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Os elementos acima descritos compõem, todos eles, fatores essenciais para que
uma pessoa se comunique com outra ou outras. Você é o emissor: fala, escreve,
gesticula, assume alguma posição corporal ou produz determinada feição facial e
aquele ou aqueles que lhe observam “lêem” aquilo que você quis transmitir, seja qual
for o canal que você se utilizou para isso. Se você é o receptor, a mensagem recebida
nem sempre é clara, você pode não entendê-la de forma completa ou parcial. Se o
código utilizado for o idioma alemão e você não tem a mínima ideia de como se
expressar nele, nada será entendido. Se as circunstâncias nas quais a mensagem foi
enviada não forem favoráveis, você entenderá menos ainda. Por circunstâncias
queremos dizer, por exemplo, o assunto do qual se fala: você está assistindo uma
palestra sobre física nuclear, mas não conhece nada sobre o assunto, certamente
sairá frustrado dessa experiência. Outro exemplo: você está em uma clínica de
tratamento de pessoas com sérios problemas psíquicos. Um paciente chega perto de
você e afirma ser Vladimir Putin e declara que a guerra contra a Ucrânia acabará
amanhã. Você entende perfeitamente a mensagem, mas não pode dar crédito a ela,
sua “leitura” será bem diferente da mensagem recebida. Finalmente, se pondo
novamente no lugar do emissor, seria muito importante você ter um retorno, um
feedback da mensagem enviada, para saber que você foi compreendido. Comparando
aquilo que foi compreendido por seu interlocutor com aquilo que você quis dizer, será
fácil saber se você conseguiu se comunicar, ou não.
Olhando para todos esses elementos e pensando em sua complexidade, em um
exercício de imaginação, não seria admirável que duas pessoas escolhidas ao acaso,
vivendo em tempos e lugares diferentes pudessem estabelecer comunicação plena e
efetiva? Haveria diversas barreiras que impediriam que isso acontecesse. Com o
passar do tempo essa comunicação poderia melhorar, dependendo das diferenças
entre essas pessoas e do esforço de ambas as partes. Imagine um homem da Idade
Média tentando se comunicar com um indígena brasileiro do século XX, não seria
interessante?
Sempre que a comunicação é prejudicada por algum motivo, dizemos que a
mensagem apresenta ruídos, falhas, defeitos que são inerentes e que podem ter
origem no emissor ou mesmo no canal, no meio no qual a mensagem foi emitida, isso,
é claro, partindo-se do princípio que o receptor está preparado para compreender a
mensagem caso ela não sofresse nenhuma interferência. A rigor, ruído na
comunicação é qualquer coisa que a dificulte ou a impeça. Os ruídos costumam
ocorrer também devido a fatores culturais, pessoais e emocionais. Apenas para citar
alguns podemos enumerar os seguintes exemplos: o preconceito a respeito de
qualquer coisa, impede nossa compreensão de alguma mensagem se ela for contra
aquilo que de antemão pensamos ou temos opinião; as diferenças culturais podem
também atrapalhar já que determinados trejeitos, falas e gestos têm significado distinto
em culturas diferentes; os estados emocionais e psíquicos tais como raiva, apatia,
ansiedade etc. impedem que estejamos receptivos à mensagem enviada.
Bibliografia
Ruídos na comunicação: o que são, tipos e como evitá-los. Disponível em
<Ruídos na comunicação: o que são, tipos e como evitá-los (approach.com.br)>
Acesso em 26.03.2024.