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Carlos Cruz
Jenisse Tavares
Neide Silva
A inclusão:
Desta forma, a inclusão tem diversos tipos, assim, alguns autores dizem que:
Inclusão Social - pode ser entendida como a ação de proporcionar para populações
que são social e economicamente excluídas - no sentido de terem acesso muito
reduzido aos bens (materiais, educacionais, culturais etc.) e terem recursos econômicos
muito abaixo da média dos outros cidadãos - oportunidades e condições de serem
incorporadas à parcela da sociedade que pode usufruir esses bens (Alonso, Ferneda, &
Pereira, 2010, p. 156 apud Morreira, 2006).
Contudo, para Alonso, Ferneda, & Pereira, 2010, apud Demo, 2005, critica as práticas de
inclusão social, que tendem a gerar o reverso de sua intenção inicial. Isto é, a inclusão
não é aceita em sua plenitude. Sendo inevitável a penetração das novas tecnologias, os
pobres estarão dentro, mas como excluídos. Serão incluídos, de qualquer maneira, à
margem (p.157).
Porém, a inclusão não é um processo fácil, pois é necessário que as escolas sejam
preparadas para receber crianças e jovens com diferentes necessidades, e isso requer
mudanças na organização do ensino, na formação dos professores na cultura escolar.
Essas mudanças não são fáceis, mas são necessárias para garantir que todos estudantes,
independentemente das suas características individuais, tenham o direito de frequentar
uma escola regular e receber uma educação de qualidade. As escolas inclusivas devem
ser preparadas para atender a todas as necessidades dos seus alunos, incluindo alunos com
deficiência, alunos com dificuldades de aprendizagem, alunos com transtorno de espectro
autista, alunos com altas habilidades/ superlotação entre outros.
Coll, Palacios e Marchesi (2007:11) afirmam que um aluno tem Necessidades Educativas
Especiais quando “apresenta algum problema de aprendizagem ao longo da sua
escolarização, que exige uma atenção mais específica e maiores recursos educacionais do
que os necessários para os colegas da sua idade”. De modo mais amplo, define-se
Necessidades Educativas Especiais a um «conjunto de factores de risco, de ordem
intelectual, emocional e física, que podem afectar a capacidade de um aluno em atingir o
seu potencial máximo no que concerne a aprendizagem, académica e sócio emocional».
Estes factores podem, assim, originar “discapacidades” ou “talentos”, podem afectar uma
ou mais áreas do funcionamento do aluno e podem ser mais ou menos visíveis (Correia,
2008: 43). Pode-se dizer ainda que um aluno tem uma Necessidade Educativa
Especial quando o seu funcionamento na aprendizagem e no desenvolvimento
encontra alguma dificuldade e, por consequência lhe vem dedicada uma educação
especial, mais eficaz e específica, por via da integração e da inclusão (Ianes, 2005:11).
Capa e Rego, em 1999 (in Freire e César) assumem que a inclusão dos surdos no
ensino regular obriga à criação de condições que facilitem o desenvolvimento social e
escolar do aluno, situação esta que passa pela sensibilização de todos os elementos da
comunidade escolar e pelo desenvolvimento de um plano educativo individual, flexível e
adequado a cada aluno. Segundo Lacerda (in Freire e César) ao se incluírem alunos
surdos no ensino regular é “necessário garantir a sua possibilidade de acesso aos
conhecimentos que estão a ser trabalhados, além do respeito pela sua condição
sociolinguística e pelo seu modo peculiar de funcionamento” (Serra, Fraga, Sousa, &
Silva, 2006).
Assim, com base nas duas definições apresentadas, podemos concluir que, no
processo de ensino-aprendizagem dos alunos, é necessário adaptar a educação às
suas necessidades específicas. Essas necessidades podem variar de acordo com o
grau das dificuldades de aprendizagem apresentadas pelo aluno e com os ambientes
em que ele interage.
Atitudes dos professores face à inclusão de crianças com NEE A escola tem como um
dos objetivos ajudar o aluno a integrar e a organizar as normas específicas que foi
adquirindo ao longo do tempo, na sociedade e na família. Esta função da escola torna-se
fundamental quando falamos das atitudes que os professores têm em relação às crianças
com NEE. De acordo com Evans (1997, cit. por Florian, 2003), é fundamental que os
professores compreendam que todos os alunos se sintam num contínuo de capacidade de
aprendizagem, o que implica, numa perspetiva educativa, não haver diferenças
qualitativas entre crianças com NEE e crianças sem essas dificuldades (Teixeira,
2018/2019, p. 19).
Se não, como você atende as necessidades dos estudantes com necessidades educativas
especiais em sala de aula?
Quais são os métodos que você utiliza para atender as necessidades específicas
dos estudantes com deficiências?
Você acredita que a sua atuação promove uma educação inclusiva para os
estudantes com necessidades especiais?
Quais são os desafios que você enfrenta ao atender às necessidades educativas
especiais dos estudantes?
Você já trabalhou com casos de estudantes com NEE que foram bem-sucedidos
na universidade?
Quais são as medidas que você acredita serem necessárias para melhorar a
inclusão de estudantes com NEE na universidade?
Você já trabalhou com casos de estudantes com NEE que foram bem-sucedidos
na universidade?
Cronograma
Atividades tempo
Ferreira, M. M., Prado , S. A., & Cadaviec, J. F. (novembro de 2015). Educação Inclusiva:
Natureza e fundamentos. Revista nacional e internacional de educación inclusiva, 8(3),
pp. 1-11.
Florian, (2003). Práticas Inclusivas. Que práticas son inclusivas, por qué y como? In C.
Tilstone; L. Florian; R. Rose (coord.): Promocion y desarollo de práticas
educativas inclusivas. (pp 43-58). Madrid: Editorial EOS.
Freire, S. (2008). Um Olhar sobre a Inclusão. Revista da Educação, XVI(1), pp. 5-20.
Ianes, Dario (2005). Bisogni educativi speciali e inclusione. Valutare le reali necessità e
attivare tutte le risorse, Erickson: Trento.
www.fcsha.unicv.edu.cv
Serra, A. C., Fraga, A. M., Sousa, M., & Silva, N. (2006). Integração de crianças com
Necessidades Educativas Especiais no ensino regular. Lisboa - Portugal:
Universidade Nova de Lisboa.
www.fcsha.unicv.edu.cv