Você está na página 1de 4

A Ginástica Artística

A ginástica artística é um esporte em que se executa uma série de movimentos


técnicos de muita força, equilíbrio e flexibilidade.
O objetivo é realizar a melhor performance, competindo com outros atletas. Ao fazer
os seus exercícios, os ginastas são analisados por jurados, que atribuem uma nota
conforme o grau de dificuldade da prova e o desempenho do atleta.

Também é chamada de ginástica olímpica, a ginástica artística é um esporte antigo,


praticado desde a Grécia Antiga como forma de se expressar em rituais e festas e na
capacitação militar.

Modalidades e aparelhos da ginástica artística


Esses são os aparelhos que fazem parte das competições dentro da Ginástica
Artística: Argolas, Barras assimétricas, Barra fixa, Cavalo com alças, Barras
paralelas, Trave, Salto sobre a mesa e Solo.

Apesar de ser o mesmo esporte, a ginástica artística apresenta diferenças


significativas para cada gênero. Com exceção do salto sobre a mesa, os aparelhos
femininos e masculinos são distintos. Além disso, a ginástica artística feminina tem
foco na agilidade e na flexibilidade, já a ginástica masculina na força.

Ginástica artística feminina


Os aparelhos usados na ginástica feminina são as barras assimétricas, as barras de
equilíbrio e o salto sobre a mesa. Também há performances em solo, realizada
sobre um tablado sem qualquer aparelho. As competições podem ser individuais ou
em equipes. Nas competições femininas, o aparelho do salto sobre a mesa fica a 1,25
metros altura do chão.

Ginástica artística masculina


Os aparelhos utilizados na ginástica artística masculina são as argolas, a barra fixa,
as barras paralelas, o cavalo com alças e o salto sobre a mesa. Os homens
também realizam apresentações em solo, sem a presença de qualquer aparelho.
Assim como no feminino, as competições são individuais ou em equipes. Em
competições masculinas, a altura da mesa, em provas de salto sobre a mesa, é de
1,35 metros.

Características da ginástica artística


A ginástica artística é um esporte que exige muita força, controle
corporal, equilíbrio e flexibilidade. Além desses atributos, o ginasta deve ter
domínio da técnica e executar os movimentos com precisão.

Também exige anos de prática e treinamento, a maioria dos ginastas começa na


modalidade ainda durante a infância.

Esse tipo de ginástica é caracterizado por movimentos e gestos específicos, que os


ginastas devem executar durante as suas performances. Eles são avaliados pelo seu
desempenho durante uma apresentação, assim como pelo nível de dificuldade dos
movimentos que realizou.

A pontuação é dada por um conjunto de jurados (chamado de Painel de Jurados), que


fazem a avaliação da performance. Além de considerar o grau de dificuldade e o
desempenho dos ginastas, os erros de execução também são contabilizados,
fazendo com que o atleta perca pontos e diminua a sua nota.

Os atletas usam um uniforme geralmente feito de lycra, que possibilita a sua


mobilidade. As mulheres costumam usar uma espécie de maiô e os homens,
camiseta, shorts ou calça. Todos os atletas sempre competem descalços.

É comum ver os atletas com um pó esbranquiçado nas mãos e nas pernas durante as
provas, especialmente as que utilizam aparelhos, trata-se do pó de magnésio, usado
para evitar que os atletas escorreguem ou acabem se lesionando.

Origem e história da ginástica artística


A ginástica artística é uma modalidade dentro da ginástica, e não se sabe ao certo
quando a ginástica começou a ser praticada, mas existem registros históricos que
comprovam o caráter milenar do esporte.

Sabe-se que ginástica era praticada na China, no Egito, na índia e na Grécia antiga,
fazendo parte tanto da preparação militar, quanto das manifestações artísticas em
cultos e festivais.

Na Grécia Antiga, alguns tipos de ginástica integram os Jogos Olímpicos da


Antiguidade. Entretanto a ginástica como se conhece atualmente, especialmente a
ginástica artística, começou a ser formada no século XIX.

Friedrich Ludwig Jahn, considerado o pai da ginástica artística, foi o responsável


pela fundação da primeira escola de ginástica artística, em 1811, na Alemanha.

Desde a primeira edição das Olimpíadas Modernas, em 1896, a ginástica artística


esteve presente. A partir de 1921, com a fundação da FIG, a Federação Internacional
de Ginástica, a modalidade passou a ser coordenada e regulada mundialmente.

A norte-americana Simone Biles é a maior ginasta de todos os tempos, conquistou o


seu primeiro mundial apenas com 16 anos. Atualmente possuiu 25 medalhas em
mundiais, sendo 19 de ouro. Nas Olimpíadas, a ginasta já conta com 7 medalhas: 4 de
ouro, 1 de prata e 2 de bronze.

No Brasil, a ginástica passou a ser praticada com a imigração alemã no país no século
XIX.

Argolas

Apenas os ginastas do masculino competem nas argolas. O aparelho é constituído


por uma estrutura de onde prendem-se duas argolas, a 2,75 metros do solo. A
distância entre elas é de 50 cm e o seu diâmetro interno é de 18 cm.

Na prova, os ginastas realizam séries de exercícios de força, balanço e equilíbrio.


Quanto menos tremer a estrutura que suspende as argolas à haste, melhor será a
pontuação de execução do ginasta.
As argolas são um dos aparelhos de ginástica artística dos quais o Brasil está muito
bem representado. Arthur Zanetti, o primeiro brasileiro a conquistar uma medalha
de ouro olímpica nesta ou em qualquer modalidade, é especialista na prova.
Barras assimétricas
Apenas as mulheres competem nas barras assimétricas. Este aparelho é fabricado
com fibras sintéticas e material aderente. A barra mais alta fica a 2,36 metros do solo,
enquanto a mais baixa tem 1,57 m de altura.
A prova é composta por uma série de movimentos obrigatórios, com mudanças de
empunhaduras e alternância entre as barras. A precisão nos movimentos e
o timing nos saltos entre as barras são fundamentos essenciais para ter sucesso na
modalidade.
O grande nome deste aparelho é o da russa Alyia Mustafina, bicampeã olímpica
(2012 e 2016).

Barra fixa
A barra fixa é um dos aparelhos da ginástica artística com competição
exclusivamente masculina. Ela é presa sobre uma estrutura de metal a 2,75 m do
solo e possui 2,40 m de comprimento.
A prova consiste em movimentos de força e equilíbrio, em que o ginasta deve fazer
movimentos de largadas e retomadas, além das piruetas e pegadas.
O salto final, especialmente a sua aterrissagem, costuma a ser um grande critério de
desempate nas competições de alto nível.

Barras paralelas
As barras paralelas são um aparelho da ginástica artística em que apenas os homens
se apresentam. As medidas são de 1,95 x 3,5m, e as barras ficam distanciadas entre
42 e 52 cm.
Na prova, os ginastas precisam fazer exercícios de força e equilíbrio, como giros e
paradas de mãos. Obrigatoriamente, devem ser usadas as duas barras.
Aqui, os ângulos das pernas e tronco, assim como a precisão dos movimentos,
contam muito para a avaliação dos juízes. E nesse sentido, poucos conseguiram se
igualar ao russo Vladimir Artemov, tricampeão mundial, medalhista de ouro em Seul e
grande nome da prova nos anos oitenta.

Cavalo com alças


O cavalo com alças é um aparelho da ginástica artística exclusivo da modalidade
masculina. O aparelho tem dimensões de 1,15 m x 1,60 m x 35 cm. As alças
possuem distância ajustável, com altura de 12 cm.
Os atletas têm movimentos obrigatórios a serem realizados, especialmente tesouras
e movimentos circulares. Exatamente por ter muitas obrigatoriedades, a técnica da
execução e a postura corporal, em especial a das pernas, são decisivas para a
pontuação.

Salto sobre a mesa


O salto sobre a mesa é o outro aparelho da ginástica artística, além do solo, que
é usado nas competições masculinas e femininas. Essa é a prova mais rápida da
ginástica artística, com duração aproximada de 50 segundos.
A prova é composta por uma pista de 25 metros, que termina em um trampolim de
impulso e finalmente na mesa, com dimensões de 120 x 95 cm. Os atletas correm pela
pista, tomam impulso e depois de passarem sobre a mesa fazem os movimentos
aéreos que são pontuados. A precisão na queda é fundamental para uma boa nota.
Este é um dos aparelhos da ginástica artísticas onde Simone Biles é mais forte. Seus
saltos são nada menos que absurdos.

Solo
Disputado tanto por homens quanto por mulheres, o solo é praticado em um
estrado de 12x12m, feito com um material elástico que amortece eventuais quedas e
ajuda o impulso nos saltos realizados durante suas séries.

Os homens competem em apresentações de 50 a 70 segundos, enquanto as mulheres


têm séries de 70 a 90 segundos.

O solo feminino é executado com música, enquanto o solo masculino é


executado em silêncio. A diferença dá o tom da dinâmica de cada modalidade. Para
as mulheres, a graciosidade dos movimentos, a combinação com a dança, a
simpatia, são um tanto complementares aos incríveis saltos.

Entre os homens, os intervalos entre os saltos são preenchidos com movimentos


mais lentos, de equilíbrio de força. Mas quando começam a correr, fica até difícil de
contar os giros e piruetas, tamanha a potência de seus pulos.
O solo brasileiro tem uma certa tradição na prova. No passado tivemos Daiane dos
Santos e Daniele Hypólito como expoentes de sua geração neste aparelho da
ginástica artística, que depois “passaram o bastão” à Diego Hypólito (que foi prata em
2016) e Jade Barbosa.
Hoje, Arthur Nory, Flávia Saraiva e Rebeca Andrade são os maiores nomes do país.
Mas nenhum deles conseguiu alcançar o nível mostrado por Simone Biles, que tem
simplesmente dois movimentos batizados em seu nome na prova.

Trave
A trave é um aparelho da ginástica artística exclusivamente feminino. A prova
acontece em uma barra revestida com material aderente, com 5 metros de
comprimento, 10 centímetros de largura e colocada a 1,25 metro do chão.
As atletas precisam se equilibrar sobre a trave, além de realizar saltos e giros. É uma
das provas mais bonitas de se assistir, pela combinação entre dificuldade de
execução, pela graciosidade dos movimentos e, claro, o salto final.
Simone Biles, uma das maiores ginastas da história, tem um grande apreço pela
prova, até com um movimento assinado nela. Entre os mortais, é o aparelho onde
Flávia Saraiva é mais forte.

Você também pode gostar