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Escola secundaria de Mocuba

Trabalho de Filosofia

Liberdade como fundamento da acção humana

11ª classe B/C

Discentes: Docente:
Cláudia Adriano Diogo
Eliseu Jorge costa
Bento Rosário
Josefa António

Maio 2023
Escola secundaria de Mocuba

Trabalho de Filosofia

Liberdade como fundamento da acção humana

11ª Classe B/C

Discentes: Docente:
Cláudia Adriano Diogo
Eliseu Jorge costa
Bento Rosário
Josefa António

Maio 2023
Índice
Introdução..........................................................................................................................4

Liberdade...........................................................................................................................5

Tipos de liberdade.............................................................................................................6

Liberdade humana e responsabilidade...............................................................................7

Justiça................................................................................................................................9

Dever.................................................................................................................................9

Noção de Dever...............................................................................................................10

A Sansão e o Mérito........................................................................................................11

Mérito..............................................................................................................................11

A PESSOA COMO UM SER DE RELAÇÕES..............................................................11

A relação consigo próprio...............................................................................................11

A relação com o Outro....................................................................................................12

A relação com o Trabalho...............................................................................................12

A relação com a Natureza................................................................................................13

Conclusão........................................................................................................................14

Bibliografia......................................................................................................................15
Introdução

O conceito de liberdade, na filosofia, designa de uma maneira negativa, a ausência de


submissão, de servidão e de determinação, isto é, ela qualifica a independência do ser
humano. De maneira positiva, liberdade é a autonomia e a espontaneidade de um sujeito
racional. A liberdade é um principio constituite para que o ser humano possa ser julgado
acerca de sua responsabildade em seus atos.
A relação que existe entre liberdade e responsabilidade moral é uma relação de
complementaridade, em que estão ligados entre si. Sendo assim, pode-se questionar
sobre os actos humanos, acerca de sua moralidade e sobre a responsabilidade do homem
por seus actos. LECLERQ1 afirma que: os actos só têm carácter moral na medida em
que nele intervém a liberdade; e seu carácter moral diminui na proporção que diminui a
intervenção do livre-arbítrio”. Logo, a moralidade dos actos consiste em fazer o uso da
liberdade. Quando a liberdade é privada, não há responsabilidade moral. Portanto, o
homem é responsável pelos actos que pratica com liberdade.
Liberdade
Liberdade significa o direito de agir segundo o seu livre arbítrio, conforme a própria
vontade, desde que não prejudique outra pessoa, é a sensação de estar livre e não
depender de ninguém. Liberdade é também um conjunto de ideias liberais e dos direitos
de cada cidadão. Liberdade é classificada pela filosofia, como a independência do ser
humano, o poder de ter autonomia e espontaneidade.

Diversos pensadores e filósofos dissertaram sobre a liberdade como Sartre, Descartes,


Kant, Marx e outros. No meio jurídico, existe a liberdade condicional, que é quando um
indivíduo que foi condenado por algo que cometeu, recebe o direito de cumprir toda, ou
parte de sua pena em liberdade, ou seja, com o direito de fazer o que tiver interesse, mas
de acordo com as normas da justiça. Existe também a liberdade provisória, atribuída a
um indivíduo com cunho temporário. Pode ser obrigatória, permitida (com ou sem
fiança) e vedada (em certos casos como o alegado envolvimento em crime organizado).
A liberdade de expressão é a garantia e a capacidade dada a um indivíduo, que lhe
permite expressar as suas opiniões e crenças sem ser censurado. Apesar disso, estão
previstos alguns casos em que se verifica a restrição legítima da liberdade de expressão,
quando a opinião ou crença tem o objetivo discriminar uma pessoa ou grupo específico
através de declarações injuriosas e difamatórias.
Segundo a filosofia, liberdade é o conjunto de direitos de cada indivíduo, seja ele
considerado isoladamente ou em grupo, perante o governo do país em que reside; é o
poder qualquer cidadão tem de exercer a sua vontade dentro dos limites da lei.
Diversos filósofos estudaram e publicaram suas obras sobre a liberdade como Marx,
Sartre, Descartes, Kant e outros. Para Descartes a liberdade é motivada pela decisão do
próprio indivíduo, mas muitas vezes essa vontade depende de outros fatores, como
dinheiro ou bens materiais.
Tipos de liberdade
Nosso entedimento de liberdade pode nos dar conhecimento sobre o que nos motiva
para que possamos direcionar e mover nossas vidas em direção ao que nós desejamos.
Existem três tipos de liberdade :
 A primeira é o tipo “ser livre de,” uma liberdade das restrições da sociedade.
 A segunda é “ser livre para”, uma liberdade para fazer o que queremos fazer.
 A terceira é “ser livre para ser”, uma liberdade não apenas para fazer o que
queremos, mas para sermos quem temos que ser.
Jean-Jaques Rousseau, o Filósofo Francês do século XVIII, observou que “O homem
nasce livre, e em todas partes ele está acorrentado”, Estas correntes são as regras sociais
opressivas que restringem o que podemos fazer fisicamente. Mas são também correntes
mentais, correntes que restringem o que nós acreditamos que podemos fazer.
Estas são as correntes do condicionamento social, os valores que a sociedade projeta
para nós. Sentimos que não temos poder para nos mover na direção que queremos ir em
nossas vidas.

Em vez disso, sentimos que somos movidos pela sociedade, e por tudo o que a
sociedade julga que é valioso.
Nós podemos querer escalar, mas se a sociedade nos diz que “é louco e perigoso” não
vamos. Somos distanciados da escalada por reagir a um valor socialmente
condicionado. Se permanecemos inconscientes, somente obteremos liberdade se a
sociedade remover as regras, ou se alguém remover nosso condicionamento social. Isso
nunca acontece. A remoção vem de uma mudança interna em nós.
Nós somos “livres de” quando acordamos e percebemos que somos mais valiosos do
que os valores da sociedade ou nosso condicionamento.
A segunda liberdade, para “ser livre para”, emerge depois que somos “livres dos”
valores da sociedade e começamos a criar os nossos próprios. Se valorizamos a
escalada, então vamos escalar apesar dos rótulos loucos e perigosos da sociedade.
Somos movidos não pela sociedade, mas por nossos valores.
Este é um grande passo para frente, mas tende a se manifestar através de nosso ego.
Somos movidos em direção ao que nós experimentamos como fácil, confortável e
prazeroso, e repelidos do que experimentamos como difícil, estressante e doloroso. Em
outras palavras, somos motivados em direção ao prazer e repelidos pela dor.
Isto se manifesta inconscientemente ao se ter ambições em resultados finais, que são
percebidos após a experiência estressante da escalada.
A terceira liberdade, para “ser livre para ser” emerge quando nós desenvolvemos mais
consciência. Precisamos nos mover além de uma abordagem egoísta da vida e como
somos motivados. Precisamos ser os que movemos nossas próprias vidas,movidos pelo
universo. Ser movido pelo universo é render-se ao nosso único propósito para estarmos
aqui.
Se podemos tocar nessa idéia viveremos uma vida autêntica, movida por uma força
maior do que nós.
Uma grande parte de atingir este nível de liberdade tem a ver com aceitar e permitir.
Nós aceitamos nosso estado atual e permitimos qualquer coisa que estiver acontecendo,
seja prazer ou dor, estresse ou conforto, difícil ou fácil. Aceitar e permitir não foca
focam em resultados finais; pelo contrário, eles são processos.
Portanto, uma mudança para esta terceira mudança requer uma mudança de resultados
finais para processos.

Liberdade humana e responsabilidade


O conceito de liberdade, na filosofia, designa de uma maneira negativa, a ausência de
submissão, de servidão e de determinação, isto é, ela qualifica a independência do ser
humano. De maneira positiva, liberdade é a autonomia e a espontaneidade de um sujeito
racional. A liberdade é um princípio constituinte para que o ser humano possa ser
julgado acerca de sua responsabilidade em seus actos. A liberdade qualifica os actos
humanos.
A relação que existe entre liberdade e responsabilidade moral é uma relação de
complementaridade, em que estão ligados entre si. Sendo assim, pode-se questionar
sobre os actos humanos, acerca de sua moralidade e sobre a responsabilidade do homem
por seus actos. LECLERQ1 afirma que: “[...] os actos só têm carácter moral na medida
em que nele intervém a liberdade; e seu carácter moral diminui na proporção que
diminui a intervenção do livre-arbítrio”. Logo, a moralidade dos actos consiste em fazer
o uso da liberdade. Quando a liberdade é privada, não há responsabilidade moral.
Portanto, o homem é responsável pelos actos que pratica com liberdade.
VASQUEZ2 (1996, p. 91) complementa:
Actos propriamente morais são aqueles nos quais podemos atribuir ao
agente uma responsabilidade não só pelo que se propôs a fazer, mas
também pelos resultados ou consequências da sua acção. Mas o problema
da responsabilidade moral está estreitamente relacionado, por sua vez
com o de necessidade e liberdade humanas, pois somente admitindo que
o agente tenha certa liberdade de opção e decisão é que se poder
responsabilizá-lo pelos seus actos.

Assim sendo, não se deve julgar determinado ato segundo uma regra sem antes analisar
as condições que propiciaram certa ação. Se houve para o indivíduo possibilidade de
opção, torna-se possível atribuir-lhe uma responsabilidade moral. Logo, pode-se
levantar a seguinte indagação: quais as condições necessárias e suficientes param poder
atribuir ao indivíduo uma responsabilidade moral pelos seus atos?
VASQUEZ3 evidencia duas condições fundamentais:
“Que o sujeito não ignore nem as circunstâncias nem as conseqüências da sua ação, ou
seja, que seu comportamento possua um caráter consciente. E que a causa de seus atos
esteja nele próprio e não em outro agente que o force a agir de certa maneira, [...], ou
seja, que sua conduta seja livre”.
Assim o conhecimento e a liberdade é que permitem legitimar a responsabilidade moral,
caso contrário, se há falta de liberdade e conhecimento, o indivíduo não possui
responsabilidade moral. Pois, quem não possui consciência para agir, não pode ser
responsável pelos seus atos.
É fundamental para que o indivíduo seja responsável por seus atos que ele não sofra
nenhuma coação externa, isto é, que a ação praticada provenha de dentro da própria
pessoa e não de fora. Pois, quando o indivíduo encontra-se sob coação ou pressão, perde
o controle de seus atos. O individuo é isento de responsabilidade moral quando não teve
possibilidade de agir de outra maneira.
A condição primordial da ação é a liberdade. Liberdade é essencialmente capacidade de
escolha. Onde não existe escolha, não há liberdade. O homem faz escolhas da manhã à
noite e se responsabiliza por elas assumindo seus riscos. Escolhe roupas, amigos,
amores, filmes, músicas, profissões... A escolha sempre supõe duas ou mais
alternativas; com uma só opção não existe escolha nem liberdade.
As escolhas nem sempre são fáceis e simples. Escolher é optar por uma alternativa e
renunciar à outra ou às outras.
Justiça
Segundo Aristóteles a Justiça é uma virtude ou qualidade humana que consiste na
vontade firme e constante de dar a cada um o que lhe é devido.
A Justiça, como virtude, pronuncia-se a existência de uma pessoa que tem o direito a
um objecto que lhe pertence e outra que tem o dever correlativo de o respeitar.
O Filosofo contemporâneo Carlos Dias Hernández, a noção de justiça exprime uma
tripla dimensão.
 Ético-pessoal – mencionado ao homem justo, como virtude pessoal, designa o
carácter e a capacidade de, nas relações com os outros, preferir as exigências morais aos
interesses subjectivos ou de conjugá-los de maneira adequada.
 Ético-social – é sistema político justo, no qual existem relações sociais
institucionalizadas, ordenadas e coerentes, no interior das quais cada um recebe o que é
seu, refere-se aos deveres do estado e da política para com os seus cidadãos, ou seja, dar
cada um aquilo a que tem de direito.
 Jurídico-legal – é o sistema de leis que estabelecem de modo positivo o que é
≪seu≫, o que corresponde a cada um nas diversas circunstanciais e que utiliza os
mecanismos adequados para a sua realização e cumprimento. Aa justiça é aplicada
quando a lei é cumprida.

Dever
O dever é uma realidade interior que leva a vontade a agir de determinada maneira, sem
violentar, mas que, no entanto, se impõe como expressão de uma ordem que impera
absoluta e incondicionalmente e que é cumprimento e respeito pela lei moral. De acordo
com a terminológica de Kant, o dever é um imperativo categórico e não hipotético,
isto é, uma obrigação, visto que impera incondicionalmente. Este imperativo é
obrigatório no sentido em que é fruto da escolha da vontade, ou seja, o indivíduo pode
escolher, é livre de escolher as suas acções, e nem sempre escolhe uma acção por dever,
mas quando decide e opta por uma acção conforme ao dever, quando segue o
imperativo categórico que é uma lei moral, a sua vontade é uma vontade boa e é
realizada uma acção moral.
Por outras palavras, quer isto dizer, que a máxima (a regra particular que seguimos em
determinadas situações e que rege a acção nessa situação particular) deveria poder ser
aceite e utilizada por todos os seres humanos na mesma situação, ou seja, ela poderia
servir de lei universal ou moral para todos os seres humanos, na medida em que seguir
essa lei tornará a acção numa boa acção. A acção moral é aquela que é praticada por
dever, o que quer dizer que em liberdade a vontade escolheu seguir, para orientação da
sua acção, um princípio que poderá ser uma lei universalmente boa para todos os seres
humanos.

Noção de Dever
O Dever é um principio que esta ligado à dimensão Ético-pessoal da pessoa e define o
fim da acção e a sua moralidade. O indivíduo ou cidadão que age de acordo com as
regras morais vigentes, que cumpre as leis do seu Estado, que respeita os outros e os
seus interesses, mas que o faz tendo como motivo principal o medo de ser punido caso
não o faça ou a perspectiva de ser recompensado, pratica acções morais? Ou, caso o
faça, tendo como fundamento o comum respeito pela lei e normas vigentes, estará a agir
moralmente?
A resposta a estas questões e a defesa da acção por dever são princípios defendidos
pelas teorias deontológicas, ou seja, teorias que defendem que as acções são morais se
são realizadas segundo princípios racionais ou dever, por oposição às teorias
consequencialistas que defendem que a moralidade, ou não, de qualquer acção depende
das suas consequências.
Immanuel Kant (1724-1804), foi o primeiro defensor de agir moralmente, que
desenvolveu uma teoria ética que influenciou e continua a influenciar toda a reflexão
filosófica sobre esta temática.
Para que possamos responder às questões colocadas, é necessário que se diferencie a
acção por legalidade da acção moral, pois nesta ultima tem cabimento falar de dever. Do
indivíduo que cumpre as normas e as leis por serem boas e serem legais e estarem de
acordo com os seus interesses, diz-se que age por legalidade. Só do indivíduo que
cumpre as normas e as leis por serem boas e por dever se diz que age em moralidade.
São acções morais as acções realizadas de acordo com a norma, mas realizadas por
dever.
A Sansão e o Mérito
Sansão é o premio ou castigo infligido pelo cumprimento ou violação de uma lei. Por
isso, legalmente, sancionar um acto é sublinhar o seu valor reconhecendo-o como bom,
por meio de elogios ou recompensas, ou tomando-o como mau, através de censuras ou
castigos. Contra o senso comum, a Sansão não se circunscreve ao castigo.

Mérito
Segundo o dicionário da filosofia, o mérito de uma pessoa são as suas qualidades
susceptíveis de admiração, e os méritos morais incluem, geralmente, virtudes como a
benevolência, a temperança, a justiça, a misericórdia, etc. Assim, podemos dizer que o
mérito é também uma virtude, entendendo por virtude a disposição habitual que a
pessoa tem para cumprir o dever, seja qual for a forma pela qual este se apresenta. A
virtude é uma força moral para fazer o bem e adquire-se pela práticas de actos bons. A
caridade, por exemplo, como virtude não consiste em dar esmola uma só vez, mas sim
no hábito de praticar esse acto.
A consciência moral, pilar central do indivíduo na sua dimensão de ser ético-social, ou
seja, enquanto pessoa, além do papel e da capacidade interior de orientação,
desempenha também o papel de avaliação e de crítica do agir Humano.

A PESSOA COMO UM SER DE RELAÇÕES

A relação consigo próprio


Quando falamos sobre a relação da pessoa consigo própria, pensamos na questão moral
da pessoa, na forma como cada um olha para si e se vê enquanto pessoa, a forma como
julga as suas acções e finalidade de vida. Resumindo, ao olhar para dentro e analisar-se,
pois a pessoa só existe enquanto ser social estabelecendo relações com os outros e com
o mundo natural que o cerca.
Na sua relação consigo próprio, a consciência moral é a base do indivíduo. A
consciência tem um papel de orientar, ordenar, avaliar e criticar todas acções humanas.
A consciência está sempre ligada à razão, é a capacidade que permite ao homem
conhecer-se a si próprio.
Agir de acordo com a razão, representa agir eticamente, em liberdade e optar por
princípios universais, isto é, que sejam bons para todos Homens e que regulem a
sociedade com o bem comum como objectivo. Estes princípios podem optar por bem-
estar de todos, ao invés de individual, altruísmo ao invés do egoísmo, paz ao invés de
guerra, compreender e ajudar ao invés de ser hostil, solidário ao invés de competitivo.

A relação com o Outro


A relação da pessoa com o outro pode ser entendida em dois âmbitos opostos: por um
lado o outro pode ser visto como um tu-como-eu e é sempre definido em função do eu.
A pessoa é um eu, mas que não sou eu, o eu se reconhece como tal e se complementa
diante de um outro eu: eu sou eu na minha relação com o outro, nele me projecto como
pessoa.
Por outro lado o outro pode ser visto sob contracto. Aqui a relação com o outro é
estabelecida mediante um contracto que estabelece um conjunto de regras que vinculam
uns aos outros, estabelecendo acordos e vontades. Esses acordos são fundados nas leis
escritas e nas práticas costumeiras e nelas a boa-fé, isto é, a intensão primeira é de não
enganar o outro e não se deixar enganar. Esses contractos são a base da nossa vivência
social, estabelecidas em todas sociedades onde exista um Estado, política e o Direito.
No contracto os homens olham-se reciprocamente como sujeitos com mesmos
interesses, ou mesmo diferentes mas com responsabilidade pelo mútuo benefício.

A relação com o Trabalho


O trabalho pode ser definido como “toda actividade material ou espiritual, com vista a
um resultado útil”. Trata-se de uma actividade que visa a transformação de algo
mediante o uso do corpo e instrumentos. Por esta razão o trabalho humano é resultante
da intervenção internas e externas:
 Intervenções internam – temperamento, carácter, comportamento, intelecto etc.
 Intervenções externas – condições físicas, técnicas, económicas e sócias, que são
natureza externam o trabalhador.
De acordo com Battista Mondim, “O homem quem ele é”, para que uma actividade seja
considerada trabalho e pertinente que seja:
 Uma acção transitória, em que é possível através dela chegar a um resultado
concreto.
 Uma acção que requeira o uso do corpo para transmitir energia, destingindo-se
da
Actividade simplesmente reflexiva.
 Uma acção que implique esforço e perseverança.
Assim, na sua relação com o trabalho o homem não é só chamado em transformar o
mundo em mundo para si, mas também para Humaniza-lo. Pelo trabalho o homem
dignifica-se, pois possui para si um valor antropogénico: “a natureza humana não nasce
perfeita ela aperfeiçoa-se, tempera-se, afina-se, enriquece-se através do trabalho”.

A relação com a Natureza


O homem é criatura e criadora do seu ambiente, que lhe proporciona a subsistência
física e lhe dá a possibilidade de desenvolvimento intelectual, moral, social e espiritual.
Desde que o homem, se adaptou ao modo de vida baseado na técnica e ciência, a sua
relação com a natureza se tornou mais agressiva.
Filósofos como, Francis Bacon (1551-1626), Galileu (1564-1642), René Descartes
(1596-1690) e Isac Newton (1642-1727), vêm a ciência e a técnica como condições que
possibilitam a melhoria das condições da vida e a alimentação da miséria humana. Por
isso estes filósofos preconizavam um tecnicismo na relação do homem com a natureza e
o conhecimento é era encarado como um meio de nominar, manipular e transformar a
natureza.
De facto, nos séculos XVII, XVIII em especial no século XIX, com a revolução
industrial assistiu se uma vontade de dominar e transformar o mundo, cujo lema
(slogan) era: “O Homem transforma a natureza”. Com esta transformação resultou o
crescimento económico, produção e consumismo, aumento da população mundial e de
zonas urbanizadas.
Conclusão
No trabalho dado concluímos que a justiça é uma virtude ou qualidade humana que
consiste na vontade firme e constante de dar a cada um o que lhe é devido, também
concluímos que o dever é uma realidade interior que leva a vontade a agir de
determinada maneira, sem violentar, ainda concluímos que a Sansão é o premio ou
castigo infligido pelo cumprimento ou violação de uma lei, ainda mais concluímos que
mérito de uma pessoa são as suas qualidades susceptíveis de admiração, e os méritos
morais incluem, geralmente, virtudes como a benevolência, a temperança, a justiça, a
misericórdia.
Bibliografia
WEBER, M. Economia e Sociedade: fundamentos da sociologia
compreensiva. Vol II. Brasília, DF: UnB, 1999.
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Revista Veritas, Porto Alegre, v. 51 n. 1, 96-111. Março 2006.
CASSIER, E. A questão Jean-Jacques Rousseau. São Paulo: Ed. UNESP, 1999.
CIRIZA, A. A propósito de Jean Jacques Rousseau: contrato, educação e subjetividade.
Publicado em: Filosofia política moderna. De Hobbes e Marx Boron. Atilio A.
CLACSO, DCP.FFLCH. Departamento de Ciências Políticas, Faculdade de Filosofia.
Letras e Ciências Humanas, USP, 2006.
CONSTANT, B. Da liberdade dos antigos comparada a dos modernos. In: Revista
Filosofia Política, n. 2. Porto Alegre: L&PM, 1995.
DIDEROT, D.; ALEMBERT, J. Le R. D. Verbetes políticos da Enciclopédia. São
Paulo: Discurso Editorial, UNESP, 2006.
LÈVI-STRAUSS, C. J. J. Rousseau, fondateur des sciences de I’ home. In: Prèsence de
Rousseau Neuchâtel (CH): La Baconnière, 1962.
MARQUES, J.O.A. Forçar-nos a ser livres? O paradoxo da liberdade no contrato social
de Jean-Jacques Rousseau. In: Cadernos de Ética e Filosofia Política, 16, PP. 99-114.
São Paulo: Ed. USP, 2010.
GEQUE, Eduardo e BIRIATE Manuel. Filosofia 11. 1ª Ediçao Longman Moçambique 2010

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