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Aula 01 - Orçamento Público
Aula 01 - Orçamento Público
Orçamento Público
Livro Eletrônico
Presidente: Gabriel Granjeiro
Vice-Presidente: Rodrigo Calado
Diretor Pedagógico: Erico Teixeira
Diretora de Produção Educacional: Vivian Higashi
Gerência de Produção de Conteúdo: Magno Coimbra
Coordenadora Pedagógica: Élica Lopes
Todo o material desta apostila (incluídos textos e imagens) está protegido por direitos autorais
do Gran. Será proibida toda forma de plágio, cópia, reprodução ou qualquer outra forma de
uso, não autorizada expressamente, seja ela onerosa ou não, sujeitando-se o transgressor às
penalidades previstas civil e criminalmente.
CÓDIGO:
230830041849
MANUEL PIÑON
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Finanças Públicas
Orçamento Público
Manuel Piñon
SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
Orçamento Público. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1. Introdução ao Estudo de AFO, Finanças Públicas, Direito Financeiro e
Orçamento Público. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.1. Orçamento Público, Finanças Públicas, AFO e Direito Financeiro. . . . . . . . . . . 7
1.2. Atividade Financeira do Estado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
1.3. Distinção entre Direito Financeiro e Tributário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
1.4. Fontes do Direito Financeiro e Orçamentário. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
1.5. Competência para Legislar sobre Direito Financeiro e Orçamento Público. 21
2. Orçamento Público. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
2.1. Conceito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
2.2. Dimensões do Orçamento Público . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
2.3. Outros Aspectos Relevantes do Orçamento Público . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
3. Técnicas/Métodos/Espécies de Orçamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
3.1. Histórico do Orçamento – Aspectos Iniciais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
3.2. Orçamento Tradicional ou Clássico. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
3.3. Orçamento de Desempenho ou de Realizações. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
3.4. Orçamento-Programa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
3.5. Orçamento Base Zero. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
3.6. Orçamento Participativo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
3.7. Orçamento Incremental. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
3.8. Orçamento por Resultados ou Novo Orçamento de Desempenho. . . . . . . . . 48
3.9. PART . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
4. Tipos de Orçamento Público. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
4.1. Orçamento Legislativo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
4.2. Orçamento Executivo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
4.3. Orçamento Misto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
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Manuel Piñon
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Orçamento Público
Manuel Piñon
APRESENTAÇÃO
Olá, amigo(a) concurseiro(a)!
Seja bem-vindo(a) ao Curso de AFO – ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA.
Estudar para um concurso como esse, com elevado grau de dificuldade em suas provas,
além do alto nível dos candidatos, não é missão fácil. Por isso, torna-se necessária uma
preparação com planejamento e muita disciplina.
O nível de preparação dos concorrentes não permite mais que você seja aprovado em
algum certame apenas livrando a nota de corte. É necessário fazer a diferença em todas
as matérias.
E, sem dúvida, a nossa disciplina, tendo em vista o nível elevado de complexidade,
representa um dos diferenciais da prova.
Nessa linha, buscaremos, aqui, detalhar todo o conteúdo programático da matéria,
numa linguagem simples e objetiva, sem, contudo, ser superficial.
Nosso curso atenderá tanto ao concurseiro do nível mais básico, ou seja, aquele que
está vendo a matéria pela primeira vez, como aquele mais avançado, que deseja fazer uma
revisão completa e detalhada da disciplina.
Além disso, resolveremos aqui muitas questões de concursos anteriores, de tal forma
que você ficará bastante afiado na matéria, ao ponto de chegar à prova com bastante
segurança.
Antes de iniciar os comentários sobre o funcionamento do nosso curso, gostaria de
fazer uma breve apresentação pessoal.
Sou Administrador de Empresas com especialização em Finanças pela Fundação Getúlio
Vargas – FGV – e Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil, aprovado no concurso nacional
de 2009/2010.
Atuei, inicialmente, na Área de Arrecadação e Administração Tributária, passando pelo
setor de Planejamento e Controle da Atividade Fiscal até chegar à atividade de Fiscalização
propriamente dita.
Porém, antes de tomar posse no meu atual cargo, eu já o havia exercido anteriormente,
entre 1999 e 2001. É que fui aprovado no concurso de Auditor-Fiscal da Receita Federal (na
época AFTN) de 1998, e, após 2 anos de exercício na atividade de fiscalização de empresas
da Região Norte do país, recebi e aceitei um convite para voltar a trabalhar na iniciativa
privada em minha cidade: Salvador.
Após alguns anos na área privada, vivendo momentos de alta satisfação alternados
com momentos de insatisfação, resolvi voltar a estudar para concursos públicos em 2006.
Essa fase foi muito difícil. Eu tinha uma jornada dura, mas tinha que ser discreto, já que
trabalhava e estudava muito, mas sem “poder dar muita bandeira” dessa dupla jornada.
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Manuel Piñon
Sei que muitos de vocês vivem situações parecidas, mas acreditem que essa situação
é transitória.
No meu caso, fui recompensado com a aprovação para o cargo de Analista de Finanças e
Controle – AFC – da Controladoria Geral da União – CGU – no ano de 2008, cargo atualmente
denominado Auditor Federal de Controle Interno.
Entretanto, mesmo já trabalhando em bom cargo e com um excelente ambiente de
trabalho na CGU, eu não me acomodei.
Continuei com meus estudos rumo ao sonho de voltar a ser Auditor-Fiscal da Receita
Federal, que, como já dito, pode ser realizado com a aprovação no concurso de 2009/2010.
É isso!
Espero dividir com você a experiência adquirida ao longo da minha preparação, pois sei
exatamente o que se passa “do outro lado”: as angústias, as expectativas, as dificuldades,
mas também os sonhos.
Não esqueça que são os sonhos que nos movem!
Acredite e se esforce ao máximo.
Esse é o segredo!
Ao final dessa aula, quero ver tanto eu quanto você com uma sensação boa, de que
estamos no caminho certo.
Uma última coisa, peço que avalie a aula. Se gostou, ótimo. Se não gostou, diga-me os
motivos. Sua opinião é muito importante para mim e para o GRAN.
Analisados todos os itens que nortearão o nosso curso, vamos ao que interessa.
Como diria Mahatma Gandhi:
Você nunca sabe que resultados virão da sua ação. Mas se você não fizer nada, não existirão
resultados.
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ORÇAMENTO PÚBLICO
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Manuel Piñon
o ramo do Direito Público que estuda a atividade financeira do Estado sob o ponto de vista jurídico.
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Manuel Piñon
Cuidado para não fazer confusão. Note que uma coisa é a atividade financeira do Estado
(obtenção de receita, realização da despesa e gestão do orçamento e da dívida pública) que
é responsabilidade do DIREITO FINANCEIRO. Outra coisa é atividade econômica do Estado
(controle e regulação da atividade econômica, atuação como produtor de bens e serviços,
realização de concessões etc.) que é responsabilidade do DIREITO ECONÔMICO.
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GERIR Orçamento/planejamento
OBTER Receita
GASTAR Despesa
CRIAR
Crédito
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Tenha em mente que o Direito Financeiro é o ramo do Direito Público que disciplina a
atividade financeira do estado, que abrange a receita pública (obtenção de recursos), o
crédito público (criação de recursos), o orçamento público (gestão de recursos) e a despesa
pública (dispêndio de recursos).
Por seu turno, o SFN – Sistema Financeiro Nacional – é regulado pelo Direito Econômico,
que disciplina o sistema econômico e as atividades econômicas exercidas tanto por
particulares quanto pelo próprio Estado.
Note, portanto, que o SFN não está relacionado à receita pública (obtenção de recursos),
ao crédito público (criação de recursos), ao orçamento público (gestão de recursos) e à
despesa pública (dispêndio de recursos).
Errado.
Vale, agora, relembrar o saudoso Mestre Aliomar Baleeiro, que nos disse que a atividade
financeira do Estado consiste em obter, criar, gerir e despender o dinheiro indispensável
às necessidades, cuja satisfação o Estado assumiu ou cometeu a outras pessoas de
direito público.
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SAÚDE
JUSTIÇA SEGURANÇA EDUCAÇÃO
ETC.
SOCIEDADE ESTADO
TRIBUTOS
ORÇAMENTO
Atividade
financeira
do estado
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É importante destacar que, no que diz respeito à extensão da atividade financeira do Estado,
o STF já manifestou posição no sentido de que os Tribunais de Contas têm competência para
fiscalizar empresas públicas e sociedades de economia mista, independente da exigência
de dano ao Erário (MS n. 25.092 e MS n. 25.181).
Amigo(a), na verdade a atividade financeira do Estado engloba obter receita, criar crédito
público, gerir recursos e gastá-los para promover desenvolvimento econômico e social e o
bem comum de sua sociedade.
Logo, é errado dizer que a atividade financeira do Estado tem como principal finalidade a
arrecadação de recursos. Volto a lembrar que a principal finalidade do Estado é promover
desenvolvimento econômico e social e o bem comum de sua sociedade.
Errado.
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É verdade, a Lei Orçamentária Anual – LOA – não interfere nas relações entre os sujeitos
passivos e ativos das diversas obrigações tributárias, pois cabe ao Direito Financeiro
disciplinar e regular a atividade financeira do Estado, exceto o que se refere à tributação,
que é da alçada do Direito Tributário.
Certo.
Podemos dizer que, de certo modo, o estudo do Direito Financeiro é mais abrangente
que o do Direito Tributário, já que enquanto o Direito Financeiro estabelece normas relativas
à arrecadação da receita, à gestão orçamentária e do crédito público e ao dispêndio público
(despesa), o Direito Tributário regulamenta apenas a receita derivada, coercitiva, imposta
por lei, que é o tributo.
Além disso, não é da competência de o Direito Tributário regular a forma como a receita
tributária será aplicada no financiamento das políticas públicas em prol da coletividade,
assunto afeto ao Direito Financeiro. Na verdade, quem abarca a decisão do Estado sobre a
aplicação dos recursos arrecadados com os tributos é o Direito Financeiro e não o Direito
Tributário.
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O Direito Financeiro tem por objeto a disciplina jurídica de toda a atividade financeira do Estado
e abrange receitas, despesas e créditos públicos. O Direito Tributário tem por objeto específico a
disciplina jurídica de uma das origens da receita pública: o tributo.
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Nessa toada, o STF manifestou entendimento de que até mesmo a concessão de benefícios
fiscais não é legislar sobre orçamento (ADI n. 2464).
Errado.
DICA
Para a matéria AFO/Orçamento Público o foco maior deve
ser os artigos 165 a 169. Em sua prova, com certeza, teremos
questões retiradas deles e, nesta aula, vamos explorá-los
ao máximo.
A CF/1988 além de destinar um capítulo para tratar das finanças públicas, recepcionou
a Lei n. 4.320/1964 atribuindo-lhe status de Lei Complementar.
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Em verdade, essa incongruência deve-se ao fato de que a CF/1988 exige lei complementar
para tratar de exercício financeiro e dos instrumentos do Plano Plurianual – PPA –, da Lei
de Diretrizes Orçamentárias – LDO – e da Lei Orçamentária Anual – LOA.
Assim, contrariando a previsão da CF/1988, a lei que regulamentou o exercício financeiro,
período durante o qual o Estado realiza a sua atividade financeira, arrecadando receitas e
executando despesas, é a Lei n. 4.320/1964, editada e publicada originalmente como lei
ordinária.
ENTRETANTO, NÃO se pode afirmar, que pelo fato de ser uma lei pretérita à CF/1988,
que inaugurou um novo ordenamento jurídico no Brasil a partir daquele ano, e que vai contra
o que diz a norma do artigo 165, § 9º, I, da CF/1988, foi automaticamente revogada com
a publicação da Lei Maior. Na verdade, a Lei n. 4.320/1964 não foi revogada, mas, sim,
recepcionada como se Lei Complementar fosse. Assim, de acordo com a jurisprudência
do Supremo Tribunal Federal (ADI n. 1726), a Lei n. 4.320/1964 foi recepcionada com
o status de lei complementar perante o texto constitucional de 1988, apesar da sua
forma originária de lei ordinária.
Em suma, a Lei n. 4.320/1964 é uma lei formalmente ordinária, aprovada por meio
de processo legislativo ordinário, quórum de deliberação parlamentar maioria simples, e
materialmente complementar, pois a matéria que ela trata é de Lei Complementar, com
fulcro no artigo 165, § 9º, I, CF/1988.
Desse modo, pelo fato de a Lei n. 4.320/1964 ter sido recepcionada pelo atual ordenamento
jurídico brasileiro, ditado pela Carta Magna de 1988, com status de lei complementar, somente
poderá ser alterada por uma lei federal de mesma matéria, e por Lei Complementar.
É importante deixar claro que o Direito Financeiro e o Orçamentário não são normatizados
apenas pela CF/1988 e pela Lei n. 4.320/1964, pois a Lei Complementar n. 101/2000 (Lei
de Responsabilidade Fiscal – LRF) também tem relevante importância.
Além dessas 2 Leis Complementares, temos as Leis do PPA, da LDO e da LOA e de créditos
adicionais, que serão apresentadas ao longo do curso.
Ao longo do curso, também faremos menções às jurisprudências mais significativas do
STF e a dispositivos infralegais, como o Decreto n. 93.872/1986, e aos Manuais MTO – Manual
Técnico do Orçamento – e MCASP – Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público.
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Fontes
Constituição
Federal Art. 165, § 9º da CF/88
Decretos
Demais normas secundárias
Portarias
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Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
I – direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
II – orçamento;
§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer
normas gerais.
§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência
suplementar dos Estados.
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa
plena, para atender a suas peculiaridades.
§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no
que lhe for contrário.
Veja essa linha de raciocínio na sequência dos parágrafos do inciso II artigo 24 da CF/1988,
especialmente o que revela o 4º:
Note que o dispositivo normativo anterior não faz menção aos municípios, mas existe a
possibilidade de dispor sobre temas próprios e específicos de direito financeiro, conforme
disposição expressa do art. 30, II, CF/1988. Confira:
Nessa pegada, a doutrina, EMBORA NÃO DE MODO PACÍFICO, tem aceitado que existe
competência também para os Municípios, com base no art. 30, I, da CF/1988.
Sempre é bom lembrar de que, no âmbito da competência concorrente, cabe à União
estabelecer normas gerais, e aos Estados, DF e Municípios suplementar o que foi estabelecido
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pela União. Em verdade, a norma geral já foi editada pela União desde 1964. Trata-se da Lei
n. 4.320/1964, lei federal de normas gerais de direito financeiro, de abrangência nacional,
vinculando, portanto, todos os entes políticos.
E se não houvesse legislação federal, o que não é o caso, o Estado teria competência
legislativa plena (artigo 24, § 3º, CF/1988), o que significaria a possibilidade jurídica de
editar lei de normas gerais de direito financeiro para atender a suas peculiaridades,
professor?
Sim! “Se ligue!” Mas, como dito antes, não é o caso, pois a União já estabeleceu as Normas
Gerais (Lei n. 4.320/1964).
Entretanto, é importante deixar claro que, mesmo diante dessa possibilidade, se depois
sobrevier a lei federal, posterior à edição da lei estadual de normas gerais de direito financeiro,
as normas contrárias da lei estadual de normas gerais terão a sua eficácia suspensa, sendo
válidas apenas as disposições normativas que não contrariarem as federais editadas, pois
a superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual no
que lhe for contrária (art. 24, § 4º, CF/1988).
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Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
I – direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
II – orçamento;
Errado.
2. ORÇAMENTO PÚBLICO
2.1. CONCEITO
DICA
Fique atento aos termos: no orçamento as receitas são
previstas e as despesas são fixadas.
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Para o saudoso mestre Aliomar Baleeiro, na obra “Uma introdução à ciência das
finanças” (2015):
o orçamento público é o ato pelo qual o Poder Executivo prevê e o Poder Legislativo autoriza,
por certo período de tempo, a execução das despesas destinadas ao funcionamento dos serviços
públicos e outros fins adotados pela política econômica ou geral do país, assim como a arrecadação
das receitas já criadas em lei.
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Veja a definição dos doutrinadores Ciro Biderman e Paulo Arvate, na obra “Economia do
Setor Público no Brasil”:
Certo.
Então, em uma linguagem técnica, porém mais simples, o que é Orçamento na Admi-
nistração Pública, professor?
Certo.
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Temos a ideia de Orçamento Público em sentido amplo, quando trata das Leis
Orçamentárias:
PPA – Plano Plurianual
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Em suma, podemos dizer que o orçamento, portanto, tem aspecto político, porque
revela ações sociais e regionais na destinação das verbas. Tem também características
econômicas, porque manifesta a realidade da economia. É técnico, porque utiliza cálculos
de receita e de despesa e tem, ainda, aspectos jurídicos, porque atende às normas da
Constituição Federal e de leis infraconstitucionais.
Na verdade, o orçamento não é apenas plano contábil, já que contempla uma multiplicidade
de aspectos: político, jurídico, contábil, econômico, financeiro e administrativo.
Errado.
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Nenhuma proposta orçamentária, nem mesmo a do Poder Legislativo, pode ser encaminhada
diretamente ao Congresso Nacional pelo órgão que elabora a sua proposta orçamentária.
Essa competência é privativa do Presidente da República (Inciso XXIII, do art. 84, da CF).
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Manuel Piñon
É até comum, em provas de concurso, perguntarem sobre quem tem competência para dispor
sobre orçamento público no Brasil. Essa competência é exclusiva do Congresso Nacional.
DICA
O termo dispor (na área orçamentária) significa votar,
apresentar e rejeitar emendas, manter ou derrubar vetos
do Presidente da República, aprovar créditos adicionais,
fiscalizar etc.
Aí eu lhe pergunto:
Caso o Presidente da República se omita, deixando de encaminhar o projeto de lei de
orçamento ao Congresso Nacional, pode, qualquer parlamentar, apresentar esse projeto de lei?
Não. Essa competência é exclusiva do CHEFE DO PODER EXECUTIVO, função essa
exercida pelo Presidente da República. A proposta apresentada por parlamentar caracteriza
inconstitucionalidade formal.
Nessa mesma linha de pensamento, se o envio ao Congresso Nacional do projeto de lei
orçamentária anual é de competência privativa (art. 84, caput, inciso XXIII) do chefe do
Poder Executivo e o parágrafo único desse artigo não menciona explicitamente o inciso XXIII
como possibilidade de delegação pelo Presidente da República da matéria nele constante,
significa dizer que a iniciativa do orçamento público é indelegável.
Assim, o Doutrinador Alexandre de Moraes, agora Ministro do STF, e, portanto, “produtor”
de jurisprudência, prefere, portanto, chamá-la de competência exclusiva.
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Cuidado com essa pegadinha. Existem questões de concursos que alegam que seria possível
um Poder enviar sua própria proposta orçamentária diretamente ao Poder Legislativo.
Fique atento, não vacile, marque “falsa”. Só quem envia é o Presidente da República.
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3. TÉCNICAS/MÉTODOS/ESPÉCIES DE ORÇAMENTO
Art. 12. Nenhum tributo ou auxílio será instituído no Reino senão pelo seu conselho comum,
exceto com o fim de resgatar a pessoa do Rei, fazer seu primogênito cavaleiro e casar sua filha
mais velha uma vez, e os auxílios serão razoáveis em seu montante.
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Vale deixar registrado que, o que era levado em consideração, no que diz respeito à
distribuição de recursos para determinado exercício, era o valor gasto no ano anterior,
sem considerar, portanto, as ações, planos e programas de trabalho previstos para o ano
seguinte, sendo a falta de planejamento da ação governamental uma das principais
características do orçamento tradicional.
Esse tipo de orçamentação pública ficou conhecido como “lei de meios”, já que focava
nos meios e não nas metas e objetivos do Estado.
Vale destacar também que não existiam ferramentas de controle adequadas para
garantir a efetividade do gasto público, sendo os únicos parâmetros a honestidade do
agente público e a adequação do produto público às necessidades da população.
Orçamento tradicional
Por meio do
controle contábil
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Preocupa-se em saber as
coisas que o governo faz e
não as coisas que o
governo compra.
Gasto Resultado
3.4. ORÇAMENTO-PROGRAMA
Como tudo na vida, as técnicas orçamentárias evoluíram ao longo da nossa história, desde
o Orçamento tradicional, com ênfase no gasto, passando pelo Orçamento de Desempenho
até o que denominamos hoje de Orçamento-programa, com ênfase nas realizações.
O Orçamento-Programa deve ser visto como um plano de trabalho expresso por
um conjunto de ações a realizar e pela identificação dos recursos necessários para a
sua execução.
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ORÇAMENTO
Integração
planejamento - orçamento
PROGRAMAS
Alternativas programáticas
DESEMPENHO CUSTO
Acompanhamento Insumo - produto
físico-financeiro
PRODUTO FINAL
Avaliação de resultados
ANÁLISE GERENCIAL
Gerencia por objetivos
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ações que serão desenvolvidas para atingir esses objetivos e calcular e consignar os recursos
para efetivar essas ações.
O Orçamento-Programa também explicita o princípio da especificação ou da
discriminação ao impedir que as dotações sejam feitas de forma globalizada, tanto no
que se refere à arrecadação de receitas quanto para gastar recursos financeiros obtidos.
Vale destacar que, desde a entrada em vigor da Lei n. 4.320/1964, o orçamento-
programa vem sendo adotado no Brasil.
Sua mola mestra é fixar as Despesas Públicas a partir da identificação das necessidades
públicas sob a responsabilidade de determinado nível de governo e da sua organização, de
acordo com as suas prioridades.
É notório que os seus aspectos administrativos e econômicos são privilegiados em
detrimento do aspecto político.
Merece destaque também o Decreto-Lei n. 200/1967 que detalhou os aspectos
operacionais do Orçamento-programa e orientou a Administração Pública Federal de modo
a estabelecer o Orçamento-Programa anual como um instrumento de planejamento, a ideia
de discriminar a despesa pública por objetivo.
Entretanto, o Orçamento-Programa tornou-se realidade com o Decreto n.
2.829/1998, que estabeleceu normas para elaboração e execução do plano plurianual e
dos orçamentos da União.
A ideia do Orçamento-Programa é fazer com que o gasto público possa ser detalhado
de modo a enfatizar a sua finalidade, identificando para cada gasto a respectiva a ação,
definindo o responsável pela respectiva execução de cada ação, além de apresentar
individualmente os resultados esperados para cada uma delas. Veja um exemplo hipotético
na figura a seguir:
EXEMPLO DE ORÇAMENTO-PROGRAMA
Qual a finalidade?
Função Educação
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Orçamento-programa - VANTAGENS
• Melhor planejamento das ações;
• Maior precisão na elaboração dos orçamentos;
• Identificação dos gastos e realizações por programa e sua comparação em termos
absolutos e relativos;
• Enfase no que a instituição realiza e não no que ela gasta.
Destaque-se que outras espécies de orçamento podem ser usadas como apoio ao
Orçamento-Programa. Veja, por exemplo, que a elaboração do orçamento de algumas
ações pode ocorrer de maneira incremental. Assim, como o valor a ser pago, em condições
normais, para as contas de energia elétrica e telefone, sofre pequena variação de um ano
para outro, pode-se aplicar apenas a inflação acumulada, utilizando, assim, o método
tradicional, acrescentando a inflação do período sobre o valor do orçamento desta ação
no ano anterior.
A seguir, um resumo comparativo entre as principais características dos orçamentos
tradicional e programa.
ORÇAMENTO TRADICIONAL X Orçamento-programa
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A sua ideia-chave é fazer com que todas as despesas de todos os órgãos sejam
justificadas detalhadamente, sem permitir que o simples fato de que uma despesa, que
já estivesse no orçamento do ano anterior, fosse simplesmente repetida, tratando cada
gasto demandado como um novo gasto.
DICA
A ideia é passar um pente fino em TODOS OS GASTOS.
Vale destacar que, quando da elaboração da proposta orçamentária para o ano posterior,
toda informação prévia relativa aos anos anteriores era desprezada, ou seja, a necessidade
e a utilidade de cada despesa deveria ser vista como se fosse completamente nova.
O f oco desse modelo de orçamentação era identificar gastos, programas, e até mesmo
órgãos que não tinham utilidade prática para a Administração Pública.
Seguindo essa linha de raciocínio, para que um gasto fosse “aprovado”, ela deveria ser
eficiente e eficaz, não poderia ter ainda mais suas operações reduzidas ou eliminadas.
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Baseiam-se no orçamento
Incentiva revisão dos processos
do exercício anterior
Vamos, agora, ver um comparativo entre os Orçamentos Base Zero –OBZ – e Tradicional:
O histórico serve como base, sendo necessário Base Folha de papel em branco, ou seja, do zero.
somente o acerto de alguns gastos.
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A assertiva refere-se ao Orçamento Base Zero técnica que consiste na obrigação de que o
administrador justifique, a cada ano, todas as dotações solicitadas em seu orçamento, incluindo
alternativas, análise de custo, finalidade, medidas de desempenho, e as consequências da
não aprovação do orçamento.
A ênfase é na eficiência, e não se preocupa com as classificações orçamentárias, mas com
o porquê de se realizar determinada despesa.
Errado.
DICA
O grande legado trazido pela metodologia do Orçamento
Base Zero foi o combate àquela ideia, que existia, até então,
de gastos simplesmente repetidos de períodos anteriores,
acrescentado a expectativa de inflação. Tudo tinha que ser
revisto e novamente justificado.
Na verdade, é o orçamento base zero que deve ser zerado ao final do exercício. O orçamento-
programa deve ser é analisado ao final do exercício, e ajustado para o atendimento das
metas do PPA.
Errado.
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Debate de ideias
Execução Desenvolvimento
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Com o surgimento do chamado regime do teto de gastos (novo regime Fiscal) no âmbito
das finanças públicas da União, e copiada por alguns Estados, começam a existir debates
no meio acadêmico acerca da utilização da técnica do orçamento incremental no Brasil.
A tese elaborada por quem defende essa ideia é que como o regime do teto de gastos
baseia-se na execução orçamentária do ano anterior com incremento apenas dos índices
inflacionários, indiretamente, seria uma aplicação prática desse modelo orçamentário.
É interessante conhecer esses argumentos, mas não entremos nessa polêmica. Adote
a ideia de que, no Brasil, usa-se o Orçamento-Programa.
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3.9. PART
Basicamente, leve para a prova que o PART, sigla em inglês para “Program Assessment
Rating Tool”, usado nos Estados Unidos nos anos 2001 e 2002, funciona por meio de um
questionário utilizado para avaliar o propósito, o desenho, o planejamento, a gestão, os
resultados e a prestação de contas, com o fito de verificar se um programa é realmente
eficaz. Como resultado das avaliações efetuadas, o PART ainda fornece informações e
sugestões para melhorar os resultados dos programas avaliados.
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ORÇAMENTO PÚBLICO
PODER EXECUTIVO
ELABORAÇÃO
PREFEITURA MUNICIPAL
PODER LEGISLATIVO
APROVAÇÃO
CÂMARA DE VEREADORES
PODER EXECUTIVO
EXECUÇÃO
PREFEITURA MUNICIPAL
Aqui, no Brasil, já tivemos a oportunidade de conviver com três tipos de orçamento público.
O do tipo legislativo, aquele em que elaboração, a votação e o controle do orçamento são
de competência do Poder Legislativo, cabendo ao Poder Executivo apenas a sua execução,
vigorou no Brasil à época da CF/1891.
O do tipo executivo, em que elaboração, a votação, a execução e o controle do orçamento
são de competência do Poder Executivo, vigorou no Brasil à época da CF/1937.
E, finalmente, o do tipo Misto, que vigora no Brasil atual e está previsto em nossa CF de
1988, em que a votação e o controle do orçamento são de competência do Poder Legislativo,
enquanto a elaboração e a execução são de competência do Poder Executivo.
Certo.
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Em suma:
TIPOS DE ORÇAMENTO
• LEGISLATIVO - usado em países parlamentaristas, a elaboração,
a votação, aprovação e controle cabem ao Legislativo.
• EXECUTIVO - usado em países onde impera o poder absoluto, a
elaboração, aprovação, execução e controle cabem ao Executivo.
• MISTO - a elaboração e a execução cabem ao Executivo, enquanto
a votação, aprovação e controle cabem ao Legislativo. É o tipo
utilizado no Brasil.
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A ideia básica da função alocativa é de o setor público atuar onde a iniciativa privada
sozinha não consegue ou não tem interesse de atuar.
Via sua função alocativa, o Estado realizou a oferta do bem público segurança que, no caso
das UPPs, foca nas comunidades carentes dominadas pelo crime organizado.
Certo.
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O bolsa família talvez seja o exemplo mais emblemático da função distributiva (estilo
Robin Wood), uma vez que o governo transfere para os mais pobres os valores arrecadados
de toda a sociedade de acordo com a capacidade contributiva de cada um.
DICA
As medidas de combate à pandemia do COVID–19, como
o Auxílio Emergencial, também são exemplos de medidas
tomadas pelo Governo por meio da função distributiva
do Orçamento Público. Note que foi criado inclusive um
Orçamento Paralelo, apelidado de Orçamento de Guerra,
com essa finalidade.
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RESUMO
A Atividade Financeira do Estado – AFE – consiste em obter, criar, gerir e despender
o dinheiro indispensável às necessidades, cuja satisfação o Estado assumiu ou cometeu a
outras pessoas de direito público.
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Fontes
Constituição
Federal Art. 165, § 9º da CF/88
Decretos
Demais normas secundárias
Portarias
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MAPAS MENTAIS
Ato contendo a aprovação prévia
das receitas e despesas públicas
para um período determinado Conceito
Política
Econômica
Social
Administrativa Dimensões
Jurídica
Técnica
Alocativa
Distributiva
Funções de Orçamento
Estabilizadora
Legislativo
Executivo Tipos de Orçamento
Misto
ORÇAMENTO PÚBLICO
Tradicional ou clássico
Desempenho ou de realizações Técnicas/
Espécies de
Orçamento-programa Orçamento
Base zero
Participativo
Incremental
PART
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QUESTÕES DE CONCURSO
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d) progressiva do Estado;
e) referencial do Estado.
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caso de 2021, todos os cortes começariam a ser feitos já neste ano, tão logo a PEC fosse
aprovada”.
A notícia apresentada trata de uma proposta que foi discutida pelo governo para evitar
desequilíbrios orçamentários. Evidencia-se, nesse caso um exemplo da função:
a) distributiva.
b) participativa.
c) estabilizadora.
d) regulatória.
e) alocativa.
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a) base zero.
b) tradicional.
c) legislativo.
d) autorizativo.
e) típico.
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Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente a afirmativa III estiver correta.
d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
e) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
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( ) Um candidato eleito que eleva os gastos com segurança pública, está exercendo a
sua função alocativa.
( ) A implementação de um imposto sobre grandes fortunas e a redução daqueles
cobrados sobre os extratos menores de renda estão relacionados à função distributiva.
( ) Políticas que reduzam os custos admissionais a fim de elevar o emprego estão
relacionadas à função estabilizadora.
A sequência correta é:
a) V – V – V;
b) V – V – F;
c) F – V – V;
d) F – F – V;
e) F – F – F.
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a) Plano Plurianual
b) Orçamento base zero
c) Custo corrente
d) Custo de capital
e) Orçamento-programa
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GABARITO
1. E 36. c
2. E 37. c
3. C 38. E
4. E 39. E
5. E 40. e
6. C 41. b
7. C 42. e
8. E 43. e
9. E 44. a
10. E 45. d
11. E 46. e
12. C 47. a
13. C 48. E
14. C 49. E
15. C 50. d
16. E 51. c
17. a 52. d
18. c 53. e
19. c 54. c
20. d 55. b
21. b 56. b
22. c 57. c
23. b 58. a
24. d 59. b
25. c 60. a
26. d 61. E
27. b 62. e
28. c 63. a
29. a 64. b
30. b 65. c
31. a 66. b
32. a 67. d
33. b 68. e
34. b 69. d
35. a
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GABARITO COMENTADO
Note que a questão pede para marcarmos a orientação incorreta, que é a da letra “a”, já
que as despesas legais e constitucionais não podem ser alteradas pela população. Guarde
que, no Orçamento Participativo, a população participa apenas das discussões acerca da
destinação de parte dos recursos públicos, especificamente aqueles relativos a investimentos
em obras e serviços a serem realizados em sua área.
Todas as demais alternativas estão corretas.
Letra a.
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O Orçamento Clássico ou Tradicional foca apenas explicar o objeto do gasto, ou seja, “em
que” está sendo aplicado os recursos públicos. Servia basicamente como instrumento
de controle político do Poder Legislativo sobre o Poder Executivo, privilegiando as
questões contábeis, desconsiderando as necessidades coletivas.
Letra b.
A situação em tela apresenta a alocativa do Estado, visto que apresenta uma situação em
que o fornecimento de bens e serviços não é adequadamente oferecido pelo sistema
de mercado, visto que a entrega de correspondência em localidades distantes a preço
módico é um serviço que não seria oferecido adequadamente pelo sistema de mercado.
Letra c.
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Como a notícia apresentada trata de uma proposta que foi discutida pelo governo para
evitar desequilíbrios orçamentários, temos a função estabilizadora do orçamento público,
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O examinador pede para marcarmos a única alternativa que apresenta uma recomendação
que não seja útil para a organização da estrutura programática em uma entidade.
Com exceção da letra “d”, todas as alternativas apresentam recomendações úteis para a
organização da estrutura programática em uma entidade.
De acordo com o mestre James Giacomoni, os programas devem ser monofuncionais, ou
seja, cada programa vincular-se-á somente a uma função (educação, saúde, transportes,
habitação etc.) e não multifuncionais, como apresentado na alternativa “d”.
Letra d.
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Letra b.
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Muito noticiado na mídia no início do Governo Bolsonaro, o Orçamento Base Zero, que
não leva em conta a série histórica de gastos, busca passar um pente fino em todos os
gastos governamentais. Assim, a ideia é avaliar as despesas propostas com lupa, definindo
prioridades e verificando o custo-benefício de cada gasto em detrimento de outro. Trata-
se de uma das ideias de Paulo Guedes para conter o déficit do Orçamento Público.
Letra c.
Perceba que a função do orçamento fiscal é a redução das desigualdades, que representa
a função distributiva do Estado. Confira diretamente do texto constitucional, com grifos
nossos:
Art. 165 § 7º Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo, compatibilizados com o plano
plurianual, terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo
critério populacional.
§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá:
I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da
administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha
a maioria do capital social com direito a voto;
Letra a.
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a) É elaborado a partir de ajustes incrementais nas receitas e despesas, com base nos
orçamentos anteriores.
b) Integra o orçamento com o planejamento, quantificando objetivos e fixando metas.
c) Contempla a participação direta da população no processo decisório sobre a alocação
dos recursos públicos.
d) Enfatiza a legalidade das ações do gestor e a aquisição dos meios.
e) Evidencia o objeto dos gastos, pautando-se nas necessidades financeiras de cada unidade.
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Trata-se do Orçamento base zero. Confira a conceituação desse modelo orçamentário, nas
palavras de Augustinho Paludo, no Livro “Orçamento Público (AFO e LRF)”, 4ª Edição (Ed.
Elsevier), com grifos nossos:
Orçamento Base Zero surgiu no Texas, Estados Unidos, na década de 1970, e nele não há direito
adquirido no orçamento. Cada despesa é tratada como uma nova iniciativa de despesa, e a cada
ano é necessário provar as necessidades de orçamento, competindo com outras prioridades e
projetos. Inicia-se todo ano, partindo do “zero”– daí o nome Orçamento Base zero.
O Orçamento Base Zero exige que o administrador justifique, a cada ano, todas as dotações
solicitadas em seu orçamento, incluindo alternativas, análise de custo, finalidade, medidas de
desempenho, e as consequências da não aprovação do orçamento. A ênfase é na eficiência, não
se preocupa com as classificações orçamentárias, mas com o porquê de se realizar determinada
despesa.
Letra a.
Note que a assertiva aborda uma política pública sem fonte de financiamento específica.
Assim sendo, podemos notar que são utilizados recursos do orçamento do ente público,
financiado por todos os contribuintes, ou seja, pela sociedade como um todo.
Partindo dos recursos extraídos da sociedade como um todo, existe um indicativo de que
estamos tratando de uma política distributiva, não porque ela “distribui” os aparelhos, mas
porque visa a equilibrar as condições de vida das pessoas. Nessa toada, quando se distribui
os aparelhos de forma gratuita, garante-se que aqueles que não poderiam pagar por isso
tenham acesso ao aparelho auditivo.
Letra a.
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Letra b.
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Observe que uma das principais características desse modelo de orçamentação (Orçamento-
Programa) é justamente realizar a quantificação dos objetivos e metas para que seja possível
acompanhar o cumprimento das metas definidas.
Letra e.
A sequência correta é:
1 – Função alocativa. Note que o acesso da população à água e ao esgoto tratável contribui
para reduzir os gastos públicos com saúde, ou seja, temos o governo prestando um serviço.
3 – Função estabilizadora. Note que o adequado uso da política monetária leva a uma taxa
de inflação menor, sem afetar fortemente o desemprego, ou seja, temos o governo atuando
para amenizar a inflação e preocupado com o desemprego.
2 – Função distributiva. Note que reduzir impostos sobre consumo tem efeitos progressivos
sobre a renda das pessoas, ou seja, temos governo redistribuindo renda via impostos
progressivos.
Letra b.
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O Orçamento Tradicional ficou conhecido como “lei de meios”, já que focava nos meios e
não nas metas e objetivos do Estado.
Letra a.
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O orçamento base zero, cujo foco era passar um pente fino em TODOS OS GASTOS, é o
método de elaboração de orçamento em que a cada novo exercício deve haver justificativa
detalhada dos recursos solicitados é o orçamento, já que toda informação prévia relativa
aos anos anteriores era desprezada, ou seja, a necessidade e a utilidades de cada despesa
deveria ser vista como se fosse completamente nova.
Letra d.
( ) Um candidato eleito que eleva os gastos com segurança pública, está exercendo a
sua função alocativa.
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A sequência correta é:
a) V – V – V;
b) V – V – F;
c) F – V – V;
d) F – F – V;
e) F – F – F.
Na verdade, o orçamento tem aspecto político, porque revela ações sociais e regionais
na destinação das verbas. Tem também características econômicas, porque manifesta
a realidade da economia. É técnico, porque utiliza cálculos de receita e de despesa e tem,
ainda, aspectos jurídicos, porque atende às normas da Constituição Federal e de leis
infraconstitucionais.
Errado.
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O Orçamento-Programa deve ser visto como um plano de trabalho expresso por um conjunto
de ações a realizar e pela identificação dos recursos necessários para a sua execução.
Sua mola mestra é fixar as Despesas Públicas a partir da identificação das necessidades
públicas sob a responsabilidade de determinado nível de governo e da sua organização, de
acordo com as suas prioridades. É notório que os seus aspectos administrativos e econômicos
são privilegiados em detrimento do aspecto político.
A ideia do orçamento-programa é fazer com que o gasto público possa ser detalhado de modo
a enfatizar a sua finalidade, identificando para cada gasto a respectiva a ação, definindo o
responsável pela respectiva execução de cada ação, além de apresentar individualmente os
resultados esperados para cada uma delas. Guarde que o Orçamento-Programa PRIORIZA
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atender aos objetivos, metas e prioridades definidos no Planejamento das ações do Governo,
integrando planejamento e orçamento.
Letra c.
A resposta da questão pode ser encontrada na obra “Orçamento público” / James Giacomoni.
15. ed., ampliada, revista e atualizada – São Paulo: Atlas, 2010. Confira o trecho precípuo
sobre o tema:
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O Orçamento-programa visa fazer com que o gasto público possa ser detalhado de modo
a enfatizar a sua finalidade, identificando para cada gasto a respectiva a ação, definindo
o responsável pela respectiva execução de cada ação, além de apresentar individualmente
os resultados esperados para cada uma delas.
Assim, a ênfase do Orçamento-programa NÃO está nos meios (o que se compra), MAS, SIM,
nas diretrizes, prioridades, objetivos e metas.
Letra b.
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A espécie de orçamento cuja técnica utilizada para sua confecção consiste em desconsiderar
os valores do ano anterior como valor inicial mínimo, e proceder a uma análise crítica de
todos os recursos solicitados pelos órgãos governamentais, e de suas efetivas necessidades,
sem qualquer compromisso com montantes iniciais de dotações, denomina-se orçamento
base zero ou por estratégia.
A sua ideia-chave é fazer com que todas as despesas de todos os órgãos sejam justificadas
detalhadamente, sem permitir que o simples fato de que uma despesa que já estivesse no
orçamento do ano anterior, fosse simplesmente repetida, tratando cada gasto demandado
como um novo gasto.
O foco desse modelo de orçamentação é identificar gastos, programas, e até me órgãos que
não tinham utilidade prática para a Administração Pública. Seguindo essa linha de raciocínio,
para que um gasto fosse “aprovado” ela deveria ser eficiente e eficaz, não poderia ter ainda
mais suas operações reduzidas ou eliminadas.
Letra b.
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O orçamento tradicional era o orçamento desvinculado de qualquer planejamento, com foco mais
em questões contábeis, em detrimento de um foco administrativo de gestão. Aqui o orçamento
era uma mera peça contábil e não havia menção a qualquer objetivo ou meta a ser atingida.
Demonstra despreocupação do gestor com o atendimento das necessidades populacionais, uma
vez que se atenta mais para as necessidades das unidades organizacionais.
Letra c.
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Nesse sentido, a única alternativa que trata de efetividade é a letra “a”. O aumento da
expectativa de vida de uma população é um indicador que traduz essa ideia de geração
de valor para a sociedade. Os demais indicadores (n. consultas médicas, n. de hospitais,
professor/aluno etc.) não permitem auferir resultados perante a população-alvo, sendo meras
ferramentas de gestão para dar suporte à análise da eficiência/eficácia/economicidade.
Letra a.
Aproveite para ver mais um conceito doutrinário de Orçamento Público, dessa vez do
Mestre Caldas Furtado:
orçamento público é o instrumento através do qual os cidadãos, por intermédio de lei aprovada
por seus representantes no Parlamento, fixam a despesa e preveem a receita para o período de
um ano, a partir da determinação dos serviços públicos que serão prestados pelo Estado e dos
demais objetivos da política orçamentária, bem como da definição de quais, e de que forma,
setores da sociedade financiarão a atividade estatal.
Letra b.
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Com exceção da letra “e”, todas as outras tratam do orçamento tradicional. Guarde que o
orçamento-programa é um instrumento de planejamento da ação do governo, por meio
da identificação dos seus programas de trabalho, projetos e atividades, com estabelecimento
de objetivos e metas a serem implementados e previsão dos custos relacionados.
Letra e.
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geração de emprego e renda em função dos investimentos que podem ser previstos
e realizados pelo setor público, resultando com isso o desenvolvimento do país.
A questão foi elaborada com base no livro de AFO de Sérgio Jund, cujos trechos são
reproduzidos em associação com a respectiva dimensão do orçamento:
(I) Dimensão técnica
Representa o fluxo financeiro gerado pelas entradas de recursos obtidos com a arrecadação de
receitas e os dispêndios com as saídas de recursos proporcionados pelas despesas, evidenciando
a execução orçamentária.
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Corresponde à característica que atribui ao orçamento, como plano de ação governamental que
o é, o poder de intervir na atividade econômica, propiciando a geração de emprego e renda em
função dos investimentos que podem ser previstos e realizados pelo setor público, resultando
com isso no desenvolvimento do país.
Letra a.
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Note que o examinador pediu para marcarmos a incorreta. A letra “c” foi considerada errada
pela banca por ela ter entendido que orçamento participativo é um programa político
municipal que visa socializar a política orçamentária, e não a política administrativa e
jurídica. Nas demais alternativas, temos realmente características típicas do orçamento
participativo.
Letra c.
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caracterizado por apenas ajustar os itens das receitas e despesas com base no exercício
anterior. Por fim, temos o Orçamento de Desempenho ou Funcional, aquele que leva em
consideração o que o governo faz, mas que não está vinculado ao sistema de planejamento
e à sua gestão.
Letra b.
Modelo orçamentário pouco conhecido, o Orçamento com Teto Fixo é aquele que utiliza
o critério de alocação de recursos através deste quantitativo fixo. Vamos apontar os erros
dos demais:
a) Errada. É o tradicional.
b) Errada. É o de desempenho.
c) Errada. É o incremental.
Letra d.
gastará, e também quem será responsável pela execução de seus programas. As grandes
áreas de atuação são classificadas como funções, desdobradas em subfunções, programas,
atividades, projetos e operações especiais, tudo de acordo com a classificação funcional e
a estrutura programática estabelecida na legislação pertinente.
a) Plano Plurianual
b) Orçamento base zero
c) Custo corrente
d) Custo de capital
e) Orçamento-programa
Letra e.
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Colega, espero que você tenha gostado desta aula inicial. Sei que foram muitos conceitos
novos, muita informação mesmo. Mas é para todo mundo.
Quem se esforçar, consegue. Como diria, Thomas Jefferson:
Eu acredito demais na sorte. E tenho constatado que, quanto mais duro eu trabalho, mais sorte
eu tenho.
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REFERÊNCIAS
BALEEIRO, Aliomar. Uma Introdução à Ciência das Finanças. 18. ed. Rio de Janeiro:
Método, 2012.
NASCIMENTO, Sávio. Finanças públicas para concursos. 1. ed. Rio de Janeiro: Campus
Elsevier, 2014.
PALUDO, Augustinho. Orçamento Público AFO e LRF. 10. ed. [S.I.]: Juspodivm, 2020.
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