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SENAR | BOAS PRÁTICAS NA PRODUÇÃO VEGETAL

Módulo 5
Produção Integrada
da goiaba – Normas
Técnicas
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INTRODUÇÃO
A Produção Integrada (PI) trabalha com
métodos que possam garantir uma correta
utilização de recursos naturais aplicados
no cultivo de vegetais. Assim, busca-se
obter alimentos seguros e com qualidade,
sem contaminação de resíduos de
defensivos agrícolas e que sejam passíveis
de rastreabilidade.

Para implantar a PI, é necessário trabalhar


em todas as etapas do processo produtivo,
selecionando e conhecendo as áreas
de cultivo, as características de solo,
as técnicas de conservação, a educação ambiental, o manejo de insetos, as doenças e plantas
espontâneas, as técnicas de colheita e o beneficiamento, inclusive a correta distribuição dos
vegetais colhidos, sempre buscando a sustentabilidade do meio ambiente, a redução de custos e o
fornecimento de alimentos saudáveis ao consumidor.

Cada vez mais, a comercialização dos produtos agropecuários evolui e apresenta restrições
expressivas com relação às exigências de qualidade e segurança dos alimentos, por conta de
perigos associados à forma de manejar a atividade.

Outro ponto importante da PI é a garantia da rastreabilidade,


visto que é resultado de todas as partes que integram a
cadeia produtiva e que estabelecem o uso de tecnologias
para controlar o sistema efetivamente, monitorando todas
as etapas, desde o uso de insumos e defensivos até a
colocação do produto ao consumidor final.

Assim, veja os objetivos que estudaremos neste módulo.

• Conhecer as áreas temáticas dispostas na Norma Técnica Especializada


para produção de goiaba.

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• Identificar como registrar as anotações de caracterização e os


procedimentos de beneficiamento do material vegetal após a colheita.

• Compreender os itens de verificação de auditoria para produção integrada


de goiaba, os tipos de auditoria e suas demandas.

Durante o estudo neste módulo, você conhecerá alguns exemplos de Produção Integrada, como a
goiaba, mas esse conhecimento também poderá servir como base para outros vegetais.
Vamos começar?

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AULA 1 – INSTRUÇÃO
NORMATIVA/SDC Nº 07
Você poderá iniciar o processo de
aceitação à Prática Integrada, adotando
as Boas Práticas Agrícolas (BPA), conforme
as orientações técnicas propostas pelo
Ministério da Agricultura Pecuária e
Abastecimento (MAPA).

Para começar, é preciso conferir se seu produto vegetal


ou a atividade da propriedade já tem uma Norma Técnica
Específica (NTE)1 a ser seguida. Caso a cultura ainda não
tenha uma NTE publicada, você deverá seguir as Boas
Práticas Agrícolas2 aprendidas ao longo do curso.

As Instruções Normativas definem os métodos que devem ser colocados em prática em cada tipo
de cultivo. Elas são subdivididas em diferentes temáticas (capacitação, recursos naturais, material
propagativo etc.) e contêm condições obrigatórias, recomendadas ou proibidas, de acordo com
a cultura a ser trabalhada.

SAIBA MAIS
Confira a Instrução Normativa nº07, de 11 de Novembro de 2005, que
define as Normas Técnicas e Específicas para a Produção Integrada
da Goiaba:
https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/sustentabilidade/
producao-integrada/arquivos-publicacoes-producao-integrada/
instrucao-normativasdc-no-07-de-11-de-novembro-de-2005-
goiaba.pdf

Primeiro, para estar de acordo com as normas, você deverá ter um caderno de pós-colheita.

Acesse o link a seguir e confira as normas técnicas para algumas culturas:


https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/sustentabilidade/producao-integrada/normas-tecnicas

Veja no link a seguir algumas recomendações de Boas Práticas Agrícolas indicadas no site do MAPA:
https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/sustentabilidade/producao-integrada/boas-praticas-agricolas

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AULA 2 – CADERNO DE
PÓS-COLHEITA

O caderno de pós-colheita, como vimos


ao longo do curso, é o instrumento no
qual se faz o registro de dados da cultura,
após as etapas do campo. É recomendado
manter os registros atualizados e com
fidelidade, para fins de rastreabilidade
de todas as etapas do pós-colheita e de
empacotadoras.
Este caderno deve ter:

Confira a seguir um exemplo de como é o caderno de pós-colheita da produção integrada


de goiaba.

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PRODUÇÃO INTEGRADA
CADERNO DE PÓS-COLHEITA – PARTE I
NOME DA EMPACOTADORA – CNPE ___________

Referente _______ a _________ Lote: _________ a __________ Pelo PIF: __________ a _____________

Responsável: ______________________________
Empacotadora: ______________________________
Endereço:__________________________________
Endereço:__________________________________
_
Município____________ Estado ____ CEP:_______
Município____________ Estado ____ CEP:_______
Telefone: __________ e-mail:___________________
Telefone: __________ e-mail:___________________

2. Controle de Limpeza e Higienização

Data Procedimento Produto utilizado Dose (g/ml 100 l Forma de aplicação Responsável
de água)

3. Controle de regulagem ou aferimento em equipamentos

Equipamento Procedimento Data Responsável

4. Anotações gerais

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CADERNO DE PÓS-COLHEITA – Parte II


NOME DA EMPACOTADORA – CNPE ___________
Ficha nº _______________ Data:- ________/_______/______

Referente _______ a _________ Lote: _________ a __________ Pelo PIF: __________ a _____________

1. Recepção

SUB-LOTE:- _____________ Horário de recebimento:- ________


Origem:-_________________________________________________
Parcela:-__________________ Caderno de Campo:- _____________
Quantidade:- _______________ contentores __________________ Kg
Amostragem:- _____________________________________________
Responsável pela recepção:- __________________________________

2. L avagem/higenização
Produtos utilizados e dose ou concentração:

3. T ratamento pós-colheita
Produtos utilizados e dose ou concentração:

Extra ________________ caixas _______ Kg

Classe 5 Classe 6 Classe 7 Classe 8 Classe 9 Classe 10

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Categoria I

Classe 5 Classe 6 Classe 7 Classe 8 Classe 9 Classe 10

Categoria II

Classe 5 Classe 6 Classe 7 Classe 8 Classe 9 Classe 10

Categoria III

Classe 5 Classe 6 Classe 7 Classe 8 Classe 9 Classe 10

Frutas descartadas:- ______________ caixas ___________ Kg


Equipe / Turno / Responsável:- _________________________________

5. Rotulagem

5. Rotulagem
Selos PIF de _________________ a ___________________
Data / Responsável:- ______________________________________

6. Estocagem / Expedição

LOTE ou PARTE DO LOTE:- _______________________________________


Destino:- _______________________________________________________
Documento :- ___________________________________________________
Data: Responsável:- _________________________________
Data:- ________/________/_______

_____________________________
Assinatura do Responsável pela Empacotadora

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AULA 3 – LISTA DE VERIFICAÇÃO


PARA AUDITORIA
Após um ciclo agrícola com as
propriedades produzindo de acordo com
a Produção Integrada, os responsáveis
podem solicitar auditorias, para confirmar
a adesão e o cumprimento das normas
referentes ao sistema de cultivo da sua
propriedade.

As auditorias de acompanhamento acontecem no campo, nas


unidades de beneficiamento e empacotadoras, de acordo com
um Plano de Auditorias Específico e nas quantidades e períodos
determinados para cada cultura.

Após ocorrer a auditoria, é elaborado um relatório que deverá ser encaminhado à Comissão de
Avaliação da Conformidade, a fim de deixar você informado sobre a necessidade ou não de ações
corretivas, determinando os prazos para adequação ou realização, conforme as normas da prática
integrada em questão.
Confira no infográfico como podem ocorrer as auditorias.

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São aplicadas listas de verificações com a função de avaliar o nível de desenvolvimento e


cumprimento das normas e diretrizes pelos produtores e empacotadoras.

SAIBA MAIS
Confira exemplo da Lista de Verificação da Auditoria da produção
integrada da Goiaba:
https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/sustentabilidade/
producao-integrada/arquivos-publicacoes-producao-integrada/
lista-de-verificacao-goiaba.pdf.

As verificações são aplicadas pelo


Organismo de Avaliação da Conformidade
(OAC), durante as auditorias.
Após concluído o processo das exigências
prévias nas normas técnicas, a produção
passa a conter o Selo Identificador.
O selo pode ser escrito em português e/
ou em inglês e tem o símbolo do Inmetro e
do OAC, o símbolo do MAPA, o logotipo PI
Brasil, a safra correspondente e a numeração
de série geralmente identificada por um
código de barras.

ATENÇÃO
Para ter sucesso durante a etapa de verificação, os
produtores deverão atender a Portaria nº 144, de 31
de julho de 2002, do Instituto Nacional de Metrologia,
Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), que
aborda o esquema de avaliação da conformidade
da produção integrada de frutas e as condições
necessárias para a pessoa física/jurídica ingressar e
participar espontaneamente do processo de PIF e
das recomendações contidas no item 5: Programa de
avaliação da conformidade.
Acesse a portaria no link:
http://www.inmetro.gov.br/legislacao/rtac/pdf/
RTAC000785.pdf

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ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM

ATENÇÃO
No AVA, você será desafiado a responder às atividades
de aprendizagem em formato de um jogo. Lembre-
se de que você só desbloqueará o próximo módulo
depois que finalizá-lo.
As atividades são de extrema importância para a
sua autoavaliação sobre o uso de boas práticas na
produção vegetal!

A produtora Simone produz goiabas no município de Carlópolis, na Região Sul do país,


e quer iniciar a comercialização da fruta para a Europa. Visando atender a legislação
para Produção Integrada de Frutas e as recomendações de Boas Práticas Agrícolas,
ela aderiu ao Caderno de Pós-Colheita e está fazendo o registro de apresentação e
identificação, a planilha de recepção, a planilha de controle da fruta embalada, o controle
de qualidade da fruta expedida, a planilha de controle de limpeza e higienização realizada
na empacotadora. No mês de março de 2020, ela recebeu o corpo técnico para auditoria
e, durante essa averiguação, constatou-se uma não conformidade no processo. Diante
do exposto, qual o motivo da não conformidade verificada na auditoria?

a) A produtora Simone não registrou no caderno de pós-colheita a planilha de controle da


calibração ou aferimento dos equipamentos, uma página para anotações e observações
gerais e uma página para uso exclusivo dos auditores.

b) A produtora Simone não registrou no caderno de pós-colheita a planilha com a


identificação das parcelas das áreas produtivas.

c) A produtora Simone errou ao registrar o controle de limpeza e higienização realizada na


empacotadora, pois essas informações não são pertinentes para manter a rastreabilidade
da fruta visando à exportação.

d) A produtora Simone procedeu de maneira incorreta no momento em que não registrou


no caderno de pós-colheita os veículos de transportes utilizados pelos funcionários dentro
da propriedade.

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CONCLUSÃO

Ao decidir aplicar os conceitos, as metodologias e as informações aprendidas neste curso, você


poderá manter ambientes equilibrados no seu trabalho, poderá utilizar de modo sustentável os
recursos naturais, diminuir o uso de defensivos agrícolas e favorecer a produção de vegetais com
qualidade e sanidade que atendam as demandas e preferências do mercado consumidor, mas que
também atendam a legislação pertinente para cadeia produtiva, elevando sua renda e sua qualidade
de vida.
Esperamos que você tenha gostado do curso e que tenha aprendido mais sobre as boas práticas
na produção vegetal.
Até breve!

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MATERIAIS COMPLEMENTARES
Caso queira conhecer alguns materiais que podem complementar seus estudos, Veja a lista a seguir.

1. Relatório de sustentabilidade
https://inpev.org.br/noticias-publicacoes/relatorio-sustentabilidade/index

2. Identificação e manejo de plantas daninhas resistentes a herbicidas


https://www.agencia.cnptia.embrapa.br/recursos/p_do60ID-6NZVdLomwB.pdf

3. Armazenamento de agrotóxicos
http://www.sistemafaemg.org.br/Conteudo.aspx?Code=5841&Portal=2&ParentCode=54&ParentPath=None&ContentVersion=R

4. Produtores são treinados para construir curvas de nível em Coronel Murta


http://www.sistemafaemg.org.br/Noticia.
aspx?Code=19997&Portal=3&PortalNews=3&ParentCode=103&ParentPath=None&ContentVersion=R

5. Controle biológico: ferramenta de excelência na produção


https://sistemafaep.org.br/controle-biologico-ferramenta-de-excelencia-na-producao/

6. Fruticultura: moscas-das-frutas (biologia e manejo)


https://www.cnabrasil.org.br/assets/arquivos/163-MOSCA-FRUTAS.pdf

7. Controle biológico inimigos naturais


https://www.embrapa.br/documents/1355054/1527012/2014-054_AGRISHOW_GUIA+INIMIGOS_
BANNERS.pdf/468cf75e-a461-a4f6-ded8-45779abd0636

8. Bioecologia, monitoramento e controle da mariposa-oriental na cultura do pessegueiro no


Rio Grande do Sul
https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/48524/1/Circular-Tecnica-86.pdf

9. Impacto do manejo integrado de pragas na redução do uso de agrotóxicos em cultivo


protegido do tomateiro
https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/bitstream/doc/911316/4/COT11012.pdf

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10. Guia para elaboração de rótulo e bula de agrotóxicos, afins e preservativos de madeira
http://portal.anvisa.gov.br/documents/10181/4016300/GUIA++Elabora%C3%A7%C3%A3o+de+R%C3%B3tu
lo+e+Bula+-+vers%C3%A3o+28-9-2017+DIARE.pdf/85a0fb5f-a18b-478c-b6ea-e6ae58d9202a?version=1.0
11. Fruticultura: colheita, pós-colheita e comercialização
https://www.cnabrasil.org.br/assets/arquivos/162-FRUTICULTURA_BASICA.pdf

12. Comitiva do AgroBrazil conhece produção de frutas em Barreiras (BA)


https://www.cnabrasil.org.br/noticias/comitiva-do-agrobrazil-conhece-producao-de-frutas-em-barreiras-ba

13. Colheita e beneficiamento de frutas e hortaliças


https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/CNPDIA-2009-09/11483/1/LI_2008.pdf

14. Normas de classificação – Banana


http://www.ceagesp.gov.br/wp-content/uploads/2015/07/banana.pdf

15. Ceagesp – Classificação


http://www.ceagesp.gov.br/entrepostos/servicos/produtos/classificacao/

16. Embalagens para comercialização de hortaliças e frutas


https://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Repositorio/embalagemhortalicafruta_000febl0dyj02wx5eo006u55t5bnxkvh.pdf

17. Produção integrada de pimentão reduz os custos com defensivos em até 30%
https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/43403081/producao-integrada-de-pimentao-reduz-
os-custos-com-defensivos-em-ate-30

18. Normas técnicas e documentos de acompanhamento da Produção Integrada da Manga


http://docsagencia.cnptia.embrapa.br/manga/SDC183.pdf

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REFERÊNCIAS
ANDRIGUETTO, José Rozalvo et al. Produção integrada de frutas: conceito, histórico e a evolução
para o Sistema Agropecuário de Produção Integrada (Sapi). Brasília, 2006.
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE DEFESA VEGETAL (ANDEF). Manual de tecnologia de aplicação.
Campinas: Linea Creativa, 2004.
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE DEFESA VEGETAL (ANDEF). Manual de armazenamento de produtos
fitossanitários. São Paulo: Linea Creativa, 2005.
CARVALHO, Leonardo Bianco de. Plantas daninhas. Editado pelo autor, Lages, SC, 2013.
DECRETO nº 4.074, de 4 de janeiro de 2002.
DECRETO nº 5.153, de 23 de julho de 2004.
EMBRAPA. Boas práticas agrícolas para produção de alimentos seguros no campo. Brasília, 2005.
Instrução Conjunta (MAPA/Anvisa) 02/2018.
INSTRUÇÃO NORMATIVA MAPA/SARC nº 12, de 29 de novembro de 2001.
INSTRUÇÃO NORMATIVA/SDC nº 07, de 11 de novembro de 2005.
LEI nº 9.974, de 6 de junho de 2000.
LEI nº 10.711, de 5 de agosto de 2003.
LEI nº 12.651, de 25 de maio de 2012.
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO. Secretária de Desenvolvimento
Agropecuário e Cooperativismo. Produção integrada no Brasil: agropecuária sustentável e alimentos
seguros. Brasília: MAPA/ACS, 2009.
OLIVEIRA, M. F. de; BRIGHENTI, A. M. Controle de plantas daninhas: métodos físico, mecânico,
cultural, biológico e alelopatia. Brasília: Embrapa, 2018.
RESOLUÇÃO n. 357, de 17 de março de 2005.

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