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Recursos digitais e os alunos com deficiência

É ampliar sua capacidade de ação e interação a partir de suas habilidades,


valorizando o seu jeito de fazer. É criar novas alternativas para a comunicação, escrita,
mobilidade, leitura, brincadeiras, utilização de materiais escolares e pedagógicos etc.
São ferramentas que simplificam e facilitam a organização dentro e fora da sala de
aula, permitindo que o corpo docente gaste menos tempo com as tarefas burocráticas.
Estas ferramentas de gestão facilitam a organização de informações e processos que
tenham a ver com o processo de ensino.

Com esta ação de formação pretende-se alertar o docente para o potencial da TIC na
eliminação de barreiras no processo de aprendizagem dos alunos e como ferramenta
para a equidade na educação. Tendo em consideração que, no seu percurso escolar,
qualquer aluno pode sentir dificuldades de aprendizagem, e que a utilização de
ferramentas tecnológicas permite destruir qualquer tipo de barreiras, é importante que
os professores estejam habilitados a utilizar as TIC na sua prática letiva, e ir de encontro
aos dizeres de Vygostsky, um dos grandes teóricos da educação, para quem é
importante a ação, a linguagem, os processos interativos na construção das estruturas
mentais superiores. Com o Plano de Capacitação Digital de Docentes, sendo uma
aposta da tutela a Educação Inclusiva, é de todo importante e interessante, associar
estes dois princípios, dotando os docentes de conhecimentos/competências para que
possam garantir o sucesso a TODOS os alunos.

Educação Inclusiva: Como as tecnologias


ajudam a promover a igualdade de
oportunidades no ensino
SET. 04, 2023 POSTADO POR: LUCIANA SANTOS
A educação inclusiva é um conceito fundamental no panorama educacional atual, que
visa garantir a igualdade de oportunidades e o acesso à educação para todos os alunos,
independentemente das suas necessidades e características individuais. As tecnologias
têm desempenhado um papel crucial na promoção da educação inclusiva, oferecendo
ferramentas e recursos que facilitam a aprendizagem e a participação de todos os
estudantes. Neste artigo, vamos explorar como as tecnologias estão a contribuir para a
educação inclusiva e a tornar o ensino mais acessível e equitativo.

1. Adaptação de conteúdos e recursos didáticos


As tecnologias permitem adaptar os materiais e recursos didáticos às necessidades
individuais dos alunos, tornando o ensino mais personalizado e acessível. Existem
inúmeros softwares e aplicações que facilitam a leitura e a compreensão de textos para
estudantes com dificuldades de aprendizagem, como o uso de sínteses de voz, ajuste do
tamanho e contraste das letras, e a tradução automática de idiomas.

2. Comunicação alternativa e aumentativa (CAA)


A CAA é uma área em que as tecnologias têm tido um impacto significativo na
promoção da educação inclusiva. Esta engloba um conjunto de técnicas e ferramentas
que ajudam os alunos com dificuldades de comunicação a expressarem-se e a
interagirem com os outros. Alguns exemplos de tecnologias que apoiam a CAA incluem
os dispositivos de saída de voz, os teclados virtuais adaptados e os softwares de
reconhecimento de voz.

3. Apoio à mobilidade e autonomia


As tecnologias também têm contribuído para aumentar a mobilidade e a autonomia dos
alunos com deficiências físicas, facilitando o seu acesso e participação nas atividades
educacionais. Algumas das inovações nesta área incluem as cadeiras de rodas elétricas
com controlo por voz, os computadores com comando ocular e os dispositivos de
realidade virtual que permitem aos estudantes explorar ambientes e realizar atividades
de forma imersiva e segura.

4. Formação de professores e profissionais da educação


A formação de professores e profissionais da educação é fundamental para garantir a
implementação efetiva da educação inclusiva. As tecnologias oferecem diversas
ferramentas e recursos que ajudam os educadores a desenvolver as suas competências e
a adaptar as suas práticas pedagógicas às necessidades dos alunos. Exemplos de
recursos tecnológicos para a formação incluem os cursos online, as plataformas de
partilha de experiências e boas práticas, e as ferramentas de análise de dados e avaliação
do desempenho dos estudantes.

5. Acesso à educação à distância


As tecnologias de ensino à distância têm sido um importante aliado na promoção da
educação inclusiva, permitindo que alunos com dificuldades de mobilidade, problemas
de saúde ou outras limitações possam aceder à educação de qualidade a partir de casa ou
de outros locais. As plataformas de ensino online, as videoaulas e as videoconferências
possibilitam que os estudantes participem das aulas, interajam com os colegas e
professores, e tenham acesso aos materiais educacionais, independentemente da sua
localização física. Essa modalidade de ensino oferece flexibilidade e igualdade de
oportunidades para todos os alunos, incluindo aqueles que enfrentam desafios
específicos.

Concluindo, as tecnologias desempenham um papel vital na promoção da educação


inclusiva, tornando-a mais acessível e equitativa para todos os estudantes. Através da
adaptação de conteúdos e recursos didáticos, da comunicação alternativa, do apoio à
mobilidade e autonomia, da formação de professores e da educação à distância. As
tecnologias estão a ajudar a garantir que todos os alunos, independentemente das suas
necessidades e características individuais, tenham igualdade de oportunidades no
ensino.
No entanto, é importante destacar que as tecnologias devem ser utilizadas de forma
adequada e acompanhadas por uma abordagem pedagógica inclusiva. Os educadores e
profissionais da educação desempenham um papel fundamental na integração eficaz das
tecnologias na sala de aula, garantindo que elas sejam utilizadas para promover a
participação ativa e o desenvolvimento dos alunos.
Desvantagens/fragilidades

Possível distração com o uso excessivo de dispositivos. Desigualdade no acesso a


tecnologia fora da sala de aula. Dependência excessiva de tecnologia, em detrimento
das habilidades analíticas e de resolução de problemas.

segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

Menina com atraso de linguagem "passava muitas


horas exposta a ecrãs"
A coordenadora da Unidade de Neurodesenvolvimento do serviço de pediatria do Hospital de
São João, no Porto, Micaela Guardiano, alerta que os problemas relacionados com a
linguagem e aprendizagem são cada vez mais comuns, e que a subida no número de casos
não se explica apenas por uma melhor capacidade de diagnóstico. São também consequência
do uso excessivo dos dispositivos digitais.

"A pandemia foi um período muito crítico e recebemos uma menina com cerca de 18 meses,
que veio com atraso de linguagem. Era uma menina não verbal, não estabelecia contacto com
os cuidadores, não reagia ao nome, não tinha um brincar simbólico. Portanto, havia ali vários
sinais de alarme em termos do desenvolvimento psicomotor saudável", conta Micaela
Guardiano.

“Esta menina foi orientada para intervenção terapêutica logo na primeira consulta e foi dada
indicação aos pais de retirada da exposição aos ecrãs. A verdade é que a menina passava
muitas horas exposta a ecrãs", explica a médica pediatra.

"Seis meses depois, numa consulta de reavaliação, eu vi a mesma menina totalmente normal.

A principal intervenção que a mãe fez com esta criança pequena foi brincar muito com ela
todos os dias. E de facto a criança normalizou totalmente”, conclui a coordenadora da Unidade
de Neurodesenvolvimento do serviço de pediatria do Hospital de São João, entrevistada no
âmbito da Grande Reportagem SIC “Agarrados ao Ecrã”, que será transmitida no Jornal da
Noite esta segunda-feira, 8 de janeiro.

Grande Reportagem “Agarrados ao Ecrã”

Na Grande Reportagem SIC “Agarrados ao Ecrã” fomos perceber qual o impacto que o uso dos
dispositivos digitais tem na saúde, no cérebro e no desenvolvimento.

Os telemóveis são, hoje em dia, quase um prolongamento do corpo. As novas gerações


nascem e crescem cercadas por ecrãs, e soam constantes alarmes sobre os riscos desta
exposição.

O tempo que as crianças dedicam aos dispositivos digitais contraria, de forma clara, as
recomendações da Organização Mundial da Saúde, e os conteúdos aos quais os mais novos
estão expostos são muitas vezes desadequados para o seu nível de desenvolvimento.

Os problemas relacionados com a linguagem e aprendizagem são cada vez mais comuns.
Especialistas alertam para o facto das crianças estarem mais agitadas e terem mais dificuldade
em conseguir estar atentas. Aumentaram também os casos de obesidade e ansiedade entre os
mais novos.

Várias escolas já proibiram o uso do telemóvel nos intervalos para promover o convívio entre
os alunos e a atividade física.
Por outro lado, ouvem-se argumentos sobre os benefícios da utilização da tecnologia,
nomeadamente como ferramenta de ensino. Em todo o mundo pediatras, psicólogos e
cientistas debruçam-se sobre o tema.

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