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Os testículos são vascularizados pela artéria espermática, que entra pelo hilo testicular, junto
com a veia e linfáticos correspondentes, e distribui o sangue de maneira radial, seguindo os
septos testiculares.
Escroto.
É a bolsa que contêm os testículos. Trata-se de um saco de pele excessiva e enrugada, dividida
em dois compartimentos, um para cada testículo. Pode-se contrair perante estímulos (frio,
toque,…) pela acção das fibras musculares subcutâneas (músculo dartos) que se prolongam até
o canal inguinal acompanhando ao cordão espermático (músculo cremaster), aproximando
mais ou menos os testículos ao períneo, regulando assim a sua temperatura.
Ducto deferente.
É o tubo excretor do testículo, continuação do epidídimo, que sai do escroto para transportar
os espermatozóides formados no testículo até as glândulas anexas (vesículas seminais,
próstata e glândulas bulbouretrais).
Tem um aspecto e uma estrutura semelhante ao uréter, com um epitélio cilíndrico, uma grossa
camada de músculo liso, capaz de se contrair ritmicamente propulsando o líquido testicular, e
uma adventícia externa.
Vesículas seminais
São glândulas situadas na face posterior da bexiga, compostas por um único tubo muito
enovelado sobre si próprio, até se juntar ao extremo distal do correspondente ducto
deferente, imediatamente antes da sua entrada na próstata, para formar o ducto ejaculatório,
que atravessa a próstata até desaguar na uretra.
3.4.1 As vesículas seminais produzem o líquido seminal, rico em nutrientes, que se une ao
líquido testicular para dar viabilidade e alimento aos espermatozóides, e compõe cerca de 70%
de sémen
Próstata.
É um órgão único, em forma de cone invertido, com a sua base em contacto com o colo da
bexiga, e o ápice inferior, circundando o trajecto de 2-3 cm da uretra (este segmento é
chamado uretra prostática). Características:
É formada por vários lobos, não claramente definidos: dois laterais grandes (direito e
esquerdo), unidos anteriormente pelo istmo (lobo anterior) e posteriormente pelos lobos
médio (superior, relacionado com a bexiga) e posterior (inferior, relacionado com a uretra).
A próstata é uma glândula que produz o líquido prostático, que excreta directamente à uretra
prostática perante estímulos ejaculatórios. O líquido prostático é uma solução alcalina
composta por cerca de 25% de sémen, e que protege os espermatozóides do meio ácido que
encontrarão ao longo da uretra e na vagina, caso haja cópula (relações sexuais).
Glândulas bulbouretrais.
São duas pequenas glândulas (como ervilhas), situadas imediatamente inferiores à próstata e
que drenam muco alcalino a uretra, para a sua lubrificação.
Uretra.
É o ducto excretor urinário, que se estende ao longo do pénis, desde a bexiga até o exterior.
Além da sua função urinária, também tem a função do transporte do sémen até a vagina
durante a ejaculação (vide Aula 29 para maior detalhe).
Pénis
É o órgão masculino que durante a cópula (relação sexual entre o homem e a mulher),
introduz o sémen na vagina . É um cilindro anterior ao escroto, suspenso flacidamente de
estruturas ósseas púbicas por ligamentos laxos.
O pénis é composto por três estruturas cilíndricas de tecido eréctil (capaz de aumentar seu
tamanho e consistência, mediante seu preenchimento com sangue a pressão), recobertas e
separadas por septos fibroelásticos:
corpo esponjoso, medial e anterior, que contêm a uretra. É um cilindro de trabéculas
finas e laxas, muito elástico, com escassa capacidade eréctil.
corpos cavernosos, posteriores direito e esquerdo. Cilindros grossos com trabéculas
grandes que deixam grandes espaços capazes de se preencher com sangue.
O extremo distal do pénis e uma expansão arredondada do corpo esponjoso, chamada glande,
na qual se abre o orifício uretral externo (meato). A pele redundante (a mais) do pénis que
cobre totalmente a glande é o prepúcio.
Espermatogénese
É o processo de divisão e diferenciação das células germinativas ou espermatogónias dos
túbulos seminíferos em espermatozóides maturos. Acontece continuamanete durante a idade
fértil do homem, produzindo-se cerca de 100 milhões de gâmetas por dia.
As espermatogónias estão presentes desde a idade fetal nos túbulos seminíferos, em forma
quiescente (sem actividade de divisão nem diferenciação).
Perante os estímulos hormonais que começam na puberdade (entre 12 e 15 anos de idade), as
espermatogónias começam o processo de divisão e diferenciação em quatro fases, que duram
cerca de 3 meses:
Mitose, onde cada espermatogónia forma outras iguais por divisão simples, as quais
ficarão como reserva para ir produzindo outras ao longo da vida.
Meiose. Parte das espermatogónias experimentam uma divisão redutora, que produz
espermátides (células haplóides, com 23 cromosomas simples).
Diferenciação
Nesta fase as espermátides sofrem uma série de mudanças morfológicas até originar os
espermatozóides, que ficam ligados às células de Sertoli das quais se nutrem.
Maturação. nesta fase, os espermatozóides adquirem na sua passagem pelo epidídimo,
mobilidade e capacidade de fecundar, sendo já espermatozóides maturos.
O espermatozóide maturo tem aspecto de “chicote” e é constituído por:
Cabeça, pequena estrutura celular, formada pelo núcleo e por uma proeminência
anterior, o acrossoma, que contém os enzimas que permitirão ao espermatozóide
perfurar a membrana do óvulo durante a fecundação.
Pescoço, que contém um minúsculo citoplasma, fundamentalmente cheio de
mitocondrias, para dar energia para a sua mobilidade.
Cauda, filamento comprido, móvel, que da mobilidade ao espermatozóide.
Processo de ejaculação
No momento da ejaculação, o sémen é depositado na uretra (canal da urina), sendo então
impulsionado para fora do pénis até o meio exterior. O processo de produção dos
espermatozóides, amadurecimento, transporte, bem como a própria ejaculação também
sofrem interferência de alguns harmónios produzidos no nosso organismo.
Antes da ejaculação, outro tubo denominado canal deferente leva o esperma maduro do
epidídimo até a próstata, onde se mistura com fluidos especiais da próstata e das vesículas
seminais, localizadas do lado da próstata. Esses fluidos esbranquiçados, ricos em proteínas,
nutrem os espermatozoides para que possam viver por algum tempo após a ejaculação.
Durante o orgasmo, essa mistura do líquido e do esperma, chamada de sêmen, é enviada
através da uretra para fora pelo pênis.
O papel da testosterona
A testosterona é o principal hormônio masculino, o que faz com que os órgãos reprodutivos se
desenvolvam e promove o comportamento sexual e as ereções. A testosterona também é
responsável pelas características sexuais secundárias na puberdade, como uma voz mais grave
e o crescimento de pêlos no corpo e face. Os testículos produzem a maioria desse hormônio.
As glândulas adrenais, que se localizam acima dos rins, também produzem pequenas
quantidades do hormônio em homens e mulheres.
A região do hipotálamo no cérebro controla a quantidade de hormônio que o corpo produz.
Quando o nível de testosterona diminui, o hipotálamo sinaliza a hipófise, que envia um sinal
hormonal através da corrente sanguínea aos testículos para acelerar a produção do hormônio.
Os níveis hormonais dos homens variam muito, mas a maioria tem mais testosterona na
corrente sanguínea do que o necessário. Um homem com nível baixo de testosterona pode ter
dificuldades para ter ou manter ereções, podendo perder o desejo sexual. No homem mais
jovem e saudável, problemas hormonais são raros e a ansiedade é a principal causa dos
problemas de ereção. As causas clínicas comuns para problemas de ereção incluem
medicamentos e problemas com os vasos sanguíneos ou nervos na região pélvica.
Uma ereção começa quando o cérebro envia um sinal para a medula espinhal através dos
nervos que chegam à pelve. Alguns dos nervos que provocam uma ereção se situam dos dois
lados da glândula prostática. Quando este sinal é recebido, o tecido esponjoso no interior do
pênis relaxa e expande os vasos sanguíneos que levam o sangue para o pênis. Como as
paredes se expandem o sangue no interior pode circular até 50 vezes mais rápido do que sua
velocidade habitual. O sangue preenche 2 tubos esponjosos de tecido no interior do pênis. As
veias que normalmente drenam o sangue do pênis, ficam fechadas para que mais sangue
permaneça dentro. Isso faz com que se produza um grande aumento da pressão dentro do
pênis, o que provoca uma ereção firme.
Os nervos que permitem a um homem sentir prazer quando o pênis é tocado tem origem em
diferentes nervos que controlam o fluxo de sangue e produzem a ereção. Mesmo que um
nervo esteja lesionado ou os vasos sanguíneos sejam bloqueados isso não impede que o
homem tenha ereções e possa atingir o orgasmo.
A ejaculação é a segunda fase do orgasmo. É controlada pelos mesmos nervos que levam os
sinais de prazer quando a área genital é acariciada. Esses nervos fazem com que os músculos
ao redor da base do pênis se contraiam ritmicamente, empurrando o esperma através da
uretra para fora do pênis. Ao mesmo tempo, mensagens de prazer são enviadas para o
cérebro. Essa sensação é conhecida como orgasmo ou clímax