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Origem embriologica

O aparelho genital masculino é composto por órgãos externos e órgãos internos.


Os órgãos externos são: escroto e pénis.
Os órgãos internos são: testículos, epidídimo, ducto deferente, vesículas seminais, próstata,
glândulas bulbouretrais e a uretra masculina.

Testículos e sua estrutura


São pequenas glândulas de forma ovóide (com cerca de 5 cm de comprimento) pendurados na
parte anterior do períneo, o que permite manter uma temperatura inferior ao do resto do
corpo, o qual é fundamental para a sua função.
O testículo está recoberto por duas camadas, apenas interrompidas no hilo testicular, zona
medial de saída e entrada de tubos e vasos.
 Túnica albugínea, interna, membrana fibrosa dura, de onde partem septos que
dividem o testículo em cerca de 200-300 lóbulos.
 Túnica vaginal, externa, membrana dupla com uma cavidade virtual lubrificada
(cavidade vaginal), procedente do peritónio no seu caminho de descida para o escroto.
Cada lóbulo é uma unidade histológica que inclui entre 1 e 3 túbulos seminíferos, tubos
capilares muito convolutos (curvados sobre si mesmos, como um novelo) compostos por:
Células epiteliais germinativas, em diferente estágio de diferenciação, a partir das quais se
formam os espermatozóides,
Células de suporte de sertoli, que dão estrutura aos túbulos e nutrem às células germinativas,
e Células intersticiais de leydig, que preenchem o espaço entre os túbulos, e são responsáveis
pela produção de hormônios masculinos.
Os diferentes túbulos seminíferos drenam conjuntamente a uma rede de túbulos no hilo de
cada testículo, até formar um único tubo convoluto, intensamente pregado sobre si mesmo, o
epidídimo, estrutura macroscópica que recobre o pólo superior do testículo, da que parte o
ducto deferente.
O testículo produz espermatozóides a partir das células germinativas e são transportados até o
deferente num meio líquido.

Os testículos são vascularizados pela artéria espermática, que entra pelo hilo testicular, junto
com a veia e linfáticos correspondentes, e distribui o sangue de maneira radial, seguindo os
septos testiculares.

Escroto.
É a bolsa que contêm os testículos. Trata-se de um saco de pele excessiva e enrugada, dividida
em dois compartimentos, um para cada testículo. Pode-se contrair perante estímulos (frio,
toque,…) pela acção das fibras musculares subcutâneas (músculo dartos) que se prolongam até
o canal inguinal acompanhando ao cordão espermático (músculo cremaster), aproximando
mais ou menos os testículos ao períneo, regulando assim a sua temperatura.
Ducto deferente.
É o tubo excretor do testículo, continuação do epidídimo, que sai do escroto para transportar
os espermatozóides formados no testículo até as glândulas anexas (vesículas seminais,
próstata e glândulas bulbouretrais).

Apresenta as seguintes características:


 Desde o escroto ascende até a cavidade abdominal pelo canal inguinal, junto com a
artéria e veias espermáticas, linfáticos e nervos testiculares, formando o chamado
cordão espermático, palpável subcutaneamente na região inguinal
 Já dentro do abdómen, o ducto deferente situa-se no espaço pré-peritoneal descendo
até a face posterior da bexiga urinária até penetrar na próstata

Tem um aspecto e uma estrutura semelhante ao uréter, com um epitélio cilíndrico, uma grossa
camada de músculo liso, capaz de se contrair ritmicamente propulsando o líquido testicular, e
uma adventícia externa.
Vesículas seminais
São glândulas situadas na face posterior da bexiga, compostas por um único tubo muito
enovelado sobre si próprio, até se juntar ao extremo distal do correspondente ducto
deferente, imediatamente antes da sua entrada na próstata, para formar o ducto ejaculatório,
que atravessa a próstata até desaguar na uretra.
3.4.1 As vesículas seminais produzem o líquido seminal, rico em nutrientes, que se une ao
líquido testicular para dar viabilidade e alimento aos espermatozóides, e compõe cerca de 70%
de sémen
Próstata.
É um órgão único, em forma de cone invertido, com a sua base em contacto com o colo da
bexiga, e o ápice inferior, circundando o trajecto de 2-3 cm da uretra (este segmento é
chamado uretra prostática). Características:

É formada por vários lobos, não claramente definidos: dois laterais grandes (direito e
esquerdo), unidos anteriormente pelo istmo (lobo anterior) e posteriormente pelos lobos
médio (superior, relacionado com a bexiga) e posterior (inferior, relacionado com a uretra).
A próstata é uma glândula que produz o líquido prostático, que excreta directamente à uretra
prostática perante estímulos ejaculatórios. O líquido prostático é uma solução alcalina
composta por cerca de 25% de sémen, e que protege os espermatozóides do meio ácido que
encontrarão ao longo da uretra e na vagina, caso haja cópula (relações sexuais).
Glândulas bulbouretrais.
São duas pequenas glândulas (como ervilhas), situadas imediatamente inferiores à próstata e
que drenam muco alcalino a uretra, para a sua lubrificação.

Uretra.
É o ducto excretor urinário, que se estende ao longo do pénis, desde a bexiga até o exterior.
Além da sua função urinária, também tem a função do transporte do sémen até a vagina
durante a ejaculação (vide Aula 29 para maior detalhe).

Pénis
É o órgão masculino que durante a cópula (relação sexual entre o homem e a mulher),
introduz o sémen na vagina . É um cilindro anterior ao escroto, suspenso flacidamente de
estruturas ósseas púbicas por ligamentos laxos.

O pénis é composto por três estruturas cilíndricas de tecido eréctil (capaz de aumentar seu
tamanho e consistência, mediante seu preenchimento com sangue a pressão), recobertas e
separadas por septos fibroelásticos:
 corpo esponjoso, medial e anterior, que contêm a uretra. É um cilindro de trabéculas
finas e laxas, muito elástico, com escassa capacidade eréctil.
 corpos cavernosos, posteriores direito e esquerdo. Cilindros grossos com trabéculas
grandes que deixam grandes espaços capazes de se preencher com sangue.
O extremo distal do pénis e uma expansão arredondada do corpo esponjoso, chamada glande,
na qual se abre o orifício uretral externo (meato). A pele redundante (a mais) do pénis que
cobre totalmente a glande é o prepúcio.

Função do aparelho genital masculino é a produção das gâmetas masculinos


(espermatozóides) viáveis (com capacidade para fecundar óvulos). Isto se realiza mediante a
produção de sémen, líquido que contém e mantêm viáveis os espermatozóides, e a sua
excreção (ejaculação) no órgão reprodutor da feminino, para fertilizar o óvulo e criar um novo
indivíduo.
Os testículos têm duas funções:
 Produção de espermatozóides (espermatogénese) e
 Secreção de hormonas sexuais e outras substâncias reguladoras do próprio sistema
reprodutor.
As outras estruturas descritas no bloco anterior são os órgãos auxiliares para a realização da
função principal de fecundação das gâmetas femininas e suas funções estão implícitas na
descrição da sua anatomia.

Espermatogénese
É o processo de divisão e diferenciação das células germinativas ou espermatogónias dos
túbulos seminíferos em espermatozóides maturos. Acontece continuamanete durante a idade
fértil do homem, produzindo-se cerca de 100 milhões de gâmetas por dia.
As espermatogónias estão presentes desde a idade fetal nos túbulos seminíferos, em forma
quiescente (sem actividade de divisão nem diferenciação).
Perante os estímulos hormonais que começam na puberdade (entre 12 e 15 anos de idade), as
espermatogónias começam o processo de divisão e diferenciação em quatro fases, que duram
cerca de 3 meses:
 Mitose, onde cada espermatogónia forma outras iguais por divisão simples, as quais
ficarão como reserva para ir produzindo outras ao longo da vida.
 Meiose. Parte das espermatogónias experimentam uma divisão redutora, que produz
espermátides (células haplóides, com 23 cromosomas simples).

Diferenciação
Nesta fase as espermátides sofrem uma série de mudanças morfológicas até originar os
espermatozóides, que ficam ligados às células de Sertoli das quais se nutrem.
Maturação. nesta fase, os espermatozóides adquirem na sua passagem pelo epidídimo,
mobilidade e capacidade de fecundar, sendo já espermatozóides maturos.
O espermatozóide maturo tem aspecto de “chicote” e é constituído por:
 Cabeça, pequena estrutura celular, formada pelo núcleo e por uma proeminência
anterior, o acrossoma, que contém os enzimas que permitirão ao espermatozóide
perfurar a membrana do óvulo durante a fecundação.
 Pescoço, que contém um minúsculo citoplasma, fundamentalmente cheio de
mitocondrias, para dar energia para a sua mobilidade.
 Cauda, filamento comprido, móvel, que da mobilidade ao espermatozóide.
Processo de ejaculação
No momento da ejaculação, o sémen é depositado na uretra (canal da urina), sendo então
impulsionado para fora do pénis até o meio exterior. O processo de produção dos
espermatozóides, amadurecimento, transporte, bem como a própria ejaculação também
sofrem interferência de alguns harmónios produzidos no nosso organismo.

Ejaculação é a acção física em que ocorre a liberação de sémen do aparelho reprodutor


masculino. O orgasmo, por outro lado, é a intensa sensação de prazer que frequentemente
acompanha a ejaculação. Tipicamente os indivíduos ejaculam pela primeira vez quando
possuem idade entre onze e quinze anos, através de uma polução nocturna ou masturbação.
Contudo, as primeiras ejaculações possuem quantidade reduzida de espermatozóides.
Somente um ou dois anos após a primeira ejaculação que o sémen adquire as características
de um indivíduo adulto

Os espermatozóides são produzidos continuamente nos testículos. Após a produção, os


espermatozóides são estocados em um conjunto de canais tortuosos e muito finos, localizados
atrás dos testículos, chamado “epidídimo”. Além do armazenamento, os epidídimos (um de
cada lado) têm a função de amadurecer os espermatozóides, ou seja, os mesmos adquirem a
capacidade de se movimentar e a habilidade de fecundar o óvulo. Os espermatozóides são
então transportados por um tubo fino, que vai do epidídimo até a próstata, chamado “canal
deferente”. A desembocadura dos canais deferentes na próstata ocorre numa região delicada
denominada “ductos ejaculadores”. Nessa região, ocorre a mistura dos espermatozóides com
o líquido produzido na próstata e nas vesículas seminais (que são glândulas localizadas atrás da
bexiga), dando origem ao sémen. No momento da ejaculação, o sémen é depositado na uretra
(canal da urina), sendo então impulsionado para fora do pénis até o meio exterior.

O processo de produção dos espermatozóides, amadurecimento, transporte, bem como a


própria ejaculação também sofrem interferência de alguns harmónios produzidos no nosso
organismo. Assim sendo, qualquer interferência em alguma dessas etapas pode causar
infertilidade masculina. Para que ocorra a fecundação do óvulo, é necessário que exista um
número suficiente de espermatozóides, e que os mesmos tenham movimentação progressiva
no interior do aparelho reprodutor feminino, a fim de que esses espermatozóides “rápidos”
possa atingir e penetrar no interior do óvulo, dando origem à gravidez. Além disso, é
fundamental que exista um número adequado de espermatozóides com tamanho e formato
normais. Espermatozóides que apresentam estrutura anormal, como por exemplo, duas
cabeças, cauda enrolada, cabeça muito grande ou muito pequena, etc., não serão capazes de
fecundar o óvulo.

Alterações de aparelho genital masculino


Não se sabe ao certo se é o envelhecimento em si ou se são as doenças associadas ao
envelhecimento que causam as alterações graduais que afectam a função sexual masculina. A
frequência, a duração e a rigidez das erecções diminuem aos poucos à medida que o homem
envelhece. Os níveis do hormônio sexual masculino (testosterona), tendem a cair, o
que diminui o estímulo sexual (libido) e:
 Redução da sensibilidade do pênis
 Diminuição do fluxo de sangue para o pénis
 Redução do volume de líquido liberado durante a ejaculação
 Redução do tempo de pré-aviso da ejaculação
 Orgasmo sem ejaculação
 Depois do orgasmo, o pênis fica flácido (detumescente) mais rapidamente
 Depois do orgasmo, ocorrem períodos mais longos antes de uma ereção poder ocorrer
(período refratário)
A partir da adolescência, os testículos começam a produzir um suprimento constante de
hormônios, principalmente a testosterona. Os testículos também fabricam milhões de
espermatozoides diariamente. Leva cerca de 74 dias para o esperma ficar pronto. Como parte
deste processo, o esperma recém fabricado segue por um tubo de cerca de 9 metros de
comprimento, denominado epidídimo. Esse tubo forma uma estrutura espiral que se situa na
parte posterior e superior de cada testículo.

Antes da ejaculação, outro tubo denominado canal deferente leva o esperma maduro do
epidídimo até a próstata, onde se mistura com fluidos especiais da próstata e das vesículas
seminais, localizadas do lado da próstata. Esses fluidos esbranquiçados, ricos em proteínas,
nutrem os espermatozoides para que possam viver por algum tempo após a ejaculação.
Durante o orgasmo, essa mistura do líquido e do esperma, chamada de sêmen, é enviada
através da uretra para fora pelo pênis.

O papel da testosterona

A testosterona é o principal hormônio masculino, o que faz com que os órgãos reprodutivos se
desenvolvam e promove o comportamento sexual e as ereções. A testosterona também é
responsável pelas características sexuais secundárias na puberdade, como uma voz mais grave
e o crescimento de pêlos no corpo e face. Os testículos produzem a maioria desse hormônio.
As glândulas adrenais, que se localizam acima dos rins, também produzem pequenas
quantidades do hormônio em homens e mulheres.
A região do hipotálamo no cérebro controla a quantidade de hormônio que o corpo produz.
Quando o nível de testosterona diminui, o hipotálamo sinaliza a hipófise, que envia um sinal
hormonal através da corrente sanguínea aos testículos para acelerar a produção do hormônio.

Os níveis hormonais dos homens variam muito, mas a maioria tem mais testosterona na
corrente sanguínea do que o necessário. Um homem com nível baixo de testosterona pode ter
dificuldades para ter ou manter ereções, podendo perder o desejo sexual. No homem mais
jovem e saudável, problemas hormonais são raros e a ansiedade é a principal causa dos
problemas de ereção. As causas clínicas comuns para problemas de ereção incluem
medicamentos e problemas com os vasos sanguíneos ou nervos na região pélvica.

O padrão normal de excitação e ereção

Uma ereção começa quando o cérebro envia um sinal para a medula espinhal através dos
nervos que chegam à pelve. Alguns dos nervos que provocam uma ereção se situam dos dois
lados da glândula prostática. Quando este sinal é recebido, o tecido esponjoso no interior do
pênis relaxa e expande os vasos sanguíneos que levam o sangue para o pênis. Como as
paredes se expandem o sangue no interior pode circular até 50 vezes mais rápido do que sua
velocidade habitual. O sangue preenche 2 tubos esponjosos de tecido no interior do pênis. As
veias que normalmente drenam o sangue do pênis, ficam fechadas para que mais sangue
permaneça dentro. Isso faz com que se produza um grande aumento da pressão dentro do
pênis, o que provoca uma ereção firme.

Os nervos que permitem a um homem sentir prazer quando o pênis é tocado tem origem em
diferentes nervos que controlam o fluxo de sangue e produzem a ereção. Mesmo que um
nervo esteja lesionado ou os vasos sanguíneos sejam bloqueados isso não impede que o
homem tenha ereções e possa atingir o orgasmo.

Um terceiro conjunto de nervos controla a ejaculação.

Como o orgasmo masculino acontece

O orgasmo de um homem tem duas fases. No primeiro estágio, denominado de emissão,


ocorre a contração da próstata, vesículas seminais e canal deferente. Durante a emissão, o
sêmen é depositado próximo à parte superior da uretra, pronto para ser enviado para fora
(ejaculação). Neste momento, uma pequena válvula na parte superior do tubo se fecha para
impedir que o sêmen vá para a bexiga. O homem sente a emissão como "o ponto sem
retorno," quando sabe que está prestes a ter um orgasmo. A emissão é controlada pelo
sistema nervoso simpático ou involuntário.

A ejaculação é a segunda fase do orgasmo. É controlada pelos mesmos nervos que levam os
sinais de prazer quando a área genital é acariciada. Esses nervos fazem com que os músculos
ao redor da base do pênis se contraiam ritmicamente, empurrando o esperma através da
uretra para fora do pênis. Ao mesmo tempo, mensagens de prazer são enviadas para o
cérebro. Essa sensação é conhecida como orgasmo ou clímax

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