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[November 7, 1692 ]
Now we humbly pray this Hon'red Court to consider our case, and if it be
judged that so much money ought not to have been demanded of us, upon
the forementioned account: we pray that we may be discharged from that
obligation, which the sherriff, taking advantage of our ignorance hath
brough us under And yo'r Petition'rs as in duty bound shall ever pray &c –
[7 de novembro de 1692]
Considerando que a nossa mãe, Mary Parker, de Andover, foi detida por suspeita de bruxaria
e, levada a julgamento no Tribunal de Salém, foi condenada; que, desde a sua morte, o xerife
de Essex enviou um oficial para confiscar os seus bens. O referido oficial exigiu-nos, em
nome de Sua Majestade, que lhe déssemos conta dos bens da nossa mãe, alegando que
estavam confiscados ao Rei; dissemos que a nossa mãe não tinha deixado bens (o que estamos
em condições de provar); apesar disso, ele confiscou o nosso gado, milho e feno, num valor
considerável; e ordenou-nos que fôssemos a Salém e fizéssemos um acordo com a xerife, caso
contrário os bens seriam postos à venda. Não sabendo que vantagem a lei poderia dar contra
nós, e temendo sofrer maiores danos com a perda da nossa propriedade, fomos conversar com
o xerife, que nos disse que podia tirar tudo o que estava penhorado, se quisesse, mas que
estava disposto a fazer a gentileza de nos dar a oportunidade de resgatar. A princípio, exigiu
dez libras, mas acabou por aceitar seis libras, que nos obrigou a pagar dentro de um mês.
Agora, se a nossa Mãe tivesse deixado qualquer Propriedade, não sabemos de nenhuma Lei
em vigor nesta Província, pela qual esta propriedade devesse ser confiscada após a sua
condenação; muito menos podemos entender que exista qualquer Justiça ou razão, para que o
xerife se apodere da nossa propriedade e embora seja verdade que os nossos próprios atos nos
obrigaram a pagar-lhe uma soma de dinheiro, contudo declaramos que fomos levados a isso
em parte pelas distorções da Lei feitas pelo Oficial, e em parte para evitar a perda da nossa
propriedade que temíamos que fosse imediatamente vendida.
Agora, pedimos humildemente a esta Honrada Corte que considere o nosso caso e, se for
julgado que tanto dinheiro não nos devia ter sido exigido, com base no que foi mencionado
anteriormente, pedimos que nos liberem da obrigação que o xerife, aproveitando-se da nossa
ignorância, nos impôs.