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A escola como uma organização pedagógica

A organização escolar, de entre o conjunto de organizações que estruturam a nossa sociedade,


constitui uma organização, socialmente construída, que influencia e incide sobre todas as
outras. E por isso a escola «enquanto organização constitui, seguramente, uma das áreas de
reflexão do pensamento educacional que se tornou mais visível nos últimos tempos.

INTRODUÇÃO

É um documento que detalha objectivos, as metas, bem como as acções do processo


educativo a ser desenvolvido na e pela escola. O PPP deve trazer também as exigências legais
do sistema educacional, bem como as necessidades, propósitos e expectativas da comunidade
escolar.

A escola é um lugar de formação de competências para a participação na vida social, e, por


meio dela, ela interage com a sociedade, trazendo as opiniões dos pais, professores e alunos
para sentirem-se responsáveis pelas decisões tomadas, para o melhor funcionamento da
escola. (Libânio 2001, p. 80).

Objectivo geral:

Analisar escola como uma organização Pedagógica.

Objectivos específicos:

Explicar A escola como uma organização Pedagógica;

Identificar e caracterizar os componentes físicos de uma escola;

Descrever escola como uma organização Pedagógica.

Metodologia do trabalho

Quanto a metodologia para a realização deste trabalho recomendado na cadeira de Praticas


pedagógicas II, foi de consulta de obras literárias, em que os nomes consultados encontram-se
mencionados no desenvolvimento do trabalho.

Neste caso, o trabalho compreende na seguinte estrutura: Índice, introdução,


desenvolvimento, por onde se detalhe ou debruçam – se os conteúdos inseridos no mesmo,
no sentido de trazer a informação com uma objectividade, e por fim a conclusão e referencia
bibliográfica.
1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

1.2. Escola

Segundo Libânio (2001, p. 80), A escola é um lugar de formação de competências para a


participação na vida social, e, por meio dela, ela interage com a sociedade, trazendo as
opiniões dos pais, professores e alunos para sentirem-se responsáveis pelas decisões tomadas,
para o melhor funcionamento da escola.

Rui Canário (2002) define escola como: dimensão pedagógica, a maneira como a educação
escolar é concebida, seus métodos, e conteúdos define que o saber pode ser transmitido,
revelado e acumulado. Organização da escola compreende as relações professor com a turma,
pois a construção do saber e organizado no colectivo.

1.3. Organização

Genericamente, o conceito de organização está ancorado na história, nos hábitos, nas leis, nas
formas e modos de vida das sociedades, como ressalta Alter (2002, p.31), a organização “é
uma estrutura hierarquizada, que dispõe de regras de trabalho precisas e que permite
padronizar, coordenar e planejar actividades”. O autor complementa que a organização busca
essencialmente o emprego racional de meios para alcançar resultados. (Alter, 2002, p.31).

Lima (2010), o propósito do termo organização ganha também uma dualidade conceitual, cuja
compreensão demanda o estudo dos modelos organizacionais analítico interpretativos e dos
modelos organizacionais normativos / pragmáticos, conforme ressalta o autor:

“Não podendo prescindir da aludida dualidade, seja vendo-se limitada ao estudo das
entidades, estruturas ou formas organizacionais, seja vendo-se amputada do estudo dos
processos e da acção de organizar, uma sociologia das organizações educativas, consoantes a
concebemos, ensaia-se por referência à organização em acção, isto é, à organização enquanto
unidade social e enquanto acção social ou, como temos vindo a procurar simbologias em
termos de um vocábulo, para os nossos propósitos infelizmente inexistente na língua
portuguesa, ao estudo da organização (organização + acção organizacional) (p.17).

Paro (2016) A despeito dessa teoria, questiona que a natureza do trabalho pedagógico,
presente e inerente à escola como organização, relaciona-se ao próprio conceito de trabalho
humano, uma vez que, segundo a perspectiva marxista, todo trabalho é considerado uma
“actividade adequada a um fim” (p. 37).
O olhar sobre a escola ganhou nas últimas décadas atenção especial sobre sua extensão
enquanto organização e as relações desenvolvidas no interior dela assumem contextos mais
amplos de crítica, passando de objecto social para objecto científico de análise. A despeito
desse julgamento, infere-se ainda que

Compreender a escola como organização educativa especializada exige a consideração de sua


historicidade enquanto unidade social artificialmente construída e das suas especificidades em
termos de políticas e objectivos educacionais, de tecnologias pedagógicas e de processos
didácticos, de estruturas de controlo e de coordenação do trabalho discente, etc. (Lima, 1998,
p.15).

2. BREVE HISTORIAL DA ESCOLA EM ESTUDO

Neste capítulo procura-se descrever o local onde realizou-se a pesquisa, componente bastante
importante para este tipo de pesquisa, para este caso, parte-se de uma localização e discrição
geral do distrito, onde esta inserida a Escola Secundária 15 de outubro de Montepuez.

3.1. Breve localização da Escola Secundária 15 de Outubro de Montepuez

A Escola Secundária 15 de Outubro de Montepuez, situada no bairro de Nihula, arredores da


Cidade de Montepuez, a 210 Km da cidade capital provincial de Pemba. Esta escola está no
extremo norte da Cidade de Montepuez. Obedecendo os seguintes limites:

 NORTE: Limita com a empresa madeira Chinesa de Montepuez e o Instituto de


Formação de Professores de Montepuez;

 SUL: Limita com Centro de Saúde de Nuhula e domicílios residenciais dos professores
da mesma escola;

 OESTE: Limita com a Escola Industrial e Profissional de Montepuez. E,

 ESTE: Limita com a estrada que separa a Escola Secundária 15 de Outubro e Escola
primaria de Nihula.

3.2. Breve Historial da Escola Secundária 15 de Outubro de Montepuez

A Escola Secundária 15 de Outubro de Montepuez esta situada no bairro de Nihula, arredores


da Cidade de Montepuez, neste bairro, no passado, Era povoado pelos trabalhadores da antiga
empresa SAGAL, actual PLEXUS. No âmbito da fundação da Frente da Libertação de
Moçambique (FRELIMO), a 25 de Junho de 1962, inicia uma das fases da longa resistência do
povo moçambicano a dominação colonial portuguesa.
A FRELIMO, desencadeou a preparação da luta armada de libertação de Moçambique,
mobilizando forças internas e externas para aderirem a esse processo que seria a única forma
de expulsar o colonialismo português no nosso país.

Na sequência disso, os portugueses utilizara varias estratégias com vista a impedir a expansão
da Frente da Libertação de Moçambique em todo o território nacional, e uma delas 19
utilizadas foi a perseguição dos régulos que iam aderindo a Frente da Libertação de
Moçambique

No concreto do Conselho de Circunscrição de Montepuez; aderiram a Frente da Libertação de


Moçambique os seguintes régulos: Thoma, Mualia e Gulue. Igualmente se juntaram anciões
Metita, Gingore e Nipicha. Quando as autoridades coloniais se aperceberam da junção a
Frente da Libertação de Moçambique, desses compatriotas foram presos na cadeia do
Conselho de Circunscrição de Montepuez, depois de um tempo de investigação, o Governador
do Distrito do Porto Amélia, actual capital da província de Cabo Delgado que é designada de
Pemba, ordenou o assassinato dos quatro prisioneiros.

Em cumprimento dessa ordem, foi convidado o régulo Megama, o representante de todos os


régulos do Distrito do Porto Amélia, e os soldados fuzileiros que saíram do Porto Amélia, no
dia 14 de Outubro de 1964, usando a via do actual bairro residencial de Matuto 4 (Mocímboa
da Montanha) e chegaram até o local de fuzilamento de nome Nnari, passando toda noite.

No dia 15 de Outubro do mesmo ano; chegou uma delegação do distrito para assistir o acto de
fuzilamento do régulo e sua companhia em causa. Chegando a delegação no local encontrou
cinco prisioneiros ao invés de quatro conforme a orientação do governador. Foi retirado o
régulo Gulue, o sobrevivente foi reconduzido `a prisão da Ilha do Ibo e mais tarde na cadeia de
Lourenço Marques actual capital nacional - Maputo.

No local, foram sepultados dois régulos separadamente e dois anciões em vala comum, o
desempenho e a tradição heróica desses cidadãos, por isso se atribuiu o nome 15 de Outubro
a esta escola pública em memória desses heróis para a História de Moçambique e gerações
vingadoras.

As obras de construção começaram em 2007 a cargo da empresa CETA, tendo sido inaugurado
em Abril de 2010. A escola entrou em funcionamento em Maio de 2010, contando com um
corpo docente de 31 professores.

4. Descrição das infra-estruturas


A Escola Secundária 15 de Outubro é de construção convencional, isto é, as suas instalações
são de alvenaria, sendo vedado por um murro de vedação com dois portões que dão acesso ao
interior desta, um na parte norte, este em uso e um na parte oeste, este encontra se
encerrado por motivos de controlo de acesso a escola, visto que o da zona norte tem casa de
guarda onde se centra o acesso e controlo de entradas.

As instalações escolares segundo a planta, a composição dos blocos existentes e seus


apetrechos, são as condições que possam contribuir para alcançar os objectivos do PEA. A
escola está ligada a um sistema de captação de água subterrânea, através de uma
electrobomba que oferece água a todas instalações e no recinto escolar onde que ela é
precisa. Este abastecimento é independente sendo a sua gestão é de responsabilidade própria.
Com vista a responder a problemática de cortes constantes da corrente eléctrica, o sistema
eléctrico também esta ligado ao sistema de energia solar (painéis solares).

A escola conta no seu interior com uma bomba manual de abastecimento de água e
reservatórios que garantem a gestão deste precioso líquido e o uso quando necessitado. Por se
tratar de um estabelecimento novo, notam se conservadas as suas infra-estruturas,
fornecendo um ambiente são e tranquilo para o PEA. Em relação a limpeza do recinto escolar,
é louvável a organização e a disponibilização de cestos e baldes de lixo em todos os corredores
e acessos públicos. Apenas lamentar a conservação da relva apesar de abundância de água,
apresenta se carente desta por falta de rega e trato recomendado para que apresente com um
bom aspecto. De referir que o relva apresenta se em estado de sequeira parecendo que não
existe água para a respectiva rega, facto que se considera negativo podendo se corrigir em
tempo curto portanto bastando para tal fazer uma escala por parte dos contínuos para fazer a
respectiva rega, o que vai permitir a recuperação de tal relvado.

5. ORGANIZAÇÃO ESCOLAR E DIMENSÃO PEDAGÓGICO-CURRICULAR

5.1. Descrição da área organizacional

Segundo Libaneo, (1994, p. 24) “A pedagogia é um campo de conhecimentos que investiga a


natureza da educação numa determinada sociedade…”.

No que diz respeito a área organizacional, escola secundaria 15 de Outubro de Montepuez tem
o seu plano geral e sectorial, tem um regulamento interno da escola, Diploma Ministerial que
fala do Regulamento de avaliação do Ensino primário.

5.2. Plano Geral e Programa de Actividades anual


O Plano Geral e programa de actividades anuais da escola, é um documento elaborado pela
Direcção da escola onde são previstas todas as actividades que a instituição pretende levar a
cabo ao longo do ano lectivos, a sua implementação tem sido de um ano em caso o algo
sobrepor realizar a actividade passa para o ano seguinte.

Elas são planificadas durante as reuniões que tem marcado entre os membros da escola e os
pais encarregados de educação dos alunos. O plano elaborado apresenta o prazo, os objectivos
a atingir, executor e o responsável.

5.3. Regulamento interno da escola

O regulamento interno é um documento que estabelece a ordem, disciplina e


responsabilidade dos alunos e professores, plagiam as normas fundamentais que devem ser
cumpridas por toda comunidade escolar a fim de garantir um bom funcionamento da mesma,
os objectivos a alcançar, depois da sua elaboração este submete-se ao Conselho de Escola para
a sua apreciação e aprovação.

6. Descrição da área pedagógica

6.1. Plano de estudo de classes, ciclos e grupos de disciplinas

Para um bom sucesso dos trabalhos, os grupos de classes, ciclos e disciplinas orientam-se com
os seguintes documentos:

• Programas de ensino;

• Regulamento de avaliação;

• Plano curricular do ensino básico (PCEB);

Os encontros ou conselhos pedagógicos são realizados em três fases por ano, isto é, em cada
trimestre realiza-se um, com agenda análise geral das dificuldades encontradas na área de
planificação de aulas, vida da Escola e verificação do cumprimento das actividades
pedagógicas.

6.2. Organização das salas de aulas

Segundo Candida (1989), “A organização de uma sala de aula deve possuir carteiras para todos
alunos organizadas em fila, distanciadas a meio metro”. As turmas devem estar de acordo com
as ideias compostas por 30 a 40 alunos para permitir a boa assimilação e acompanhamento na
leccionação.
Já para o que nos reflecte a escola em descrição não é o encontrado, quer dizer, as turmas
estão acima do normal oscilando a um número de 60 a 80 alunos

CONSIDERAÇÕES FINAIS;

O presente trabalho é resultado de uma deslocação feita a uma escola secundaria, que se
acaba de apresentar reúne um conjunto de conhecimentos que vão permitir a compreensão e
as actividades resultantes das práticas pedagógicas II, realizada na Escola primária completa de
secundaria de 15 de Outubro de Montepuez.

Netas fase o praticante procura situar o estudante na procura das definições da escola em
todos os sues componentes indispensáveis da escola.

Escola é um espaço onde os educadores e educandos trabalham sob uma coordenação e


relação interpessoal de valores sociais.

Assim ao conjunto dessas organizações cria aquilo que se chama de administração escolar que
é o aproveitamento racional, isto é, aproveitamento consciente com vista o alcance dos
objectivos preconizados passando necessariamente, pela organização e planeamento dos
recursos humanos e matérias, visando ao aperfeiçoamento das pessoas que integram a escola.

Referências bibliográficas

DiaS, Hildiza Norberto et all, (2008). Manual de práticas pedagógicas, editora educar,

Fonte oral: Eusébio Maguendo, Director da EP 1/2 de Matuto.

Gil, A. Carlos. (1994). Como elaborar um projecto de pesquisa; 3ª edição, São Paulo.

Giroux, Henry. (1997). Os professores como intelectuais. Porto Alegre: Artmed,

Lakatos, E. Maria. Marconi, M. de Andrade. (2007). Metodologia de trabalho científico,


Procedimentos básicos; São Paulo; Atlas.

Libaneo, Carlos José, Didáctica, Editora Cortês S. Paulo, 1994.

MEC, (2008).Regulamento Geral do Ensino Básico, Moçambique; s/d. Maputo,

Nerici, Imedio G. (1989). Didáctica: Uma introdução. 2a ed. Editora Atlas. São Paulo,
Novaski, Augusto J.C. (1993). Sala de aula: uma aprendizagem do humano. In: MORAIS, Regis
de (org.) Sala de aula: que espaço é esse? 6. Ed. Campinas: Papirus.

Veiga, Ilma Passos Alencastro. (1992). A prática pedagógica do professor de Didática. 2. Ed.
Campinas, Papirus.

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