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TJDFT, 1ª Vara criminal do Paranoá do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios.

Estágio 3
Aluna: Liellen Santana da Cruz Telhado
Matrícula: 120168006

Processo 20070810012415

O processo em questão trata da audiência de instrução e julgamento que teve por acusados
Herculano Nascimento Bezerra, William Fernandes da Silva, e Edilson Pereira da Silva, com
incidência no artigo 157, §3º, CP. Com as testemunhas: Rodrigo Costa Silva, Luiz Mariz, Rita de
Cassia Moura Faria, Cristiano Azevedo de Carvalho, Saulo Nascimento de Queiroz, Jose Antonio
Pereira da Silva.
A audiência de instrução e julgamento consiste numa sessão pública, que ocorre de portas
abertas, que é presidida por órgão jurisdicional, e conta com a presença e participação das partes,
dos advogados, das testemunhas e dos auxiliares da justiça. O objetivo de tal audiência é tentar
conciliar as partes, é produzir prova oral, debater e decidir a causa. Assim, instruir ( produzir
provas) e julgar ( decidir) oralmente é o fim deste instituto processual1.
Este tipo de audiência não é ato essencial dentro do processo, e pode ser dispensada quando
cabível julgamento antecipado do mérito. Ressalte-se também que as principais atividades
desenvolvidas na audiência de instrução e julgamento, são: a tentativa de conciliação, a arguição do
perito, a produção de prova oral, a apresentação de alegações finais, a prolação de sentença.
A audiência ocorreu aos 15 de maio de 2018, na 1ª Vara criminal do Paranoá, com a Juíza
de direito Ana Letícia Martins Santini, promotor de Justiça Delson Luiz, Defensor dos interesses
dos acusados Herculano e Edelson, e o defensor das testemunhas. Foi constatado que o acusado
Herculano Nascimento Bezerra se encontrava preso por outros autos, mas que fora posto em
liberdade, e que foi expedido o mandado de intimação para o seu endereço, que ainda não retornou,
mas mesmo assim, a defesa de Herculano não se opôs na realização da audiência sem a presença do
acusado.
Assim, procedeu-se ao depoimento da testemunha Rita de cássia, logo após, as partes
dispensaram as oitivas das testemunhas José Antonio Pereira da Silvam Rodrigo Costa da Silva e
Saulo Nascimento de Queiroz, e isto foi homologado pela Juíza de direito.
Logo depois, procedeu-se aos depoimentos das testemunhas Luiz e Cristiano. Os
depoimentos foram gravados no sistema DRS. A Juíza então ordenou que o réu permanecesse
algemado enquanto durasse a audiência alegando que: “ a súmula vinculante nº 11, editada pelo
STF dispões que: só é lícito o uso de algemas em caso de resistência e de fundado receio de fuga ou
de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a
excepcionalidade por escrito.”
Deste modo, a Juíza disse que no caso presente, no fiel cumprimento da mencionada súmula
e atento ao disposto no artigo 794 do CPP, leva a entender que o réu deve ser mantido algemado de
forma a garantir a segurança das pessoas envolvidas neste ato, bem como levando-se em conta o
fato da escolta apresentar fragilidade com apenas dois agentes armados, além do fato de ser exíguo
o espaço da sala de audiência. E, seguida, a defesa e o MP concordaram com tal decisão.
Logo após, a juíza proferiu o despacho: “ Aguarde-se o retorno da precatória da vítima.
Intimados os presentes”. Nada mais houve, então encerrou a audiência.

1DIDIER JR., Fredie; BRAGA, Paula Sarno; OLIVEIRA, Rafael Alexandria de. Curso
de direito processual civil: teoria da prova, direito probatório, ações probatórias, decisão,
precedente, coisa julgada e antecipação dos efeitos da tutela. 10 . ed. Salvador: Ed. Jus
Podivm, 2015. v.2.
Neste sentido, Houve o interrogatório, o MP perguntou a testemunha do fato, à condutora do
flagrante, sobre roubo de veículo, perguntou quem era o réu, e ela respondeu que eram Herculano
Nascimento Bezerra, William Fernandes da Silva, e Edilson Pereira, afirmou que teve a ocorrência
de roubo, de latrocínio, com arma de fogo apreendida.
Já a defesa do William perguntou para a agente se eles eram conhecidos na cidade, e ela
disse que não. O MP ainda ressaltou que houve uma vítima fatal e duas que sobreviveram e deram
as características para o reconhecimento.
Daí a defesa perguntou sobre o reconhecimento, como foi feito, e a agente respondeu que foi
feito por oitiva informal, por voz, e suspeito era similar. E o MP ainda perguntou se as duas vítimas
não fatais conheciam os autores, se tinham medo de falar? E a agente respondeu que não se
recordava.
Depois foi ouvida outra testemunha, um agente, que disse ter confeccionado a ocorrência, e
que em tese haveria um homicídio ou latrocínio. Houve também apreensão de arma de fogo,
tentativa de confronto.
A crítica para o julgamento em questão é positiva, pois a audiência ocorreu conforme os
ditames legais e jurisprudenciais, constatei que ocorreu de portas abertas, foi presidida por órgão
jurisdicional, contou com a presença das partes, dos advogados, das testemunhas e dos auxiliares da
justiça, produziu prova oral. Por isto a crítica é em concordância com a audiência ocorrida, visto
que aconteceu conforme os ditames legais.

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