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entre esses três fatores constituintes de um individuo que o caracterizam dentro de uma
sociedade capitalista. Durantes os dois capítulos lidos, é apresentado ao leitor, como a relação
desses três fatores afetam a percepção do individuo naquela sociedade e, até, como se
mulheres pretas, Davis discute questões como a emancipação, movimento sufragistas e direito
trabalhistas.
Por tratar de uma sociedade capitalista, que teve como base econômica por anos a
que nunca saiu do papel, já que os corpos pretos continuam sendo restritos a locais,
condições, abusos e opressões, principalmente a mulher preta. Nesse sentido, Angela Davis
discute como leis segregacionistas e políticas racistas, como Jim Crow contribuiu para essa
restrição.
por negros. Por isso, era comumente uma pauta muito importante dentre os grupos negros da
época, mostrando uma resistência a esses tratamentos e uma busca ativa por seus direitos
trabalhistas.
Além disso, a autora faz questão de destacar como trabalhos domésticos eram
percebidos por aquela sociedade, citando Dubois que atesta que um pai de família preferiria
cortar a própria garganta a ter uma filha servente. Esse pensamento, logicamente, herança de
norte. Tal herança na pós-abolição se fez muito presente nas relações entre brancos e pretos,
Nesse sentido, percebemos que essa herança racista se espalha em todos os setores da
racismo não era exclusivo do patriarcado, sendo as mulheres brancas, também perpetuadoras
dessa problemática. Vemos que as questões trabalhistas das mulheres brancas da época pouco,
ou quase nunca, incluíam mulheres negras em suas perspectivas, mostrando que a raça surtia
Outro aspecto trabalhado por Davis foi à dificuldade de acesso a educação por pessoas
Reflexo direto das políticas durante o a escravidão que impedia crianças negras de ter contato
com a alfabetização. Essa proibição era mais uma das políticas veladas que pretendiam
Logo, a proibição e exclusão das populações pretas do meio acadêmico, podem ser
identificadas como mais uma das estratégias para restringir a mulher preta e o homem preto a
Douglass, de Lucy Prince e de Myrtilla Miner, percebemos a luta da população negra para ter
acesso à educação. Podemos ver isso com o dado de que a maioria da população negra era
analfabeta no pós abolição e pela iniciativa de professoras brancas e pretas em fazer uma
Portanto, percebemos ao longo dos capítulos que a abolição, assim como exposto por
Dubois, foi mais uma abstração do que uma real mudança. Dialogando com o documentário
“13º emenda”, podemos perceber que Davis traz para os debates da perspectiva das mulheres
pretas essas políticas e essas heranças escravocratas que visavam restringir o avanço preto.
Assim, a partir dessa perspectiva, Angela Davis mostra como o sistema apesar de ter assinado
uma abolição, continua, de forma velada, querendo manter os pretos longe de sua
emancipação. Dessa forma, conseguimos identificar criticas aos setores brancos de classe
média, inclusive setores militantes, por sua perspectiva excludente e, por conseqüência,
racista, a partir da perspectiva de mulher preta marxista de Davis. Dentro desses fatores, que
permeiam a sociedade americana usada como objeto de análise, percebemos como a educação
é vista pela população negra como um meio para sua emancipação e por isso é tão procurado
e palco de disputa.