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Psicologia Social Comunitária

O que podemos aprender com a história dessa


abordagem e o “quê fazer” nos dias de hoje?
Qual a necessidade
de estudar a
história da
Psicologia Social • Vamos pensar no recorte dessa disciplina: a
Comunitária e o atuação da Psicologia na Assistência Social.
que é possível
aprender com
isto? • Dando uma olhada na introdução da última
edição das Referências técnicas para a atuação
psi no CRAS (que é o serviço de entrada no SUAS)
é possível ter algumas pistas interessantes...

• Vamos lá!
“temos assistido a uma severa rede de desmontes da esfera pública” (p.14) / “pensar as
políticas públicas da A.S em consonância com uma ética cidadã” (p.14) / “Ao tratarmos as
vulnerabilidades como uma questão pública, estamos dimensionando a forma como o
Estado brasileiro cuida e promove cidadania dos seus” p. 14

• A Psicologia Social Comunitária nasce através de projetos de extensão universitária e de


iniciativas de profissionais e professoras/es pesquisadoras/es, na década de 70.

• Por quê? Não há, nesse momento, políticas públicas de saúde ou desenvolvimento comunitário
voltados para os pobres como também não há nenhuma abordagem psicológica interessada
nesse problema.

• Era um contexto de muita pobreza, exclusão social e vulnerabilidades de diversas ordens e não
havia uma psicologia voltada para pensar e intervir sobre os problemas da população pobre.

• A Psicologia Social Crítica (que é a abordagem teórica / abordagem mãe) da Psicologia Social
Comunitária surge para dar conta do pensar sobre a população pobre e oprimida, assim como
outros movimentos na América Latina, como é o caso da Psicologia da Libertação;

• A Psicologia Social Comunitária (que é uma abordagem teórico-prática, voltada para a


intervenção) vem desse movimento e bebe da fonte da Educação Popular e também dos
movimentos de luta e intervenção no contexto da saúde mental (décadas de 70 e 80)
• A compreensão de vulnerabilidade social ampliou-se com a noção de
interseccionalidades... Então, se nas décadas de 70/80 o objetivo era
pensar as implicações da pobreza nas comunidades, hoje outras
opressões devem ser articuladas a essa compreensão:

“(...) pensar o campo das vulnerabilidades sociais segundo os processos interseccionais que
constroem exclusão e inclusão de alguns nos processos de proteção e garantia de direitos na
Assistência Social” p. 15

“(...) os índices de violência e violações de direitos, além dos de pobreza são bem maiores entre
pessoas negras, mulheres e populações LGBTQIA+, além das populações ribeirinhas, quilombolas
e indígenas que em momentos de crise econômicas e políticas sofrem com uma série de
violências que agrava suas condições de sobrevivência” p. 17
• Uma das conclusões do texto de Silvia Lane sobre a história da
Psicologia Social Comunitária no Brasil é:
• Começamos o trabalho com comunidades junto a outras
especialidades, compartilhando o método da Educação Popular, mas
sem nenhum recorte ou contribuição específica;
• Definimos, especialmente ao longo da década de 80, o “GRUPO”
enquanto espaço privilegiado sobre o nosso trabalho e reflexão.
“(...) tratamos de retomar a necessidade de pensar os espaços públicos como espaços legítimos
das atividades profissionais de psicólogas e psicólogos: a reativação das redes comunitárias no
território são definitivamente espaços que podemos ativar em nossas práticas profissionais” p. 17
- colocar a família em lugar de problematização
- rearticular os aspectos comunitários como elementos primordiais das nossas atividades
profissionais.
- “(...) deslocamento de uma experiência profissional individualizante para outra
pública e coletiva sintonizada com o que há de melhor nas políticas públicas e nas
formas como a Psicologia tem se constituído como ciência e profissão na América
Enfim, tudo
Latina” p. 18
- “Psicologia situada e antenada com aspectos de uma colonialidade que nos atravessa
haver, tudo
na América Latina” p. 18
junto
- promoção e social; retomar o sujeito histórico como agenciador de
da justiça
transformações sociais;
misturado...
- Laicidade e diversidade de crenças

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