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FINANÇAS PÚBLICAS

Orçamento Público

Livro Eletrônico
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uso, não autorizada expressamente, seja ela onerosa ou não, sujeitando-se o transgressor às
penalidades previstas civil e criminalmente.

CÓDIGO:
230830041849

MANUEL PIÑON

Atualmente, exerce o cargo de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil e é


Professor, voltado para a área de concursos públicos.
Foi aprovado nos seguintes concursos públicos:
1 – Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil – AFRFB 2009/2010;
2 – Analista de Finanças e Controle – AFC (hoje, Auditor Federal de Finanças e
Controle) da Controladoria-Geral da União – CGU (hoje, Ministério da Transparência)
em 2008; e
3 – Auditor-Fiscal do Tesouro Nacional – AFTN (Auditor-Fiscal da Receita Federal do
Brasil) em 1998.

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Finanças Públicas
Orçamento Público
Manuel Piñon

SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
Orçamento Público. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1. Introdução ao Estudo de AFO, Finanças Públicas, Direito Financeiro e
Orçamento Público. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.1. Orçamento Público, Finanças Públicas, AFO e Direito Financeiro. . . . . . . . . . . 7
1.2. Atividade Financeira do Estado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
1.3. Distinção entre Direito Financeiro e Tributário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
1.4. Fontes do Direito Financeiro e Orçamentário. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
1.5. Competência para Legislar sobre Direito Financeiro e Orçamento Público. 21
2. Orçamento Público. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
2.1. Conceito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
2.2. Dimensões do Orçamento Público . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
2.3. Outros Aspectos Relevantes do Orçamento Público . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
3. Técnicas/Métodos/Espécies de Orçamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
3.1. Histórico do Orçamento – Aspectos Iniciais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
3.2. Orçamento Tradicional ou Clássico. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
3.3. Orçamento de Desempenho ou de Realizações. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
3.4. Orçamento-Programa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
3.5. Orçamento Base Zero. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
3.6. Orçamento Participativo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
3.7. Orçamento Incremental. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
3.8. Orçamento por Resultados ou Novo Orçamento de Desempenho. . . . . . . . . 48
3.9. PART . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
4. Tipos de Orçamento Público. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
4.1. Orçamento Legislativo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
4.2. Orçamento Executivo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
4.3. Orçamento Misto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49

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5. Funções Clássicas do Orçamento Público. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51


5.1. Função Alocativa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
5.2. Função Distributiva . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
5.3. Função Estabilizadora . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
Resumo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
Mapas Mentais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
Questões Comentadas em Aula . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64
Questões de Concurso. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67
Gabarito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84
Gabarito Comentado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 120

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APRESENTAÇÃO
Olá, amigo(a) concurseiro(a)!
Seja bem-vindo(a) ao Curso de AFO – ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA.
Estudar para um concurso como esse, com elevado grau de dificuldade em suas provas,
além do alto nível dos candidatos, não é missão fácil. Por isso, torna-se necessária uma
preparação com planejamento e muita disciplina.
O nível de preparação dos concorrentes não permite mais que você seja aprovado em
algum certame apenas livrando a nota de corte. É necessário fazer a diferença em todas
as matérias.
E, sem dúvida, a nossa disciplina, tendo em vista o nível elevado de complexidade,
representa um dos diferenciais da prova.
Nessa linha, buscaremos, aqui, detalhar todo o conteúdo programático da matéria,
numa linguagem simples e objetiva, sem, contudo, ser superficial.
Nosso curso atenderá tanto ao concurseiro do nível mais básico, ou seja, aquele que
está vendo a matéria pela primeira vez, como aquele mais avançado, que deseja fazer uma
revisão completa e detalhada da disciplina.
Além disso, resolveremos aqui muitas questões de concursos anteriores, de tal forma
que você ficará bastante afiado na matéria, ao ponto de chegar à prova com bastante
segurança.
Antes de iniciar os comentários sobre o funcionamento do nosso curso, gostaria de
fazer uma breve apresentação pessoal.
Sou Administrador de Empresas com especialização em Finanças pela Fundação Getúlio
Vargas – FGV – e Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil, aprovado no concurso nacional
de 2009/2010.
Atuei, inicialmente, na Área de Arrecadação e Administração Tributária, passando pelo
setor de Planejamento e Controle da Atividade Fiscal até chegar à atividade de Fiscalização
propriamente dita.
Porém, antes de tomar posse no meu atual cargo, eu já o havia exercido anteriormente,
entre 1999 e 2001. É que fui aprovado no concurso de Auditor-Fiscal da Receita Federal (na
época AFTN) de 1998, e, após 2 anos de exercício na atividade de fiscalização de empresas
da Região Norte do país, recebi e aceitei um convite para voltar a trabalhar na iniciativa
privada em minha cidade: Salvador.
Após alguns anos na área privada, vivendo momentos de alta satisfação alternados
com momentos de insatisfação, resolvi voltar a estudar para concursos públicos em 2006.
Essa fase foi muito difícil. Eu tinha uma jornada dura, mas tinha que ser discreto, já que
trabalhava e estudava muito, mas sem “poder dar muita bandeira” dessa dupla jornada.

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Sei que muitos de vocês vivem situações parecidas, mas acreditem que essa situação
é transitória.
No meu caso, fui recompensado com a aprovação para o cargo de Analista de Finanças e
Controle – AFC – da Controladoria Geral da União – CGU – no ano de 2008, cargo atualmente
denominado Auditor Federal de Controle Interno.
Entretanto, mesmo já trabalhando em bom cargo e com um excelente ambiente de
trabalho na CGU, eu não me acomodei.
Continuei com meus estudos rumo ao sonho de voltar a ser Auditor-Fiscal da Receita
Federal, que, como já dito, pode ser realizado com a aprovação no concurso de 2009/2010.
É isso!
Espero dividir com você a experiência adquirida ao longo da minha preparação, pois sei
exatamente o que se passa “do outro lado”: as angústias, as expectativas, as dificuldades,
mas também os sonhos.
Não esqueça que são os sonhos que nos movem!
Acredite e se esforce ao máximo.
Esse é o segredo!
Ao final dessa aula, quero ver tanto eu quanto você com uma sensação boa, de que
estamos no caminho certo.
Uma última coisa, peço que avalie a aula. Se gostou, ótimo. Se não gostou, diga-me os
motivos. Sua opinião é muito importante para mim e para o GRAN.
Analisados todos os itens que nortearão o nosso curso, vamos ao que interessa.
Como diria Mahatma Gandhi:

Você nunca sabe que resultados virão da sua ação. Mas se você não fizer nada, não existirão
resultados.

Então, vamos nessa. Tenha um excelente aproveitamento neste curso!


Prof. Manuel Piñon

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Finanças Públicas
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ORÇAMENTO PÚBLICO

1. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE AFO, FINANÇAS PÚBLICAS,


DIREITO FINANCEIRO E ORÇAMENTO PÚBLICO

1.1. ORÇAMENTO PÚBLICO, FINANÇAS PÚBLICAS, AFO E DIREITO FINANCEIRO


Uma boa maneira de começar a estudar essa matéria é compreender do que ela trata
e saber distingui-la de outras matérias muito similares em termos de assuntos cobrados
nos editais de concursos públicos. Estou me referindo às matérias Direito Financeiro e
Finanças Públicas, além de AFO – Administração Financeira e Orçamentária, na qual,
por exemplo, o tema Orçamento Público se faz presente.
Podemos dizer que o Direito Financeiro tem uma “pegada” normativa, as Finanças
Públicas uma “pegada” normalmente especulativa, ou seja, não foca em normatização,
e AFO consiste na administração das finanças e do orçamento público.
Vale destacar que Finanças Públicas é a terminologia usada para se referir ao conjunto
de problemas da política econômica que envolvem o uso de medidas de tributação e de
dispêndios públicos. Chamada também, em alguns editais de concursos públicos, de economia
do setor público, a matéria Finanças Públicas foca no impacto das ações governamentais
no crescimento econômico, ou seja, abarca as receitas, despesas e o endividamento público
não em um viés jurídico, mas econômico.
Podemos dizer que o Direito Financeiro é mais amplo que AFO, com foco, claro, nas
normas que regulam seu campo de atuação.
Na verdade, o estudo de AFO engloba o Direito Financeiro com uma “pegada”
administrativa, ou seja, abrange a atividade financeira do estado, focada em sua aplicação
na gestão pública.
Em outras palavras, podemos dizer que AFO é o ramo da ciência administrativa foca
na gestão das finanças e do orçamento público, desde sua concepção até a sua prestação
de contas e avaliação de resultados.
Assim, sucintamente, podemos enxergar o estudo de AFO pela ótica de assegurar a
execução das funções do Estado, contribuindo para aprimorar o planejamento, a organização,
a direção, o controle e a tomada de decisões dos gestores públicos em cada uma dessas fases.
Enquanto o Direito Financeiro foca mais em disciplinar a atividade financeira do Estado
de modo amplo e está mais voltado para uma abordagem legalista e doutrinária, a matéria
AFO possui um enfoque mais orçamentário, exigindo conhecimentos mais aprofundados
sobre as técnicas de orçamentação, adquiridos com a leitura de manuais, especialmente

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o MTO – MANUAL TÉCNICO DO ORÇAMENTO – e o MCASP – MANUAL DE CONTABILIDADE


APLICADA AO SETOR PÚBLICO –, e normas infralegais sobre o tema.
Bem, devidamente situados, veja, agora, como a Doutrina conceitua o Direito Financeiro.
O Doutrinador Ricardo Lobo Torres nos diz que Direito Financeiro é:

o conjunto de normas e princípios que regulam a atividade financeira, incumbindo-lhe disciplinar


a constituição e a gestão da fazenda pública, estabelecendo as regras e os procedimentos para
a obtenção da receita pública e a realização dos gastos necessários à consecução dos objetivos
do Estado.

Já o para o Doutrinador Kiyoshi Harada é:

o ramo do Direito Público que estuda a atividade financeira do Estado sob o ponto de vista jurídico.

1.2. ATIVIDADE FINANCEIRA DO ESTADO


Antes de adentrarmos em seu embasamento constitucional, precisamos conhecer o
conceito de Atividade Financeira do Estado – AFE, que, por sua vez, ENGLOBA 4 elementos
que estão intimamente ligados:

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1) obter Receita Pública (orçamentária);


2) criar o Crédito Público (empréstimo público);
3) gerenciar ou gerir o Orçamento Público (LOA – Lei Orçamentária Anual);
4) despender Recursos (Gastar) – Executar a Despesa Pública (orçamentária).

Cuidado para não fazer confusão. Note que uma coisa é a atividade financeira do Estado
(obtenção de receita, realização da despesa e gestão do orçamento e da dívida pública) que
é responsabilidade do DIREITO FINANCEIRO. Outra coisa é atividade econômica do Estado
(controle e regulação da atividade econômica, atuação como produtor de bens e serviços,
realização de concessões etc.) que é responsabilidade do DIREITO ECONÔMICO.

Para melhor visualização da Atividade Financeira do Estado, veja:

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ATIVIDADE FINANCEIRA DO ESTADO

GERIR Orçamento/planejamento

OBTER Receita

GASTAR Despesa

CRIAR
Crédito

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001. (CESPE/TCE–PE/AUDITOR/2017) Com referência ao direito financeiro, julgue o


item seguinte.
Além de disciplinar o Sistema Financeiro Nacional, o direito financeiro regulamenta a atividade
financeira do Estado no que diz respeito a orçamento público, receita pública, despesa
pública, crédito público, responsabilidade fiscal e controle da execução orçamentária.

Tenha em mente que o Direito Financeiro é o ramo do Direito Público que disciplina a
atividade financeira do estado, que abrange a receita pública (obtenção de recursos), o
crédito público (criação de recursos), o orçamento público (gestão de recursos) e a despesa
pública (dispêndio de recursos).
Por seu turno, o SFN – Sistema Financeiro Nacional – é regulado pelo Direito Econômico,
que disciplina o sistema econômico e as atividades econômicas exercidas tanto por
particulares quanto pelo próprio Estado.
Note, portanto, que o SFN não está relacionado à receita pública (obtenção de recursos),
ao crédito público (criação de recursos), ao orçamento público (gestão de recursos) e à
despesa pública (dispêndio de recursos).
Errado.

Vale, agora, relembrar o saudoso Mestre Aliomar Baleeiro, que nos disse que a atividade
financeira do Estado consiste em obter, criar, gerir e despender o dinheiro indispensável
às necessidades, cuja satisfação o Estado assumiu ou cometeu a outras pessoas de
direito público.

ATIVIDADE FINANCEIRA DO ESTADO

É a procura de meios para satisfazer as necessidades públicas


(Alberto Deodato)

Para Aliomar Baleeiro:

Obter recursos: as chamadas RECEITAS PUBLICAS

Criar o crédito público: endividamento público

Gerir e planejar: aplicação dos recursos

Despender recursos: despensas públicas

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ATIVIDADE FINANCEIRA DO ESTADO

SAÚDE
JUSTIÇA SEGURANÇA EDUCAÇÃO
ETC.

SOCIEDADE ESTADO

TRIBUTOS

ORÇAMENTO

Atividade
financeira
do estado

Obtenção de Gerência dos Dispêndio dos Obtenção de


recursos recursos recursos recursos
emprestados

Receita Pública Orçamento


Despesas Crédito
público
públicas público

Assim, podemos “destrinchar” essa ideia em 3 partes:


1) O Estado, na realização da atividade financeira, tem como objetivo obter recursos
(RECEITA PÚBLICA) para poder despendê-los (DESPESA PÚBLICA) na aplicação de seus fins.
2) Além disso, nem sempre os recursos obtidos são suficientes, por isso, o Estado precisa
criá-los (CRÉDITO PÚBLICO) para que sejam capazes de atender todos os dispêndios.
3) Por fim, toda essa atividade deve ser gerenciada (ORÇAMENTO PÚBLICO).

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Atividade Financeira do Estado

Arrecadar receitas Realizar despesas Criar o crédito público

Orçamento Público

É importante destacar que, no que diz respeito à extensão da atividade financeira do Estado,
o STF já manifestou posição no sentido de que os Tribunais de Contas têm competência para
fiscalizar empresas públicas e sociedades de economia mista, independente da exigência
de dano ao Erário (MS n. 25.092 e MS n. 25.181).

002. (CESPE/MPU/ANALISTA/2015) Julgue:


A atividade financeira do Estado, caracterizada pela presença constante de uma pessoa
jurídica de direito público, tem como principal finalidade a arrecadação de recursos.

Amigo(a), na verdade a atividade financeira do Estado engloba obter receita, criar crédito
público, gerir recursos e gastá-los para promover desenvolvimento econômico e social e o
bem comum de sua sociedade.
Logo, é errado dizer que a atividade financeira do Estado tem como principal finalidade a
arrecadação de recursos. Volto a lembrar que a principal finalidade do Estado é promover
desenvolvimento econômico e social e o bem comum de sua sociedade.
Errado.

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1.3. DISTINÇÃO ENTRE DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO


Muita gente também confunde os ramos do Direito Financeiro (que de certo modo está
diretamente relacionado ao estudo de AFO, Finanças Públicas e Orçamento Público) e
Direito Tributário, e os examinadores gostam de colocar pegadinhas nesse sentido.
No passado, realmente existia uma ausência de separação clara didática clara entre os
Direitos Tributário e Financeiro, que eram abrangidos na “ciência das finanças”.
Com o advento da Lei n. 4.320/1964, que surgiu para estabelecer normas gerais sobre
Direito Financeiro e que passou a funcionar como elemento central de delimitação do objeto
do Direito Financeiro, essa distinção ganhou corpo, mas foi com a Lei n. 5.172/1966 (CTN
– Código Tributário Nacional) que tal distinção ficou mais clara e, após a promulgação da
CF/1988, o campo de atuação de cada uma dessas ramos ficou ainda mais definido.
Mesmo assim, podemos dizer que existe uma linha tênue entre o Direito Financeiro
e o Direito Tributário, uma vez que ambos pertencem ao Direito Público e atuam na
obtenção de receitas pelo Estado.
Existe autonomia para cada um deles, conforme previsão constitucional, mas, na
prática, o Direito é um só e essa classificação em ramos é apenas didática. Na realidade,
existe forte ligação entre os ramos e entre os seus dispositivos legais, como veremos ao
longo do curso.
No caso das receitas derivadas, como é o caso dos tributos, se, de um lado, o Direito
Tributário regulamenta as suas respectivas alíquotas, bases de cálculo e hipóteses de
incidência, de outro, o Direito Financeiro, por seu turno, cuida da aplicação desses tributos
como instrumento de financiamento de despesas públicas. Pode-se notar, portanto, o viés
da grande diferença entre esses dois ramos do Direito.
Pode-se afirmar, ainda, que cabe ao Direito Financeiro disciplinar e regular a atividade
financeira do Estado, exceto o que se refere à tributação, que é da alçada do Direito
Tributário. Caso o CESPE em sua prova coloque uma assertiva como essa, marque “certo”.
E o CESPE colocou, veja:

003. (CESPE/IPEA/TÉCNICO/2008) No que concerne ao orçamento público, julgue o item


que segue.
A natureza jurídica da lei orçamentária anual no Brasil não interfere nas relações entre os
sujeitos passivos e ativos das diversas obrigações tributárias.

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É verdade, a Lei Orçamentária Anual – LOA – não interfere nas relações entre os sujeitos
passivos e ativos das diversas obrigações tributárias, pois cabe ao Direito Financeiro
disciplinar e regular a atividade financeira do Estado, exceto o que se refere à tributação,
que é da alçada do Direito Tributário.
Certo.

Podemos dizer que, de certo modo, o estudo do Direito Financeiro é mais abrangente
que o do Direito Tributário, já que enquanto o Direito Financeiro estabelece normas relativas
à arrecadação da receita, à gestão orçamentária e do crédito público e ao dispêndio público
(despesa), o Direito Tributário regulamenta apenas a receita derivada, coercitiva, imposta
por lei, que é o tributo.

Além disso, não é da competência de o Direito Tributário regular a forma como a receita
tributária será aplicada no financiamento das políticas públicas em prol da coletividade,
assunto afeto ao Direito Financeiro. Na verdade, quem abarca a decisão do Estado sobre a
aplicação dos recursos arrecadados com os tributos é o Direito Financeiro e não o Direito
Tributário.

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Veja como o MTO – Manual Técnico de Orçamento – apresentou essa distinção:

O Direito Financeiro tem por objeto a disciplina jurídica de toda a atividade financeira do Estado
e abrange receitas, despesas e créditos públicos. O Direito Tributário tem por objeto específico a
disciplina jurídica de uma das origens da receita pública: o tributo.

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004. (CESPE/MUNICÍPIO DE FORTALEZA/PROCURADOR/2017) Com fundamento na disciplina


que regula o direito financeiro e nas normas sobre orçamento constantes na CF, julgue o
item a seguir.
Constitui ofensa à competência reservada ao chefe do Poder Executivo a iniciativa parlamentar
que prevê, na LDO, a inclusão de desconto no imposto sobre a propriedade de veículos
automotores, em caso de pagamento antecipado.

O STF – Supremo Tribunal Federal – já pacificou o entendimento de que a iniciativa


parlamentar em assunto de Direito Tributário NÃO invade a competência do Poder
Executivo sobre matéria orçamentária (ADI n. 724).

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Nessa toada, o STF manifestou entendimento de que até mesmo a concessão de benefícios
fiscais não é legislar sobre orçamento (ADI n. 2464).
Errado.

1.4. FONTES DO DIREITO FINANCEIRO E ORÇAMENTÁRIO


O Direito Financeiro e o Orçamento Público encontram sua “gênese normativa” na
Constituição Federal de 1988 – CF/1988 –, especialmente entre os artigos 163 e 169.

DICA
Para a matéria AFO/Orçamento Público o foco maior deve
ser os artigos 165 a 169. Em sua prova, com certeza, teremos
questões retiradas deles e, nesta aula, vamos explorá-los
ao máximo.

Mas, além da letra da CF/1988, as Finanças Públicas e Orçamento Público têm


sustentação na Lei de Normas Gerais de Direito Financeiro, a Lei n. 4.320/1964, também
conhecida como Lei do Orçamento Público, que é uma lei originalmente ordinária, federal,
porém de abrangência nacional, vinculando todos os entes políticos, quais sejam União,
Estados, DF e Municípios.

A CF/1988 além de destinar um capítulo para tratar das finanças públicas, recepcionou
a Lei n. 4.320/1964 atribuindo-lhe status de Lei Complementar.

RESERVA DE LEI COMPLEMENTAR


O artigo 165, § 9º, da CF/1988 estabelece a competência de Lei Complementar para:

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:


§ 9º Cabe à lei complementar:
I – dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano
plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual.

Raciocine comigo: se a CF é de 1988 e, antes dela, já vigorava Lei n. 4.320/1964, aprovada


pelo Congresso Nacional por maioria simples, em processo legislativo de lei ordinária, então
estamos diante de uma inconsistência constitucional.
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Em verdade, essa incongruência deve-se ao fato de que a CF/1988 exige lei complementar
para tratar de exercício financeiro e dos instrumentos do Plano Plurianual – PPA –, da Lei
de Diretrizes Orçamentárias – LDO – e da Lei Orçamentária Anual – LOA.
Assim, contrariando a previsão da CF/1988, a lei que regulamentou o exercício financeiro,
período durante o qual o Estado realiza a sua atividade financeira, arrecadando receitas e
executando despesas, é a Lei n. 4.320/1964, editada e publicada originalmente como lei
ordinária.
ENTRETANTO, NÃO se pode afirmar, que pelo fato de ser uma lei pretérita à CF/1988,
que inaugurou um novo ordenamento jurídico no Brasil a partir daquele ano, e que vai contra
o que diz a norma do artigo 165, § 9º, I, da CF/1988, foi automaticamente revogada com
a publicação da Lei Maior. Na verdade, a Lei n. 4.320/1964 não foi revogada, mas, sim,
recepcionada como se Lei Complementar fosse. Assim, de acordo com a jurisprudência
do Supremo Tribunal Federal (ADI n. 1726), a Lei n. 4.320/1964 foi recepcionada com
o status de lei complementar perante o texto constitucional de 1988, apesar da sua
forma originária de lei ordinária.
Em suma, a Lei n. 4.320/1964 é uma lei formalmente ordinária, aprovada por meio
de processo legislativo ordinário, quórum de deliberação parlamentar maioria simples, e
materialmente complementar, pois a matéria que ela trata é de Lei Complementar, com
fulcro no artigo 165, § 9º, I, CF/1988.
Desse modo, pelo fato de a Lei n. 4.320/1964 ter sido recepcionada pelo atual ordenamento
jurídico brasileiro, ditado pela Carta Magna de 1988, com status de lei complementar, somente
poderá ser alterada por uma lei federal de mesma matéria, e por Lei Complementar.

Mesmo sendo uma lei formalmente ordinária e materialmente complementar, a Lei n.


4.320/1964 somente poderá ser alterada, desde a vigência da atual Constituição, por uma
lei complementar tanto no que diz respeito à forma quanto no que diz respeito à matéria.

É importante deixar claro que o Direito Financeiro e o Orçamentário não são normatizados
apenas pela CF/1988 e pela Lei n. 4.320/1964, pois a Lei Complementar n. 101/2000 (Lei
de Responsabilidade Fiscal – LRF) também tem relevante importância.
Além dessas 2 Leis Complementares, temos as Leis do PPA, da LDO e da LOA e de créditos
adicionais, que serão apresentadas ao longo do curso.
Ao longo do curso, também faremos menções às jurisprudências mais significativas do
STF e a dispositivos infralegais, como o Decreto n. 93.872/1986, e aos Manuais MTO – Manual
Técnico do Orçamento – e MCASP – Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público.

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Veja a pirâmide das fontes do Direito Financeiro e Orçamentário:

Fontes

Constituição
Federal Art. 165, § 9º da CF/88

Lei Lei de Responsabilidade


Complementares
PPA – LDO – LOA
Leis Ordinárias
Medidas Provisória Crédito Adicionais

Somente Créditos Extraordinários


Jurisprudência

Decretos
Demais normas secundárias
Portarias

A Doutrina classifica as fontes em fontes formais (primárias e secundárias) e fontes


materiais.
Enquanto as fontes formais são as regras escritas, ou seja, o direito positivado, as fontes
materiais são atos que exprimem fatos. As fontes formais, por sua vez, são classificadas em
fontes primárias, que são as principais, e em fontes secundárias. Como exposto, as fontes
primárias principais do Direito Financeiro são:
• a Constituição Federal de 1988;
• as leis ordinárias e complementares;
• os tratados e convenções internacionais;
• medidas provisórias;
• leis delegadas (campo restrito);
• decretos legislativos; e
• resoluções do Senado Federal.
Registre-se que os demais decretos, regulamentos e atos normativos (como as portarias)
são fontes secundárias.

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1.5. COMPETÊNCIA PARA LEGISLAR SOBRE DIREITO FINANCEIRO E


ORÇAMENTO PÚBLICO
É importante registrar que a competência para legislar sobre Direito Financeiro e
Orçamento Público é concorrente da União, Estados e Distrito Federal, como define o
artigo 24, I e II; e § 1º ao 4º da CF/1988. Veja:

Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
I – direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
II – orçamento;
§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer
normas gerais.
§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência
suplementar dos Estados.
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa
plena, para atender a suas peculiaridades.
§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no
que lhe for contrário.

Veja essa linha de raciocínio na sequência dos parágrafos do inciso II artigo 24 da CF/1988,
especialmente o que revela o 4º:

§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer


normas gerais.
§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência
suplementar dos Estados.
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa
plena, para atender a suas peculiaridades.
§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual,
no que lhe for contrário.

Note que o dispositivo normativo anterior não faz menção aos municípios, mas existe a
possibilidade de dispor sobre temas próprios e específicos de direito financeiro, conforme
disposição expressa do art. 30, II, CF/1988. Confira:

Art. 30. Compete aos Municípios:


II – suplementar a legislação federal e a estadual no que couber.

Nessa pegada, a doutrina, EMBORA NÃO DE MODO PACÍFICO, tem aceitado que existe
competência também para os Municípios, com base no art. 30, I, da CF/1988.
Sempre é bom lembrar de que, no âmbito da competência concorrente, cabe à União
estabelecer normas gerais, e aos Estados, DF e Municípios suplementar o que foi estabelecido

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pela União. Em verdade, a norma geral já foi editada pela União desde 1964. Trata-se da Lei
n. 4.320/1964, lei federal de normas gerais de direito financeiro, de abrangência nacional,
vinculando, portanto, todos os entes políticos.

É importante deixar claro novamente que, no âmbito da legislação concorrente, cabe à


União legislar sobre normas gerais de direito financeiro (art. 24, § 1º, CF/1988), e o Estado/
DF mantém competência suplementar (art. 24, § 2º, CF/1988), tendo os municípios a
prerrogativa constitucional de suplementar a legislação federal e estadual, no que couber,
conforme já explanado (art. 30, II, CF/1988), com apoio da Doutrina, embora não pacífica.

E se não houvesse legislação federal, o que não é o caso, o Estado teria competência
legislativa plena (artigo 24, § 3º, CF/1988), o que significaria a possibilidade jurídica de
editar lei de normas gerais de direito financeiro para atender a suas peculiaridades,
professor?

Sim! “Se ligue!” Mas, como dito antes, não é o caso, pois a União já estabeleceu as Normas
Gerais (Lei n. 4.320/1964).
Entretanto, é importante deixar claro que, mesmo diante dessa possibilidade, se depois
sobrevier a lei federal, posterior à edição da lei estadual de normas gerais de direito financeiro,
as normas contrárias da lei estadual de normas gerais terão a sua eficácia suspensa, sendo
válidas apenas as disposições normativas que não contrariarem as federais editadas, pois
a superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual no
que lhe for contrária (art. 24, § 4º, CF/1988).

005. (CESPE/TCE–PE/AUDITOR/2017) Com referência ao direito financeiro, julgue o


item seguinte.
Os estados-membros e o Distrito Federal estão impedidos de editar normas gerais acerca
da elaboração dos seus orçamentos, porque a CF atribui tal competência legislativa à União.

Na verdade, essa competência é concorrente. Confira no artigo 24 da CF/1988, com grifos


nossos:

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Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
I – direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
II – orçamento;

Errado.

2. ORÇAMENTO PÚBLICO

2.1. CONCEITO

O Orçamento Público é um documento que prevê as receitas –quantias de moeda que,


num período determinado (normalmente um ano), devem entrar – e fixa as despesas, com
especificação de suas principais fontes de financiamento e das categorias de despesas
mais relevantes.

DICA
Fique atento aos termos: no orçamento as receitas são
previstas e as despesas são fixadas.

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Vamos conhecer o conceito doutrinário de orçamento público segundo autores renomados


na matéria.
De acordo com os autores Abrucio e Loureiro, em Finanças Públicas, Democracia e
Accountability, FGV, 2004:

o orçamento é um instrumento fundamental de governo, seu principal documento de políticas


públicas. Por meio dele os governantes selecionam prioridades, decidindo como gastar os
recursos extraídos da sociedade e como distribuí-los entre diferentes grupos sociais, conforme
seu peso ou força política. Portanto, nas decisões orçamentárias os problemas centrais de uma
ordem democrática como representação e accountability estão presentes. (...) A Constituição de
1988 trouxe inegável avanço na estrutura institucional que organiza o processo orçamentário
brasileiro. Ela não só introduziu o processo de planejamento no ciclo orçamentário, medida
tecnicamente importante, mas, sobretudo, reforçou o Poder Legislativo.

Para o saudoso mestre Aliomar Baleeiro, na obra “Uma introdução à ciência das
finanças” (2015):

o orçamento público é o ato pelo qual o Poder Executivo prevê e o Poder Legislativo autoriza,
por certo período de tempo, a execução das despesas destinadas ao funcionamento dos serviços
públicos e outros fins adotados pela política econômica ou geral do país, assim como a arrecadação
das receitas já criadas em lei.

Finalmente, para Giacomoni, na obra “Orçamento Público”, Atlas, 2021:

de acordo com o modelo de integração entre planejamento e orçamento, o orçamento anual


constitui-se em instrumento, de curto prazo, que operacionaliza os programas setoriais e
regionais de médio prazo, os quais, por sua vez, cumprem o marco fixado pelos planos nacionais
em que estão definidos os grandes objetivos e metas, os projetos estratégicos e as políticas
básicas.

006. (CESPE/PGE–PE/ASSISTENTE/2019) O orçamento público, um instrumento fundamental


de governo, constitui o principal documento de políticas públicas. A respeito desse assunto,
julgue o seguinte item.
Com base no orçamento público, os governantes selecionam as prioridades e decidem como
empregar os recursos extraídos da sociedade e como distribuí-los entre diferentes grupos
sociais, conforme o peso ou a força política desses grupos.

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Veja a definição dos doutrinadores Ciro Biderman e Paulo Arvate, na obra “Economia do
Setor Público no Brasil”:

o orçamento é um instrumento fundamental de governo, seu principal documento de políticas


públicas. Por meio dele, os governantes selecionam prioridades, decidindo como gastar os
recursos extraídos da sociedade e como distribuí-los entre diferentes grupos sociais, conforme
seu peso ou força política.

Certo.

Então, em uma linguagem técnica, porém mais simples, o que é Orçamento na Admi-
nistração Pública, professor?

Simplificadamente, podemos dizer que Orçamento é um processo contínuo, dinâmico e


flexível, que traduz, em termos financeiros, para determinado período (um ano), os planos
e programas de trabalho do governo.
Com palavras um pouco mais técnicas, é o ato pelo qual o Poder Executivo prevê a
arrecadação de receitas e fixa a realização de despesas para o período de um ano e o
Poder Legislativo lhe autoriza, por meio de LEI, a execução das despesas destinadas ao
funcionamento da máquina administrativa.
De modo mais direto, podemos dizer que o Orçamento do Estado é o ato contendo
a aprovação prévia das Receitas e Despesas Públicas para um período determinado.

007. (CESPE/MPE–PI/TÉCNICO/2018) Julgue o item seguinte, relativo ao orçamento público.


O orçamento, importante instrumento de planejamento de qualquer entidade pública ou
privada, representa o fluxo previsto de ingressos financeiros e a aplicação desses recursos
em determinado período de tempo.

Aproveite e confira a literalidade do MCASP:

O orçamento é um importante instrumento de planejamento de qualquer entidade, seja pública


ou privada, e representa o fluxo previsto de ingressos e de aplicações de recursos em determinado
período.

Certo.

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O Orçamento Público, também chamado de “orçamentos anuais”, tecnicamente falando,


de forma restritiva, é a LOA – Lei Orçamentária Anual.

Outra forma de vermos o orçamento é como um processo mais amplo, englobando


também o PPA e a LDO:

ENTENDENDO ORÇAMENTO PÚBLICO


O que é orçamento público?
Planejamento de previsão de arrecadação de receitas (impostos taxas,
contribuições...) e fixação de despesas públicas para realização das políticas
públicas por meio de programas, projetos atividades e operações especiais
para um determinado período de tempo, aprovados nas leis do Plano
Plurianual-PPA, Lei de diretrizes orçamentárias-LDO e Lei orçamentária
anual-LOA.

Iniciativa do Poder Executivo enviado ao Poder Legislativo para aprecia-


ção e aprovação, sancionado pelo Poder Executivo

Temos a ideia de Orçamento Público em sentido amplo, quando trata das Leis
Orçamentárias:
PPA – Plano Plurianual
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LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias


LOA – Lei Orçamentária Anual
Tenha em mente que o termo Orçamento Público também é usado em sentido
estrito quando se refere especificamente à LOA, que é o Orçamento Público anual
propriamente dito.
Além dos sentidos amplo e estrito, o termo Orçamento Público ainda pode ser usado
em sentido técnico, ou seja, quando se refere à autorização legislativa para execução das
despesas, ou melhor, à autorização dos representantes do povo “convertida” em créditos
orçamentários para que se possa efetuar o gasto público.
Note que o Poder Executivo prevê e o Poder Legislativo lhe autoriza (temos um
sistema misto), por certo período, e em pormenor, a execução das despesas destinadas
ao funcionamento dos serviços públicos e outros fins adotados pela política econômica ou
geral do país, assim como a arrecadação das receitas já criadas em lei.
Em suma, podemos dizer que o Orçamento do Estado é o ato contendo a aprovação
prévia das Receitas e Despesas Públicas para um período determinado.

2.2. DIMENSÕES DO ORÇAMENTO PÚBLICO


Na verdade, o orçamento público pode ser analisado sob diversos aspectos: político,
econômico, social, administrativo, jurídico etc., e, de acordo com a evolução da sociedade e
com a variação de suas necessidades, um ou outro aspecto surge como o mais importante
do orçamento naquele momento.
É importante saber que, para parte da Doutrina, o Orçamento Público apresenta três
importantes dimensões, todas de interesse direto para a sociedade: dimensão jurídica,
dimensão econômica e dimensão política.
Existe também outra parte da doutrina que elenca ainda outros dois aspectos:
administrativo e técnico.
De acordo com a atuação jurídica, o orçamento tem caráter e força de lei, e, enquanto
tal, define limites a serem respeitados pelos governantes e agentes públicos – no tocante
à realização de despesas e à arrecadação de receitas.
Seguindo a regra geral relativa à elaboração e à aprovação das leis em nosso país, também
o processo legislativo relativo ao Orçamento Público (PPA, LDO e LOA) passa obrigatoriamente
pelas etapas de discussão nas comissões e no plenário, as votações nas comissões e em
plenário, inclusive acerca de eventuais emendas e destaques, até a sanção presidencial.
Já em relação à sua pegada administrativa, o orçamento é visto como importante peça
de planejamento, na medida em que o Estado busca saber o quanto disporá em termos de
recursos financeiros para aplicar em prol das necessidades coletivas.

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Segundo o Doutrinador Giacomoni, o orçamento auxilia os responsáveis pelas finanças


públicas na consecução das diversas etapas do processo administrativo, tais como a
programação, a execução e o controle.
Ainda existe a pegada sob o aspecto técnico. Nesse quadrante, foram estabelecidos
inúmeros mandamentos que visam disciplinar e dar uniformidade à estrutura da lei
orçamentária no país, por meio da apresentação de demonstrativos, estimativa da receita,
demonstração de resultados e contabilização da execução orçamentária, dentre outros.
Note outra maneira de visualizar as dimensões do Orçamento Público:

Em suma, podemos dizer que o orçamento, portanto, tem aspecto político, porque
revela ações sociais e regionais na destinação das verbas. Tem também características
econômicas, porque manifesta a realidade da economia. É técnico, porque utiliza cálculos
de receita e de despesa e tem, ainda, aspectos jurídicos, porque atende às normas da
Constituição Federal e de leis infraconstitucionais.

008. (CESPE/IPHAN/AUXILIAR/2018) Em relação ao orçamento público e seus preceitos,


julgue o item.
Orçamento é o plano contábil que expressa como as ações de governo serão executadas,
por meio da aplicação de recursos (despesas) e suas formas de financiamento (receitas).

Na verdade, o orçamento não é apenas plano contábil, já que contempla uma multiplicidade
de aspectos: político, jurídico, contábil, econômico, financeiro e administrativo.
Errado.

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2.3. OUTROS ASPECTOS RELEVANTES DO ORÇAMENTO PÚBLICO


Quem elabora e executa o orçamento Público no Brasil?
É apenas o Poder Executivo?
O que você acha?

Na realidade, todos os Poderes e o Ministério Público elaboram suas propostas


orçamentárias, porém, quem executa a maior parte das despesas públicas é o Poder
Executivo, mesmo porque essa é a sua principal função.
Basicamente, em termos de elaboração da proposta orçamentária, genericamente
falando, temos o seguinte: todos os Poderes (Executivo, Legislativo, Judiciário e mais o
Ministério Público), e demais órgãos (Unidades Orçamentárias) elaboram as suas propostas
orçamentárias e encaminham para o Poder Executivo (Ministério da Economia que absorveu
o antigo MPOG – Planejamento, Orçamento e Gestão), que faz a consolidação de todas as
propostas e encaminha um projeto de Lei de Orçamento ao Congresso Nacional.

Nenhuma proposta orçamentária, nem mesmo a do Poder Legislativo, pode ser encaminhada
diretamente ao Congresso Nacional pelo órgão que elabora a sua proposta orçamentária.
Essa competência é privativa do Presidente da República (Inciso XXIII, do art. 84, da CF).

O famoso doutrinador Alexandre de Moraes, agora Ministro do STF, descreve em sua


obra in “Direito Constitucional”, 16ª edição, p. 594, que a iniciativa das leis orçamentárias
é exclusiva e obrigatória para Estados e Municípios, e ainda argumenta que se trata de
iniciativa legislativa vinculada, uma vez que deverá ser remetida ao Congresso Nacional no
tempo estabelecido pela própria Constituição Federal.

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É até comum, em provas de concurso, perguntarem sobre quem tem competência para dispor
sobre orçamento público no Brasil. Essa competência é exclusiva do Congresso Nacional.

DICA
O termo dispor (na área orçamentária) significa votar,
apresentar e rejeitar emendas, manter ou derrubar vetos
do Presidente da República, aprovar créditos adicionais,
fiscalizar etc.

Aí eu lhe pergunto:
Caso o Presidente da República se omita, deixando de encaminhar o projeto de lei de
orçamento ao Congresso Nacional, pode, qualquer parlamentar, apresentar esse projeto de lei?
Não. Essa competência é exclusiva do CHEFE DO PODER EXECUTIVO, função essa
exercida pelo Presidente da República. A proposta apresentada por parlamentar caracteriza
inconstitucionalidade formal.
Nessa mesma linha de pensamento, se o envio ao Congresso Nacional do projeto de lei
orçamentária anual é de competência privativa (art. 84, caput, inciso XXIII) do chefe do
Poder Executivo e o parágrafo único desse artigo não menciona explicitamente o inciso XXIII
como possibilidade de delegação pelo Presidente da República da matéria nele constante,
significa dizer que a iniciativa do orçamento público é indelegável.
Assim, o Doutrinador Alexandre de Moraes, agora Ministro do STF, e, portanto, “produtor”
de jurisprudência, prefere, portanto, chamá-la de competência exclusiva.

Essa distinção é feita em razão da existência de uma diferenciação entre a competência


privativa e a competência exclusiva; esta indelegável, a primeira passível de delegação.
Entretanto, muitas vezes existe confusão e trata-se os dois conceitos de forma indistinta.
Registre que o fato de a iniciativa ser exclusiva do Presidente da República, no caso da
União, dentre outras características, faz com que a LOA seja uma lei ordinária especial.

É importante reforçar ainda que a CF/1988 concedeu autonomia administrativa e


financeira ao Poder Judiciário, ao Ministério Público, ao Poder Legislativo e ao Tribunal de
Contas da União para elaborarem suas próprias propostas orçamentárias, encaminhando-
as ao Poder Executivo para consolidação final.

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Assim, a partir dessa consolidação final, realizada no âmbito do Ministério da Economia


(antes era no MPOG – Planejamento, Orçamento e Gestão), uma proposta consolidada de
orçamento da unidade da federação é encaminhada ao Legislativo, que a apreciará.
Vale também deixar registrado que, apesar de o Executivo receber inúmeras propostas
setoriais de orçamento público, por força do princípio da unidade orçamentária (implícito
no art. 165, § 5º da CF/1988, combinado com art. 2º, caput, Lei n. 4.320/1964, onde está
explícito), somente poderá haver um único projeto de LOA, para cada ente político, e em
cada exercício financeiro, de sorte que o Congresso Nacional só recebe um PLOA.

Cuidado com essa pegadinha. Existem questões de concursos que alegam que seria possível
um Poder enviar sua própria proposta orçamentária diretamente ao Poder Legislativo.
Fique atento, não vacile, marque “falsa”. Só quem envia é o Presidente da República.

A Lei Orçamentária Anual – LOA é o orçamento público propriamente dito, devendo


conter exclusivamente duas matérias: previsão de receita e fixação de despesa.
É importante atentarmos para a palavra previsão para receita, já a receita orçamentária
pode ser arrecadada acima do valor previsto no orçamento público, por não existir teto
para a receita, ou abaixo do previsto.
Por outro lado, em se tratando da despesa, usamos a expressão fixação, por ser prevista
com um limite até o qual poderá ser executada. A esse limite de autorização de gastos dá-se
o nome de dotação orçamentária, que é a expressão monetária do crédito orçamentário,
autorização discriminada para se gastar recursos.
Assim, no tocante às despesas, o orçamento público estabelece autorizações de gastos
por meio dos chamados créditos orçamentários, limitados por suas respectivas dotações.
Destaque-se ainda que, de acordo com o artigo 166 da nossa Carta Magna, os projetos
de lei relativos ao PPA, à LDO, à LOA e aos créditos adicionais devem ser apreciados pelas
duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum, ou seja, devem ser
analisados e votados pelo Poder Legislativo.
O próprio artigo 167, VII, CF/1988 estabelece a seguinte vedação orçamentária:

Art. 167. São vedados:


(...)
VII – a concessão ou utilização de créditos ilimitados;

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Raciocine comigo: se é o Poder Legislativo quem autoriza a LOA e, portanto, os créditos


orçamentários com suas respectivas dotações, significa dizer que o Legislativo não poderá
conceder um crédito ilimitado para o Poder Executivo gastar ilimitadamente.
Concorda?
Por essa razão, existem limites de gastos preestabelecidos para cada crédito orçamentário...

Professor, na prática, como se elabora o orçamento público?

Aí eu lhe digo que essa tarefa é bastante complexa e é chamada de processo de


elaboração da proposta orçamentária, entretanto, pode ser simplificadamente explicada
da seguinte forma.
Pense no seu orçamento familiar, onde são orçados os gastos do mês em função das
receitas recebidas.
Só que tenho que lhe dizer que, na Administração Pública, funciona um pouco diferente,
pois as receitas a serem arrecadadas já estão previstas em Lei, e incumbe ao Poder Executivo
prever o quanto será arrecadado no ano subsequente e a fixação das despesas em função
dessas receitas, cabendo ao Congresso Nacional autorizar sua execução.
A previsão das receitas e a fixação das despesas é semelhante à ideia do seu orçamento
familiar, só que com muito mais complexidade e burocracia...
Assim, para atender o que determinam as normas atuais e as mais avançadas técnicas
orçamentárias, no atual modelo orçamentário brasileiro deve existir estreita conexão
entre planejamento e orçamento, formando, assim, o que poderíamos chamar de binômio
inseparável.
Na verdade, a distribuição de recursos são Políticas Públicas. Para tanto, deve haver
planejamento para o entrelaçamento entre Planejamento, Orçamento-programa e
Implementação das ações.
Esse inter-relacionamento, no caso brasileiro, teve seu marco inicial, pelo menos do ponto
de vista legal, com o advento da Lei n. 4.320/1964, que pretendeu instituir o Orçamento-
Programa, instrumento de alocação de recursos com ênfase não no objeto de gasto.
Amigo(a), você não precisa ser entendido no assunto para saber que os principais
problemas da economia brasileira têm sido a deficiência ou até mesmo a ausência de
planejamento de longo prazo.

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3. TÉCNICAS/MÉTODOS/ESPÉCIES DE ORÇAMENTO

3.1. HISTÓRICO DO ORÇAMENTO – ASPECTOS INICIAIS


Ao longo da história, o Orçamento Público evoluiu em termos de conceito, funções
e técnicas de elaboração, ganhando gradativa importância no sentido uma ferramenta
fundamental para a boa gestão de recursos por parte da Administração Pública. Registre-
se que alguns autores chamam essa classificação de tipos de orçamento e outros de
espécies de orçamento.
Antes de estudarmos cada um deles, vamos traçar um breve histórico para facilitar a sua
compreensão. É importante ter em mente que essa evolução reflete o momento histórico
predominante, especialmente influenciado pela ideia econômica proeminente, que pode
ser resumido na figura seguinte:

A Doutrina predominante sempre traz como marco inicial relevante na história do


orçamento público a famosa Magna Carta do início do século XIII outorgada pelo Rei inglês
João Sem-Terra. Vamos conferir o seu dispositivo legal que nos interessa:

Art. 12. Nenhum tributo ou auxílio será instituído no Reino senão pelo seu conselho comum,
exceto com o fim de resgatar a pessoa do Rei, fazer seu primogênito cavaleiro e casar sua filha
mais velha uma vez, e os auxílios serão razoáveis em seu montante.

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Registre-se, entretanto, que apenas no século XIX, na Inglaterra, o Orçamento Público


ganhou status de instrumento formalmente acabado, época em que se desenvolve o
liberalismo econômico, que era contrário aos aumentos de carga tributária e do aumento das
despesas públicas, privilegiando o aspecto relacionado ao controle das despesas públicas.
No final do século XIX, iniciou-se a tese de um orçamento como instrumento de
planejamento e de administração pública, visto que o modelo tradicional anteriormente
vigente já atendia às necessidades públicas adequadamente.
Chegando ao século XX, a partir da década de 1930, com o capitalismo vivenciando uma
de suas mais graves crises, a doutrina keynesiana identificou o orçamento público como
peça fundamental para ser usado como instrumento de política fiscal.
De acordo com Keynes, quando em retração econômica, as empresas tendem a investir
cada vez menos, retroalimentando a crise, cabendo ao Estado agir por meio do aumento de
gastos públicos de modo a estimular a economia, aumentando dos investimentos públicos
e ampliando as linhas de crédito.
Em contraste ao Estado Liberal, temos o Estado Socialista, com controle absoluto da
atividade econômica por parte do Estado, com reflexo também no modelo orçamentário usado
extremamente centralizador. Após o período do bem-estar social, adotado aproximadamente
na década de 1940, chegamos ao Estado Neoliberal, que ainda predomina.
Em termos de Brasil, é importante contextualizar o seu histórico de acordo com as
especificidades das Constituições vigentes em determinados períodos da nossa história.
A nossa primeira Carta Magna, a Constituição Imperial de 1824, incluiu a elaboração de
orçamentos formais, sendo a competência para a sua elaboração do Poder Executivo e a
sua aprovação pelo Poder Legislativo.
Proclamada a República, com a Constituição de 1891, a elaboração do orçamento tornou-
se privativa do Congresso Nacional, com iniciativa da Câmara dos Deputados.
Por sua vez, por meio da Constituição outorgada de 1934, o orçamento público ganhou
destaque, mas na Constituição de 1937, do Estado Novo, com viés ditatorial, o orçamento
público, na prática, passou a ser centralizado em termo de elaboração e aprovação pelo
Poder Executivo.
A redemocratização do país, refletida na Constituição de 1946, trouxe de volta à
elaboração pelo Executivo e à votação/aprovação com a possibilidade de emendas pelo
Poder Legislativo.
Após o “golpe militar” de 1964, na Constituição de 1967, o Poder Executivo elaborava a
proposta orçamentária, cabendo ao Poder Legislativo, enfraquecido, apenas a sua aprovação,
sem a possibilidade de emendas relevantes. Nesse período o Brasil implantou o orçamento-
programa, por meio da Lei n. 4.320/1964 e do Decreto-Lei n. 200/1967.

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A CF/1988 reforçou o papel do orçamento público e trouxe algumas inovações com


destaque para o PPA e a LDO.
Conhecido um pouco do histórico, vamos às técnicas, métodos ou modelos de orçamento
público mais cobrados em provas de concursos públicos.

3.2. ORÇAMENTO TRADICIONAL OU CLÁSSICO


Com o surgimento do Estado Liberal inglês no século XIX, tivemos alguns reflexos
também na Administração Pública e em suas ferramentas de Gestão, sendo destacada a
criação do chamado “Orçamento Tradicional ou Clássico”, cuja ideia principal era de permitir
a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro, com o fito de controlar eventuais
aumentos dos gastos públicos.
Pode-se dizer ainda que esse modelo orçamentário serviu também como uma ferramenta
de controle político sobre o Poder Executivo. Deixava em segundo plano os seus demais
aspectos, quais sejam: econômico, contábil, administrativo e jurídico.

De acordo com a metodologia Clássica adotada na elaboração do Orçamento, a


Administração Pública e seus respectivos órgãos e entidades recebiam dotações de recursos
que seriam destinados ao pagamento dos funcionários e das compras de matérias e insumos
do período, sem qualquer vinculação entre esses recursos e o seu planejamento, seus planos
detalhados de trabalho e seus objetivos de curto, médio e longo prazo.

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Vale deixar registrado que, o que era levado em consideração, no que diz respeito à
distribuição de recursos para determinado exercício, era o valor gasto no ano anterior,
sem considerar, portanto, as ações, planos e programas de trabalho previstos para o ano
seguinte, sendo a falta de planejamento da ação governamental uma das principais
características do orçamento tradicional.
Esse tipo de orçamentação pública ficou conhecido como “lei de meios”, já que focava
nos meios e não nas metas e objetivos do Estado.
Vale destacar também que não existiam ferramentas de controle adequadas para
garantir a efetividade do gasto público, sendo os únicos parâmetros a honestidade do
agente público e a adequação do produto público às necessidades da população.

Orçamento tradicional

Por meio do
controle contábil

Função: controle político

Classificações para instrumentalizar o controle das despesas:


1. por unidades administrativas (órgãos responsáveis pelo gasto);
2. por objeto ou item da despesa.

Aqui no Brasil, as primeiras demandas para as implementações de orçamentos formais


surgiram após a Independência, com a Constituição Federal de 1822. Merece ser mencionada
a primeira lei de orçamento no Brasil, a Carta de Lei de 15/12/1830, cujo objeto era orçar
a Receita e fixar a Despesa para o período 1831–1832.

3.3. ORÇAMENTO DE DESEMPENHO OU DE REALIZAÇÕES


A principal mudança da metodologia de orçamentação pública, ou melhor, a mais
importante evolução do orçamento para o orçamento de desempenho ou de realizações
foi mudar o foco de “com o que o Estado” gasta, para “qual a finalidade do gasto”.

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Orçamento Desempenho – Realizações

Preocupa-se em saber as
coisas que o governo faz e
não as coisas que o
governo compra.

Gasto Resultado

Desvinculado a um planejamento centro das ações do governo.

O Orçamento de Desempenho é considerado o precursor do Orçamento-Programa


e sua característica fundamental é trazer para o Orçamento uma dimensão programática
aliada com a explicação detalhada dos gastos de cada unidade, buscando atender à população
com eficiência e economia, sem, entretanto, vincular os objetivos governamentais de longo
prazo, ou seja, seu Planejamento Estratégico ao Orçamento.

3.4. ORÇAMENTO-PROGRAMA
Como tudo na vida, as técnicas orçamentárias evoluíram ao longo da nossa história, desde
o Orçamento tradicional, com ênfase no gasto, passando pelo Orçamento de Desempenho
até o que denominamos hoje de Orçamento-programa, com ênfase nas realizações.
O Orçamento-Programa deve ser visto como um plano de trabalho expresso por
um conjunto de ações a realizar e pela identificação dos recursos necessários para a
sua execução.

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ORÇAMENTO
Integração
planejamento - orçamento

METAS & OBJETIVOS


Quantificação de metas
& fixação de objetivos

PROGRAMAS
Alternativas programáticas

DESEMPENHO CUSTO
Acompanhamento Insumo - produto
físico-financeiro

PRODUTO FINAL
Avaliação de resultados

ANÁLISE GERENCIAL
Gerencia por objetivos

Fazendo um “link” entre os temas Orçamento-Programa e Princípios Orçamentários,


podemos dizer que, no orçamento-programa, estão embutidos dois princípios: o da
programação e o da especificação ou discriminação.
O Orçamento-Programa explicita o princípio da programação ao apresentar os programas
de cada órgão do governo, incluindo os objetivos a serem alcançados, determinando as
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ações que serão desenvolvidas para atingir esses objetivos e calcular e consignar os recursos
para efetivar essas ações.
O Orçamento-Programa também explicita o princípio da especificação ou da
discriminação ao impedir que as dotações sejam feitas de forma globalizada, tanto no
que se refere à arrecadação de receitas quanto para gastar recursos financeiros obtidos.
Vale destacar que, desde a entrada em vigor da Lei n. 4.320/1964, o orçamento-
programa vem sendo adotado no Brasil.
Sua mola mestra é fixar as Despesas Públicas a partir da identificação das necessidades
públicas sob a responsabilidade de determinado nível de governo e da sua organização, de
acordo com as suas prioridades.
É notório que os seus aspectos administrativos e econômicos são privilegiados em
detrimento do aspecto político.
Merece destaque também o Decreto-Lei n. 200/1967 que detalhou os aspectos
operacionais do Orçamento-programa e orientou a Administração Pública Federal de modo
a estabelecer o Orçamento-Programa anual como um instrumento de planejamento, a ideia
de discriminar a despesa pública por objetivo.
Entretanto, o Orçamento-Programa tornou-se realidade com o Decreto n.
2.829/1998, que estabeleceu normas para elaboração e execução do plano plurianual e
dos orçamentos da União.
A ideia do Orçamento-Programa é fazer com que o gasto público possa ser detalhado
de modo a enfatizar a sua finalidade, identificando para cada gasto a respectiva a ação,
definindo o responsável pela respectiva execução de cada ação, além de apresentar
individualmente os resultados esperados para cada uma delas. Veja um exemplo hipotético
na figura a seguir:

EXEMPLO DE ORÇAMENTO-PROGRAMA

Qual a finalidade?

Função Educação

Subfunção Educação Fundamental


Secretaria de Educação R$ 50 milhões
Programa de redução de analfabetismo

Quais as ações necessárias?

Como benefícios mais relevantes do Orçamento-Programa podemos citar a integração


ente o planejamento e o orçamento, a quantificação dos objetivos e metas, a utilização das
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relações de insumo-produto e das diversas alternativas programáticas em seu processo


decisório, além permitir o uso de ferramentas para medir os seus resultados.

Guarde que Orçamento-Programa PRIORIZA atender aos objetivos, metas e prioridades


definidos no Planejamento das ações do Governo, integrando planejamento e orçamento.

Guarde algumas características positivas do Orçamento-programa:


1 – Permite melhor planejamento das ações do Governo;
2 – Facilita a identificação dos gastos e a realização por programas e sua comparação
em termos absolutos e relativos;
3 – Contribui para uma orçamentação mais precisa;
4 - Inter-relação entre custo e programação vinculada a objetivos;
5 – Permite maior possibilidade de redução de custos;
6 – Torna mais fácil identificar funções duplas;
7 - Foca no que a instituição realiza e não no que ela gasta;
8 – Permite melhor controle e execução dos programas.

009. (CESPE/PGE–PE/ANALISTA/2019) No que se refere ao sistema de planejamento e


orçamento do governo federal, julgue o item subsequente.
Na elaboração do orçamento-programa, são considerados todos os custos dos programas
subtraindo-se aqueles que extrapolem o exercício.

Na verdade, na elaboração do orçamento-programa devem ser considerados todos os


custos dos programas, inclusive aqueles que extrapolem o exercício.
Errado.

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Orçamento-programa - VANTAGENS
• Melhor planejamento das ações;
• Maior precisão na elaboração dos orçamentos;
• Identificação dos gastos e realizações por programa e sua comparação em termos
absolutos e relativos;
• Enfase no que a instituição realiza e não no que ela gasta.

Destaque-se que outras espécies de orçamento podem ser usadas como apoio ao
Orçamento-Programa. Veja, por exemplo, que a elaboração do orçamento de algumas
ações pode ocorrer de maneira incremental. Assim, como o valor a ser pago, em condições
normais, para as contas de energia elétrica e telefone, sofre pequena variação de um ano
para outro, pode-se aplicar apenas a inflação acumulada, utilizando, assim, o método
tradicional, acrescentando a inflação do período sobre o valor do orçamento desta ação
no ano anterior.
A seguir, um resumo comparativo entre as principais características dos orçamentos
tradicional e programa.
ORÇAMENTO TRADICIONAL X Orçamento-programa

Orçamento Tradicional Orçamento Moderno


O processo orçamentário é dissociado dos processos de O orçamento é o elo entre o planejamento e as funções
planejamento e programação. executivas da organização.
A alocação de recursos visa à consecução de objetivos
A alocação dos recursos visa à aquisição de meios.
e metas.
As decisões orçamentárias são tomadas tendo em vista As decisões orçamentárias são tomadas com base em
as necessidades das unidades organizacionais. avaliações e análises técnicas das alternativas possíveis.
Na elaboração do orçamento, são considerados todos
Na elaboração do orçamento, são consideradas as
os custos dos programas, inclusive os que extrapolam
necessidades financeiras das unidades organizacionais.
o exercício.
A estrutura do orçamento dá ênfase aos aspectos A estrutura do orçamento está voltada para os aspectos
contábeis de gestão. administrativos e de planejamento.

3.5. ORÇAMENTO BASE ZERO


Logo após a implementação do Orçamento-Programa no Brasil, apareceu nos Estados
Unidos o chamado “orçamento base zero”.
Esse modelo de orçamentação foi criado por uma empresa privada, a Texas Instruments
Co., que posteriormente ficou conhecida no mundo inteiro por suas excelentes calculadoras
financeiras, e foi trazido do setor empresarial para o setor governamental.

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Orçamento Base Zero

Planejamento: identifica o resultado desejado, estabelece


metas, objetivos, programas e define decisões básicas sobre
políticas para a organização.
Orçamento: identifica os insumos necessários e analisa
detalhadamente as funções e atividades da organização
necessárias para atingir os resultados necessários. Forma de
gerenciar recursos.

A sua ideia-chave é fazer com que todas as despesas de todos os órgãos sejam
justificadas detalhadamente, sem permitir que o simples fato de que uma despesa, que
já estivesse no orçamento do ano anterior, fosse simplesmente repetida, tratando cada
gasto demandado como um novo gasto.

DICA
A ideia é passar um pente fino em TODOS OS GASTOS.

Vale destacar que, quando da elaboração da proposta orçamentária para o ano posterior,
toda informação prévia relativa aos anos anteriores era desprezada, ou seja, a necessidade
e a utilidade de cada despesa deveria ser vista como se fosse completamente nova.

O f oco desse modelo de orçamentação era identificar gastos, programas, e até mesmo
órgãos que não tinham utilidade prática para a Administração Pública.

Seguindo essa linha de raciocínio, para que um gasto fosse “aprovado”, ela deveria ser
eficiente e eficaz, não poderia ter ainda mais suas operações reduzidas ou eliminadas.

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CONCEITO DO ORÇAMENTO BASE-ZERO

OBZ OUTROS ORÇAMENTOS

Visão das contas por


Visão das contas por áreas
pacotes e por áreas

Baseiam-se no orçamento
Incentiva revisão dos processos
do exercício anterior

Propõe priorização na Tratam todos os


alocação de recursos custos igualmente

Envolvimento de todos A alta gestão tem menor


os níveis da organização visão da parte operacional

Vamos, agora, ver um comparativo entre os Orçamentos Base Zero –OBZ – e Tradicional:

ORÇAMENTO TRADICIONAL ORÇAMENTO BASE-ZERO (OBZ)

O histórico serve como base, sendo necessário Base Folha de papel em branco, ou seja, do zero.
somente o acerto de alguns gastos.

Custos não são revistos e podem ocorrer Custos


Custos são detalhados e justificados.
desperdícios. Devidamente alocados e alinhados aos objetivos.

Autonomia baixa. Não demanda tomada de Autonomia


Autonomia (altas) total do gestor para tomada
decisões. de decisões.

Planejamento financeiro pode não estar Metas


Planejamento financeiro 100% orientado para
alinhado à estratégia. atingir as metas.

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010. (CESPE/CGM–JOÃO PESSOA/TÉCNICO/2018) A respeito de orçamento público, julgue


o item seguinte.
O orçamento-programa consiste no processo de elaboração de orçamento que exige dos
gestores, a cada novo exercício, a justificativa detalhada dos recursos solicitados.

A assertiva refere-se ao Orçamento Base Zero técnica que consiste na obrigação de que o
administrador justifique, a cada ano, todas as dotações solicitadas em seu orçamento, incluindo
alternativas, análise de custo, finalidade, medidas de desempenho, e as consequências da
não aprovação do orçamento.
A ênfase é na eficiência, e não se preocupa com as classificações orçamentárias, mas com
o porquê de se realizar determinada despesa.
Errado.

DICA
O grande legado trazido pela metodologia do Orçamento
Base Zero foi o combate àquela ideia, que existia, até então,
de gastos simplesmente repetidos de períodos anteriores,
acrescentado a expectativa de inflação. Tudo tinha que ser
revisto e novamente justificado.

011. (CESPE/STM/ANALISTA/2018) Acerca de administração financeira e orçamentária e


do orçamento público no Brasil, julgue o item.
Os programas executados de acordo com a técnica do orçamento-programa devem ser
zerados ao final do exercício financeiro, a fim de que os órgãos públicos sejam obrigados
a demonstrar os custos e benefícios de cada programa, sob pena de descontinuidade dos
programas.

Na verdade, é o orçamento base zero que deve ser zerado ao final do exercício. O orçamento-
programa deve ser é analisado ao final do exercício, e ajustado para o atendimento das
metas do PPA.
Errado.

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3.6. ORÇAMENTO PARTICIPATIVO


O orçamento participativo é um instrumento que deve ser usado para colocar o cidadão
comum como parte da gestão pública, permitindo a participação da população nos processos
de elaboração e alocação dos recursos públicos, levando em conta as suas demandas,
usando, para isso, diversos canais de participação, seja por meio de lideranças ou via
audiências públicas.
Em outras palavras, o orçamento participativo é uma ferramenta direta de participação
popular, por meio da qual a população discute e decide sobre o orçamento público e as
políticas públicas, faz o levantamento das necessidades de seu setor para discutir as
prioridades de acordo com o orçamento do ente.

Ciclo do orçamento participativo

Debate de ideias

Execução Desenvolvimento

Votação pública Avaliação técnica

O Orçamento Participativo é um processo orçamentário que contempla a população no


processo decisório, por meio de lideranças ou audiências públicas. Nesse contexto, temos
uma coparticipação dos Poderes Executivo e Legislativo na elaboração dos orçamentos,
aliada à transparência dos critérios e informações que nortearão a tomada de decisões.
Faz-se necessária uma maior discricionariedade do governo na alocação dos gastos, a fim
de que possa atender os anseios da sociedade, requerendo também alto grau de mobilização
social, sendo fundamental ainda a real disposição do poder público em descentralizar e
repartir o poder.

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Entre as vantagens associadas ao orçamento participativo, estão a maior transparência


sobre o processo orçamentário, a possibilidade de os cidadãos se tornarem mais conscientes
e passarem a exigir melhor funcionamento da gestão por parte do ente público.
O processo de orçamento participativo ainda não possui uma metodologia única,
variando entre os entes que começam a usá-lo, mas, normalmente, costuma contar com
assembleias abertas e periódicas e etapas de negociação direta com o governo.
Assim, o governo consulta a população, a partir de reuniões abertas à sociedade, sobre
as suas demandas prioritárias e o que incluir na LOA – Lei Orçamentária Anual –, conduzidas
pela própria Administração Pública.
Usualmente, a comunidade elege uma pauta de demandas e seleciona, de acordo com
critérios, as prioridades que serão acolhidas pela Administração.
No âmbito municipal, as assembleias costumam ser realizadas em sub-regiões municipais,
bairros ou distritos, em discussões temáticas e/ou territoriais, elegendo também delegados
que representarão um tema ou território nas negociações com o governo, formando um
Conselho anual que além de dialogar diretamente com os representantes da prefeitura
sobre a viabilidade de executar as obras aprovadas nas assembleias e definem as prioridades
para os investimentos.

012. (CESPE/MPE–PI/ANALISTA/2018) Julgue o próximo item, relativo aos tipos de


orçamentos públicos.
O orçamento participativo contempla a participação da população no processo decisório
por meio de lideranças ou de audiências públicas.

A modalidade de orçamento participativo contempla a participação da população na alocação


de alguns recursos do orçamento, seja por meio da participação direta (audiências públicas)
ou grupos organizados (lideranças), estimulando o exercício da cidadania, o compromisso
da população com o bem público. É um importante espaço de debate e decisão político-
participativa. Nele, a população interessada decide as prioridades de investimentos em
obras e serviços a serem realizados, a cada ano, com os recursos do orçamento.
Por meio dessa técnica orçamentária, a alocação de alguns recursos contidos no Orçamento
Público é decidida com a participação direta da população, ou por meio de grupos organizados
da sociedade civil, como a associação de moradores. Entretanto, até o momento, sua
aplicação em solo brasileiro restringe-se ao âmbito municipal.
Certo.

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3.7. ORÇAMENTO INCREMENTAL


O orçamento incremental usa a base de dados gerada a partir de períodos anteriores.
É um tipo de orçamento básico, rápido e fácil de elaborar.
Em outras palavras, é um modelo orçamentário baseado na aplicação de ajustes
marginais nos itens de receita e despesa.
ORÇAMENTO INCREMENTAL
• Elaborado por meio de ajustes marginais de seus itens de
receita e despesa.
• Repetição do orçamento anterior acrescido da variação de
preços ocorrida no período.

013. (CESPE/STM/TÉCNICO/2018) Com relação a técnicas e princípios orçamentários, julgue


o item seguinte.
O orçamento incremental tem como base as receitas e despesas ocorridas no período
anterior, sobre as quais são feitos ajustes marginais.

O Orçamento incremental funciona exatamente de modo inverso ao orçamento base zero,


ou seja, é a técnica que se baseia nos quantitativos do orçamento do período anterior.
Pode-se dizer, ainda, que Orçamento Incremental é o orçamento feito por meio de ajustes
marginais nos seus itens de receita e despesa, ou seja, a partir dos gastos atuais, propõe um
aumento percentual para o ano seguinte, considerando apenas o aumento ou diminuição
dos gastos, sem análise de alternativas possíveis.
Certo.

Com o surgimento do chamado regime do teto de gastos (novo regime Fiscal) no âmbito
das finanças públicas da União, e copiada por alguns Estados, começam a existir debates
no meio acadêmico acerca da utilização da técnica do orçamento incremental no Brasil.
A tese elaborada por quem defende essa ideia é que como o regime do teto de gastos
baseia-se na execução orçamentária do ano anterior com incremento apenas dos índices
inflacionários, indiretamente, seria uma aplicação prática desse modelo orçamentário.
É interessante conhecer esses argumentos, mas não entremos nessa polêmica. Adote
a ideia de que, no Brasil, usa-se o Orçamento-Programa.

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3.8. ORÇAMENTO POR RESULTADOS OU NOVO ORÇAMENTO DE DESEMPENHO


Temos atualmente a tendência de se tentar melhorar o desempenho dos governos
e, para isso, faz-se necessário dotar as decisões governamentais, no que diz respeito a
orçamento, de ainda mais racionalidade.

A principal mudança em relação ao Orçamento de Desempenho é que, no novo, foca-se


no resultado e na sua aferição por meio de indicadores, no que diz respeito ao Sistema
de Estrutura de Programa, ao Sistema de Mensuração de Desempenho e ao Sistema de
Determinação de Custos.

3.9. PART
Basicamente, leve para a prova que o PART, sigla em inglês para “Program Assessment
Rating Tool”, usado nos Estados Unidos nos anos 2001 e 2002, funciona por meio de um
questionário utilizado para avaliar o propósito, o desenho, o planejamento, a gestão, os
resultados e a prestação de contas, com o fito de verificar se um programa é realmente
eficaz. Como resultado das avaliações efetuadas, o PART ainda fornece informações e
sugestões para melhorar os resultados dos programas avaliados.

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4. TIPOS DE ORÇAMENTO PÚBLICO


Quando falamos em tipos de orçamento público, estamos relacionando esse tema ao
regime político em que é elaborado o orçamento público combinado com o sistema de
governo vigente. Aqui, no Brasil, já tivemos a oportunidade de conviver com três tipos de
orçamento público.

4.1. ORÇAMENTO LEGISLATIVO


É o tipo de orçamento público típico de países parlamentaristas, em que a elaboração,
a votação e o controle do orçamento são de competência do Poder Legislativo, cabendo
ao Poder Executivo apenas a sua execução. Esse tipo vigorou no Brasil à época da CF/1891.

4.2. ORÇAMENTO EXECUTIVO


É o tipo de orçamento público típico de países ditatoriais, em que elaboração, a
votação, a execução e o controle do orçamento são de competência do Poder Executivo.
Esse tipo vigorou no Brasil à época da CF/1937.

4.3. ORÇAMENTO MISTO


É o tipo de orçamento público em que a votação e o controle do orçamento são
de competência do Poder Legislativo, enquanto a elaboração e a execução são de
competência do Poder Executivo. Esse é o tipo que vigora no Brasil atual e está previsto
em nossa CF de 1988. Veja um exemplo:

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ORÇAMENTO PÚBLICO

ORÇAMENTO MISTO - MUNICÍPIO

PODER EXECUTIVO
ELABORAÇÃO
PREFEITURA MUNICIPAL

PODER LEGISLATIVO
APROVAÇÃO
CÂMARA DE VEREADORES

PODER EXECUTIVO
EXECUÇÃO
PREFEITURA MUNICIPAL

014. (CESPE/TCU/AUDITOR/2015) Julgue o próximo item.


Considerando a evolução conceitual da terminologia usada em referência ao orçamento, o
Brasil utilizou o orçamento legislativo, o executivo e o misto ao longo de sua história.

Aqui, no Brasil, já tivemos a oportunidade de conviver com três tipos de orçamento público.
O do tipo legislativo, aquele em que elaboração, a votação e o controle do orçamento são
de competência do Poder Legislativo, cabendo ao Poder Executivo apenas a sua execução,
vigorou no Brasil à época da CF/1891.
O do tipo executivo, em que elaboração, a votação, a execução e o controle do orçamento
são de competência do Poder Executivo, vigorou no Brasil à época da CF/1937.
E, finalmente, o do tipo Misto, que vigora no Brasil atual e está previsto em nossa CF de
1988, em que a votação e o controle do orçamento são de competência do Poder Legislativo,
enquanto a elaboração e a execução são de competência do Poder Executivo.
Certo.

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Em suma:

TIPOS DE ORÇAMENTO
• LEGISLATIVO - usado em países parlamentaristas, a elaboração,
a votação, aprovação e controle cabem ao Legislativo.
• EXECUTIVO - usado em países onde impera o poder absoluto, a
elaboração, aprovação, execução e controle cabem ao Executivo.
• MISTO - a elaboração e a execução cabem ao Executivo, enquanto
a votação, aprovação e controle cabem ao Legislativo. É o tipo
utilizado no Brasil.

5. FUNÇÕES CLÁSSICAS DO ORÇAMENTO PÚBLICO


Bem, é importante dizer que a ação econômica do setor público está vinculada às
funções que promove junto à sociedade, dentre as quais: contribuir no fornecimento de
bens públicos, melhorar a distribuição da renda, promover a estabilidade e impulsionar o
crescimento econômico.
Basicamente, os objetivos da política orçamentária são corrigir as falhas de mercado
e as distorções, visando manter a estabilidade, além de melhorar a distribuição de
renda, e alocar recursos com mais eficiência nos gastos.
Para que o Governo possa realizar políticas de alocação e de realocação de recursos
escassos, torna-se imprescindível a existência de fontes de arrecadação de recursos,
necessárias ao pagamento do que chamamos de estrutura pública, responsável pelos
estudos e aplicações de políticas econômicas objetivadas na equidade e no crescimento
e distribuição da renda no país.
Nessa linha de raciocínio, para alcançar os objetivos das políticas públicas, a política
orçamentária tem como objetivos de modo amplo, fomentar o crescimento econômico,
assegurar o cumprimento das funções elementares do Estado, como justiça e segurança,
melhorar a distribuição de renda, corrigir as imperfeições do mercado ou atenuar os seus
efeitos e manter a estabilidade econômica e social e universalizar o acesso aos bens e
serviços produzidos pelo setor público ou pelo setor privado.
Os objetivos da política orçamentária são alcançados em razão da capacidade do
Estado de influenciar na economia por meio da recombinação dos recursos arrecadados
no momento da realização das despesas públicas.

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Segundo a classificação de Richard Musgrave sobre as funções do setor público (Estado),


e também do orçamento, em economias de mercado, existem 3 funções exercidas pelo
estado, comentadas a seguir.

5.1. FUNÇÃO ALOCATIVA


A função alocativa do setor público está relacionada às ações empreendidas no
fornecimento de bens e serviços não disponibilizados pela economia de mercado.
Neste sentido, o setor público disponibiliza bens e serviços para consumo coletivo e não
exclusivo a esta ou aquela faixa da população. Em referência, cita-se como exemplo de
bens públicos a segurança.

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A ideia básica da função alocativa é de o setor público atuar onde a iniciativa privada
sozinha não consegue ou não tem interesse de atuar.

015. (CESPE/SEDF/ANALISTA/2017) Os Jogos Olímpicos transformaram o Rio de Janeiro,


avalia o jornalista suíço Jean-Jacques Fontaine, que lançou recentemente o livro Rio de
Janeiro e os Jogos Olímpicos, uma cidade reinventada. Para o jornalista suíço, foram os
Jogos que permitiram investimentos importantes na mobilidade urbana, na segurança, na
saúde e na educação. Entre os projetos alavancados incluem-se a construção de quatro
corredores de BRT e a expansão do metrô, embora tais projetos existissem desde a década
de 60 do século XX; o crescimento das unidades de polícia pacificadora (UPPs), apesar
de agora a política de segurança estar em declínio; e a ampla reforma urbana na região
portuária, que, no entanto, ainda não conseguiu decolar a maior parte dos investimentos
imobiliários previstos no Porto Maravilha. Valor Econômico, 26/7/16. Internet: <http://
www.valor.com.br> (com adaptações).
Considerando as informações apresentadas, julgue o item a seguir, acerca das funções
econômicas do Estado e de suas formas de atuação.
Por meio da implantação de UPPs em comunidades carentes dominadas pelo crime organizado,
o Estado atuou no âmbito de sua função alocativa, garantindo a oferta do bem público
segurança.

Via sua função alocativa, o Estado realizou a oferta do bem público segurança que, no caso
das UPPs, foca nas comunidades carentes dominadas pelo crime organizado.
Certo.

5.2. FUNÇÃO DISTRIBUTIVA


A função distributiva refere-se às ações de caráter redistributivo efetuadas por
meio de medidas de transferência que o Estado executa em favor dos segmentos menos
favorecidos na sociedade.
Ressalta-se, como exemplo, a implementação de estrutura tributária progressiva cujos
valores arrecadados de impostos dos possuidores de riqueza sejam transferidos para pessoas
de baixa renda, mediante a oferta de educação e saúde de qualidade.

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O bolsa família talvez seja o exemplo mais emblemático da função distributiva (estilo
Robin Wood), uma vez que o governo transfere para os mais pobres os valores arrecadados
de toda a sociedade de acordo com a capacidade contributiva de cada um.

DICA
As medidas de combate à pandemia do COVID–19, como
o Auxílio Emergencial, também são exemplos de medidas
tomadas pelo Governo por meio da função distributiva
do Orçamento Público. Note que foi criado inclusive um
Orçamento Paralelo, apelidado de Orçamento de Guerra,
com essa finalidade.

5.3. FUNÇÃO ESTABILIZADORA


A terceira ação econômica do setor público se dá no âmbito da função estabilizadora
realizada pelo setor público, expressa por ações de intervenção na economia no intuito
de contribuir para seu melhor funcionamento.
Destacam-se, por exemplo, as intervenções voltadas à redução da inflação, bem como
ações destinadas ao combate do desemprego em determinado setor produtivo.
Fora da mencionada classificação do velho Musgrave, há quem diga, e quem sabe não
será o caso do seu examinador, que faz parte dos atributos sob responsabilidade do setor
público, a função de crescimento econômico expressa pelas ações voltadas em fomentar
investimentos públicos e privados na economia.
Guarde, portanto, que o Orçamento Público se reveste como sendo um importante
instrumento de planejamento operacional das ações governamentais, considerando
que é a LOA que o autoriza a receber e gastar os recursos financeiros arrecadados de
diversas fontes.

016. (CESPE/TCE–PA/AUDITOR/2016) Com relação à economia do setor público, julgue o


item que segue.
Entre as funções governamentais estabelecidas por meio da política fiscal inclui-se a função
estabilizadora, a qual objetiva alterar o modo de distribuição da renda nacional.

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A assertiva está errada já que conceituou a função distributiva. A estabilizadora é aquela


que foca em contribuir para o melhor funcionamento da economia.
Errado.

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RESUMO
A Atividade Financeira do Estado – AFE – consiste em obter, criar, gerir e despender
o dinheiro indispensável às necessidades, cuja satisfação o Estado assumiu ou cometeu a
outras pessoas de direito público.

As Finanças Públicas, o Direito Financeiro e o Orçamento Público (e AFO) tem a sua


“gênese normativa” na Constituição Federal de 1988, especialmente entre os artigos
165 e 169.
Merece destaque a Lei n. 4.320/1964 (Lei de Normas Gerais de Direito Financeiro,
também conhecida como Lei do Orçamento Público), que é uma lei formalmente ordinária,
aprovada por meio de processo legislativo ordinário, quórum de deliberação parlamentar
maioria simples, e materialmente complementar, pois a matéria de que ela trata é de Lei
Complementar, com fulcro no artigo 165, § 9º, I, CF/1988.
Veja a pirâmide das fontes do Direito Financeiro e Orçamentário:

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Fontes

Constituição
Federal Art. 165, § 9º da CF/88

Lei Lei de Responsabilidade


Complementares
PPA – LDO – LOA
Leis Ordinárias
Medidas Provisória Crédito Adicionais

Somente Créditos Extraordinários


Jurisprudência

Decretos
Demais normas secundárias
Portarias

A competência para legislar sobre Direito Financeiro e Orçamento é concorrente da


União, Estados e Distrito Federal, como define o artigo 24, I e II; e §§ 1º ao 4º da CF. Apesar
de não fazer menção explícita aos municípios, existe a possibilidade de dispor sobre temas
próprios e específicos de direito financeiro, conforme disposição expressa do artigo 30,
II, CF/1988.
O orçamento Público é o ato pelo qual o Poder Executivo prevê a arrecadação de receitas
e fixa a realização de despesas para o período de um ano e o Poder Legislativo lhe autoriza,
por meio de LEI, a execução das despesas destinadas ao funcionamento da máquina
administrativa.
O Orçamento Público é um documento que prevê as quantias de moeda que, num período
determinado (normalmente um ano), devem entrar e sair dos cofres públicos (receitas e
despesas públicas), com especificação de suas principais fontes de financiamento e das
categorias de despesas mais relevantes.
Todos os Poderes e o Ministério Público elaboram suas propostas orçamentárias,
porém nenhuma proposta orçamentária, nem mesmo a do Poder Legislativo, pode ser
encaminhada diretamente ao Congresso Nacional. Essa competência é privativa do
Presidente da República (Inciso XXIII, do art. 84, da CF). Mas quem tem competência para
dispor sobre orçamento público no Brasil, é exclusivamente do Congresso Nacional.
No que diz respeito às suas dimensões, podemos dizer que o orçamento tem aspecto
político, porque revela ações sociais e regionais na destinação das verbas. Tem também
características econômicas, porque manifesta a realidade da economia. É técnico, porque
utiliza cálculos de receita e de despesa e tem, ainda, aspectos jurídicos, porque atende às
normas da Constituição Federal e de leis infraconstitucionais.

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O orçamento Público é o ato pelo qual o Poder Executivo prevê a arrecadação de


receitas e fixa a realização de despesas para o período de um ano e o Poder Legislativo
lhe autoriza, por meio de LEI, a execução das despesas destinadas ao funcionamento da
máquina administrativa.
Temos a ideia de Orçamento Público em sentido amplo, quando trata das Leis
Orçamentárias:
PPA – Plano Plurianual
LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias
LOA – Lei Orçamentária Anual
Tenha em mente que o termo Orçamento Público também é usado em sentido
estrito quando se refere especificamente à LOA, que é o Orçamento Público anual
propriamente dito.
Além dos sentidos amplo e estrito, o termo Orçamento Público ainda pode ser usado
em sentido técnico, ou seja, quando se refere à autorização legislativa para execução das
despesas, ou melhor, à autorização dos representantes do povo “convertida” em créditos
orçamentários para que se possa efetuar o gasto público.
No quadro seguinte, você pode ver um resumo da evolução histórica do orçamento e
suas principais espécies:

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Essas são algumas características positivas do Orçamento-programa:


1 – Permite melhor planejamento das ações do Governo;
2 – Facilita a identificação dos gastos e a realização por programas e sua comparação
em termos absolutos e relativos;
3 – Contribui para uma orçamentação mais precisa;
4 - Inter-relação entre custo e programação vinculada a objetivos;
5 – Permite maior possibilidade de redução de custos;
6 – Torna mais fácil identificar funções duplas;
7 - Foca no que a instituição realiza e não no que ela gasta;
8 – Permite melhor controle e execução dos programas.
Em termos de tipos de orçamento, temos:
1) Orçamento Legislativo: a elaboração, a votação e o controle do orçamento são
competências do Poder Legislativo. Ao executivo, cabe apenas a execução.
2) Orçamento Executivo: a elaboração, a votação, o controle e a execução são
competências do Poder Executivo.
3) Orçamento Misto: elaboração e execução são de competência do Executivo, cabendo
ao Legislativo a votação e o controle. Vigora em nossa CF/1988.
As Funções do Orçamento, conforme Musgrave, são:

Segundo a classificação de Richard Musgrave sobre as funções do Orçamento


Público, em economias de mercado, existem 3 funções exercidas pelo estado,
comentadas a seguir.
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A função alocativa do setor público está relacionada às ações empreendidas no


fornecimento de bens e serviços não disponibilizados pela economia de mercado. Neste
sentido, o setor público disponibiliza bens e serviços para consumo coletivo e não exclusivo
a esta ou aquela faixa da população. Em referência, cita-se como exemplo de bens públicos
a segurança.
Por sua vez, a função distributiva refere-se às ações de caráter redistributivo efetuadas
por meio de medidas de transferência que o Estado executa em favor dos segmentos menos
favorecidos na sociedade.
A terceira ação econômica do setor público se dá no âmbito da função estabilizadora
realizada pelo setor público, expressa por ações de intervenção na economia no intuito de
contribuir para seu melhor funcionamento. Destacam-se, por exemplo, as intervenções
voltadas à redução da inflação, bem como ações destinadas ao combate do desemprego
em determinado setor produtivo.
Agora, vamos resolver mais questões para fixar nosso entendimento acerca desses
assuntos e aplicarmos o que aprendemos hoje.

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MAPAS MENTAIS
Ato contendo a aprovação prévia
das receitas e despesas públicas
para um período determinado Conceito

Política
Econômica

Social

Administrativa Dimensões
Jurídica

Técnica

Alocativa
Distributiva
Funções de Orçamento
Estabilizadora

Legislativo
Executivo Tipos de Orçamento
Misto

ORÇAMENTO PÚBLICO

Tradicional ou clássico
Desempenho ou de realizações Técnicas/
Espécies de
Orçamento-programa Orçamento
Base zero
Participativo
Incremental

Por resultados – Novos desempenhos

PART

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QUESTÕES COMENTADAS EM AULA

001. (CESPE/TCE–PE/AUDITOR/2017) Com referência ao direito financeiro, julgue o


item seguinte.
Além de disciplinar o Sistema Financeiro Nacional, o direito financeiro regulamenta a atividade
financeira do Estado no que diz respeito a orçamento público, receita pública, despesa
pública, crédito público, responsabilidade fiscal e controle da execução orçamentária.

002. (CESPE/MPU/ANALISTA/2015) Julgue:


A atividade financeira do Estado, caracterizada pela presença constante de uma pessoa
jurídica de direito público, tem como principal finalidade a arrecadação de recursos.

003. (CESPE/IPEA/TÉCNICO/2008) No que concerne ao orçamento público, julgue o item


que segue.
A natureza jurídica da lei orçamentária anual no Brasil não interfere nas relações entre os
sujeitos passivos e ativos das diversas obrigações tributárias.

004. (CESPE/MUNICÍPIO DE FORTALEZA/PROCURADOR/2017) Com fundamento na disciplina


que regula o direito financeiro e nas normas sobre orçamento constantes na CF, julgue o
item a seguir.
Constitui ofensa à competência reservada ao chefe do Poder Executivo a iniciativa parlamentar
que prevê, na LDO, a inclusão de desconto no imposto sobre a propriedade de veículos
automotores, em caso de pagamento antecipado.

005. (CESPE/TCE–PE/AUDITOR/2017) Com referência ao direito financeiro, julgue o


item seguinte.
Os estados-membros e o Distrito Federal estão impedidos de editar normas gerais acerca
da elaboração dos seus orçamentos, porque a CF atribui tal competência legislativa à União.

006. (CESPE/PGE–PE/ASSISTENTE/2019) O orçamento público, um instrumento fundamental


de governo, constitui o principal documento de políticas públicas. A respeito desse assunto,
julgue o seguinte item.
Com base no orçamento público, os governantes selecionam as prioridades e decidem como
empregar os recursos extraídos da sociedade e como distribuí-los entre diferentes grupos
sociais, conforme o peso ou a força política desses grupos.

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007. (CESPE/MPE–PI/TÉCNICO/2018) Julgue o item seguinte, relativo ao orçamento público.


O orçamento, importante instrumento de planejamento de qualquer entidade pública ou
privada, representa o fluxo previsto de ingressos financeiros e a aplicação desses recursos
em determinado período de tempo.

008. (CESPE/IPHAN/AUXILIAR/2018) Em relação ao orçamento público e seus preceitos,


julgue o item.
Orçamento é o plano contábil que expressa como as ações de governo serão executadas,
por meio da aplicação de recursos (despesas) e suas formas de financiamento (receitas).

009. (CESPE/PGE–PE/ANALISTA/2019) No que se refere ao sistema de planejamento e


orçamento do governo federal, julgue o item subsequente.
Na elaboração do orçamento-programa, são considerados todos os custos dos programas
subtraindo-se aqueles que extrapolem o exercício.

010. (CESPE/CGM–JOÃO PESSOA/TÉCNICO/2018) A respeito de orçamento público, julgue


o item seguinte.
O orçamento-programa consiste no processo de elaboração de orçamento que exige dos
gestores, a cada novo exercício, a justificativa detalhada dos recursos solicitados.

011. (CESPE/STM/ANALISTA/2018) Acerca de administração financeira e orçamentária e


do orçamento público no Brasil, julgue o item.
Os programas executados de acordo com a técnica do orçamento-programa devem ser
zerados ao final do exercício financeiro, a fim de que os órgãos públicos sejam obrigados
a demonstrar os custos e benefícios de cada programa, sob pena de descontinuidade dos
programas.

012. (CESPE/MPE–PI/ANALISTA/2018) Julgue o próximo item, relativo aos tipos de


orçamentos públicos.
O orçamento participativo contempla a participação da população no processo decisório
por meio de lideranças ou de audiências públicas.

013. (CESPE/STM/TÉCNICO/2018) Com relação a técnicas e princípios orçamentários, julgue


o item seguinte.
O orçamento incremental tem como base as receitas e despesas ocorridas no período
anterior, sobre as quais são feitos ajustes marginais.

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014. (CESPE/TCU/AUDITOR/2015) Julgue o próximo item.


Considerando a evolução conceitual da terminologia usada em referência ao orçamento, o
Brasil utilizou o orçamento legislativo, o executivo e o misto ao longo de sua história.

015. (CESPE/SEDF/ANALISTA/2017) Os Jogos Olímpicos transformaram o Rio de Janeiro,


avalia o jornalista suíço Jean-Jacques Fontaine, que lançou recentemente o livro Rio de
Janeiro e os Jogos Olímpicos, uma cidade reinventada. Para o jornalista suíço, foram os
Jogos que permitiram investimentos importantes na mobilidade urbana, na segurança, na
saúde e na educação. Entre os projetos alavancados incluem-se a construção de quatro
corredores de BRT e a expansão do metrô, embora tais projetos existissem desde a década
de 60 do século XX; o crescimento das unidades de polícia pacificadora (UPPs), apesar
de agora a política de segurança estar em declínio; e a ampla reforma urbana na região
portuária, que, no entanto, ainda não conseguiu decolar a maior parte dos investimentos
imobiliários previstos no Porto Maravilha. Valor Econômico, 26/7/16. Internet: <http://
www.valor.com.br> (com adaptações).
Considerando as informações apresentadas, julgue o item a seguir, acerca das funções
econômicas do Estado e de suas formas de atuação.
Por meio da implantação de UPPs em comunidades carentes dominadas pelo crime organizado,
o Estado atuou no âmbito de sua função alocativa, garantindo a oferta do bem público
segurança.

016. (CESPE/TCE–PA/AUDITOR/2016) Com relação à economia do setor público, julgue o


item que segue.
Entre as funções governamentais estabelecidas por meio da política fiscal inclui-se a função
estabilizadora, a qual objetiva alterar o modo de distribuição da renda nacional.

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QUESTÕES DE CONCURSO

017. (FGV/CGE–SC/AUDITOR/2023) Em seu primeiro ano de mandato, um prefeito decidiu


implementar o orçamento participativo (OP). O prefeito conhece os parâmetros, as
dificuldades e as barreiras para implementá-lo. Entretanto, sua equipe transmitiu a seguinte
orientação incorreta aos envolvidos no processo, ainda na primeira etapa:
a) Alterações orçamentárias podem envolver recursos comprometidos com despesas legais
e constitucionais.
b) Aprovação do PPA, LOA e LDO na Câmara Municipal é necessária, bem como a realização
de audiências e consultas públicas.
c) Estrutura e dinâmica do OP podem ser objeto de lei ou regulamentadas por regimento
interno elaborado pela comunidade ou órgão central da prefeitura.
d) Execução do OP é quase sempre marcada por condicionantes, como por exemplo, de
arrecadação da receita prevista.
e) Recursos passíveis de deliberação e decisão participativa poderiam ser despesas com
investimentos e de capital, como definição de obras prioritárias.

018. (FGV/TCE–ES/CONSELHEIRO SUBSTITUTO/2023) O orçamento-programa constitui


um marco na evolução dos modelos orçamentários que estão no contexto das medidas de
aperfeiçoamento da gestão pública à luz de modelos empresariais.
Um diferencial do orçamento-programa em relação aos modelos mais tradicionais de
orçamento é:
a) adoção facultativa pelos entes públicos;
b) alocação dos recursos baseada em valores históricos;
c) diagnóstico prévio para definição da ação pública;
d) ênfase nos controles contábeis e financeiros;
e) simplicidade para definição de medidas de desempenho.

019. (FGV/AGENERSA/ANALISTA/2023) As técnicas de elaboração de orçamento público


passaram por diversas mudanças ao longo dos anos, até chegar ao Orçamento Programa,
utilizado no processo orçamentário da Administração Pública brasileira.
Acerca das técnicas de Orçamento Público, analise as afirmativas a seguir.
I – Enfatiza os aspectos contábeis.
II – Prioriza a aquisição dos meios.
III – Detalha e justifica todas as despesas anualmente.

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Orçamento Público
Manuel Piñon

Assinale a opção que compreende apenas aspectos do orçamento tradicional.


a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) I e II, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.

020. (FGV/SEFAZ–AM/AUDITOR/2022) Em relação ao Orçamento-Programa, assinale a


afirmativa correta.
a) Representa o elo entre o orçamento e a sua execução.
b) A sua estrutura está voltada para os aspectos financeiros.
c) Considera, em sua elaboração, apenas os custos dos programas que não extrapolam o
exercício.
d) O controle visa a avaliação da eficiência, da eficácia e da efetividade das ações
governamentais.
e) As decisões orçamentárias são tomadas com base nos exercícios anteriores.

021. (FGV/SEFAZ–ES/CONSULTOR/2022) O orçamento tradicional ou clássico é o documento


que prevê a receita e autoriza as despesas, com ênfase:
a) nas metas.
b) no gasto.
c) no controle.
d) no planejamento.
e) no desempenho organizacional.

022. (FGV/TCU/AUDITOR/2022) A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (EBCT) é


considerada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) como imune ao pagamento de impostos
mesmo quanto às atividades em que atua em regime de livre concorrência. A razão dada pelo
STF é a de que a EBCT oferta o serviço público de entrega de correspondência em localidades
distantes a preço módico, serviço que não seria oferecido adequadamente (a não ser por
alto custo) pelo sistema de mercado. Assim, as atividades mais rentáveis da EBCT estariam
também imunes para auxiliar no custeio das operações de entrega de correspondência em
locais pouco habitados e de difícil acesso. À luz das nomenclaturas cunhadas na teoria das
funções de Governo, o fenômeno descrito no enunciado expressa a função:
a) distribucionista do Estado;
b) estabilizadora do Estado;
c) alocativa do Estado;

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d) progressiva do Estado;
e) referencial do Estado.

023. (FGV/SEFAZ–ES/CONSULTOR/2022) Com o intuito de aumentar taxa de escolaridade na


região “X” do país, o Governo contemplou em seu orçamento ações vinculadas a programas
educacionais na região. Essas ações serão financiadas por meio de recursos captados por
meio da cobrança de impostos de características progressivas nas regiões mais ricas do
país. Essas ações relacionam-se diretamente à função orçamentária:
a) alocativa.
b) distributiva.
c) estabilizadora.
d) social.
e) econômica.

024. (FGV/SEFAZ–ES/CONSULTOR/2022) Relacione as técnicas orçamentárias listadas a


seguir a suas respectivas explicações.
1. orçamento incremental
2. orçamento programa
3. orçamento base zero
4. orçamento participativo

( ) Tem como ênfase a eficiência e considera toda despesa como nova.


( ) Feito através de ajustes marginais nos itens de receitas e despesas.
( ) Integra planejamento e orçamento com objetivos e metas a alcançar.
( ) Estimula o exercício da cidadania e o compromisso da população com o bem público.

Assinale a opção que apresenta a relação correta, segundo a ordem apresentada.


a) 1 – 2 – 3 – 4.
b) 1 – 3 – 2 – 4.
c) 2 – 4 – 3 – 1.
d) 3 – 1 – 2 – 4.
e) 3 – 1 – 4 – 2.

025. (FGV/SEMSA–MANAUS/ESPECIALISTA/2022) Analise o trecho a seguir, retirado do sítio


de internet da CNN:
“A PEC Emergencial cria cortes temporários de custos fixos – como redução de salário de
servidores e congelamento de concursos públicos –, chamados de ‘gatilhos’. Eles seriam
acionados sempre que as despesas começarem a ficar maior que as receitas. Como é o

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caso de 2021, todos os cortes começariam a ser feitos já neste ano, tão logo a PEC fosse
aprovada”.
A notícia apresentada trata de uma proposta que foi discutida pelo governo para evitar
desequilíbrios orçamentários. Evidencia-se, nesse caso um exemplo da função:
a) distributiva.
b) participativa.
c) estabilizadora.
d) regulatória.
e) alocativa.

026. (FGV/TCE–PI/AUDITOR/2021) A estrutura do orçamento-programa se situa dentro


de uma lógica orçamentária moderna, que concebe o orçamento como instrumento de
gestão. Entre as recomendações úteis para a organização da estrutura programática em
uma entidade, uma opção INADEQUADA é que:
a) a flexibilidade na gestão financeira e de pessoal deve ser expandida na gestão dos
programas;
b) as atividades e os projetos devem ser desenhados em níveis elevados de desagregação;
c) os programas de despesas em andamento devem ser distinguidos de novos programas
de despesas;
d) os programas devem ser multifuncionais, ou seja, cada programa pode ser vinculado a
diferentes funções;
e) um programa terá mais de um subprograma, e estes serão desmembrados em diversas
atividades e projetos.

027. (FGV/TCE–PI/ASSISTENTE/2021) As práticas orçamentárias evoluíram ao longo do


tempo, passando de uma concepção tradicional para uma visão moderna de orçamento e
fazendo surgir modelos orçamentários com diferentes lógicas. Uma característica associada
à lógica do orçamento-programa é:
a) a alocação de recursos visa à aquisição de meios;
b) as decisões orçamentárias são tomadas com base em avaliações técnicas;
c) as decisões de alocação têm ênfase nas necessidades financeiras das unidades
organizacionais;
d) os principais critérios classificatórios são por unidade e por elemento de despesa;
e) o processo orçamentário é dissociado do processo de planejamento.

028. (FGV/DPE–RJ/CONTADOR/2019) A situação deficitária das contas públicas do governo


federal fez com que candidatos à presidência nas eleições de 2018 propusessem mudanças
drásticas na técnica de elaboração do orçamento utilizada pelo governo. Uma dessas

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propostas apresentava a necessidade de que os gestores públicos justificassem anualmente


de forma detalhada cada gasto público empregado, sem compromisso com qualquer
montante inicial de dotação.
Trata-se de técnica conhecida como orçamento:
a) clássico;
b) programa;
c) base zero;
d) por desempenho;
e) de teto móvel.

029. (FGV/CGM–NITERÓI/ANALISTA/2018) A Lei Orçamentária Anual (LOA) é o orçamento


propriamente dito, com vigência de 1 (um) ano, e compreende três orçamentos: o fiscal,
o de investimento de empresas estatais e o da seguridade social, tendo, cada um deles,
uma função específica.
Sobre o orçamento fiscal, assinale a opção que indica sua função específica.
a) Distributiva, a qual visa à redução das desigualdades.
b) Alocativa, a qual visa à produção de bens e serviços não providos pelo mercado.
c) Distributiva, a qual visa a garantir o pleno emprego e manter a economia aquecida.
d) Estabilizadora, a qual visa à produção de bens e serviços não providos pelo mercado.
e) Estabilizadora, a qual visa a garantir o pleno emprego e manter a economia aquecida.

030. (FGV/CGM–NITERÓI/ANALISTA/2018) A edição do Decreto Federal n. 2.829/1998, que


disciplinou o plano plurianual, tornou o orçamento-programa uma realidade no país. Sobre
o orçamento-programa, assinale a afirmativa correta.
a) É elaborado a partir de ajustes incrementais nas receitas e despesas, com base nos
orçamentos anteriores.
b) Integra o orçamento com o planejamento, quantificando objetivos e fixando metas.
c) Contempla a participação direta da população no processo decisório sobre a alocação
dos recursos públicos.
d) Enfatiza a legalidade das ações do gestor e a aquisição dos meios.
e) Evidencia o objeto dos gastos, pautando-se nas necessidades financeiras de cada unidade.

031. (FGV/CGM–NITERÓI/ANALISTA/2018) O governante de um pequeno país, preocupado


com as finanças públicas, decide pesquisar uma nova espécie de orçamento para adotá-la
em sua administração. Ele entende que a espécie de orçamento ideal é aquela que justifica
anualmente cada uma das despesas, enfatizando as necessidades do momento.
Sendo assim, a espécie de orçamento adequada às necessidades desse país é o:

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a) base zero.
b) tradicional.
c) legislativo.
d) autorizativo.
e) típico.

032. (FGV/CGM–NITERÓI/ANALISTA/2018) Leia o trecho a seguir.


A política pública financiada pela ________, que visa distribuir gratuitamente aparelhos
auditivos para crianças com deficiência auditiva grave, é do tipo ____________.
Assinale a opção cujos termos completam corretamente as lacunas do trecho acima.
a) sociedade como um todo – distributiva
b) camada mais rica da sociedade – distributiva
c) sociedade como um todo – redistributiva
d) camada mais rica da sociedade – regulatória
e) sociedade como um todo – regulatória

033. (FGV/CM–SALVADOR/ANALISTA/2018) Um dos modelos orçamentários difundidos a


partir da aplicação da lógica empresarial no setor público tem como base para elaboração
do orçamento atual a não vinculação com os montantes de despesa ou nível de atividade
do exercício anterior. Embora de difícil operacionalização, o modelo propicia reavaliações
constantes das alocações de recursos. Esse modelo orçamentário é denominado orçamento:
a) programa;
b) base zero;
c) incremental;
d) operacional;
e) com teto móvel.

034. (FGV/TJ–SC/ANALISTA/2018) Desde o surgimento das primeiras práticas orçamentárias


até a vigência dos atuais instrumentos de planejamento, o processo de orçamentação
no setor público passou por várias modificações relacionadas diretamente com o papel
do Estado.
Uma das características das práticas modernas de orçamento que marca essa evolução é
o(a):
a) foco no controle de insumos e produtos;
b) ênfase no impacto econômico do gasto público;
c) independência dos instrumentos de planejamento;
d) reforço no controle contábil das unidades orçamentárias;
e) tendência à contenção da despesa pública.

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035. (FGV/ALERO/ANALISTA/2018) A política de preços praticada pela Petrobrás, a partir de


2016, definiu que o preço dos combustíveis no Brasil seria pautado pela cotação do barril
de petróleo no mercado internacional, em dólar. O exemplo acima indica o seguinte tipo
de função econômica governamental:
a) estabilizadora.
b) alocativa.
c) distributiva.
d) reguladora.
e) concedente.

036. (FGV/ALERO/CONSULTOR/2018) Sobre os objetivos da função estabilizadora do governo,


assinale a afirmativa correta.
a) Deve realizar parcerias com o setor privado para fornecer bens públicos.
b) Busca reformular os tributos com o fim de melhorar a distribuição de renda.
c) Deve utilizar a política monetária para manter a taxa inflacionaria em níveis reduzidos.
d) Busca definir a contribuição de cada consumidor para financiar algum bem público.
e) Pretende melhorar as condições de moradia da população de baixa renda.

037. (FGV/ALERJ/ESPECIALISTA/2017) O orçamento surgiu no setor público como instrumento


de controle. A consolidação da democracia e o crescimento das atribuições do Estado
criaram a necessidade de desenvolvimento de modelos orçamentários condizentes com as
necessidades da Administração Pública. Um elemento que caracteriza a concepção moderna
de orçamento público é:
a) ausência de integração entre planejamento e orçamento;
b) ênfase na redução dos gastos públicos;
c) influência da lógica empresarial;
d) neutralidade das finanças públicas;
e) papel secundário do aspecto econômico.

038. (FGV/ALERJ/ESPECIALISTA/2017/ADAPTADA) Julgue a assertiva abaixo:


Um elemento que caracteriza a concepção moderna de orçamento público é ausência de
integração entre planejamento e orçamento.

039. (FGV/ALERJ/ESPECIALISTA/2017/ADAPTADA) Julgue:


A elaboração do orçamento público é baseada em alguns princípios que servem como
balizadores do formato e do conteúdo do orçamento. A elaboração detalhada do orçamento,
que expresse a origem dos recursos e sua aplicação em cada exercício está em consonância
com o princípio da transparência.

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040. (FGV/IBGE/ANALISTA/2017) Desde o surgimento das primeiras práticas orçamentárias


na administração pública, o orçamento tem evoluído e têm surgido modelos e conceitos
orçamentários com o objetivo de fornecer informações para a gestão adequada dos recursos
públicos. Um dos modelos orçamentários mais difundidos é o chamado orçamento-programa,
que tem entre as suas características:
a) enfatizar as metas e objetivos de curto prazo;
b) ser instrumento disciplinador das finanças públicas;
c) priorizar as necessidades financeiras das unidades organizacionais;
d) manter o equilíbrio financeiro e evitar ao máximo a expansão dos gastos públicos;
e) adotar medidas de desempenho com a finalidade de acompanhar o cumprimento das
metas definidas.

041. (FGV/PREFEITURA DE SALVADOR/TÉCNICO/SUPERIOR/2017) Relacione cada função


econômica do governo à sua característica ou ao seu exemplo.
Função Alocativa
Função Distributiva
Função Estabilizadora

( ) O acesso da população à água e ao esgoto tratável contribui para reduzir os gastos


públicos com saúde.
( ) O adequado uso da política monetária leva a uma taxa de inflação menor, sem afetar
fortemente o desemprego.
( ) Reduzir impostos sobre consumo tem efeitos progressivos sobre a renda das pessoas.

Assinale a opção que apresenta a relação correta.


a) 1, 2 e 3.
b) 1, 3 e 2.
c) 2, 3 e 1.
d) 3, 1 e 2;
e) 3, 2 e 1.

042. (FGV/PREFEITURA DE CUIABÁ/AUDITOR/2016) Em relação às funções do governo,


analise as afirmativas a seguir.
I – A tributação sobre grandes fortunas e heranças pode ter função distributiva ou
estabilizadora, a depender de como o governo irá alocar os valores arrecadados.
II – A expansão do sistema de água e esgoto para áreas desfavorecidas está relacionada à
função distributiva.
III – Um programa de estímulo às contratações de jovens por empresas, em contrapartida
de abono fiscal, é considerado função estabilizadora.

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Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente a afirmativa III estiver correta.
d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
e) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.

043. (FGV/IBGE/TECNOLOGISTA/2016) Associe as funções do Estado a suas respectivas


características:
1. Alocativa
2. Estabilizadora
3. Distributiva

( ) A arrecadação de um tributo sobre movimentações financeiras pode ser destinada a


melhorar os serviços públicos de saúde, utilizados principalmente pelos mais pobres.
( ) A escolha pelo voto de um político pode ser entendido como um mecanismo revelador
das preferências verdadeiras do eleitorado.
( ) O abandono do regime de metas inflacionárias tende a abalar o nível de confiança
do consumidor e das empresas.

A associação correta, de cima para baixo, é:


a) 1, 2 e 3;
b) 1, 3 e 2;
c) 2, 1 e 3;
d) 3, 2 e 1;
e) 3, 1 e 2.

044. (FGV/TJ–RO/ADMINISTRADOR/2015) Os conceitos de orçamento tradicional e orçamento


moderno não são modelos definidos, mas concepções extremas a partir das quais os
modelos e técnicas orçamentárias são elaborados. Uma das características da concepção
tradicional do orçamento público é:
a) a alocação de recursos com vistas à aquisição de meios;
b) a existência de associação entre orçamento e planejamento;
c) a preponderância do aspecto econômico, que reflete a intervenção do Estado;
d) a utilização do orçamento como instrumento de administração;
e) o controle com vistas a avaliar a eficiência e eficácia das ações.

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045. (FGV/TJ–SC/ANALISTA/2015) A prática de elaboração de um orçamento para as atividades


governamentais tem origem na Inglaterra e apresentou diversas características que marcam
sua evolução ao longo do tempo. O método de elaboração de orçamento em que a cada
novo exercício deve haver justificativa detalhada dos recursos solicitados é o orçamento:
a) programa;
b) por desempenho;
c) participativo;
d) base zero;
e) operacional.

046. (FGV/DPE–RO/ANALISTA/2015) Uma característica do orçamento-programa, que se


baseia em uma concepção moderna de orçamento, que o diferencia das práticas orçamentárias
tradicionais é o(a):
a) ênfase na função de controle;
b) ênfase no aspecto jurídico do orçamento;
c) foco nos insumos;
d) posição secundária do aspecto econômico;
e) vinculação entre orçamento e planejamento.

047. (FGV/DPE–RO/ANALISTA/2015) Em relação às funções do Estado, considere V para a(s)


afirmativa(s) verdadeira(s) ou F para a(s) falsa(s):

( ) Um candidato eleito que eleva os gastos com segurança pública, está exercendo a
sua função alocativa.
( ) A implementação de um imposto sobre grandes fortunas e a redução daqueles
cobrados sobre os extratos menores de renda estão relacionados à função distributiva.
( ) Políticas que reduzam os custos admissionais a fim de elevar o emprego estão
relacionadas à função estabilizadora.

A sequência correta é:
a) V – V – V;
b) V – V – F;
c) F – V – V;
d) F – F – V;
e) F – F – F.

048. (FGV/TCE–BA/AGENTE/2014/ADAPTADO) Julgue:


O Orçamento Público apresenta apenas os enfoques político e jurídico para sua execução
e controle.

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049. (FGV/TCE–BA/AGENTE/2014/ADAPTADA) Julgue:


O Orçamento Público tem a finalidade de alcançar a satisfação social, independente do
equilíbrio fiscal.

050. (FCC/PGE–AM/TÉCNICO/2022) São técnicas orçamentárias legítimas estudadas


na doutrina:
a) o orçamento base zero, o orçamento por atribuições e o orçamento programa.
b) o orçamento nulo, o orçamento por atribuições e o orçamento janela.
c) o orçamento nulo, o orçamento por desempenho e o orçamento programa.
d) o orçamento base zero, o orçamento por desempenho e o orçamento programa.
e) o orçamento base zero, o orçamento por atribuições e o orçamento janela.

051. (FCC/PGE–AM/TÉCNICO/2022) A técnica conhecida como orçamento-programa consiste


em enfatizar.
a) a concatenação programática dos atos orçamentários.
b) os programas de computador na execução orçamentária.
c) a política econômico-financeira e os programas de trabalho de governo nas rubricas.
d) os programas de computador na elaboração orçamentária.
e) a manutenção dos patamares orçamentários do exercício anterior.

052. (FCC/PGE–AM/TÉCNICO/2022) O orçamento-programa:


a) concentra o foco sobre insumos e recursos financeiros antes de serem usados, permitindo
o controle pelo Poder Legislativo.
b) tem abrangência vertical e considera despesas alternativas a partir do zero para as
atividades governamentais.
c) é elaborado pelo Poder Legislativo que detém a iniciativa de proposição de projeto de
lei orçamentária no Brasil.
d) utiliza medidas de desempenho com a finalidade de medir as realizações (produtos finais).
e) é o elo entre o planejamento e as funções executivas da organização e, por isso, o principal
critério de classificação da despesa orçamentária é o institucional.

053. (FCC/PGE–AM/TÉCNICO/2022) O chamado “orçamento de desempenho” é


caracterizado por:
a) todos os programas serem justificados a cada novo ciclo orçamentário.
b) ser elaborado a partir de ajustes marginais nas rubricas de receita e despesa.
c) partir de um quantitativo financeiro fixo, obtido mediante aplicação de percentual linear.
d) ser mais rapidamente elaborado que nas demais técnicas.
e) se orientar mais pelo resultado do gasto do que pela natureza do que é autorizado.

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054. (FCC/CL–DF/CONSULTOR/2018) Se o orçamento público for elaborado com base na


concepção do orçamento-programa, terá como um dos principais critérios de classificação
da despesa orçamentária aquele por:
a) natureza e o objetivo de um programa vinculado à função saúde poderá ser aumentar o
número de vacinas adquiridas.
b) estrutura programática e o objetivo de um programa vinculado à função educação poderá
ser aumentar o número de livros adquiridos.
c) estrutura programática e o objetivo de um programa vinculado à função educação poderá
ser a redução do analfabetismo.
d) ações e o objetivo de um programa vinculado à função saúde poderá ser aumentar o
número de médicos contratados.
e) elementos de despesa e o objetivo de um programa vinculado à função assistência social
poderá ser a redução da população em situação de vulnerabilidade

055. (FCC/TRT–11/ANALISTA/2017) Sobre o Orçamento-Programa é INCORRETO afirmar que:


a) o orçamento é o elo de interação entre o planejamento e as funções executivas da
organização.
b) a ênfase está nos meios (o que se compra) e não nas diretrizes, prioridades, objetivos
e metas.
c) o controle visa avaliar a eficiência, eficácia e efetividade das ações governamentais.
d) a Lei n. 4.320/1964 contém determinações para a elaboração da Lei Orçamentária Anual
que são típicas do Orçamento-Programa.
e) o principal critério de classificação está contido na Portaria STN e MOG n. 42/1999.

056. (FCC/TCM–RJ/AUDITOR/2015) A espécie de orçamento cuja técnica utilizada para sua


confecção consiste em desconsiderar os valores do ano anterior como valor inicial mínimo, e
proceder a uma análise crítica de todos os recursos solicitados pelos órgãos governamentais,
e de suas efetivas necessidades, sem qualquer compromisso com montantes iniciais de
dotações, denomina-se orçamento:
a) real ou efetivo.
b) de base zero ou por estratégia.
c) participativo.
d) democrático.
e) de desempenho ou por realizações.

057. (FCC/TCM–RJ/AUDITOR/2015) O orçamento do qual consta apenas a previsão da receita


e a fixação da despesa, constituindo uma peça meramente contábil-financeira, sem nenhuma
espécie de planejamento da ação do governo, sem qualquer objetivo econômico e social

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de forma clara e sem preocupação com objetivos e metas e voltado preferencialmente às


necessidades dos órgãos públicos, denomina-se orçamento:
a) de desempenho ou por realizações.
b) estatal.
c) clássico ou tradicional.
d) pragmático.
e) de base zero ou por estratégia.

058. (FCC/TRT–5/ANALISTA/2013) No orçamento-programa, uma das dimensões do controle


é a efetividade. Para isso, são utilizados indicadores que representam o produto final dos
programas governamentais, tal como,
a) aumento da expectativa de vida.
b) despesa per capita em educação.
c) número de hospitais.
d) professor/aluno.
e) número de consultas médicas.

059. (FCC/TJ–PE/ANALISTA/2012) O instrumento de gestão em que se registra o ato pelo


qual o poder legislativo autoriza ao poder executivo, por certo período de tempo e, em
pormenores, as receitas a serem arrecadadas, e fixa as despesas a serem realizadas no
exercício financeiro vindouro, objetivando a continuidade, eficácia, eficiência, efetividade
e a economicidade dos serviços prestados à sociedade, denomina-se orçamento:
a) estático.
b) público.
c) financeiro.
d) operacional.
e) flexível.

060. (FCC/TJ–PE/ANALISTA/2012) O orçamento que enfatiza os fins, em vez de os meios, e


que a base fundamental é o planejamento, em vez de ser apenas um instrumento contábil
de controle, é o orçamento:
a) programa.
b) base zero.
c) clássico.
d) tradicional.
e) legislativo.

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Orçamento Público
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061. (FCC/TRF1/ANALISTA/2007/ADAPTADA) O orçamento-programa foi introduzido no


Brasil por meio da Lei n. 4.320/64 e do Decreto-Lei n. 200/67. A Constituição Federal de
1988 consolidou definitivamente o orçamento-programa no Brasil, ao vincular o processo
orçamentário ao PPA, à LDO e à LOA. Julgue:
Orçamento-programa é um documento que prevê apenas a fixação da despesa e a previsão
da receita, constituindo a principal peça contábil-financeira para a orientação da ação
governamental.

062. (FCC/MPU/TÉCNICO/2007) Em relação ao orçamento-programa, é correto afirmar que:


a) seu único critério de classificação de despesas são as unidades administrativas.
b) é totalmente dissociado do processo de planejamento.
c) sua estrutura enfatiza os aspectos contábeis da gestão.
d) sua prioridade é respeitar as necessidades financeiras das unidades orçamentárias.
e) constitui um dos instrumentos do planejamento governamental.

063. (IBFC/CM–ARARAQUARA/AGENTE/2016) Para se estudar o orçamento, é necessário


que se defina a ótica, o aspecto ou dimensão de observação, assinale a alternativa que
apresenta a ordem correta, de cima para baixo, das dimensões ou aspectos do orçamento.

( ) Representa o conjunto de regras e formalidades técnicas e legais exigidas na elaboração,


aprovação, execução e no controle do orçamento, corresponde às formalidades
intrínsecas e extrínsecas de forma que caracteriza a “embalagem” do conteúdo
orçamentário, principalmente no que diz respeito aos anexos que acompanham a
Lei Orçamentária Anual.
( ) Não obstante todas as divergências existentes na doutrina, atualmente é posição
dominante, diversas vezes retiradas pelo STF, considerar o orçamento como lei formal.
É aquela em que se define ou integra a lei orçamentária no conjunto de leis do país.
( ) Representa o fluxo financeiro gerado pelas entradas de recursos obtidos com a
arrecadação de receitas e os dispêndios com as saídas de recursos proporcionados
pelas despesas, evidenciando a execução orçamentária.
( ) Corresponde à definição de prioridades, visando à inclusão e à realização de programas
governamentais no plano de ação ou orçamento a ser executado, devendo compreender
sempre a ação política não só de definição dessas prioridades numa situação de
escassez de recursos, mas também a concepção e ideologia do partido político
detentor do poder.
( ) Corresponde à característica que atribui ao orçamento, como plano de ação
governamental que o é, o poder intervir na atividade econômica, propiciando a
geração de emprego e renda em função dos investimentos que podem ser previstos
e realizados pelo setor público, resultando com isso o desenvolvimento do país.

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Orçamento Público
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a) Técnica – Jurídica – Financeira – Política – Econômica.


b) Jurídica – Técnica – Financeira – Econômica – Política.
c) Jurídica – Técnica – Econômica – Política – Financeira.
d) Técnica – Jurídica – Econômica – Política – Financeira.

064. (IBFC/EBSERH/ANALISTA ADMINISTRATIVO/2020) Acerca de técnicas e processos


orçamentários, analise as afirmativas e dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F).

( ) O Orçamento Participativo é aquele que contempla a população no processo decisório,


por meio de lideranças ou audiências públicas.
( ) No Orçamento Base Zero um quantitativo fixo é estabelecido para realizar ajustes
em despesas realizadas nos exercícios anteriores.
( ) No Orçamento-Programa são estabelecidos, entre outros, objetivos e metas
governamentais, integrando o planejamento ao orçamento.
( ) Orçamento incremental é o processo que se apoia na necessidade de justificativa de
todos os programas cada vez que se inicia um novo ciclo orçamentário.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo.


a) V, F, F, F
b) V, F, V, F
c) F, V, F, V
d) V, V, V, F
e) V, V, F, V

065. (IBFC/SEMASDH–CUIABÁ/ADMINISTRADOR/2019) Sobre Orçamento Participativo,


assinale a alternativa incorreta.
a) caracteriza-se por instituir arenas decisórias onde os indivíduos possam participar
do processo orçamentário, tenha ele ou não experiência organizativa, é um processo de
participação universal.
b) aos munícipes cabe exporem suas demandas e votarem quais destas será a prioridade
para investimento.
c) trata-se de um programa político municipal com intuito de socializar a política administrativa
e jurídica, ou seja, garantir aos munícipes acesso à arena decisória e informações técnicas
à respeito da distribuição de recursos.
d) nas assembleias se elegem também representantes locais (delegados e conselheiros)
que farão o diálogo com a prefeitura para a implementação de obras.

066. (IBFC/EMDEC/ANALISTA ADMINISTRATIVO/2019) Em relação a Orçamento Público, leia


o trecho abaixo.

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“O orçamento incorpora a população ao processo decisório da elaboração orçamentária,


seja por meio de lideranças da sociedade civil, audiências públicas ou por outras formas
de consulta direta à sociedade. O orçamento é elaborado através de ajustes marginais nos
seus itens de receita e despesa. O orçamento de desempenho também é conhecido como
orçamento.”
Assinale a alternativa que preencha correta e respectivamente as lacunas.
a) programa / tradicional / funcional
b) participativo / incremental / funcional
c) programa / incremental / estrutural
d) participativo / tradicional / estrutural

067. (IBFC/CGE–RN/TÉCNICO DE CONTROLE INTERNO/2019) No que se refere ao orçamento


público, assinale a alternativa correta:
a) orçamento de desempenho é o processo orçamentário em que é explicitado apenas o
objeto de gasto. Ele apresenta valores para as despesas com pessoal, material e serviços,
sem relacionar os gastos a nenhuma finalidade. Também é conhecido como orçamento
clássico.
b) orçamento-programa é o processo orçamentário que apresenta duas dimensões: o
objeto de gasto e o programa de trabalho, contendo as ações desenvolvidas. Esse modelo
enfatiza o desempenho organizacional e também é conhecido como orçamento funcional.
c) orçamento Base Zero é o processo orçamentário elaborado através de ajustes marginais
nos seus itens de receita e despesa. Nesse caso, a repetição do orçamento anterior se faz
acrescer da variação de preços ocorrida no período.
d) orçamento com teto fixo apresenta um critério de alocação de recursos através do
estabelecimento de um quantitativo financeiro fixo, obtido mediante a aplicação de um
percentual único sobre as despesas realizadas em determinado período. Esse percentual
único serve de base para que os órgãos/unidades elaborem suas propostas orçamentárias
parciais.

068. (IBFC/PC–PR/PERITO/2017) Com base na administração financeira e orçamentaria


governamental, assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna.
Entende-se por ________________ aquele que discrimina as despesas segundo sua natureza,
dando ênfase aos fins (e não aos meios), de modo a demonstrar em que e para que o governo
gastará, e também quem será responsável pela execução de seus programas. As grandes
áreas de atuação são classificadas como funções, desdobradas em subfunções, programas,
atividades, projetos e operações especiais, tudo de acordo com a classificação funcional e
a estrutura programática estabelecida na legislação pertinente.

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a) Plano Plurianual
b) Orçamento base zero
c) Custo corrente
d) Custo de capital
e) Orçamento-programa

069. (IBFC/EBSERH–HUGG/ANALISTA ADMINISTRATIVO/2017) O Orçamento Público funciona


como um balizador da Economia. Se há elevados investimentos governamentais no Orçamento,
provavelmente o número de empregos aumentará, assim como a renda agregada melhorará. E
o inverso provoca desemprego, desaceleração da economia e decréscimo no produto interno
bruto. O orçamento público tem funções. Assinale a alternativa que contém uma delas.
a) Função Aglomerativa
b) Função Sintética
c) Função Analítica
d) Função Alocativa
e) Função Estática

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Orçamento Público
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GABARITO

1. E 36. c
2. E 37. c
3. C 38. E
4. E 39. E
5. E 40. e
6. C 41. b
7. C 42. e
8. E 43. e
9. E 44. a
10. E 45. d
11. E 46. e
12. C 47. a
13. C 48. E
14. C 49. E
15. C 50. d
16. E 51. c
17. a 52. d
18. c 53. e
19. c 54. c
20. d 55. b
21. b 56. b
22. c 57. c
23. b 58. a
24. d 59. b
25. c 60. a
26. d 61. E
27. b 62. e
28. c 63. a
29. a 64. b
30. b 65. c
31. a 66. b
32. a 67. d
33. b 68. e
34. b 69. d
35. a
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GABARITO COMENTADO

017. (FGV/CGE–SC/AUDITOR/2023) Em seu primeiro ano de mandato, um prefeito decidiu


implementar o orçamento participativo (OP). O prefeito conhece os parâmetros, as
dificuldades e as barreiras para implementá-lo. Entretanto, sua equipe transmitiu a seguinte
orientação incorreta aos envolvidos no processo, ainda na primeira etapa:
a) Alterações orçamentárias podem envolver recursos comprometidos com despesas legais
e constitucionais.
b) Aprovação do PPA, LOA e LDO na Câmara Municipal é necessária, bem como a realização
de audiências e consultas públicas.
c) Estrutura e dinâmica do OP podem ser objeto de lei ou regulamentadas por regimento
interno elaborado pela comunidade ou órgão central da prefeitura.
d) Execução do OP é quase sempre marcada por condicionantes, como por exemplo, de
arrecadação da receita prevista.
e) Recursos passíveis de deliberação e decisão participativa poderiam ser despesas com
investimentos e de capital, como definição de obras prioritárias.

Note que a questão pede para marcarmos a orientação incorreta, que é a da letra “a”, já
que as despesas legais e constitucionais não podem ser alteradas pela população. Guarde
que, no Orçamento Participativo, a população participa apenas das discussões acerca da
destinação de parte dos recursos públicos, especificamente aqueles relativos a investimentos
em obras e serviços a serem realizados em sua área.
Todas as demais alternativas estão corretas.
Letra a.

018. (FGV/TCE–ES/CONSELHEIRO SUBSTITUTO/2023) O orçamento-programa constitui


um marco na evolução dos modelos orçamentários que estão no contexto das medidas de
aperfeiçoamento da gestão pública à luz de modelos empresariais.
Um diferencial do orçamento-programa em relação aos modelos mais tradicionais de
orçamento é:
a) adoção facultativa pelos entes públicos;
b) alocação dos recursos baseada em valores históricos;
c) diagnóstico prévio para definição da ação pública;
d) ênfase nos controles contábeis e financeiros;
e) simplicidade para definição de medidas de desempenho.

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O Orçamento-programa trouxe uma série de vantagens. A seguir, listamos as oito principais:


1 – Permite melhor planejamento das ações do Governo;
2 – Facilita a identificação dos gastos e a realização por programas e sua comparação em
termos absolutos e relativos;
3 – Contribui para uma orçamentação mais precisa;
4 - Inter-relação entre custo e programação vinculada a objetivos;
5 – Permite maior possibilidade de redução de custos;
6 – Torna mais fácil identificar funções duplas;
7 - Foca no que a instituição realiza e não no que ela gasta;
8 – Permite melhor controle e execução dos programas.
Note, portanto, que, dentre as alternativas apresentadas, apenas a letra “c” apresenta
característica compatível com o Orçamento-Programa.
Vamos apontar os erros das demais alternativas.
a) Errada. Na verdade, a adoção do Orçamento-Programa é obrigatória, sendo ferramenta
fundamental para a integração da LOA com o PPA e a LDO.
b) Errada. Essa característica é típica do Orçamento Tradicional.
d) Errada. Essa característica é típica do Orçamento Tradicional.
e) Errada. Pelo contrário, o Orçamento-Programa possui um sistema detalhado métricas
de desempenho, objetivos, indicadores e metas que são utilizadas para o planejamento e
controle da execução orçamentária.
Letra c.

019. (FGV/AGENERSA/ANALISTA/2023) As técnicas de elaboração de orçamento público


passaram por diversas mudanças ao longo dos anos, até chegar ao Orçamento Programa,
utilizado no processo orçamentário da Administração Pública brasileira.
Acerca das técnicas de Orçamento Público, analise as afirmativas a seguir.
I – Enfatiza os aspectos contábeis.
II – Prioriza a aquisição dos meios.
III – Detalha e justifica todas as despesas anualmente.
Assinale a opção que compreende apenas aspectos do orçamento tradicional.
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) I e II, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.

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Vamos avaliar as alternativas:


I – Correta. O Orçamento Tradicional servia basicamente como instrumento de controle
político do Poder Legislativo sobre o Poder Executivo, privilegiando as questões contábeis.
II – Correta. O Orçamento Tradicional foca apenas explicar o objeto do gasto, ou seja,
“em que” está sendo aplicado os recursos públicos, desconsiderando as necessidades
coletivas, ficando conhecida como lei de meios.
III – Incorreta. Essa característica está relacionada ao Orçamento Base Zero e ao
Orçamento-Programa.
Letra c.

020. (FGV/SEFAZ–AM/AUDITOR/2022) Em relação ao Orçamento-Programa, assinale a


afirmativa correta.
a) Representa o elo entre o orçamento e a sua execução.
b) A sua estrutura está voltada para os aspectos financeiros.
c) Considera, em sua elaboração, apenas os custos dos programas que não extrapolam o
exercício.
d) O controle visa a avaliação da eficiência, da eficácia e da efetividade das ações
governamentais.
e) As decisões orçamentárias são tomadas com base nos exercícios anteriores.

No Orçamento-programa o controle tem a função de avaliar a eficiência, a eficácia e


a efetividade das ações governamentais, funcionando também como instrumento de
planejamento e gerenciamento dos recursos públicos, sendo os recursos financeiros para
cada unidade orçamentária vinculam-se direta ou indiretamente aos objetivos a serem
alcançados.
Vamos apontar os erros das demais alternativas.
a) Errada. Na verdade, é uma ferramenta mais ampla, envolvendo planejamento, gerenciamento
e controle.
b) Errada. Na verdade, é uma ferramenta mais ampla, focando também, por exemplo, nos
aspectos administrativos.
c) Errada. Na verdade, considera inclusive os que extrapolam o período.
e) Errada. Na verdade, a tomada de decisão se baseia em avaliações e análises técnicas
das alternativas possíveis.
Letra d.

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021. (FGV/SEFAZ–ES/CONSULTOR/2022) O orçamento tradicional ou clássico é o documento


que prevê a receita e autoriza as despesas, com ênfase:
a) nas metas.
b) no gasto.
c) no controle.
d) no planejamento.
e) no desempenho organizacional.

O Orçamento Clássico ou Tradicional foca apenas explicar o objeto do gasto, ou seja, “em
que” está sendo aplicado os recursos públicos. Servia basicamente como instrumento
de controle político do Poder Legislativo sobre o Poder Executivo, privilegiando as
questões contábeis, desconsiderando as necessidades coletivas.
Letra b.

022. (FGV/TCU/AUDITOR/2022) A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (EBCT) é


considerada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) como imune ao pagamento de impostos
mesmo quanto às atividades em que atua em regime de livre concorrência. A razão dada pelo
STF é a de que a EBCT oferta o serviço público de entrega de correspondência em localidades
distantes a preço módico, serviço que não seria oferecido adequadamente (a não ser por
alto custo) pelo sistema de mercado. Assim, as atividades mais rentáveis da EBCT estariam
também imunes para auxiliar no custeio das operações de entrega de correspondência em
locais pouco habitados e de difícil acesso. À luz das nomenclaturas cunhadas na teoria das
funções de Governo, o fenômeno descrito no enunciado expressa a função:
a) distribucionista do Estado;
b) estabilizadora do Estado;
c) alocativa do Estado;
d) progressiva do Estado;
e) referencial do Estado.

A situação em tela apresenta a alocativa do Estado, visto que apresenta uma situação em
que o fornecimento de bens e serviços não é adequadamente oferecido pelo sistema
de mercado, visto que a entrega de correspondência em localidades distantes a preço
módico é um serviço que não seria oferecido adequadamente pelo sistema de mercado.
Letra c.

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023. (FGV/SEFAZ–ES/CONSULTOR/2022) Com o intuito de aumentar taxa de escolaridade na


região “X” do país, o Governo contemplou em seu orçamento ações vinculadas a programas
educacionais na região. Essas ações serão financiadas por meio de recursos captados por
meio da cobrança de impostos de características progressivas nas regiões mais ricas do
país. Essas ações relacionam-se diretamente à função orçamentária:
a) alocativa.
b) distributiva.
c) estabilizadora.
d) social.
e) econômica.

Ao contemplar em seu orçamento ações vinculadas a programas educacionais na região


a cobrança de impostos de características progressivas nas regiões mais ricas do país,
está sendo realizada a função distributiva do orçamento público, já que visa corrigir
a desigualdade existente na distribuição da renda nacional que, normalmente, não é
igualitária. Note que a correção da desigualdade na repartição da renda pode ser efetuada
mediante intervenção governamental, e um dos processos mais utilizados com vistas a tal
objetivo consiste em utilizar o sistema tributário e a política de gastos governamentais.
Letra b.

024. (FGV/SEFAZ–ES/CONSULTOR/2022) Relacione as técnicas orçamentárias listadas a


seguir a suas respectivas explicações.
1. orçamento incremental
2. orçamento programa
3. orçamento base zero
4. orçamento participativo

( ) Tem como ênfase a eficiência e considera toda despesa como nova.


( ) Feito através de ajustes marginais nos itens de receitas e despesas.
( ) Integra planejamento e orçamento com objetivos e metas a alcançar.
( ) Estimula o exercício da cidadania e o compromisso da população com o bem público.

Assinale a opção que apresenta a relação correta, segundo a ordem apresentada.


a) 1 – 2 – 3 – 4.
b) 1 – 3 – 2 – 4.
c) 2 – 4 – 3 – 1.
d) 3 – 1 – 2 – 4.
e) 3 – 1 – 4 – 2.

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Vamos relacionar e justificar.


(3) Tem como ênfase a eficiência e considera toda despesa como nova. O OBZ tem como
característica determinante o fato realizar um exame crítico dos gastos governamentais,
sem levar em consideração o histórico de cada gasto. Assim, passa uma espécie de “pente
fino“ nos gastos, redefinindo prioridades e de acordo com a relação custo-benefício de
cada gasto em comparativamente aos demais.
(1) Feito através de ajustes marginais nos itens de receitas e despesas. Característica
essencial do orçamento incremental, que como o próprio nome sugere, promove a repetição
do orçamento anterior acrescido, por exemplo, da variação de preços (inflação) do período.
(2) Integra planejamento e orçamento com objetivos e metas a alcançar. O Orçamento-
programa funciona como instrumento de planejamento, gerenciamento e controle dos
recursos públicos, sendo os recursos financeiros para cada unidade orçamentária vinculam-
se direta ou indiretamente aos objetivos a serem alcançados.
(4) Estimula o exercício da cidadania e o compromisso da população com o bem público.
No Orçamento Participativo, a população participa da elaboração e aprovação de parte do
orçamento, mas o Poder Executivo não fica obrigado a executar tal programação.
Letra d.

025. (FGV/SEMSA–MANAUS/ESPECIALISTA/2022) Analise o trecho a seguir, retirado do sítio


de internet da CNN:
“A PEC Emergencial cria cortes temporários de custos fixos – como redução de salário de
servidores e congelamento de concursos públicos –, chamados de ‘gatilhos’. Eles seriam
acionados sempre que as despesas começarem a ficar maior que as receitas. Como é o
caso de 2021, todos os cortes começariam a ser feitos já neste ano, tão logo a PEC fosse
aprovada”.
A notícia apresentada trata de uma proposta que foi discutida pelo governo para evitar
desequilíbrios orçamentários. Evidencia-se, nesse caso um exemplo da função:
a) distributiva.
b) participativa.
c) estabilizadora.
d) regulatória.
e) alocativa.

Como a notícia apresentada trata de uma proposta que foi discutida pelo governo para
evitar desequilíbrios orçamentários, temos a função estabilizadora do orçamento público,

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aquela que objetiva a manutenção de um alto nível de utilização de recursos e de um


valor estável da moeda, por meio do crescimento econômico sustentado, com baixo
desemprego e estabilidade de preços.
Letra c.

026. (FGV/TCE–PI/AUDITOR/2021) A estrutura do orçamento-programa se situa dentro


de uma lógica orçamentária moderna, que concebe o orçamento como instrumento de
gestão. Entre as recomendações úteis para a organização da estrutura programática em
uma entidade, uma opção INADEQUADA é que:
a) a flexibilidade na gestão financeira e de pessoal deve ser expandida na gestão dos
programas;
b) as atividades e os projetos devem ser desenhados em níveis elevados de desagregação;
c) os programas de despesas em andamento devem ser distinguidos de novos programas
de despesas;
d) os programas devem ser multifuncionais, ou seja, cada programa pode ser vinculado a
diferentes funções;
e) um programa terá mais de um subprograma, e estes serão desmembrados em diversas
atividades e projetos.

O examinador pede para marcarmos a única alternativa que apresenta uma recomendação
que não seja útil para a organização da estrutura programática em uma entidade.
Com exceção da letra “d”, todas as alternativas apresentam recomendações úteis para a
organização da estrutura programática em uma entidade.
De acordo com o mestre James Giacomoni, os programas devem ser monofuncionais, ou
seja, cada programa vincular-se-á somente a uma função (educação, saúde, transportes,
habitação etc.) e não multifuncionais, como apresentado na alternativa “d”.
Letra d.

027. (FGV/TCE–PI/ASSISTENTE/2021) As práticas orçamentárias evoluíram ao longo do


tempo, passando de uma concepção tradicional para uma visão moderna de orçamento e
fazendo surgir modelos orçamentários com diferentes lógicas. Uma característica associada
à lógica do orçamento-programa é:
a) a alocação de recursos visa à aquisição de meios;
b) as decisões orçamentárias são tomadas com base em avaliações técnicas;
c) as decisões de alocação têm ênfase nas necessidades financeiras das unidades
organizacionais;
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d) os principais critérios classificatórios são por unidade e por elemento de despesa;


e) o processo orçamentário é dissociado do processo de planejamento.

Com exceção da letra “b”, as alternativas apresentam características do orçamento tradicional.


O orçamento-programa deve ser visto como um plano de trabalho expresso por um
conjunto de ações a realizar e pela identificação dos recursos necessários para a sua
execução. No orçamento-programa (moderno), as decisões orçamentárias são tomadas
com base em avaliações técnicas. Confira as principais características desses dois modelos
na tabela abaixo:
ORÇAMENTO TRADICIONAL X Orçamento-programa

Orçamento Tradicional Orçamento Moderno


O processo orçamentário é dissociado dos processos de O orçamento é o elo entre o planejamento e as funções
planejamento e programação. executivas da organização.
A alocação de recursos visa à consecução de objetivos
A alocação dos recursos visa à aquisição de meios.
e metas.
As decisões orçamentárias são tomadas tendo em vista As decisões orçamentárias são tomadas com base em
as necessidades das unidades organizacionais. avaliações e análises técnicas das alternativas possíveis.
Na elaboração do orçamento, são considerados todos
Na elaboração do orçamento, são consideradas as
os custos dos programas, inclusive os que extrapolam
necessidades financeiras das unidades organizacionais.
o exercício.
A estrutura do orçamento dá ênfase aos aspectos A estrutura do orçamento está voltada para os aspectos
contábeis de gestão. administrativos e de planejamento.

Letra b.

028. (FGV/DPE–RJ/CONTADOR/2019) A situação deficitária das contas públicas do governo


federal fez com que candidatos à presidência nas eleições de 2018 propusessem mudanças
drásticas na técnica de elaboração do orçamento utilizada pelo governo. Uma dessas
propostas apresentava a necessidade de que os gestores públicos justificassem anualmente
de forma detalhada cada gasto público empregado, sem compromisso com qualquer
montante inicial de dotação.
Trata-se de técnica conhecida como orçamento:
a) clássico;
b) programa;
c) base zero;
d) por desempenho;
e) de teto móvel.

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Muito noticiado na mídia no início do Governo Bolsonaro, o Orçamento Base Zero, que
não leva em conta a série histórica de gastos, busca passar um pente fino em todos os
gastos governamentais. Assim, a ideia é avaliar as despesas propostas com lupa, definindo
prioridades e verificando o custo-benefício de cada gasto em detrimento de outro. Trata-
se de uma das ideias de Paulo Guedes para conter o déficit do Orçamento Público.
Letra c.

029. (FGV/CGM–NITERÓI/ANALISTA/2018) A Lei Orçamentária Anual (LOA) é o orçamento


propriamente dito, com vigência de 1 (um) ano, e compreende três orçamentos: o fiscal,
o de investimento de empresas estatais e o da seguridade social, tendo, cada um deles,
uma função específica.
Sobre o orçamento fiscal, assinale a opção que indica sua função específica.
a) Distributiva, a qual visa à redução das desigualdades.
b) Alocativa, a qual visa à produção de bens e serviços não providos pelo mercado.
c) Distributiva, a qual visa a garantir o pleno emprego e manter a economia aquecida.
d) Estabilizadora, a qual visa à produção de bens e serviços não providos pelo mercado.
e) Estabilizadora, a qual visa a garantir o pleno emprego e manter a economia aquecida.

Perceba que a função do orçamento fiscal é a redução das desigualdades, que representa
a função distributiva do Estado. Confira diretamente do texto constitucional, com grifos
nossos:

Art. 165 § 7º Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo, compatibilizados com o plano
plurianual, terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo
critério populacional.
§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá:
I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da
administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha
a maioria do capital social com direito a voto;

Letra a.

030. (FGV/CGM–NITERÓI/ANALISTA/2018) A edição do Decreto Federal n. 2.829/1998, que


disciplinou o plano plurianual, tornou o orçamento-programa uma realidade no país. Sobre
o orçamento-programa, assinale a afirmativa correta.

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Orçamento Público
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a) É elaborado a partir de ajustes incrementais nas receitas e despesas, com base nos
orçamentos anteriores.
b) Integra o orçamento com o planejamento, quantificando objetivos e fixando metas.
c) Contempla a participação direta da população no processo decisório sobre a alocação
dos recursos públicos.
d) Enfatiza a legalidade das ações do gestor e a aquisição dos meios.
e) Evidencia o objeto dos gastos, pautando-se nas necessidades financeiras de cada unidade.

Fixe em sua mente que a principal característica do orçamento-programa é a integração do


orçamento e do planejamento, além de estabelecer objetivos, metas e avaliações, ou seja,
o orçamento-programa integra o orçamento com o planejamento, quantificando objetivos
e fixando metas, funcionando como o instrumento operacional do planejamento.
Vamos, agora, comentar as demais alternativas e associá-las aos respectivos modelos de
orçamento:
a) Errada. Retenha que a técnica que se baseia nos orçamentos anteriores é o orçamento
incremental.
c) Errada. Lembre-se de que orçamento participativo é quem contempla a participação
direta da população no processo decisório.
d) Errada. Não se esqueça que o orçamento-programa enfatiza o objetivo do gasto e as
realizações
e) Errada. Lembre-se de que o tipo de orçamento que enfatiza o objeto do gasto e pauta-
se nas necessidades do Estado é o orçamento tradicional.
Letra b.

031. (FGV/CGM–NITERÓI/ANALISTA/2018) O governante de um pequeno país, preocupado


com as finanças públicas, decide pesquisar uma nova espécie de orçamento para adotá-la
em sua administração. Ele entende que a espécie de orçamento ideal é aquela que justifica
anualmente cada uma das despesas, enfatizando as necessidades do momento.
Sendo assim, a espécie de orçamento adequada às necessidades desse país é o:
a) base zero.
b) tradicional.
c) legislativo.
d) autorizativo.
e) típico.

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Trata-se do Orçamento base zero. Confira a conceituação desse modelo orçamentário, nas
palavras de Augustinho Paludo, no Livro “Orçamento Público (AFO e LRF)”, 4ª Edição (Ed.
Elsevier), com grifos nossos:

Orçamento Base Zero surgiu no Texas, Estados Unidos, na década de 1970, e nele não há direito
adquirido no orçamento. Cada despesa é tratada como uma nova iniciativa de despesa, e a cada
ano é necessário provar as necessidades de orçamento, competindo com outras prioridades e
projetos. Inicia-se todo ano, partindo do “zero”– daí o nome Orçamento Base zero.
O Orçamento Base Zero exige que o administrador justifique, a cada ano, todas as dotações
solicitadas em seu orçamento, incluindo alternativas, análise de custo, finalidade, medidas de
desempenho, e as consequências da não aprovação do orçamento. A ênfase é na eficiência, não
se preocupa com as classificações orçamentárias, mas com o porquê de se realizar determinada
despesa.

Letra a.

032. (FGV/CGM–NITERÓI/ANALISTA/2018) Leia o trecho a seguir.


A política pública financiada pela ________, que visa distribuir gratuitamente aparelhos
auditivos para crianças com deficiência auditiva grave, é do tipo ____________.
Assinale a opção cujos termos completam corretamente as lacunas do trecho acima.
a) sociedade como um todo – distributiva
b) camada mais rica da sociedade – distributiva
c) sociedade como um todo – redistributiva
d) camada mais rica da sociedade – regulatória
e) sociedade como um todo – regulatória

Note que a assertiva aborda uma política pública sem fonte de financiamento específica.
Assim sendo, podemos notar que são utilizados recursos do orçamento do ente público,
financiado por todos os contribuintes, ou seja, pela sociedade como um todo.
Partindo dos recursos extraídos da sociedade como um todo, existe um indicativo de que
estamos tratando de uma política distributiva, não porque ela “distribui” os aparelhos, mas
porque visa a equilibrar as condições de vida das pessoas. Nessa toada, quando se distribui
os aparelhos de forma gratuita, garante-se que aqueles que não poderiam pagar por isso
tenham acesso ao aparelho auditivo.
Letra a.

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033. (FGV/CM–SALVADOR/ANALISTA/2018) Um dos modelos orçamentários difundidos a


partir da aplicação da lógica empresarial no setor público tem como base para elaboração
do orçamento atual a não vinculação com os montantes de despesa ou nível de atividade
do exercício anterior. Embora de difícil operacionalização, o modelo propicia reavaliações
constantes das alocações de recursos. Esse modelo orçamentário é denominado orçamento:
a) programa;
b) base zero;
c) incremental;
d) operacional;
e) com teto móvel.

O enunciado da questão traz características do Orçamento Base Zero (OBZ), técnica


orçamentária de difícil implementação por parte dos gestores públicos, já que exige uma
avaliação de toda programação de gastos a cada novo exercício, por isso da denominação
base zero. Toda ação, projeto ou atividade, seja nova ou de natureza contínua, deve ser
detalhadamente justificada a cada ano, ou seja, há sempre uma reavaliação constante
da necessidade de manutenção do gasto ao longo do tempo.
Letra b.

034. (FGV/TJ–SC/ANALISTA/2018) Desde o surgimento das primeiras práticas orçamentárias


até a vigência dos atuais instrumentos de planejamento, o processo de orçamentação
no setor público passou por várias modificações relacionadas diretamente com o papel
do Estado.
Uma das características das práticas modernas de orçamento que marca essa evolução é
o(a):
a) foco no controle de insumos e produtos;
b) ênfase no impacto econômico do gasto público;
c) independência dos instrumentos de planejamento;
d) reforço no controle contábil das unidades orçamentárias;
e) tendência à contenção da despesa pública.

O orçamento atual, que é considerado moderno, é o orçamento-programa, que foca


no impacto econômico do gasto público. Assim, o aspecto contábil deixou de ser o mais
importante e a real efetividade do gasto passou a ser prioridade, dando ênfase ao fim social
e econômico do gasto público

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Destaca-se ainda o fato de o orçamento-programa promover a vinculação do instrumento


de orçamentação com o planejamento das ações governamentais e preocupa-se com os
impactos das ações governamentais gerados à sociedade (efetividade), e não só com o mero
cumprimento de objetivos e metas, que nem sempre atendem às necessidades coletivas.
Veja o quadro-resumo elaborado pelo professor Giacomoni, contendo as principais diferenças
entre o orçamento tradicional e o orçamento moderno:

Letra b.

035. (FGV/ALERO/ANALISTA/2018) A política de preços praticada pela Petrobrás, a partir de


2016, definiu que o preço dos combustíveis no Brasil seria pautado pela cotação do barril
de petróleo no mercado internacional, em dólar. O exemplo acima indica o seguinte tipo
de função econômica governamental:
a) estabilizadora.
b) alocativa.
c) distributiva.
d) reguladora.
e) concedente.

Em consonância com o enunciado da questão, podemos perceber que a política de preços


praticada pela Petrobrás no período indicado, teve um viés estabilizador, de modo corrigir
uma discrepância que havia entre os preços praticados pela companhia (represados no
governo Dilma na tentativa de conter a alta da inflação) e os anseios do mercado, deixando-

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os oscilar de acordo com o momento de mercado de petróleo, promovendo assim, um


ajustamento automático no mecanismo de preços dos seus derivados.
Letra a.

036. (FGV/ALERO/CONSULTOR/2018) Sobre os objetivos da função estabilizadora do governo,


assinale a afirmativa correta.
a) Deve realizar parcerias com o setor privado para fornecer bens públicos.
b) Busca reformular os tributos com o fim de melhorar a distribuição de renda.
c) Deve utilizar a política monetária para manter a taxa inflacionaria em níveis reduzidos.
d) Busca definir a contribuição de cada consumidor para financiar algum bem público.
e) Pretende melhorar as condições de moradia da população de baixa renda.

A função estabilizadora visa a manter o equilíbrio macroeconômico, aliando estabilidade


de preços e crescimento da renda, e, nesse sentido, usar a política monetária para conter
a inflação faz parte da função estabilizadora.
Vamos apontar os erros das demais alternativas.
b) Errada. Função alocativa.
c) Errada. Função distributiva.
d) Errada. Função alocativa.
e) Errada. Função distributiva.
Letra c.

037. (FGV/ALERJ/ESPECIALISTA/2017) O orçamento surgiu no setor público como instrumento


de controle. A consolidação da democracia e o crescimento das atribuições do Estado
criaram a necessidade de desenvolvimento de modelos orçamentários condizentes com as
necessidades da Administração Pública. Um elemento que caracteriza a concepção moderna
de orçamento público é:
a) ausência de integração entre planejamento e orçamento;
b) ênfase na redução dos gastos públicos;
c) influência da lógica empresarial;
d) neutralidade das finanças públicas;
e) papel secundário do aspecto econômico.

Vamos analisar as alternativas:


a) Errada. Uma das características principais do orçamento-programa é a integração entre
planejamento e orçamento.

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b) Errada. A ênfase moderna é na efetividade dos gastos públicos.


c) Certa. É isso mesmo! Integrar Planejamento e Orçamento, focando na eficiência. Eficácia
e efetividade, como nas empresas.
d) Errada. As funções são alocativa, distributiva e estabilizadora.
e) Errada. O orçamento moderno foca no aspecto econômico, não dando mais prioridade
total ao aspecto contábil.
Letra c.

038. (FGV/ALERJ/ESPECIALISTA/2017/ADAPTADA) Julgue a assertiva abaixo:


Um elemento que caracteriza a concepção moderna de orçamento público é ausência de
integração entre planejamento e orçamento.

O orçamento-programa PRIORIZA atender aos objetivos, metas e prioridades definidos no


Planejamento das ações do Governo, integrando planejamento e orçamento.
Errado.

039. (FGV/ALERJ/ESPECIALISTA/2017/ADAPTADA) Julgue:


A elaboração do orçamento público é baseada em alguns princípios que servem como
balizadores do formato e do conteúdo do orçamento. A elaboração detalhada do orçamento,
que expresse a origem dos recursos e sua aplicação em cada exercício está em consonância
com o princípio da transparência.

Na verdade, a elaboração detalhada do orçamento, que expresse a origem dos recursos


e sua aplicação em cada exercício está em consonância com o princípio da especificação.
Errado.

040. (FGV/IBGE/ANALISTA/2017) Desde o surgimento das primeiras práticas orçamentárias


na administração pública, o orçamento tem evoluído e têm surgido modelos e conceitos
orçamentários com o objetivo de fornecer informações para a gestão adequada dos recursos
públicos. Um dos modelos orçamentários mais difundidos é o chamado orçamento-programa,
que tem entre as suas características:
a) enfatizar as metas e objetivos de curto prazo;
b) ser instrumento disciplinador das finanças públicas;
c) priorizar as necessidades financeiras das unidades organizacionais;
d) manter o equilíbrio financeiro e evitar ao máximo a expansão dos gastos públicos;
e) adotar medidas de desempenho com a finalidade de acompanhar o cumprimento das
metas definidas.

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Observe que uma das principais características desse modelo de orçamentação (Orçamento-
Programa) é justamente realizar a quantificação dos objetivos e metas para que seja possível
acompanhar o cumprimento das metas definidas.
Letra e.

041. (FGV/PREFEITURA DE SALVADOR/TÉCNICO/SUPERIOR/2017) Relacione cada função


econômica do governo à sua característica ou ao seu exemplo.
Função Alocativa
Função Distributiva
Função Estabilizadora

( ) O acesso da população à água e ao esgoto tratável contribui para reduzir os gastos


públicos com saúde.
( ) O adequado uso da política monetária leva a uma taxa de inflação menor, sem afetar
fortemente o desemprego.
( ) Reduzir impostos sobre consumo tem efeitos progressivos sobre a renda das pessoas.

Assinale a opção que apresenta a relação correta.


a) 1, 2 e 3.
b) 1, 3 e 2.
c) 2, 3 e 1.
d) 3, 1 e 2;
e) 3, 2 e 1.

A sequência correta é:
1 – Função alocativa. Note que o acesso da população à água e ao esgoto tratável contribui
para reduzir os gastos públicos com saúde, ou seja, temos o governo prestando um serviço.
3 – Função estabilizadora. Note que o adequado uso da política monetária leva a uma taxa
de inflação menor, sem afetar fortemente o desemprego, ou seja, temos o governo atuando
para amenizar a inflação e preocupado com o desemprego.
2 – Função distributiva. Note que reduzir impostos sobre consumo tem efeitos progressivos
sobre a renda das pessoas, ou seja, temos governo redistribuindo renda via impostos
progressivos.
Letra b.

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042. (FGV/PREFEITURA DE CUIABÁ/AUDITOR/2016) Em relação às funções do governo,


analise as afirmativas a seguir.
I – A tributação sobre grandes fortunas e heranças pode ter função distributiva ou
estabilizadora, a depender de como o governo irá alocar os valores arrecadados.
II – A expansão do sistema de água e esgoto para áreas desfavorecidas está relacionada à
função distributiva.
III – Um programa de estímulo às contratações de jovens por empresas, em contrapartida
de abono fiscal, é considerado função estabilizadora.
Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente a afirmativa III estiver correta.
d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
e) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.

Vamos avaliar as assertivas.


I – Verdadeira. Em relação à função distributiva não temos dúvida, mas no que diz respeito
à função estabilizadora do imposto sobre grandes fortunas e sobre herança, como atinge
o estoque de riqueza e não o seu fluxo, tais impostos não são estabilizadores automáticos
como imposto de renda. Entretanto, a banca considerou verdadeira a assertiva.
II – Falsa. A prestação de um serviço público à população, seja aos pobres ou aos ricos, indica
a função alocativa.
III – Verdadeira. Perceba que o governo está utilizando sua política fiscal para expandir o
emprego e a renda.
Letra e.

043. (FGV/IBGE/TECNOLOGISTA/2016) Associe as funções do Estado a suas respectivas


características:
1. Alocativa
2. Estabilizadora
3. Distributiva

( ) A arrecadação de um tributo sobre movimentações financeiras pode ser destinada a


melhorar os serviços públicos de saúde, utilizados principalmente pelos mais pobres.
( ) A escolha pelo voto de um político pode ser entendido como um mecanismo revelador
das preferências verdadeiras do eleitorado.

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( ) O abandono do regime de metas inflacionárias tende a abalar o nível de confiança


do consumidor e das empresas.

A associação correta, de cima para baixo, é:


a) 1, 2 e 3;
b) 1, 3 e 2;
c) 2, 1 e 3;
d) 3, 2 e 1;
e) 3, 1 e 2.

Na primeira assertiva, temos a função distributiva. Um tributo sobre movimentações


financeiras onera mais as pessoas com maior renda e as maiores empresas. Desse modo,
transferir esses recursos ao SUS, por exemplo, que é utilizado principalmente pelas pessoas
mais pobres, é uma forma de redistribuir recursos.
Na segunda assertiva, temos a função alocativa. Por meio do voto, o eleitor revela suas
preferências, dentre outras coisas, por bens e serviços públicos, podendo escolher, por
exemplo, entre um candidato que foca na educação e na saúde e outro candidato que
planeja investir dinheiro público em infraestrutura.
Na terceira assertiva, temos a função estabilizadora. O controle da inflação é um dos meios
utilizados para se obter maiores níveis de emprego e renda.
Letra e.

044. (FGV/TJ–RO/ADMINISTRADOR/2015) Os conceitos de orçamento tradicional e orçamento


moderno não são modelos definidos, mas concepções extremas a partir das quais os
modelos e técnicas orçamentárias são elaborados. Uma das características da concepção
tradicional do orçamento público é:
a) a alocação de recursos com vistas à aquisição de meios;
b) a existência de associação entre orçamento e planejamento;
c) a preponderância do aspecto econômico, que reflete a intervenção do Estado;
d) a utilização do orçamento como instrumento de administração;
e) o controle com vistas a avaliar a eficiência e eficácia das ações.

O Orçamento Tradicional ficou conhecido como “lei de meios”, já que focava nos meios e
não nas metas e objetivos do Estado.
Letra a.

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045. (FGV/TJ–SC/ANALISTA/2015) A prática de elaboração de um orçamento para as atividades


governamentais tem origem na Inglaterra e apresentou diversas características que marcam
sua evolução ao longo do tempo. O método de elaboração de orçamento em que a cada
novo exercício deve haver justificativa detalhada dos recursos solicitados é o orçamento:
a) programa;
b) por desempenho;
c) participativo;
d) base zero;
e) operacional.

O orçamento base zero, cujo foco era passar um pente fino em TODOS OS GASTOS, é o
método de elaboração de orçamento em que a cada novo exercício deve haver justificativa
detalhada dos recursos solicitados é o orçamento, já que toda informação prévia relativa
aos anos anteriores era desprezada, ou seja, a necessidade e a utilidades de cada despesa
deveria ser vista como se fosse completamente nova.
Letra d.

046. (FGV/DPE–RO/ANALISTA/2015) Uma característica do orçamento-programa, que se


baseia em uma concepção moderna de orçamento, que o diferencia das práticas orçamentárias
tradicionais é o(a):
a) ênfase na função de controle;
b) ênfase no aspecto jurídico do orçamento;
c) foco nos insumos;
d) posição secundária do aspecto econômico;
e) vinculação entre orçamento e planejamento.

O Orçamento-Programa PRIORIZA atender aos objetivos, metas e prioridades definidos no


Planejamento das ações do Governo, integrando e vinculando planejamento e orçamento.
Letra e.

047. (FGV/DPE–RO/ANALISTA/2015) Em relação às funções do Estado, considere V para a(s)


afirmativa(s) verdadeira(s) ou F para a(s) falsa(s):

( ) Um candidato eleito que eleva os gastos com segurança pública, está exercendo a
sua função alocativa.

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( ) A implementação de um imposto sobre grandes fortunas e a redução daqueles


cobrados sobre os extratos menores de renda estão relacionados à função distributiva.
( ) Políticas que reduzam os custos admissionais a fim de elevar o emprego estão
relacionadas à função estabilizadora.

A sequência correta é:
a) V – V – V;
b) V – V – F;
c) F – V – V;
d) F – F – V;
e) F – F – F.

Vamos julgar, comentar e marcar a sequência correta.


I – Verdadeira. Segurança pública é um caso típico de função alocativa.
II – Verdadeira. Sim. Belo exemplo de redistribuição de renda via tributação.
III – Verdadeira. Manter o nível de emprego faz parte da função estabilizadora.
Letra a.

048. (FGV/TCE–BA/AGENTE/2014/ADAPTADO) Julgue:


O Orçamento Público apresenta apenas os enfoques político e jurídico para sua execução
e controle.

Na verdade, o orçamento tem aspecto político, porque revela ações sociais e regionais
na destinação das verbas. Tem também características econômicas, porque manifesta
a realidade da economia. É técnico, porque utiliza cálculos de receita e de despesa e tem,
ainda, aspectos jurídicos, porque atende às normas da Constituição Federal e de leis
infraconstitucionais.
Errado.

049. (FGV/TCE–BA/AGENTE/2014/ADAPTADA) Julgue:


O Orçamento Público tem a finalidade de alcançar a satisfação social, independente do
equilíbrio fiscal.

Na verdade, em atendimento ao princípio do equilíbrio orçamentário, reforçado pela LRF,


do ponto de vista econômico o orçamento público deve racionalizar o processo de alocação
de recursos, conciliando essa alocação com o equilíbrio das contas públicas.
Errado.

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050. (FCC/PGE–AM/TÉCNICO/2022) São técnicas orçamentárias legítimas estudadas


na doutrina:
a) o orçamento base zero, o orçamento por atribuições e o orçamento programa.
b) o orçamento nulo, o orçamento por atribuições e o orçamento janela.
c) o orçamento nulo, o orçamento por desempenho e o orçamento programa.
d) o orçamento base zero, o orçamento por desempenho e o orçamento programa.
e) o orçamento base zero, o orçamento por atribuições e o orçamento janela.

Vamos avaliar as alternativas.


a) Errada. Não existe o orçamento por atribuições.
b) Errada. Inexistem os orçamentos nulo, por atribuições e janela.
c) Errada. Inexiste o orçamento nulo.
d) Certa. O orçamento base zero, o orçamento por desempenho e o orçamento-programa
são técnicas orçamentárias legítimas.
e) Errada. Inexistem os orçamentos por atribuições e janela.
Letra d.

051. (FCC/PGE–AM/TÉCNICO/2022) A técnica conhecida como orçamento-programa consiste


em enfatizar.
a) a concatenação programática dos atos orçamentários.
b) os programas de computador na execução orçamentária.
c) a política econômico-financeira e os programas de trabalho de governo nas rubricas.
d) os programas de computador na elaboração orçamentária.
e) a manutenção dos patamares orçamentários do exercício anterior.

O Orçamento-Programa deve ser visto como um plano de trabalho expresso por um conjunto
de ações a realizar e pela identificação dos recursos necessários para a sua execução.
Sua mola mestra é fixar as Despesas Públicas a partir da identificação das necessidades
públicas sob a responsabilidade de determinado nível de governo e da sua organização, de
acordo com as suas prioridades. É notório que os seus aspectos administrativos e econômicos
são privilegiados em detrimento do aspecto político.
A ideia do orçamento-programa é fazer com que o gasto público possa ser detalhado de modo
a enfatizar a sua finalidade, identificando para cada gasto a respectiva a ação, definindo o
responsável pela respectiva execução de cada ação, além de apresentar individualmente os
resultados esperados para cada uma delas. Guarde que o Orçamento-Programa PRIORIZA

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atender aos objetivos, metas e prioridades definidos no Planejamento das ações do Governo,
integrando planejamento e orçamento.
Letra c.

052. (FCC/PGE–AM/TÉCNICO/2022) O orçamento-programa:


a) concentra o foco sobre insumos e recursos financeiros antes de serem usados, permitindo
o controle pelo Poder Legislativo.
b) tem abrangência vertical e considera despesas alternativas a partir do zero para as
atividades governamentais.
c) é elaborado pelo Poder Legislativo que detém a iniciativa de proposição de projeto de
lei orçamentária no Brasil.
d) utiliza medidas de desempenho com a finalidade de medir as realizações (produtos finais).
e) é o elo entre o planejamento e as funções executivas da organização e, por isso, o principal
critério de classificação da despesa orçamentária é o institucional.

A resposta da questão pode ser encontrada na obra “Orçamento público” / James Giacomoni.
15. ed., ampliada, revista e atualizada – São Paulo: Atlas, 2010. Confira o trecho precípuo
sobre o tema:

Estão nessa definição os elementos essenciais do Orçamento-programa:


a) os objetivos e propósitos perseguidos pela instituição e para cuja consecução são utilizados
os recursos orçamentários;
b) os programas, isto é, os instrumentos de integração dos esforços governamentais no sentido
da concretização dos objetivos;
...
d) medidas de desempenho com a finalidade de medir as realizações (produto final) e os
esforços despendidos na execução dos programas.

Vamos comentar as demais alternativas.


a) Errada. Na verdade, foca nos resultados das ações.
b) Errada. Na verdade, descreve uma característica do orçamento base zero.
c) Errada. Na verdade, a iniciativa é do Poder Executivo.
e) Errada. Na verdade, o principal critério de classificação da despesa é a programático.
Letra d.

053. (FCC/PGE–AM/TÉCNICO/2022) O chamado “orçamento de desempenho” é


caracterizado por:

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a) todos os programas serem justificados a cada novo ciclo orçamentário.


b) ser elaborado a partir de ajustes marginais nas rubricas de receita e despesa.
c) partir de um quantitativo financeiro fixo, obtido mediante aplicação de percentual linear.
d) ser mais rapidamente elaborado que nas demais técnicas.
e) se orientar mais pelo resultado do gasto do que pela natureza do que é autorizado.

No orçamento de desempenho ou funcional, considera-se aquilo que o governo faz, ou


seja, avalia-se não apenas o montante dos gastos, mas também os resultados da ação
governamental, porém sem vinculação com o sistema de planejamento.
Vamos comentar as demais alternativas.
a) Errada. Apresentou uma característica do OBZ.
b) Errada. Apresentou uma característica do Orçamento Incremental.
c) Errada. Apresentou uma característica do Orçamento com teto fixo, técnica não muito
cobrada em provas de concursos. do Orçamento com teto fixo usa como critério de alocação
de recursos o estabelecimento de um quantitativo financeiro fixo (teto), obtido mediante
a aplicação de um percentual único sobre as despesas realizadas em determinado período,
sendo que esse percentual único serve de base para que os órgãos/unidades elaborem suas
propostas orçamentárias parciais.
d) Errada. Não existe essa vantagem.
Letra e.

054. (FCC/CL–DF/CONSULTOR/2018) Se o orçamento público for elaborado com base na


concepção do orçamento-programa, terá como um dos principais critérios de classificação
da despesa orçamentária aquele por:
a) natureza e o objetivo de um programa vinculado à função saúde poderá ser aumentar o
número de vacinas adquiridas.
b) estrutura programática e o objetivo de um programa vinculado à função educação poderá
ser aumentar o número de livros adquiridos.
c) estrutura programática e o objetivo de um programa vinculado à função educação poderá
ser a redução do analfabetismo.
d) ações e o objetivo de um programa vinculado à função saúde poderá ser aumentar o
número de médicos contratados.
e) elementos de despesa e o objetivo de um programa vinculado à função assistência social
poderá ser a redução da população em situação de vulnerabilidade

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O Orçamento-Programa tem como principal critério de classificação da despesa orçamentária


o funcional-programático, com foco na realização dos programas e não no objeto da compra
em si.
Note que, na alternativa “c”, temos a classificação das despesas com base na estrutura
programática e naquilo que o governo realiza, ou seja, na redução do analfabetismo.
Vamos comentar as demais alternativas:
a) Errada. O foco deve ser na realização dos programas e não no objeto da compra em si
(vacina).
b) Errada. O foco deve ser na realização dos programas e não no objeto da compra em si
(livros).
d) Errada. O foco deve ser na realização dos programas e não no objeto da compra em si
(contratação de médicos)
e) Errada. A classificação por elementos de despesa não é um dos principais critérios
utilizados de acordo com o orçamento-programa.
Letra c.

055. (FCC/TRT–11/ANALISTA/2017) Sobre o Orçamento-Programa é INCORRETO afirmar que:


a) o orçamento é o elo de interação entre o planejamento e as funções executivas da
organização.
b) a ênfase está nos meios (o que se compra) e não nas diretrizes, prioridades, objetivos
e metas.
c) o controle visa avaliar a eficiência, eficácia e efetividade das ações governamentais.
d) a Lei n. 4.320/1964 contém determinações para a elaboração da Lei Orçamentária Anual
que são típicas do Orçamento-Programa.
e) o principal critério de classificação está contido na Portaria STN e MOG n. 42/1999.

O Orçamento-programa visa fazer com que o gasto público possa ser detalhado de modo
a enfatizar a sua finalidade, identificando para cada gasto a respectiva a ação, definindo
o responsável pela respectiva execução de cada ação, além de apresentar individualmente
os resultados esperados para cada uma delas.
Assim, a ênfase do Orçamento-programa NÃO está nos meios (o que se compra), MAS, SIM,
nas diretrizes, prioridades, objetivos e metas.
Letra b.

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056. (FCC/TCM–RJ/AUDITOR/2015) A espécie de orçamento cuja técnica utilizada para sua


confecção consiste em desconsiderar os valores do ano anterior como valor inicial mínimo, e
proceder a uma análise crítica de todos os recursos solicitados pelos órgãos governamentais,
e de suas efetivas necessidades, sem qualquer compromisso com montantes iniciais de
dotações, denomina-se orçamento:
a) real ou efetivo.
b) de base zero ou por estratégia.
c) participativo.
d) democrático.
e) de desempenho ou por realizações.

A espécie de orçamento cuja técnica utilizada para sua confecção consiste em desconsiderar
os valores do ano anterior como valor inicial mínimo, e proceder a uma análise crítica de
todos os recursos solicitados pelos órgãos governamentais, e de suas efetivas necessidades,
sem qualquer compromisso com montantes iniciais de dotações, denomina-se orçamento
base zero ou por estratégia.
A sua ideia-chave é fazer com que todas as despesas de todos os órgãos sejam justificadas
detalhadamente, sem permitir que o simples fato de que uma despesa que já estivesse no
orçamento do ano anterior, fosse simplesmente repetida, tratando cada gasto demandado
como um novo gasto.
O foco desse modelo de orçamentação é identificar gastos, programas, e até me órgãos que
não tinham utilidade prática para a Administração Pública. Seguindo essa linha de raciocínio,
para que um gasto fosse “aprovado” ela deveria ser eficiente e eficaz, não poderia ter ainda
mais suas operações reduzidas ou eliminadas.
Letra b.

057. (FCC/TCM–RJ/AUDITOR/2015) O orçamento do qual consta apenas a previsão da receita


e a fixação da despesa, constituindo uma peça meramente contábil-financeira, sem nenhuma
espécie de planejamento da ação do governo, sem qualquer objetivo econômico e social
de forma clara e sem preocupação com objetivos e metas e voltado preferencialmente às
necessidades dos órgãos públicos, denomina-se orçamento:
a) de desempenho ou por realizações.
b) estatal.
c) clássico ou tradicional.
d) pragmático.
e) de base zero ou por estratégia.

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Conheça a visão do Mestre Harrison Leite sobre o orçamento tradicional:

O orçamento tradicional era o orçamento desvinculado de qualquer planejamento, com foco mais
em questões contábeis, em detrimento de um foco administrativo de gestão. Aqui o orçamento
era uma mera peça contábil e não havia menção a qualquer objetivo ou meta a ser atingida.
Demonstra despreocupação do gestor com o atendimento das necessidades populacionais, uma
vez que se atenta mais para as necessidades das unidades organizacionais.

Letra c.

058. (FCC/TRT–5/ANALISTA/2013) No orçamento-programa, uma das dimensões do controle


é a efetividade. Para isso, são utilizados indicadores que representam o produto final dos
programas governamentais, tal como,
a) aumento da expectativa de vida.
b) despesa per capita em educação.
c) número de hospitais.
d) professor/aluno.
e) número de consultas médicas.

Vamos aproveitar a oportunidade para aplicar os conceitos de eficiência, eficácia,


economicidade e efetividade.
A eficiência é a relação entre os produtos (bens e serviços) gerados por uma atividade e os
custos dos insumos empregados para produzi-los, em um determinado período de tempo,
mantidos os padrões de qualidade. Essa dimensão refere-se ao esforço do processo de
transformação de insumos em produtos.
A eficácia é o grau de alcance das metas programadas (bens e serviços) em um determinado
período de tempo, independentemente dos custos implicados. Diz respeito se aquilo que
foi traçado como meta foi cumprido, sem levar em consideração os custos envolvidos.
A economicidade é a minimização dos custos dos recursos utilizados na consecução de uma
atividade, sem comprometimento dos padrões de qualidade. Refere-se à capacidade de
uma instituição gerir adequadamente os recursos financeiros colocados à sua disposição.
De certa forma, o conceito de economicidade se confunde com o de eficiência.
A efetividade diz respeito ao alcance dos resultados pretendidos, a médio e longo prazo.
Refere-se à relação entre os resultados de uma intervenção ou programa, em termos de
efeitos sobre a população-alvo (impactos observados), e os objetivos pretendidos (impactos
esperados), traduzidos pelos objetivos finalísticos da intervenção. Ou seja, uma ação é
efetiva quando gera uma mudança, um impacto na sociedade.

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Nesse sentido, a única alternativa que trata de efetividade é a letra “a”. O aumento da
expectativa de vida de uma população é um indicador que traduz essa ideia de geração
de valor para a sociedade. Os demais indicadores (n. consultas médicas, n. de hospitais,
professor/aluno etc.) não permitem auferir resultados perante a população-alvo, sendo meras
ferramentas de gestão para dar suporte à análise da eficiência/eficácia/economicidade.
Letra a.

059. (FCC/TJ–PE/ANALISTA/2012) O instrumento de gestão em que se registra o ato pelo


qual o poder legislativo autoriza ao poder executivo, por certo período de tempo e, em
pormenores, as receitas a serem arrecadadas, e fixa as despesas a serem realizadas no
exercício financeiro vindouro, objetivando a continuidade, eficácia, eficiência, efetividade
e a economicidade dos serviços prestados à sociedade, denomina-se orçamento:
a) estático.
b) público.
c) financeiro.
d) operacional.
e) flexível.

Aproveite para ver mais um conceito doutrinário de Orçamento Público, dessa vez do
Mestre Caldas Furtado:

orçamento público é o instrumento através do qual os cidadãos, por intermédio de lei aprovada
por seus representantes no Parlamento, fixam a despesa e preveem a receita para o período de
um ano, a partir da determinação dos serviços públicos que serão prestados pelo Estado e dos
demais objetivos da política orçamentária, bem como da definição de quais, e de que forma,
setores da sociedade financiarão a atividade estatal.

Letra b.

060. (FCC/TJ–PE/ANALISTA/2012) O orçamento que enfatiza os fins, em vez de os meios, e


que a base fundamental é o planejamento, em vez de ser apenas um instrumento contábil
de controle, é o orçamento:
a) programa.
b) base zero.
c) clássico.
d) tradicional.
e) legislativo.

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O orçamento que enfatiza os fins, em vez de os meios, e que a base fundamental é o


planejamento, em vez de ser apenas um instrumento contábil de controle, é o orçamento
programa, que tem como características principais, as seguintes:
1) o orçamento representa o elo entre o planejamento e as ações governamentais;
2) a destinação dos recursos está atrelada ao alcance de objetivos e metas;
3) as decisões sobre alocações de recursos são realizadas mediante avaliação com base
cientificadas possibilidades existentes;
4) as despesas são agrupadas não só pela sua natureza econômica, mas também segundo a
classificação funcional-programática, ou seja, os recursos são alocados segundo as funções
e programas de governo;
5) a organização administrativa do ente e o planejamento são os delineadores da estrutura
do orçamento;
6) o controle vai além do exame da legalidade, avaliando a eficiência, a eficácia e efetividade
das ações governamentais, com base em índices e padrões de mensuração dos resultados
dos programas.
Letra a.

061. (FCC/TRF1/ANALISTA/2007/ADAPTADA) O orçamento-programa foi introduzido no


Brasil por meio da Lei n. 4.320/64 e do Decreto-Lei n. 200/67. A Constituição Federal de
1988 consolidou definitivamente o orçamento-programa no Brasil, ao vincular o processo
orçamentário ao PPA, à LDO e à LOA. Julgue:
Orçamento-programa é um documento que prevê apenas a fixação da despesa e a previsão
da receita, constituindo a principal peça contábil-financeira para a orientação da ação
governamental.

O orçamento-programa é um método de orçamentação por meio do qual as despesas públicas


são fixadas a partir da identificação das necessidades públicas sob a responsabilidade de
certo nível de governo e da sua organização segundo níveis de prioridades e estruturas
apropriadas de classificação da programação.
Nessa pegada, podemos dizer, sim, que o orçamento-programa é o plano operacional de
trabalho por meio da identificação dos seus programas de trabalho, projetos e atividades,
além do estabelecimento de objetivos e metas a serem implementados, bem como a previsão
dos custos relacionados, ou seja, vai muito além do que disse a assertiva.
Errado.

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062. (FCC/MPU/TÉCNICO/2007) Em relação ao orçamento-programa, é correto afirmar que:


a) seu único critério de classificação de despesas são as unidades administrativas.
b) é totalmente dissociado do processo de planejamento.
c) sua estrutura enfatiza os aspectos contábeis da gestão.
d) sua prioridade é respeitar as necessidades financeiras das unidades orçamentárias.
e) constitui um dos instrumentos do planejamento governamental.

Com exceção da letra “e”, todas as outras tratam do orçamento tradicional. Guarde que o
orçamento-programa é um instrumento de planejamento da ação do governo, por meio
da identificação dos seus programas de trabalho, projetos e atividades, com estabelecimento
de objetivos e metas a serem implementados e previsão dos custos relacionados.
Letra e.

063. (IBFC/CM–ARARAQUARA/AGENTE/2016) Para se estudar o orçamento, é necessário


que se defina a ótica, o aspecto ou dimensão de observação, assinale a alternativa que
apresenta a ordem correta, de cima para baixo, das dimensões ou aspectos do orçamento.

( ) Representa o conjunto de regras e formalidades técnicas e legais exigidas na elaboração,


aprovação, execução e no controle do orçamento, corresponde às formalidades
intrínsecas e extrínsecas de forma que caracteriza a “embalagem” do conteúdo
orçamentário, principalmente no que diz respeito aos anexos que acompanham a
Lei Orçamentária Anual.
( ) Não obstante todas as divergências existentes na doutrina, atualmente é posição
dominante, diversas vezes retiradas pelo STF, considerar o orçamento como lei formal.
É aquela em que se define ou integra a lei orçamentária no conjunto de leis do país.
( ) Representa o fluxo financeiro gerado pelas entradas de recursos obtidos com a
arrecadação de receitas e os dispêndios com as saídas de recursos proporcionados
pelas despesas, evidenciando a execução orçamentária.
( ) Corresponde à definição de prioridades, visando à inclusão e à realização de programas
governamentais no plano de ação ou orçamento a ser executado, devendo compreender
sempre a ação política não só de definição dessas prioridades numa situação de
escassez de recursos, mas também a concepção e ideologia do partido político
detentor do poder.
( ) Corresponde à característica que atribui ao orçamento, como plano de ação
governamental que o é, o poder intervir na atividade econômica, propiciando a

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geração de emprego e renda em função dos investimentos que podem ser previstos
e realizados pelo setor público, resultando com isso o desenvolvimento do país.

a) Técnica – Jurídica – Financeira – Política – Econômica.


b) Jurídica – Técnica – Financeira – Econômica – Política.
c) Jurídica – Técnica – Econômica – Política – Financeira.
d) Técnica – Jurídica – Econômica – Política – Financeira.

A questão foi elaborada com base no livro de AFO de Sérgio Jund, cujos trechos são
reproduzidos em associação com a respectiva dimensão do orçamento:
(I) Dimensão técnica

Representa o conjunto de regras e formalidades técnicas e legais exigidas na elaboração, aprovação,


execução e no controle do orçamento, não devendo ser confundida com a dimensão jurídica, e,
sim, complementa àquela, uma vez corresponde às formalidades intrínsecas e extrínsecas da
forma que caracteriza a “embalagem” do conteúdo orçamentário, principalmente no que diz
respeito aos anexos que acompanham a Lei Orçamentária Anual.

(II) Dimensão jurídica

Não obstante todas as divergências existentes na doutrina, atualmente é posição dominante,


diversas vezes reiteradas pelo STF, considerar o orçamento como uma lei formal. Dessa forma,
a dimensão jurídica é aquela em que se define ou integra a lei orçamentária no conjunto de leis
do país.

(III) Dimensão financeira

Representa o fluxo financeiro gerado pelas entradas de recursos obtidos com a arrecadação de
receitas e os dispêndios com as saídas de recursos proporcionados pelas despesas, evidenciando
a execução orçamentária.

(IV) Dimensão política

Corresponde à definição de prioridades, visando à inclusão e à realização de programas


governamentais no plano de ação ou orçamento a ser executado, devendo compreender sempre
a ação política não só de definição dessas prioridades numa situação de escassez de recursos,
mas também a concepção e ideologia do partido político detentor do poder. A dimensão política
foi assim definida por Sila: diz respeito à sua característica de Plano de Governo ou Programa
de Ação do grupo ou facção partidária que detém o Poder.

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(V) Dimensão econômica

Corresponde à característica que atribui ao orçamento, como plano de ação governamental que
o é, o poder de intervir na atividade econômica, propiciando a geração de emprego e renda em
função dos investimentos que podem ser previstos e realizados pelo setor público, resultando
com isso no desenvolvimento do país.

Letra a.

064. (IBFC/EBSERH/ANALISTA ADMINISTRATIVO/2020) Acerca de técnicas e processos


orçamentários, analise as afirmativas e dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F).

( ) O Orçamento Participativo é aquele que contempla a população no processo decisório,


por meio de lideranças ou audiências públicas.
( ) No Orçamento Base Zero um quantitativo fixo é estabelecido para realizar ajustes
em despesas realizadas nos exercícios anteriores.
( ) No Orçamento-Programa são estabelecidos, entre outros, objetivos e metas
governamentais, integrando o planejamento ao orçamento.
( ) Orçamento incremental é o processo que se apoia na necessidade de justificativa de
todos os programas cada vez que se inicia um novo ciclo orçamentário.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo.


a) V, F, F, F
b) V, F, V, F
c) F, V, F, V
d) V, V, V, F
e) V, V, F, V

Vamos avaliar os itens.


I – Verdadeiro. Guarde que o orçamento Participativo tem como característica principal
a participação da população em sua elaboração e aprovação, mas não vincula o Poder
Executivo quanto à sua efetiva execução.
II – Falso, já que é o orçamento incremental que apenas ajusta os itens em relação ao
exercício anterior.
III – Verdadeiro. É um importante instrumento de planejamento e gestão pública.
IV – Falso, já que é o orçamento Base Zero que examina detalhadamente os gastos
governamentais, definindo prioridades e em função da relação custo-benefício de cada
gasto.
Letra b.

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065. (IBFC/SEMASDH–CUIABÁ/ADMINISTRADOR/2019) Sobre Orçamento Participativo,


assinale a alternativa incorreta.
a) caracteriza-se por instituir arenas decisórias onde os indivíduos possam participar
do processo orçamentário, tenha ele ou não experiência organizativa, é um processo de
participação universal.
b) aos munícipes cabe exporem suas demandas e votarem quais destas será a prioridade
para investimento.
c) trata-se de um programa político municipal com intuito de socializar a política administrativa
e jurídica, ou seja, garantir aos munícipes acesso à arena decisória e informações técnicas
à respeito da distribuição de recursos.
d) nas assembleias se elegem também representantes locais (delegados e conselheiros)
que farão o diálogo com a prefeitura para a implementação de obras.

Note que o examinador pediu para marcarmos a incorreta. A letra “c” foi considerada errada
pela banca por ela ter entendido que orçamento participativo é um programa político
municipal que visa socializar a política orçamentária, e não a política administrativa e
jurídica. Nas demais alternativas, temos realmente características típicas do orçamento
participativo.
Letra c.

066. (IBFC/EMDEC/ANALISTA ADMINISTRATIVO/2019) Em relação a Orçamento Público, leia


o trecho abaixo.
“O orçamento incorpora a população ao processo decisório da elaboração orçamentária,
seja por meio de lideranças da sociedade civil, audiências públicas ou por outras formas
de consulta direta à sociedade. O orçamento é elaborado através de ajustes marginais nos
seus itens de receita e despesa. O orçamento de desempenho também é conhecido como
orçamento.”
Assinale a alternativa que preencha correta e respectivamente as lacunas.
a) programa / tradicional / funcional
b) participativo / incremental / funcional
c) programa / incremental / estrutural
d) participativo / tradicional / estrutural

Seguindo a sequência da questão, inicialmente temos o Orçamento Participativo, caracterizado


pela participação da população em sua elaboração e aprovação, mas que não vincula o
Poder Executivo para sua execução. Em seguida, temos o Orçamento Incremental, aquele

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caracterizado por apenas ajustar os itens das receitas e despesas com base no exercício
anterior. Por fim, temos o Orçamento de Desempenho ou Funcional, aquele que leva em
consideração o que o governo faz, mas que não está vinculado ao sistema de planejamento
e à sua gestão.
Letra b.

067. (IBFC/CGE–RN/TÉCNICO DE CONTROLE INTERNO/2019) No que se refere ao orçamento


público, assinale a alternativa correta:
a) orçamento de desempenho é o processo orçamentário em que é explicitado apenas o
objeto de gasto. Ele apresenta valores para as despesas com pessoal, material e serviços,
sem relacionar os gastos a nenhuma finalidade. Também é conhecido como orçamento
clássico.
b) orçamento-programa é o processo orçamentário que apresenta duas dimensões: o
objeto de gasto e o programa de trabalho, contendo as ações desenvolvidas. Esse modelo
enfatiza o desempenho organizacional e também é conhecido como orçamento funcional.
c) orçamento Base Zero é o processo orçamentário elaborado através de ajustes marginais
nos seus itens de receita e despesa. Nesse caso, a repetição do orçamento anterior se faz
acrescer da variação de preços ocorrida no período.
d) orçamento com teto fixo apresenta um critério de alocação de recursos através do
estabelecimento de um quantitativo financeiro fixo, obtido mediante a aplicação de um
percentual único sobre as despesas realizadas em determinado período. Esse percentual
único serve de base para que os órgãos/unidades elaborem suas propostas orçamentárias
parciais.

Modelo orçamentário pouco conhecido, o Orçamento com Teto Fixo é aquele que utiliza
o critério de alocação de recursos através deste quantitativo fixo. Vamos apontar os erros
dos demais:
a) Errada. É o tradicional.
b) Errada. É o de desempenho.
c) Errada. É o incremental.
Letra d.

068. (IBFC/PC–PR/PERITO/2017) Com base na administração financeira e orçamentaria


governamental, assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna.
Entende-se por ________________ aquele que discrimina as despesas segundo sua natureza,
dando ênfase aos fins (e não aos meios), de modo a demonstrar em que e para que o governo
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gastará, e também quem será responsável pela execução de seus programas. As grandes
áreas de atuação são classificadas como funções, desdobradas em subfunções, programas,
atividades, projetos e operações especiais, tudo de acordo com a classificação funcional e
a estrutura programática estabelecida na legislação pertinente.
a) Plano Plurianual
b) Orçamento base zero
c) Custo corrente
d) Custo de capital
e) Orçamento-programa

O Orçamento-programa é integrado ao planejamento e possui classificações da despesa


que permitem o controle e avaliação, sendo definido pelo autor Augustinho Paludo, no livro
“Orçamento público, AFO e LRF” (4º Edição), Ed. Elsevier, da seguinte forma:

O Orçamento-programa é um plano de trabalho que integra – numa concepção gerencial –


planejamento e orçamento com objetivos e metas a alcançar. A ênfase do orçamento-programa é
nas realizações e a avaliação de resultados abrange a eficácia (alcance das metas) e a efetividade
(análise do impacto final das ações).
É a única técnica que integra planejamento e orçamento, e como o planejamento começa pela
definição de objetivos, não há Orçamento-programa sem definição clara de objetivos. Essa
integração é feita através dos “programas”, que são os “elos de união” entre planejamento e
orçamento.

Letra e.

069. (IBFC/EBSERH–HUGG/ANALISTA ADMINISTRATIVO/2017) O Orçamento Público funciona


como um balizador da Economia. Se há elevados investimentos governamentais no Orçamento,
provavelmente o número de empregos aumentará, assim como a renda agregada melhorará. E
o inverso provoca desemprego, desaceleração da economia e decréscimo no produto interno
bruto. O orçamento público tem funções. Assinale a alternativa que contém uma delas.
a) Função Aglomerativa
b) Função Sintética
c) Função Analítica
d) Função Alocativa
e) Função Estática

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Segundo a classificação de Richard Musgrave sobre as funções do setor público (Estado),


em economias de mercado, existem 3 funções exercidas pelo estado comentadas a seguir.

A função alocativa do setor público está relacionada às ações empreendidas no fornecimento


de bens e serviços não disponibilizados pela economia de mercado. Neste sentido, o setor
público disponibiliza bens e serviços para consumo coletivo e não exclusivo a esta ou aquela
faixa da população. Em referência, cita-se como exemplo de bens públicos a segurança.
Note que as funções mencionadas nas demais alternativas não existem.
Letra d.

Colega, espero que você tenha gostado desta aula inicial. Sei que foram muitos conceitos
novos, muita informação mesmo. Mas é para todo mundo.
Quem se esforçar, consegue. Como diria, Thomas Jefferson:

Eu acredito demais na sorte. E tenho constatado que, quanto mais duro eu trabalho, mais sorte
eu tenho.

Agora, quero pedir um favor.


Avalie nossa aula, é rápido e fácil, deixe sugestões de melhoria.
Ficarei extremamente feliz com o feedback e trabalharei ainda mais para torná-la
ainda melhor.
Tenho muito a aprender e você pode me ajudar nisso.
Pode ser?
Muito obrigado.
Siga-me (profmanuelpinon) no Instagram e Facebook. Temos excelentes cards para revisão.
Até a próxima ou ao fórum de dúvidas.
Professor Manuel Piñon
manuelpinon@hotmail.com

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Manuel Piñon

REFERÊNCIAS

BALEEIRO, Aliomar. Uma Introdução à Ciência das Finanças. 18. ed. Rio de Janeiro:
Método, 2012.

GIACOMONI, James. Orçamento público. São Paulo: Atlas, 2007.

LEITE, Harrison. Manual de Direito Financeiro. 9. ed. [S.I.]: Juspodivm, 2020.

NASCIMENTO, Sávio. Finanças públicas para concursos. 1. ed. Rio de Janeiro: Campus
Elsevier, 2014.

PACELLI, Giovanni. Administração financeira e orçamentária. 2. ed. Salvador: Juspodivm,


2019.

PALUDO, Augustinho. Orçamento Público AFO e LRF. 10. ed. [S.I.]: Juspodivm, 2020.

PISCITELLI, Tathiane. Direito financeiro. 6. ed. São Paulo: Método, 2018.

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