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MEDICINA DO

TRABALHO E
PATOLOGIAS
OCUPACIONAIS
DISCIPLINA DE PATOLOGIAS
OCUPACIONAIS

 Normas Regulamentadoras – NR’s


 Abordagem as principais doenças relacionadas ao trabalho de
acordo com os riscos ocupacionais.
 Trabalhos em locais insalubres.
 Documentos: PCMSO, PPRA, LTCAT, ASO, CAT.
 Principais atribuições do médico do trabalho.
 Mercado de trabalho – Presente e Futuro
PARTE I
NORMAS REGULAMENTADORAS
NR-1 - DISPOSIÇÕES GERAIS

NR-2 - INSPEÇÃO PRÉVIA

NR-3 - EMBARGO OU INTERDIÇÃO

NR-4 - SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA E EM


MEDICINA DO TRABALHO

NR-5 - COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES

NR-6 - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI

NR-7 - PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL

NR-8 – EDIFICAÇÕES

NR-9 - PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS

NR-10 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE


NR-11 - TRANSPORTE,MOVIMENTAÇÃO,ARMAZENAGEM E MANUSEIO DE
MATERIAIS
NR-12 - SEGURANÇA NO TRABALHO EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
NR-13 - CALDEIRAS,VASOS DE PRESSÃO E TUBULAÇÃO
NR-14 - FORNOS
NR-15 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES
NR-16 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS
NR-17 – ERGONOMIA
NR-18 - CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA
CONSTRUÇÃO
NR-19 - EXPLOSIVOS
NR-20 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO COM INFLAMÁVEIS E
COMBUSTÍVEIS
NR-21 - TRABALHOS A CÉU ABERTO
NR-22 - SEGURANÇA E SAÚDE OCUPACIONAL NA MINERAÇÃO
NR-23 - PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS
NR-24 - CONDIÇÕES SANITÁRIAS E DE CONFORTO NOS LOCAIS DE TRABALHO
NR-25 - RESÍDUOS INDUSTRIAIS
NR-26 - SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA
NR-27 - REGISTRO PROFISSIONAL DO TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO
(REVOGADA)
NR-28 - FISCALIZAÇÃO E PENALIDADES
NR-29 - NORMA REGULAMENTADORA DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO
PORTUÁRIO
NR-30 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO AQUAVIÁRIO
NR-31 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO NA AGRICULTURA,PECUÁRIA
SILVICULTURA,EXPLORAÇÃO FLORESTAL E AQUICULTURA
NR-32 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM SERVIÇOS DE SAÚDE
NR-33 - SEGURANÇA E SAÚDE NOS TRABALHOS EM ESPAÇOS CONFINADOS
NR-34 - CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO,
REPARAÇÃO E DESMONTE NAVAL
NR-35 - TRABALHO EM ALTURA
NR-36 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM EMPRESAS DE ABATE E
PROCESSAMENTO DE CARNES E DERIVADOS
NR 37 - Segurança e Saúde em Plataform as de Petróleo
NR 38 - Segurança e Saúde no Trabalho nas Atividades de Lim peza Urbana e Manejo
de Resíduos Sólidos
NR 07 - P.C.M.S.O – PROGRAMA DE
CONTROLE MÉDICO E SAÚDE
OCUPACIONAL.

 Integra o programa de qualidade de vida na empresa.


 Documento emitido apenas por médicos.
 Obrigatório para todas as empresas que tenham ao menos 1
empregado CLT.
 Etapas de elaboração do documento:
 Planejamento e programação > Execução > Relatório do
que foi executado > Programação para o ano seguinte
 Integração com as demais NR’s.
 Integração entre todos os setores da empresa.
 Deve ser modificado conforme a necessidade.
NR-7 PCMSO

Compete ao Empregador:

1.Garantir a elaboração e efetiva implementação do


PCMSO;
2.Custear, sem ônus para o empregado, todos os
procedimentos relacionados ao PCMSO;
3. Indicar médico do trabalho responsável pelo PCMSO

Observação: Inexistindo médico do trabalho na localidade, o


empregador poderá contratar médico de outra especialidade para
coordenar o PCMSO.
NR-7 PCMSO

FICAM DESOBRIGADAS DE INDICAR MÉDICO


COORDENADOR AS EMPRESAS DE GRAU DE RISCO
1 E 2 COM ATÉ 25 EMPREGADOS E AQUELAS DE
GRAU DE RISCO 3 E 4 COM ATÉ 10 EMPREGADOS.

NORMATIZAÇÕES ESPECIAIS PARA


MICROEMPRESAS, MEI, EMPRESA DE PEQUENO
PORTE
NR-7 PCMSO

DESENVOLVIMENTO DO PCMSO:

Realização obrigatória dos exames médicos:


1. Admissional;
2. Periódico;
3. De retorno ao trabalho;
4. De mudança de função;
5. Demissional.
NR-7 PCMSO

O exame clínico deve obedecer aos prazos e à


seguinte periodicidade:
I - no exam e adm issional: ser realizado antes que o
empregado assuma suas atividades;
II - no exam e periódico: ser realizado de acordo com
os seguintes intervalos: a) para empregados expostos
a riscos ocupacionais identificados e classificados no
PGR e para portadores de doenças crônicas que
aumentem a susceptibilidade a tais riscos: 1. a cada
ano ou a intervalos menores, a critério do médico
responsável; 2. de acordo com a periodicidade
especificada no Anexo IV desta Norma, relativo a
empregados expostos a condições hiperbáricas; b)
para os demais empregados, o exame clínico deve
ser realizado a cada dois anos.
NR-7 PCMSO

 No exam e de retorno ao trabalho, o exame clínico


deve ser realizado antes que o empregado reassuma
suas funções, quando ausente por período igual ou
superior a 30 (trinta) dias por motivo de doença ou
acidente, de natureza ocupacional ou não.
 O exam e de m udança de risco ocupacional deve,
obrigatoriamente, ser realizado antes da data da
mudança, adequando-se o controle médico aos novos
riscos.
 No exam e dem issional, o exame clínico deve ser
realizado em até 10 (dez) dias contados do término do
contrato, podendo ser dispensado caso o exame
clínico ocupacional mais recente tenha sido realizado
há menos de 135 (centro e trinta e cinco) dias, para as
organizações graus de risco 1 e 2, e há menos de 90
(noventa) dias, para as organizações graus de risco 3 e
4.
NR-7 PCMSO
 Para cada exame clínico ocupacional realizado, o médico emitirá
Atestado de Saúde Ocupacional - ASO, que deve ser
comprovadamente disponibilizado ao empregado, devendo ser
fornecido em meio físico quando solicitado.
 O ASO deve conter no mínimo:
a) razão social e CNPJ ou CAEPF da organização;
b) nome completo do empregado, o número de seu CPF e sua função;
c) a descrição dos perigos ou fatores de risco identificados e
classificados no PGR que necessitem de controle médico previsto no
PCMSO, ou a sua inexistência;
d) indicação e data de realização dos exames ocupacionais clínicos e
complementares a que foi submetido o empregado;
e) definição de apto ou inapto para a função do empregado;
f) o nome e número de registro profissional do médico responsável pelo
PCMSO, se houver;
g) data, número de registro profissional e assinatura do médico que
realizou o exame clínico.
 A validade do ASO poderá seguir os seguintes preceitos:
135 dias para empresas com grau de risco 1 e 2;
90 dias para empresas com grau de risco 3 e 4.
NR-7 PCMSO

PROVIDÊNCIAS A SEREM ADOTADAS EM CASO


DE ADOECIMENTO NO TRABALHO.

• Solicitar à empresa a emissão de CAT;


• Indicar, quando necessário, o afastamento do
trabalhador da exposição ao risco, ou do trabalho;
• Encaminhar o trabalhador à Previdência Social para
estabelecimento do nexo causal, avaliação de
incapacidade e definição da conduta previdenciária em
relação ao trabalho;
• Orientar o empregador quanto à necessidade de adoção
de medidas de controle do ambiente de trabalho.
NR-7 PCMSO

ANEXO I - Monitoração da exposição


ocupacional a agentes químicos
ANEXO II - Controle médico ocupacional da
exposição a níveis de pressão sonora
elevados
 ANEXO III - Controle radiológico e
espirométrico da exposição a agentes
químicos
ANEXO IV - Controle médico ocupacional de
exposição a condições hiperbáricas
ANEXO V - Controle médico ocupacional da
exposição a substâncias químicas
cancerígenas e a radiações ionizantes
NR-32 - SEGURANÇA E SAÚDE NO
TRABALHO EM SERVIÇOS DE SAÚDE

• Riscos biológicos e químicos.


• Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional –
PCMSO.
• Diretrizes laborais em ambientes de saúde.
• Recomendações para serviços de saúde: arquitetônicas,
logísticas/transporte, fluxos de informações,
treinamentos, EPIs
• Destinação de resíduos.
PARTE II

DOENÇAS RELACIONADAS AO TRABALHO.


AGENTES DE RISCOS ERGONÔMICOS

ARQUIVO: “DOR RELACIONADA AO


TRABALHO” - MS
DEDO EM GATILHO

Resulta do comprometimento dos tendões flexores profundos dos


dedos e do tendão flexor longo do polegar.

É desencadeado por situações que existe uma combinação de


movimentos repetitivos com esforço, como o de preensão forte, flexão
de dedos e/ou falanges distais, compressão palmar, na atividade de
segurar com firmeza objetos cilíndricos e especialmente, se há
compressão em cima da bainha sinovial de tendões.

Quadro Clínico:
Dificuldade e/ou impossibilidade de estender os dedos, observando-
se um estalido doloroso ao se forçar o movimento.
Ao exame físico, dor à palpação e nódulo na altura da articulação
metacarpo falangeana. 279
DEDO EM
GATILHO

280
SÍNDROME DO TÚNEL DO
CARPO

É uma neuropatia resultante da compressão do


nervo mediano no canal do carpo, estrutura
anatômica que se localiza entre a mão e o
antebraço. Através desse túnel rígido, além do
nervo mediano, passam os tendões flexores que
são revestidos pelo tecido sinovial. Qualquer
situação que aumente a pressão dentro do canal
provoca compressão do nervo mediano e a
síndrome do túnel do carpo.

281
• Causas:
• A causa principal da Síndrome do Túnel do Carpo é a L.E.R. (Lesão
do Esforço Repetitivo), gerada por movimentos repetitivos como
digitar ou tocar instrumentos musicais. Existem também causas
traumáticas (quedas e fraturas), inflamatórias (artrite reumatoide),
hormonais e medicamentosas. Tumores também estão entre as
possíveis causas da síndrome.

• Sintomas:
• O principal sintoma é a parestesia, uma sensação de
formigamento, de dormência, que se manifesta mais à noite e
ocorre fundamentalmente na área de enervação do nervo mediano.
• A evolução da síndrome dificulta manipular estruturas pequenas e
executar tarefas simples como pregar um botão, enfiar uma agulha,
segurar uma xícara.

282
DIAGNÓ STICO:
• Dois testes ajudam a estabelecer o diagnóstico: o teste de
Phalen e o teste de Tínel.
• Em alguns casos, é necessário pedir uma eletroneuromiografia
para fechar o diagnóstico.

283
TESTE DE PHALEN : DOBRAR OS PUNHO E MANTÊ-LO
FLETIDO DURANTE UM MINUTO. COMO ESSA POSIÇÃO
AUMENTA A PRESSÃO INTRACARPEANA. SE HOUVER
COMPRESSÃO DO NERVO MEDIANO, OS SINTOMAS PIORAM.

284
TESTE DE TÍNEL CONSISTE EM PERCUTIR O NERVO
MEDIANO. SE ELE ESTIVER COMPROMETIDO, A
SENSAÇÃO SERÁDE CHOQUE E FORMIGAMENTO.

285
287
TENOSSINOVITE DO ESTILÓIDE RADIAL
(SÍNDROME DE QUERVAIN)

Resulta da constrição da bainha comum dos tendões do


abdutor longo e do extensor curto do polegar.
Ocorrência em mulheres acima de 40 anos, associada
a exposições ocupacionais que exigem movimentos
repetitivos do polegar, pinça de polegar associada à flexão,
extensão, rotação ou desvio ulnar repetido do carpo.

288
QUADRO CLÍNICO:
DOR EM PROJEÇÃO DE PROCESSO ESTILOIDE DO RÁDIO
COM OU SEM IRRADIAÇÃO EM PROJEÇÃO RADIAL ATÉ O
OMBRO E Q UE AUMENTA COM ABDUÇÃO RADIAL ATIVA
DO POLEGAR, COM ALONGAMENTO PASSIVO DE
ABDUTOR LONGO DE POLEGAR, DESVIO ULNAR DO
PUNHO E DIFICULDADE PARA O MOVIMENTO EM PINÇA.
GERALMENTE UNILATERAL.
Exame Físico:
Tumefação na região afetada, sinal de Finkelstein, dor à
palpação no processo estiloide e trajeto de tendões que aumenta
com extensão e abdução do polegar em contra-resistência.

289
TENOSSINOVITE DO ESTILÓIDE RADIAL
(SÍNDROME DE QUERVAIN)

290
291
FIBROMATOSE DA FÁSCIA PALMAR
(CONTRATURA OU MOLÉSTIA DE DUPUYTREN)

É o espessamento e retração da fáscia palmar, acarretando em


flexão dos dedos e incapacidade funcional das mãos.
Na fase inicial a formação de nódulos na face palmar das mãos.
Relaciona-se a exigências de compressão palmar repetida
com trabalho pesado associadas ou não a vibrações.

Quadro Clínico:
Contratura em flexão das mãos, atrofia dos músculos das mãos
e antebraços, rigidez e incapacidade.

292
MOLÉSTIA DE
DUPUYTREN

293
SÍNDROME DO MANGUITO ROTATÓRIO
(SÍNDROME DO SUPRA-ESPINHOSO)

É uma inflamação aguda ou crônica acometendo


tendões da bainha dos rotadores.
Esta ligada com exposições a movimentos repetitivos
de braço, elevação e abdução de braços acima da
altura dos ombros, principalmente se associados ao
uso de força por tempo prolongado e elevação de
cotovelo.

294
SÍNDROME DO MANGUITO ROTATÓRIO
(SÍNDROME DO SUPRA ESPINHOSO)

295
TENDINOPATIA DO SUPRA ESPINHOSO
TESTE DE JOBE

296
Epicondilite Medial (Cotovelo de jogador de Golfe)
e Epiconlitite Lateral (Cotovelo de Tenista)

São inflamações agudas ou crônicas que acometem a


inserção de tendões em Epicôndilo Medial e/ou
Lateral.

297
EPICONDILITE MEDIAL É DESCRITA EM
DESCASCADORES DE FIOS.

298
Manobra: cotovelo fletido em 90º com a mão posicionada
em supinação. A flexão do punho contra resistência
provoca dor no epicôndilo medial.

299
EPICONDILITE LATERAL É DESCRITA EM
TRABALHADORES DE FÁBRICAS DE LINGUIÇA,
CORTADORES E EMPACOTADORES DE CARNES E
FRIGORÍFEROS, EM QUE SE DESENVOLVAM
ATIVIDADES COM MOVIMENTOS REPETITIVOS DE
DORSO FLEXÃO (EXTENSÃO).

300
TESTE DE COZEN: MANOBRA COM O COTOVELO
FLETIDO EM 90º COM A MÃO POSICIONADA EM
PRONAÇÃO. A EXTENSÃO DO PUNHO CONTRA
RESISTÊNCIA PROVOCA DOR NO EPICÔNDILO
LATERAL.

301
TESTES DE AVALIAÇÃO DE IMPACTO E
INTEGRIDADE DO MANGUITO
ROTADOR

 Teste do Impacto de Neer


 Teste do Impacto de Hawkins-Kennedy
 Teste do Impacto de Yokum
 Teste do Impacto de Gerber

304
TESTE DO IMPACTO DE NEER: EXAMINADOR
SEGURA A ESCÁPULA E MANDA O PACIENTE ELEVAR
RAPIDAMENTE PASSIVAMENTE O MEMBRO DO
MESMO LADO.

305
TESTE DE IMPACTO DE YOKUM: COLOCA A MÃO
SOBRE O OMBRO OPOSTO E PROCURA FLETIR O
BRAÇO ELEVANDO ATIVAMENTE O COTOVELO,
SEM ELEVAR A ESCÁPULA.
306
TESTE DO IMPACTO DE HAW KINS-KENNEDY: ELEVA
E FLETE BRAÇO 900 RODA INTERNAMENTE DE FORMA
INTENSA PELO EXAMINADOR. SE RODAR
EXTERNAMENTE CONTRA A FORÇA APLICADA PELO
EXAMINADOR CHAMA-SE TESTE DE PATTE

307
TENDINOPATIA DO SUBESCAPULAR
TESTE DE GERBER

308
MANOBRA DE SPURLING- PRESENÇA DE SINTOMAS
RADICULARES EM EXTREMIDADE AO REALIZAR PRESSÃO COM
AMBAS MÃOS SOBRE O TOPO DA CABEÇA COM FLEXÃO LATERAL DA
CABEÇA DO PACIENTE

310
Manobras Clínicas nas LER/DORT

• Teste de Apley: Avaliação rápida da mobilidade ativa do


ombro. Solicitar que toque o ângulo superior da escápula
oposta e a seguir tente tocar o ângulo inferior da escápula
oposta.
• Teste de Jobe para Tendinopatia do Supra espinhoso:
Colocar antebraços estendidos e promover a rotação interna
dos ombros, realizando abdução dos membros contra
resistência.
• Teste de Neer ou Teste de Impacto para a Síndrome do
Impacto do Ombro: Realizar abdução passiva e rápida do
membro superior, estabilizando a escápula.
• Teste de Gerber para Tendinopatia do Subescapular:
Realizar flexão do antebraço e rotação interna do ombro,
afastando o dorso da mão da lombar.
• Teste de Adson para Síndrome do Desfiladeiro
Torácico: Proceder à palpação do pulso radial, abdução com
leve rotação externa, antebraço estendido, solicitando a
rotação da cabeça para o lado examinado. O teste será
positivo, despois de observado a diminuição do pulso.
• Teste de Laségue para Lombociatalgias: Consiste na
elevação anterior da perna com o joelho estendido.
• Teste de Adams para Escoliose: Consiste na flexão anterior
do tronco.
• Pesquisa para S1: Solicitar ao paciente para caminhar com a
ponta dos pés.
• Pesquisa para L4-L5: Solicitar ao paciente para caminhar sobre os
calcanhares.
• Manobra de Filkelstein para Tenossinovite de Quervain:
Consiste em fechar a mão envolvendo o polegar com os dedos e realizar
flexão medial do punho.
• Teste de Cozen para Epicondilite Lateral: Consiste em realizar
flexão do membro superior em 90°, seguida da pronação do antebraço,
realizando extensão do punho contra resistência.
• Teste para Epicondilite Medial: Consiste em colocar o braço a 90°,
supinação do antebraço e realização da flexão do punho contra
resistência.
• Manobra de Tínel, Teste de Phalen e Phalen Invertido: São
realizados para a Síndrome do Túnel do Carpo. Consiste na percussão d
face ventral do punho com a manutenção dos punhos em oposição,
flexão e dedos estendidos por um minuto ou posição de prece por um
minuto.
Parte III:
Doenças relacionadas ao trabalho
Agentes de Riscos Químicos
AGENTE DE RISCO
QUÍMICO:

 Poeiras;
 Neblina (condensação que ocorre junto a superfície);
 Névoas (condensação de vapor d'água em associação com a
poeira, fumaça ou outros poluentes);
 Fumos metálicos;
 Vapor;
 Produtos químicos em geral.

2
As Doenças relacionadas ao Trabalho determinadas por risco
químico, seguem a Classificação Internacional de Schilling.

Existem 3 Grupos:
Grupo I: Doenças em que o trabalho é causa necessária, tipificadas pelas
doenças profissionais, stricto sensu, e pelas intoxicações agudas de
origem ocupacional. Ex: Silicose, Asbestose, Febre Amarela, HIV, Tétano.

Grupo II: Doenças em que o trabalho pode ser um fator de risco


contributivo mas não necessário, exemplificadas pelas doenças comuns,
mais frequentes em determinados grupos ocupacionais e para as quais o
Nexo Causal é de natureza eminentemente Epidemiológica.
Ex: Dengue, Hipertensão, Tuberculose, Diabetes.

Grupo III: Doenças em que o trabalho é provocador de um distúrbio


latente, ou agravador de doença já estabelecida ou preexistentes, ou seja,
com causa, tipificadas pelas doenças alérgicas de pele e respiratórias e
pelos distúrbios mentais, em determinados grupos ocupacionais ou
profissões. Ex: Asma, Dermatites, Sílico-tuberculose3 .
MERCÚRIO
Absorção Pela via respiratória e pela pele

Distribuição na Circulação

Rim Mercúrio + Grupo Pulmão


SNP
sulfidrila da membrana +
Deposição de basal glomerular Cito toxicidade das
anticorpos SNC células mucosas
antimembrana basal
Alteração da
permeabilidade
Liberação de
Glomerulonefrite proteínas séricas e
mesângio - proliferativa mediadores da
Mucosa oral reação inflamatória

Mercúrio Pele Pneumonite tóxica ou


edema pulmonar
Coração
EXPOSIÇÃO AO MERCÚRIO:

Mercúrio Inorgânico (ou metálico): Penetração ocorre pela


via respiratória ou pela pele.

Mercúrio Orgânico (ou metil mercúrio): Penetração pela via


oral ou pela pele.
Tríade da Intoxicação aguda por Mercúrio
(diretamente relacionada à Síndrome de Minamata):

-Excitação;

-Ereção;

-Síndrome clínica do “Chapeleiro Maluco”, na qual o


indivíduo apresenta um quadro neurológico/psiquiátrico e
motor (perda de memória, timidez excessiva, ansiedade,
labilidade emocional, baixa autoestima, irritabilidade,
depressão, delírios, alucinações, desânimo, cansaço, agitação,
insônia, tremor de intenção, contração do campo visual,
combinação de estomatite e de eritema cutâneo, tremor).
SÍNDROME DO CHAPELEIRO
MALUCO
SÍNDROME DE MINAMATA:

Foi provocada por afluentes industriais que apresentavam


altas taxas de Mercúrio orgânico.

A contaminação primária ocorreu em moluscos e na


população desta cidade japonesa.

Foi observado um conjunto de sinais e sintomas (parestesias,


ataxia, tremor, dificuldade da fala e audição e contração dos
campos visuais).
Mercúrio:

1) Síndrome do Chapeleiro Louco.

2) Síndrome de Minamata.

3)Síndrome de Parkinson Like: Decorrente da diminuição de Dopamina, devido a morte


de neurônios responsáveis pela sua produção (Gânglio basal). A diminuição de
Dopamina provoca alteração da coordenação de movimentos, isto é, compromete
atividades de vias relacionadas ao SNC.

Os 4 principais sintomas são: Tremor de repouso e/ou de movimento;


Bradicinesia; Rigidez muscular e Alteração postural que pode provocar
desequilíbrio.

Mercúrio/Manganês/Monóxido de Carbono
MERCÚRIO

VR IBMP

Mercúrio na Urina Até 5 µg/ g 35 µg/ g


de creatinina de creatinina
MERCÚRIO
> Intoxicação Crônica:
• Estomatite;
• Gengivite;
• Secura na boca;
• Sabor metálico;
• Diarréia;
• Cólica;
• Tremores (tremores finos das extremidades);
• Alterações na escrita;
• Rigidez muscular;
• Pequenos movimentos da face;
• Câimbras dolorosas;
• Alterações psíquicas (perturbações do caráter);
• Voz monótona (sussurrada);
• Dermatite.
TRATAMENTO DA INTOXICAÇÃO POR MERCÚRIO

• BAL (Dimercaprol): 3 mg/kg de peso, até 300 mg


em uma só dose, por via intramuscular (nas
intoxicações agudas);

• Evitar exposição de trabalhadores com doenças


hepáticas, renais, pulmonares e neurológicas.
MANGANÊS

Penetração: Inalação de poeira de dióxido de manganês / Inalação de


“fumos metálicos de manganês”(provocando a febre dos fumos metálicos).

A contaminação de trabalhadores (principalmente mineiros), provoca


também Síndrome Extrapiramidal Progressiva, havendo surgimento
de alterações da marcha, de rigidez e de tremor;

É frequente alterações indicativas de “Parkisonismo”, com hipocinesia,


redução da mímica, instabilidade postural, micrografia.

Exemplos:

40
41
MANGANÊS
Intoxicação Crônica:

Cefaléia;
Astenia;
Anorexia;
Principal efeito é sobre o SNC;
Parkisonismo;
Distúrbios da locomoção;
Irritabilidade;
Nervosismo
Compromete a função motora (transtorno da Coordenação);
Rigidez muscular;
Tremor de repouso;
Bradicinesia;
Transtorno mental (loucura mangânica);
Hepatotoxicidade;
Efeitos sobre a reprodução humanas;
O passo da bailarina é característico do manganismo.
INIBE A AÇÃO DA
ACETILCOLINESTERASE

Taquicardia
Acetilcolina Receptores
+
nos sítios de transmissão Nicotínicos
colinérgica PA
-
Receptores Bradicardia
Muscarinicos

PA
Paralisa da musculatura
respiratória IR

Edema Pulmonar Agudo


44
ORGANOFOSFORADOS E CARBAMATOS

A contaminação aguda ocorre principalmente em tentativa de


suicídio.

Os sintomas correspondem ao efeitos:


• Muscarínicos - salivação, sudorese, broncoespasmo,
bradicardia e diarreia.
• Nicotínicos - taquicardia, hipertensão, fraqueza muscula e
fasciculações.
• Efeitos Centrais - visão borrada, tremores, confusão,
convulsão e coma.

45
INIBE A AÇÃO DA ACETILCOLINESTERASE

Miose

. Sialoréia
. Dor abdominal
. Diarreia

Fraqueza muscular

Fasciculação muscular

Convulsão Coma 46
Controle Biológico da exposição ocupacional a
Organofosforados:

Dosagem da Colinesterase Eritrocitária ou Plasmática ou


Colinesterase Eritrocitária e Plasmática (sangue total).
VR – Determinar a atividade pré-ocupacional.
IBMP :
• Colinesterase Eritrocitária: 30% de depressão da atividade inicial.
• Colinesterase Plasmática: 50% de depressão da atividade inicial.
• No sangue total: 25% de depressão da atividade inicial.
ORGANOFOSFORADOS E
CARBAMATOS
Diagnóstico: Anamnese e dosagem da acetilcolinesterase
eritrocitária ou colinesterase plasmática ou colinesterase
eritrocitária e plasmática.

Tratamento: Atropina em alta doses / Contrathion.

Na intoxicação crônica prevalecem


sinais e sintomas neurológicos.
ORGANOFOSFORADOS E DEFENSIVOS
FOSFORADOS

49
Parte IV
Doenças relacionadas ao trabalho
Agentes de Riscos Físicos
RUÍDO (PAINPSE)

Conceito de PAINPSE
A perda auditiva induzida por níveis de pressão sonora
elevado (PAINPSE), é uma diminuição gradual da
acuidade auditiva decorrente da exposição continuada em
níveis elevados de pressão sonora.

Conceito de Trauma Acústico


É uma perda auditiva súbita decorrente de uma única
exposição a pressão sonora intensa ou devido a trauma
físico do ouvi.
CARACTERÍSTICAS DA PAINPSE

NEUROSSENSORIAL IRREVERSÍVEL

BILATERAL

NÃO PROFUNDA *

122
FATORES QUE INFLUENCIAM A PAINPSE

Características do ruído:

 Tempo de dose de exposição;


 Susceptibilidade individual;
 Exposição simultânea a produtos químicos
ototóxicos.

123
FISIOPATOLOGIA DA PAINPSE

Lesão DEGENERAÇÃO DAS


CÉLULAS CILIADAS
Coclear EXTERNAS

DEGENERAÇÃO DAS
CÉLULAS CILIADAS
INTERNAS

DEGENERAÇÃO DAS CÉLULAS


DE SUPORTE

124
AUDIOMETRIA

Para a realização de Exames

Pré-requisitos (para o trabalhador):


• Meato acústico livre.
• 14 horas de repouso acústico.

Pré-requisitos (para os equipamentos):


• Calibração eletrônica anual dos equipamentos.
• Cabine acústica com aferição a cada 5 anos.
125
AUDIOMETRIA TONAL
(exame subjetivo)

VIA VIA
ÓSSEA
AÉREA

126
DEFICIÊNCIA AUDITIVA

Perda parcial ou total das possibilidades auditivas


sonoras, variando de graus e níveis na forma seguinte:

a) de 25 a 40 decibéis (dB) – surdez leve;


b) de 41 a 55 dB – surdez moderada;
c) de 56 a 70 dB – surdez acentuada;
d) de 71 a 90 dB – surdez profunda;
e) Anacusia.

127
EMBOLIA TRAUMÁTICA

É uma das ocorrências mais sérias da atividade


hiperbárica:

 Pode acontecer em qualquer modalidade de trabalho


sob pressão;
 Ocorre por retenção da mistura respiratória, em
expansão nos pulmões, determinando pressão
intrapulmonar aumentada.
QUADRO CLÍNICO:

 Tontura e mal-estar;
 Desorientação;
 Náuseas e vômitos;
 Tosse;
 Dispneia;
 Dor torácica;
 Distúrbios neurológicos;
 Choque;
 Convulsões;
 Pele marmórea.
DOENÇA DESCOMPRESSIVA

Ocorre quando o trabalhador respira uma mistura


pressurizada.
É determinada pela absorção do gás inerte.

Quadro Clínico:
 Hematomas na parede abdominal;
 Alterações neurológicas;
 Lesão medular (distúrbios esfincterianos);
 Dor abdominal;
 Dor em cinta;
 Dor lombar.
OSTEONECROSE ASSÉPTICA:

Ocorre principalmente em trabalhadores que operam em


trabalhos sob ar comprimido.
É comum em mergulhadores durante as descompressões
(frequentemente é associada à Doença Descompressiva).

Ocorre tipicamente no úmero, fêmur e tíbia.


PARTE V
DOENÇAS RELACIONADAS AO TRABALHO
AGENTES DE RISCOS BIOLÓGICOS
• NR 15 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES

• ANEXO N.º 14 (APROVADO PELA PORTARIA SSST


N.º 12, DE 12 DE NOVEMBRO DE 1979) AGENTES
BIOLÓGICOS RELAÇÃO DAS ATIVIDADES QUE
ENVOLVEM AGENTES BIOLÓGICOS, CUJA
INSALUBRIDADE É CARACTERIZADA PELA
AVALIAÇÃO QUALITATIVA.

188
NR 15
O EXERCÍ
CIO DE TRABALHO EM CONDIÇÕ ES DE
INSALUBRIDADE ASSEGURA AO TRABALHADOR A
PERCEPÇÃO DE ADICIONAL, INCIDEN TE SOBRE O
SALÁRIO MÍNIMO DA REGIÃO,EQ UIVALENTE A:

• 40% (quarenta por cento), para insalubridade degrau


máximo;

• 20% (vinte por cento), para insalubridade de grau médio;

• 10% (dez por cento), para insalubridade de grau mínimo;

189
INSALUBRIDADE DE GRAU MÁXIMO

Trabalho ou operações em contato permanente


com:
• Pacientes em isolamento por doenças infecto-
contagiosas, bem como objetos de seu uso, não
previamente esterilizados;
• Carnes, glândulas, vísceras, sangue, ossos, couros, pelos
e dejeções de animais portadores de doenças
infectocontagiosas (carbunculose, brucelose,
tuberculose);
• Esgotos (galerias e tanques);
• Lixo urbano (coleta e industrialização).
190
INSALUBRIDADE DE GRAU MÉDIO

• Trabalhos e operações em contato permanente


com pacientes, animais ou com material infecto
- contagiante, em:

• Hospitais, serviços de emergência, enfermarias,


ambulatórios, postos de vacinação e outros
estabelecimentos destinados aos cuidados da saúde
humana (aplica-se unicamente ao pessoal que tenha
contato com os pacientes, bem como aos que
manuseiam objetos de uso desses pacientes, não
previamente esterilizados);
191
HOSPITAIS,AMBULATÓRIOS,POSTOS DE VACINAÇÃO E
OUTROS ESTABELECIMENTOS DESTINADOS AO
ATENDIMENTO E TRATAMENTO DE ANIMAIS (APLICA-SE
APENAS AO PESSOAL QUE TENHA CONTATO COM TAIS
ANIMAIS);

• Contato em laboratórios, com animais destinados ao


preparo de soro, vacinas e outros produtos;
• Laboratórios de análise clínica e histopatologia (aplica-se
tão só ao técnico);
• Gabinetes de autópsias, de anatomia e
histoanatomopatologia (aplica-se somente ao pessoal
técnico);
• Cemitérios (exumação de corpos);
• Estábulos e cavalariças;
• Resíduos de animais deteriorados.
192
LISTA DEDOENÇAS INFECCIOSAS EPARASITÁRIAS
RELACIONADAS AO TRABALHO, DE ACORDO COM A
PORTARIA DO MINISTÉRIO DA SAÚDENÚMERO
1.339/1.999.
1. Tuberculose: Considerada doença relacionada ao trabalho, do Grupo II, da
Classificação de Schilling.
 Trabalhadores em laboratórios de biologia, trabalhadores em contatos com
doentes baciliferos, trabalhadores expostos a poeira de sílica e/ou portadores de
silicose (sílico-tuberculose / Grupo III de Shilling).
 Prevenção por vacinação BCG. Vacinar os trabalhadores de saúde não
reatores à prova tuberculínica. Teste cutâneo (PPD).
2. Carbúnculose: Doença relacionada ao Trabalho do Grupo I de Schilling. É
causada pelo Bacilus Anthracis. Principais grupos de risco são os tratadores de
animais, pecuaristas, trabalhadores em matadouros, curtumes, moagem de
ossos, tosas de ovinos, manipuladores de lã crua, veterinários e seus auxiliares.
 Prevenção por vacinação dos trabalhadores de indústrias com alto risco de
contaminação pelo antraz.

193
3. BRUCELOSE: DOENÇA RELACIONADA AO TRABALHO DO GRUPO
I DE SCHILLING.
Acontece pela exposição ocupacional a Brucella, em abatedouros, frigoríferos,
manipulação de carne ou de produtos derivados, ordenha e fabricação de laticínios.
Prevenção através de medidas de biossegurança, EPI adequados e facilidades para a
higiene pessoal.

4. Leptospirose: Doença relacionada ao Trabalho do Grupo II de Schilling, posto que


as circunstâncias ocupacionais da exposição à leptospira podem ser consideradas como
contribuintes.

Trabalhadores que exercem atividades em contato direto com águas contaminadas ou


em locais com dejetos de animais portadores de germes, como nos trabalhos efetuados
dentro de minas, túneis, galerias e esgoto, cursos d’água e drenagem, contato com
roedores e com animais domésticos, preparação de alimentos de origem animal, de
laticínios.
Prevenção ocorre com EPIs adequados, disposição adequada de restos de alimento e do
lixo em geral.

194
5. TÉTANO: DOENÇA DO GRUPO I DE SCHILLING.

A contaminação dos trabalhadores ocorre principalmente em acidentes de trabalho na


agricultura, construção civil, mineração, saneamento e coleta de lixo.
Prevenção por Vacinação.
6. Dengue: Doença relacionada ao trabalho, do Grupo II de Schilling.
É comum em trabalhadores que exercem atividades em zonas endêmicas, em
trabalhadores de saúde pública e em laboratórios de pesquisa.
Prevenção pelos EPIs adequados e aplicação no ambiente de trabalho
de regulamentos sanitários existentes nos estados e municípios.
7. Febre Amarela: Considerada como Grupo I de Schilling.
Ocorre em trabalhadores que exercem atividades de saúde pública, laboratórios de
pesquisas, agricultores, trabalhadores florestais, extração de madeira, em áreas e
regiões afetadas.

195
8. HEPATITES VIRAIS (HEPATITE A, B, C):

A = A fonte de infecção é o próprio homem e a transmissão, direta, por mãos sujas ou


por água ou alimentos contaminados.
B = Em secreções e excreções do corpo (sangue esperma, saliva).
C = A soroprevalência em trabalhadores da saúde parece ser similar a
da população e geral.
Em determinados trabalhadores, as Hepatites Virais são consideradas do Grupo II de
Schilling.
Prevenção acontece por vacinação específica para HBV, exames
sorológicos para identificação de antígenos e anticorpos específicos.

9. HIV/Aids: DRT classificada no Grupo I de Schilling, posto que as circunstâncias


ocupacionais da exposição ao vírus são acidentais ou ocorrem em condições específicas
de trabalho.

196
EM CASOS DE EXPOSIÇÃO E ACIDENTES COM MATERIAL
BIOLÓGICO, RECOMENDAM-SE AS SEGUINTES PRECAUÇÕES
IMEDIATAS:

 Solicitar os mesmos exames para o paciente - origem do acidente,


não esquecendo de elaborar um termo de consentimento informado,
visando a alertar o paciente da importância desses exames e receber
sua concordância;
 Informar ao acidentado a necessidade de iniciar imediatamente o
uso de quimioprofilaxia, preferencialmente até 2 horas após o
acidente;
 Suspender o tratamento quimioprofilático caso os exames realizados
sejam negativos;
 Realizar o acompanhamento médico e laboratorial por meio da
realização do anti-HIV em 6 semanas, 12 semanas e 6 meses.

197

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