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Profa.

Lidiane Coutinho
DESCOMPLICANDO A LEI Nº 8.666/93
profalidianecoutinho LICITAÇÕES E CONTRATOS
– Profa. Lidiane Coutinho
@lidianecoutinho

QUESTÕES COMENTADAS- LEI Nº 8.429/92


(Cespe – PR- Juiz de Direito) De acordo com o entendimento jurisprudencial e a Lei n.° 8.429/1992, assinale a opção correta a
respeito da improbidade administrativa.
A) Conforme o STJ, a tipificação do ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública
exige a demonstração de dolo específico.
B) A jurisprudência do STJ firmou-se no sentido de que os agentes políticos municipais não se submetem aos ditames da Lei de
Improbidade Administrativa, porquanto já estão sujeitos à responsabilização política e criminal prevista no decreto-lei que
trata dos crimes de responsabilidade de prefeitos e vereadores.
C) Segundo o STF, compete ao primeiro grau de jurisdição o julgamento das ações de improbidade administrativa contra
agentes políticos, ocupantes de cargos públicos ou detentores de mandato eletivo, independentemente de eles estarem, ou
não, em atividade.
D) Para o STJ, nos atos de improbidade administrativa que causem lesão ao erário, a responsabilidade entre os agentes
ímprobos é subsidiária.

COMENTÁRIOS.
Alternativa correta: letra C. O Pretório Excelso, na Rcl 14954 AgR / MG, firmou o entendimento de que competente à justiça de
primeiro grau o julgamento das ações de improbidade administrativa contra agentes políticos, ocupantes de cargos públicos ou
detentores de mandato eletivo, independentemente de estarem, ou não, em atividade.
Alternativa A. ERRADA. O STJ (Superior Tribunal de Justiça) determinou, no AREsp 673.946/RN, que o elemento subjetivo,
necessário à configuração de improbidade administrativa, censurada nos termos do art. 11 da Lei 8.429/1992, é o dolo genérico
de realizar conduta que atente contra os princípios da Administração Pública, não se exigindo a presença de dolo específico.
Alternativa B. ERRADA. O STJ (Superior Tribunal de Justiça) determinou, no AREsp 747465 / MG, que os agentes políticos
municipais se submetem aos ditames da Lei n. 8.429/1992, sem prejuízo da responsabilização política e criminal estabelecida no
Decreto-Lei n. 201/1967.
Alternativa D. ERRADA. O STJ (Superior Tribunal de Justiça) determinou, no AgRg no REsp 1521595 / SP, que atos de
improbidade administrativa que causem lesão ao erário, a responsabilidade entre os agentes ímprobos é solidária, o que poderá
ser reavaliado por ocasião da instrução final do feito ou ainda em fase de liquidação, inexistindo violação ao princípio da
individualização da pena.

(Cespe – Analista Judiciário – Área Administrativa – TRE – BA) De acordo com a Lei n.° 8.429/1992 — Lei de Improbidade
Administrativa —, servidor público que, utilizando-se do cargo que ocupa, facilitar o enriquecimento ilícito de terceiros,
causando prejuízo ao erário, estará sujeito à pena de
A) proibição do recebimento de qualquer benefício até o total ressarcimento do dano.
B) perda dos valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio.
C) suspensão da função pública.
D) suspensão dos direitos políticos até o integral ressarcimento do dano ao erário.
E) pagamento de multa civil, cujo valor deve ser equivalente ao valor do dano causado.

COMENTÁRIOS.
Alternativa correta: letra B (responde as demais alternativas). A análise da questão envolve os artigos 10, II e 12, II da Lei nº
8.429/92. Conforme o artigo 10, II, constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou
omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou
haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente, permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica
privada utilize bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta lei,
sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie. As sanções decorrentes desta conduta, estão
previstas no artigo 12, II(que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato)
ressarcimento integral do dano, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta
circunstância, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos, pagamento de multa civil de até
duas vezes o valor do dano e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou
creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de
cinco anos.
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