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aula 13

AULA 13

AUDITORIA FISCAL PARA


CONCURSOS
TEORIA E QUESTÕES PARA CONCURSOS DA ÁREA FISCAL

PROF. ARTHUR LEONE


Prof. Arthur Leone
Auditoria fiscal para concursos Aula 13

Sumário
SUMÁRIO .................................................................................................................................................................. 1

SISTEMA DE GERENCIAMENTO DE BANCO DE DADOS -SGBD ........................................................................ 2


SISTEMAS ERP – ENTERPRISE RESOURCE PLANNING ................................................................................................. 2

ASSINATURA DIGITAL ............................................................................................................................................. 4

EXPLORANDO O LEIAUTE DA EFD ........................................................................................................................ 7


PREENCHIMENTO DOS CAMPOS .................................................................................................................................. 9

EXAMES E CRUZAMENTOS NA EFD .................................................................................................................... 13


ERRO NOS CÓDIGOS DE ITENS ................................................................................................................................. 13
ZEROS A ESQUERDA................................................................................................................................................ 13
CONVERSÃO DE MEDIDAS ........................................................................................................................................ 14

CRUZAMENTOS...................................................................................................................................................... 15
BLOCO K ................................................................................................................................................................ 16
BLOCO H................................................................................................................................................................ 20
BLOCO G – CIAP ................................................................................................................................................... 21
CRÉDITOS INDEVIDOS OU A MAIOR ............................................................................................................................ 24
VERIFICAÇÕES EM OPERAÇÕES DE IMPORTAÇÃO (ICMS) ........................................................................................... 26
CICLO COMPLETO DA EMISSÃO DE NOTAS FISCAIS ..................................................................................................... 29

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Sistema de gerenciamento de banco de dados -SGBD


Os conteúdos de auditoria fiscal têm apresentado o tema SGBD. A necessidade de inclusão desse tema,
embora de forma muito superficial até o momento, se dá pelo fato de o SPED ser o resultado de uma
manipulação de banco de dados. O programa gerador do SPED, apesar de ser um software que permite
a inserção de dados manuais a partir do próprio programa (assim como a nossa declaração do imposto
de renda da pessoa física), ele foi pensado e preparado para receber também dados prontos no formato
TXT de outros sistemas da empresa. No início, inclusive, não era possível fazer os lançamentos
manualmente diretamente no software do SPED, embora agora seja possível.
Ao ser um grande recebedor de dados, a empresa consegue integrar o seu contas a pagar, contas a
receber, RH, vendas, centros de custos e outros ao SPED mediante uma solução de TI adequada. A
empresa utilizará um programa gerenciador de banco de dados de modo a conectar todas as áreas da
entidade e produzir os dados que serão descarregados no SPED.
Vamos definir o SGBD...

Um Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados (SGBD) – é o conjunto de programas de


computador (softwares) responsáveis pelo gerenciamento de uma base de dados. Seu principal
objetivo é retirar da aplicação cliente a responsabilidade de gerenciar o acesso, a manipulação
e a organização dos dados. O SGBD disponibiliza uma interface para que seus clientes possam
incluir, alterar ou consultar dados previamente armazenados. Em bancos de dados relacionais
a interface é constituída pelas APIs (Application Programming Interface) ou drivers do SGBD,
que executam comandos na linguagem SQL (Structured Query Language).” (wikipedia)

Parece complicado abordar esse tema dentro da auditoria. Até o momento, o tema não tem sido cobrado
com muita profundidade, exceto quando o concurso exige a especialização de TI. E fora dessa
especialização, os conceitos são relativamente simples.

Aa partir da definição acima de SGBD, podemos concluir que tudo o que fazemos num banco de dados,
devemos fazê-lo a partir de um SGBD. Os SGBD salvam, criam, ligam, modificam os dados e fornecem
a interface para os usuários acessarem o banco de dados.

Nada mais é, portanto, do que um software para gestão das bases de dados.

Sistemas ERP – Enterprise Resource Planning


Para tentar conectar a realidade empresarial às necessidades do SPED, vamos trazer a prática dos
sistemas ERP.

Os sistemas ERP tem como função conectar todas as áreas da empresa (vendas, custos, RH, estoques,
caixa...). Eles adaptam as tabelas e regras de negócio conforme o interesse, mapeando-os para que
sejam recepcionados no arquivo SPED. Vamos entender:

Imagine uma grande rede de supermercados em que você efetuou a compra de um produto Y. Ao passar
pelo caixa, é feita a leitura do código de barras do produto Y e é gerado a nota fiscal e a sua conta para
pagar. Ocorre que isso é a ponta do iceberg e por trás dessa simples operação há dezenas de outras.

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Numa grande rede, o processo de passar pelo caixa com a leitura do código de barras do produto gera
automaticamente e em razão da integração de diversos sistemas, os seguintes lançamentos:

- o estoque é automaticamente baixado em 01 unidade do produto Y e reconhecido o CMV

- são lançadas as receitas de venda a débito da conta caixa (se o pagamento foi à vista)

-a nota fiscal gerada e todos os códigos da operação fiscal como CFOP, CST, alíquota etc foram
devidamente incorporados nos bancos de dados para apuração futura dos tributos, créditos e débitos.

-caso o pagamento tenha sido com cartão de crédito, possivelmente fará nascer na contabilidade um
ativo a receber.

Antigamente, as empresas dependiam da nota fiscal física para efetuar seus registros na escrituração,
hoje é possível adquirir sistemas que capturam os arquivos XML do seu interesse em todo o Brasil e sua
importação para um ERP.

Perceba que quando a empresa tem os seus sistemas conectados, ela consegue fazer a integração de
todas as áreas a partir da simples passagem do produto pelo caixa do supermercado. Isso facilitará em
muito a geração dos arquivos SPED contábil e fiscal. Para que tudo isso dê certo, a empresa não pode
utilizar um sistema no contas a pagar, outro tipo de sistema no contas a receber, um terceiro sistema no
estoque etc. Para fazer a gestão plena do seu banco de dados precisa ter um o projeto comum de TI, o
que exige um bom projeto de SGBD para que consiga alimentar não só o SPED, mas também outros
sistemas de decisão empresarial.

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Assinatura digital
Já sabemos que os documentos do SPED são assinados por certificado digital. Apenas assim garante-
se sua validade jurídica.

Vamos explorar um pouco mais esse ponto...

Os certificados são tipo A, tipo S e tipo T. Na sistemática da escrituração digital interessam-nos os tipo A,
que podem ser A1 ou A3.

Atenção: com o escopo do SPED, apenas são mencionados os certificados A1 e A3, portanto não nos
parece útil avançar em “S” e “T”. Todos os documentos eletrônicos são assinados digitalmente com uso
de Certificados Digitais, do tipo A1 ou A3, expedidos, em conformidade com as regras do ICP-Brasil, pelos
representantes legais ou seus procuradores, tendo este arquivo validade jurídica para todos os fins, nos
termos dispostos na MP-2200-2, de 24/08/2001.

A principal diferença entre A1 e A3 é a forma de armazenamento:

Certificado A1 – é armazenado diretamente no computador que será usado. Desta maneira, não seria
possível emitir uma NF-e em máquinas diferentes, por exemplo. Um sistema que requer assinatura digital
fará acesso ao certificado digital instalado na máquina sem necessidade de login ou senha.

Geralmente quando a empresa utiliza emissores automáticos de Notas fiscais e sistemas ERP, a
preferência é pelo A1.

Certificado A3 – é armazenado em uma mídia como um token ou cartão, ou em nuvem, de modo que
você pode utilizar o certificado operando-o a partir de qualquer computador que esteja preparado para
tal. Oferece, portanto, maior comodidade. A cada acesso, deve ser informado login e senha.

O A1 tem validade (1 ano) menor que o A3 ( 1 a 5 anos).

FCC – SEFAZ-AP/Auditor/2022

O Manual de Orientação do Contribuinte referente à NFe, versão 7.0, informa que o certificado digital
utilizado no Sistema Nota Fiscal eletrônica será emitido por Autoridade Certificadora credenciada pela
Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil). Podem ser utilizados certificados com as
seguintes características:

I. Armazenado no computador ou no dispositivo móvel (smartphone ou tablet).

II. Armazenado em cartão, token criptográfico ou diretamente na nuvem.

Os tipos de certificados digitais descritos em I e II são, correta e respectivamente,

(A) A1 e A3.

(B) A3 e T3.

(C) A1 e S1.

(D) S1 e S3.

(E) A3 e S3.

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Resolução:

Os certificados são tipo A, tipo S e tipo T. Na sistemática da escrituração digital interessam-nos os tipo A,
que podem ser A1 ou A3. A principal diferença é a forma de armazenamento:

Certificado A1 – é armazenado diretamente no computador que será usado. Desta maneira, não seria
possível emitir uma NF-e em máquinas diferentes, por exemplo. Um sistema que requer assinatura digital
fará acesso ao certificado digital instalado na máquina sem necessidade de login ou senha.

Geralmente quando a empresa utiliza emissores automáticos de Notas fiscais e sistemas ERP, a
preferência é pelo A1.

Certificado A3 – é armazenado em uma mídia como um token ou cartão, de modo que você pode utilizar
o certificado operando-o a partir de qualquer computador que esteja preparado para tal. Oferece, portanto,
maior comodidade. A cada acesso, deve ser informado login e senha.

O A1 tem validade (1 ano) menor que o A3 ( 1 a 5 anos).

Resposta: A

FGV-SEFAZ-ES – Auditor/2021

Segundo o Guia Prático EFD-ICMS/IPI, os arquivos digitais devem ser assinados por meio de certificado
digital, tipo A1 ou A3. Na tabela de referência a seguir, considere as comparações sobre esses dois tipos.

Dessas comparações, estão corretas

A. I e II, somente.

B. I, III e IV, somente.

C. II, III e IV, somente.

D. III e IV, somente.

E. I, II, III e IV.

Resolução:

A1 – está instalado na máquina que será requerido o certificado (é possível instalar em outras máquinas).
O programa em uso que requer certificado digital acessa o arquivo diretamente na máquina em que está
instalado sem necessidade de inserir senha.

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A3 – está instalado em um dispositivo como um token, cartão ou nuvem; pode ser usado em outras
máquinas mediante login e senha a cada acesso desde que a máquina esteja preparada para ler o token
o cartão e outros, porém o certificado se encontra neste dispositivo (token ou outro ), e não na máquina.
Para facilitar, digamos que o A3 permite que você o porte em qualquer lugar que esteja.

A1 – validade de 1 anos

A3 – validade de1 a 5 anos

Resposta: B

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Explorando o leiaute da EFD


Aspectos mais técnicos envolvendo o leiaute dos arquivos começaram a ser cobrados nas provas,
demonstrando que a cobrança sobre o SPED tende a se aprofundar. Observe o leiaute definido para o
Bloco 0 abaixo, vamos destacar alguns aspectos:

Note que este bloco e todos os demais serão iniciados pelo registro X001 e serão encerrados pelo registro
X990. Apesar de todos os blocos manterem essa estrutura, isto é, o bloco B inicia com B001 e se encerra
com B990; o bloco C inicia com C001 e se encerra com C990 e a e assim sucessivamente, temos uma
peculiaridade no bloco 0, pois é ele que inicia escrituração do arquivo SPED.

O arquivo SPED terá um registro de abertura 0000 e um registro de encerramento 9999. Entre esses 2
registros, nós teremos os blocos da escrituração ( blocos 0, B, C, D, E, G, H, 1, 9).

Vamos verificar um outro bloco (que não seja o bloco 0) para captarmos uma nuance, observe o exemplo
do bloco B:

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Note que a partir do bloco B, não haverá o registro de abertura “0000”, uma vez que o arquivo SPED já
está iniciado por ocasião da criação do Bloco 0. Assim, o registro de abertura aparece apenas uma vez
no início do arquivo, e também uma vez aparece o registro de encerramento 9999 do arquivo SPED. A
forma de iniciar e encerrar os blocos é diferente da forma de encerrar iniciar o arquivo do SPED. Note
que no nosso exemplo, o bloco B é iniciado com o registro B001 e é encerrado com o registro B990. Não
temos o registro de abertura do “arquivão” do SPED (0000), pois eles já foram iniciados por ocasião do
bloco 0.

Vamos pensar no SPED como um “arquivão” composto por “arquivinhos”, que são os blocos.

Fique atento que o “arquivão” da EFD começa com o registro 0000 e termina com 9999, mas cada bloco
(arquivinho) começa com 001 e termina com 990

O registro de abertura do SPED seria:


|0000|010|0|01012016|31012016| EMPRESA ARTHUR LTDA|999999999999999 ||BA| 2243658792|4314902|||A|0|

E apareceu...
FGV-SEFAZ-ES/21

Com referência ao arquivo digital associado à EFD ICMS IPI, assinale a lista que expressa corretamente
a estrutura de apresentação dos registros (abaixo, respectivamente as alternativas A a E)

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A)

B)

C)

D)

E)

Resolução:

Devemos saber que o SPED é iniciado com o registro 0000 ( já eliminamos A e C) e encerrado com o
9999 ( já eliminamos A e E). Entre esses registros, nós teremos os blocos 0, B, C, D, G,. H, K ,1, 9. Não
há blocos em sequência numérica como 1, 2, 3, 4, 5... ( assim, eliminamos E, C, B). Os blocos geralmente
são letras, ,exceto os blocos 0, 1 e 9.

Resposta: D

Preenchimento dos campos


O preenchimento dos Campos do SPED exige a observância de certas regras, especialmente
relacionados a caracteres especiais definição do milhar e da casa decimal. Vejamos algumas
observações importantes:

Campos alfanuméricos: podem ser utilizados todos os caracteres, exceto “|” (Pipe). O pipe é utilizado
como marcador separador dos Campos, portanto está inserido na própria lógica do código do arquivo e
não deve ser usado. Não podem ser usados ainda aqueles caracteres não imprimíveis (são caracteres
de controle de arquivos, controle de dispositivos, separadores de arquivos etc)

Não poderão ser informados espaços “em branco” no início ou ao final da informação. É importante ter
cuidado também com os zeros à esquerda, eles podem afetar o valor do campo.

Campos numéricos: aceitam 0 a 9 (posições 48 a 57 da tabela ASCII).

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Separador de milhar: não usar.

Separador de decimal: vírgula.

Tamanho dos campos: alfanumérico, até 255 caracteres; numérico, sem limite. Exceto se houver fixação
em contrário.

Vamos observar como deve ser a escrita dos campos, pois foram objeto de prova recente:

Vamos destacar a impossibilidade de se utilizar o sinal “%”, mesmo nos campos que sinalizam alíquotas;
bem como o máximo de cuidado para utilizar a vírgula como marcador decimal, sendo que o numeral
poderá ter mais de uma casa decimal sem qualquer óbice. Os zeros após a vírgula, não modificam o valor
do campo, de modo que 5,5 = 5,50, por exemplo. Observar ainda a impossibilidade de utilizar o marcador
de milhar “.” ou de moeda “R$”. Observe ainda que um campo vazio é diferente de um campo em que foi
incluído o valor zero.

FGV-SEFAZ-ES/21

Sobre as regras do leiaute de preenchimento de um arquivo de Escrituração Fiscal Digital – EFD ICMS
IPI, analise as afirmativas a seguir (C/E).

___I. O caractere "|" (pipe) deve ser utilizado como delimitador de campos.

___ II. Uma data como 12 de Junho de 2021, por exemplo, deve ser codificada como 12062021.

___ III. Um valor decimal como mil e duzentos reais e cinquenta centavos, por exemplo, deve ser
codificado como 1,200.50.

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___ IV. Valores que expressam percentuais devem ser seguidos pelo caractere “%”.

Resolução:

I – Certo. O “|” tem função exclusiva de delimitador de campo, não sendo um caractere utilizável para
preencher os campos.

II – Certo. Não devem ser utilizados qualquer caractere especial, apenas o formato DDMMAAAA.

III – Errado. Não devemos utilizar o marcador de milhar e o marcador da casa decimal deve ser
obrigatoriamente a vírgula.

III – Errado. não deve ser utilizado o sinal “%”, mesmo no campo que sinalize alíquota. Uma alíquota de
17,5% deve ser escrita como |17,5| ou |17,50|, por exemplo.

Resposta: CCEE

O leiaute estabelece também o tamanho dos campos em alguns casos. Exemplo: ao especificar o
tamanho do campo data, o leiaute fixou em 8 caracteres, no formato ddmmaaa. Observamos isso
verificando as instruções de leiaute do SPED. Note, no exemplo abaixo, que para o campo data foi fixado
o tamanho de 008* (8 caracteres), o CNPJ 014* (14 caracteres). Isso implica no limite máximo de
caracteres que podem ser transcritos em cada um desses campos. A importância desse tema se deve ao
fato de os campos numéricos geralmente não terem limites de caracteres, exceto para aqueles que são
previsíveis como datas, número de CNPJ e outros.

O leiaute também vai descrever as possibilidades dos registros serem pais ou filhos, bem como quantos
filhos podem estar vinculados a um único registro pai.

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Reflita:

Existe registro pai sem filho?

Existe registro filho sem pai?

Respondendo: A geração do arquivo requer a existência de um “Registro Pai”, quando houver um


“Registro Filho”. Logo, não existe “filho” sem “pai”.

O arquivo da EFD-ICMS/IPI é hierárquico, isso significa que após lançar um registro pai C100, todos os
seus filhos devem ser informados, e só então o próximo registro C100 pode ser iniciado. Supondo que
foram emitidas 10 notas fiscais: serão gerados 10 registros C100 e seus respectivos filhos.

É sempre bom falar do registro C100. Talvez seja o “mais falado” ou mais propício para ser cobrado em
prova. Só para relembrar, para cada nota fiscal emitida será gerado um C100.

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Exames e cruzamentos na EFD

Erro nos códigos de itens

|0200|123194|SABAO PO OMO|1234567890123||UN0001||21041021|||||

|0200|123310|SABAO PO OMO|1234567890123||UN0001||21041021|||||

Observe nos arquivos TXT acima constantes na EFD que, apesar de se referirem ao mesmo produto
(sabão em pó Omo), os produtos foram referenciados com código diferente. Isso fará com que o sistema
não os reconheça como idênticos. Observe a movimentação envolvendo saldo inicial (SI), entradas,
saídas e saldo final. Veja que, ao tratar os produtos como distintos, gerou-se uma diferença na apuração
dos estoques:

Produto SI Entrada Saída Saldo final Diferença

123194 10 10 10 10

123310 10 -10
(incorreto)

Produto “123194”: Tínhamos 10 unidades (SI) do produto, adquirimos mais 10 (entrada) e vendemos
10. Logo, deveríamos ter em nossos estoques físicos um total de 10 unidades, porém o nosso saldo
escritural é de 20, pois nenhuma venda fora escriturada. O confronto do estoque físico com o escriturado
vai indicar omissão de vendas.

Por que isso ocorreu?

No momento de registrar a saída de 10 unidades, esta foi feita utilizando o código de produto indevido,
gerando a diferença nos estoques. O estoque era do produto “123194”, mas a saída foi registrada como
se fosse o produto “123310”. Como houve o registro da venda com utilização de código indevido, acabou
gerando um estoque negativo em um e uma omissão no outro. A correção exige o lançamento adequado
das 10 unidades vendidas no produto “123194”.

Zeros a esquerda

|0200|001234|SABAO PO OMO|1234567890123| |UN0001| |21041021|||||

|0200|1234|SOBAO PO OMO|1234567890123||UN0001||21041021|||||

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Zero à esquerda pode afetar o valor dos campos implicando em diferenças.

Conversão de medidas
A EFD utiliza medidas padrão, como unidade, peça, kg etc. É preciso ficar atento à conversão dessas
medidas para as medidas padrão da EFD. Suponha que foram adquiridas 36 unidades do produto A,
porém, no lançamento da EFD adotou-se a medida “caixa” de produto. Em outro momento foi necessário
converter a “caixa” em “unidades”. Sabendo-se que cada caixa contém 12 unidades, o valor convertido
resultou em (36 caixas x 12 unidades) 432 unidades em estoque. Observe que um erro inicial fez com
que uma simples aquisição de 36 unidades fosse registrada ao final como 432 unidades.

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Cruzamentos
As questões mais recentes sobre EFD avançaram na cobrança de cruzamentos plausíveis entre blocos
e registros ou documentos. Se pensarmos na infinidade de registros e na impossibilidade de decorá-los,
é preciso recorrer a macetes para explorar determinadas questões. O principal segredo para enfrentar
essas questões em que são exigidas as possibilidades de cruzamentos plausíveis deve ser norteada pelo
bloco, já que são dezenas de registros e apenas 7 blocos relevantes.. A primeira missão do concurseiro
é conhecer perfeitamente todos os blocos da EFD:

0- Abertura, Identificação e Referências

B- Escrituração e Apuração do ISS

C- Documentos Fiscais I – Mercadorias (ICMS/IPI)

D- Documentos Fiscais II – Serviços (ICMS)

E- Apuração do ICMS e do IPI

G- Controle do Crédito de ICMS do Ativo Permanente – CIAP

H- Inventário Físico

K- Controle da Produção e do Estoque

1- Outras Informações

9- Controle e Encerramento do Arquivo Digital

A noção de bloco é de suma importância, pois quando formos utilizar um cruzamento envolvendo nota
fiscal, pode ser que não lembremos que a informação do nosso interesse está no registro C100, que é
gerado quando da emissão de uma nota fiscal. Mas, certamente lembraremos que a informação que
desejamos está no bloco C, pois é ele que contém as notas fiscais. Assim, dominar os blocos reduz o
esforço de memorização dos registros. Podemos fazer o seguinte corte didático:

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Pensando em nível de bloco é possível visualizar certos cruzamentos, uma vez que temos uma área do
SPED que recebe as notas fiscais (de entrada e saída) e a partir daí outros módulos consolidam as
apurações.

A necessidade de confrontar dados pode exigir o confronto da EFD com a contabilidade (ECD). Isso não
mudará a nossa forma de pensar, devemos continuar pensando em termos de bloco. Por exemplo: se a
contabilidade indica uma receita bruta de mercadorias ou produtos de R$ 1000, onde poderia confirmar
esse dado? Uma hipótese provável seria verificar nos blocos que contemplam as notas fiscais, no caso
B, C e D, conforme o caso. Se, hipoteticamente, as notas fiscais escrituradas no bloco C importassem
em R$ 1500, poderia concluir que a contabilidade (ECD) não reflete adequadamente as vendas do
período.

Para continuar pensando no nível do bloco sem depender do grande esforço de memorização de todos
os registros, será necessário identificar perfeitamente qual o bloco envolvido da EFD para fazer tal exame
nas notas fiscais. Se estivermos tratando de serviços tributados pelo ISS (apenas no DF), o nosso ponto
de interesse será o bloco B; se estivermos buscando as operações mercantis tradicionais de compra e
venda de mercadorias, nosso foco será o bloco C, por exemplo. Você vai perceber que esse
conhecimento é fundamental para responder algumas questões, pois as questões de prova tem sido cada
vez mais específicas trazendo registros específicos como C100, H010, E116 etc. Evidentemente, decorá-
los é uma missão quase impossível, por isso repito, temos que pensar no nível do bloco. Se a questão de
prova trouxer o registro E116, provavelmente basta que saibamos que se trata do bloco E e este bloco é
responsável pela apuração do ICMS do IPI. Com essa informação, provavelmente vamos conseguir
responder à questão.

Bloco K
O bloco K da EFD presta informações mensais da produção e respectivo consumo de insumos, bem como
do estoque escriturado, relativos aos estabelecimentos industriais ou a eles equiparados pela legislação
federal e pelos atacadistas, podendo, a critério do Fisco, ser exigido de estabelecimento de contribuintes
de outros setores.

Este bloco funciona como livro de controle de produção e estoque. Para fins de cruzamentos, terá função
semelhante ao bloco H, que também trata de estoques. Note, porém, que o bloco K vai contemplar
indústrias. O principal registro do bloco k é o K200, contemplando os saldos mensais de produtos em
estoque.

As indústrias terão que detalhar todo o seu processo produtivo no bloco K, dos insumos consumidos na
produção até o produto final acabado, incluindo estoques e produtos que estão em poder de terceiros e
aqueles que estão em elaboração..

Podemos considerar os seguintes registros principais:

Registro K200 – Estoque escriturado


Registro K230 – Itens produzidos
Registro K250 – Industrialização efetuada por terceiros – itens produzidos.

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Poderá ser útil identificar os estoques que estão no bloco H e no K. Observe:

00 – Mercadoria para Revenda;

01 – Matéria-prima;

02 – Embalagem;

03 – Produto em Processo;

04 – Produto Acabado;

05 – Subproduto;

06 – Produto Intermediário;

07 – Material de Uso e Consumo;

08 – Ativo Imobilizado; Bloco H


09 – Serviços;

10 – Outros insumos;

99 – Outras

Alguns cruzamentos podem ser estabelecidos:

K200 x H010 ( de forma menos específica, Bloco K x Bloco H)

Quantidade Escriturada x Quantidade Inventariada

K200 x C100 x C170 ( de forma menos específica, Bloco K x Bloco C)

Quantidade Escriturada x Documentos Fiscais

H010 x ECD x ECF

Valores de Estoques Informados

Vamos avaliar na prática essas possibilidades de cruzamento nas questões:

Cespe-SEFAZ-AL/2021

Para a validação do saldo da conta contábil de ICMS a recolher na escrituração contábil digital (ECD), é
necessário analisar o registro E116 da EFD-ICMS/IPI, o qual se destina a discriminar os pagamentos
realizados (débitos especiais) ou a realizar referentes à apuração do ICMS — operações próprias.

Resolução:

O processo de aquisições de estoques está ligado a diversos outros exames possíveis, uma vez que em
razão das partidas dobradas da contabilidade (débito e crédito) ao movimentar uma conta, estar-se-á
movimentando também outra. Assim, aquisição de estoques de mercadorias envolve o inventário, a conta
fornecedores, a conta de ICMS a recuperar, as baixas do estoque e CMV e, consequentemente, verificar
o inventário fiscal na EFD. Diante disso, dentro de um contexto de auditoria, esta visão ampliada seria
mais adequada em razão da inter-relação entre as contas. A questão acabou sendo anulada por ter errado

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na grafia da palavra EFD (chamou de EFC) o que não nos dá oportunidade de checar o gabarito que a
banca manteria, mas é passível a indicação de que os itens inventariados são relevantes numa auditoria
de impostos a recolher, pois seria possível que um inventário de bens de forma equivocada repercutindo
em toda a apuração. O Bloco H pode ser escriturado também com os inventários de bens que não são
de interesse do ICMS/IPI, mas do imposto de renda. Logo são várias conjecturas que nos levam a
relacionar o bloco H indiretamente à apuração do ICMS a recolher e do IPI a recolher ou a uma eventual
apropriação indevida de créditos, de modo que a banca poderia acertadamente em nossa opinião
escolher o gabarito certo.

Resposta: Certo

Cespe-SEFAZ-AL/2021

Para a validação do saldo da conta contábil de ICMS a recolher na escrituração contábil digital (ECD), é
necessário analisar o registro E110 da EFD-ICMS/IPI, cujo objetivo é informar os valores relativos à
apuração do ICMS referente às operações próprias.

Resolução:

Esse registro controla os débitos ocorridos nas operações próprias, ou seja: quando o comerciante vende
ele gera um débito neste registro. Deste modo, o valor dos débitos gerados assim como os créditos
apropriados, ajudam a determinar os saldos de ICMS a recuperar (ATIVO) ou ICMS a recolher
(PASSIVO).

Resposta: certo

Cespe-SEFAZ-AL/2021

Para a validação do saldo da conta contábil de ICMS a recolher na escrituração contábil digital (ECD), é
necessário analisar o registro H010 da EFD-ICMS/IPI, o qual se destina a discriminar os itens existentes
no estoque.

Resolução: A questão foi anulada em razão da grafia de uma palavra (o examinador escreveu “efc” ao
invés de “efd”). Ajustando esse detalhe, passemos para análise da questão:

Quando pensamos em auditoria, é preciso ter a ideia do ciclo de negócio completo. O processo de
aquisições de estoques está ligado a diversos outros exames possíveis, uma vez que em razão das
partidas dobradas da contabilidade (débito e crédito) ao movimentar uma conta, estar-se-á movimentando
também outra. Assim, aquisição de estoques de mercadorias envolve o inventário, a conta fornecedores,
a conta de ICMS a recuperar, e repercute nas baixas do estoque e CMV. Diante disso, dentro de um

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contexto de auditoria, esta visão ampliada seria mais adequada em razão da ligação entre as contas.
Uma vez que não há gabarito oficial, em nosso entendimento, os itens inventariados são relevantes na
auditoria de ICMS a recolher, pois seria possível indicar inventário de bens de forma equivocada, com
códigos errados de item, repercutindo em toda a apuração. O Bloco H poderia ser escriturado também
com os inventários de bens que não são de interesse do ICMS IPI, mas do imposto de renda.

Em outra situação, imagine o supermercado que recebe um dianteiro ou um corte traseiro de gado (na
entrada da mercadoria) e ao promover a saída, faz de forma diferente, considerando o corte “comercial”
da carne no varejo como costela, coxão duro, picanha etc. Isso fará com que exista diferenças nos
estoques ( entrada de X e saída de Y), e o imposto a recolher e a recuperar apropriados exigirá uma
apuração integral do contexto. Logo, são várias conjecturas que nos levam a relacionar o bloco H
indiretamente à apuração do ICMS a recolher e do IPI a recolher.

Em nosso entendimento, a questão estaria correta, caso não fosse anulada.

Resposta: certo

Cespe-SEFAZ-AL/2021

A validação eletrônica do saldo da conta contábil de ICMS a recolher na escrituração contábil digital
(ECD), com a EFD-ICMS/IPI, no processo de auditoria, dispensa a verificação dos comprovantes de
pagamento do ICMS.

Resolução: Os pagamentos reduzem a conta ICMS a recolher (passivo), logo afetam o exame.

Resposta: errado

Tome nota da diferença entre bloco K e H:

Bloco K→ Estoque final escriturado do período de apuração (quantidades) (não indica valor monetário).

Bloco H→ Estoque anual no final de exercício. Informa valor monetário unitário e total.

BLOCO H
BLOCO K
-Valor monetário
-Quantidade
(quant x R$)
-Mensal
-Anual

Para fechar, uma questão decoreba para fixar uma data em especial:

FCC – SEFAZ-AP- Auditor/2022

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Quanto à Escrituração Fiscal Digital para uso pelos contribuintes do ICMS, e, em especial, quanto ao
bloco K, que substitui o registro de controle da produção e do estoque, o Ajuste SINIEF 2/2009 estipulou
um cronograma de adesão. Segundo tal agenda, em estabelecimentos industriais pertencentes a
empresa com faturamento anual igual ou superior a R$ 300.000.000,00, a escrituração completa do bloco
K é obrigatória na EFD, para os estabelecimentos industriais classificados nas divisões 11, 12 e nos
grupos 291, 292 e 293 da CNAE, a partir de primeiro de janeiro de

(A) 2022.

(B) 2023.

(C) 2019.

(D) 2020.

(E) 2021.

Resolução:

Sem comentários, apenas decoreba. São vários prazos envolvidos nas normatizações sobre a EFD, com
diversos escalonamentos conforme grupos de empresa, conforme CNAEs etc. Vou deixar aqui a questão
apenas por desencargo de consciência. Questão apenas para ser chutada! O ano da obrigatoriedade é
2019.

Resposta: C

Bloco H
O bloco H é também um bloco, assim como o K, que controla estoques. Desta maneira interessa bastante
para as provas. Algumas provas, inclusive, já estão cobrando bastante essa codificação de registros. Diria
que o registro H010 é o mais utilizado.

Vejamos os registros do bloco H:

O macete que vale para qualquer registro é que sempre abrimos o bloco com 001 e fechamos com 990,
assim esses registros têm apenas função de leiaute. No bloco H os registros seria 005, 010 e 020.

O Bloco H é um registro final de inventário, será útil, por exemplo, para aplicar aquela fórmula do CMV,
onde CMV= Ei + C – Ef.

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Ou então a fórmula para identificar diferenças em estoques: Ei + Entradas = Ef + saídas (falamos dessa
fórmula em auditoria de estoques, auditoria fiscal).

Uma caraterística do Bloco H é que ele pode ser utilizado como registro de inventário para fins de imposto
de renda, desde que acrescente o valor unitário dos bens de acordo com as regras do Imposto de renda
( se for diferente das regras do ICMS).

FCC – SEFAZ-Ap-Auditor/2022

O Registro H005 do Bloco H da EFD-ICMS/IPI tem como objetivo

(A) complementar as informações do inventário.

(B) discriminar os pagamentos realizados ou a realizar referentes à apuração do ICMS.

(C) discriminar os itens existentes no estoque (inventário).

(D) discriminar os valores totais dos itens/produtos do inventário.

(E) informar o(s) período(s) de apuração do ICMS.

Resolução:

Vamos relembrar um recorte do mapa disponibilizado em nossas aulas para responder essa:

Resposta: D

Bloco G – CIAP
O artigo 20 da lei complementar 87 (a famosa lei Kandir) prevê a possibilidade de apropriar créditos
também do ativo imobilizado, veja:

Art. 20. Para a compensação a que se refere o artigo anterior, é assegurado ao sujeito passivo
o direito de creditar-se do imposto anteriormente cobrado em operações de que tenha resultado
a entrada de mercadoria, real ou simbólica, no estabelecimento, inclusive a destinada ao seu
uso ou consumo ou ao ativo permanente, ou o recebimento de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal ou de comunicação.

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Uma breve teoria sobre o assunto pode ser obtida neste trecho do padrão de resposta de prova discursiva do Cespe:

“ ... é admitido o creditamento do ICMS das operações de aquisição para compor o ativo permanente, o que é
condicionado à idoneidade do documento fiscal e à escrituração nos prazos e nas condições estabelecidos na
legislação. O lançamento do crédito do ICMS deve ser feito em livro próprio ou de outra forma que a legislação
determinar, ou seja, lançamento no livro de apuração do ICMS da parcela mensal, e o controle deve ser realizado
em livro próprio para o controle do crédito do ICMS do ativo permanente (CIAP).” (Cespe-Sefaz-Al/21-discursiva).

Na descrição acima, temos um resumo do que se trata o crédito e o CIAP. O bloco G tem a função de
controlar os créditos oriundos de aquisição do ativo imobilizado, ou seja, não são aqueles créditos por
excelência do ICMS, uma vez que estes estão controlados em outros blocos, mas esses créditos
“diferentes” oriundos de aquisições para o imobilizado da entidade.

Imagine que uma empresa adquiriu uma máquina para imobilizado. Nesse caso, ela poderá apropriar
uma fração dos créditos considerando o ICMS referente à máquina e, se houver, o ICMS relativo ao valor
do frete e ao valor do diferencial de alíquota. Vamos admitir que o valor total do crédito de ICMS seja R$
4.800.

A empresa poderá tomar esse crédito de R$ 4800 e lançar na sua escrituração para compensar com os
débitos do imposto?

Não é bem assim, haverá um cálculo específico e isso é feito através do Bloco CIAP, o bloco G da EFD.

Como esse não é um crédito “comum”, a sua apropriação também exige regras especiais. Ele será
apropriado na proporção de1/48 avos calculados de forma proporcional às operações tributadas.

LC 87

I – a apropriação será feita à razão de um quarenta e oito avos por mês, devendo a primeira
fração ser apropriada no mês em que ocorrer a entrada no estabelecimento

II – em cada período de apuração do imposto, não será admitido o creditamento de que trata
o inciso I, em relação à proporção das operações de saídas ou prestações isentas ou não
tributadas sobre o total das operações de saídas ou prestações efetuadas no mesmo período;

Vamos entender:
Se, no período de apuração, 100% das vendas da empresa forem tributadas, ela poderá apropriar 1/48 x
4.800 x 100% desse crédito CIAP no mês.

Se, no período de apuração, 50% das vendas da empresa foram tributadas, e os outros 50% forem
operações isentas, ela poderá apropriar 1/48 x 4800 x 50%. Será necessário sempre estabelecer uma
proporção entre a receita tributada e a não tributada para verificar a possibilidade de creditamento no
mês. Vale lembrar que se o contribuinte aproveitar apenas, hipoteticamente, 50% do crédito CIAP do
mês, em razão do coeficiente de proporcionalização das receitas, ao chegar no período de apuração
seguinte, deverá ser feito um novo cálculo de proporcionalização das receitas, não implicando em direito
a apropriar a parcela de 50% do mês anterior não aproveitada.

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Tudo isso é feito no Bloco G, mensalmente. Só é possível apropriar esse crédito se houver a escrituração
do bloco G, não sendo possível lançar esse crédito em “ajustes” da escrituração. Será sempre no Bloco
G!

O nosso principal registro é o G110, onde serão escriturados o ICMS do ativo imobilizado e G126, que
consta outros créditos do CIAP, como créditos de um mês anterior que eu tenha esquecido.

Um auditor fiscal, certamente “baterá o olho” imediatamente no registro G110, pois é lá que está o crédito
que você afirma ter, em conjunto com o G126. A partir daí, o trabalho do auditor será confirmá-lo. Sendo
o crédito do CIAP um crédito que deriva da aquisição de bens, um aspecto importante das verificações
do auditor seria verificar se de fato o bem existe, está em condições de uso e não está obsoleto ou foi
vendido, pois nesse caso não geraria créditos. O auditor pode realizar essa missão verificando
fisicamente os bens no estabelecimento do declarante e verificando também o registro G125, que consta
as movimentações dos bens.

É importante lembrar que quando pensamos em um contexto de auditoria para verificação dos créditos,
além da nota fiscal, pode ser fundamental verificar o CT-e, pois poderá haver créditos a serem tomados
no frete também, além da correta identificação do valor relativo ao diferencial de alíquota, se operação
interestadual.

Para especularmos sobre um contexto de auditoria e cruzamentos possíveis no CIAP, visando identificar
o correto crédito, será necessário, em resumo:

Roteiro Identificar a aquisição de Ativo imobilizado e sua NF


para
exame Identificar o CT-e deste Ativo imobilizado
dos
créditos Identificar o valor relativo ao diferencial de alíquota
do Bloco
G Identificar o total de saídas do mês

Identificar as saídas tributadas

Identificar as saídas isentas ou não tributadas

Cespe-SEFAZ-AL/2021

Para a validação do saldo da conta contábil de ICMS a recolher na escrituração contábil digital (ECD), é
necessário analisar o registro G110 da EFD-ICMS/IPI, que tem por objetivo prestar informações sobre os
créditos de ICMS do ativo permanente — CIAP.

Resolução: Considerando que CIAP controla alguns tipos de crédito (no caso, crédito decorrente de
aquisição de ativo imobilizado), ele influencia a apuração do ICMS a recolher, já que este é determinado
pelo confronto entre débitos e créditos de um determinado período, não importando se esses créditos ou

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débitos decorrem de operações tradicionais de venda de mercadorias ou surgem de incentivos, ou mesmo


os decorrentes de aquisição de bens para uso e consumo ou para a formação do imobilizado, desde que
a legislação permita. Assim, considerando que o CIAP controla créditos, ele é importante para
consolidação do ICMS a recolher.

Resposta: certo

Créditos indevidos ou a maior


Não vamos focar em legislações específicas dos estados, mas num modo de agir ou proceder, insights,
procedimentos e técnicas. Assim, para todos os resultados encontrados, você deverá ponderar com a
legislação tributária do respectivo ente.

A verificação de créditos indevidos passa pelo exame das notas fiscais. como se vê, é fundamental
dominar os documentos eletrônicos NF-e, NFC-e, CT-e. O auditor deverá observar a classificação da
mercadoria e o crédito destacado na nota fiscal para concluir sobre a sua legalidade, além dos aspectos
formais do documento como a correta autorização de uso, registros impostos fiscais do documento,
ausência de cancelamento do documento etc. Ao examinar os documentos, seria possível alguns
resultados teóricos: omissão de entradas, omissão de saídas, créditos indevidos, débitos menores do que
os devidos etc. Ao se deparar com omissões de entrada e o sua respectiva omissão do registro do crédito
do imposto, o que aparentemente é benéfico ao fisco, precisamos antever que a omissão prepara o
cenário para uma segunda irregularidade, que seria o encobrimento das saídas que vão gerar os débitos
de imposto, além de repercutir em todo o sistema de estoques.

Tratando-se do ICMS devido na importação, que também gera créditos, ou de aquisições internas, devem
ser verificados a base de cálculo do ICMS, o ICMS pago e seu respectivo creditamento nos livros para a
confirmação dos créditos tomados na escrituração.

Uma forma de aproveitamento indevido de crédito é o lançamento em duplicidade de uma mesma nota
ou o lançamento com crédito maior do que o devido. Essas circunstâncias podem ser detectadas a partir
do exame dos documentos e a observação de certas circunstâncias, por exemplo:

A auditoria deve verificar se há nota fiscal de aquisição lançada em duplicidade ou com crédito a maior.
Essa tarefa pode ser executada trabalhando-se os dados fornecidos na EFD confrontando com outras
fontes de informação fidedignas se utilizando da circularização e da inspeção física.

Onde encontraremos as notas fiscais escrituradas de mercadorias ou produtos?

No bloco C ou D

Algumas operações podem introduzir fatores de risco e encobrir simulações com a intenção de transferir
crédito a terceiros. O exame deve atentar para a possibilidade de incompatibilidade da mercadoria de
descrita na nota fiscal com as atividades dou destinatário e seu ramo de atividade. Um valor muito elevado
e discrepante na nota fiscal em relação às demais aquisições, especialmente quando se está muito
próximo no final de período de apuração podem ser indicação de creditamento indevido.

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A numeração sequencial das notas fiscais, quando atípicas, podem indicar também irregularidades.
Imagine que uma empresa emitiu a nota fiscal 01 no mês de janeiro e a nota fiscal 02 no mês de fevereiro.
Isso pode indicar que a empresa apenas está vendendo para um destinatário específico, que não se
amolda a realidade empresarial, podendo trazer indícios de que se trata de uma empresa “noteira”,
emitindo notas com a intenção de transferir créditos indevidamente.

São muitos indícios que podem ser levantados para robustecer a irregularidade nos créditos. Em mais
um exemplo, podemos citar as aquisições efetuadas por empresas “grandes” de comerciantes “pequenos”
e sem tradição no mercado. Pode ser útil fazer a circularização para confirmar as operações e fazer a
inspeção física para verificação desses estoques supostamente adquiridos, além da comprovação do
efetivo pagamento dessas aquisições (transferência bancária, cópias de cheque etc).

O processo de auditoria fiscal não deve se limitar a mera conferência formal de documentos, assumindo
especial importância a verificação da efetividade das transações. e aí a visita aos estabelecimentos
também pode ser útil para verificar a capacidade de estocar e movimentar as quantidades supostamente
transferidas.

Ao se verificar que créditos foram apropriados sem que correspondam a uma efetiva transação ou
identificada outra irregularidade na apropriação de tais créditos, a fiscalização deve desconsiderar os
créditos na apuração do contribuinte.

Um ponto de atenção também é verificar se as operações que geraram créditos exigem de fato o destaque
do imposto. Deve ser verificado se as operações são de fato tributadas ou estão abrigadas por alguma
figura desonerativa como a isenção ou imunidade. Vale lembrar que o requisito básico para apropriar
créditos é que o imposto esteja destacado na nota fiscal, salvo a existência de algum incentivo ou caso o
contribuinte demonstre que pagou, portanto., o exame passa necessariamente pela verificação das notas
fiscais de entrada e saída para o correto cotejamento dos débitos e créditos.

Com o advento da nota fiscal eletrônica, a possibilidade de créditos indevidos, especialmente quanto aos
documentos falsos é substancialmente reduzida, mas não eliminada. O contribuinte poderia utilizar uma
mesma nota fiscal e um mesmo DANFE para acobertar duas ou mais saídas do produto, tornando-se
relevante a verificação de carimbos ou chancelas dos postos fiscais nos respectivos fretes e o CT-e para
identificação de tais irregularidades.

É importante saber e quando as mercadorias adquiridas resultaram saídas não tributadas, fica
inviabilizado o aproveitamento do crédito relativo à sua aquisição.

Devem ser observados se o contribuinte que apropria ou crédito é de fato o mesmo contribuinte que
consta como destinatário na nota fiscal.

Exame das notas fiscais

O exame das notas fiscais deverá levar em conta para garantir a sua autenticidade e legitimidade do
crédito, se constam a autorização de uso e o crédito está destacado. Devem ser observados também se
constam eventos relativos aos documentos eletrônicos, como cancelamento de nota ou não
reconhecimento da operação. A emissão de uma nota e o seu imediato cancelamento poderia ser útil
para simular a transferência de crédito indevidamente. Notas fiscais que não possuem o imposto
destacado devem ser observadas com atenção para verificar se de fato estão contempladas com alguma
figura desonerativa.

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A movimentação de mercadorias quando envolve zonas incentivadas como a Zona Franca de Manaus,
tem os seus incentivos condicionados ao destino, de modo que pode ser útil verificar a efetiva entrada na
referida zona, não apenas a mera conferência formal de documentos.

Notas de saída cujo destino é exportação não sofrem o ônus do imposto, nesse caso auditoria não se
limita a mera verificação dos documentos, sendo necessário verificar se de fato a exportação se realizou.

Outra possibilidade de reduzir o imposto devido seria simular operações interestaduais, para se beneficiar
das diferenças entre alíquota interna e a alíquota interestadual.

No exame da apuração do imposto, pode ser útil também verificar a sequência numérica das notas,
observar se há saltos, quebras de sequência e ordem cronológica.

Créditos de contribuintes Simples nacional

Nem todo contribuinte irá destacar o ICMS na nota fiscal, como é o caso do Simples Nacional. Mas, em
alguns casos, essa nota poderá créditos. Nesse caso, o contribuinte irá observar a legislação de cada
ente, mas os registros serão feitos na forma de ajuste em C197 ( ajuste de documento fiscal) ou E111 (
ajuste de apuração) ou lançamento nos filhos de C100.

Verificações em operações de importação (ICMS)


Nosso objetivo nesse curso nunca foi e nunca será esgotar a legislação do ICMS. Não conseguiremos
substituir o seu curso de LTE, mas sabemos que este tributo incide sobre a entrada de mercadorias ou
bens importados do exterior por pessoa física ou jurídica, mesmo quando se tratar de bem destinado ao
seu uso ou consumo ou ao ativo permanente do estabelecimento. Assim, não importa quem é o
importador e não importa o destino da mercadoria, mesmo sendo destinado para uso próprio teremos o
ICMS na importação.

Evidentemente, não haverá incidência de ICMS na importação quando envolver imunidade, como a
operação com livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão e ao seu transporte.

O fato gerador do ICMS ocorre no desembaraço aduaneiro, quando envolver importação de mercadorias
ou produtos do exterior.

A primeira observação relevante para uma auditoria de importação é reconhecer o contribuinte.


Contribuinte do ICMS é qualquer PJ ou PF que promova uma operação de importação, ainda que:

• os bens importados sejam destinados a consumo ou ativo permanente (ou seja, é a qualquer título).

• circulação de mercadoria ou prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de


comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior;

• arrematação em licitação de mercadorias ou bens apreendidos ou abandonados.

• serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior;

Os cálculos básicos de uma importação passam pelo reconhecimento do valor CIF do bem, isto é, o valor
que este produto chegou no Brasil, incluindo custos, seguro e fretes (CIF = Cost, Insurance and Freight)
, seguros e demais encargos e o próprio ICMS.

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Vejamos um exemplo:

CÁLCULOS P/ ICMS IMPORTAÇÃO

Valor CIF US$ 1,000.00

Valor em Real (conv. Dólar) R$ 5.000,00

IPI e II R$ 1.500,00

Despesas Aduaneiras R$ 200,00

Alíquota ICMS: 18%

Base Cálculo ICMS R$ (5000 + 1500+200) / (1-18) = 8170

ICMS A RECOLHER= 8170 x 18% =1.470,73

Obs: Como a alíquota do ICMS de 18%, é necessário dividir o somatório de elementos que compõe a BC por 0,82
(1-18%) para incluir o próprio ICMS em sua base de cálculo na importação.

Importante notar a inclusão do IPI do II na base de cálculo e do próprio ICMS em sua Base de cálculo.

Bom, mas como disse o nosso objetivo não é substituir o seu curso de legislação tributária estadual,
assim trarei uma questão resolvida para que você capture os demais detalhes de uma operação de
importação e passemos a focar nos aspectos inerentes ao real o objetivo de nosso curso: focar na EFD.

FCC – SEFAZ-SP- Agente fiscal/2006

Determinado contribuinte do ICMS importou um equipamento do exterior para o seu ativo permanente,
com os seguintes dados da operação:

- Valor da importação convertido em moeda nacional: R$ 200.000,00;

- Imposto de importação: R$ 10.000,00;

- Despesas pagas a repartição alfandegária: R$ 5.000,00;

- Frete interno do porto até o estabelecimento: R$ 6.000,00;

- Data do desembaraço aduaneiro: 30/11;

- Data da entrada física da mercadoria no estabelecimento: 2/12;

- Alíquota interna relativa à mercadoria: 18%.

Considerando que o montante do ICMS integra sua própria base de cálculo, inclusive na importação, o
valor do ICMS devido e o momento da ocorrência do fato gerador são, nessa ordem,

A. R$ 39.780,00 e 30/11

B. R$ 39.780,00 e 02/12.

C. R$ 47.195,12 e 30/11.

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D. R$ 47.195,12 e 02/12.

E. R$ 262.195,12 e 02/12.

Resolução:

A BC do ICMS na importação é o valor da mercadoria constante na DI (declaração de importação)


convertido pela mesma taxa de câmbio que fora utilizada para calcular o II. Se, eventualmente, não houver
tributação pelo II, utilizaremos a taxa de câmbio do dia do fato gerador.

Evidentemente para que seja possível considerar o valor declarado na DI como adequado, isso implica
que ele foi aceito pela autoridade aduaneira ( Auditor da RFB). Na hipótese de auditor da RFB arbitrar
valor da mercadoria diferente daquele declarado na DI, será esse o nosso valor base para definição da
base de cálculo. Não foi esse o caso na questão, mas vale guardar essa informação.

Ao valor da mercadoria convertido em reais, somamos o II, IOF, IPI, outros tributos, outras taxas e
despesas aduaneiras cobradas do importador.

Fique atento que não entra na BC o frete interno ( da aduana ao domicílio do importador), apenas o frete
internacional.

Após somar tudo isso, é preciso incluir o ICMS em sua própria base. Para fazer isso, dividiremos por 0,82
(1- alíquota%).

Como o valor declarado na DI já convertido foi de R$ 200.000. Agora é somar aos demais componentes
da BC.

Valor base........................200.000

II........................................ 10.000

Despesas............................. 5.000

IPI........................................ (0,00)

IOF........................................(0,00)

Frete interno................. ( não entra)

TOTAL................................215.000

Ainda não acabou! Lembra que temos que incluir o próprio ICMS em sua base de cálculo? Aí que entra
aquela divisão por 0,82.

BC (215.000 / 0,82)......... 262.195,12

Agora é só fazer 262.195,12 x 18% para encontrar o ICMS: 47.195,129.

Via de regra, a data do FG é o desembaraço aduaneiro. A exceção seria quando a entrega física da
mercadoria ocorre antes do desembaraço, pois nesse caso devemos considerar como momento do FG

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essa data “antecipada”. Na questão, a entrega ocorre após o FG, assim não resta dúvida que o momento
do FG é o momento desembaraço ( 30/11)

Resposta: C

Bom, tudo isso você aprenderá em detalhes em seu curso de legislação tributária. Vamos ao nosso foco:
aspectos envolvendo a EFD...

Onde serão escrituradas as entradas decorrentes de importação?

Serão escrituradas em um registro que você já está cansado de ouvir: o C100, se for mercadoria o
produto. Se for serviço tributado pelo ICMS, constará no registro D100. Basta observar o bloco!

Evidentemente, por se tratar de uma importação, será necessário agregar informações a esse registro
pai C100. Então, surgirá o registro filho para complementar a informação sobre a transação.

Vamos utilizar o registro C120 para detalhar a operação de importação que esteja lastreada na nota fiscal
de entrada do registro C100.

Todos essas verificações e observações, aplicam-se também ao IPI.

Ciclo completo da emissão de notas fiscais


Estamos sempre falando do registro C100. Talvez seja o nosso principal e aquele que cobriria o maior
número de questões possíveis de prova.

É sempre bom repetir: cada nota fiscal gerada gera o registro C100.

Mas quais seriam as notas?

Seriam as notas de entrada ou de saída a seguir:

▪ A NF-e, modelo 55.


▪ A Nota fiscal “normal” modelo 01
▪ A nota fiscal avulsa, modelo 1B
▪ A nota de produtor rural, modelo 4

Atenção para a nota NFC-e, mod. 65. A nota fiscal ao consumidor, apesar de gerar também o registro C100,
não poderá ser escriturada nas entradas

Todos essas verificações e observações, aplicam-se também ao IPI.

-Fim-

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