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Atendimento

e
Avaliação

https://www.contify.com/case-studies/
Atendimento e Avaliação

Sobre a Faculdade
Propósito
• Mudar a vida das pessoas para melhor.

Missão
• Educar profissionais da saúde e negócios para fazer diferença no mercado e na
vida.

Visão
• Proporcionar educação de qualidade segmentos da Saúde, Estética, Bem-Estar e
Negócios, tornando-se referência nos mercados regional, nacional e internacio-
nal.

Valores
• Liderança: porque devemos liderar pessoas, atraindo seguidores e influenciando
mentalidades e comportamentos de formas positiva e vencedora.
• Inovação: porque devemos ter a capacidade de agregar valor aos produtos da
empresa, diferenciando nossos beneficiários no mercado competitivo.
• Ética: porque devemos tratar as coisas com seriedade e em acordo com as regu-
lamentações e legislações vigentes.
• Comprometimento: porque devemos construir e manter a confiança e os bons
relacionamentos.
• Transparência: porque devemos sempre ser verdadeiros, sinceros e capazes de
justificar as nossas ações e decisões.

Copyright© Nepuga – 2022 - Todos os direitos reservados.


Nenhuma parte deste livro pode ser utilizada, reproduzida ou armazenada em qualquer forma ou meio,
seja mecânico ou eletrônico, fotocópia, gravação etc, sem a permissão por escrito da Instituição.

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Atendimento e Avaliação
Sumário
3. Atendimento, avaliação .........................................................................................................4
Atendimento ...................................................................................................................................4
Avaliação ..........................................................................................................................................5
Avaliação comercial .................................................................................................................6
Como construir sua ficha ......................................................................................................6

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Atendimento e Avaliação

3. Atendimento e avaliação
E o primeiro contato com seu cliente, deve sempre seguir uma sequência para
evitar esquecimentos.

Atendimento

https://rampineli.com.br/como-antender-seu-cliente-e-vender-mais-brindes/

Extremamente importante pois é o contato inicial onde o paciente conhecerá


você, sua empresa, clínica ou consultório. O paciente observa suas condutas e o am-
biente, portanto apresente um local adequado, compatível com imagem que divul-
gou e com tipo de serviço que você se propõe a oferecer. E fique sempre atento, essa
é sua oportunidade de mostrar seu profissionalismo, técnicas, soluções para as ne-
cessidades do cliente e fidelizá-lo.
Atenção ao uso das expressões: deseje um bom dia ou boa tarde, sempre acom-
panhado de um sorriso, cultive boa conversa e boas informações. Transmita segu-
rança ao passar detalhes, e acima de tudo, mostre seriedade e dedicação.
Cuide de você, use roupas que imponham respeito como profissional e boa apa-
rência. Se atualize e seja sempre embasados cientificamente.
A finalidade é verificar as reais expectativas do paciente, como o paciente che-
gou até você, se fez qualquer tipo de procedimento anteriormente, avaliar a queixa e
o que ele busca em seu atendimento.

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Atendimento e Avaliação

Avaliação
Anamnese geral
Neste momento colhe-se os dados, PERGUNTAS exploratórias, informações (em-
patia do profissional = com a segurança cliente)

Queixa (o que a trouxe, o que está incomodando)


Qual o incômodo maior, e a partir desses questionamentos você vai indicar a me-
lhor estratégia e procedimentos para resolver ou amenizar o problema.
- Dados pessoais (idade, profissão, já realizou procedimentos, etc)
- Hábitos (nutricionais, exercícios, vícios, etc)
- Estado de saúde (patologias, medicamentos, marcapasso, DIU, próteses...)
- Avaliação clínica: investigação clínica do paciente (rosácea, lúpus, vasculariza-
ção, envelhecimento)

Também podemos dividir a avaliação em regiões como face e corpo.

E o que vamos encontrar na face E na parte corporal


• acne • gordura localizada
• rugas • flacidez cutânea
• cicatrizes • estrias
• linhas de expressão • microvasos /telangiectasias
• discromias • discromias
• cicatriz de acne • lipodistrofia ginóide
• flacidez
• papada
• Hipercromias
• olheiras

Após essa avaliação é chegada a conclusão da possibilidade de tratamento de-


terminar o protocolo específico para cada paciente. Explicar com riqueza de detalhes
(tempo de duração, como age, o que esperar, as reações no organismo...).
Adicionar outros tratamentos para disfunções que não eram a queixa, mas que
foram detectados para um 2º momento.

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Atendimento e Avaliação

Avaliação comercial
Fidelização do paciente
Nesta parte que pode ser executada por você ou uma secretória deve ser orga-
nizado:
• Orçamento do tratamento;
• Negociação com cliente;
• Negociação para a forma de pagamento;
• Confecção e entrega de materiais publicitários;
• Se o tratamento será pacote ou sessão avulsa;
• Agendamento conforme a disponibilidade sua e do cliente;
• Termo de consentimento específico para ozonioterapia;
• Informações pós procedimentos;
• Fidelização do paciente.

Conduta de tratamento
Quais as vias de aplicação que serão utilizadas no tratamento e quantas sessões
semanais deverão ser agendadas.

Como construir sua ficha


• Motivo da consulta;
• Profissão;
• Hábitos sociais;
• Hábitos alimentares;
• Tratamentos anteriores;
• Doenças pré-existentes inclusive as que são consideradas contra-indicações
para ozonioterapia;
• Características de pele;
• Identificar motivos para atual quadro clínico;
• Buscar informações: como histórico familiar, uso de contraceptivos, gestação,
aumento de peso, cirurgias, tratamento medicamentoso em curso ou não;
• Motivo da consulta;
• Queixa principal;
• Profissão;
• Origem genética;
• Fototipo: pai, mãe, avô;
• Características estéticas.

Descrever os Diagnóstico Sugerir exames Sugerir exames


RELATÓRIO E
principais pontos do problema laboratoriais laboratoriais
DIAGNÓSTICO
a serem tratados estético (caso necessário) (caso necessário)

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Atendimento e Avaliação

Registro fotográfico
• Usado em caso de feridas e tratamento estético e acompanhamento;
• Para obter uma foto de qualidade e fidedigna, escolher um Local adequado,
com boa luminosidade;
• Fundo: sempre liso sem outras informações a melhor cor específica - Preto (sem
brilho), mas caso não tenha como pode ser usado o branco;
• Distância e ângulos ideais (padronizados);
• Posicionamento específico;
• Uso de tarjas para identificação;
• Registrar o que foi observado na inspeção e palpação;
• ANTES E DEPOIS (evolução do tratamento).

TERMO DE CONSENTIMENTO
PARA TRATAMENTO COM OZÔNIOTERAPIA
Eu, ....................................................................................................., declaro pelo presente instrumento,
que fui suficientemente esclarecido (a) e ciente sobre todos, os riscos, as indicações,
contraindicações, principais efeitos colaterais e advertências gerais, relacionado à
OZONIOTERAPIA.
1. Estou ciente de que o resultado final, pode variar de acordo com cada paciente,
uma vez que cada organismo reage de maneira diferente. Declaro que devo seguir
as recomendações orientadas pelo profissional.
2. Assumo estar participando desta atividade de aula de maneira voluntária e
ficando claro para mim quais são os propósitos dos procedimentos a serem realiza-
dos por profissionais da saúde em treinamento sob supervisão técnica de um pro-
fessor responsável, seus desconfortos e riscos, as garantias de uso de imagem e de
esclarecimentos permanentes.
3. Em caso de lesão irreversível, CUio efeito adverso é incomum, mas possível, es-
tou ciente de que não existe um tratamento de cura definitiva. O tratamento deve ser
inserido em um contexto de programa de reabilitação e o tempo de tratamento deve
ser baseado na evolucão funcional.
4. Expresso também minha concordância e espontânea vontade em submeter-
-me ao referido tratamento, mesmo sabendo que não há garantia de SUCeSSO tera-
pêutico e estético, seja total ou parcial.
5. Este procedimento é indicado para fins estéticos e terapêuticos. Trata-se de
uma tentativa de acelerar a redução de sintomas e melhorar a ação estética (celu-
lites, microvasos, rejuvenescimento facial, gordura localizada, estrias e entre outros).

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Atendimento e Avaliação

6. O tratamento possui algumas contraindicações, que incluem:


• Deficiência de G6PD;
• Hipertireoidismos;
• Anemia;
• Trombocitopenia;
• Estado de mal convulsivo;
• Intoxicação alcoólica aguda;
• Infarto aguado do miocárdio; Durante o estado convulsivo;
• Hemocromatose;
• Pacientes em tratamento de cobre e ferro.

As possíveis reações adversas à Ozonioterapia são: dor pela picada de agulha


na via venosa ou intramuscular, flatulência no caso de insuflação retal de ozônio, hi-
potensão ortostática (redução excessiva de pressão arterial ao levantar-se), formi-
gamentos em extremidades e orifícios e hipoglicemia transitória (queda da taxa de
açúcar no sangue).
7. Comprometo-me a seguir todas as orientações e a fazer uso de todos os pro-
dutos contidos em minha prescrição domiciliar, respeitando os horários de utilização,
isentando neste ato os profissionais de estética envolvidos no procedimento, nas hi-
póteses de minha culpa exclusiva. Registro também, que neste ato, recebi por escrito
(doc. Anexo), todas as instruções pós-tratamento que devo seguir em continuidade
ao tratamento, bem como tenho ciência de que esta obrigação de resultado está
subordinada ao metJ comportamento e disciplina após o tratamento estético.
8. Declaro que nada omiti em relação à minha saúde e que esta declaração pas-
se a fazer parte da minha ficha clínica e ou anamnese, ficando o(a) profissional da
saúde autorizado a utilizá-la em qualquer época, no amparo e na defesa de setJS
direitos, sem que tal autorização implique em qualquer tipo de ofensa, fica também
autorizado o acesso à minha ficha clínica, que porventura exista em outro estabele-
cimento hospitalar, clínica, ou consultório, inclusive, a solicitar, duas vias de exames
complementares, e demais porventura existentes.
9. Tive a oportunidade de esclarecer minhas dúvidas relativas ao procedimento
a que voluntariamente irei me submeter, tendo lido e compreendido as informações
deste documento antes da minha assinatura.
10. Declaro também que fui informado (a) de todos os cuidados e orientações,
que os devo seguir a fim de alcançar o melhor resultodo.
11. O tratamento não se limita apenas a este procedimento, tendo assim que re-
tornar ao consultório nos dias determinados pelo profissional, bem como informa-la
imediatamente sobre possíveis alterações/ problemas que porventura possa surgir.
12. Pelo presente também manifesto minha concordância e meu consentimento
para a realização do procedimento acima descrito.

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Atendimento e Avaliação

Nome do Paciente .............................................................................................................................................................


R.G. do Paciente...................................................... Sexo do paciente: ( ) Masculino ( ) Feminino
Idade do Paciente ................
Endereço do paciente: ....................................................................................................................................................
Complemento: ................................. Cidade: ....................................................... CEP.: ...........................................
Telefone: ............................................... Responsável Legal: .....................................................................................
R.G. do Responsável Legal: .......................................................
Profissional Responsável: ................................................................................. Nº credencial: .............................
Responsável Técnico: ........................................................................................ Nº credencial: .............................
Endereço da Clínica: .........................................................................................................................................................
Cidade: ................................................................. CEP.: .................................. Telefone: ...............................................

.....................................................................................
Assinatura e Carimbo do Profissional

Data: ........../............/ ............

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Geradores

de

Ozônio

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Geradores de Ozônio

Sobre a Faculdade
Propósito
• Mudar a vida das pessoas para melhor.

Missão
• Educar profissionais da saúde e negócios para fazer diferença no mercado e na
vida.

Visão
• Proporcionar educação de qualidade segmentos da Saúde, Estética, Bem-Estar e
Negócios, tornando-se referência nos mercados regional, nacional e internacio-
nal.

Valores
• Liderança: porque devemos liderar pessoas, atraindo seguidores e influenciando
mentalidades e comportamentos de formas positiva e vencedora.
• Inovação: porque devemos ter a capacidade de agregar valor aos produtos da
empresa, diferenciando nossos beneficiários no mercado competitivo.
• Ética: porque devemos tratar as coisas com seriedade e em acordo com as regu-
lamentações e legislações vigentes.
• Comprometimento: porque devemos construir e manter a confiança e os bons
relacionamentos.
• Transparência: porque devemos sempre ser verdadeiros, sinceros e capazes de
justificar as nossas ações e decisões.

Copyright© Nepuga – 2022 - Todos os direitos reservados.


Nenhuma parte deste livro pode ser utilizada, reproduzida ou armazenada em qualquer forma ou meio,
seja mecânico ou eletrônico, fotocópia, gravação etc, sem a permissão por escrito da Instituição.

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Geradores de Ozônio
Sumário
2. Geradores de ozônio, vias de aplicação e práticas nas disfunções esté-
ticas .............................................................................................................................................................. 4
Como o ozônio se forma? ....................................................................................................... 4
Primeiro gerador de ozônio.................................................................................................... 4
Gerador de ozônio ........................................................................................................................ 5
Geração de ozônio ....................................................................................................................... 6
Cuidados na utilização de geradores de ozônio.................................................... 8
Métodos de medicação de ozônio ................................................................................... 8
Mecanismos de destruição do ozônio ........................................................................... 8
Unidades de medida de O3 - em aplicações terapêuticas ........................... 9
Dose total = quantidade de ozônio.................................................................................. 9
Ambientação do equipamento .........................................................................................10
Materiais resistentes ..................................................................................................................10
Torre ozonizadora de líquidos .............................................................................................. 11
Frasco erlenmeyer........................................................................................................................ 11
Protocolo dos óleos ozonizados......................................................................................... 17
Técnicas de ação sistêmica ......................................................................................................19
Ozonioterapia na estética ..........................................................................................................23
Métodos de aplicação em estética ...............................................................................23
Rejuvenescimento ......................................................................................................................24
Facial, colo, mãos e papada ...............................................................................................25
Ozonioterapia e aplicação facial ....................................................................................26
Cicatrizes, queloides e estrias ............................................................................................26
Podologia................................................................................................................................................27
Introdução de Mistura de Ozônio I Oxigênio em Fase Gasosa .........................29
Tricologia ................................................................................................................................................. 31
Vapor de ozônio ............................................................................................................................ 31
Hidrozonioterapia .............................................................................................................................32

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Geradores de Ozônio

2. Geradores de ozônio, vias de aplicação e práticas nas


disfunções estéticas
Como o ozônio se forma?
A camada de ozônio é q uem protege a terra dos raios ultravioletas, absorvendo-os.
Na estratosfera, a cerca de 22 km a partir da superfície da terra, há uma camada de
ozônio que pode atingir uma concentração máxima de 10 ppmv (partes por milhão de
volume, 1:106), equivalente a 0,02 microgramas (mcg / ml). A manutenção da camada
de ozônio é muito importante, pois absorve a maior parte da radiação ultravioleta (UV)
(<290 nm) emitida pelo sol. Os raios UV incluem a banda A (316-400 nm) responsável
pelo bronzeado, e bandas B e C (a partir de 100 até 315 nm), que são muito mais muta-
gênicos, responsáveis por aumentar o envelhecimento da pele e carcinogênese, o que
tem sido demonstrado pelo aumento progressivo de carcinomas e melanomas nos
últimos tempos.
A natureza foi providencial porque, graças às cianobactérias, logo que o oxigênio
começou a aumentar na atmosfera terrestre, cerca de 2,3 bilhões de anos atrás, a
emissão solar catalisou a produção de ozônio, que, em seguida, poderia controlar a
radiação UV e proteger sistemas biológicos na Terra. (BOCCI, 2005)
Os raios solares atingem os átomos de oxigênio (O2), que em grandes altitudes
está rarefeito, dissociando-os; logo em seguida se reagrupam formando a molécula
de ozônio (O3). (OLIVEIRA, 2008)

Primeiro gerador de ozônio

https://www.myozone.com.br/historia-do-ozonio-a-primeira-aplicacao-em-escala-tecnica-do-gas-ozonio/

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Geradores de Ozônio

Em 1857, o físico Dr. Werner Von Siemens (1816-1892), desenvolveu o primeiro gera-
dor de ozônio e chamou de “Gerador de Alta Frequência”, aparelho que forma o gás
ozônio através de descargas elétricas em átomos de oxigênio. Atualmente o ozônio
é produzido no local, a partir do ar ambiente dentro de cápsulas, em equipamentos
projetados especialmente para esta finalidade. Sua geração é automática, com cus-
to de energia inferior ao de uma lâmpada residencial.
A utilização do ozônio é segura, conforme o FDA (Food and Drugs Administra-
tions), que considera seguro o uso em água e alimentos. A ABWA (American Bottled
Water Association) recomenda o uso do ozônio no processo de produção de água
para consumo.
Na Europa, há décadas utiliza-se normalmente o ozônio em água mineral, de filtro
ou de mesa e em tratamento de água de abastecimento da população.

Gerador de ozônio
Devido à instabilidade do ozônio, ele precisa ser gerado somente quando neces-
sário e usado ao mesmo tempo. O ozonioterapeuta deve ter um gerador de ozônio
que é seguro, atóxico e reprodutível. O aparelho deve ser construído com os melhores
materiais ozono-resistentes.
Geradores de ozônio industriais poderiam, então, ser usados para Aplicação e
desinfecção de água, depois de mostrada a potente e ampla atividade bactericida
do ozônio. Hoje, ninguém duvida de suas propriedades desinfetantes. Como a ne-
cessidade de água aumenta diariamente e é indispensável para prevenir a disse-
minação de doenças infecciosas, a importância do ozônio para aplicações práticas
torna-se imensa. (BOCCI, 2014, p. 19)

Gerador de ozônio

Fonte: ozone Life, 2019

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Geradores de Ozônio

Geração de ozônio

Formação Molécula de
do Ozônio oxigênio

Molécula de
oxigênio é dividida
por uma descarga
elétrica

Ozônio tem alto


poder de desinfecção

Transformando-se Em seguida, uni-se com Torna-se em um


agora em Ozônio O3 outra molécula de O2 átomo de O2

Podemos observar que esta reação é reversível, praticamente o que significa que
o ozônio se decompõe espontaneamente e por isso é dificilmente armazenável. Além
disso, a vida do ozônio molécula depende da temperatura, de modo que a 20 ºC,
a concentração de ozônio é reduzida para metade no decurso de 40 min. A 30 ºC
dentro de 25 min. Enquanto que à temperatura de -50 ºC é reduzida para metade só
depois de três meses. (Bocci, 2014).
O aparelho deve ser construído com os melhores materiais ozônio-resistentes,
tais como Inox 316 L de aço inoxidável, titânio puro de grau 2, vidro Pyrex, Teflon, Viton
e poliuretano, evitando qualquer material que possa ser libertado devido à oxidação
do ozônio. (Bocci, 2014)
Ozonioterapia é um tratamento médico utilizando a mistura de oxigênio em ozô-
nio (de 95% - 99,95% de oxigênio e de 0,05% - 5% de ozônio) como um agente tera-
pêutico para o tratamento de uma ampla gama de doenças.
Uma vez que o ozônio não possui receptores e o seu mecanismo de ação farma-
cológico é indireto, porque atua através dos seus mediadores, a resposta depende da
transdução de sinais nucleares e mecanismo de ativação (Nrf2: fator nuclear (2 deri-
vada-eritróide) e a síntese de proteínas, tais como SOD (superóxido dismutase), CAT
(catalase), GPx (Glutationa peroxidase), HO (Heme - oxigenase). (KALIL, 2011).

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Geradores de Ozônio

Modulação imunológica

Infecções

Modulação
Patologias Imunológica
vasculares &
Inflamatória

Fonte: patologia clínica, 2018

Produção de ozônio varia com:


- Voltagem/ frequência - Espaço entre eletrodos
- Temperatura
- Fluxo de oxigênio: expressado em L/min

CO3
(mg/L) Concentração

Fluxo

Flujo (L/h)

A atmosfera do nosso planeta contém uma centena de diversos gases.


- N2: 78,08%
- O2: 20,95 %
- Argônio: 0,93 %
- Vapor de água com concentração variável

O2

O O

O2 O2

O3 O3

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Geradores de Ozônio

Uso Medicinal
- Somente O2 puro (99,9% pureza) — Não pode conter nitrogênio;
- A produção de ozónio é precisa e calibrada;
- Produção de acordo com a janela terapêutica.

Uso Comercial
- Utilizar AR ou PSA;
- A produção de ozônio não é precisa (quantidade X qualidade);
- Uso de materiais não compatíveis.

Cuidados na utilização de geradores de ozônio


Fluxo: diretamente relacionado à concentração de
ozônio a verificar como o equipamento utilizado opera.
- Excesso de ozônio no ambiente à catalisador
- Garantia e assistência técnica à calibração
- Referencias de quem usa os equipamentos

Métodos de medicação de ozônio


Fase Gasosa:
- Método iodométrico
- Método Espectrofotométrico

Fase Líquida:
- Índigo Trissulfonato de potássio (água)
- N dietil-p-fenilenodiamina (DPD)
- Espectrofotométrico (qualquer solvente inerte)
- Método potenciométrico

Mecanismos de destruição do ozônio

O3 → O2

https://www.zipyshop.com.br/

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Geradores de Ozônio

- Adsorção: uso de carvão ativado não recomendado;


- Catalisação: utilização óxidos metálicos;
- Destruição Química: por reação química — Iodeto de potássio;
- Diluição: por ventilação direta na atmosfera — não recomendado em altas con-
centrações;
- Térmica: no ar de 20 a 100 horas a 210 C

Unidades de medida de O3 - em aplicações terapêuticas


Concentração de ozônio:
- Se mede em mg/ml (microgramas por mililitro)
- Indica a proporção de ozônio no volume de gás.
Exemplo: 10 mg de ozônio em 1 ml de volume = 10 mg/ml

1 mg /ml = 1 mg /IL = 1 g / m3 “gama”

Dose total = quantidade de ozônio


Mede-se em mg (microgramas) ou na unidade mais próxima acima. Indica a
quantidade de ozônio total em um volume de gás
Exemplo: Em uma mistura de ozônio-oxigênio com uma concentração de 10 mg/ml,
contida em uma seringa de 50 ml, resulta uma quantidade de ozônio total de:

10 mg/ml x 50 ml = 500 mg de ozônio

1 mg = 10–3 mg = 10–6
g
1g = 103 mg = 10 mg 500 mg x 10–3 = 0,5 g

Exemplo:
- Presumir que a quantidade total de ozônio de 200 µg está para ser aplicada;
- Selecione uma concentração de 20 µg/ml e preencha uma seringa de 10 ml:
(20 µg/ml x 10 ml = 200 µg);
- Selecione uma concentração de 10 µg/ml e preencha uma seringa de 20 ml:
(10 µg/ml x 20 ml = 200 µg);
- Importância do uso de gás é nos primeiros 30 minutos depois de ter sido gerado;
- Posição em que a seringa é colocada não influencia na manipulação do gás.

—9—
Geradores de Ozônio

Ambientação do equipamento
- Dar preferência a salas com circulação de ar (utilização de ventilador se neces-
sário);
- Se não for possível, usar um sistema de exaustão.

Uso de materiais resistentes:


- Inox 316L - Silicone
- Vidro borosilicato (Pyrex@) - PVC
- Viton@ - Polietileno
- Teflon@ - Polipropileno

Materiais resistentes

Seringas:
- Isentas de Látex (seringas siliconizadas)
- Seringas de Vidro

Frasco de Vidro ou Bolsa:


- Alemanha: frasco a vácuo
- Itália: bolsa - completamente livre de ftalatos.
Sondas: não contém látex

Bocci V. (2002)

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Geradores de Ozônio

Torre ozonizadora de líquidos


Torre ozonizadora de líquidos: tem a função de adicio-
nar ozônio nos líquidos. Especificamente em água limpa a
função é de adicionar moléculas de ozônio na água, para
fins de assepsia em locais de interesse. Utilizando baixo flu-
xo de ozônio/oxigênio, com concentração de ozônio de 40
mg/L e fazendo borbulhar por 5 minutos, se atinge até 8
ppm de ozônio na água. Coluna em vidro e difusor em vi-
dro, com microbolhas. Tampa e mangueiras em silicone,
com catalisador de ozônio residual.

https://www.ozonelife.com.br/tor-
re-ozonizadora-de-liquidos/

Frasco erlenmeyer
Para ozonizar líquido
Indicado para ozonização de líquidos de forma segura. Onde o ozônio excedente
(parte do gás que não se mistura em água), pode ser direcionado para um catali-
sador que tem a função de converter em oxigênio novamente, quem estiver no local
não corre risco de intoxicação pelo gás. Tamanhos de 500 ml e 1000 ml.

https://www.ozonelife.com.br/frasco-erlenmeyer/

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Geradores de Ozônio

Banheira ozonizada e hidrozonioterapia


Melhora a respiração celular, recuperação fluxo sanguíneo, aumenta taxa de gli-
cólise nos eritrócitos, aumenta ativação de enzimas que participam na limpeza de
radicais livres;
- Eliminação toxinas capilares e celulares;
- Hidratação;
- Dilatação dos poros;
- Nutrição Celular;
- Ativação da circulação sanguínea e linfática;
- Produz Água Inócua;
- Descongestionante;
- Relaxante.

Benefícios da água ozonizada


Os benefícios da água no corpo humano se dão em inúmeras esferas. Ajuda no
funcionamento de diversas funções básicas como o metabolismo, circulação, respi-
ração, frequência cardíaca, digestão, imunidade e eliminação de substâncias tóxicas.
Boce, 2005; Vlebahn, 2007

https://www.europa.com.br/blog/o-que-e-agua-ozonizada

Meia vida: Bidestilada — 10 horas


Destilada — 20 minutos

Água ozonizada e circulação


A água ozonizada, quando ingerida, melhora a circulação sanguínea e conse-
quentemente a saúde do coração. Isto se dá pelo mesmo motivo de que ela melhora
a qualidade do sangue, através da eliminação de impurezas.
Esta qualidade é essencialmente ideal para pessoas com problemas circulató-
rios melhorando também a circulação das veias capilares.

— 12 —
Geradores de Ozônio

Oxigenação do corpo
O ozônio, após efetuar o seu trabalho de eliminação de impurezas, ou seja, após
liberar uma de suas moléculas, volta ao estado de oxigênio. Desta forma, aquela
molécula que nos ajudou a liberar impurezas, melhorar a circulação, se transforma
em oxigênio. Isto melhora diversas funções do corpo, como por exemplo, o raciocí-
nio, além de melhorar a oxigenação das extremidades. A água ozonizada, ao oxidar
malignidades, pode também ajudar a quebrar as céluIas tumorais no homem e
animais.

Ozônio na água
Devido suas características químicas, o ozônio pode ser utilizado na produção de
água potável destruindo bactérias e vírus, como também, no tratamento de diver-
sas doenças crônicas e desinfecção de alimentos retardando a maturação de 20%
a 30%, o que permite prolongar consideravelmente o tempo de armazenamento. O
ozônio tem sido usado em estações de tratamento de água potável desde 1883, onde
a primeira estação de tratamento foi construída na Holanda. A FDA aceitou o ozônio
como eficaz e seguro agente antimicrobiológico para o tratamento, armazenamento
e processamento de alimentos e de saneamento de água potável.

Utilizando água ozonizada


O ozônio na água e o óleo ozonizado são aplicados em úlceras, lesões traumáti-
cas sujas, úlceras torácicas crônicas, escaras, queimaduras, herpética, lesões psoriá-
ticas, infecções fúngicas, picadas de insetos, infecções dentárias, como limpador da
cavidade cirúrgica e em várias lesões infectadas. (Madri, 2020)
A aplicação de água ozonizada nos alimentos elimina a presença de agrotóxicos,
coliformes fecais, vírus e bactérias que podem estar presentes em frutas e verduras
que são consumidas diariamente em sua casa. Nesse caso o ozônio é simplesmen-
te dissolvido em água e a sua concentração, após 5-8 minutos de borbulhamento,
é estável e equivalente a % (25%) da concentração de ozônio presente na mistura
gasosa. Assim, se desejarmos uma forte preparação de água ozonizada, devemos
usar uma concentração de ozônio de 80 mcg/ml de gás, que irá produzir uma con-
centração de ozônio final de cerca de 20 mcg/ml em água. Esta solução é adequada
para o tratamento de feridas altamente infectadas, a fim de eliminar pus, materiais
necróticos e bactérias. Por outro lado, uma vez que a ferida atinge a proliferação de
tecidos e remodelação de fases, devemos usar uma solução suave preparado com
uma concentração de ozônio de 20 mcg/ml de gás, que irá produzir uma concentra-
ção de ozônio de apenas cerca de 5 mcg/ml de água. (BOCCl, 2005)

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Geradores de Ozônio

Concentração do ozônio produzido Concentração do ozônio absorvido


pelo gerador pela água
5 µg/mL 2,0 µg/mL
20 µg/mL 5,0 µg/mL
40 µg/mL 8,0 µg/mL

Para frutas e verduras:


Coloque as frutas, verduras e legumes dentro de uma vasilha de vidro com água
e inicie a ozonização por 15min. Este processo irá destruir as bactérias, e agrotóxicos.

Para carnes:
Basta colocar em um recipiente de vidro e ozonizar por 20 min. Logo aparecerá
uma bolha branca como se fosse uma espuma, este material são os hormônios que
o ozônio retirou da carne.

Fatores determinantes para a estabilidade da água ozonizada


Estabilidade depende da composição de:
– íons
– pH

Alta reatividade com íons e matéria orgânica à não segue lei Henry

Estabilidade: manter em recipiente de vidro, fechado, no refrigerador.

Água bidestilada:
- 50 C a 110 horas
- 200 C a 9 horas

Água monodestilada:
- menos de 1 hora

Desvantagem: Perda da efetividade ao longo do tempo

Água ozonizada congelada = 2 semanas de ozônio ativo

Água ozonizada
Efeitos Bactericida, Fungicida e Virucida
Indicação: Limpeza e Higienização Pré e Pós procedimentos Estéticos

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Geradores de Ozônio

Protocolo
Volume Concentração Tempo
250 ml Água
Frasco Vidro 40 mcg 5 min
250 ml Gás
500 ml água
Frasco Erlenmeyer 40 mcg 5 min
Fluxo Contínuo

Torre Ozonizada 750 ml 40 mcg 7 min a 10 min


Fonte: www.ozoelife.com.br

Óleo ozonizado
Ozonização de qualquer óleo ou azeite é realizada por borbulhamento da mistura
gasosa (O2 - O3). Um grama do óleo pode ligar-se a 160 mg de ozônio. Enquanto a
água ozonizada permanece eficaz durante um a dois dias, o óleo permanece estável
durante dois anos no refrigerador. Ambos atuam como desinfectantes potentes e
melhoram a cicatrização por estimulação da proliferação de células.

Ozônio + ácidos graxos insaturados > óleo ozonizado


hidroperóxidos ozonidos
diperóxidos peróxidos e
poliperóxidos

Propriedades
– O índice de peróxidos, a temperatura e o tempo influem na conservação;
– Deve ser conservado entre 20C a 80C, nestas condições a estabilidade pode
chegar até 2 anos.

Aplicações locais de óleos ozonizados


– Pele: Cicatrização de feridas, diferentes tipos de doenças de pele de causas
bacterianas e fúngicas;
- Conjuntival: Indicado em ceratoconjuntivite causada por clamídias e o vírus do
herpes em gatos, incluindo transplantes de córnea, nas ceratoconjuntivites em coe-
lhos e nas ceratoconjuntivites secas e conjuntivites infecciosas em cães;
– Auricular: Aplicar 0,5 ml em cada orifício auricular. Indicado em todos os tipos
de otites (superficial, intermédia e profunda) causada tanto por fungos (Malassezia),
bactérias (Staphylococcus intermedius ou Pseudomonas) e inclusive ácaros (sarna
psoróptica);
– Aplicação oral: limpeza bucal, gengivites, necrose óssea;
– Aplicação vaginal: tratamento complementar, doenças do sistema reprodutivo
do gado bovino, tais como retenção da placenta, endometrites pós-parto, entre outras.

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Geradores de Ozônio

Concentraciones Mínimas Inhibitorias obtenidas para el OLEOZON®.


Índice de peróxidos (mmol-eq/kg)
Microorganismo 400-500 500-600 600-700 700-800 800-900
CMI (mq/mL)
S. aureus ATCC 2,4 2,4 1,0 0,0 0,7
E. coli ATCC 4,8 4,8 2,4 1,0 0,0
P. aeruginosa ATCC 4,8 4,8 2,4 1,0 0,0
S. epidermidis AC 2,4 2,4 2,4 1,0 0,7
S. agalactiae AC 2,4 2,4 2,4 1,0 0,7
S. uberis AC 1,0 4,0 2,4 1,4 0,7
E. coli (hemolítica) 4,8 4,8 2,4 1,0 0,0
E. coli (no hemolítica) 2,4 2,4 2,4 1,0 0,0
CMI Concentración Mínima Inhibitoria. ATCC Cepa de referencia. AC Aislamiento

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Geradores de Ozônio

Protocolo dos óleos ozonizados


Aplica-se em feridas, úlceras e lesões infectadas em diferentes concentrações,
altas, médias e baixas, dependendo do resultado que pretende obter (desinfecção,
regeneração) e o tipo de tecido onde se aplica.

Aplicação do ozônio na área de alimentos


Hidroponia
O ozônio pode ser adicionado na água de recirculação de hidroponia para con-
trole fúngico e bacteriológico da água.

Processos industriais
Aplicações na sanitização de superfícies com redução microbiana e redução da
contaminação dos ambientes industriais.

Processo da indústria de alimentos


O ozônio pode ser utilizado para controle de biota contaminante de câmaras de
armazenagem e maturação, e na desinfecção de água de lavagem.

Utilização de ozônio em câmara de maturação de salame tipo italiano


O ozônio atuou no controle de bolores e leveduras na superfície do salame e não
interferiu em seus atributos sensoriais.
Sem ozônio Com ozônio

Protocolo água ozonizada

Volume Concentração Tempo


250 ml Água
Frasco Vidro 40 mcg 5 min
250 ml Gás
500 ml água
Frasco Erlenmeyer 40 mcg 5 min
Fluxo Contínuo

Torre Ozonizada 750 ml 40 mcg 7 min a 10 min

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Geradores de Ozônio

Técnicas de aplicação
O ozônio medicinal pode ser aplicado local ou parenteralmente, para obter um
efeito sinérgico, as várias rotas de aplicação do ozônio podem ser usadas combina-
das ou isoladamente.
Todas as dosagens terapêuticas são divididas em três tipos, de acordo com seu
mecanismo de ação:
Baixas doses: Estas doses têm um efeito imunomodulador e são utilizadas em
doenças onde há suspeita de que o sistema imunológico esteja muito compro-
metido. Por exemplo, no câncer, para idosos e pacientes debilitados, etc.
Doses médias: São imunomoduladores e estimulam a enzima antioxidante do
sistema de defesa. Eles são mais úteis em doenças degenerativas crônicas, como
diabetes, aterosclerose, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), doença de
Parkinson, Alzheimer e demência senil.
Doses altas: Eles têm um efeito inibitório sobre os mecanismos, que ocorrem em
doenças auto-imunes: Doenças como artrite reumatóide e lúpus. Eles são espe-
cialmente empregados em úlceras ou ferimentos infectados e também são usa-
dos para preparar água e óleo ozonizado.
Materiais a serem utilizados: Todos os materiais utilizados devem ser descartá-
veis e resistentes ao ozônio, como por exemplo: vidro, silicone, aço inoxidável 316,
plásticos fluoropolímeros, politetrafluoretileno PTFE (Teflonº), difluoreto de polivi-
nilideno PVDF (Kynarº), fluorocarbono (Vitonº), vidro de qualidade laboratorial, ti-
tânio, e policarbonato.

Os dois princípios básicos que devem ser levados em consideração antes da im-
plementação de qualquer processo de tratamento de ozônio são os seguintes:

a) Primum non nocere: Antes de mais nada, não faça mal.


b) Escalonar a dose: Sempre comece com doses baixas e aumente-as gradual-
mente.

A exceção será em úlceras ou lesões infectadas, onde o inverso será aplicado.


Nesse caso, comece com uma alta concentração e diminua-a de acordo com a
melhora na condição do paciente. Concentrações mais altas de ozônio não são
necessariamente melhores, da mesma maneira que ocorre com todos os medica-
mentos.

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Geradores de Ozônio

Técnicas de ação sistêmica


1. Insuflação retal
A insuflação retal de ozônio é uma via sistêmica. O gás é rapidamente dissolvido
no conteúdo luminal do intestino, onde mucoproteínas e outros produtos secretores
com atividade antioxidante reagem prontamente com o ozônio para produzir espé-
cies reativas de oxigênio (ERO) e produtos de peroxidação lipídica. Esses compostos
penetram na mucosa muscular e entram na circulação dos capilares venosos e lin-
fáticos. Esta técnica não invasiva pode ser utilizada sem risco em pacientes pedi-
átricos e idosos, e em pacientes com difícil acesso de veias para o titular da GAHT.
Geralmente isso é bem tolerado e permite doses de escala semelhantes às usadas
pelo titular da GAHT. Usar sonda retal ou uretral.

Em adultos iniciar com 20 mcg/ml e ir aumentando gradativamente a concen-


tração, até o máximo de 40 mcg/ml.

2. Auto-hemoterapia maior ou grande auto-hemoterapia(gaht)


É um tratamento que envolve a mistura do sangue do paciente com ozônio de
grau médico (O OZÔNIO é reinfundido imediatamente por infusão intravenosa.) O vo-
lume de sangue a ser usado varia entre 50 mL e 100. No entanto, volumes sanguíneos
maiores que 200 mL devem ser evitados para prevenir qualquer risco de distúrbios
hemodinâmicos, especialmente em pacientes idosos ou com algum desequilíbrio
hemodinâmico.
Concentrações de ozônio para usos sistêmicos variam de 10 µg/mL a 40.
Concentrações acima disso devem ser evitadas devido ao aumento do risco de
hemólise, redução de 2,3 DPG e anti-oxidante e consequente incapacidade de ativar
células imunocompetentes.

* — Anticoagulante mais aconselhável usar a solução A de citrato dextrose anticoa-


gulante ACD-A, USP (fon citrato livre de 2,13%) ou citrato de sódio 3,8% na proporção
de 10 mL por 100 mL de sangue a ser ozonizado. A heparina não é aconselhável, pois
pode induzir trombocitopenia e agregação plaquetária com a exposição ao 03;
* — Número de sessões e a dose de ozônio dependem da condição geral do pa-
ciente, da idade e da doença;
* — Pode-se aumentar a dose do ozônio a cada cinco sessões, e os ciclos de trata-
mento variam de 10-20 sessões;
* — As sessões podem até ser diárias, de 2º a 6º, sendo mais frequente entre 2-3
vezes por semana;
* — Osciclos podem ser repetidos a cada 5-6 meses.

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Geradores de Ozônio

3. Auto-hemoterapia menor
A auto-hemoterapia menor (MiAH) é um tratamento que envolve a mistura do
sangue do paciente removido por via intravenosa (5 mL-10 mL) sem anticoagulan-
te, arrastado para uma seringa descartável estéril e livre de pirogênio (já contendo
a mistura ozônio-oxigênio). A mistura de sangue e ozônio é agitada intensamente e
reinjetada lentamente por via intramuscular, na região ventro-glútea, junto com o
gás. MiAH é uma terapia estimulante imunológica, comparável à “auto-vacinação”.
Sua principal indicação refere-se a todas as doenças dermatológicas. Como uma
vacina automática em psoríase, dermatite, eczema, acne vulgar, alergias e furuncu-
lose. Como adjuvante no câncer ou em patologias debilitantes crônicas.

4. Nebulização de ozônio ou bolsa ou bag ozonizada


Ensacamento de ozônio ou gaseificação em saco plástico é uma maneira local
de aplicação do ozônio. Consiste em encher um saco plástico resistente ao ozônio
com o O3 / O2 mistura, criando um microambiente ao redor da ferida, permitindo que
os tecidos do corpo mantenham contato com a mistura gasosa. Faixa de concentra-
ções de (60, 50, 40, 30, 20) mcg/mL é usado por períodos de (30, 15) min, dependendo
do estágio e evolução da ferida.
A (60) µg / mL é usado apenas em infecções sépticas purulentas, por um período
muito curto e por não mais do que 5 minutos. Depois que a infecção é controlada e
o tecido de granulação saudável aparece, a frequência e a concentração do proce-
dimento devem ser reduzidas para acelerar e induzir o processo de cicatrização. É
necessário umedecer a área e remover todo o ar da bolsa por vácuo antes de insuflar
o gás para dentro da bolsa. No final do procedimento, o gás ozônio restante deve ser
aspirado antes de remover a bolsa.

Técnica
a) O paciente deve estar sentado ou deitado e a área onde será feita a aplicação,
exposta.
b) Realizar a assepsia do local (com água ozonizada ou soro fisiológico) onde a
lesão está presente, com a pele ainda úmida, colocar o local afetado no Bag de
aplicação tópica.
c) Vedar bem o Bag com micropore ou fita (é necessário que a bolsa plástica fique
hermeticamente fechada)
d) Conectar a ponta do tubo do bag com um filtro no bocal de vácuo do equipa-
mento e acionar o vácuo; aguardar o sistema de vácuo retirar o ar do bag.
e) Quando o ar do bag tiver sido retirado, desligar o vácuo e então o bag poderá
recebera mistura oxigênio/ozônio.

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Geradores de Ozônio

f) Desconectar a ponta do tubo do bag do bocal de vácuo e colocar no bocal de


saída do ozônio
g) Ligar o gerador de ozônio e ajustar a concentração conforme avaliação da le-
são. Uma extremidade do tubo do bag fica conectada na saída do gás ozônio e
a outra fica dentro do saco plástico
h) Depois que a bolsa estiver preenchida com a mistura gasosa, desligar o gerador
e fechar o bag. Se não houver dispositivo específico no bag, pode ser colocada
um pinçado tipo Kelly para clampear a extensão.
i) Deixa-se a mistura gasosa oxigênio/ozônio agir sobre o local entre 15 a 30 minu-
to sem cada sessão.
j) Depois de atingido o tempo de exposição, conecta-se novamente o tubo no sis-
tema de vácuo do gerador, retirando-se assim toda mistura gasosa oxigênio/
ozônio (neste caso o vácuo do equipamento está ligado a um sistema catalisa-
dor, que converte ozônio em oxigênio). Utilizar sempre filtro no bocal do vácuo.
k) Ao final do procedimento, remover o bag e então proceder o curativo, de prefe-
rência com óleo ozonizado.

5. Intra-articular, periarticular, paravertebral, intramuscular


* — O volume usado depende da o tamanho da articulação: Dedos: (1-2) mL, outros:
(5-20) ml. Concentração: 10 a 20 mcg;

* Nunca utilizar volumes acima de 100 ml.

A infiltração da coluna é realizada a 20 cm do processo espinhoso, usando um


volume de 5 a 10 mL na concentração e 10 a 20mcg. A distribuição da agulha é sem-
pre bilateral, lateral ou 2 cm acima e 2 cm abaixo da hérnia.
Uma abordagem prática para o tratamento é realizada duas vezes por semana
nas duas primeiras semanas. Uma vez alcançada a melhora clínica, os tratamentos
devem ser espaçados para uma vez por semana, por quatro a seis semanas. E en-
tão, uma sessão a cada 15 dias até que um ciclo de 20 sessões seja concluído; estes
podem ser reduzidos quando os sintomas desaparecerem. Também foi utilizada fre-
quência diferente de administração, e um estudo controlado randomizado mostrou
efeito benéfico após 5 sessões por semana, durante três semanas.

6. Ventosa de ozônio
Usando concentrações variando de 15 µg / NmL a 60 µg / NmL, com uma varia-
ção na duração do tratamento entre 5 e 20 min. Usando uma ventosa, é necessário
aspirar para remover o ar e o ozônio do sino. O vácuo aumenta o fluxo sanguíneo e o
ozônio pode reagir melhor.

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Geradores de Ozônio

7. Oftalmológico
Em casos oftalmológicos (ceratite, úlceras de córnea, conjuntivite e queimadu-
ras oculares), é utilizado um acessório de vidro especial adaptado ao contorno dos
olhos. A concentração de ozônio está entre (20 e 30) µg /mL, tempo de aplicação 5
min, duas a três sessões por semana. Injeção subconjuntival, colocação prévia de
colírio anestésico, com volume entre 1-2 mL por olho, no fundo do saco, na concen-
tração de 10 a 35 µg /mL com um volume de (1-2) mL. O óleo ozonizado, devido às
suas propriedades bactericidas e virucidas, é recomendável aplicar sob a forma de
colírios quatro ou cinco vezes por dia.

8. Insuflação vesico-uretral
A mucosa vesical é sensível demais às propriedades oxidativas do ozônio, espe-
cialmente na cistite intersticial. Por isso deve sempre iniciar com baixas concentra-
ções 10, 15, 20, 25, 30 mcg de 50 a 100 ml, ou não usar gás diretamente, mas irrigar
com água bi-destilada ozonizada. Ozonize 500 mL de água bi-destilada a 20µg /
Concentração de mL, durante 10 min em fluxo contínuo.

9. Auricular
Verifique se o tímpano está intacto. Devido às propriedades de secagem do ozô-
nio, é recomendável umedecer o canal auditivo e a membrana do tímpano antes de
aplicar o ozônio. Para insuflação, pode ser usada uma seringa ou um fone de ouvido
especial com um dispositivo condutor de ozônio, ou realizar uma insuflação ótica
com um estetoscópio modificado com tubos de silicone, conectados entre eles com
um conector de trava Luer fêmea Y e Y da Kynar, para montar a seringa preenchido
com ozônio nas concentrações descritas. Ele deve ser administrado manual e lenta-
mente, para que o ozônio possa ser absorvido no canal auditivo e na membrana tim-
pânica. Se houver um vazamento mínimo de ozônio, a administração deve ser feita
muito mais lentamente. Concentração: (10-25) µg/mL; Indicações: Otite, dermatite do
canal auditivo, sinusite e problemas circulatórios da cabeça e pescoço.

10. Micro doses de ozônio nos pontos de disparo e acupuntura


Como regra geral, os pontos de disparo estão localizados entre os músculos, e
geralmente são profundos, portanto a aplicação deve ser intramuscular e o volume
pode estar entre (3-5) mL, dependendo do local anatômico, e a concentração está
entre (10 a 20) µg /mL.
Para pontos de acupuntura ou áreas de reflexologia a aplicação é intradérmica
e varia entre (0,1 a 0,3) mL e até 1 mL (máximo) da mistura gasosa de O3 / O2 com
concentrações abaixo (30) µg / mL.

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Geradores de Ozônio

11. Insuflação vaginal


A insuflação vaginal de ozônio é uma forma de aplicação tópica da mistura ga-
sosa, na concentração de 20 a 40mcg. Realizada por meio de uma sonda plástica. É
um procedimento indolor, indicado em casos de infecções vaginais (corrimento), em
especial as candidíases de repetição.
A lavagem prévia com água destilada ou bidestilada ozonizada em concentra-
ção de 20mcg, potencializa o efeito da mistura gasosa oxigênio-ozônio.

Cuidados na aplicação
Em caso de liberação acidental do ozônio para o ambiente, proceder da seguinte
maneira:
• Remover o paciente para outro ambiente livre;
• Ventilar a sala
• Colocar os EPIs necessários (máscaras contra gases oxidantes);
• Fechar o registro de oxigênio do equipamento e desligar o mesmo;
• Sinais de intoxicação no paciente – Vitamina C injetável (3g diluídas em 100 SF
0,9%).

Ozonioterapia na estética
Métodos de aplicação em estética
Aplicações intradérmicas e subcutânea

Dérmico superficial: só entra a lança do bisel. Método utilizado para disfunções


de flacidez e para revitalização facial.

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Geradores de Ozônio

Dérmico profundo: a agulha entra toda num ângulo aproximado de quase 00.
Método utilizado para estrias e sulco nasogeniano.

Clássico: entra a agulha toda num ângulo aproximado de 90 0. Método utilizado


para Celulite (FEG), adiposidade e papada.

Clássico. aplicação num ângulo de


900 (entra a agulha toda)

Rejuvenescimento
Ozônio
• via retal ou absorção dérmica em vapor ozonizado ou banhos ozonizados:
– Liberação de hormônios do crescimento
– Aumento das defesas antioxidantes

Protocolo Rejuvenescimento Sistêmico


• Ozônio Insuflação Retal 20 aplicações 2x semana em um mês, com manutenção
semanal ou quinzenal, ad infinitum.

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Geradores de Ozônio

Protocolo de insuflação retal


20 mcg - 120 ml 30 mcg - 20 0ml
25 mcg - 180 ml 35 mcg - 240 ml

Altera-se as doses a cada 5 sessões, preconiza-se ciclos 3 ciclos de 20 sessões,


cada 3 meses no primeiro ano. Após a reavaliação do paciente para determinar a
frequência dos ciclos durante o segundo ano.
(Declaração de Madri 2010).

Facial, colo, mãos e papada


Protocolo
• Lavagem dessas áreas com Água Ozonizada
• Utilização de Creme Ozonizado e óleo Ozonizado
• Vapor de Ozônio 10 min
• Alta Frequência com Ozônio 5 min
• Aplicação intradérmico ou subcutâneo de injeções de ozônio
• 5 mcg a 10 mcg
• Massagem e Drenagem Linfática
• Aplicações semanais, bissemanais ou trissemanais
• Aplicação de óleo ou creme ozonizado, e deixa-se a paciente repousar por al-
guns minutos
• Aplicações semanais, bissemanais ou trissemanais, evitando-se ultrapassar
em certos casos, a capacidade antioxidante de cada paciente.

Outras sugestões de protocolo


• Ozonioterapia Facial
Aplicação realizada intradérmica (pápulas), com agulha 30G, colocada em ân-
gulo de 100 em relação a pele (somente a ponta do bisel), distância de 1 cm entre
os pontos, injetar 1 a 3 ml por ponto. Pode ser injetado também por retroinjeção,
seguindo os parâmetros acima.
Protocolo: 10 mcg/mL de concentração, volume máximo de 30 ml 1 a 2 vezes na
semana.

• Ozonioterapia para Acne


Aplicação realizada intradérmica (pápulas), com agulha 30G, colocada em ân-
gulo de 100 em relação a pele (somente a ponta do bisel), injetar ao redor da
acne, injetar 1 a 3 ml por ponto.
Protocolo: 10 mcg/mL de concentração, volume máximo de 30ml 1 a 2 vezes na
semana.

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Geradores de Ozônio

• Ozonioterapia para Hipercromias


Aplicação realizada intradérmica (pápulas), com agulha 30G, colocada em ân-
gulo de 100 em relação a pele (somente a ponta do bisel), distância de 1 cm entre
os pontos em toda a extensão, injetar 1 a 3 ml por ponto.
Protocolo: 10 mcg/mL de concentração, volume máximo de 30 ml 1vez na semana.

Ozonioterapia e aplicação facial


• Ozonioterapia para Celulite (FEG)
Aplicação realizada subcutânea, com agulha 30G, colocada em ângulo de 900
em relação a pele, distância de 2 a 5 cm entre os pontos, injetar de 2 a 5ml por
ponto dependendo da distância adotada
Protocolo: 10mcg/mL de concentração, volume máximo de 200 ml, 1 a 2 vezes na
semana.
Aplicação realizada subcutânea, com agulha 30G, colocada em ângulo de 900
em relação a pele, distância de 5 cm entre os pontos, injetar 5 ml por ponto.

• Ozonioterapia para Lipodistrofia Localizada


Protocolo: 10 mcg/mL de concentração, volume má-
ximo de 200 ml, até 3 vezes na semana.

• Ozonioterapia para Flacidez


Aplicação realizada intradérmica (pápulas), com
agulha 30G, colocada em ângulo de 100 em relação
a pele (somente a ponta do bisel), distância de 1 cm
entre os pontos, injetar 1 a 3 ml por ponto.
Protocolo: 5 mcg/mL de concentração, volume má-
ximo de 200 ml, 1 a 2 vezes na semana.

Cicatrizes, queloides e estrias Fonte: Imagem gentilmente cedida pelo


corpo docente do núcleo de estudos
Protocolo Ana Carolina Puga — NEPUGA, 2019.

• Subcutâneo ou Intradérmico
• 1x a 2x por semana
• 5 a 50 ml de ozônio
• 5mcg a 10mcg
• Seguido de Massagem para divulsionar o gás
• Geralmente 20 aplicações e pode-se fazer a cada 15 ou 30 dias, até um resulta-
do adequado, máximo de 30 aplicações

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Geradores de Ozônio

Ozonioterapia para Fibrose


Aplicação realizada subcutânea, com agulha 30G, colocada em ângulo de 900
em relação a pele, distância de 1 a 2 cm entre os pontos, injetar 10 ml por ponto.
Protocolo: 10 mcg/mL de concentração, volume máximo de 100 ml, 1 vez na semana.

Ozonioterapia para Hematomas


Aplicação realizada intradérmica (pápulas), com agulha 30G, colocada em ân-
gulo de 100 em relação a pele (somente a ponta do bisel), distância de 1 cm entre os
pontos em toda a extensão, injetar 1 a 3 ml por ponto.

• Aplicação subcutânea
• 5 ml em cada local
• Lateral aos microvasos 100 ml
• Intravaso (Esclerose) 10ml total 0,5 por ponto
• Aplicação em direçdo linfática

Podologia
Nas doenças infecciosas agudas e crônicas, especialmente os causa dos por
bactérias resistentes a antibióticos ou tratamento químico, ou por vírus, fungos (Pé
de Atleta, Herpes Zoster, Vírus de Papiloma (HPV), Onicomicose, Candidíase, Frieiras,
Odores e Patologias Vasculares (Pé Diabético e Úlceras Venosas)

Protocolo de podologia
• Utiliza-se em todos os casos de tratamentos em Podologia: Lavagem com Água
Ozonizada,
• Utilização de óleo Ozonizado em curativos, diariamente
• O paciente pode obter o óleo Ozonizado e através de prescrição fazer o uso caseiro.

Óleo de girassol ozonizado Manteiga de Karité óleo de Melaleuca


• Atua na recuperação e regeneração de danos causados pelo ressecamento ou
rachaduras de pés e calcanhares;
• Fortalece a barreira natural de proteção da pele;
• Previne fungos e bactérias pela ação antimicrobiana.

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Geradores de Ozônio

Óleo de oliva ozonizado


• Previne a ação de fungos e bactérias pela ação dos ativos;
• Promove hidratação intensa, impedindo a descamação das unhas e a desidra-
tação das cutículas;
• Renova o contorno das unhas, melhorando a aparência;
• Pode ser usado sem agredir o esmalte.

O uso do ozônio no manejo de complicações


Utilizando o ozônio para as intercorrências estéticas. A terapia com ozônio pode
ser considerada como um tratamento complementar para infecção bacteriana, ain-
da foi constatado que ela aumenta significativamente a eficácia dos antibióticos
tradicionalmente utilizados nesse tipo de caso.
A Ozonioterapia provou ter efeitos fisiológicos intensificadores circulatórios e imu-
nológicos significativos, contribuindo para o aumento das defesas inatas do corpo.
O ozônio é microbicida e age em conjunto com outros oxidantes produzidos pelos
fagócitos.
O uso do ozônio nas intercorrências é baseado em suas propriedades oxidati-
vas, desinfetantes, bactericidas e no aumento da oxigenação tecidual. O ozônio pode
produzir efeito diferente de acordo com a concentração escolhida e o modo de sua
administração (plano de aplicação).
Um dos efeitos estudados e comprovados do ozônio é seu potencial antimicro-
biano e também o mais evidenciado, pois possui propriedades bactericidas contra
cepas gram + e gram -, fungicida e virucida, bloqueia os receptores virais e mata as
células infestadas por estes microrganismos. Além disso, por ter capacidade de eli-
minar protozoários, possui elevado e comprovado poder desinfetante e esterilizante.

O mecanismo de ação
A maioria das rotas locais de aplicação do ozônio atua por oxidação direta.

Oxigenação do tecido: A via sistêmica da administração de ozônio é útil em sín-


dromes hipóxicas e isquêmicas. O ozônio leva à correção dos parâmetros hemos-
táticos-hemorreológicos alterados, melhorando o fluxo sanguíneo e a liberação de
O2 da hemoglobina nos tecidos. Os mecanismos envolvidos, pelo menos em parte,
aumentam a via do 2,3 difosfoglicerato (DPG).

https://www.ciatinfusoes.com.br/hemoglobinuria-parox%C3%ADstica

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Geradores de Ozônio

Alívio da dor: A injeção local de ozônio reduz a dor pelo menos pelos seguintes
mecanismos moleculares: Oxidação direta de mediadores ou receptores da dor, ini-
bição de receptores purinérgicos P2X3 e P2X7; modulação das vias da caspase, inibe
a autofagia tecidual (através da inibição de LC3B e Beclin l) e apoptose (através da
inativação da Caspase 3, sinais de fosfodiesterase 2A e NFKB p65). Ativa a proteína
quinase ativada por 51-adenosina monofosfato (AMP) (AMPK)

O efeito anti-inflamatório: É revelado na capacidade de ozônio para oxidar os


compostos contendo ligações duplas, o ácido araquidônico (20:4) e seus derivados
- prostaglandinas, em especial. Essas substâncias biologicamente ativas participam
do desenvolvimento e sustentação o processo inflamatório. Além disso, o ozônio re-
gula as reações metabólicas nos tecidos no local de inflamação e resolve o pH.

A ação antioxidante: A otimização de sistemas pró e antioxidantes é conside-


rada como um dos principais efeitos de terapia de ozônio sistêmica que se realiza
através da sua influência nas membranas celulares e salpicando para equilibrar os
níveis de produtos de peroxidação lipídica e de sistema de defesa antioxidante. Em
resposta ao ozônio ocorre o aumento compensatório na atividade antioxidante de
enzimas - superóxido dismutase (SOD), catalase e glutationa peroxidase. Devido à
aeróbica restaurada Reações metabólicas existe o acúmulo de NADH2 e NADPH2 que
funcionam como doadores de prótons para restaurar os componentes oxidados do
sistema antioxidante não enzimático (glutationa, vitamina E, ácido ascórbico, etc).

Introdução de Mistura de Ozônio I Oxigênio em Fase


Gasosa
Este método proporciona efeito analgésico, anti-inflamatório e estimulante. As
injeções subcutâneas e intracutâneas são feitas em lesões focais, usamos l - 3 ml
com concentração de ozônio - 10 mcg / ml. Aplicados de a 2 vezes por semana.

Bolsa de plástico a gás com ozônio ou bag ozonizada


O método provou ser altamente eficiente no tratamento de úlceras tróficos, puru-
lentas, feridas lentas, úlceras de decúbito, cicatrizes dolorosas, queimaduras e defei-
tos causados pela retenção de tumores superficiais e subcutâneos irradiados.
Antes do procedimento, o local afetado é amortecido com água ou solução sali-
na e, em seguida, coloca-se uma bolsa fechada. O saco é insuflado com a mistura de
gás até que a pressão excessiva seja atingida. A aeração é feita por 15 a 20 minutos.

— 29 —
Geradores de Ozônio

Nos casos de úlceras tróficas


ou feridas purulentas, a área afe-
tada deve ser coberta com uma
gaze imersa em solução salina ou
água destilada. A concentração
inicial de ozônio é de 50-60 mcg /
ml até a úlcera apresentar melhora
paciente. A frequência das aplica-
ções, podem ser feitas conforme a
Fonte: Acervo do autor
necessidade (todos os dias ou de 2
a 3 vezes na semana) até a úlcera apresentar melhora paciente. No estágio das gra-
nulações, a concentração é diminuída para 30 a 40 mcg e também a frequência de
aplicação.

Aplicação tópica de água, óleo e cremes ozonizados


O ozônio na água e o óleo ozonizado são aplicados em úlceras, um limpador da
cavidade cirúrgica e em várias lesões infectadas em diferentes concentrações: alta,
média e baixa, dependendo do que se pretende alcançar (desinfetar, regenerar) e do
tipo de tecido.
A preparação do ozônio na água é realizada usando um cilindro de vidro cheio
com água destilada ou bidestilada, através da qual a mistura gasosa deve ser bor-
bulhada continuamente por pelo menos (5—10) min para alcançar a saturação. O
ozônio não utilizado flui através do tubo de silicone para um destruidor e é convertido
em oxigênio.
Óleo ozonizado em (200-400) IP: O óleo ozonizado, devido às suas propriedades
bactericidas e virucidas, é recomendável aplicar na lesão na realização de curativos
em home care.

Fonte: Acervo do autor

— 30 —
Geradores de Ozônio

Uso em pós operatório


Baseados nas propriedades do ozônio, podemos utilizá-lo nos tratamentos pós
operatório de forma geral, aproveitando a capacidade germicida e o estímulo de
regeneração e aumento da oxigenação tecidual. As aplicações evitam a formação
de fibrose, cicatriz hipertrófica, quelóide e diminuem o tempo de absorção das equi-
moses e hematomas.
Podem ser realizadas tanto a nível sistêmico (insuflação retal), como local.
As sessões podem ser semanais ou quinzenais com a concentração de 10mcg
com volumes de 5 a 50ml, dependendo da área a ser tratada. Pode também fazer
o uso de água ozonizada para a lavagem da lesão e do óleo para curativo no home
care.

Tricologia
• Seborreia: é caracterizada pela descamação e vermelhidão provocadas por uma
inflamação na pele.
• Caspa: é uma condição desacerbada da descamação do couro cabeludo.
• Alopécia: é a perda de grande quantidade de cabelo que pode acontecer por
vários fatores hormonais e genéticos.

Protocolo Para Tricologia


• Injeções intracutâneas de 1ml de ozônio, com concentração de 5-10mcg com
uma frequência de 1-2 vezes na semana, totalizando 8-10 sessões.
• As injeções intracutâneas são alternadas com ozônio(5mcg) em uma bolsa (tou-
ca) de plástico, no total de 8-10 sessões.
• O tratamento é realizado no período de 3-4 meses.

Vapor de ozônio
A vaporização proporciona efeitos sobre a pele como a emoliência e a dilatação
dos poros que facilitam as extrações dos comedões e pústulas durante o processo
de limpeza profunda da pele, bem como antes de esfoliações e hidratações corpo-
rais e faciais.
Além disso, percebe-se uma vasodilatação na pele devido ao aquecimento pro-
vocado pelo jato de vapor quente que é importante para a absorção de produtos nu-
tritivos quando se faz tratamentos de descontaminação, principalmente, do quadro
acnéico, onde observamos alto índice de micro-organismos. Também é utilizado nos
processos de esfoliação e hidratação em Terapia Capilar.

— 31 —
Geradores de Ozônio

Protocolo de Ozônio Facial


• Distância de 30 cm
• Face: Aplicação de Creme Ozonizado, Proteção com Gaze

Protocolo Vapor de Ozônio Capilar


• Capilar: 10 min de Nebulização
• A uma distância segura devido o calor (30cm)
• Seborreia, Caspa, Psoríase, Alopecia, Crescimento Capilar e Patologias que aco-
metem o Couro Cabeludo de Origem Bacteriana, Fúngica e Viral
• Hidratação, Diminuição do Frizz, Aumento de Brilho, Reparação dos Fios, Elimi-
nação de Pontas Duplas e Maciez.

Hidrozonioterapia
Colocar o gerador de ozônio na água para borbulhar, determinar o tempo de
acordo com a necessidade. O gerador de ozônio capta 02 do ar; a temperatura da
água da banheira deve ser de máximo 350C e ao banho não deve ultrapassar 30 mi-
nutos. Não deve usar óleos, sais ou sabonetes durante o banho.
Os banhos ajudam no processo anti-inflamatório, são ótimos para edemas, insô-
nia, depressão, exaustão física, cansaço, problemas circulatórios, varizes, dores nas
pernas, envelhecimento precoce, além de ser indicados para drenagem linfática, pré
e pós operatório, efeito relaxante, redução de estresse e ansiedade, celulite (FEG),
flacidez, foliculite fortalecimento muscular, hematomas, recuperação de contraturas,
contusões e distensões.
Protocolo geral: 30 minutos a 350C, uma vez na semana;
Protocolo para flacidez e celulite (FEG): 25 minutos a 350 C, 2 a 3 vezes na sema-
na;
Protocolo para impurezas na pele e acne: 25 minutos a 350 C, 1 a 2 vezes na se-
mana;
Protocolo para insônia: 25 minutos a 350C, uma vez na semana (preferência final
do dia);
Protocolo para retenção hídrica corporal: 20 minutos a 350 C, diariamente;
Protocolo para retenção hídrica nas pernas: 20 minutos a 350C, diariamente (so-
mente nos pés)

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Princípios

da

Ozonioterapia

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Princípios
da Ozonioterapia

Sobre a Faculdade
Propósito
• Mudar a vida das pessoas para melhor.

Missão
• Educar profissionais da saúde e negócios para fazer diferença no mercado e na
vida.

Visão
• Proporcionar educação de qualidade segmentos da Saúde, Estética, Bem-Estar e
Negócios, tornando-se referência nos mercados regional, nacional e internacio-
nal.

Valores
• Liderança: porque devemos liderar pessoas, atraindo seguidores e influenciando
mentalidades e comportamentos de formas positiva e vencedora.
• Inovação: porque devemos ter a capacidade de agregar valor aos produtos da
empresa, diferenciando nossos beneficiários no mercado competitivo.
• Ética: porque devemos tratar as coisas com seriedade e em acordo com as regu-
lamentações e legislações vigentes.
• Comprometimento: porque devemos construir e manter a confiança e os bons
relacionamentos.
• Transparência: porque devemos sempre ser verdadeiros, sinceros e capazes de
justificar as nossas ações e decisões.

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—2—
Princípios
da Ozonioterapia
Sumário
1. Princípios da Ozonioterapia - introdução e a história.........................................4
Ozônio ...................................................................................................................................................4
Como o ozônio se forma? ......................................................................................................4
O ozônio no meio ambiente .................................................................................................5
Ozônio X cloro .................................................................................................................................6
História....................................................................................................................................................... 7
Legislação (Madrid) ...................................................................................................................8
Bioquímica e biofísica da ozonioterapia...........................................................................9
Como funciona o ozônio? ......................................................................................................9
Efeitos fisiológicos ...................................................................................................................... 10
Mecanismo de ação ..................................................................................................................11
Toxicidade do ozônio ................................................................................................................12
Contraindicações ...................................................................................................................... 13
Efeitos colaterais da ozonioterapia ............................................................................... 13
Alergia ao ozônio ........................................................................................................................ 13
Paciente em tratamento com anticoagulantes .................................................. 14
Ação oxidante imunomoduladora ................................................................................ 14

—3—
Princípios
da Ozonioterapia

1. Princípios da Ozonioterapia - introdução e a história


Ozônio
O ozônio é a forma triatômica do oxigênio, enquanto o oxigênio é normalmente
encontrado em sua forma diatômica (O2). Forma-se quando as moléculas de oxi-
gênio (O2) se rompem e, os átomos separados, combinam-se individualmente com
outras moléculas de oxigênio. Pode ser formado naturalmente pela ação dos raios UV
ou pelos geradores de ozônio, que convertem O2 em O3.
Christian Friedrich Schonbein (1799-1868), descobriu o ozônio em 1840, quando,
trabalhando com uma pilha voltaica na presença de oxigênio, notou a emergência
de um gás com um “cheiro elétrico e pungente” que poderia ser um tipo de “oxigênio
super-ativo”. Podemos cheirá-lo durante uma tempestade, porque a descarga elé-
trica de raios entre nuvens e terra catalisa a formação de ozônio a partir do oxigênio
atmosférico. O nome ozônio vem do grego e significa exalar cheiro, em condições
normais é um gás incolor, mas na estratosfera é responsável pelo azul do céu.
O ozônio O3 é 10 vezes mais solúvel que que o O2. Entre os agentes oxidantes, o
ozônio é o terceiro mais forte depois de flúor e persulfato, um fato que explica a sua
elevada reatividade.
O ozônio medicinal é sempre uma mistura de ozônio e de oxigênio puro, produzi-
do por um gerador de ozônio. O equipamento promove uma descarga elétrica entre
13.000 e 15.000 volts nas moléculas de oxigênio, o que possibilita a agregação dos
átomos e a formação do gás ozônio.

Fonte: Biomedicina estética, 2019

Como o ozônio se forma?


Forma-se quando as moléculas de oxigênio (O2) se rompem devido a um raio ou
a ação radioativa ultravioleta que vem do sol. Quando atingidas, estas moléculas de
(O2) separadas, vagam solitárias até se unir com outra molécuIa de (O2) que ainda
não foi dividida, ocorrendo a transformação química e o surgimento do (O3).

—4—
Princípios
da Ozonioterapia

Molécula de
oxigênio (O2)
Formação do Ozônio (O3)

Ozônio (O3), Molécula de


alto poder de oxigênio (O2) é dividida
desinfecção por uma descarga elétrica
Ozônio (O3)
Torna-se um
átomo de (O2)

Transformando-se Em seguida, uni-se com


agora em (O3) outra molécula de (O2)

O ozônio no meio ambiente


O ozônio é uma molécula natural, instável, composta por três átomos de oxigênio.
É formado durante uma reaçdo endotérmica reversível, que consome 68,4 calorias.
No ambiente essa reaçdo é catalisada pelos raios UV, que sao absorvidos, com isso
o ozônio controla a irradiacao destes, protegendo os sistemas biológicos na Terra. E
considerado um agente oxidante, altamente reativo, que se decompoe espontanea-
mente. Dentre os agentes oxidantes o ozonio e o terceiro mais poderoso, atras ape-
nas do fluor e persulfato. (BOCCI, 2005).
O ozônio esta presente na atmosfera terrestre, sendo encontrado na estratosfera
em concentração máxima, já que a baixa temperatura diminui sua degradação tér-
mica. O oxigênio rarefeito, presente na estratosfera, e uma de suas principais fontes.
(OLIVEIRA, 2008)
Quando ocorrem tempestades, onde há a passagem de elétrons entre a super-
fície terrestre e as nuvens, trovões, raios e relâmpagos, ocorre a transformação do
oxigênio em ozônio de um jeito semelhante ao que ocorre na estratosfera, podendo
ser detectado através do olfato, dependendo da distância. Dependendo da tempe-
ratura da regido, as concentrações de ozônio voltam ao normal rapidamente. (OLI-
VEIRA, 2008)
O tempo de vida da molécula de ozônio esta diretamente relacionado a tem-
peratura. Quanto maior a temperatura ambiente, menor o tempo de vida do ozônio,
e consequentemente seu poder de açdo. A meia vida do ozônio e de 140 minutos a
OOC, já a 200 ºC atinge apenas 40 minutos. (OLIVEIRA, 2008 e BOCCI, 2005)
Outra fonte de ozônio de grande destaque e a poluição, sendo este denominado
ozônio antropogênico, e seus principais produtores são os veículos e as indústrias.

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Princípios
da Ozonioterapia

Normalmente na natureza existe o controle natural entre a reaçdo de formação


do ozônio e de sua dissociação. Mas infelizmente, em consequência da poluição este
equilíbrio tem sido diretamente afetado. A continua emissão de gases poluentes
como monóxido de carbono, dióxido de carbono, enxofre, entre outros, tem favoreci-
do para que o nível de concentração de ozônio aumente, causando uma sobrecarga
na atmosfera e gerando uma alta taxa de toxicidade. Já os derivados do CFCs (cloro,
flúor e carbono) são capazes de destruir milhares de moléculas de ozônio. (BOCCI,
2005 e OLIVEIRA, 2008)
Poucos sabem que depois de oito horas, seus resíduos já não existem mais, en-
quanto o restante dos poluentes persiste no ambiente por meses elou anos. (OLIVERA,
2008)

Ozônio X Cloro
Comparado ao cloro, o ozônio oferece muitas vantagens no processamento de ali-
mentos e bebidas e na sanitização de materiais e superfícies. O cloro tem sido utilizado
como produto de primeira escolha na indústria de alimentos e no tratamento de água,
no entanto, sabe-se que muitos subprodutos são derivados da ação oxidante do Cloro,
como a formação de THM (trihalometanos), cloraminas, dioxinas que são produzidas
na reação de cloro com matéria orgânica. Estas substâncias são conhecidas como
carcinogênicas e trazem grande malefício à saúde de humanos e animais.

OZÔNIO CLORO

Não causa alergias ou irritações e não No tratamento de piscinas causa problemas como
descolore roupas e piscinas de vinil. irritação nos olhos, pele e descoloração de roupas.
Em contato com proteínas, gera compostos or-
Em contato com outros compostos, se gânicos clorados (cloraminas), substâncias que
dissocia a oxigênio. contaminam o meio ambiente e são canceríge-
nas aos humanos.
O ozônio é um excelente desodorizador,
Deixa odor, gosto e coloração branca na água.
despolarizador e clarificador.
Gera compostos tóxicos, chamados trialometa-
Não deixa resíduos.
nos que são cancerígenos.
Não necessita de transporte ou conso- Necessidade de adquirir e transportar produtos
me insumos, é produzido no local. químicos perigosos.
O ozônio é 168 vezes mais forte e 3000
O cloro leva 4 horas pra realizar a ação de purifi-
mais rápido na ação de purificação da
cação e deixa resíduos prejudiciais a saúde.
água levando 5 segundos.

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Princípios
da Ozonioterapia

História
1840
O gás ozônio foi descoberto pelo pesquisador alemão Dr. Christian Friedrich Scho-
enbein, que observou um odor característico quando o oxigênio era submetido a uma
descarga elétrica. E, pela frequência sistemática com que isto ocorria, o chamou de
“ozein”, que em grego significa “aquilo que cheira”.

1857
O físico Dr. Werner Von Siemens desenvolveu o Gerador de Alta Frequência, apa-
relho que forma o gás ozônio em átomos de oxigênio por meio de descargas elétricas.

1896
Em 1896, Nicola Tesla, patenteou o primeiro gerador de O3 medicinal e começou
a vender a máquina geradora de O3 e óleo ozonizado.

1914-1918
Durante a Primeira Guerra Mundial, médicos alemães e ingleses, utilizaram o ozô-
nio para tratamento de feridas em soldados, conforme já publicado na revista THE
LANCET, nos anos 1916 e 1917.
Desde o século XIX, a Ozonioterapia médica era usada na Alemanha, inicialmente
para combater a ação de bactérias e germes na pele humana.

1935
Erwin Payr, importante cirurgião austríaco e professor em Leipzig, experienciou o
tratamento com ozônio e apresentou uma publicação de 290 páginas intitulada “O
tratamento com ozônio na cirurgia”.
Este foi o início da Ozonioterapia que conhecemos hoje. A ausência de materiais
adequados e resistentes à oxidação — como plásticos para aplicação local de ozônio
em feridas, ou insuflação retal do gás - tornava sua utilização complicada, razão pela
qual foi esquecida durante um tempo.

1975
No Brasil, o médico Heinz Konrad iniciou a prática em sua clínica em São Paulo
e com ela trabalha até hoje. EM meados dos anos 90, Dr. Edison de Cezar Philippi (in
memorian) introduziu a prática em Santa Catarina e difundiu a Ozonioterapia em
inúmeros cursos e congressos.

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Princípios
da Ozonioterapia

1979
Hans H. Wolff dedicou sua vida à pesquisa e à aplicação do ozônio. Em 1979, um
ano antes de sua morte, publicou seu livro “O Ozônio Medicinal” — no qual apresen-
ta sua pesquisa e prática médica do uso do ozônio. Ele fundou a Sociedade Médica
Alemã de Ozônio, posteriormente renomeada Sociedade Médica para Aplicação Pre-
ventiva e Terapêutica do Ozônio.

Legislação
O marco para a Ozonioterapia no Brasil ocorreu com a publicação da Portaria
nº 702, de 21 de março de 2018, do Ministério da Saúde, na qual inclui novas práticas
na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares – PNPIC, no âmbito do
SUS, sendo a ozonioterapia uma dessas práticas, podendo ser aplicada por qualquer
profissional da área da saúde. A partir desse marco, os Conselhos de Classe buscaram
compreender e regulamentar a ozonioterapia no âmbito de atuação de cada profissão.
A regulamentação das práticas de ozonioterapia pelos Conselhos das Classes
Profissionais de: Odontologia, Fisioterapia, Farmácia, Enfermagem, Medicina Veteri-
nária e Biomedicina, cada um no seu âmbito de atuações e com definição específica
sobre capacitação, colaboram por modificar de uma vez por todas o cenário das
Práticas Integrativas e Complementares no Brasil, trazendo mais possibilidades de
tratamento, cuidados com a saúde para toda a população.
Além do uso em tratamento de saúde, todos os Conselhos autorizam a ozoniote-
rapia no âmbito da estética, para os profissionais devidamente habilitados.
O Conselho Federal de Medicina ainda aguarda por mais evidências científicas,
por isso somente autoriza atividades no âmbito experimental.

Nota: Atualmente, existe aproximadamente 4900 publicações na PUBMED.

Regulamentação da prática de ozonioterapia pelos conselhos de classe:

Odontologia: Enfermagem:
CFO Resol. nº 166 de 24/11/2015 Parecer normativo nº 001/2020 COFEN
Habilitação com CH mínima de 32 h Habilitação com CH mínima 120 h
Fisioterapia: Biomedicina:
COFITO Resol. nº 380 de 11/11/2010 CFBM Resol. nº 321 de 16/16/2020
Veterinária:
Farmácia: CFMV Resol. nº 1364 de 22/10/2020
CFF Resol. nº 685 de 30/01/2020
CFF Resol. nº 695 de 15/12/2020 Biologia:
CFBIO Resol. nº 614 de 10/12/2021

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Princípios
da Ozonioterapia

Bioquímica e biofísica da ozonioterapia


Como funciona o ozônio?
As reações bioquímicas e sucessiva ocorrem em células diferentes em todo o
corpo, assim, deve ficar claro que uma boa parte de ozônio é consumida pelos an-
tioxidantes presentes no plasma e apenas a segunda reação é responsável pelos
efeitos tardios biológicos e terapêuticos. Isto deveria esclarecer o motivo pelo qual
uma dose muito baixa de ozônio pode ser ineficaz ou equivalente a um placebo. ROS
incluem vários radicais como ânions superóxido (O2), monóxido de nitrogênio (NO),
peroxinitrito (O = NOO).
A hidroxila, já mencionada, composto radicais e outros compostos oxidantes como
peróxido de hidrogênio e ácido hipocloroso (HCIO), são compostos potencialmente ci-
totóxicos (Fridovich, 1995; Pullar et al, 2000; Hooper et al, 2000), mas felizmente têm uma
meia-vida curta (normalmente uma fração de segundo) e, tanto o plasma como as
células, têm antioxidantes capazes de neutralizá-los, caso suas concentrações não so-
breponham a capacidade antioxidante. As LOPs geradas após a peroxidação de uma
grande variedade de PUFAs são heterogêneas e brevemente são representados por
radicais de peróxido (ROO); assim, uma variedade de hidroperóxidos (R-OOH) e uma
mistura complexa de baixos produtos finais aldeídicos de peso molecular, nomeada-
mente malonyldialdeyde (MDA), e alquenais, entre os quais 4-hidroxi-2,3 transnonenal
(4—HNE), são os mais citotóxicos. A química e a bioquímica desses compostos foram
minuciosamente descritas pelo grupo de Esterbauer (1991). Se alguém pensa sobre ri-
queza e heterogeneidade química de lipídios, glicolipídios e fosfolipídios presentes no
plasma, torna-se difícil imaginar quantos compostos potentes, potencialmente noci-
vos podem ser gerados pelos lipídios reagindo com ozônio.

Ozônio e plasma
Substrates Messengers Targets Functional modifications

Erythrocytes Improved O2 delivery


ROS Leukocytes Immune activation
Platelets Release of autacolds and growth factores
PLASMA

O3
Endothelium Increased release of NO–
Generation of super-gifted erythrocytes
LOPs Bone marrow
Release of stem cells
Other organs Upregulation of OSP and antioxidant
enzymes (Ozone tolerance)

Fonte: Conselho regional de Farmácia, 2019.

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Princípios
da Ozonioterapia

Efeitos fisiológicos
Deve-se enfatizar que SANGUE EXPOSTO AO OZÔNIO, SUCEDE UM ESTRESSE OXIDATI-
VO TRANSITÓRIO - necessário para ativar funções biológicas sem efeitos prejudiciais.
O estresse deve ser adequado (não subliminar) para ativar mecanismos fisiológicos,
MAS NÃO EXCESSIVO - para sobrecarregar o sistema antioxidante intracelular e cau-
sar danos. Assim, uma dose excessiva de ozônio ou incompetência em manipular
esse gás pode ser prejudicial. Por outro lado, doses de ozônio (abaixo do limiar), são
totalmente neutralizadas pela riqueza de antioxidantes plasmáticos e podem produ-
zir apenas um efeito placebo. O conceito de que a Ozonioterapia é dotada de um oxi-
dativo agudo, incomoda os adversários dessa abordagem porque consideram isso
como um dano infligido aos pacientes, possivelmente já sob uma doença crônica
de estresse oxidativo. Portanto, NÃO ACREDITAM QUE A OZONIOTERAPIA INDICA UMA
RESPOSTA TERAPÊUTICA MULTIVARIADA JÁ BEM DOCUMENTADA EM ALGUMAS DOENÇAS.
Além disso, NÃO promovem O STRESS OXIDATIVO CRÔNICO (COS), DEVIDO A UMA EN-
DÓGENA E DESCONTROLADA HIPEROXIDAÇÃO.
A RESPOSTA TERAPÊUTICA alcançada após estes repetidos estresses oxidativos,
pode ser considerada como um Efeito de PRECONDITIONING- eventualmente capaz de
reequilibrar o sistema redox e alterado por estímulos pato genéticos. (BOCCI, 2002).
Como já mencionado, as concentrações submicromolares de LOPs podem atuar
como mensageiros fisiológicos, capazes de reativar um sistema biológico despreo-
cupados. Do ponto de vista farmacocinético, os vestígios de LOPs podem atingir to-
dos os órgãos, em particular a medula óssea e o Sistema Nervoso Central. Os LOPs
são extremamente importantes para informar células específicas e receptores de um
estresse oxidativo mínimo e calculado, que pode provocar a resposta adaptativa.
Em relação aos eritrócitos, as LOPs podem influenciar a linhagem eritroblástica,
permitindo a geração de células com melhores características bioquímicas. Estes
eritrócitos, durante os quatro meses seguintes, são capazes de fornecer mais oxigê-
nio em tecidos isquêmicos. A consequência de tratamentos repetidos, obviamente
dependendo de o volume de sangue ozonizado, a concentração de ozônio e o crono-
grama, é que após alguns tratamentos iniciais uma parte (cerca de 0,8% do grupo)
de eritrócitos entrará diariamente na circulação e implacavelmente substituirá ve-
lhos eritrócitos gerados antes da terapia. Isso significa que durante a Ozonioterapia
a população de eritrócitos incluirá não apenas células com diferentes idades, mas o
mais importante, eritrócitos com diferentes capacidades bioquímicas e funcionais.
No curso de terapia de ozônio, já foi medido um aumento marcado de G6PD e outras
enzimas antioxidantes em eritrócitos jovens. (Bocci, 2014).

— 10 —
Princípios
da Ozonioterapia

O processo de ativação celular é muito dinâmico e não dura para sempre, porque
as células do sangue possuem vida definitiva e uma memória bioquímica limita-
da; portanto, a vantagem terapêutica DEVE SER MANTIDA COM MENOS TRATAMENTOS
FREQUENTES. A toxicidade do ozônio no sangue, fluidos biológicos e órgãos internos,
podem ser totalmente evitados quando a dose de ozônio se reduz apenas em parte.
O sistema antioxidante tem evoluído durante os últimos dois bilhões de anos como
uma defesa essencial contra o oxigênio. É constituído por componentes de eliminado-
res, nomeadamente albumina, vitaminas C e E, ácido úrico, bilirrubina, cisteína, ubiqui-
nol, ácido alfa-lipoico, e de antioxidantes intracelulares como: GSH, tioredoxina, enzi-
mas (superóxido dismutase, SOD, GSH-Px, GSH-Rd, GSH-T, catalase, etc.) e proteínas tais
como transferrina e ceruloplasmina, capazes de checar ferro livre e cobre que, de outra
forma, pode favorecer a formação de radicais hidroxilo. A riqueza e a variedade de an-
tioxidantes extracelulares e intracelulares, descrito por Chow e Kaneko (1979), Halliwell
(1994; 19990a, b; 2001), Frei (1999), HoImgren, (1989), Di Mascio et al, (1989), Jang et al,
(1997), Packer et al, (1997), Bustamante et al, (1998) e Chae et al, (1999), são capazes de
explicar como quantidades variadas de ozônio podem ser domesticadas, com os resul-
tados de estimular vários sistemas biológicos sem efeitos deletérios.(BOCCI, 2002).

Mecanismo de ação
Em primeiro lugar, o ozônio, como qualquer outro gás, dissolve-se na água, quer
seja do plasma (a parte líquida do sangue), nos fluidos extracelulares, ou na cama-
da fina de água cobrindo a pele e particularmente a mucosa do trato respiratório,
intestino, vagina, etc. Na temperatura normal e pressão atmostférica, devido à sua
alta solubilidade e dependendo da sua relativa pressão, um pouco de ozônio dis-
solve-se na água, mas ao contrário do oxigênio, NÃO É EQUILIBRADO com o ozônio
restante na fase gasosa; isso acontece porque o ozônio, sendo um oxidante potente,
imediatamente reagirá com uma série de moléculas presentes em fluidos biológicos.
Nomeadamente são: os antioxidantes, as proteínas, os hidratos de carbono e, prefe-
rencialmente, os Ácidos graxos poli-insaturados (PUFAs).

A reação do ozônio com tantas moléculas implica dois processos fundamentais:


1. A primeira reação é conhecida como: “THE OZONE INICIAL REACTION’ - porque uma
pequena porção de ozônio é, inevitavelmente, consumida durante a oxidação de
ácido ascórbico e ácidos: úricos, sulfúricos (SH), grupos de proteínas e glicopro-
teínas. Apesar da albumina, os ácidos ascórbicos e úricos dominam a dura re-
atividade do ozônio (Halliwell, 1996); eles permitem essa primeira reação que é
importante, pois ela gera espécies reativas de oxigênio (ROS); o que desencadeia
vários produtos bioquímicos no sangue. À ROS é neutralizada dentro de 0,5-1 mi-
nutos pelo sistema antioxidante.

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Princípios
da Ozonioterapia

2. A segunda reação bem característica é conhecida como “PEROXIDAÇÃO UPÍDICA”


- No plasma hidrofílico, um mol de uma olefina (particularmente ácido araqui-
dônico presente em triglicerídeos plasmáticos e quilomícrons) e um mol de ozô-
nio, originam dois moles de aldeídos e um mol de peróxido de hidrogénio (H202).
Estas Duas reações, concluídas em segundos usam a dose total de ozônio que
gera peróxido de hidrogênio, um oxidante, mas não uma molécula radical (geral-
mente incluído na família ROS) e uma variedade de aldeídos conhecidos como
PRODUTOS DE OXIDAÇÃO LIPÍDICA (LOPs).

Toxicidade do ozônio
O ozônio nunca deve ser inalado. Esta rota é proibida. O ozônio não é tóxico quan-
do usado na dose adequada e por profissionais treinados com os protocolos clínicos
corretos. Casos fatais são o resultado de mala práxis (conduta imprópria ou inade-
quada, falha ou falta médica).
O ozônio é uma especie reativa de oxigênio e um componente importante na
atmosfera. Os efeitos tóxicos da exposição aguda ao gás inalado, que pode cau-
sar inflamção pulomonar e danos as celulas epitelias da cavidade nasal, bronquios,
bronquiolos, e macrofagos alveolares já sao bem conhecidos.
A terapia com oxigênio-ozônio médico, não se utiliza da via inalatória. Inúmeras
publicações demonstram que a terapia utilizada por outras vias de administração é
segura e com excelentes resultados clínicos.

Indicaçôes
O ozônio medicinal pode ser indicado para diversos tratamentos, entre eles:
• Problemas circulatórios;
• Diversas doenças e condições do paciente idoso;
• Doenças causadas por vírus, tais como hepatites, Herpes simples e Herpes zoster;
• Feridas com infeccões ou inflamadas de difícil cicatrizacão como úlceras, feridas
de origem vascular, arterial ou venosas (varizes), úlceras por insuficiência arterial,
úlcera diabética, riscos de gangrena;
• Colites e outras inflamacões intestinais crônicas;
• Queimaduras;
• Hérnia de disco, protrusão discal, dores lombares;
• Dores articulares decorrentes de doencas inflamatórias crônicas;
• Imunoativação geral;
• Terapia complementar para alguns tipos de câncer.

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Princípios
da Ozonioterapia

Contraindicações
A administração de ozônio é contraindicado quando administrado sistemica-
mente devido a:
1. Glicose-6-fosfato. Deficiência de desidrogenase (favismo, anemia hemolítica
aguda);*
2. Hipertireoidismo Tóxico - Status de Sepulturas com Base;
3. Trombocitopenia menor que 50.000 e distúrbios graves da coagulação;
4. Instabilidade cardiovascular grave;
5. Intoxicação aguda por álcool;
6. Infarto agudo do miocárdio;
7. Hemorragia maciça e aguda;
8. Durante estados convulsivos;
9. Hemocromatose;
10. Pacientes recebendo tratamento com cobre ou ferro por administração intrave-
nosa;
11. Hipertensão descompensados;
12. Caquexia.

*A prevalência de deficiência de glicose 6 fosfato desidrogenose (G6PD) varia entre os grupos étnicos com frequ-
ência geral mais baixo nas Américas (3.4 Z). Europa (3.9 g) e Pacífico (2.9 g) em comparação com a África Sub-
saariana (7.51 ), Oriente Médio (6,0 g) e Ásia (4,7 Z). Recomenda-se o teste de G6PD antes da ozonioterapia para
evitar complicações. (MADRI. 2020)

Efeitos colaterais da ozonioterapia


Os efeitos colaterais da ozonioterapia são mínimos:
• dor pela picada da agulha e sensação de queimação transitória (dura segun-
dos) no local da injeção;
• flatulência (no caso de insuflação via retal do gás);
• hipotensão ortostática e;
• hipoglicemia transitória (por este motivo se recomenda que o paciente não este-
ja em jejum ao ser submetido ao procedimento).

Alergia ao ozônio
Em 2002 em artigo publicado na Science, pesquisadores norte-americanos de-
monstraram que os neutrófilos fabricam ozônio DURANTE o processo de defesa do
organismo para ativar anticorpos, fato confirmado no ano seguinte por Barbior e co-
laboradores. Assim, NÃO É POSSÍVEL ser alérgico ao ozônio, uma biomolécula natural-
mente produzida pelo organismo humano.

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Princípios
da Ozonioterapia

Paciente em tratamento com anticoagulantes


A administração sistêmica concomitante de ozônio e anticoagulante pode mo-
dificar a via de coagulação, isso implica a necessidade de monitoramento frequente
do Índice Normalizado Internacional (INR). Se forem utilizados os novos anticoagu-
lantes orais de ação direta (ACOD) ou novos anticoagulantes orais (NACO) indicados
para o tratamento da doença tromboembólica venosa (DVT), eles são totalmente
compatíveis com o ozônio e não requerem controles INR (Rivaroxaban (nome comer-
cial: Xarelto@), Dabigatran (Pradaxa@), Apixaban (Eliquis@), Edoxaban (Lixiana@).

Ação oxidante imunomoduladora


O Ozônio induz a liberação de espécies reativas do oxigênio (EROS) que, em con-
centrações controladas regulam a liberação de mediadores inflamatórios e estimu-
lam a produção de enzimas antioxidantes e protetores de membrana, como gluta-
tiona peroxidase, catalase e superóxido desmutase. As EROS muitas vezes constituem
os radicais livres, que causam danos a moléculas importantes.
Porém, alguns autores sugerem que a exposição a doses controladas de O3, le-
vam a um pré-condicionamento oxidativo no fígado, prevenindo os danos causados
por radicais livres. Ocorre ainda, estímulo para produção de prostacidina, uma pros-
taglandina de ação vasodilatadora.
Em humanos, a administração de O3 na concentração de 30 a 55 ug/cc, gera um
aumento na liberação de TNF e interleucina-2 (estimula a produção de linfócitos T, B
e células NK) e aumento na produção de interferons (proteínas que interferem na re-
plicação de patógenos, especialmente virais, e estimulam a defesa de outras células.

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