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APRESENTAÇÃO
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Bons estudos.
DESAFIO
No âmbito forense, a área conhecida como psicopatologia forense propõe estudar a associação
entre transtornos mentais — entre eles, os transtornos da personalidade — e comportamentos
violento e criminal.
Considerando isso, responda as questões feitas pelo juiz de Direito:
INFOGRÁFICO
Boa leitura.
PSICOLOGIA
JURÍDICA
Introdução
No âmbito da psicologia jurídica, a área que propõe estudar a associa-
ção entre transtornos mentais e comportamento violento é conhecida
como psicopatologia forense. O principal objeto de estudo dessa área é
a relação entre transtornos mentais variados — como os transtornos da
personalidade e os transtornos parafílicos — e crimes, sendo essa relação
complexa e multifacetada.
Os transtornos da personalidade podem ser caracterizados como
um padrão persistente de experiência interna e comportamento que se
desvia intensamente das expectativas da cultura do indivíduo, tendo seu
início na adolescência ou no começo da fase adulta e sendo estável ao
longo do tempo, com decorrente prejuízo ou sofrimento. Vislumbram-se
diversos transtornos da personalidade, conforme o Manual Diagnóstico
e Estatístico de Transtornos Mentais, 5. ed. (DSM-5).
Neste capítulo, você vai estudar os transtornos da personalidade e
parafílicos, tendo como foco os transtornos da personalidade borderline
e antissocial, bem como a relação desses transtornos com alguns crimes
e o perfil psicológico de criminosos.
2 Transtornos de personalidade borderline e antissocial
Critérios
Critérios diagnósticos
Critérios diagnósticos
O comportamento crimininal
No que tange às demandas do contexto forense e ao uso do DSM, embora o
objetivo principal do manual seja o de auxiliar profissionais da área clínica
e de saúde mental na condução da avaliação, no entendimento do caso e no
planejamento do tratamento, o DSM também é usado como referência, no con-
texto jurídico, para avaliar as consequências forenses de transtornos mentais.
Sendo assim, os diagnósticos e as informações diagnósticas dos transtornos
podem auxiliar os operadores do Direito em suas deliberações (APA, 2015).
Contudo, conforme se destaca no próprio manual, “o uso do DSM-5 deve
envolver o conhecimento dos riscos e limitações no âmbito forense” (APA,
2015, p. 104). Assim, deve-se ter cuidado para que as informações diagnósticas
não sejam usadas de forma indevida ou compreendidas erroneamente no que
tange às categorias, aos critérios e às descrições do DSM-5, quando estas
são consideradas para fins forenses. Isso pode ocorrer porque nem sempre
haverá consenso entre as informações contidas em um diagnóstico clínico e
as questões de interesse da justiça.
Diversos transtornos mentais constituem foco de interesse do Direito e, mais
especificamente, do Direito Penal e das ciências criminais em geral, devido
à corrente associação entre alguns transtornos mentais e o comportamento
criminal. Nesse contexto, o(a) psicólogo(a) pode contribuir com pesquisas
científicas, por exemplo, com o objetivo de conhecer e identificar a relação
entre certos transtornos mentais e comportamentos violentos, bem como,
conforme destacam Lago et al. (2009), com a atuação junto a indivíduos com
transtornos mentais que cometeram algum delito. No Brasil, esses sujeitos
recebem medida de segurança e são encaminhados para os institutos psi-
quiátricos forenses, responsáveis pela realização de perícias oficiais na área
criminal e pelo atendimento psiquiátrico à rede penitenciária.
Neste tópico, a ênfase incide sobre os transtornos da personalidade antis-
social e borderline. Destes, o TPAS é um dos principais transtornos estudados
na área jurídica e criminal, devido às características do próprio transtorno,
visto que o mesmo é constituído por critérios diagnósticos relativos a compor-
tamentos criminais, por exemplo, “fracasso em ajustar-se às normas sociais
relativas a comportamentos legais, conforme indicado pela repetição de atos
que constituem motivos de detenção” (APA, 2015, p. 1029).
Diversos estudos objetivam identificar e relacionar traços e comportamentos
antissociais a comportamentos violentos e criminais em diferentes contextos
(NEWBURY-HELPS et al., 2017; EDENS et al., 2015; entre outros). Conforme
o DSM-5, em sua Seção III, “as características típicas do transtorno da per-
Transtornos de personalidade borderline e antissocial 9
No âmbito da psicologia jurídica, a área que propõe estudar a associação entre transtornos
mentais e comportamento violento é conhecida como psicopatologia forense. O principal objeto
de estudo dessa área é a relação entre transtornos mentais variados – como, por exemplo, os
transtornos da personalidade e os transtornos parafílicos – e crimes, sendo essa relação
complexa e multifacetada.
EXERCÍCIOS
I. Cognição
II. Afetividade
III. Funcionamento interpessoal
IV. Controle de impulsos
A) I e II, apenas.
B) I, II e III, apenas.
A) transtorno da conduta.
E) transtorno parafílico.
A) I, apenas.
B) I e II, apenas.
C) I e III, apenas.
D) II e III, apenas.
E) I, II e III.
A) transtorno da conduta.
E) transtorno parafílico.
B) qualquer interesse sexual intenso e persistente que não aquele voltado para a estimulação
genital ou para carícias preliminares com parceiros humanos que consentem e apresentam
fenótipo normal e maturidade física.
C) um padrão difuso de indiferença e violação dos direitos dos outros, o qual surge na
infância ou no início da adolescência e continua na vida adulta.
NA PRÁTICA
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do
professor:
DSM-5