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Relatório de Eletiva do dia 18/09/2023

Ana Beatriz Barroso Silva 8135157


Felipe Cristofoletti Camacho de Souza 0102203
Isaac Michelon de Sousa 8191324
Leandro Rodrigues Costa Barbosa 8133548
Nicoli Corraini Figueiredo 8132258
Pedro de A. Tristão 8053491

Na aula de hoje, tivemos a sociedade marginalizada contada por uma agente


comunitária do Jd. das Flores. Nela, aprendemos que os funcionários do SUS são
responsáveis pela prevenção de doenças por meio de projetos e programas, como, por
exemplo, o Previne Brasil (indicadores de desempenho) para prevenir doenças (na área
da saúde da mulher, da saúde da criança e da saúde bucal, por exemplo). Durante a
apresentação, vimos como é importante valorizar o agente de saúde nos últimos anos,
pois ele é o porta-voz do paciente e do SUS. Também observamos que as pessoas
podem ter problemas, e essas dificuldades podem levá-las a se tornarem moradoras de
rua; quando estão nessa situação de rua, elas são tratadas mal e até chamadas de
"Zumbis".
Vimos dois casos durante a apresentação da agente de saúde. O primeiro caso foi o de
um homem que tinha bom ânimo, era um homem comum, fora motorista do ônibus
elétrico de Rio Claro, tinha uma profissão e conseguia sustentar sua própria vida, mas
tinha vício em álcool. A família se afastou porque ele era muito violento. Ele acabou se
tornando morador de rua e passou a dormir nas praças e no bueiro. Quando bebia
demais, brigava com outros moradores de rua e às vezes era preso. Ele frequentava o
posto de saúde, pois havia sido morador de um quartinho no bairro em uma época
(seu irmão o deu). No entanto, ele desapareceu depois de um tempo. Ele havia
tombado e quebrado o fêmur, sendo internado por um tempo e depois retornou a
morar no quartinho. Ele fazia suas necessidades em um balde devido à perna
quebrada. Pegou uma infecção hospitalar devido à cirurgia. Quando melhorou, voltou
para o Jd. das Flores, e suas necessidades foram notadas pelo USF, que o ajudou a
obter sua aposentadoria. No entanto, ele desapareceu novamente, e, após 17 dias,
constatou-se que ele foi atropelado na estrada e faleceu.
O segundo caso envolveu uma mulher completamente queimada que chegou à
unidade de saúde com a aparência de uma moradora de rua. Ela não queria ser
encaminhada para o pronto atendimento, e a equipe fez o possível na unidade, pois
era o que ela desejava. Foi realizado o curativo e administrado remédio para a dor. No
entanto, ela forneceu um endereço errado de onde morava. No dia seguinte, voltou
para fazer o curativo e forneceu outro endereço, que também estava errado. Ela
fornecia endereços incorretos para esconder sua verdadeira situação (moradora de rua
e usuária de drogas). Alegava que a queimadura era causada por água quente
enquanto cozinhava macarrão, mas a história não fazia sentido. Ela foi tratada até
sarar, mas nunca mais retornou.
Durante a aula, foi dada grande ênfase no tratamento e atendimento amoroso e sem
julgamentos, pois estamos lá para ajudar e veremos situações difíceis de pessoas
semelhantes a nós que precisam de ajuda. Nem sempre será um remédio que ajudará,
mas sim um conselho e um ouvido para escutar o próximo. Os dois casos
compartilhados conosco ilustram a importância do tratamento e atendimento amoroso
e sem julgamentos em situações envolvendo pessoas vulneráveis. No primeiro caso, o
homem que enfrentava problemas com o alcoolismo e se tornou morador de rua
precisou de ajuda não apenas médica, mas também de apoio emocional para lidar com
sua situação. O atendimento amoroso e sem julgamentos oferecido pelo USF foi crucial
para que ele conseguisse acessar sua aposentadoria e buscar uma melhor qualidade de
vida.
No segundo caso, a mulher completamente queimada, que tentava esconder sua
situação de moradora de rua e usuária de drogas, também se beneficiaria de um
atendimento amoroso e sem julgamentos. Isso poderia ter ajudado a estabelecer um
vínculo de confiança com os profissionais de saúde, permitindo que ela recebesse o
tratamento necessário para sua queimadura e, possivelmente, encontrar apoio para
suas outras necessidades. Em ambos os casos, fica claro que a abordagem compassiva
e empática dos profissionais de saúde desempenhou um papel fundamental no
atendimento a essas pessoas em situações difíceis. Nem sempre é apenas a prescrição
de medicamentos que faz a diferença, mas também oferecer um ouvido atento e
conselhos quando necessário. Isso demonstra a importância de tratar cada paciente
como um ser humano único, reconhecendo suas circunstâncias individuais e
necessidades.

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