Universidade Save - Maxixe

Licenciatura em Contabilidade

Cadeira: Introdução à Gestão

Docente: Mestre Rufino Bande

Discente: Cláudio Édio Magul

Capítulo 1: A teoria do negócio

Peter F. Drucker analisa como as organizações estão abandonando os paradigmas da era

industrial em favor de uma abordagem centrada no conhecimento. Ele argumenta que o
conhecimento se tornou o recurso primordial, superando os recursos materiais na obtenção de
vantagem competitiva. Drucker destaca a necessidade de as organizações reestruturarem suas
práticas de gestão para se adaptarem a esse novo ambiente, priorizando a inovação, a criatividade
e o aprendizado contínuo. Ao examinar exemplos como a IBM e a General Motors, ele ilustra
como teorias do negócio desactualizadas podem levar a crises organizacionais. A teoria do
negócio, conforme definida por Drucker, engloba hipóteses sobre o ambiente da organização, sua
missão específica e suas competências essenciais. Ele enfatiza a importância de uma teoria do
negócio clara, consistente e válida para o sucesso organizacional.

Capítulo 2: Planejamento em Tempos de Incerteza

Drucker adentra o desafiador território do planejamento em um mundo marcado pela incerteza.

Tradicionalmente, as empresas confiavam em previsões probabilísticas para moldar seus planos
futuros. No entanto, Drucker argumenta que esse modelo está se tornando cada vez mais obsoleto
diante da volatilidade e complexidade do ambiente empresarial contemporâneo. Em vez disso, ele
propõe um novo paradigma de planejamento, focado na incerteza. Esse novo modelo busca
compreender eventos passados e tendências demográficas, tecnológicas e econômicas para
antecipar o futuro. Drucker destaca a importância de analisar as mudanças estruturais no
ambiente empresarial e de mercado, como mudanças na força de trabalho, avanços tecnológicos e
evoluções nos padrões de consumo. Nesse contexto, ele enfatiza a necessidade de as empresas
desenvolverem competências essenciais para se adaptarem às mudanças e aproveitarem as
oportunidades emergentes.

Capítulo 3: Os Cinco Pecados Mortais dos Negócios

No terceiro capítulo, o autor ressalta a importância do empreendedorismo e da inovação para o

sucesso organizacional na era do conhecimento, argumentando que as organizações precisam
cultivar uma mentalidade empreendedora em todos os níveis, incentivando os funcionários a
buscar constantemente novas oportunidades e soluções criativas para os desafios enfrentados pela
empresa. Portanto, o empreendedorismo não se limita aos fundadores de startups ou empresários
individuais, mas deve ser uma parte essencial da cultura organizacional de todas as empresas,
encorajando a experimentação, tolerar o fracasso e recompensar a inovação, mesmo que isso
signifique desafiar as práticas estabelecidas.

Além disso, Drucker enfatiza a importância de as organizações estabelecerem processos e

estruturas que facilitem a inovação e a tomada de decisões ágeis, incluindo a criação de equipes
multifuncionais e flexíveis, a implementação de sistemas de gestão de ideias e a promoção de
uma cultura de colaboração e compartilhamento de conhecimento.

Capítulo 4: Gestão de Empresas Familiares

Drucker oferece visões sobre a gestão de empresas familiares. Ele destaca regras-chave para o
sucesso dessas empresas, muitas das quais enfrentam desafios únicos devido à dinâmica familiar
envolvida.

A primeira regra é contratar membros da família apenas se eles forem tão competentes e
dedicados quanto qualquer outro funcionário.

A segunda regra é incluir profissionais de fora da família em cargos importantes para trazer
perspectivas externas e experiência necessária.

A terceira regra enfatiza a importância de planejar cuidadosamente a sucessão, confiando a

decisão a uma pessoa externa para evitar conflitos e garantir uma transição suave.

A quarta regra é priorizar os interesses da empresa sobre os interesses individuais da família,

garantindo que a empresa permaneça focada em seus objectivos e metas de longo prazo.
Capítulo 5: Administrar na sociedade reticular

Drucker explora a transição da sociedade industrial para a sociedade reticular de forma

abrangente e detalhada. Ele destaca como essa transição está alterando fundamentalmente as
estruturas e dinâmicas sociais, económicas e organizacionais. Em vez de seguir o modelo
tradicional de emprego em tempo integral, mais pessoas estão optando por se tornarem
empreiteiras ou trabalhadores temporários. Essa mudança está sendo impulsionada por diversos
factores, incluindo avanços tecnológicos, globalização, mudanças nas preferências dos
trabalhadores e nas expectativas em relação ao trabalho. Com o surgimento de plataformas
digitais e aplicativos, agora é mais fácil do que nunca para as pessoas encontrar trabalho
temporário, projectos independentes ou oportunidades de negócios próprios.

Drucker ressalta que essa transição está levando a uma redefinição das relações de trabalho e
emprego. Em vez de depender de empregadores tradicionais para fornecer estabilidade e
segurança, os trabalhadores estão buscando flexibilidade e diversidade em suas carreiras. Além
disso, Drucker explora como as organizações estão tendo que repensar suas estratégias de gestão
de talentos e recursos humanos. Em vez de apenas recrutar e reter funcionários em tempo
integral, elas estão sendo desafiadas a desenvolver estratégias para atrair e engajar trabalhadores
temporários, freelancers e empreiteiros independentes.

Essa transição também está afectando as expectativas dos trabalhadores em relação aos
empregadores. Eles agora esperam mais autonomia, flexibilidade e oportunidades de aprendizado
e desenvolvimento em seus trabalhos. As organizações que não conseguem oferecer esses
benefícios correm o risco de perder talentos para concorrentes mais adaptáveis.

Capítulo 6: Seis regras para Presidentes

Drucker apresenta seis regras para presidentes baseadas em lições da administração pública. Ele
destaca a importância de os presidentes focarem no que precisa ser feito, evitarem a divisão de
esforços, escolherem prioridades importantes e exequíveis, evitarem a certeza excessiva, não se
envolverem em detalhes operacionais e manterem distância de amizades na administração. Por
fim, ele enfatiza a importância de os presidentes se concentrarem em governar após a eleição,
deixando de lado a campanha política.
Referência bibliográfica

Drucker, P. F. (1995). Administrando em tempos de grandes mudanças. Editora Pioneira