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1 Psiconeuroimunologia e A Relacao Corpo e Mente
1 Psiconeuroimunologia e A Relacao Corpo e Mente
NATURALISTA
MÓDULO 1
Introdução
O que tem a ver a alma de uma pessoa, seus pensamentos, emoções e
comportamento, com seu sistema imunológico, esse importante guardião da saúde? Ainda
há pouco essa questão era ridicularizada pelos especialistas. Durante décadas foram
concentrados esforços internacionais em desvendar, passo a passo, os segredos das células
imunes (as responsáveis pela defesa do organismo, como os glóbulos brancos). No fim, os
especialistas concluíram que, depois do cérebro, o sistema imunológico é o mais complicado
do corpo e desenvolveu, relacionando-se com milhares de germes hostis, uma precisão letal.
De resto – assim se pensava –, ele era autônomo. Todas as células entendiam tão bem seu
serviço que nenhuma precisava de conselhos. Pensamentos, emoções e tudo que acontecia
na cabeça nada tinham a ver com o sistema imunológico – assim parecia.
Tal conceito estava totalmente de acordo com o paradigma da medicina ortodoxa.
Até pelo menos 400 anos atrás, o dualismo corpo-alma era um axioma, segundo o qual as
moléstias surgem apenas por causa de deslizes no plano físico e não têm nada a ver com a
consciência. Quem acreditava que uma doen¬ça pudesse ser causada por in¬fluências
psicológicas, sociais ou até mentais conseguia no máximo sorrisos de desdém dos médicos
ortodoxos.
A alma como guia do corpo, sua mestra, condutora. O corpo como “morada da alma”, algo perecível,
até mesmo sujo, descartável, pecador, inferior. Esse é um pensamento que tem influenciado todo
sistema cristão, tendo descartes como propulsor dessa concepção filosófica.
Módulo 1 - Psiconeuroimunologia e a relação corpo e mente
Corpo vem do latim corpu, que significa " a estrutura física do homem ou do animal",
"tudo que tem extensão e forma"; "porção da matéria ( definição química); Mente, vem do
latim mente, que significa "faculdade de conhecer", "inteligência", "poder intelectual do
espírito"; "entendimento, alma, espírito".
No livro o Autor declara: “Esta época é, ao mesmo tempo, a mais excitante e a mais frustrante,
em minha vida intelectual, para o estudo da consciência. Excitante porque o tema consciência voltou a ser
respeitado – de fato, quase que considerado central – como matéria de investigação da filosofia, psicologia,
ciências cognitivas e até da neurociência. Frustrante porque todo o assunto ainda está infestado de equívocos e
erros que eu supunha já terem sido superados” . O mistério da consciência p.23.
Embora seu livro seja considerado um campo de batalha intelectual, Searle, de forma
simplista, argumenta que o problema mente-corpo tradicional tem uma "solução simples":
Módulo 1 - Psiconeuroimunologia e a relação corpo e mente
os fenômenos mentais são causados por processos biológicos no cérebro e são eles
mesmos características do cérebro.
Portanto, partindo da premissa que fomos criados por Deus, sabemos que
Ele criou seres dotados de sentimentos e emoções. Seres que sentem as coisas ao
seu redor, não só com a mente, mas também com o corpo.
Fomos feitos a imagem e a semelhança de Deus. E essas características se
apresentam claramente desta forma:
Figura 1
Figura 2
Minhas figuras
As sensações que sentimos são percebidas tanto pela mente quanto pelo
corpo, pois mente e corpo estão intimamente ligados, e influenciam-se
mutuamente. Dessa forma, saúde física e saúde emocional estão intimamente
ligados. Portanto, se queremos ser saudáveis e ter qualidade de vida, precisamos
cuidar não apenas das questões físicas, mas também das nossas emoções.
hoje mesmo buscar ter mente sã e corpo sadio, se quisermos ter qualidade de vida. Pois
o ser humano é um ser com duas estrutura indivisíveis: físico e mental. A imagem e a
semelhança de Deus.
Muito íntima é a relação que existe entre a mente e o corpo. Quando um é afetado,
o outro se ressente. O estado da mente atua muito mais na saúde do que muitos julgam.
Muitas das doenças sofridas pelos homens são resultado de depressão mental. Desgosto,
ansiedade, descontentamento, remorso, culpa, desconfiança, todos tendem a consumir as
forças vitais, e a convidar a decadência e a morte.” A Ciência do Bom Viver, p. 241.
Apresentai ao povo a necessidade de resistir à tentação de condescender com o
apetite. Nisto é onde muitos estão falhando. Explicai quão intimamente relacionados estão
o corpo e a “mente” e mostrai a necessidade de manter a ambos no melhor estado.
Conselhos Sobre Saúde, pág. 543.
Seguindo esse norte, pesquisam comprovam que uma mudança no estado da psique
produz mudança na estrutura de corpo, assim como uma mudança na estrutura de corpo
produz uma mudança na estrutura da psique”.
Os cientistas descobriram um sistema de vasos que liga o sistema nervoso central ao sistema
linfático. Segundo a descoberta, feita com camundongos, o sistema drena os fluídos linfáticos
(chamados de linfa) do cérebro para os nódulos linfáticos. Estes funcionam como filtro,
retirando e destruindo microorganismos que podem estar no fluído.
Todo esse processo que ocorre no cérebro nunca havia sido observado. Segundo os
pesquisadores, os vasos similares aos vasos linfáticos estavam localizados muito próximos
ao vaso sanguíneo, nas meninges, nome dado às membranas que protegem o sistema nervoso
central, o que camuflou sua presença.
Esse estudo foi publicado na revista científica Nature em junho de 2015, escrevendo um
novo capítulo ao que diz respeito a anatomia do cérebro, pois, além de mostrar a existência
de vasos linfáticos no órgão, prova que o cérebro está diretamente ligado ao sistema
imunológico.
Portanto está mais do que provado que a mente atua diretamente sobre o corpo e o corpo
diretamente sobre amente, e que para termos uma mente sadia é preciso ter um corpo sadio.
A prática de atividades
físicas obriga o corpo a acionar
seus sistemas em busca de
equilíbrio e oxigena o cérebro,
promovendo uma vida mais
saudável.
Correlação entre o sistema nervoso central e o sistema imunológico
Β-ENDORFINA NK
No estresse agudo, a depressão clínica é associada com níveis elevados de IL-1β; IL-
6 e IFN-γ e com receptor IL-2 solúvel (sIL-2R). Em celulas mononucleares, no sangue
periférico há expressão reduzida de IL-2 e NK e elevada β-endorfina (β-end1-31).
Assim, a principal diferença no perfil de citocinas entre estresse e depressão é que
IFN-γ diminui no estresse e aumenta na depressão.5
Com relação aos quadros de neoplasias, elevados niveis de TNF-α são encontrados
no câncer de pâncreas, mamas, colo-retal, do ovário, do colo do útero e carcinomas
gastrointestinais. Em se tratando do TNF-α, estudos indicam que qualquer atividade
de PTPase é vedada, fator de regulação interferon 2 (IRF-2) é altamente expressa, ou
a proteina ativadora 1 (AP-1) é inibida, o que resulta na não expressão de moléculas
(MHC I) em superfície da célula e, consequentemente no escape das células malignas
da vigilância imunológica.5
TNF-α
e/ou IRF-2 NF-κB Β2-MG MHC I
IFN-α
AP-1 c-jun/c-fos
ICS Β2-MG MHC I
6. RESULTADOS
Estressores psicossociais afetam diretamente o sistema imunológico, diminuindo sua
eficiência e levando ao aparecimento de doenças e do câncer. Isso vem a estimular
entre os profissionais da saúde e de várias áreas o fato de se entender essa relação.
A função imunológica com relação as experiências da vida mostram sempre novas
descobertas.8 Estudos apontaram modificações contextuais importantes para estudos
da Psiconeuroimunologia e o Câncer, uma transição literalmente alinhada aos
avanços na biologia da célula cancerosa e a valorização resultante para tecidos-alvo
e do contexto em que os tumores prosperam.10
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Baseados nos resultados obtidos dos diferentes artigos, concluímos que estressores
psicossociais afetam diretamente o sistema imunológico, diminuindo sua eficiência e
levando ao aparecimento de doenças e do câncer. Isso vem a estimular entre os
profissionais da saúde e de várias áreas o fato de se estender essa relação.8
8. FONTES CONSULTADAS
1. GARCIA, M.A.A. et al. A Depressão em Pacientes com Câncer: Uma Revisão.
Rev. Cienc. Med., 9(2) , pp. 80-85, 2000.
14. KUMAR, V. et al. Patologia – Bases Patológicas das Doenças. 8º ed. Rio de
Janeiro. Elsevier Editora Ltda. 2010. 1.458p. ISBN: 978-85-352-3459-6.