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Índice

1. Introdução..........................................................................................................................5

1.1. Objectivos.......................................................................................................................6

1.1.1 Geral:............................................................................................................................6

1.1.2. Específicos:.................................................................................................................6

1.1.3. Metodologia.................................................................................................................6

2. Planificação.......................................................................................................................7

2.1. Etapas da planificação....................................................................................................8

2.1.1. O plano de aula............................................................................................................9

2.1.2. Etapas de uma Aula.....................................................................................................9

2.1.3. Introdução e Motivação...............................................................................................9

2.1.4. Mediação e Assimilação............................................................................................10

2.1.5. Domínio e Consolidação...........................................................................................10

2.1.6. Controle e Avaliação.................................................................................................11

2.1.7. Elaboração de um plano de aula. Tema: Tipos de frase............................................11

3. Conclusão........................................................................................................................12

3.1. Referências Bibliográficas...........................................................................................15


1. Introdução

O presente trabalho da disciplina de Didáctica do Português III tem como tema


(Planificação no Processo de Ensino-aprendizagem) e pretende com ele trazer uma visão
generalizada acerca do plano de aulas.

Sabe-se que a planificação, não só no PEA, mas também em qualquer situação das
nossas vidas é sempre bem-vinda, por ela prever as actividades.

Bento (2003,p.59) fala do plano a longo prazo e a curto prazo; onde define um plano
anual como um plano de perspectiva global que procura situar e concretizar o programa de
ensino no local e nas pessoas envolvidas. Constitui, pois, um plano sem pormenores da
actuação a longo do ano, requerendo no entanto, trabalhos preparatórios de análise e de
balanço, assim como reflexões a longo prazo.

O plano de aula, por sua vez, faz parte da planificação a curto prazo, retirado do plano a
longo prazo. Nele, estão patentes as reflexões do professor acerca da configuração da sua aula
e apresentação estruturada em (objectivos, conteúdo, métodos e organização).

Ainda neste plano encontram-se as etapas que o professor devera seguir para o alcance
dos objectivos por si propostos, e respectivamente e as etapas que sao: Introdução/ Motivação,
Mediação/ Assimilação, Domínio/ Consolidação, e por fim, Controle e Avaliação.

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1.1. Objectivos

1.1.1 Geral:

 Definir o processo de planificação da aula;

1.1.2. Específicos:

 Identificar os elementos que compõem um plano de aula;


 Descrever as etapas de um plano de aulas.

1.1.3. Metodologia

No entanto, a metodologia utilizada neste trabalho foi descritiva com abordagem qualitativa.

Quanto aos meios de investigação, este estudo se desenvolve como resultado de triangulação
de informação sobre o tema em destaque: (Planificação no Processo de Ensino-aprendizagem).

Aos aspectos teóricos que norteiam este trabalho, vale destacar as pesquisas que trazem
reflexões acerca do plano da aula. Para o alcance do trabalho usou se a biblioteca virtual.

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2. Planificação

Na visão de Giugni (1986,p.167) a organização racional de uma actividade educativa,


como do resto de qualquer actividade, requer necessariamente uma planificação.

Para Bento (2003) defende que, na planificação, são determinados e concretizados os


objectivos mais importantes da formação e educação da personalidade, são apresentadas as
estruturas coordenadoras de objectivos e matéria, são prescritas as linhas estratégicas para a
organização do processo pedagógico.

Segundo Januário (1992), o planeamento é um processo através do qual os professores


aplicam e põem em prática os programas escolares, cumprindo sempre a importante função de
os desenvolver e adaptar às condições do cenário de ensino características da população escolar
e do meio envolvente, do estabelecimento de ensino, e dos alunos das diferentes turmas.

A planificação é o elo de ligação entre as pretensões, imanentes ao sistema de ensino e


aos programas das respectivas disciplinas, e a sua realização pratica, de acordo com Bento
(2003, pp.15-16)

É uma actividade directamente situada e empenhada na realização do ensino que se


consuma na sequência:

a) Elaboração do plano;
b) Realização do plano;
c) Controlo do plano, e;
d) Confirmação ou alteração do plano

De acordo com o pensamento destes autores podemos afirmar que a planificação é um


procedimento importante, e necessário, do trabalho pré-interactivo dos professores, para que o
complexo processo de ensino-aprendizagem se desenvolva com qualidade, harmonia, eficácia e
consiga os resultados desejados.

Através de uma planificação adequada da aula, o professor proporciona mais situações


educativas aos alunos, não há perdas de tempo, confusão no espaço, errada utilização dos

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recursos, melhorando assim todo o processo de ensino-aprendizagem, e o seu próprio
desempenho.

2.1. Etapas da planificação

O primeiro, defendido por Tyler é baseado nos objectivos de aprendizagem, o segundo


defendido por Stenhouse, dá prioridade às actividades a desenvolver.

O modelo de planificação proposto por Tyler (1949) é estruturado nas quatro etapas que se
seguem:

 Seleccionar objectivos específicos;


 Seleccionar actividades de aprendizagem a partir de esses objectivos;
 Organizar as actividades com vista a uma aprendizagem óptima;
 Seleccionar os procedimentos de avaliação para comprovar em que medida se estão
alcançar os objectivos definidos.

Do seu lado Stenhouse (1987) defende que na planificação, é importante seguir uma série
de princípios de procedimento:

a) Principio para a selecção do conteúdo, ou, o que se deve ensinar e aprender;


b) Princípios para o desenvolvimento de uma estratégia de ensino e aprendizagem, ou
como e que se deve ensinar e aprender;
c) Princípios de tomada de decisões sobre as sequências;
d) Princípio para orientar a tarefa de diagnóstico do aluno, e;
e) Princípio para estudar e avaliar o progresso dos alunos.

Para Pieron (1999,p.94) a importância da organização prévia de uma aula que inclua
um número máximo de alunos a participarem nas actividades, em condições óptimas de
segurança constitui um aspecto que nunca pode estar ausente da planificação. Segundo o
mesmo autor, a importância dada a planificação deriva de aspectos didácticos e legais. No
geral a organização do ensino exige seguir programas, manuais e planos de aula.

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2.1.1. O plano de aula

Sabe que o plano de aula faz parte da planificação a curto prazo.

Como é que se planeia uma aula, e como se realiza um plano de aula?

Para responder a esta pergunta pode-se recorrer ao Bento (2003, p.164), que afirma que
sem se elaborar e ter em atenção o plano anual, a unidade didáctica, sem fazer uma análise do
ensino anterior, não se pode planear e elaborar uma boa aula.

Em relação a estrutura da aula, Bento (2003,p.152), afirma que existem numerosas


propostas de esquema de cada plano de aula, cada uma delas caracterizada por uma variedade
de constelações possíveis, mas a finalidade deles é sempre a mesma; alcance dos objectivos
propostos.

De acordo ainda com o Bento (2003) o plano de aulas é adequado e útil quando
possibilita um ordenamento, pleno de sentido, das reflexões do professor acerca da
configuração da aula, que são: (objectivos, conteúdo, métodos e organização).

2.1.2. Etapas de uma Aula

Segundo Libânio (1990), a indicação de etapas do desenvolvimento da aula não


significa que todas as aulas devam seguir um esquema rígido.

Às principais etapas da aula, destacam-se: preparação e introdução da matéria,


tratamento didáctico da matéria nova, consolidação e aprimoramento dos conhecimentos e
habilidades, aplicação, controlo e avaliação.

2.1.3. Introdução e Motivação

Esta etapa, Libânio (1990), a designa de Preparação e Introdução da Matéria, que


compreende as actividades que interligam-se à preparação prévia do professor e dos alunos,
introdução da matéria e a colocação didáctica dos objectivos.

No mesmo contexto, que diz respeito a esta etapa, Mechisso (2011), sublinha que na
Introdução e Motivação, o professor poderá realizar actividades como:

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 Preparação psicológica do aluno para poder aprender (despertar motivos, curiosidade,
necessidades de aprender, colocação didáctica de objectivos, problematizar o
conteúdo);
 Identificação do nível dos alunos, exploração de pré-requisitos (o que os alunos sabem,
e como sabem) para que o professor conduza a aula guiando-se com base nos alunos, e
no fim todos alunos possam assimilar a matéria. O professor deve dialogar sobre o
conteúdo, buscar as experiências e convivência.

No entanto, importa referir que a Introdução e Motivação é a etapa que faz iniciar a aula.

Esta etapa pode estar associada a outras etapas da aula, ou seja, incorporação de elementos
doutras etapas.

2.1.4. Mediação e Assimilação

A Mediação e Assimilação é a etapa que compreende actividades do professor e dos


alunos, isto é, o professor medeia novo conteúdo e o aluno/estudante assimila novo conteúdo.
Portanto, esta etapa pode ser entendida como um caminho que vai do não saber para o saber,
admitindo-se que o ensino consiste no domínio do saber sistematizado e não de qualquer saber.

Mechisso (2011), não foge da visão anterior, este diz que a Mediação e Assimilação
correspondem ao momento em que o professor leva o aluno a construir aquilo que chama-se de
conhecimento.

Nesta etapa, o professor orienta, medeia ou explica a aula. Ora, refere ainda, que o
professor tem que ter em conta que o aluno possui capacidades, experiências, conhecimentos,
hábitos, atitudes e crenças. Assim sendo, o professor deve explorar o mundo do aluno
(económico, social, cultural e político), de forma a trazer a realidade do aluno, a sua percepção.

2.1.5. Domínio e Consolidação

Para Nivagara (2000 p.101-109), esta etapa consiste em aprimorar e fixar


conhecimentos na mente dos alunos, para que esses conhecimentos estejam disponíveis para
orientá-los nas condições concretas de estudo e de vida.

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Refere ainda, que os conteúdos só são realmente dominados, assimilados, apropriados, quando
se atingiu a capacidade de operar com eles nas várias tarefas de aplicação teórica e prática,
entendendo-se desta feita que, esta etapa resulta dos conhecimentos que o aluno/estudante
apreende, porém, para o domínio, o aluno precisa aplicar seus conhecimentos em vertentes
teórica e prática.

2.1.6. Controle e Avaliação

A verificação e controle do rendimento escolar para efeito de avaliação percorrem todas


etapas do ensino, abrangendo assim a consideração de vários tipos de actividades do professor
e dos alunos no processo de ensino. Portanto, a avaliação do ensino e da aprendizagem deve
ser vista como um processo sistemático e contínuo, no decurso do qual obter-se-ão
informações e manifestações sobre o desenvolvimento das actividades docente e discentes,
atribuindo-lhes juízos de valor.

Na visão de Piletti (2004), a avaliação não deve ser vista como um fim, mas sim como
um meio que permite verificar o nível de alcance dos objectivos propostos, identificando
também os alunos que necessitam de uma atenção individual e reformulando o trabalho com a
adopção de procedimentos que possibilitem sanar as deficiências identificadas.

2.1.7. Elaboração de um plano de aula.

Tema: Tipos de frase.

Escola secundaria Josina Machel

Data: 4 de Abril de 2023

Disciplina: Língua Portuguesa - 12ͣ classe, Turma: B

Duração da aula: 45 minutos

Número de alunos: 40

Tempo lectivo: Primeiro

Meios ou recursos de ensino: Meios básicos de ensino (quadro preto, giz, livro e apagador).

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Objectivos

Até no final da aula, o aluno deve ser capaz de:

 Definir os sentidos da frase;


 Identificar os diferentes tipos de frase;
 Conhecer as diferenças de sentido entre frases

Tempo Funções Didácticas Conteúdos Actividades de: Métodos de ensino


Professor Aluno
Cumprimenta os Respondem a
alunos; saudação,
Fala sobre a contribuem
matéria anterior; com as suas
Saudação Esclarece as ideias, tiram as Elaboração conjunta
Recapitulação dúvidas da lição suas duvidam e
da aula passada anterior; entregam o
8min Introdução/Motivação Faz a correcção TPC para
do TPC correcção.

-Orienta os
exercícios e
-Escreve, no -Anotam os
quadro e exercícios e
explica. resolvem
-Faz a
12min Domínio/Consolidação Exercícios de correcção dos -Entregam Trabalho independe
consolidação mesmos para
-Vai correcção
acompanhando
a resolução
nos cadernos
dos alunos

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-Correcção Faz a Rectifica os
dos correcção dos erros a partir Trabalho independente
exercícios no exercícios no da correcção
5min Controle/Avaliação quadro, quadro, feita pelo
-Marcação do -orienta o TPC professor
TPC e marca as -Anota o TPC
-Marcação de presenças no e vai resolver
presenças livro de turma Respondem a
chamada

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3. Conclusão

Em termos conclusivos do presente trabalho, pode se dizer que, como já foi acima
referido, a planificação é um importante, e necessário, do trabalho pré-interactivo dos
professores, para que o complexo processo de ensino-aprendizagem se desenvolva com
qualidade, harmonia, eficácia e consiga os resultados desejados.

Através de uma planificação adequada da aula, o professor proporciona mais situações


educativas aos alunos a fim de alcançar os objectivos por si traçados.

Para o caso do ensino, em destaque, a planificação faz parte de um currículo, em que;


Ribeiro (1993) identifica o currículo como o elenco e sequência de matérias ou disciplinas
propostas para todo o sistema escolar, um ciclo de estudos, um nível de escolaridade ou um
curso, tendo como objectivo, a graduação dos alunos nesse sistema, ciclo, nível ou curso.

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3.1. Referências Bibliográficas

BENTO, O. (1996). Planeamento e avaliação em educação, Lisboa: Livros Horizonte.

GIUGNI, G. (1991). Il corpo e il movimento nel processo educativo della persona. Torino:
Scuola Viva/22

JANUARIO, C. (1996). O currículo e a reforma do ensino. Lisboa: Livros Horizonte.

LIBÂNEO, J. C. (1990). Didáctica. São Paulo, Cortez Editora,

MECHISSO, G. B. (2011). Sebenta de Didáctica Geral, Maputo,

NIVAGARA, D. (2000) Módulo de Didáctica Geral do Ensino a Distância, Maputo, Sd.

PIERON, M. (1999). Para um ensinamento de planificação eficaz, Barcelona: INDE

PILETTI, C. (2004). Didáctica Geral, Editora Ática. SP.

RIBEIRO, A. (1993). Desenvolvimento curricular, Lisboa; Texto Editora.

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