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Apostila - Modulo 2 - v1
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Fundamentos de Governança de TI | 1
2 | Módulo 2 – Governança Corporativa
Fundamentos de Governança de TI
MÓDULO 2
Governança Corporativa
Brasília
2015
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Curso elaborado no contexto do Termo de Execução Descentralizada n° 29/2013 entre MP/SE/DTI e
FUB/CDT: Concepção, Instrumentalização e Operacionalização de Processos Avançados em Gestão
de TI.
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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
4. GOVERNANÇA DIGITAL........................................................................................... 32
GOVERNAMENTAIS ....................................................................................................... 34
CONCLUSÃO ........................................................................................................................ 40
REFERÊNCIAS....................................................................................................................... 41
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APRESENTAÇÃO DO MÓDULO II
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1. TEORIA DA AGÊNCIA
expertise para gerir uma grande corporação. Além disso, um investidor está
interessado em investir 500 mil reais, e a contrapartida é que tal investidor seja o
totalmente tranquilo em entregar o seu negócio para esse investidor? Quais serão os
Jobs foi demitido pelo então presidente. Depois de doze anos de afastamento, Steve
qual uma ou mais pessoas (principal) contratam outra pessoa (agente) para executar
algum serviço que envolva delegar com alguma autoridade de tomada de decisão.
podem não zelar com o mesmo cuidado e com a mesma vigilância que os donos do
dinheiro.
monitoramento do negócio para regular a atuação dos Agentes. Por exemplo, seguro
corporativa.
2. GOVERNANÇA CORPORATIVA
termo, Jensen e Meckling (1976) explicam que os gestores não detêm a totalidade dos
direitos sobre o retorno do fluxo de caixa residual, que é decorrente da aplicação dos
interessadas. É importante frisar que tais interesses se referem não só aos resultados
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Ainda segundo Jensen e Meckling (1976), para resolver esse problema é
que conduzem a coordenação eficaz, por meio de protocolos internos, dos contratos
problemas de Agência.
problema de Agência.
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É importante frisar que a Governança de TI é parte da estrutura de GC. Além
for a sua independência mais eficiente será o seu monitoramento e as melhorias para
independentes.
está relacionada à maior ou menor influência dos acionistas controladores sobre seus
as empresas pertencem aos acionistas e que, portanto, a administração deve ser feita
também os interesses dos acionistas minoritários faz com que a GC ganhe um status
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Para Marques (2007), a boa GC agrega valor, apesar de, isoladamente, não ser
tal como a busca contínua pela eficácia e eficiência dos serviços. Além disso, na
parte dos ganhos de eficiência (RAMOS, 2015). Os autores Crew e Twight (1990)
pública com o objetivo de mitigar os conflitos advindos dos interesses dos agentes
privada:
1 O conceito de agência, conforme apresentado por Giddens (2009), deve ser compreendido enquanto a capacidade dos
atores de fazerem uma diferença.
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• prestação de contas ou responsabilização: necessidade de que os altos
ações de sua alçada e prestem contas por essas ações, inclusive pelos
instituições públicas façam bem o seu trabalho (ANAO, 2003). Segundo essa
regulamentos e normas.
presentes e futuros, sendo entendida como o sistema de proteção dos interesses dos
cidadãos contra os atos lesivos que os agentes públicos podem causar ao patrimônio
público.
2015). Nesse estudo, os FCS foram agrupados em dez categorias: i) auditorias; ii)
conselho; v) comitês; vi) gestão da mudança; vii) gestão de riscos; viii) gestão da
2 Segundo Procopiuk (2013), as políticas públicas são relacionadas ao interesse público porque afetam, direta ou
indiretamente, todos os membros da sociedade. Sendo formuladas a partir de atividades parlamentares e administrativas
para a resolução de problemas reais. Frisa-se que essas políticas apresentam diretrizes gerais para a ação, envolvendo
interesses coletivos articulados na esfera pública. Para isso, os mecanismos utilizados são orientações normativas para
elaboração de estratégias, programas e planos que procuram adequar meios para atingir determinados fins.
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FIGURA 2.4 | Atribuições de Governança Corporativa
Fonte: Ramos, 2015
As auditorias são relevantes, uma vez que realizam o exame das contas de
(ANAO, 2003; SILVEIRA, 2014). O ANAO (2003) sugere que as auditorias internas
internas e externas. Sobre as partes externas, são enfatizadas algumas ações (ANAO,
2003; BARRET, 2005; MARQUES, 2007; ALMEIDA et al., 2008; SILVEIRA, 2014):
Nacional;
a cada ano;
público;
• Apoio da comunidade.
cinco a nove membros. Outro aspecto importante é que mais de 80% do Conselho de
um ano.
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Dentro dessa categoria, incluem-se ainda características do perfil dos
conselheiros, quais sejam (ANAO, 2003; BARRET, 2005; RAMAGE, 2009; IFAC,
2013):
• Pensamento estratégico;
• Alcance de resultados;
• Comunicação influente.
com as definições, com os objetivos, com as funções e com os poderes desses comitês
(2009), a busca por mudanças faz parte da natureza inerente das organizações que
pela organização como um todo (ANAO, 2003; BARRET, 2005; MARQUES, 2007;
em tempo hábil (ANAO, 2003; BARRET, 2005). O resultado dessa categoria seria
fazer com que a pessoa certa (tomador de decisão) tenha a informação certa, no
uma ouvidoria própria para investigações, que seja disponível às partes interessadas,
um sistema claro e robusto (KAPPLER; LOVE, 2002; ANAO, 2003). Para o setor
(KAPPLER; LOVE, 2002; ANAO, 2003). Outros fatores considerados críticos para o
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2.2.3 Boa Governança Corporativa Pública
tem autoridade para financiar a aquisição e o uso de recursos de todo o setor público,
responsável pela gestão e pelas atividades. Algumas das formas para viabilizar essa
3 Parlamento pode ser definido como Congresso Nacional, que exerce as funções de fiscalização do executivo e
da administração pública e da legitimidade da representação política decorrente de eleições competitivas.
organizações atuem sempre conforme o interesse público. Com base nessa premissa,
e outras) posta em prática para garantir que os resultados pretendidos pelas partes
o planejamento das entregas de GCP. Essa base sustenta a tomada de decisão. Por
fim, toda a estrutura é avaliada e revisada, como o ciclo de melhoria contínua PDCA
(plan, do, check and act). Conforme ANAO (2003), sempre que esses elementos são
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executados, mantidos e melhorados, a organização desfruta do aumento de confiança
das partes interessadas, uma vez que são informados sobre o processo de tomada de
decisões.
Essa citação enfatiza que governança e gestão são termos diferentes, já que a
2010).
interessados;
metas organizacionais;
organizações;
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administram o Estado estão cumprindo as normas de conduta
Para Branco e Cruz (2013), os mecanismos de GCP são úteis para aumentar o
administradores podem ser reconhecidos pelo seu valor agregado e pela sua atuação
3. GOVERNO ELETRÔNICO
Apesar da grande ênfase recebida nos últimos anos, a ideia de governo aberto é
governança, tais como corrupção e má entrega dos serviços públicos, mas também é
SNKABATUR, 2015). Essa ideia surgiu ainda na década de 1950 como uma espécie
(Freedom of Information Act). Nos anos 1960, esse subcomitê citou o termo “open
agências para lançarem dados abertos, e assim se criou o portal www.data.gov, ainda
em 2009. Essa ação teve repercussão internacional mesmo antes do lançamento oficial
da parceria, uma vez que, já em 2010, o Reino Unido, a Alemanha e o Banco Mundial
Por outro lado, Yu e Robinson (2012) destacam que governo aberto também
pode significar uma série de ações tomadas visando a tornar um governo mais aberto
de dados abertos.
atendimento das demandas da sociedade (BRASIL, s/d [a]). O e-Gov alinha-se aos
4 Conforme o acordo estabelecido pela Parceria Governo Aberto, são oito princípios que descrevem
basicamente o que significa um dado aberto, a saber:
1) completos;
2) primários (não agregados ou transformados);
3) atuais;
4) acessíveis;
5) processáveis por máquina;
6) acesso não discriminatório (não há necessidade de identificação ou registro para acessá-los);
7) formatos não proprietários (formato no qual não haja controle exclusivo);
8) livres de licenças (não estão sujeitos a regulações de direitos autorais, marcas, patentes ou segredo
industrial).
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móveis) e interagir com a sociedade (participação, redes sociais). Algumas
temáticas.
servidores públicos;
públicas.
1. Junto ao cidadão;
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4. GOVERNANÇA DIGITAL
cidadãos.
5 Atualmente, EGOVTIC é o principal instrumento orientador dos órgãos filiados ao Sistema de Informática
e Administração do Governo Federal.
setembro de 2011);
decisórios.
A meta agora é alavancar ainda mais essa participação já incorporada nas ações
processo de construção das novas políticas públicas que serão adotadas pelo
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governamentais, dos serviços públicos digitais e da ampliação da participação social
(BRASIL, s/d[b]).
Estado brasileiro, bem como agregar valor às principais partes interessadas (BRASIL,
s/d[b]).
interesses e ao impacto positivo para o país. Gerar valor está, portanto, associado não
(BRASIL, s/d[b]).
Comunicações.
contribuirão com o alcance dos objetivos dessa estratégia, bem como para propiciar o
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5.2 LEGISLAÇÕES PERTINENTES
legislação que, de forma direta ou indireta, está relacionada a essa nova proposta de
Serviços ao Cidadão”.
ao governo eletrônico:
esclarece, em seu § 1º, que “A Carta de Serviços ao Cidadão tem por objetivo
informar o cidadão dos serviços prestados pelo órgão ou entidade, das formas de
atendimento ao público”.
A LAI está muito próxima dos objetivos da Governança Digital, haja vista seu
cidadão. Vale ressaltar alguns artigos e incisos da LAI que reforçam a interação desta
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proteção da informação sigilosa e da informação pessoal, observada a sua
Art. 7º O acesso à informação de que trata esta Lei compreende, entre outros, os
bem como sobre o local onde poderá ser encontrada ou obtida a informação
administrativos.
e agilizar o acesso do cidadão, das empresas e das entidades sem fins lucrativos aos
órgãos públicos para oferta de serviços públicos; V - celebrar o “Pacto Bem Mais
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CONCLUSÃO
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do reconhecimento de firma em documentos produzidos no Brasil, institui a “Carta
de Serviços ao Cidadão” e dá outras providências. Disponível em: <
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/decreto/d6932.htm>.
Acesso em: 05 ago. 2015.
JENSEN, M. C.; MECKLING, W. H. Theory of the firm: managerial behavior, agency costs
and ownership structure. Journal of Financial Economics, October 1976.
NAHON; K.; PELED, A.; SNKABATUR,J. Cities’ Open Government Data Heart Beat,
The International Conference for E-Democracy & Open Government, 2015.
PELED, A. Re-Designing Open Data 2.0. JeDEM - eJournal of eDemocracy and Open
Government, v.5, n.2, p. 187–199, 2013.
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YU, H., ROBINSON, D. The New Ambiguity of “Open Government.” UCLA Law
Review Discourse, v. 59, p. 178–208, 2012.