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Legislação da Educação
Prof Karen Bortoloti.
Legislação da Educação
Prof Karen Bortoloti.
Olá estudante!
Olá! Sou a professora Karen Bortoloti, bacharel, licenciada e mestra em História, doutora em Educa-
ção Escolar e pós-doutora em Educação, com mais de 16 anos de experiência na Educação Básica
e na Educação Superior, especialmente na modalidade a distância. Pretendo trazer um pouco dessa
experiência, teórica e prática, para nossas reflexões.
Bons estudos!
Sumário
O que você viu nesta videoaula?...................................................................................................................... 3
A BNCC na Educação Infantil.......................................................................................................................... 3
Os campos de experiências....................................................................................................................................4
Os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento para a educação infantil.........................................................5
A transição da educação infantil para o ensinofundamental..................................................................................6
Caiu na prova................................................................................................................................................... 6
Redes sociais................................................................................................................................................... 7
/aprovaconcursos
Resumo da videoaula
Legislação da Educação
A BNCC na Educação Infantil
O que você viu nesta videoaula? no contexto de sua comunidade, e articulá-los em suas
propostas pedagógicas, têm o objetivo de ampliar o
universo de experiências, conhecimentos e habilidades
Este material é uma síntese dos conteúdos apresentados dessas crianças, diversificando e consolidando novas
na videoaula. aprendizagens, atuando de maneira complementar à
educação familiar – especialmente quando se trata da
educação dos bebês e das crianças bem pequenas,
A BNCC na Educação Infantil que envolve aprendizagens muito próximas aos dois
contextos (familiar e escolar), como a socialização, a
A expressão educação “pré-escolar”, utilizada no autonomia e a comunicação.
Brasil até a década de 1980, expressava o entendimen- Nessa direção, e para potencializar as aprendiza-
to de que a Educação Infantil era uma etapa anterior, gens e o desenvolvimento das crianças, a prática do
independente e preparatória para a escolarização, que diálogo e o compartilhamento de responsabilidades
só teria seu começo no Ensino Fundamental. Situava- entre a instituição de Educação Infantil e a família são
-se, portanto, fora da educação formal. essenciais. Além disso, a instituição precisa conhecer
Com a Constituição Federal de 1988, o atendimen- e trabalhar com as culturas plurais, dialogando com a
to em creche e pré-escola às crianças de zero a 6 anos riqueza/diversidade cultural das famílias e da comu-
de idade torna-se dever do Estado. Posteriormente, nidade.
com a promulgação da LDB, em 1996, a Educação In- As Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação
fantil passa a ser parte integrante da Educação Básica, Infantil (DCNEI, Resolução CNE/CEB nº 5/2009), em
situando-se no mesmo patamar que o Ensino Funda- seu Artigo 4º, definem a criança como:
mental e o Ensino Médio. sujeito histórico e de direitos, que, nas interações,
E a partir da modificação introduzida na LDB em relações e práticas cotidianas que vivencia, constrói
2006, que antecipou o acesso ao Ensino Fundamental sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina,
para os 6 anos de idade, a Educação Infantil passa a fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, narra,
atender a faixa etária de zero a 5 anos. questiona e constrói sentidos sobre a natureza e a so-
Entretanto, embora reconhecida como direito de ciedade, produzindo cultura (BRASIL, 2009).
todas as crianças e dever do Estado, a Educação Infan- Ainda de acordo com as DCNEI, em seu Artigo
til passa a ser obrigatória para as crianças de 4 e 5 anos 9º, os eixos estruturantes das práticas pedagógicas
apenas com a Emenda Constitucional nº 59/200926, dessa etapa da Educação Básica são as interações e a
que determina a obrigatoriedade da Educação Básica brincadeira, experiências nas quais as crianças podem
dos 4 aos 17 anos. Essa extensão da obrigatoriedade construir e apropriar-se de conhecimentos por meio
é incluída na LDB em 2013, consagrando plenamente de suas ações e interações com seus pares e com os
a obrigatoriedade de matrícula de todas as crianças de adultos, o que possibilita aprendizagens, desenvolvi-
4 e 5 anos em instituições de Educação Infantil. mento e socialização.
Com a inclusão da Educação Infantil na BNCC, Tendo em vista os eixos estruturantes das práticas
mais um importante passo é dado nesse processo pedagógicas e as competências gerais da Educação
histórico de sua integração ao conjunto da Educação Básica propostas pela BNCC, seis direitos de aprendi-
Básica. zagem e desenvolvimento asseguram, na Educação
Como primeira etapa da Educação Básica, a Edu- Infantil, as condições para que as crianças aprendam
cação Infantil é o início e o fundamento do processo em situações nas quais possam desempenhar um
educacional. A entrada na creche ou na pré-escola sig- papel ativo em ambientes que as convidem a vivenciar
nifica, na maioria das vezes, a primeira separação das desafios e a sentirem-se provocadas a resolvê-los, nas
crianças dos seus vínculos afetivos familiares para se quais possam construir significados sobre si, os outros
incorporarem a uma situação de socialização estru- e o mundo social e natural.
turada.
Nas últimas décadas, vem se consolidando, na DIREITOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVI-
Educação Infantil, a concepção que vincula educar e MENTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
cuidar, entendendo o cuidado como algo indissociável Conviver com outras crianças e adultos, em peque-
do processo educativo. Nesse contexto, as creches e nos e grandes grupos, utilizando diferentes linguagens,
pré-escolas, ao acolher as vivências e os conhecimen- ampliando o conhecimento de si e do outro, o respeito
tos construídos pelas crianças no ambiente da família e em relação à cultura e às diferenças entre as pessoas.
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A BNCC na Educação Infantil
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A BNCC na Educação Infantil
berços, mesas e cordas, saltar, escalar, equilibrar-se, muito pequenas, elas procuram se situar em diversos
correr, dar cambalhotas, alongar-se etc.). espaços (rua, bairro, cidade etc.) e tempos (dia e noite;
Traços, sons, cores e formas – Conviver com dife- hoje, ontem e amanhã etc.). Demonstram também
rentes manifestações artísticas, culturais e científicas, curiosidade sobre o mundo físico (seu próprio corpo,
locais e universais, no cotidiano da instituição escolar, os fenômenos atmosféricos, os animais, as plantas,
possibilita às crianças, por meio de experiências di- as transformações da natureza, os diferentes tipos de
versificadas, vivenciar diversas formas de expressão materiais e as possibilidades de sua manipulação etc.)
e linguagens, como as artes visuais (pintura, mode- e o mundo sociocultural (as relações de parentesco e
lagem, colagem, fotografia etc.), a música, o teatro, a sociais entre as pessoas que conhece; como vivem e
dança e o audiovisual, entre outras. Com base nessas em que trabalham essas pessoas; quais suas tradições
experiências, elas se expressam por várias linguagens, e seus costumes; a diversidade entre elas etc.).
criando suas próprias produções artísticas ou culturais, Além disso, nessas experiências e em muitas
exercitando a autoria (coletiva e individual) com sons, outras, as crianças também se deparam, frequente-
traços, gestos, danças, mímicas, encenações, canções, mente, com conhecimentos matemáticos (contagem,
desenhos, modelagens, manipulação de diversos ma- ordenação, relações entre quantidades, dimensões,
teriais e de recursos tecnológicos. medidas, comparação de pesos e de comprimentos,
Essas experiências contribuem para que, desde avaliação de distâncias, reconhecimento de formas
muito pequenas, as crianças desenvolvam senso esté- geométricas, conhecimento e reconhecimento de
tico e crítico, o conhecimento de si mesmas, dos outros numerais cardinais e ordinais etc.) que igualmente
e da realidade que as cerca. Portanto, a Educação In- aguçam a curiosidade. Portanto, a Educação Infantil
fantil precisa promover a participação das crianças em precisa promover experiências nas quais as crianças
tempos e espaços para a produção, manifestação e possam fazer observações, manipular objetos, inves-
apreciação artística, de modo a favorecer o desenvolvi- tigar e explorar seu entorno, levantar hipóteses e con-
mento da sensibilidade, da criatividade e da expressão sultar fontes de informação para buscar respostas às
pessoal das crianças, permitindo que se apropriem e suas curiosidades e indagações. Assim, a instituição
reconfigurem, permanentemente, a cultura e poten- escolar está criando oportunidades para que as crian-
cializem suas singularidades, ao ampliar repertórios ças ampliem seus conhecimentos do mundo físico e
e interpretar suas experiências e vivências artísticas. sociocultural e possam utilizá-los em seu cotidiano.
Escuta, fala, pensamento e imaginação – Desde
o nascimento, as crianças participam de situações Os objetivos de aprendizagem e desenvolvimen-
comunicativas cotidianas com as pessoas com as to para a educação infantil
quais interagem. As primeiras formas de interação
Na Educação Infantil, as aprendizagens essenciais
do bebê são os movimentos do seu corpo, o olhar, a
compreendem tanto comportamentos, habilidades e
postura corporal, o sorriso, o choro e outros recursos
conhecimentos quanto vivências que promovem apren-
vocais, que ganham sentido com a interpretação do
dizagem e desenvolvimento nos diversos campos de
outro. Progressivamente, as crianças vão ampliando
experiências, sempre tomando as interações e a brinca-
e enriquecendo seu vocabulário e demais recursos de
deira como eixos estruturantes. Essas aprendizagens,
expressão e de compreensão, apropriando-se da língua
portanto, constituem-se como objetivos de aprendiza-
materna – que se torna, pouco a pouco, seu veículo
gem e desenvolvimento.
privilegiado de interação.
Reconhecendo as especificidades dos diferentes
Na Educação Infantil, é importante promover ex-
grupos etários que constituem a etapa da Educação In-
periências nas quais as crianças possam falar e ouvir,
fantil, os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento
potencializando sua participação na cultura oral, pois é
estão sequencialmente organizados em três grupos
na escuta de histórias, na participação em conversas,
por faixa etária, que correspondem, aproximadamente,
nas descrições, nas narrativas elaboradas individual-
às possibilidades de aprendizagem e às características
mente ou em grupo e nas implicações com as múltiplas
do desenvolvimento das crianças, conforme indicado
linguagens que a criança se constitui ativamente como
na figura a seguir.
sujeito singular e pertencente a um grupo social.
Todavia, esses grupos não podem ser conside-
Espaços, tempos, quantidades, relações e transfor-
rados de forma rígida, já que há diferenças de ritmo
mações – As crianças vivem inseridas em espaços e
na aprendizagem e no desenvolvimento das crianças
tempos de diferentes dimensões, em um mundo cons-
que precisam ser consideradas na prática pedagógica.
tituído de fenômenos naturais e socioculturais. Desde
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