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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

DEPARTAMENTO DE FÍSICA E QUÍMICA – ICEI


CURSO DE FÍSICA

MEDIDAS DIRETAS E INDIRETAS

CARLOS JOSE AGUIAR SIQUEIRA


JOÃO VITOR MARTINS NETO

PROFESSORA ADRIANA GOMES DICKMAN

08/02/2021 – Belo Horizonte


Objetivos: Obter medidas diretas e indiretas usando materiais comuns; analisar os
resultados e definir as incertezas de cada medição.
Introdução:
Quando medimos algo precisamos de um instrumento com uma unidade de
medida definida, como balanças, réguas, termômetros, multímetros etc., porém, em
qualquer um dos citados, sempre haverá uma incerteza sobre o valor encontrado no
momento de medição. Podemos entender melhor esse conceito imaginando uma
balança de ponteiro que está medindo 52 kg, todavia, o indicador está um pouco
para cima do número 52 e o dispositivo só mede até kg, nada menos que isso.
Nesse momento costumamos tentar adivinhar o próximo algarismo que irá depois do
52, mas não é possível dizer com exatidão. Essa duvida em casos como esse é
chamada de incerteza e geralmente usamos a metade da unidade correspondente à
menor divisão. Como nesse caso a menor unidade é o próprio quilograma, podemos
dizer que um observador iria olhar e dizer que deu 52,6 kg, mas outro observador
daria 52,4 kg. Eles não estão errados, nem corretos, pois não conseguem dizer com
exatidão o valor, por isso esses valores estimados são chamados de algarismo
duvidoso.
Também podemos descobrir a incerteza de medidas indiretas e para isso
basta medir as outras grandezas e relacionar com . Abaixo está
regras para definir a incerteza de uma medida indireta:
i) Caso y seja a soma ou subtração de grandezas a, b, c,...:

ii) Caso y seja a multiplicação de uma grandeza a por uma constante K:

iii) Caso y seja a divisão de uma grandeza a por uma constante K:

iv) Caso y seja a multiplicação ou divisão de uma grandeza a, b, c,...:

v) Caso y seja a potência n de uma grandeza a:

Usando os conhecimentos apresentados a cima, iremos medir um


objeto retangular e um cilíndrico.
Materiais: duas réguas, um livro e um porta lápis.
Método:
Nos dois experimentos foi usado réguas com a menor divisão sendo o
milímetro, com incerteza de 0,05 cm.
Para o primeiro experimento foi escolhido um livro. Com a régua, medimos o
comprimento, largura e altura do objeto e com esses três dados conseguimos obter
o volume usando a fórmula . Como o volume foi obtido através da
multiplicação das outras grandezas, usamos a fórmula apresentada na medida de
incertezas indiretas.

Já no segundo experimento foi escolhido um porta lápis. Após medir o


diâmetro e a altura do objeto, chegamos ao volume utilizando a fórmula .
Seguindo o mesmo processo do primeiro experimento, medimos a incerteza do
volume através da fórmula para potência.

Resultado e análises:
Primeiro experimento:
L1 = 22,95 cm (0,05 cm de incerteza)
L2 = 16,0 cm (0,05 cm de incerteza)
L3 = 2,60 cm (0,05 cm de incerteza)
Volume = 954,72 cm3 (0,02 cm3)
Tivemos um pouco de dificuldade ao medir a altura do livro, pois como ele
estava maleável, sua altura variava com forme era apertado. Escolhemos medir com
ele estando apertado.

Segundo experimento:
D = 9,00 cm (0,05 cm de incerteza)
H = 9,60 cm (0,05 cm de incerteza)
V = 610,41 cm3 (0,02 cm3)
Conclusão:
Entender como cada medida tem sua incerteza é de suma importância para
que os resultados fiquem mais informativos e que possa ajudar em experimentos
mais complexos.
Medir os objetos e usar esses valores para achar o volume e posteriormente
suas incertezas não foi uma tarefa difícil, mas é valido mencionar que mesmo algo
simples assim necessita de instrumentos de medida com uma qualidade melhor,
pois uma das réguas usadas era maleável e escura, dificultando um pouco ao medir.
No entanto, todos as medidas foram feitas diversas vezes para que não tivesse
nenhuma duvida sobre o valor correto.

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