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Aluno: Vitor Gabriel Godoy Cancio (7 período – Psicologia)

Relatório de Estágio em Psicologia Hospitalar 01/2024

Foi feito uma conversa inicial para dividir os grupos em alas de


forma de rodízios a fins de conhecer o fluxo de pessoas, as
instalações do hospital e principalmente suas divisões e formas
distintas de tratamento dos pacientes.

De forma direta, todas as alas foram de extremo estimulo inicial


sobre o que é estar em um ambiente hospitalar, podendo citar o
primeiro a parte de primeiro contato do paciente, onde há o
atendimento inicial e sua determinação de agravação; Foi possível
analisar a forma como eram atendidos e o possível padrão de
comportamento do profissional diante do paciente, além disso a
divisão das prioridades após um contato inicial, causa, queixa e
tempo de duração são cruciais para determinar o tempo de espera,
também foi possível notar a existência de duas salas de atendimentos
onde os médicos consultavam de acordo com as fichas determinadas
nas colorações amarelas, verdes e azuis, sendo as vermelhas e
supostamente as laranjas em um local diferente das demais, também
vale salientar a sala de medicações, onde os casos menos graves são
medicados e se o problema for neutralizado ou extinto
momentaneamente, são encaminhados para casa e não há

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necessidade de maior delonga no local. A próxima área foi a de
emergência, local onde os casos mais graves (área vermelha) são

encaminhados e tratados, falando de forma extremamente pessoal,


foi o local onde mais me senti realizado naquele dia, era como se eu
sentisse que a muito tempo eu realmente estava em um local que me
dava vontade de ajudar as pessoas e estar com elas, exatamente
naquele primeiro contado, onde o cérebro está muitas vezes em um
choque e caos, a necessidade de assimilar a nova situação e a
importância de entender como futuro profissional que mesmo diante
da vida estando ou não em níveis base, alto ou baixo, a qualquer
momento podemos precisar de ajuda, seja ela fisicamente ou
mentalmente. Foi possível analisar um caso recente nesta área, onde
a paciente sofreu um acidente e bateu a cabeça de uma forma mais
forte que o normal, então também foi possível analisar o médico
dando o tratamento e as enfermeiras fazendo o cuidado inicial, além
dos diálogos e formas individuais de cada pessoa naquele ambiente
se voltarem a vítima. A próxima área foi mais adentro do hospital,
fomos ver os leitos e alguns pacientes que ali estavam, seja desde um
senhor com câncer de pele, uma senhora em coma, um paciente com
esquizofrenia e uma possível futura amputação da perna... por mais
que os leitos estejam pertos, o ambiente seja o mesmo, é nítido um
mundo de diferença em cada caso, cada peculiaridade e
particularidade que me faz ver que nem sempre a ciência e as regras
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generalizadas se enquadram em determinada pessoa. Falando
um pouco a mais, fiquei em a maior parte no leito da paciente Lina,
ela

estava em coma até o presente momento que estava lá e estava


recebendo impulsos para retirar o tubo inalatório, além de ter uma
visita marcada as 15:00 horas daquela tarde, onde a família
acompanhada pela psicóloga do local iriam a visitar. Durante o
tempo que passei lá, eu comecei a observar além do logico e prático,
não havia uma senhora deitada em uma cama respirando por
aparelhos e buscando viver, havia um ser humano com ausência de
liberdade, fragilidade e um cognitivo confuso, querendo impulsos e
ao mesmo tempo perdendo estímulos, havia um meio termo entre a
fase de antes de se deitar e a fase após acordar, os sentidos
funcionando inconscientemente e o corpo em processo de adaptação,
havia uma história ali tão profunda que poderia ser contado pelo
seu autor de várias formas, seja falando do momento onde se
esquecia do tempo que se tem ou da fase onde as mais simples coisas
se tornam importantes. Em um hospital eu percebi que a vida e a
morte estariam sempre lado a lado, mas mostrar que a vida é tão
importante como o desejo de viver é o que se esperar quando nossa
mente se encontra em trevas e medo. Talvez eu tenha encontrado o
meu lugar na psicologia e queira ajudar as pessoas a viverem em
seus momentos de dificuldade.
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