade)
representação mental de como os outros o estariam percebendo no momento (eventos passados+pistas)
foco externo da atenção: rostos, palavras e gestos ameaçadores/negativos
foco interno da atenção: sintomas físicos da ansiedade; distorções cognitivas; comportamentos de
segurança
ansiedade torna-se ameaça secundária
modelo cognitivo: interpretação negativa e
enviesada está na etiologia do TAS
3 fases da ansiedade social: ANSIEDADE
ANTECIPATÓRIA; EXPOSIÇÃO
SITUACIONAL; PROCESSAMENTO PÓS-
EVENTO.
Diagnóstico diferencial
Técnicas Cognitivo-Comportamentais para o
tratamento da Ansiedade Social
Técnicas Cognitivo-Comportamentais para
o tratamento da Ansiedade Social
Reestruturação cognitiva: observação e controle dos pensamentos irracionais e negativos; exame das evidências
favoráveis e contrárias aos pensamentos distorcidos; e correção das interpretações tendenciosas por interpretações
calcadas na realidade. O paciente passa a valorizar mais sua capacidade de enfrentamento das situações e percebe sua
hipervalorização de pontos negativos.
Exposição: contrariar o padrão de evitação; incorporação de informação nova que contrarie as distorções cognitivas; auxilia
o paciente a se sentir seguro na relações novamente. Deve-se considerar o tempo de exposição, a semelhança entre a
situação de exposição e o cenário temido, os contornos da situação (por exemplo um cenário imaginado versus in vivo) e o
direcionamento adequado da atenção para o estímulo temido. Atentar-se em selecionar situações que tem maior
probabilidade de resultarem em desfechos neutros ou positivos, a fim de manter a motivação do paciente.
Relaxamento aplicado: relaxamento muscular progressivo de Jacobson; respiração diafragmática; escaneamento corporal.
Treino em habilidades sociais: psicoeducação sobre interações sociais positivas, modelação de comportamentos alvo,
treino de role-play/ensaio comportamental, feedback do terapeuta sobre o desempenho e aplicação dos ensinamentos em
situações reais. Recurso eficaz em reduzir a ansiedade no confronto interpessoal, independente do paciente apresentar
déficit em HS ou não.
Terapia Cognitiva para Fobia Social:
6 elementos
1.EDUCAÇÃO, ESTABELECIMENTO DE METAS E CONSTRUÇÃO DE HIERARQUIA: educar o paciente no modelo cognitivo
da fobia social; desenvolver a versão pessoal do paciente no modelo cognitivo (utilizando da descoberta guiada para identificar
processos cognitivos tendenciosos); apresentar justificativa lógica do tratamento escolhido (exposição, identificação e correção
dos erros de pensamento); pedir que o indivíduo evoque suas metas específicas e os custos do TAS (motivação para a mudança);
construir Hierarquia de Exposição (15 a 20 situações).
2.REESTRUTURAÇÃO COGNITIVA DA ANSIEDADE ANTECIPATÓRIA: usar da descoberta guiada para identificar
interpretações enviesadas características do TAS; buscar com o paciente por evidências a favor e contrárias ao cenário previsto;
análise de custo-benefício; descatastrofização e reavaliação da probabilidade de gravidade; identificação de erros cognitivos;
geração de interpretação alternativa; prescrição de um exercício comportamental.
3.ATENÇÃO AUTOCENTRADA AUMENTADA - USO DE FEEDBACK ATRAVÉS DE DRAMATIZAÇÃO: usado para esclarecer
os efeitos negativos da atenção autocentrada excessiva, dos comportamentos inibitórios e das respostas de segurança. Auxilia
no aprendizado de um foco de atenção externo mais adaptativo. Eliminação das respostas de segurança.
Terapia Cognitiva para Fobia Social:
6 elementos
4. REESTRUTURAÇÃO COGNITIVA DE AVALIAÇÕES DE AMEAÇA ERRÔNEAS DURANTE A EXPOSIÇÃO: antes da exposição,
aborda as crenças centrais de ameaça social, inadequação e vulnerabilidade, corrigindo vieses de interpretação de ameaça,
redirecionando a atenção a estímulos externos e a capacidade de focar em sinais positivos. Mesmo protocolo usado para a
reestruturação da ansiedade antecipatória, utilizando da dramatização seguida de feedback.
5.EXPOSIÇÃO À AMEAÇA SOCIAL: os exercícios anteriores são uma preparação para o momento de exposição. Aprender a
tolerar melhor níveis moderados de ansiedade (por isso é importante ser realista e manejar expectativas), interpretar seu
desempenho social mais positivamente, obter evidência desconfirmatória crítica das interpretações de ameaça social exageradas e
tendenciosas. A dramatização na sessão anterior à exposição pode ajudar a identificar pensamentos que poderiam prejudicar essa
etapa e a praticar respostas mais adaptativas.
6.INTERVENÇÕES COGNITIVAS PARA O PROCESSAMENTO PÓS-EVENTO: certos indivíduos podem entender essa ruminação
como necessária e benéfica, pois ela possibilitaria o preparo para que as próximas situações não tenham um desfecho indesejado.
No entanto, ela consiste numa estratégia que apenas reforça que as situações sociais são ameaçadoras. Mantém-se a
reestruturação cognitiva e indaga-se ao paciente sobre os custos e benefícios percebidos de empregar essa reavaliação repetida
de desempenhos passados e seu desfecho.
Tratamento do Transtorno de
Personalidade Evitativa
Crenças que interferem na terapia: sobre julgamento, enfrentamento, sobre emoções
desconfortáveis e confiança nos relacionamentos.
Obstáculos: medo de rejeição, desconfiança das expressões de carinho dos outros, espera
por desaprovação, receio em desagradar e afirmar desejos (concordância superficial com
falas do terapeuta e relutância em dar feedback negativo); dificuldade em identificar PAs.
Perguntar, diretamente, se o paciente teve receio de comunicar alguma coisa.
METAS DO TRATAMENTO: 1. ter como alvo a evitação cognitiva e emocional; 2. trabalhar
no desenvolvimento de habilidades; 3. avaliar os PAs, pressupostos subjacentes e crenças
centrais que mantém os padrões evitativos.
Tratamento do Transtorno de
Personalidade Evitativa
1. Superação da evitação cognitiva e emocional
diagrama do processo de evitação -> medo da emoção negativa -> falta de acesso às cognições-
chave
aumento da tolerância emocional ao discutir situações
desconfortáveis com o paciente (Como seria se você tivesse
enfrentado a situação desagradável? Isso já ocorreu?)
roleplay (aumentos graduais na duração e intensidade de
sofrimento que o tema provoca) e discussões em sessão
hierarquia que lista temas cada vez mais dolorosos para
discutir na terapia
testar as previsões do que o paciente pensa que vai
acontecer caso fale sobre o assunto temido/caso enfrente
situações temidas
Tratamento do Transtorno de
Personalidade Evitativa
2. Construção de habilidades
Contato visual, postura, sorriso, instrução sobre métodos conversacionais, assertividade e
manejo de conflitos.
Crenças negativas sobre si mesmo podem emergir como obstáculos à experimentação de
habilidades desenvolvidas.
Evocar pensamentos automáticos nos quais o paciente desqualifica seu progresso no
treinamento e utilizar do roleplay para provar sua capacidade.
Tratamento do Transtorno de
Personalidade Evitativa
2. Construção de habilidades
Contato visual, postura, sorriso, instrução sobre métodos conversacionais, assertividade e
manejo de conflitos.
Crenças negativas sobre si mesmo podem emergir como obstáculos à experimentação de
habilidades desenvolvidas.
Evocar pensamentos automáticos nos quais o paciente desqualifica seu progresso no
treinamento e utilizar do roleplay para provar
Tratamento do Transtorno de
Personalidade Evitativa
3. Identificação e testagem de crenças desadaptativas
As crenças desadaptativas são a base cognitiva dos padrões evitativos
Prover experiências e reflexões nas quais o indivíduo desenvolva novas perspectivas sobre si
mesmo e os outros
Discussão de experiências-chave do passado para a compreensão do desenvolvimento de
crenças negativas --> rever críticas e rejeição de pessoas significativas do passado
Introduzir registros de previsão (previsão X desfecho da situação), diários de experiências
positivas e ensaio de imaginação de novos comportamentos com discussão de soluções.
origem nas práticas orientais de meditação
tendência automática das pessoas de investirem na luta
contra vivências aversivas X não julgamento
esquiva experiencial (Hayes): tentativa de não ter
determinados sentimentos, pensamentos, memórias, ou
mindfulness estados físicos, por estes serem avaliados negativamente
HABILIDADES DE MINDFULNESS
Kabat-Zinn (1990) define
mindfulness como uma forma (1) Observar: estar atento a eventos, a emoções e a diversos
específica de atenção plena – aspectos do próprio comportamento.
concentração no momento (2) Descrever: refere-se ao relato verbal dos eventos e das
atual, intencional, e sem próprias reações a eles.
julgamento.
(3) Participar plenamente sem promover atividades paralelas
como racionalizar ou justificar.
Bibliografia
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. CID-11. Application Programming Interface (API). Genebra: OMS, 2021.
American Psychiatric Association (APA). Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5. 5. ed. Porto
Alegre: Artmed, 2014.
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comportamental para o transtorno de ansiedade social. Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul, 31, 177-186.
Cativo, C., & Barata, V. (2021). Perturbação de ansiedade social: abordagem terapêutica com terapia cognitivo-
comportamental.
D'El Rey, G. J. F., & Pacini, C. A. (2006). Terapia cognitivo-comportamental da fobia social: modelos e técnicas. Psicologia
em estudo, 11, 269-275.
Clark, D. A., & Beck, A. T. (2016). Terapia Cognitiva para os Transtornos de Ansiedade: Tratamentos que Funcionam:
Guia do Terapeuta. Artmed Editora.
Beck, A. T., Davis, D. D., & Freeman, A. (2017). Terapia cognitiva dos transtornos da personalidade. Artmed Editora.]
Vandenberghe, Luc, & Sousa, Ana Carolina Aquino de. (2006). Mindfulness nas terapias cognitivas e comportamentais.
Revista Brasileira de Terapias Cognitivas, 2(1), 35-44.