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Materiais e Tecnologias de

Revestimento - Projetos de Interiores

Brasília-DF.
Elaboração

Mirella Nass Ruggiero

Produção

Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração


Sumário

APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................. 4

ORGANIZAÇÃO DO CADERNO DE ESTUDOS E PESQUISA..................................................................... 5

INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 7

UNIDADE I
MATERIAIS E TECNOLOGIAS DE REVESTIMENTO PARA PISOS...................................................................... 9

CAPÍTULO 1
CARACTERÍSTICAS E APLICAÇÕES............................................................................................. 9

UNIDADE II
MATERIAIS E TECNOLOGIAS DE REVESTIMENTO PARA PAREDES............................................................... 24

CAPÍTULO 1
CARACTERÍSTICAS E APLICAÇÕES........................................................................................... 24

UNIDADE III
MATERIAIS E TECNOLOGIAS DE REVESTIMENTO PARA TETOS................................................................... 39

CAPÍTULO 1
CARACTERÍSTICAS E APLICAÇÕES........................................................................................... 39

UNIDADE IV
REFLEXÕES SOBRE ASPECTOS INERENTES À PRÁTICA PROJETUAL............................................................ 50

CAPÍTULO 1
ESCOLHA DOS MATERIAIS........................................................................................................ 50

CAPÍTULO 2
CONCEPÇÃO DO ESPAÇO..................................................................................................... 53

CAPÍTULO 3
ELEMENTOS IMATERIAIS: COR E LUZ.......................................................................................... 55

REFERÊNCIAS................................................................................................................................... 67
Apresentação

Caro aluno

A proposta editorial deste Caderno de Estudos e Pesquisa reúne elementos que se


entendem necessários para o desenvolvimento do estudo com segurança e qualidade.
Caracteriza-se pela atualidade, dinâmica e pertinência de seu conteúdo, bem como pela
interatividade e modernidade de sua estrutura formal, adequadas à metodologia da
Educação a Distância – EaD.

Pretende-se, com este material, levá-lo à reflexão e à compreensão da pluralidade


dos conhecimentos a serem oferecidos, possibilitando-lhe ampliar conceitos
específicos da área e atuar de forma competente e conscienciosa, como convém
ao profissional que busca a formação continuada para vencer os desafios que a
evolução científico-tecnológica impõe ao mundo contemporâneo.

Elaborou-se a presente publicação com a intenção de torná-la subsídio valioso, de modo


a facilitar sua caminhada na trajetória a ser percorrida tanto na vida pessoal quanto na
profissional. Utilize-a como instrumento para seu sucesso na carreira.

Conselho Editorial

4
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa

Para facilitar seu estudo, os conteúdos são organizados em unidades, subdivididas em


capítulos, de forma didática, objetiva e coerente. Eles serão abordados por meio de textos
básicos, com questões para reflexão, entre outros recursos editoriais que visam tornar
sua leitura mais agradável. Ao final, serão indicadas, também, fontes de consulta para
aprofundar seus estudos com leituras e pesquisas complementares.

A seguir, apresentamos uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos
Cadernos de Estudos e Pesquisa.

Provocação

Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.

Para refletir

Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.

Sugestão de estudo complementar

Sugestões de leituras adicionais, filmes e sites para aprofundamento do estudo,


discussões em fóruns ou encontros presenciais quando for o caso.

Atenção

Chamadas para alertar detalhes/tópicos importantes que contribuam para a


síntese/conclusão do assunto abordado.

5
Saiba mais

Informações complementares para elucidar a construção das sínteses/conclusões


sobre o assunto abordado.

Sintetizando

Trecho que busca resumir informações relevantes do conteúdo, facilitando o


entendimento pelo aluno sobre trechos mais complexos.

Para (não) finalizar

Texto integrador, ao final do módulo, que motiva o aluno a continuar a aprendizagem


ou estimula ponderações complementares sobre o módulo estudado.

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Introdução
Neste curso, iremos abordar os diferentes tipos de materiais utilizados nos projetos de
interiores, suas características e respectivas aplicações.

Os materiais serão divididos de acordo com sua constituição, e estão atrelados a sua
função e consequentemente a sua aparência, aspecto.

Cada material tem suas próprias características; o conhecimento das quais implicará
na decisão correta, quanto ao emprego do melhor material para determinado fim, além
dos aspectos estéticos que tal escolha implicará.

Quando escolhemos um determinado revestimento de parede, por exemplo, temos


que levar em conta sua durabilidade, que está vinculada ao tipo de material de que
este revestimento se origina; assim como atentarmos a sua aplicação, se é de fácil
manuseio, ou é necessário contratarmos mão de obra especializada para sua aplicação.
Por fim, deve-se atentar para o efeito estético que resultará do uso desse material, como
sensações de aconchego, sobriedade etc. e sua aplicação em conjunto ao contexto, na
conversa com os outros materiais existentes. Cabe perguntar: este piso de pedra irá
combinar com o forro de madeira? É este estilo de casa que eu quero apresentar ao
cliente? É este tipo de casa que o cliente quer?

A seleção de material parece, a princípio, uma simples escolha, mas deve levar em
consideração todos os fatores que a envolvem: custo (orçamento disponível para a
compra de materiais para a execução da obra); estilo estético (gosto e estilo do cliente)
ou sua proposta de projeto para aquele ambiente; e material adequado, levando em
conta sua durabilidade, aplicação e novamente custo.

O curso divide-se em três unidades destinadas aos Materiais e Tecnologias de


Revestimento – com enfoque para: Pisos/Paredes/Tetos. A quarta Unidade, traz uma
reflexão acerca da concepção de projeto e escolha dos materiais.

As três primeiras unidades trazem uma descrição breve do material utilizado para
determinado fim (piso/parede/teto) e suas características, assim como outras
informações como aplicação e manutenção.

Alguns exemplos dos principais materiais utilizados serão demonstrados com


imagens que ilustram o material e sua aplicação no ambiente. Um bom entendimento
do correto uso de cada material salientará sua importância dentro do resultado final

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da obra. Aplicado à concepção da arquitetura de interiores, o material será o retrato
interno da criação e intenção do arquiteto.

Cada foto selecionada propõe uma reflexão e análise envolvendo as possibilidades


de aplicação dos materiais, bem como sua composição com os demais materiais do
ambiente e paleta cromática adotada. São demonstrados diferentes estilos de projetos
e abordagens dos materiais, com intuito de ampliar o repertório acerca de referências
de projetos de arquitetura e design de interiores.

A maneira como os materiais são utilizados em um ambiente interno


pode ser influenciada pelo contexto histórico, cultural e físico, assim
como pelas tradições e convenções absorvidas pelo projetista. Os usos
tradicionais dos materiais e as técnicas de construção tradicionais
irão variar de acordo com o tempo e o lugar; as práticas estabelecidas
podem ser adotadas ou adaptadas pelos designers de interiores, e
esses métodos podem ser combinados com tecnologias e materiais
contemporâneos ou substituídos por eles. Ao selecionar e combinar
materiais, os arquitetos também podem se inspirar em outras práticas
culturais de sua sociedade ou da comunidade global, mais ampla, de
artistas e outros projetistas, como pintores, escultores, estilistas e
desenhistas de móveis (BROWN; FARRELLY, 2014, p. 7).

Objetivos
»» Introduzir o aluno nas diferentes gamas de materiais e tecnologias de
revestimento.

»» Ampliar as possibilidades de uso dos materiais, incrementando o


repertório de conceitos e estilos.

»» Expandir as possibilidades do pensamento arquitetônico no contexto do


projeto.

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MATERIAIS E
TECNOLOGIAS DE UNIDADE I
REVESTIMENTO PARA PISOS

CAPÍTULO 1
Características e aplicações

Piso

O piso é uma das partes fundamentais de uma casa, fazendo uma analogia à fundação
da casa que deve ter uma estrutura forte. É o piso que recebe toda a carga bruta do
deslocamento de seus moradores, do vai e vem do dia a dia, e de sustentar e apoiar
móveis, mobílias e utensílios.

O piso de uma casa de campo, difere de uma pequena fábrica. O correto emprego do
material, à intenção de seu uso determinará a correta escolha do melhor material,
que irá se adequar ao uso específico, proporcionando um melhor manuseio e
durabilidade.

Tipos de piso

Os tipos de piso, como mencionado, devem se adequar às necessidades e


expectativas do contratante e como sugestão dos arquitetos dentro do projeto,
levando em conta seu uso e aspectos como sua aparência e durabilidade.

Pisos de madeira

A madeira é um material orgânico. Além dos fins estruturais nas construções, é


amplamente utilizado para interiores, sendo um revestimento para pisos e paredes,
que pode ir de um aspecto rústico ao refinado.

Uma de suas principais características é o fato de aquecer o ambiente, ao contrário do


que ocorre com os pisos frios, como azulejos ou porcelanatos.

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UNIDADE I │ MATERIAIS E TECNOLOGIAS DE REVESTIMENTO PARA PISOS

O uso da madeira, além de trazer um maior conforto ao ambiente, traz uma sensação
acolhedora e aconchegante, fazendo com que os ambientes fiquem mais convidativos.

Aplicação

A aplicação do piso de madeira deve seguir algumas normas que serão citadas a seguir,
mas sabe-se que a sua correta aplicação deve ser feita sobre o contrapiso, bem nivelado.

Figura 1. Esquema de colocação do piso.

PISO DE MADEIRA

CONTRAPISO DE MANTA
CONCRETO ASFÁLTICA

LASTRO DE
CONCRETO

Fonte: Autora.

Ao escolher o piso de madeira, como material de acabamento, leva-se em conta que


será necessária uma manutenção periódica posterior, aplicando uma nova camada
protetora, impermeabilizante como o verniz, além de lixamento e, em alguns casos,
troca de tábuas ou tacos. Deve-se ter em mente tais fatores na hora da escolha ou
sugestão deste material no início da obra, na fase de orçamento, junto ao cliente.

Assoalho de madeira

O piso maciço ou assoalho, é o piso clássico que utiliza tábuas de madeira, normalmente
largas, que cobrem a extensão do local.

Esse tipo de piso é bem resistente, dando uma sensação de conforto e aquecimento
térmico ao ambiente. Com caráter rústico e tempo de uso elevado, suporta bem a carga
diária e alto tráfego; porém, há possibilidade de riscar com facilidade – mas, pode-se
empregar um verniz ou produto que funcione como uma camada protetora, ampliando
sua durabilidade. Outra opção, que faz parte da manutenção, no caso da madeira
bruta, é o lixamento, quando estiver muito riscada.O assoalho é desgastado e desbota
caso receba luz solar direta, comprometendo seu aspecto, o que também ocorre com
qualquer outro material similar.

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MATERIAIS E TECNOLOGIAS DE REVESTIMENTO PARA PISOS │ UNIDADE I

Figura 2. Piso: assoalho de madeira.

Fonte: <https://www.flickr.com/photos/jurgenleckie/9004730547>.

Tacos de madeira

São pedaços de madeira maciça, encaixadas e acopladas uma a uma, com espessuras
menores que as das tábuas de madeira e, normalmente, são aplicados direto no
contrapiso.

Figura 3. Piso: taco de madeira.

Fonte: <https://www.flickr.com/photos/157089461@N07/41729929984>.

Similar ao assoalho, os tacos de madeira seguem basicamente as mesmas


características, no que diz respeito à durabilidade e cuidados, como a necessidade
de uma camada protetora. Também podem ser lixados e envernizados novamente
caso seja necessária sua manutenção. Com o tempo, devido ao uso e dilatação da
madeira, é provável que os tacos se soltem, para isso deve se fazer uma calafetação,
que consiste em preencher os espaços que surgem entre os tacos fazendo com que
eles voltem a ficar unidos.

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UNIDADE I │ MATERIAIS E TECNOLOGIAS DE REVESTIMENTO PARA PISOS

Pisos de pedra
Dentre os diversos tipos de pisos de pedra encontrados, podemos dividi-los entre os
pisos indicados para áreas externas, os pisos para áreas internas, e aqueles que podem
ser utilizados em ambas as situações, como a Ardósia, por exemplo.

Os pisos de pedra são uma forma de revestimento do pavimento que alia robustez,
estética e praticidade.

Alguns pisos requerem mais trabalho na sua instalação como os pisos de pedras
irregulares encaixadas uma a uma. Outros já vêm cortados em formas retas, facilitando
a aplicação.

Alguns tipos de pedras são mais suscetíveis a escurecer devido à sujeira e poluição.
Existem pisos de pedra que são mais escorregadios quando molhados, ou quando
é utilizado algum produto de limpeza. Devemos considerar também fatores de
segurança ao aplicar determinado piso em áreas como piscinas e escadas, sejam elas
áreas de grande circulação ou não, se é uma casa com crianças etc.

Aplicação
A aplicação do piso de pedra pode variar, dependendo se sua utilização é em
ambiente externo ou interno. De acordo com o material, haverá um correto
manuseio.

No exemplo abaixo, usa-se ardósia para aplicação no piso e espelho da escada.

Figura 4. Exemplo de aplicação da ardósia.

Fonte: Autora.

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MATERIAIS E TECNOLOGIAS DE REVESTIMENTO PARA PISOS │ UNIDADE I

Alguns exemplos de pisos de pedra são: mosaico português, ardósia, pedra mineira,
pedra Goiás, além dos vários tipos de mármores e granitos.

Figura 5. Mosaico Português.

Fonte: Autora.

Figura 6. Piso de pedra.

Fonte Autora.

Figura 7. Ambiente com piso de pedra.

Fonte: <https://www.flickr.com/photos/tammymanet/2848942159>.

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UNIDADE I │ MATERIAIS E TECNOLOGIAS DE REVESTIMENTO PARA PISOS

Figura 8. Ambiente com piso de granito.

Fonte: <https://www.flickr.com/photos/eager/8102172255>.

Pisos de cerâmica

A cerâmica é uma escolha quando se quer aliar durabilidade com praticidade, por ser
um piso resistente e fácil de limpar. Por se tratar de um material natural, a cerâmica
ajuda a manter a temperatura mais fresca em locais onde o clima é mais quente.

Trata-se de um material mais acessível, amplamente utilizado em praticamente todas


as situações.

Figura 9. Piso de cerâmica.

Fonte: Autora.

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MATERIAIS E TECNOLOGIAS DE REVESTIMENTO PARA PISOS │ UNIDADE I

Aplicação

Para assentar um piso de cerâmica deve-se preparar o contrapiso, com antecedência,


para, em seguida, aplicar a argamassa e o azulejo, calculando as peças e tomando
cuidado com os espaçamentos.

Resistência

Outro fator que se deve levar em conta na aplicação do piso de cerâmica é o PEI
(Porcelain Enamel Institute Instituto de Esmalte para Porcelana), um índice que
qualifica a resistência do piso à abrasão. O desgaste do esmalte em função do tráfego
que este piso suporta é calculado por este índice que vem indicado nas embalagens, e
nos orienta na aplicação de seu uso interno ou externo.

»» PEI – 0 Paredes.

»» PEI – 1 Trânsito baixo.

»» PEI – 2 Trânsito moderado.

»» PEI – 3 Trânsito médio.

»» PEI – 4 Trânsito alto.

»» PEI – 5 Trânsito intenso.

Figura 10. Piso de cerâmica.

Fonte: <flickr_creativecommons>.

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UNIDADE I │ MATERIAIS E TECNOLOGIAS DE REVESTIMENTO PARA PISOS

Figura 11. Ambiente com piso de cerâmica.

Fonte: <https://www.flickr.com/photos/30478819@N08/38459516031>.

Pisos de porcelanato

Utilizado em ambientes internos e externos, o porcelanato segue as recomendações


de aplicação da cerâmica, sendo este um piso compacto, composto por argila e outras
matérias que lhe conferem maior resistência.

Fácil de limpar, existe uma ampla gama de tamanho das peças, como resistência e
características de uso próprias.

Aplicação

Seguindo as mesmas especificações da aplicação da cerâmica, o piso porcelanato


requer um contrapiso nivelado, e segue determinações de uso quanto ao tráfego, PEI, e
aplicação, sendo esta interna ou externa.

Figura 12. Ambiente com piso de porcelanato.

Fonte: <https://www.flickr.com/photos/gaetanovirgallito/32727879004>.

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MATERIAIS E TECNOLOGIAS DE REVESTIMENTO PARA PISOS │ UNIDADE I

Pisos de pastilha de vidro


As pastilhas de vidro são normalmente utilizadas na aplicação de paredes em
revestimento de banheiros, cozinhas e áreas comuns. Mas é possível instalar as pastilhas
de vidro como opção de piso, desde que, nas juntas entre as peças, o rejunte cubra toda a
área, garantindo que o piso não fique escorregadio, já que esta é uma das preocupações
ao utilizar este piso.

Figura 13. Ambiente com piso de pastilhas de vidro.

Fonte: <https://www.flickr.com/photos/merelymel/408232700>.

Aplicação
Para uma correta aplicação, é necessário um bom assentamento, nivelando o piso.
Normalmente, são placas prontas, compostas por várias pastilhas, e sua aplicação se
assemelha a de outros pisos, como o porcelanato.

Existe também um nivelador de pastilha que, como um molde, ajuda na aplicação


correta das pastilhas, uma vez que as placas de pastilha são de difícil aplicação por
serem maleáveis.

Figura 14. Molde para aplicação de pastilhas de vidro.

Fonte: <https://www.lojadoazulejista.com.br/p5-nivelador-de-pastilhas>. Acesso em: 1/10/2018.

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UNIDADE I │ MATERIAIS E TECNOLOGIAS DE REVESTIMENTO PARA PISOS

Piso de cimento queimado

O piso de cimento queimado propicia um aspecto rústico e ao mesmo tempo moderno.


É um piso com características de um piso frio, não deixando o ambiente aquecido.

Pode obter diferentes colorações com o uso do pó xadrez, para aqueles que querem
optar por uma cor que foge a do cimento.

Em sua composição, este piso é feito basicamente de areia e cimento. Existem produtos
prontos no mercado que simulam seus aspecto e resultado, mas, em ambos os casos,
o cuidado começa na aplicação, para minimizar o aparecimento de trincas, que fazem
parte deste piso.

Aplicação

O correto nivelamento do contrapiso, livrando-o de sujeiras, tintas, pó e gordura, é o


ponto de partida para a correta aplicação do piso.

Deve-se testar o piso com uma ponteira, para averiguar as áreas propícias a rachaduras.
A queima do cimento é uma das últimas etapas, aplicando-se um pouco de cimento
sobre o piso já pronto, para queimá -lo.

Figura 15. Ambiente com piso de cimento queimado.

Fonte: <https://www.flickr.com/photos/jurgenleckie/9005919660>.

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MATERIAIS E TECNOLOGIAS DE REVESTIMENTO PARA PISOS │ UNIDADE I

Figura 16. Ambiente com piso de cimento queimado.

onte: <https://www.flickr.com/photos/wicker-furniture/14789338262>.

Piso de borracha

O piso de borracha tem diferentes texturas e cores. É um piso muito útil pois pode ser
lavado, é de fácil limpeza e antiderrapante, que, em locais como escolas e lar de idosos,
torna-se a principal vantagem.

Figura 17. Piso de borracha.

Fonte: <https://www.flickr.com/photos/forthefunofit/6936008877>.

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UNIDADE I │ MATERIAIS E TECNOLOGIAS DE REVESTIMENTO PARA PISOS

Aplicação

O piso, ou contrapiso nivelado, livre de sujeiras irá propiciar uma aplicação mais
uniforme do piso de borracha.

Para um melhor aproveitamento e uniformidade das peças, indica-se abrir diferentes


caixas e misturar as peças para não provocar eventuais diferenças de cores das
remessas de peças.

A aplicação é feita por adesivação na parte debaixo das peças, colando-as no piso ou
contrapiso do local. Observe se existe algum componente químico ou elemento que não
seja compatível com a cola das placas, o que pode acarretar o descolamento futuro das
peças.

Piso laminado

Inspirado nos pisos de madeira, os pisos laminados são uma ótima opção para aqueles
que buscam um aspecto de madeira, com um custo reduzido, e de fácil aplicação.

Deve-se salientar que esses pisos são mais frágeis, não suportam muita carga, e são
sensíveis à umidade.

Figura 18. Ambiente com piso laminado de madeira.

Fonte: <https://www.flickr.com/photos/associatedfabrication/7203556394>.

Aplicação

O piso laminado requer um contrapiso bem alinhado, sem ondulações ou


irregularidades na superfície, ou seja, o contrapiso deve estar plano para receber a
manta, e, posteriormente, as lâminas, que são peças bem finas.

20
MATERIAIS E TECNOLOGIAS DE REVESTIMENTO PARA PISOS │ UNIDADE I

As lâminas são encaixadas umas nas outras.

Figura 19. Ambiente com piso laminado de madeira.

Fonte: <https://www.flickr.com/photos/jinkazamah/2476754901>.

Piso vinílico

O piso vinílico, também chamado de PVC, é uma boa opção no que se refere ao custo
e à instalação. Parecido com o piso laminado, no que diz respeito aos cuidados com
umidade, água, e aplicação, este piso é mais fino, porém não emite sons ao andar, como
o laminado costuma fazer. Por ser muito fino, é necessário observar a especificação de
cada piso, para que não seja marcado por móveis ou sapatos com salto fino. É um piso
recomendado para áreas internas secas.

Aplicação

Na aplicação deste piso, é necessário um contrapiso impecável, limpo e sem


irregularidades, pelo fato dele ser muito fino e deixar sentir o que está por baixo, seja
buracos, sujeiras etc.Este piso é apresentado em peças, lâminas, que são aplicados
com cola específica. Este piso pode ser aplicado sobre pisos já existentes, mas deve-se
considerar a orientação do nivelamento do contrapiso, aplicando argamassa, até que
esta esteja lisa e nivelada.

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UNIDADE I │ MATERIAIS E TECNOLOGIAS DE REVESTIMENTO PARA PISOS

Figura 20. Ambiente com piso vinílico.

Fonte: <https://www.flickr.com/photos/tammymanet/2368029862>.

Piso com carpete


Fabricado em diversas texturas e cores, o carpete é um piso que traz conforto e aquece
o ambiente, lembrando as peles utilizadas no passado.

Sua composição pode variar, podendo ser de nylon, poliéster, entre outros materiais.
Ele isola o ruído ao andar, além de amortecer melhor uma eventual queda.

Acumula bastante pó, por isso requer limpeza com panos levemente úmidos e uso do
aspirador.

Figura 21. Ambiente com piso de carpete.

Fonte: <https://www.flickr.com/photos/fat_tony/1397802188>.

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MATERIAIS E TECNOLOGIAS DE REVESTIMENTO PARA PISOS │ UNIDADE I

Aplicação

Assim como os demais pisos, antes de aplicação do carpete, o piso que o receberá
deverá estar limpo, liso e livre de umidade ou infiltrações.

O carpete poderá ser colado diretamente no solo ou em uma manta que será distribuída
por toda a área que será coberta pelo carpete.

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MATERIAIS E
TECNOLOGIAS DE UNIDADE II
REVESTIMENTO
PARA PAREDES

CAPÍTULO 1
Características e aplicações

Parede
As paredes são umas das principais partes da uma casa. Dentro de um ambiente, a
parede é a área que mais ocupa nosso campo visual. Este fato faz com que a escolha
adequada do revestimento deva ser feita com mais atenção.

O material utilizado no revestimento da parede pode ser utilizado forrando toda a


parede ou apenas como detalhes em parte dela. Uma forração com pedras ou mesmo
com uma tinta de cor específica, irá acarretar na sensação que teremos de aconchego,
ou mesmo no tamanho do espaço, que nos parecerá maior ou menor em função dessa
escolha.

Tipos de paredes
Os tipos de materiais que irão fazer parte da parede, devem levar em conta os fatores
estéticos e a sensação que eles transmitem. Como mencionado, a escolha também terá
que estar ajustada ao orçamento da obra. Vale atentar para a idade do imóvel na hora
da reforma, assim como para o perfil do cliente. Os apartamentos novos têm paredes
muito finas, o que faz vazar o som do vizinho. Um revestimento interno na parede pode
amenizar esta situação. Já as construções antigas são feitas com o uso de materiais de
uma outra época.

Paredes com madeira


A madeira, como revestimento para paredes, pode ser a mesma utilizada na estrutura da
casa, na fase de construção, ou posteriormente como placas, cobrindo todo o ambiente.
Pode, também, ser aplicada como um detalhe em parte da parede. Este material, com
espessura e espécie da madeira variada, poderá trazer um aquecimento térmico ao
ambiente, uma sensação aconchegante, dando um aspecto de cabana ou campo.

24
MATERIAIS E TECNOLOGIAS DE REVESTIMENTO PARA PAREDES │ UNIDADE II

Aplicação

Para se aplicar a madeira como revestimento na parede, deve-se atentar para qual tipo
de madeira estaremos utilizando, se em placas ou em ripas, para fazermos o melhor
aproveitamento do material no local. No caso de um deck, utilizam-se ripas, formando
como se fosse um estrado. Outra opção são placas prontas, ou mesmo piso laminado
que é colado. A parede que irá receber tudo, deve estar nivelada.

Figura 22. Ambiente com parede de madeira.

Fonte: <http://www.decorevel.fr/inspiration-salle-de-jeux-nature.html>.

Figura 23. Ambiente com parede de madeira.

Fonte: <https://www.flickr.com/photos/tanaka_juuyoh/3634843540>.

25
UNIDADE II │ MATERIAIS E TECNOLOGIAS DE REVESTIMENTO PARA PAREDES

Paredes com pedra

A parede de pedra é sólida e vem sendo usada como método construtivo há muito tempo
ao longo da história, em diversas culturas. Resistente, ela transmite uma sensação de
aconchego, e suporta diversas situações.

Hoje em dia, se não for parte da construção, a pedra pode ser utilizada apenas como
revestimento, tanto interno quanto externo.

Na parte interior da casa, esta aplicação pode resultar, dependendo da pedra, em um


ambiente rústico ou sofisticado.

Figura 24. Ambiente com parede de pedra.

Fonte: <https://www.flickr.com/photos/37873897@N06/3994314367>.

Aplicação

A aplicação do revestimento de pedra requer que a parede esteja previamente preparada


e livre de umidade, para assim receber a argamassa que irá apoiar as placas de pedra
que irão compor a parede.

26
MATERIAIS E TECNOLOGIAS DE REVESTIMENTO PARA PAREDES │ UNIDADE II

Paredes com cerâmica

A parede revestida com cerâmica é uma opção mais barata do que as paredes com
revestimento de madeira ou pedra e pode ser empregada como destaque de ambientes.

A cerâmica, por ser um material resistente e de fácil limpeza, é uma opção para quem
busca estes aspectos além do fator estético. É um material de alta durabilidade.

Figura 25. Parede revestida com cerâmica.

Fonte: <https://archtrends.com/projeto/portobellosa/colecao-portobello-2018/8595>.

Aplicação

A superfície lisa e regular, livre de umidade, será a base para a aplicação da cerâmica
como elementos internos e externos. Seguida da argamassa e todo preparo prévio
contra infiltrações, as peças de cerâmica aplicadas na parede irão formar um elemento
bonito, dando um toque colorido e sofisticado aos ambientes.

Paredes com porcelanato

As paredes revestidas com porcelanato são opções práticas e vêm sendo utilizadas,
cada vez mais, como elemento decorativo.

O porcelanato é de fácil manutenção, e pode ser aplicado apenas como um destaque de


trechos da parede ou como divisória de ambientes, assim como também, com parte do
ambiente fechando uma parede completa.

27
UNIDADE II │ MATERIAIS E TECNOLOGIAS DE REVESTIMENTO PARA PAREDES

As inúmeras opções de texturas, cores, formas e estampas fazem deste revestimento


funcionar como uma pincelada criativa nos ambientes.

Figura 26. Ambiente revestido com porcelanato.

Fonte: <https://www.portobello.com.br/produtos/dicas/porcelanatos-em-grades-formatos-sem-limites-para-a-criatividade/13>.

Aplicação

A aplicação deste tipo de revestimento para as paredes utiliza o mesmo processo da


aplicação de azulejos. Deve-se preparar a superfície, deixando-a livre de sujeira e com
um bom nivelamento; em seguida aplica-se a argamassa e depois vêm as peças ou
placas. Estas podem seguir desenhos tradicionais ou ser aplicadas de acordo com a
criatividade do arquiteto, integrando mais de um ambiente.

Paredes com pastilhas de vidro

A pastilha de vidro é uma ótima opção para quem busca praticidade na instalação, na
limpeza diária, bem como custo acessível e um colorido e destaque nos ambientes ou
em parte deles.

Normalmente, as pastilhas de vidro são utilizadas em ambientes que têm bastante


contato com a água, como banheiros e cozinha.

Sua utilização estende-se também aos ambientes internos como paredes de salas e
corredores, ou mesmo em áreas externas da casa, e até como forração para a piscina.

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MATERIAIS E TECNOLOGIAS DE REVESTIMENTO PARA PAREDES │ UNIDADE II

Figura 27. Ambiente revestido com pastilhas de vidro.

Fonte: <https://www.flickr.com/photos/rogueinteriordesigns/4843211981>.

Aplicação

A aplicação da pastilha de vidro se dá em uma superfície preparada com


argamassa, onde as placas serão fixadas. As pastilhas vêm unidas em uma placa
maleável, podendo-se cortar e separá-las caso seja necessário. Há também, no
mercado, a opção da fixação das placas com o uso de cola, mas, para isso, a pastilha
escolhida não deve ser muito pesada. Existem diversas opções de cores e estilos, além
do tamanho dentre os tipos de pastilha de vidro disponíveis.

Paredes com azulejos

O azulejo é um dos revestimentos mais utilizados e conhecidos. Seu preço, mais


acessível, assim como sua versatilidade, fazem dele uma ótima opção.

É um material impermeável, possui um revestimento vítreo em uma de suas faces, o


que o faz ser visto em banheiros e cozinhas.

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UNIDADE II │ MATERIAIS E TECNOLOGIAS DE REVESTIMENTO PARA PAREDES

Figura 28. Ambiente: paredes revestidas com azulejos.

Fonte: <https://www.flickr.com/photos/gnilenkov/7333812768>.

Aplicação

Normalmente feito por mão de obra especializada, os azulejos são fixados um a um, em
uma argamassa que irá receber este revestimento. O assentamento deve ser feito em
uma superfície previamente limpa, livre de gorduras e sujeiras. Existem as opções de
assentamento com argamassa tradicional e com argamassa colante.

Paredes com cimento queimado

As paredes revestidas com cimento queimado são de fácil aplicação, custo reduzido, e
não precisam ser feitas, necessariamente, por mão de obra especializada.

Estas paredes podem ser feitas com produtos prontos, ou com o preparo do cimento, do
mesmo jeito que é feito para se obter o piso.

O resultado visual é bonito, e pode apresentar um aspecto moderno. Outros resultados


podem ser obtidos aplicando-se cores, ou apenas utilizando a argamassa como
revestimento.

30
MATERIAIS E TECNOLOGIAS DE REVESTIMENTO PARA PAREDES │ UNIDADE II

Figura 29. Parede revestida com cimento queimado.

Fonte: <https://www.flickr.com/photos/tanaka_juuyoh/3942920937>.

Figura 30. Parede revestida com cimento queimado.

Fonte: <https://www.flickr.com/photos/golub/11534728553>.

Aplicação

A parede de cimento queimado pode ser feita com argamassa ou cimento corrido,
em superfície preparada. Estando pronta a massa, sua aplicação é feita com uma
desempenadeira.

31
UNIDADE II │ MATERIAIS E TECNOLOGIAS DE REVESTIMENTO PARA PAREDES

Paredes de gesso

Este revestimento aparece como uma opção de acabamento, pode aparecer na


etapa da construção da obra, e pode ser usado, posteriormente, como divisórias de
ambientes. A aplicação deste tipo de parede, conhecida também como drywall é
uma opção quando se busca apenas um elemento de divisão de ambientes, sem a
necessidade da solidez de uma parede de alvenaria.

Mais suscetível ao som, e mais frágil que uma parede comum, a parede de gesso
é composta por estruturas de alumínio que sustentam as placas revestidas com
o gesso.

Outra opção de uso do gesso é como revestimento interno de uma parede, aplicando-o
como uma tinta, ao invés do reboco e tinta utilizados na parede comum.

Figura 31. Ambiente com paredes e bancada de gesso.

Fonte: <https://www.decorfacil.com/parede-de-gesso/>.

Aplicação

A aplicação do gesso está vinculada à forma com que este material será utilizado.
O sistema drywall é realizado por mão de obra especializada.

O uso do gesso como revestimento interno é realizado seguindo alguns passos que
começam com o preparo da superfície que irá receber o gesso. Sua aplicação deve ser
feita em locais sem umidade e que não irão ter contato com água.

32
MATERIAIS E TECNOLOGIAS DE REVESTIMENTO PARA PAREDES │ UNIDADE II

Figura 32. Paredes de gesso 3D.

Fonte: <https://www.decorfacil.com/parede-de-gesso/>.

Figura 33. Cobogós de gesso.

Fonte: <https://www.decorfacil.com/parede-de-gesso/>.

Figura 34. Nichos nas paredes de gesso: revestidos de madeira.

Fonte: <https://www.decorfacil.com/parede-de-gesso/>.

33
UNIDADE II │ MATERIAIS E TECNOLOGIAS DE REVESTIMENTO PARA PAREDES

Figura 35. Nichos na parede de gesso.

Fonte: <https://www.decorfacil.com/parede-de-gesso/>.

Papel de parede

O papel de parede é uma opção que pode atender a diferentes propósitos, assim como
são suas variações de estampas e cores.

Utilizado como forração de um ambiente completo, como um quarto ou sala, pode


também ser empregado, parcialmente, em apenas uma das paredes ou em trechos como
corredores. Normalmente este tipo de solução garante um toque acolhedor e imprime
uma personalidade ao ambiente.

É um coringa para ajustar os ambientes, cobrindo imperfeições na parede, mudando o


estilo e atmosfera de um quarto. É uma opção barata e rápida de ser instalada.

Aplicação

Para a sua instalação, o papel de parede não exige mão de obra especializada, deve-se
apenas certificar que não existe infiltração na parede antes de cobri-la.

De fácil manutenção, tem uma ótima durabilidade em condições normais de uso,


-durando mais que uma parede de tinta que precisará de retoques futuros.

34
MATERIAIS E TECNOLOGIAS DE REVESTIMENTO PARA PAREDES │ UNIDADE II

Figura 36. Ambiente com papel de parede.

Fonte: <https://www.flickr.com/photos/jinkazamah/2439866544>.

Figura 37. Ambiente com papel de parede.

Fonte: <https://www.flickr.com/photos/rogueinteriordesigns/4843838252>.

Parede com fórmica

A forração de fórmica é uma espécie de laminado, desenvolvido para o revestimento de


paredes. Pode ser aplicado em qualquer tipo de superfície, é uma opção rápida e de fácil
aplicação, aderindo em alvenaria, azulejos, concreto etc.

35
UNIDADE II │ MATERIAIS E TECNOLOGIAS DE REVESTIMENTO PARA PAREDES

Aplicação

Deve-se inspecionar a parede que receberá a fórmica, para assegurar que não há
nenhuma presença de mofo, umidade ou infiltração. A superfície deve estar livre desses
fatores antes da aplicação da fórmica, que é rápida e feita com cola.

Figura 38. Ambiente com divisórias de fórmica.

Fonte: <https://www.flickr.com/photos/mazzali/4690291109>.

Paredes com tinta

A mais comum das opções de revestimento de parede, a tinta, é fácil de ser aplicada
e pode destacar ambientes através do correto uso de cores em conformidade com os
demais materiais. Aliás, este é um fator que faz da tinta uma das opções mais utilizadas,
ela funciona como uma base neutra para receber móveis, objetos coloridos, quadros e
assim por diante.

Existem tintas específicas para ambientes externos e internos, assim como para
madeiras e metais, que também podem ser elementos que se encontram no ambiente
da parede.

Deve-se fazer a escolha em função da aplicação e tempo, uma vez que algumas tintas
precisam ser dissolvidas com produtos químicos e demoram mais para secar, enquanto
outras são a base de água e secam mais rápido.

36
MATERIAIS E TECNOLOGIAS DE REVESTIMENTO PARA PAREDES │ UNIDADE II

Figura 39. Ambiente: diferentes cores de tinta.

Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/01-126638/casa-gmg-slash-pedro-gadanho/51c311d5b3fc4b581f000076-gmg-
house-pedro-gadanho-photo>. Acesso em: 1/10/2018.

Aplicação

A mais amigável das coberturas para parede, a pintura com tinta pode ser feita
por um profissional, ou ser um evento entre a família e amigos para todos pintarem.
A parede que irá receber a tinta deve ser previamente preparada, e estar livre de
infiltrações. Após todos os concertos serem realizados, a aplicação da tinta deve seguir
certos parâmetros com relação a sua constituição: se é acrílica, látex etc., para que o
material e produtos corretos sejam utilizados em conjunto.

Tipos de tinta

Acrílica

A tinta acrílica é indicada para ambientes internos e externos. À base de resina


acrílica, tem maior resistência e alta durabilidade. Com aspectos que variam entre
fosco, acetinado e semi-brilhante, ampliam-se as opções de acabamento.

Uma das vantagens é o fato que as paredes pintadas com tinta acrílica poderem ser
lavadas com sabão e esponja macia em caso de sujeira. Existem, também, entre as
opções disponíveis, tintas anti-mofo com concentração de fungicida, tornando-as mais
resistente à umidade.

37
UNIDADE II │ MATERIAIS E TECNOLOGIAS DE REVESTIMENTO PARA PAREDES

Látex

A tinta látex é feita de uma resina um pouco menos resistente do que a acrílica.
Esta antecessora que tem custo mais reduzido, é encontrada na versão fosca. Com
uma durabilidade menor em paredes expostas ao sol e chuva, pode exigir uma nova
aplicação para garantir a durabilidade média, nessas condições, de aproximadamente
3 anos.

Vinil-acrílica

A tinta vinil-acrílica é um híbrido entre as tintas acrílica e látex, com duração e preço
que se encontram na média das duas.

Dicas:

»» Paredes com imperfeições, recomenda-se o uso da tinta fosca para não


as ressaltar;

»» Ambientes que sofrem riscos e marcas, recomenda-se também o uso da


tinta fosca;

»» Atente-se às diferentes opções do mesmo fabricante: existem famílias de


tintas que variam de qualidade e preço;

»» Normalmente opta-se por cores claras, que irão refletir a luminosidade


na aplicação da tinta no teto;

»» A tinta aplicada no piso deve absorver a maior parte da luminosidade,


com uma tonalidade mais escura;

»» Sensações obtidas com uso das cores: a cor clara irá afastar o teto,
enquanto cores escuras irão aproximá-lo;

»» Para uma gradação agradável, opte por escuro para o claro: do piso
escuro, passando pela parede, finalizando com a cor mais clara no teto.

38
MATERIAIS E
TECNOLOGIAS DE UNIDADE III
REVESTIMENTO
PARA TETOS

CAPÍTULO 1
Características e aplicações

Teto
O teto é o revestimento do ambiente ao qual não se dá tanta atenção. Entretanto, uma
análise detalhada mostra que ele influencia também no conforto e na sensação de
acolhimento provinda do ambiente e seus materiais.

Parte integrante também para as concepções de iluminação do ambiente, o teto pode


receber uma cobertura de gesso para embutir uma iluminação específica, ou pode ser
sem forro, com as estruturas e telhas aparentes, passando uma atmosfera de casa de
campo.

O pé direito, a altura do chão ao teto, influencia diretamente a percepção que temos


do ambiente. Uma altura elevada pode possibilitar também a criação de mezaninos e
outros artifícios para serem um diferencial do projeto arquitetônico.

Tipos de teto
Semelhante ao que vimos nas unidades anteriores, os tipos de teto serão
classificados de acordo com a constituição do material empregado.

As diferentes opções de revestimento para o teto estão vinculadas ao material a


ser utilizado e à intenção conceptiva do projeto, como mencionado no parágrafo
acima.

Forro de madeira
O telhado aparente, ou seja, ver as vigas e as telhas de dentro do ambiente, é uma
opção bem simples e acarreta um visual despojado e rústico.

39
UNIDADE III │ MATERIAIS E TECNOLOGIAS DE REVESTIMENTO PARA TETOS

Outra opção de uso da madeira é o forro de madeira. Nesse caso, ele é uma camada
abaixo do telhado, impedindo que ele seja visto, bem como a fiação e outros elementos
da obra que não queremos que apareçam.

A madeira como forro dá uma sensação de aconchego, uma vez que temos a sensação
do teto estar mais próximo, ao mesmo tempo que o calor da madeira nos aquece (o que
acontece de fato), deixando o ambiente mais aquecido.

Aplicação

Tanto o forro de madeira em forma de lâminas de compensado, quanto o forro com


madeira natural requerem o uso de mão de obra especializada, que irá compensar
as medidas do ambiente, assim como a correta fixação e a devida atenção com a
instalação da iluminação.

O forro pode acompanhar a inclinação do telhado ou não.

Figura 40. Ambiente: forro de madeira.

Fonte: <https://www.flickr.com/photos/jurgenleckie/9005918768>.

40
MATERIAIS E TECNOLOGIAS DE REVESTIMENTO PARA TETOS │ UNIDADE III

Figura 41. Ambiente: forro de madeira.

Fonte: <https://www.flickr.com/photos/tanaka_juuyoh/8504406743>.

Forro de metal
O forro de metal, ou forro metálico, já foi amplamente utilizado em estabelecimentos
comerciais, e torna-se uma opção prática e de fácil instalação aos que querem dar um
ar moderno ao ambiente. É especialmente utilizado em escritórios.

De fácil remoção, pode ser substituído por outra opção de forro caso haja interesse.
Uma de suas principais vantagens é o fato de não ser suscetível a pragas que podem
atacar outros tipos de materiais. Sua resistência a umidade é outro fator a ser levado
em conta. Este material só não é indicado para áreas litorâneas, por causa da maresia.

Aplicação
Este material é de fácil e rápida instalação, mas, normalmente, é realizado por mão de
obra especializada.

Ele pode ser aplicado como uma nova camada, cobrindo outro tipo de teto existente,
fixado por estruturas, o que facilita um revestimento rápido e útil.

Outra opção existente é a utilização dele como continuação do uso de vigas metálicas,
como vem sendo feito hoje em dia na concepção da obra. O forro seria um fechamento
destas próprias vigas

Este material possui uma ampla variedade de formas, cores e desenhos, o que possibilita
uma gama grande de utilização.

41
UNIDADE III │ MATERIAIS E TECNOLOGIAS DE REVESTIMENTO PARA TETOS

Figura 42. Ambiente com forro metálico.

Fonte: <https://www.flickr.com/photos/indissoluble/8568420442/>.

Figura 43. Ambiente com forro metálico.

Fonte: <https://www.flickr.com/photos/djc/22546619419>.

Teto de cimento queimado


O cimento queimado, como vimos anteriormente, é uma prática e bonita opção para
uso nos pisos e paredes. Agora veremos seu uso como forração do teto.

Com uma atmosfera moderna e industrial, esta opção pode ser feita já direto na laje, o
que facilita e barateia a obra. Outro ponto relevante quanto a isto é o fato desta opção
dispensar uma pintura posterior, o que também acarreta redução de custos da obra.

Uma observação a ser feita é que este material escurece um pouco o ambiente, o que
nos faz repensar a iluminação do local.

Aplicação
Ao contrário do piso, que requer todo um cuidado prévio, considerando um contrapiso
liso e firme, e o uso correto do cimento para evitar trincas e rachaduras fora de escala,

42
MATERIAIS E TECNOLOGIAS DE REVESTIMENTO PARA TETOS │ UNIDADE III

a aplicação do cimento no teto é mais simples e direta. Sendo feita por quem trabalha
com o material, garantirá um melhor resultado.

Figura 44. Ambiente com teto de cimento queimado.

Fonte: <https://www.flickr.com/photos/jurgenleckie/9005908520>.

Figura 45. Ambiente com teto de cimento queimado.

Fonte: <https://www.flickr.com/photos/jinkazamah>.

43
UNIDADE III │ MATERIAIS E TECNOLOGIAS DE REVESTIMENTO PARA TETOS

Forro de gesso

O revestimento de gesso utilizado como forro para o teto é umas das opções mais
comuns, para quem busca uma forma de embutir a iluminação com spots e pontos de
luz mais específicos e intimistas. Podendp ser aplicado sobre qualquer outra forração
existente, ele utiliza estruturas metálicas que fazem o suporte para a aplicação do
gesso, no caso do uso de placas pré-moldadas, ou pode ser aplicado como uma massa
diretamente na superfície.

Esta opção não pode ser aplicada em locais com infiltração ou qualquer ponto de
umidade.

Pode ser utilizado como uma composição em camadas, podendo-se explorar volumes
na concepção do ambiente.

Muito mais econômico se comparado aos demais materiais utilizados, necessita de


menos etapas e, consequentemente, menos materiais. A utilização desse material é mais
econômica também no momento de uma pintura, podendo receber a tinta diretamente,
não necessitando de uma massa corrida antes de receber a tinta.

Figura 46. Ambiente com forro de gesso.

Fonte: <https://www.flickr.com/photos/uggboy/5868858753>.

44
MATERIAIS E TECNOLOGIAS DE REVESTIMENTO PARA TETOS │ UNIDADE III

Aplicação

A superfície que irá receber a aplicação do gesso deve estar minimamente nivelada.
É necessário tomar os devidos cuidados com a fiação da iluminação e outros fatores
que devem ser considerados previamente.

É importante lembrar que ele não irá durar em regiões com umidade e infiltrações,
nem se adapta em contato com o aço, o que acarretará a deterioração da estrutura
metálica através de um processo químico.

A aplicação dessa opção, feita por um especialista, é muito rápida se comparada aos
métodos de alvenaria.

Figura 47. Ambiente com forro de gesso em placas.

Fonte: <https://www.flickr.com/photos/2007828/5041974519>.

Forro de PVC

O revestimento do teto com PVC é a opção mais indicada para locais onde a incidência
de umidade é maior. Este material, sendo de plástico, pode ser uma opção para tetos de
banheiros e lavanderias.

Ele pode também ser utilizado em outros cômodos da casa como salas e quartos. Uma
vez que sua instalação se dá a uma certa distância do teto, ele pode embutir a iluminação
a exemplo do gesso, sem a necessidade de posterior pintura.

45
UNIDADE III │ MATERIAIS E TECNOLOGIAS DE REVESTIMENTO PARA TETOS

Figura 48. Ambiente com forro de PVC.

Fonte: <https://www.flickr.com/photos/oddsock/242434528>.

Aplicação

A instalação deste forro é bem rápida e prática. As lâminas de plástico, normalmente,


são encaixadas umas nas outras, como um piso laminado, nos estilo macho e fêmea
de encaixe. Calcula-se previamente o número de peças e possíveis ajustes de cortes e
cantos.

Figura 49. Aplicação do forro de PVC.

Fonte: <https://fotos.habitissimo.com.br/foto/forro-de-pvc_216271>. Acesso em: 1/10/2018.

46
MATERIAIS E TECNOLOGIAS DE REVESTIMENTO PARA TETOS │ UNIDADE III

Teto com tinta

A tinta é a opção mais comum de ser visualizada como revestimento do teto em casas,
apartamentos e estabelecimentos comerciais.

O processo da pintura é rápido e pode ser feito por um profissional ou pelo próprio
morador.

Normalmente, a cor branca é a mais utilizada, por ampliar o ambiente e ser favorável
para a difusão da iluminação. Outro ponto a ser considerado é que esta parte da casa
leva mais tempo até a necessidade de uma nova aplicação. A cor branca no teto também
é uma aliada para quem usa cores mais fortes nas paredes.

Figura 50. Ambiente: cores diferentes nas pinturas do teto e paredes.

Fonte: <https://www.flickr.com/photos/tomronworldwide/28260526618>.

Aplicação

A pintura do teto pode ser feita por qualquer pessoa, mas aqueles que querem
comodidade, optam pela contratação de um profissional.

A pintura do teto é um processo simples e rápido, podendo-se utilizar para isso tintas
acrílica, vinil-acrílica ou látex.

47
UNIDADE III │ MATERIAIS E TECNOLOGIAS DE REVESTIMENTO PARA TETOS

Prepara-se a superfície tirando-se as imperfeições, lixando e aplicando massa


corrida, caso haja necessidade, antes do processo da pintura.

Figura 51. Teto com pintura.

Fonte: <https://www.flickr.com/photos/h_elise/2916305758>.

Forro de bambu

O bambu é um material natural – com muitas possibilidades de aplicação na


arquitetura – seja na forma natural – colmos – seja na forma processada, como
laminados ou nos materiais compósitos.

Sua utilização na forma natural, como demonstra a imagem a seguir, possibilita


criar uma atmosfera de acolhimento, com a luz natural sendo filtrada pelas frestas
entre os bambus.

É importante que o bambu tenha recebido tratamento adequado, a fim de


protegê-lo dos organismos xilófagos.

48
MATERIAIS E TECNOLOGIAS DE REVESTIMENTO PARA TETOS │ UNIDADE III

Figura 52. Forro de bambu.

Fonte: <https://www.flickr.com/photos/wicker-furniture/8838823415>.

49
REFLEXÕES SOBRE
ASPECTOS INERENTES UNIDADE IV
À PRÁTICA PROJETUAL

CAPÍTULO 1
Escolha dos materiais

O intuito desta disciplina é possibilitar um novo olhar nos materiais e instigar os


arquitetos e designers a novas proposições arquitetônicas, tendo o material como
premissa de projeto. Ele é o ponto de partida para a concepção do partido arquitetônico.

Esta apostila agrupou os materiais de acordo com suas especificações de aplicação:


piso/parede/teto. Entretanto, para alguns materiais e situações, há a possibilidade
de explorar novas composições. Um material produzido para aplicação em pisos pode
tornar-se revestimento de parede, por exemplo.

Aqui foram demonstrados apenas alguns exemplos de materiais existentes. A lista é


extensa e, a cada ano, o mercado recebe inúmeros lançamentos de produtos e inovações.
A tecnologia dos materiais vem se desenvolvendo constantemente; novos materiais
estão surgindo, assim como materiais compósitos e materiais reciclados. Há exemplos
de cerâmicas constituídas por lâmpadas recicladas e pastilhas de “vidro” confeccionadas
a partir de garrafas PET. Existemtelhas feitas com embalagens de pasta de dente; pisos
produzidos a partir de pneus reciclados etc. Enfim, são inúmeras as possibilidades
de novos materiais e cabe ao projetista manter-se atualizado às novas tecnologias de
materiais, de processos e de desenvolvimento e execução de projetos.

“Aspectos como a durabilidade e a manutenção são considerações fundamentais na


avaliação do desempenho funcional dos materiais:

»» Propriedades acústicas: se referem à capacidade que alguns materiais


têm de absorver e refletir sons.

»» Resistência à compressão ou tração: propriedade fundamental


para que os materiais possam ser utilizados com fins estruturais.

50
REFLEXÕES SOBRE ASPECTOS INERENTES À PRÁTICA PROJETUAL │ UNIDADE IV

»» Higiene: materiais higiênicos são selecionados especificamente para


reduzir o risco de infecção ou contaminação.

»» Transmissão ou emissão de luz: materiais com tal característica


podem ser utilizados para conduzir a luz.

»» Impermeabilidade: alguns materiais resistem à penetração da água.

»» Segurança: os chamados materiais de segurança, como o “vidro de


segurança”.

»» Propriedades térmicas: alguns materiais são bons isolantes térmicos


e reduzem energia necessária para a calefação ou refrigeração de um
ambiente.

»» Resistência ao fogo: materiais resistentes ao fogo geralmente evitam a


dispersão superficial das chamas ou o avanço do fogo.”

(BROWN; FARRELLY, 2014, p. 59).

A fabricação digital, cada vez mais, amplia seu espaço e atuação na arquitetura
contemporânea. Há muitas aplicações possíveis, principalmente, para a arquitetura e
design de interiores. Há possibilidade de produção de mobiliário, cobogós, luminárias,
objetos, dentre outros elementos constituintes do projeto. Esta apropriação das novas
tecnologias e materiais possibilitará ao projetista inovar na concepção e execução dos
projetos, bem como criar elementos únicos para cada projeto de forma simples, rápida
e sem custo elevado.

“Grande parte do mundo material de hoje – dos produtos de consumo


mais simples aos aviões mais sofisticados – é criada e produzida por
meio de um processo em que o projeto, a análise, a representação, a
fabricação e a montagem entram em colaboração quase perfeita, que
depende apenas das tecnologias digitais – um continuum digital do
projeto até a produção” (KOVALERIC, 2003, p.7).

Vivemos um momento em que o desenvolvimento tecnológico nos dá suporte para


a proposição de novas concepções arquitetônicas. As ferramentas digitais permitem
explorarmos possibilidades e avaliarmos os resultados de forma rápida e precisa.
Estas ferramentas são valiosas formas de suporte aos projetistas. Mas, é fundamental
que o projetista tenha conhecimentos técnicos acerca dos elementos que englobam
o projeto, bem como, criatividade e espírito inovador e investigativo. O propósito do
projetista, este deve ser: pensar nas pessoas. Quais as sensações despertadas por aquele
espaço? Os materiais estão adequados e condizentes às necessidades e aplicações?

51
UNIDADE IV │ REFLEXÕES SOBRE ASPECTOS INERENTES À PRÁTICA PROJETUAL

Segurança, ergonomia, sustentabilidade e funcionalidade estão adequados? Enfim,


são muitos os aspectos inerentes ao projeto; mas o cerne dos projetos são as pessoas
que irão vivenciá-los.

“A arquitetura reforça a experiência existencial, nossa sensação de


pertencer ao mundo, e essa é essencialmente uma experiência de
reforço da identidade pessoal.

Em vez da mera visão, ou dos cinco sentidos clássicos, a arquitetura


envolve diversas esferas da experiência sensorial que interagem e se
fundem entre si” (PALLASMAA, 2011, p. 39).

52
CAPÍTULO 2
Concepção do espaço

A etapa de concepção de um projeto arquitetônico engloba vários aspectos que estão


inter-relacionados e atrelados, sobretudo, ao resultado almejado. Esses aspectos
são subjetivos, no que tange à sensação que aquele projeto pretende despertar no
usuário; subjetivos, tratando-se dos sonhos e anseios do cliente; e subjetivos, quanto
às percepções sensoriais despertadas pelos materiais, pelo ambiente em si. Há outros
aspectos subjetivos envolvidos, além desses mencionados. E há, também, muitos outros
quesitos técnicos que envolvem cada decisão atrelada ao ato de projetar, aspectos
que visam funcionalidade, circulação, segurança, ergonomia, sustentabilidade, custo,
dentre outros aspectos que compreendem o projeto como um todo. Ao projetista,
cabe a função de aliar a criatividade à técnica, para encontrar respostas aos anseios e
necessidades dos clientes.

Os conceitos adotados nos projetos – assim como os materiais empregados – sofrem


influência das referências e repertórios do arquiteto e são resultado das influências
advindas dos contextos cultural, social e tecnológico. A escolha dos materiais e suas
aplicações podem ser resultado da cultura local, suas técnicas e tradições, ou podem
propor novas alternativas e possibilidades de aplicação, que inovem e tragam respostas
às novas demandas das sociedades contemporâneas.

Uma vez propostos e aceitos os conceitos de projeto, o designer de


interiores começara um rigoroso processo de avaliação dos materiais
selecionados e de suas propriedades estéticas e funcionais, que incluirá
questões de composição, durabilidade e sustentabilidade.

Esses materiais serão especificados para a criação de um conjunto


coeso, uma ambiência específica e uma relação equilibrada entre as
propriedades funcionais e sensoriais. Mudanças ou ajustes sutis em
qualquer ingrediente podem afetar a leitura do ambiente interno.

Além da paleta de materiais, o arquiteto levará em consideração a


maneira como os materiais serão justapostos e reunidos: o detalhamento
de juntas, conexões, fixações e ferragens [o que geralmente é o gerador
dos conceitos de projeto, um ponto de partida, e não o final do processo]
(BROWN; FARRELLY, 2014, p. 9).

Durante a elaboração do projeto é importante que o arquiteto tenha amostras e


informações dos materiais que poderão ser adotados. As amostras físicas são importantes

53
UNIDADE IV │ REFLEXÕES SOBRE ASPECTOS INERENTES À PRÁTICA PROJETUAL

ferramentas de apresentação do projeto aos clientes. Utilizar fotos como referências de


ambientes – com o material aplicado – são outra forma eficiente de demonstrar as
intenções do projeto.

Na etapa de projeto executivo, os materiais também precisam ser relatados por


escrito. O memorial descritivo consiste na lista de materiais que serão utilizados,
especificando as seguintes informações: nome do material, fabricante, fornecedor,
quantidade, a forma de aplicação deles e qualquer outro fator especial que deva ser
observado.

É importante salientar que a combinação entre os materiais propostos, assim como


a paleta de cores escolhida, são fundamentais para que o resultado proposto seja
efetivo. A variação de um destes elementos poderá interferir de forma contundente no
resultado final.

54
CAPÍTULO 3
Elementos imateriais: cor e luz

Cor
Na concepção de um projeto arquitetônico, há três elementos fundamentais que
interferem na percepção do espaço: materiais, luz e cor. Os materiais, já foram abordados
nas unidades anteriores; agora, trataremos de dois elementos imateriais constituintes
da arquitetura: cor e luz.

A percepção sensorial de um espaço é influenciada pela maneira como esses elementos


– materiais/luz/cor – foram incorporados ao ambiente.

Ao selecionar e distribuir os materiais, o arquiteto deve pensar


cuidadosamente no peso tonal de cada cor empregada e nos efeitos
que isso pode ter no interior: os tetos podem parecer mais baixos, e os
cômodos mais estreitos ou mais longos (BROWN; FARRELLY, 2014,
p. 72).

Figura 53. Círculo cromático.

Fonte: El Mueble.

55
UNIDADE IV │ REFLEXÕES SOBRE ASPECTOS INERENTES À PRÁTICA PROJETUAL

O círculo cromático possibilita a visualização das harmonias cromáticas. Amarelo,


azul e vermelho são as cores primárias. As cores secundárias são obtidas a partir da
combinação entre as cores primárias, originando: laranja, verde e violeta.

As tonalidades claras dessas cores são obtidas ao adicionar branco, em determinadas


proporções. E os tons escuros são obtidos quando se adiciona preto.

Para se obter outros matizes, são misturadas as cores primárias e secundárias.

Alguns conceitos importantes:

»» Matiz: podemos entender por matiz, a cor propriamente dita.

»» Saturação: revela o grau de pureza de um matiz: quanto mais saturado,


mais vivo será este matiz. Tons pastel, por exemplo, são pouco saturados.
Já os tons cítricos, são muito saturados.

»» Luminosidade: indica a quantidade de branco contida em um matiz.


A cor será mais luminosa, quanto mais branco existir em sua composição.

Pode-se criar combinações cromáticas em função do posicionamento das cores,


utilizando-se o círculo cromático como referência.

»» Composição cromática contrastada: utilizam-se cores opostas no


círculo cromático, conforme exemplo abaixo.

Figura 54. Posição das cores no círculo cromático.

Fonte: El Mueble (2006).

56
REFLEXÕES SOBRE ASPECTOS INERENTES À PRÁTICA PROJETUAL │ UNIDADE IV

Figura 55. Ambiente: composição cromática contrastada.

Fonte: El Mueble (2006).

»» Composição cromática moderada: escolhe-se uma cor e as outras


duas cores opostas à primeira escolhida, conforme exemplo abaixo.

Figura 56. Posição das cores no círculo cromático.

Fonte: El Mueble (2006).

Figura 57. Ambiente: composição cromática moderada.

Fonte: El Mueble (2006).

57
UNIDADE IV │ REFLEXÕES SOBRE ASPECTOS INERENTES À PRÁTICA PROJETUAL

»» Composição cromática harmônica: é a combinação de três tons


consecutivos dentro do círculo cromático, conforme exemplo abaixo.

Figura 58. Posição das cores no círculo cromático.

Fonte: El Mueble (2006).

Figura 59. Ambiente: composição cromática harmônica.

Fonte: El Mueble (2006).

»» Composição monocromática: define-se um matiz, no círculo


cromático, e utiliza suas variações de saturação e luminosidade, conforme
exemplo abaixo.

Figura 60. Posição das cores no círculo cromático.

Fonte: El Mueble (2006).

58
REFLEXÕES SOBRE ASPECTOS INERENTES À PRÁTICA PROJETUAL │ UNIDADE IV

Figura 61. Ambiente: composição monocromática.

Fonte: El Mueble.

A seguir, veremos alguns exemplos de aplicação de cores e sua influência na percepção


dos ambientes.

Figura 62. Ambiente: matiz amarelo.

Fonte: Autora.

Figura 63. Ambiente: matiz vermelho.

Fonte: Autora.

59
UNIDADE IV │ REFLEXÕES SOBRE ASPECTOS INERENTES À PRÁTICA PROJETUAL

Figura 64. Ambiente: matiz laranja.

Fonte: Autora.

Figura 65. Ambiente: matiz azu

Fonte: Autora.

Nos exemplos acima [figuras 61 a 64], podemos observar como a percepção de um


ambiente pode variar em função da cor adotada. O ambiente é o mesmo, apenas foi
pintado com cores diferentes. Cada cor proporciona uma percepção em relação às
dimensões do ambiente e, também, em relação à sensação que esse ambiente transmite
ao usuário, bem como a sensação que determinado matiz desperta na pessoa. Aspectos
subjetivos, atrelados à percepçãoproporcionam a sensação ocasionada pelas cores.

Podemos alterar as sensações espaciais de determinado ambiente apenas utilizando


cores. Um pé direito muito alto, ou corredor muito comprido, podem ter suas percepções
alteradas, decorrentes da utilização correta das cores; tanto na localização em que será
aplicada, quanto em relação ao matiz escolhido.

Nas figuras abaixo [figuras 65 a 70], podemos observar como a percepção de um


ambiente se modifica em função apenas da variação na localização da atribuição de cor.
O matiz adotado é o mesmo, houve mudança, apenas, na escolha da parede, teto ou
chão em que a cor azul foi aplicada. Nota-se que a percepção, em relação às dimensões
do ambiente, é influenciada pela localização da cor.
60
REFLEXÕES SOBRE ASPECTOS INERENTES À PRÁTICA PROJETUAL │ UNIDADE IV

Figura 66. Matiz azul: parede lateral esquerda.

Fonte: Autora.

Figura 67. Matiz azul: parede posterior.

Fonte: Autora.

Figura 68. Matiz azul: piso.

Fonte: Autora.

Figura 69. Matiz azul: parede lateral direita.

Fonte: Autora.

61
UNIDADE IV │ REFLEXÕES SOBRE ASPECTOS INERENTES À PRÁTICA PROJETUAL

Figura 70. Matiz azul: paredes laterais.

Fonte: Autora.

Figura 71. Matiz azul: teto.

Fonte: Autora.

As imagens abaixo [figuras 71 a 73], exemplificam a influência de um matiz sobre outro,


quando estão próximos. Podemos chamar isso de “influência da cor vizinha”. O matiz
azul é exatamente o mesmo nos três desenhos. Entretanto, a percepção do matiz azul e
a percepção do ambiente são alteradas pela influência do outro matiz presente.

As influências de um matiz sobre outro dizem respeito não à percepção do próprio


matiz [por exemplo, o matiz pode parecer mais ou menos saturado]; mas, também, em
relação à composição deste matiz no ambiente, sua relação com os demais presentes e
a influência da percepção espacial e sensorial daquele ambiente, inclusive em relação
às dimensões do ambiente.

Figura 72. Matizes: azul e vermelho.

Fonte: Autora.

62
REFLEXÕES SOBRE ASPECTOS INERENTES À PRÁTICA PROJETUAL │ UNIDADE IV

Figura 73. Matizes: azul e cinza.

Fonte: Autora.

Figura 74. Matizes: azul e amarelo.

Fonte: Autora.

Nos exemplos abaixo [figuras 74 a 76], podemos perceber a variação de percepção


do espaço, em função da alteração na localização para aplicação da cor. O ambiente
é o mesmo, bem como o matiz azul. Houve variação, apenas, na opção de cor no piso
e teto. Nota-se que esta simples mudança,ocasiona a percepção de três ambientes
distintos: na primeira imagem, teto e piso foram pintados com tom de cinza médio;
na segunda, apenas o piso foi pintado com o mesmo tom de cinza médio da imagem
anterior e o teto pintado com um tom de cinza bem mais claro; já na terceira imagem
observa-se o inverso: piso claro e teto escuro – embora sejam exatamente as mesmas
cores utilizadas.

A percepção em relação às dimensões do ambiente é significativamente alterada.


É claramente perceptível nestes desenhos. E estas sensações são amplificadas quando
vivenciadas em um ambiente real.

63
UNIDADE IV │ REFLEXÕES SOBRE ASPECTOS INERENTES À PRÁTICA PROJETUAL

Figura 75. Matiz: azul/piso e teto: cinza.

Fonte: Autora.

Figura 76. Matiz: azul/piso cinza e teto branco

Fonte: Autora.

Figura 77. Matiz: azul/piso branco e teto: cinza.

Fonte: Autora.

64
REFLEXÕES SOBRE ASPECTOS INERENTES À PRÁTICA PROJETUAL │ UNIDADE IV

Luz

Agora, trataremos, brevemente, de um outro elemento imaterial da arquitetura: a luz.

A luz pode ser natural ou artificial. Explorar suas possibilidades de aplicação em um


ambiente, pode trazer poesia e encantamento. Qual a sensação que queremos despertar
no usuário, naquele espaço que estamos projetando?

Na arquitetura, há inúmeros exemplos de arquitetos que utilizam a luz como recurso


de projeto. A luz delimitando espaços e criando fronteiras imateriais. Ou, a luz como
elemento central do projeto, sendo protagonista do ambiente. A luz também pode revelar
ou esconder determinados aspectos de um espaço. Saber tirar partido da presença da
luz é fundamental para atingirmos resultados sofisticados nos projetos.

A seguir, veremos três exemplos do arquiteto Tadao Ando. São projetos que têm a luz
como protagonista.

Figura 78. Igreja da Luz – Ibaraki, Osaka, Japão – 1987 - 1989. Arquiteto: Tadao Ando.

Fonte: Tadao Ando/Antonio Esposito, 2011 – p. 36.

65
UNIDADE IV │ REFLEXÕES SOBRE ASPECTOS INERENTES À PRÁTICA PROJETUAL

Figura 79. Igreja da Luz – Ibaraki, Osaka, Japão – 1987 - 1989. Arquiteto: Tadao Ando.

Fonte: Tadao Ando/Antonio Esposito, 2011 – p. 37.

Figura 80. Teatro Armani, Milão – Itália, 2000-2001. Arquiteto: Tadao Ando.

Fonte: Tadao Ando/Antonio Esposito, 2011 – p. 5.

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