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Culpabilidade (Art. 21, 22, 26 e 27) - Introdução À Culpabilidade
Culpabilidade (Art. 21, 22, 26 e 27) - Introdução À Culpabilidade
@prof.diegopureza
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Disciplina: Direito Penal Esquematizado
Tema: Culpabilidade e causas exculpantes
SUMÁRIO
CULPABILIDADE ............................................................................................................................. 3
Imputabilidade .......................................................................................................................... 3
Causas de inimputabilidade: ................................................................................................. 4
# O índio não integrado é considerado inimputável? ........................................................... 7
# Como é tratado a emoção e a paixão? ............................................................................... 7
Potencial consciência da ilicitude.............................................................................................. 7
Erro de proibição ................................................................................................................... 7
Exigibilidade de conduta diversa............................................................................................... 9
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Tema: Culpabilidade e causas exculpantes
CULPABILIDADE
Culpabilidade pode ser definida como o juízo de reprovação que recai na conduta
típica e ilícita que o agente se propõe a realizar. Trata-se de um juízo relativo à necessidade de
aplicação da sanção penal.
Possui os seguintes elementos: imputabilidade, potencial consciência da ilicitude e
exigibilidade de conduta diversa.
Imputabilidade
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Causas de inimputabilidade:
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O Código Penal, quando da sua reforma em 1984, elegeu patamar etário para início da
imputabilidade aos 18 anos, sendo seguido pelo constituinte no art. 228 da Constituição Federal.
Como se percebe, adotou-se o critério biológico, considerando somente a idade,
independente de, se ao tempo da conduta, havia capacidade de entendimento e
autodeterminação.
Consequência: Há uma presunção absoluta de que o menor de dezoito anos possui
desenvolvimento mental incompleto, motivo pelo qual deve ser submetido às
normas do Estatuto da Criança e do Adolescente.
Esta presunção está fundada em orientações de política criminal (não há qualquer
postulado científico).
A maioridade penal é alcançada no primeiro minuto do dia do aniversário de 18 anos
do agente, sendo irrelevantes alterações transitórias e ficcionistas (horário de verão, por
exemplo). Além disso, eventual emancipação civil da capacidade do agente não gera efeitos
penais, uma vez que a preocupação do CP é com a idade cronológica.
Segundo a já estudada teoria da atividade (art. 4º do CP), a imputabilidade em razão
da idade deve ser aquilatada no momento da conduta, e não da produção do resultado.
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Trata-se do chamado sistema vicariante ou unitário, adotado após a reforma do Código Penal de 1984,
segundo a qual não se poderá aplicar as duas sanções ao condenado (pena e medida de segurança),
devendo o magistrado optar por uma das duas.
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(ii) Embriaguez acidental (caso fortuito ou força maior): a embriaguez decorre de caso
fortuito (o sujeito desconhece o efeito inebriante da substância que ingere) ou força maior (o
sujeito é obrigado a ingerir a substância inebriante.
Consequência: Se completa, isenta o agente de pena (art. 28, §1º, do CP) –
hipótese de inimputabilidade; se incompleta, não exclui a culpabilidade, mas
diminui a pena (art. 28, §2º, do CP).
Note que para gerar a inimputabilidade a embriaguez pressupõe as seguintes
condições: causal (proveniente de caso fortuito ou força maior); quantitativo (completa);
cronológica (ao tempo da ação ou omissão); e, consequencial (inteira incapacidade intelectiva
ou volitiva).
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“Art. 61. São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não constituem ou qualificam o crime:
[...] II – ter o agente cometido o crime: [...] l) em estado de embriaguez preordenada”.
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Erro de proibição
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Apesar de não ser possível alegar o desconhecimento da lei como causa dirimente, é
possível, todavia, que o agente, mesmo conhecendo a lei, incida em erro quanto à proibição do
seu comportamento, valorando equivocadamente a reprovabilidade da sua conduta, podendo
acarretar a exclusão da culpabilidade.
b) o agente ignora a lei e a ilicitude do fato. Exemplo: Pedro fabrica açúcar em casa,
não imaginando que seu comportamento é reprovável, muito menos crime previsto no art. 1º
do Decreto-Lei nº 16/66.
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Para a reprovação social, não basta que o autor do fato lesivo seja imputável e tenha
possibilidade de lhe conhecer o caráter ilícito.
Exige-se, ainda, que nas circunstâncias tivesse a possibilidade de atuar de acordo
com o ordenamento jurídico
2 – Obediência hierárquica não manifestamente ilegal (art. 22, segunda parte, do CP).
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Advogado.
Professor de Criminologia, Direito Penal, Direito Processual Penal e Legislação Penal
Especial em diversos cursos preparatórios para concursos públicos.
Pós-graduado em Ciências Criminai.
Pós-graduado em Docência do Ensino Superior
Pós-graduado em Combate e Controle da Corrupção: Desvios de Recursos Públicos.
Palestrante e autor de diversos artigos jurídicos.
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